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Tecnologia Digital da Informação e Comunicação

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SOCIEDADE 
TECNOLÓGICA: 
TECNOLOGIA DIGITAL 
DA INFORMAÇÃO E 
COMUNICAÇÃO(TDIC)
Vani Moreira Kenksi
Revisão de Português: Ruth Rieth Leonhardt
Projeto Gráfico: 
Murilo Holubovski
Maurício Freire
Elementos gráficos:
Freepik.com
Noun Project/achmad
Noun Project/Desainer Kanan
Noun Project/Gregor Cresnar
Noun Project/iconesia
s
É possível navegar pelo arquivo clicando nos títulos do sumário e sempre 
que quiser pode retornar ao sumário através do botão no topo da tela e 
o botão retoma sua leitura retornando para a última página exibida. 
No canto superior há a possibilidade de abrir um campo para suas 
anotações , lembre-se de salvar o arquivo para que suas notas não 
sejam perdidas e certifique-se que este menu e demais pop-ups estejam 
visíveis caso deseje que sejam impressos.
Nos espaços Saiba Mais é possível habilitar QR-codes para manter 
os links acessíveis mesmo com o material impresso através do botão .
Este material foi produzido para ser visualizado em telas, podendo 
perder a fidelidade de cores quando impresso, portanto recomenda-se a 
impressão em escala de cinza.
Recomendamos também a sua utilização em algum leitor de PDF 
original para que todas as edições sejam preservadas.
Informações adicionais
Sumário
SOBRE A AUTORA 4
APRESENTAÇÃO 6
O QUE SÃO AS TECNOLOGIAS E PORQUE ELAS SÃO 
IMPORTANTES 8
TECNOLOGIAS MÓVEIS. MOBILIDADE, CONECTIVIDADE 
E APRENDIZAGEM UBÍQUA. 31
TECNOLOGIAS E REDES DIGITAIS 37
REFERÊNCIAS 49
4
SOBRE A AUTORA
Vani Moreira Kenski é professora e pesquisadora. 
Estudou o Ginásio e o Curso Normal no Instituto de Educação 
do Rio de Janeiro. Atuou como professora de séries iniciais do 
Ensino Fundamental em diversas escolas do Município do Rio de 
Janeiro, nos anos 70. No Ensino Municipal atuou também como 
Supervisora Pedagógica e na Coordenação Pedagógica Central 
da rede pública municipal de ensino da cidade. 
Fez cursos de Graduação em Geografia e Pedagogia, na UERJ 
(Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e chegou a ministrar 
aulas de Geografia no Ensino Médio. Mudou-se no final dos anos 
70 para Brasília, onde fez Mestrado em Currículo e Planejamento 
Educacional na Faculdade de Educação da UnB (Universidade de 
Brasília). 
No início dos anos 80, foi aprovada em processo seletivo e tor-
nou-se professora na mesma FE/UnB. Em 1986, iniciou seu Dou-
torado na Unicamp. O tema da sua tese - intitulada “O Fascínio 
do Opinião”, sobre um jornal que fazia oposição política à dita-
dura nos anos 70, levou-a a desenvolver seus estudos sob orien-
tação do prof. Ciro Marcondes Filho do Jornalismo, na ECA/USP. 
Defendeu sua tese na Unicamp em 1990. Antes disso, em 1989, 
foi aprovada e assumiu o cargo de docente na FE/Unicamp. 
Como doutora, realizou pesquisas no Coletivo “Nova Teoria da 
Comunicação” (NTC) na ECA/USP e criou, em 1992, na FE/UNI-
CAMP, o grupo de pesquisa “Memória Ensino e Novas Tecnolo-
gias” (MENT), parceiro do NTC. Atuando na rede MENT/NTC de-
senvolveu inúmeras pesquisas e muitas publicações. Em 1996, 
passou a ser professora na FE/USP onde permanece até hoje, 
já aposentada, realizando pesquisas, ministrando disciplinas na 
pós-graduação e orientando estudantes de Mestrado e Doutora-
do. 
Publicou três livros como única autora: Tecnologias e Ensino 
Presencial e a Distância (2003); Educação e Tecnologias, o novo 
ritmo da informação (2007); Tecnologias e Tempo Docente (2015), 
todos pela Editora Papirus. Além desses, organizou inúmeras 
5
publicações coletivas em livros e revistas acadêmicas. Publicou 
muitos artigos, apresentações e prefácios de livros e coletâneas. 
Participa de várias associações acadêmicas desde o ingresso na 
vida acadêmica, na qual destaca a Vice-presidência da ABED (As-
sociação Brasileira de Educação a Distância) no período de 2015 
a 2019.
CLIQUE PARA ACESSAR O LATTES
Fonte: Freepik
http://lattes.cnpq.br/3113321723239176
6
APRESENTAÇÃO
Escrevi este e-book pensando em você, estudante que 
deseja saber um pouco mais sobre as Tecnologias Digitais de 
Informação e Comunicação (TICs). O desafio foi o de falar de 
tema tão complexo de forma clara, que lhe atraísse para a leitura 
sobre aspectos principais das TDICs, sem o uso de termos muito 
acadêmicos ou técnicos. 
O texto deste ebook irá acompanhar todo o percurso da 
disciplina Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação 
(TDICs). Ele será o principal orientador dos temas, reflexões e 
processos que lhe levarão a aprender. 
Para concretizar este desafio de traçar um fio condutor para 
a sua aprendizagem sobre as TDICs nesta disciplina, dividi o 
conteúdo em quatro partes. Essas partes definem as quatro 
Unidades presentes neste ebook. Elas orientam as leituras, 
definem as atividades e buscam incentivar você a aprender mais 
em pequenos trechos, links para vídeos e sites relacionados aos 
tópicos e até a realização de games e visitas virtuais. 
A partir do grande tema que são as tecnologias digitais de 
informação e comunicação, criei quatro unidades. Leia com 
atenção o texto apresentado em cada uma delas. Mais ainda. 
Realize as atividades propostas, veja os vídeos, pratique, jogue 
virtualmente e leia com atenção os textos complementares. 
Assim você terá a melhor compreensão de cada um dos assuntos 
abordados. 
Nosso objetivo principal é que, ao final da disciplina, você 
compreenda as diferenças entre as modalidades e os conceitos 
relacionados ao conhecimento das Tecnologias Digitais e suas 
relações com processos de aprendizagem. Para isso, orientamos 
as quatro unidades deste ebook, para que você possa, 
inicialmente, identificar as diferenças entre distintas modalidades 
de tecnologias digitais. Outras Unidades vão lhe dar condições 
para relacionar características de diversas tecnologias digitais 
e as possibilidades de diferenciados processos que auxiliam a 
aprendizagem. Mais focado nas tecnologias móveis, a terceira 
7
unidade vai lhe possibilitar caracterizar as tecnologias digitais 
móveis e suas relações com processos ubíquos de aprendizagem 
e, ao final da última unidade, você será capaz de compreender 
as possibilidades futuras das TDICs e os possíveis reflexos nos 
processos de aprendizagens.
 Boas leituras! Ótimas aprendizagens!
8
UNIDADE I
O QUE SÃO AS TECNOLOGIAS E 
PORQUE ELAS SÃO IMPORTANTES
Olá, seja bem-vindo à disciplina Tecnologia Digital de 
Comunicação e Informação ou, como costumamos chamar, pela 
sua abreviatura, TDIC! 
Vamos iniciar nossa disciplina conversando com você sobre 
como surgiram as Tecnologias e porque elas são importantes. 
Nesta Unidade vamos conhecer como as tecnologias surgiram e 
foram evoluindo desde o início da civilização até os tempos atuais. 
Vamos conhecer também os diversos tipos de tecnologias que 
existem e que, muitas vezes, nem percebemos. Ao final vamos 
reconhecer o quanto as tecnologias são importantes em todos 
os momentos da nossa vida. Estou muito animada para realizar 
esta jornada de conhecimentos e reflexões com você. Um belo 
desafio que vai nos garantir muitas aprendizagens! 
Vamos começar, então?
Veja os nossos objetivos: 
Ao final desta unidade você deverá:
• Compreender que as tecnologias estão em toda parte e que 
elas existem desde o início da civilização. 
• Compreender as relações entre as tecnologias, a cultura e a 
sociedade. 
• Identificar as principais tecnologias criadas em diferentes 
épocas. 
9
De onde vêm as tecnologias?
Quando entramos em uma escola minimamente equipada e 
perguntamos onde ficam as “tecnologias”, em geral, recebemos 
como resposta que elas se encontram no laboratório de 
informática. Os próprios professores, muitas vezes, planejam 
aulas especiais a serem realizadas nesses espaços cheios de 
computadores. 
Tudo bem, é assim que muitos compreendem o que são 
tecnologias e, sobretudo, as tecnologias digitais. Mas as 
tecnologias são muito mais que aparelhos e recursos eletrônicos. 
Para encurtar a velha e longa história das tecnologias, vamos 
apresentar alguns momentos marcantes das relaçõesentre nós, 
seres humanos, e as tecnologias.
 Tecnologias são essenciais em todos os tempos
Há algum tempo, escrevi um livro em que já dizia que “as 
tecnologias são tão antigas quanto a espécie humana” (Kenski, 
2007, pag. 15). Sim, as necessidades básicas de sobrevivência 
aliada ao uso do raciocínio e a engenhosidade das pessoas 
desencadearam a criação de diferentes tipos de recursos, 
produtos, processos... tecnologias. Máquinas, ferramentas, 
metodologias... são formas distintas de tecnologias. Dessa 
forma, podemos compreender que “tecnologias” não são apenas 
ferramentas ou equipamentos disponíveis para o nosso uso, 
nossa sobrevivência e para nos relacionarmos com as outras 
pessoas.
 “As tecnologias estão em toda parte”
Elas são essenciais para que possamos viver e conviver em cada 
época. Como são muitas, e com muitos formatos, as tecnologias 
são categorizadas pelas suas funcionalidades. Assim, na Pré-His-
tória, muitas ferramentas – como facas, agulhas, serrotes, lâminas 
e pontas de flechas – foram inventadas e utilizadas para garantir a 
sobrevivência humana. Algumas, de tão importante, serviram para 
nomear as eras da civilização pré-histórica. São denominadas de 
10
Idades, como a Idade da Pedra Lascada, seguida pela Idade da Pe-
dra Polida e a mais relevante, a Idade do Fogo, que foi quando os 
nossos ancestrais conseguiram dominar o fogo para lhes trazer luz, 
calor, proteção e muito mais. Com o domínio do fogo, eles conse-
guiram criar tecnologias mais elaboradas, como o cozimento dos ali-
mentos e a forja para produção de metais. 
Figura 1: Tecnologias da Pré-história 
Fonte: Desenho 1 - https://slideplayer.com.br/slide/10973790
Figura 2 - https://www.sohistoria.com.br/ef2/periodos/p2.php
Desenho 3 - https://www.slideshare.net/rodrigosandoval53/imagenes-antropologia
Para saber mais sobre a Pré-história 
e as tecnologias desenvolvidas nestes 
momentos da humanidade acesse 
PaleoNeo, clicando aqui!
A importância das tecnologias para a vida permanece a 
mesma em todos os tempos da História humana, ou seja, elas 
são indispensáveis. São essenciais para as nossas vidas. Mas o 
avanço da civilização trouxe muitos outros tipos de tecnologias 
que convivem conosco e são mais do que necessárias para a 
nossa sobrevivência. Entre elas estão muitas tecnologias ligadas 
à saúde, por exemplo.
As próteses são equipamentos tecnológicos que se incorporam 
aos nossos corpos e nem pensamos neles como tecnologias. 
Óculos, lentes de contato, implantes dentários ou auditivos, 
marcapassos, por exemplo, são tecnologias que ajudam as 
pessoas que precisam desses equipamentos a terem melhor 
https://slideplayer.com.br/slide/10973790/
https://www.sohistoria.com.br/ef2/periodos/p2.php
https://www.slideshare.net/rodrigosandoval53/imagenes-antropologia
https://issuu.com/leandrobrixius/docs/paleoneo
11
qualidade de vida. Outras tecnologias muito importantes na 
área da saúde são as vacinas. Elas salvam vidas. Durante a 
pandemia provocada pelo COVID 19, cientistas de todo o mundo 
se uniram, trabalharam arduamente em pesquisas e testes 
para conseguirem vacinas que pudessem garantir a saúde das 
pessoas diante das ameaças do novo e tão poderoso vírus. As 
vacinas, portanto, são um novo tipo de Tecnologia!
Esses exemplos nos mostram que as tecnologias são criações 
diversas e estão presentes em todos os campos do conhecimento 
e na vida humana há muito tempo. 
Evolução das Tecnologias
Para se ter uma ideia do desenvolvimento das tecnologias, veja 
o Quadro 1. Evolução das Tecnologias, a seguir. Nele é possível 
observar as principais tecnologias criadas em cada época e como 
a humanidade foi evoluindo na medida em que integrava novas 
tecnologias às suas vidas.
Observe o quadro a seguir:
Fonte: Pexels
12
Quadro 1: Evolução das Tecnologias
13
Quadro 1: Evolução das Tecnologias
A observação do Quadro 1 nos mostra o quanto a evolução humana e o avanço da civilização estão interligados entre si e, ambos, com os avanços das tecnologias. 
Observe bem o quadro e veja quantas descobertas foram importantes para alcançarmos a nossa qualidade de vida na atualidade. 
Mas o quadro não está completo. Já vivenciamos quase um quarto do século 21 e o quadro não informa sobre as descobertas tecnológicas destas primeiras décadas 
deste século. Por que será? ... Ah, porque esta ação é para você! É seu o desafio de encontrar pelo menos 10 descobertas significativas ocorridas depois do ano 2000 e 
que transformaram as nossas vidas. Faça buscas, pesquise, converse com seus amigos e atualize esta parte do Quadro 1 com as suas descobertas. Mãos à obra!
14
As linguagens também são tecnologias
Já vimos que as tecnologias são criadas para auxiliar as 
pessoas a viver melhor. Os seres humanos usam de suas 
capacidades, inteligências e recursos que dispõem para criar 
tecnologias que lhes garanta o bem-estar e a sobrevivência. Isto 
tem sido assim em todos os tempos. É assim que descobrimos 
que as tecnologias não se referem apenas a ferramentas e 
equipamentos. Uma necessidade importante da humanidade é 
a comunicação, a informação e a interação com outras pessoas. 
E como as tecnologias podem ajudar nisso? Para isso surgiu 
um tipo especial de tecnologia, chamado de “tecnologias de 
inteligência” por alguns autores, como Pierre Lévy. 
A base das tecnologias da inteligência é imaterial, ou seja, 
ela não existe como máquina ou ferramentas concreta, mas 
como linguagem. A mais antiga das tecnologias de inteligência 
é a linguagem oral, a que utilizamos na nossa fala, até hoje. 
Muitos séculos depois da fala existir foram criados a linguagem 
escrita e todos os tipos de manuscritos. A imprensa só surgiu 
no Renascimento, e a mais nova linguagem foi criada bem 
recentemente: a linguagem digital! 
Toas essas linguagens estão na base de um grupo distinto e 
importante de tecnologias. São as Tecnologias de Informação e 
Comunicação. Vamos conhecer um pouco mais sobre elas.
Tecnologias de Informação e Comunicação
A base das tecnologias de informação e comunicação é a 
linguagem, ou melhor, diferentes tipos de linguagens. Uma delas 
é a linguagem oral, ou seja, a maneira como nos expressamos 
e interagimos em conversas, discursos, músicas e gestos que 
são compreendidos por um determinado grupo de pessoas. A 
linguagem oral está presente em todos os tempos e em todos 
os espaços. Ela depende de um meio para se expressar. Este 
meio pode ser a própria voz de quem fala ou canta e todos 
15
os recursos que auxiliam o alcance da mensagem para os que 
precisam ou desejam escutá-la. Assim, surgiram múltiplos 
recursos tecnológicos que funcionam para enviar a mensagem 
aos interlocutores. Esses recursos funcionam como meios, ou 
mídias.
Outra linguagem importante que se apresenta como 
tecnologia de informação e comunicação é a escrita. Ela 
possibilita a comunicação entre pessoas, sem o uso da voz. 
Por meio da escrita é possível interagir, comunicar, informar e 
saber de muitas coisas que transcendem o tempo e o espaço 
em que foram geradas. O pensamento de autores clássicos dos 
séculos passados são alcançáveis por meio de seus escritos, por 
exemplo. Livros, jornais, revistas e todo o processo de produção 
massiva de informação e de comunicação geraram profissões e 
indústrias voltadas exclusivamente para a divulgação de notícias, 
conhecimentos e para o entretenimento por meio de textos 
escritos e imagens, são os meios de comunicação de massa. 
A mais jovem das linguagens tecnológicas de comunicação 
e informação é a linguagem digital. É uma linguagem de 
síntese, em que se articulam a oralidade e a escrita. Todas as 
possibilidades das linguagens oral e escrita estão reunidas nos 
códigos binários da linguagem digital.Com a linguagem digital 
é possível organizar, reorganizar informações e comunicações 
variadas, sempre possíveis de atualização, os hipertextos.
Mídia significa meio. Mídias é o termo usado para indicar os 
recursos utilizados para a divulgação e compartilhamento das 
informaçõese ideias para toda a sociedade. 
Hipertexto é um documento que reúne conjuntos de 
informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens 
ou sons. O hipertexto transforma as linguagens oral e escrita 
16
A linguagem digital está presente nos ambientes virtuais 
que acessamos diariamente nos celulares e computadores, 
por exemplo. Ela pode se apresentar em múltiplos formatos 
(textos escritos, vozes, músicas, abreviações, vídeos, desenhos, 
emoticons, memes, imagens e símbolos...) juntos e misturados.
A conectividade e a interatividade são atributos que garantem 
a especificidade da linguagem digital. Graças a eles é possível a 
produção colaborativa em rede e o compartilhamento de dados. 
Um exemplo destas relações é a Wikipedia. Um outro exemplo é 
o que apresento no “link”, a seguir:
Músicos de vários países se unem para 
tocar Queen
em produções interativas e coletivas. 
Os links (“ligação” em inglês) que aparecem nos textos na 
Internet são exemplos de hipertextos. Eles permitem o acesso 
a novas e diferenciadas informações (imagens, textos, sons, 
vídeos etc.), que levam o leitor para interações mais dinâmicas e 
não lineares. 
O digital possibilita e atualiza todas as linguagens presentes 
em atos de interação e comunicação. Constrói distintos sentidos 
em outros contextos. A mensagem em permanente renovação 
gera novos significados, atualizações e diferentes formas de 
autoria em colaboração. 
https://g1.globo.com/olha-que-legal/video/musicos-de-varios-paises-se-unem-para-tocar-queen-8617999.ghtml
https://g1.globo.com/olha-que-legal/video/musicos-de-varios-paises-se-unem-para-tocar-queen-8617999.ghtml
17
Hardware e Software
Existem expressões na língua inglesa que dizem com mais 
eficácia alguns aspectos importantes, sobretudo no que se refere 
às tecnologias contemporâneas, com as tecnologias digitais de 
comunicação e informação ou TDICs. Estão neste caso os termos 
“hardware” e “software”. Eles apresentam em conjunto as condições 
essenciais para que as TDICs funcionem. 
O hardware é um termo técnico utilizado para designar o 
equipamento, as estruturas e peças eletrônicas que compõem um 
computador ou qualquer outro artefato digital. Ou seja, ele se refere 
à parte física de computadores e outros sistemas microeletrônicos.
 Já o software diz respeito aos grupos de dados ou instruções que 
informam os procedimentos necessários para um mecanismo digital 
funcionar. São softwares todos os programas e aplicativos que você 
acessa no celular, tablet, PC, ou qualquer outro dispositivo eletrônico.
TICs E TDICS
As Tecnologias de Informação e Comunicação, mais conhecidas 
pela abreviatura “TICs” são muitas. O jornal, o rádio, a televisão, 
o cinema e mesmo o computador são exemplos de TICs. A 
comunicação que elas possibilitam é unidirecional, ou seja, de um 
comunicador para muitos leitores, ouvintes, espectadores. Não 
há trocas e nem interação entre os que “falam” e os que ouvem 
Figura 2: Hardware e Software
Fonte: Free Images
18
ou veem a informação. O termo – Tecnologias da Informação 
e Comunicação (TIC) compreende. assim, as tecnologias que já 
existiam para a comunicação e informação antes da presença do 
digital. 
Esta é uma das formas de diferenciar as TICs das TDICs. A letra 
“D” faz muita diferença para a compreensão de ambas. AS TDICs 
referem-se, portanto, as qualquer equipamento eletrônico que 
se conecte à internet e possibilite interação e comunicação em 
rede. 
As TDICs englobam computadores, celulares, tablets... e tantos 
outros dispositivos – conectados à internet que possibilitam o 
acesso, a interação, a comunicação, o compartilhamento e a ação 
em colaboração entre pessoas e outros dispositivos digitais. 
Como tecnologia de informação e comunicação a linguagem 
digital precisa dos recursos para se realizar. Da mesma forma, 
as demais tecnologias digitais só se realizam por meio de 
recursos específicos. Assim, a linguagem oral depende da 
voz modulada, o som da música precisa de instrumentos 
específicos, um piano, um violão ou mesmo um assobio 
afinado etc. A linguagem escrita se realiza nos códigos de 
cada idioma e na materialidade das mensagens, artigos e 
matérias de jornais e revistas, nos textos manuscritos e nos 
livros impressos. 
A linguagem digital, como linguagem de síntese incorpora 
a linguagem oral, a escrita e novas especificidades do digital 
para produzir inovações nas formas de informar e comunicar. 
Como tecnologias, no entanto, todas as linguagens coexistem 
na atualidade. Elas não se anulam. Pelo contrário, elas se 
articulam e sobrevivem, juntas. Reflita comigo... o que seria 
das nossas interações sem essas tecnologias? 
19
Síntese da Unidade 1 
Nesta primeira unidade iniciamos a compreensão do que são 
tecnologias e como elas evoluíram com o passar do tempo. Con-
sideramos que as tecnologias são resultantes da engenhosidade 
humana como soluções para a busca de novas formas de supe-
rar necessidades pessoais e grupais. 
 Algumas tecnologias foram marcantes e definiram épocas 
da história da civilização. Muitas delas deram origem a artefatos, 
recursos e ferramentas importantes para a sobrevivência. Elas 
alteraram a maneira de fazer, de pensar, de se informar e comu-
nicar. 
Tecnologias também são linguagens e possibilitam a viabiliza-
ção de comunicação, interação, o acesso e o compartilhamento 
de informações por meio da oralidade, da escrita e do digital. 
O avanço tecnológico das últimas décadas gerou mudanças 
radicais nas formas de acesso à informação, a comunicação e 
a interação. Uma nova cultura nasce a partir da ampliação do 
uso dos meios digitais e, particularmente, as condições de uso e 
desenvolvimento das tecnologias digitais de informação e comu-
nicação, as TDICs. 
Este será o nosso próximo assunto. Até lá! 
20
UNIDADE 2
MODALIDADE DE TDIC E SUAS 
RELAÇÕES COM A APRENDIZAGEM
Introdução da Unidade 2
O uso de tecnologias digitais possibilita a realização de muitas 
ações criativas e processos inovadores em vários segmentos da 
sociedade. Ela revoluciona o comércio, os transportes, as indús-
trias, a saúde, o lazer e as formas como nos comunicamos, inte-
ragimos e aprendemos. 
Neste momento, você está aprendendo e interagindo graças 
às TDICs. O avanço contínuo e veloz dos conhecimentos no âm-
bito das tecnologias digitais possibilitou a criação de inúmeras 
inovações que, por sua vez, viabilizaram novas formas de acesso 
à informação. TransforSmaram a educação, no sentido formal, 
como a compreendemos. Novas modalidades de aprender surgi-
ram, sobretudo nos últimos anos, graças aos avanços das TDICs.
Esses são assuntos desta Unidade 2. Vamos falas das TDICs e 
suas relações com aprendizagens. Com as possibilidades inúme-
ras que você possui para aprender graças a elas. 
Vamos então aprofundar o que sabemos sobre essas tecnolo-
gias revolucionárias, as TDICs?
Boa leitura! Bons estudos! 
• Identificar diferenças entre distintas modalidades de 
tecnologias digitais. 
• Relacionar características de diversas tecnologias 
digitais e as possibilidades de diferenciados processos que 
auxiliam a aprendizagem.
Objetivos
21
Tecnologia Digital
A Tecnologia Digital é resultado do esforço humano para criar 
uma linguagem segura - utilizando o código binário – para passar 
informações e orientações. A possibilidade de transformação de 
qualquer linguagem ou dados em combinações de zeros e uns 
(0 e 1) é revolucionária. Imaginem que as imagens, sons, textos... 
que recebemos ou enviamos pela tela dos nossos dispositivos 
digitais foram antes decodificadas, traduzidas nesses números 
e lidas pelos recursos de programação que se encontram no 
interior dos nossos celulares, computadores... e outros meios 
digitais que usamos para nos informar e comunicar, as TDICs. 
As tecnologias digitais estão presentes em todos os espaços 
pessoais e sociais na atualidade. Elas revolucionaram a sociedade 
e criaram novas formas de ação, comunicação e interação. Uma 
nova cultura surgiu e transformoua economia, as relações 
entre as pessoas, as formas de acesso ao conhecimento e... a 
educação.
Como diz Ana Elisa Ribeiro:
Com a tecnologia digital, foi possível 
descentralizar a informação, aumentar a 
segurança de uma série de dados fundamentais 
e criar muitas outras tecnologias [...] crianças 
bem pequenas já convivem com esses 
sistemas, operando com tecnologias digitais 
como máquinas fotográficas, celulares, jogos 
que permitem internalizar os procedimentos 
necessários para utilizá-los, empregar várias 
linguagens (usar textos, imagens, captar sons 
e outras) e inserir-se numa cultura digital 
(RIBEIRO, Glossário CEALE, UFMG).
Essas tecnologias e a própria capacidade de manipulação 
e operação delas pelos estudantes, no entanto, não são ainda 
totalmente aproveitadas em situações de ensino. “A maioria das 
tecnologias é utilizada como auxiliar nos processos educativos.” 
22
(Kenski, 2008). Mas elas podem muito mais que isso. Novas 
modalidades de aprendizagem já são consideradas e que 
exploram as características mais inovadoras das TDICs. Vamos 
conhecê-las, no próximo item dessa unidade. 
TDICs
Uma tecnologia DIGITAL especial: a TDIC 
A revolução tecnológica causada pelos usos de computadores 
começa no meio da década de 50 do século passado e 
rapidamente gera mudanças em vários setores da sociedade. 
Os computadores foram ganhando em pouco tempo maior 
potência e usabilidades, novos formatos e maior usabilidade. 
A facilidade de uso e os serviços que pode realizar ampliou o 
seu uso por todos os segmentos da sociedade. Com o avanço da 
microeletrônica, a partir da década de 70 e a associação entre 
informática e comunicação, surgiu um novo termo para designar 
essas novas tecnologias: tecnologia digital de informação e 
comunicação, cuja sigla é TDIC.
As tradicionais Tecnologias da Informação e Comunicação 
(TICS) formam um conjunto de diferentes meios analógicos que 
viabilizam os processos informacionais e comunicativos entre 
pessoas. O rádio, o jornal e a televisão são exemplos clássicos 
de TICs. Equipamentos antigos - como videocassete e o telefone 
fixo – também se utilizavam de tecnologias analógicas, pois os 
sinais de áudio ou vídeo eram traduzidos em pulsos elétricos e, 
portanto, são TICs. Já os telefones celulares atuais, são TDICs, 
pois convertem os sinais em zeros e uns. 
As TDICs ou Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação 
baseiam-se em uma linguagem específica em que todas as 
Fonte: Freepik
As TDICs viabilizam a comunicação 
e a interação para que as pessoas 
possam trocar ideias e aprender, 
juntas, independente do local onde 
estejam.
23
informações são armazenadas, manipuladas e transmitidas 
por meio de código binário (representado por 0 (Zero) e 1 
(Um). Esse processo gera uma nova gramática que possibilita o 
armazenamento, uso, criação e recriação de informações com 
os mais diferentes formatos (escritos, imagens, vídeos, mapas, 
fotos etc.) em uma única linguagem, a digital.
Obviamente que não se fala aqui de máquinas dispostas a ex-
terminar a raça humana, mas tanto os produtos dessa inovação 
tecnológica quanto o homem disputam o mesmo espaço no que 
se refere ao mercado de trabalho.
O conceito de Indústria 4.0 vem de um projeto audacioso ale-
mão que automatizou todo o processo de fabricação de um pro-
duto, incluindo outra relação homem e máquina, do que decorre 
a quarta revolução industrial.
O uso das TDIC tem influenciado e transformado as interações 
sociais, as buscas por informações e a produção de novos 
conteúdos, dentro e fora do contexto escolar. Para Kenski (2003), 
novas formas de aprendizagem surgiram por meio da interação, 
comunicação e do acesso à informação propiciadas pelas TDICs. 
AS TDICs redefiniram as possibilidades de acesso às informações 
e criaram condições para que as pessoas aprendessem, dentro 
ou fora das instituições de ensino. As novas modalidades de 
aprendizagem oferecidas pelas TDICs podem ser consideradas 
no Quadro 2, a seguir:
Analógico? Ou digital? 
“A tecnologia digital é contraposta à tecnologia analógica, 
que depende de meios materiais diferentes para existir. Uma 
câmera analógica utilizava filmes que deviam ser revelados 
por processos físico-químicos; uma câmera digital dispensa 
tais processos, alterando tanto os custos quanto os usos 
desse tipo de dispositivo pela sociedade” (Ribeiro, A.E).
24
Figura 3 - Modalidades de Aprendizagens com as TDIC
Fonte: Elaboração própria
São muitas as modalidades, não? Elas serão apresentadas com 
maiores detalhes no próximo item desta Unidade 2. Vamos lá?
As TDICs viabilizam diferentes modalidades para 
aprender.
 Como é representado no Quadro 2, as TDICs possibilitaram o 
surgimento de várias modalidades de acesso à informação e a 
aprendizagem. São elas:
25
PRESENCIAL
• TDICS em sala de aula
A utilização das TDICs é mais tradicional, realizada em salas 
de aula presenciais para atividades pontuais. Ela pode ser 
esporádica, com o acesso a recursos digitais para realizar uma 
atividade ou pesquisa imediata de forma isolada ou em grupo 
de estudantes. Para isso, os alunos utilizam computadores 
pessoais ou alguns equipamentos disponíveis na própria sala de 
aula, com ou sem acesso à Internet. É possível também o acesso 
a plataformas ou ambientes virtuais específicos da escola ou da 
turma, onde já estão disponibilizadas as atividades para serem 
realizadas presencialmente. 
• TDICS em laboratórios presenciais 
Os alunos se deslocam para salas especiais, com ou sem 
monitores treinados para os auxiliarem no acesso aos espaços 
virtuais desejados e o desenvolvimento de atividades de 
aprendizagem. Jogos, atividades criativas e muitos processos 
ativos e colaborativos de aprendizagem podem ser desenvolvidos 
pelos estudantes que se encontram ao mesmo tempo no mesmo 
espaço educativo e com acesso a aplicativos e outros recursos 
digitais. 
• TDICs e E-learning
Atividades de aprendizagem realizadas exclusivamente nos 
ambientes virtuais acessados via internet, a distância. Professores 
e estudantes se encontram fisicamente separados nos espaços 
e tempos em que ocorre a aprendizagem. As aprendizagens 
se encontram em plataformas customizadas que precisam ser 
acessadas por todos os envolvidos no processo - professores 
e alunos- no tempo que tiverem disponibilidade e no local que 
lhes for mais conveniente para o acesso via Internet.
Textos, atividades e avaliações são disponibilizados no 
ambiente do curso e obedecem a cronogramas específicos para 
a sua realização. Exercícios e demais ações de aprendizagem 
podem ser realizadas individualmente ou em grupos, conforme 
a proposta do curso. É também possível a interação com outros 
26
estudantes e o professor em atividades síncronas (realizadas ao 
mesmo tempo por todos os participantes, ainda que se encontrem 
em espaços diferentes), como as aulas online. Predominam 
nessa modalidade as atividades assíncronas (cada estudante 
participa no tempo e no espaço que lhe for mais conveniente), 
como leituras, exercícios variados, fóruns, mensagens via e-mail 
ou mesmo grupos no WhatsApp. Em geral, as provas e outras 
formas de avaliações somativas também são online, mas em 
tempos determinados, conforme o cronograma do curso.
- TDICS e B-learning (Blended Learning) 
Esta modalidade se refere aos cursos híbridos, semipresenciais. 
Nesta modalidade os cursos são desenvolvidos como e-learning 
e algumas atividades – como práticas de laboratório e provas, 
por exemplo – são realizadas de forma presencial. 
- TDICS e C-Learning (Cloud Learning) 
O C-Learning diz respeito ao uso dos espaços virtuais abertos 
e as informações disponíveis nas nuvens digitais para o avanço 
pessoal no conhecimento e aprendizagens livres. De acordo com 
os interesses de cada aprendiz, os espaços virtuais podem ser 
utilizados para a obtenção de informações ou o desenvolvimento 
de grupos ou redes em colaboração e de aprendizagem.
É um espaço de ensino na nuvem para qualquer tipo de 
aprendizagemusando meios sociais com espaços abertos para 
a comunicação e colaboração. Tem como essência a integração 
de um grupo de trabalho colaborativo que não necessariamente 
se encontra em uma mesma sala ou espaço virtual de forma 
síncrona, por isso propõe um conjunto de ferramentas com 
grandes vantagens no plano assíncrono. A formação se estende 
a recursos da realidade virtual, usos de variadas redes sociais, 
twitter, blogs....
O que é “nuvem” para as TDICs? 
Nuvem é um espaço virtual para armazenamento de 
dados ...Quer saber mais sobre esse tipo de nuvem?
Clique aqui para descobrir mais sobre.
https://www.youtube.com/watch?v=ckaFBbhAKBU
27
• TDICS e M-Learning (Mobile Learning) 
Esta modalidade diz das possibilidades de desenvolvimento de 
processos de aprendizagem com o uso exclusivo de celulares, 
principalmente. Refere-se ao uso de dispositivos móveis e 
portáteis, em um processo contínuo e flexível de aprendizagens. 
Viabiliza ao usuário condições para aprender em todos os lugares 
e em todos os momentos, posto que acessa as informações 
através de dispositivos móveis e portáteis. Esta modalidade 
permite o acesso do local em que a pessoa se encontra (casa, 
universidade, trabalho...) e a retomar em outro momento de 
onde havia deixado suas ações online, seguindo deste modo um 
processo contínuo e flexível de aprendizagens.
• TDICs e P-Learning (Pervasive learning)
É a aprendizagem personalizável, que está presente em 
diferentes espaços formativos. O processo de aprendizagem pode 
ser guiado por um processo de autoformação. Um exemplo desta 
modalidade são os MOOC (cursos online massivos e abertos) e 
os xMOOC, uma variante orientada para a autoformação e ações 
personalizadas de aprendizagem. Os MOOCs são, em geral, 
baseados em textos e em videoaulas. Os cursos são abertos e 
os estudantes podem acessá-los a qualquer instante, de acordo 
com seus interesses e conveniência. Como cursos abertos, eles 
não oferecem certificados, mas, se o estudante assim desejar, 
ele deverá, ao final, se submeter a atividades e provas que 
avaliem suas aprendizagens. Estes certificados, em geral, são 
legitimados pelas instituições e universidades responsáveis pelo 
oferecimento do curso.
• TDICs e T-Learning (Transformative learning)
Processo baseado na aprendizagem global, que incluem e 
articulam as classes presenciais e os espaços físicos das salas de 
aula, além dos ambientes virtuais de aprendizagem, televisão 
digital, redes sociais e entornos pessoais de aprendizagem. O 
estudante utiliza toda essa variedade de fontes de informação 
e comunicação para acessar os conteúdos de seu interesse e 
aprender por si mesmo e não estar sendo guiado.
28
• TDICs e U-Learning (Ubiquituous learning) 
O U-Learning é também chamado de formação ubíqua. Nesta 
modalidade, o espaço de aprendizagem ocorre dentro e fora 
do espaço presencial ou da área da classe. A informação que o 
aluno necessita está disponível em diferentes canais virtuais ao 
mesmo tempo, o que permite receber e incorporar a informação 
independente do local em que se encontra. Autoformação 
(MOOCs) e/ou ações personalizadas.
Em síntese, as modalidades presentes nas relações entre as 
Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação e as virtuais 
possibilidades de aprendizagem podem ser compreendidas 
também pela análise do Quadro 3, a seguir.
Quadro 2. TDICs e modalidades de aprendizagem
 
Fonte: Elaboração própria
29
Você sabe o que é Heutagogia? Uma nova 
forma de aprender!
As novas funcionalidades das TDICs para 
a interação, a comunicação e o acesso à 
informação em qualquer tempo e local 
permitiram maior liberdade para que as 
pessoas pudessem criar seus próprios caminhos 
para aprender. Este é o principal sentido da 
Heutagogia (neologismo formado pela junção 
dos termos gregos, heuta, que significa auto, 
e agogôs, que quer dizer guiar). Criada já 
no século XXI, alinhada as características 
das TDICs, a Heutagogia considera que o 
estudante deve ser o responsável pelas suas 
aprendizagens. Esta liberdade para aprender 
o leva a buscar conhecimentos quando e 
onde quiser. Respeita o sujeito que aprende 
e o desafia a aprender quando precisar, 
em buscas online por cursos formais ou 
mesmo em fontes digitais diversas como 
Google, Youtube, Blogs, Pinterest e grupos 
no WhatsApp. Essas aprendizagens podem 
ser de teorias filosóficas, conceitos da Física 
ou conhecimentos mais práticos e imediatos, 
como cozinhar, por exemplo. Em todos estes 
assuntos o acesso às TDICs oferece inúmeras 
possibilidades de aprendizagem. Cabe ao 
aprendiz escolher os melhores caminhos, os 
que se sinta bem e que respeite seus estilos de 
aprendizagem. Para uns, por meio da leitura 
de textos, outros preferem observar imagens 
e vídeos, outros ainda pulam as explicações 
e exemplos e já desejam seguir o passo a 
passo para fazer a melhor receita! E você, 
como prefere aprender? Qual o seu estilo de 
aprendizagem? Já pensou nisso?
Fonte: Freepik
30
Síntese da Unidade 2
Nesta segunda unidade conhecemos as Tecnologias Digitais de 
Informação e Comunicação – as TDICs - e diferentes modalidades 
que possibilitam o acesso à comunicação, a informação e 
consequentemente à aprendizagem. Compreendemos que as 
TDICs viabilizam aprendizagens em diferenciados tempos e 
espaços, desde que os aprendizes estejam conectados à Internet. 
Essas condições liberam a necessidade de presencialidade em 
espaços físicos – salas de aulas, escolas ou demais instituições 
de ensino – para se informar e aprender. 
As inovações provocadas pelo uso massivo das TDICS deram 
origem a diversas modalidades de aprendizagens digitalmente 
mediadas. Elas vão das tradicionais salas de aula presenciais até 
formações totalmente online, realizadas livremente de acordo 
com os interesses da pessoa e as condições de acesso e uso de 
dos recursos digitais necessários para aprender. 
As TDICs oferecem condições abertas para a aprendizagem 
por meio de aplicativos, ambientes e outros espaços de 
aprendizagem. Esses estudos podem ser realizados de forma 
solitária ou em grupos, redes de pessoas que trocam ideias e 
aprendem juntas, mas que se situam em locais diferenciados do 
planeta e nem falam as mesmas línguas. 
Para compreender um pouco mais sobre essas possibilidades 
de uso das TDICs na educação, vamos refletir juntos sobre as 
tecnologias móveis. Este é o nosso próximo assunto, na Unidade 
3. Vamos lá? 
31
Unidade 3
TECNOLOGIAS MÓVEIS. 
MOBILIDADE, CONECTIVIDADE E 
APRENDIZAGEM UBÍQUA.
As TDICs permeiam as nossas vidas na atualidade. Elas fazem 
parte de uma nova cultura e configuram um novo tipo de 
sociedade, a digital. Arquivos digitais, em permanente atualização, 
guardam a memória de nossas identidades, nossos registros de 
saúde, escolarização, rendimentos, amizades, nossas compras, 
nossos desejos... mesmo quando não possuímos ou utilizamos 
nenhum tipo de TDIC. As tecnologias móveis são essenciais. No 
Brasil, elas já são o principal meio de acesso à internet, graças 
ao uso dos celulares, pela maioria dos brasileiros. Segundo os 
dados obtidos Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 
Contínua - Tecnologia da Informação e Comunicação (PNAD 
Contínua TIC) 2018, divulgada apenas em 2020 pelo Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o celular é o principal 
meio de comunicação, informação e acesso à Internet no Brasil. 
Segundo a pesquisa, “79,3% dos brasileiros com 10 anos ou mais 
têm aparelhos celulares para uso pessoal, com ou sem internet ”
A relevância dessas mídias móveis entre as TDICs nos orienta 
para compreendê-las melhor e mais profundamente. É o que 
pretendemos realizar nesta Unidade 3. Iniciamos identificando 
as características e funcionalidades dessas tecnologias móveis 
de informação e comunicação. A seguir, vamos entender melhor 
as condições de mobilidade e conectividade dos celulares e 
como eles viabilizam novas formas de formação, por meio de 
Celular é o principal meio de acesso a 
Internet no BrasilFonte: Agência Brasil
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-04/celular-e-o-principal-meio-de-acesso-internet-no-pais
32
aprendizagens ubíquas. Animados? Então, vamos saber mais 
sobre essas TDICs e a importância que elas têm em nossas vidas?
Figura 3 - Mídias Digitais Móveis
Uma das principais características das TDICs Móveis é que 
possuem portabilidade. Ou seja, elas são portáteis e podem 
ser utilizados em qualquer lugar. Estão nesse caso o laptop/
notebook, os celulares, tablets e muitos outros equipamentos 
digitais, que funcionam mesmo quando o usuário está em 
movimento e quando não tem capacidade de acesso a redes 
sem fio.
Mas o que é redes sem fio? Vocês conhecem? Bem, vamos 
explicar!
Fonte: Freepik
• Caracterizar as tecnologias digitais móveis e suas 
relações com processos ubíquos de aprendizagem
Objetivos
Já que estamos falando sobre as tecnologias móveis e as 
redes sem fio (também conhecidas pelo termo, em inglês, 
“wireless”), vamos conhecer mais sobre as características que 
diferenciam esses dois termos? Em geral, usamos os termos 
“Móvel” (mobile) e “Sem Fio” (wireless) como sinônimos, 
mas não são. As TDICs sem fio (wireless) estão presentes 
em aparelhos que acessam links de redes disponíveis nas 
nuvens. Celulares, Bluetooth (tecnologia que permite a troca 
https://www.geekfail.net/2020/12/o-mundo-que-era-vuca-agora-e-bani.html
33
Como principal representante das tecnologias digitais 
móveis (TDICs), os celulares estão cada vez mais sofisticados. 
A evolução tecnológica desses dispositivos é espantosa e difícil 
de acompanhar. A todo instante surgem novos dispositivos 
com maiores e melhores funcionalidades. O avanço tecnológico 
pode ser compreendido pelas gerações, como são chamadas o 
conjunto de características de cada inovação tecnológica que 
altera o funcionamento e agrega novos recursos e atualiza os já 
existentes no dispositivo.
Os avanços dos dispositivos móveis têm sido tão significativos 
que nem podemos chamar os celulares de meros “telefones”. 
Melhor chamá-los de dispositivos, uma TDIC complexa, com 
muitas funcionalidades. A partir da análise deste dispositivo 
podemos identificar várias das características e funcionalidades 
das demais TDICs móveis. Ou seja, o celular é:
• Híbrido, pois integra funções anteriormente exclusiva de 
de dados e arquivos entre celulares, computadores, scanners, 
fones de ouvido e demais dispositivos de forma rápida e segura) 
e redes locais sem fio (wireless LAN) são tipos de tecnologia 
sem fio. Mas nem sempre a conexão sem fio está relacionada 
a mobilidade. É possível que um computador de mesa também 
esteja conectado a uma rede wireless, que interliga seu teclado, 
o mouse e o monitor por exemplo, sem lhe garantir mobilidade.
Para saber mais e compreender melhor a história do telefone 
celular leia o texto escrito em 2009 por Fabio Jordão no qual 
apresentava as características futurísticas dos celulares da 
3ª. Geração! Depois, pense nos avanços tecnológicos que o 
celular recebeu desde 2009 até o momento presente. Acesse 
a História do telefone celular, clicando aqui, e pesquise sobre 
as mais avançadas características dos celulares em 2021.
https://www.tecmundo.com.br/celular/2140-historia-a-evolucao-do-celular.htm
34
Nas últimas décadas, com o desenvolvimento 
de tecnologias digitais móveis, formas de 
conexão wifi, internet das coisas e sistemas 
informativos geográficos, assistimos no 
mundo inteiro a novas formas de participação 
e de interação que se estenderam para além 
dos dispositivos, dos dados, também dos 
objetos e das biodiversidades, expressando 
uma nova cultura ecológica [...] as quais 
expandem o social para além das fronteiras 
da sociedade, assim como interpretada pelo 
pensamento das ciências sociais modernas. O 
movimento ecológico global dos adolescentes 
inspirados em Greta Thunberg, as revoltas 
no Chile, na Coreia, o movimento dos 
coletes amarelos na França, assim como 
a difusão de registros públicos validados 
colaborativamente, os Blockchain, são a 
expressão de uma nova ecologia da ação que 
conecta entidades diversas, dados, pessoas e 
dispositivos conectados”.
outros dispositivos como o telefone, computador, máquina 
fotográfica, câmera de vídeo, processador de texto, GPS e muitas 
outras;
• Móvel, pois é, portátil e possui capacidade de funcionamento 
em qualquer local
• Conectável, podendo funcionar de forma independente; 
conectado a redes sem fio ou mesmo articulado a conexões 
de curto alcance ou ligado a outros dispositivos digitais, como 
computadores (laptops ou desktops), por exemplo. 
• Convergente, pela integração de inúmeros recursos e 
aplicativos em um único suporte digital, com a possibilidade de 
se interconectarem uns com os outros.
As características e funcionalidades tecnológicas dos 
dispositivos móveis, como o celular alteram a cultura e as formas 
de viver socialmente. Integrados e participativos os usuários, 
como já dizia Lemos, em 2007, por meio de seus celulares criam 
novas formas de apropriação do espaço público.” 
Complementando, é Di Felice (2021) quem vai dizer que:
35
Mobilidade, conectividade e aprendizagem ubíqua 
Já compreendemos que as tecnologias móveis possibilitam a 
convergência entre dispositivos, a conectividade e a mobilidade. 
Além dessas competências as tecnologias digitais móveis 
possibilitam a ubiquidade, ou seja, o acesso sem fio à informação 
(da Web ou de qualquer outro sistema) de praticamente 
qualquer lugar a qualquer momento. Essa funcionalidade 
permite a integração entre os dispositivos e o acesso e produção 
de atividades em diferentes meios. Assim, um trabalho pode ser 
iniciado no smartphone e continuado no computador. Pode ser 
também realizado de forma isolada e solitária ou compartilhado 
e desenvolvido com outros parceiros, em colaboração. 
Para isso, é preciso que as informações possam estar 
disponíveis na “nuvem”, em alguma rede da internet. Essas 
condições tecnológicas viabilizam formas de trabalho contínuas, 
sem interrupções. Da mesma forma, elas facilitam atividades 
contínuas de aprendizagem que podem ser iniciadas nas salas 
de aula presenciais e continuam em outros espaços como 
laboratórios, as casas dos estudantes ou em qualquer local em 
que estejam conectados e ligados às atividades de aprendizagem 
previstas. 
Aprendizagens ubíquas, ou como já vimos anteriormente, 
aprendizagens contínuas que podem ocorrer em múltiplos 
espaços, com o uso de diferentes dispositivos móveis conectados, 
o que possibilita “acessar recursos educacionais, conectar-se a 
outras pessoas ou criar conteúdos, dentro ou fora da sala de 
aula” (UNESCO, 2014, p.8).
As TDICs móveis fortalecem o surgimento de processos de 
educação aberta que, baseados nos princípios da Heutagogia, 
viabilizam o protagonismo do aprendiz/usuário. O processo 
desencadeado pela aprendizagem ubíqua, como diz Santaella 
(2014, p. 22) “embora dispersivo, fragmentário e pulverizador, 
transforma cognitivamente o ser humano no seu papel de 
potencializador da aprendizagem”. Elas geram “oportunidades 
36
para cultivar habilidades complexas exigidas para se trabalhar 
de forma produtiva com terceiros” (UNESCO, 2014, p.18). 
Síntese da Unidade 3 
Nesta Unidade 3 conhecemos muitas das propriedades e fun-
cionalidades das Tecnologias Digitais Móveis. Destacamos, entre 
elas, o celular que, no Brasil, já é o principal meio de acesso à 
internet. A análise dos celulares nos levou a identificar suas con-
dições de mobilidade, portabilidade e conectividade. Compreen-
demos que, por causa desses atributos os celulares são conside-
rados como principais meios para a viabilização de aprendizagens 
abertas e ubíquas, ou seja, aprendizagens contínuas que podem 
ocorrer em múltiplos espaços, com o uso de diferentes dispo-
sitivos móveis conectados. Essas condições o identificam como 
TDIC preferencial para o desenvolvimento de ações pessoais e 
sociais, para o trabalho e para a formação profissional em ca-
minhosde livre escolha do usuário. Aprendizagens Ubíquas que 
nos conectam a múltiplos espaços, pessoas, dispositivos, insti-
tuições... de forma isolada ou em redes. 
Redes? Bem, este é outro assunto, o próximo, que veremos a 
seguir. 
Bons estudos!
https://www.youtube.com/watch?v=IRGfzETMzsE&ab_channel=ErikSanchez
37
UNIDADE 4
TECNOLOGIAS E REDES DIGITAIS 
Introdução da Unidade 
Nesta nossa última unidade vamos compreender o que são as 
redes digitais, em destaque para a “rede das redes”, a Internet. 
Vamos conhecer como eram as redes digitais antes do acesso 
aberto e livre à Internet e como a ampliação do uso das redes 
digitais mudou a cultura, o trabalho, o lazer e a aprendizagem. 
Vamos lá, então?
Redes Digitais 
Uma das características essenciais das TDICs é a capacidade 
de compartilhamento das informações. As tecnologias digitais 
possibilitaram, já no final do século passado, a criação de redes 
• Compreender a importância das redes digitais na 
atualidade. 
• Compreender as possibilidades futuras das TDICs e os 
possíveis reflexos nos processos de aprendizagens.
 http://unesdoc.unesco.org/images/0022/002277/227770por.pdf
38
entre computadores conectados para trocar dados e informações 
entre eles. Ou seja, as redes entre computadores já existiam bem 
antes do surgimento da Internet.
Quer saber mais sobre isso? Então, veja a seguir.
Como eram as primeiras redes digitais? 
As primeiras conexões brasileiras em rede ocorreram em 
1989. Minhas primeiras experiências com as redes digitais 
aconteceram no início dos anos 90, em 1992. Nosso uso das 
redes era bem diferente da atualidade. No artigo “Educação 
e Internet no Brasil” eu trato sobre a evolução das redes no 
Brasil. Neste artigo, informo sobre como eu e meus estudantes 
acessávamos as redes e o que podíamos fazer apenas por meio 
de textos, sem sons e nem imagens. Leia este pequeno trecho 
do artigo indicado para saber como fazíamos.
 
...Na Unicamp, por exemplo, eram 
100 licenças em 1992. Eu e os meus 
orientandos recebemos as nossas 
senhas naquele ano. Para nós, era 
um privilégio. Para a maioria dos 
professores isto não representava 
muito. 
Ao contrário, havia desinteresse 
e, mesmo, aversão em relação ao 
uso de computadores e tecnologias 
digitais na educação, de modo geral. 
20 anos de Internet...
continua...
Fonte: Freepik
https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u34809.shtml
https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u34809.shtml
https://www.youtube.com/watch?v=ckaFBbhAKBU
https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u34809.shtml
39
 
Evolução das redes digitais 
A contínua ampliação e a evolução de possibilidades de 
comunicação, interação e transmissão de dados oferecida pela 
Internet proporcionaram mudanças nas suas condições de 
acesso e uso. Um de seus princípios é justamente este: evolução 
constante. Já em 1997, Marcelo Franco dizia que a internet não 
era uma tecnologia pronta. “É como uma cidade que está em 
Na época, trabalhávamos em DOS. Podíamos identificar, na 
tela verde, quem dos 100 pesquisadores credenciados da 
Universidade estava “online”, para trocar ideias e compartilhar 
experiências. Em geral, era entre seis e quinze, o número de 
usuários online, ao mesmo tempo. Mais do que isto, o sistema 
caia. E era lento, bem lento. O nosso deslumbramento é 
que podíamos interagir textualmente com pesquisadores 
de outras instituições e acessar referências bibliográficas 
disponíveis em universidades em todo o mundo. Estávamos 
em rede. Nossa conexão com as universidades brasileiras e 
de outros países era feita através de redes que partiam da 
FAPESP (Fundação de Apoio a Pesquisa do Estado de São 
Paulo). Usávamos os chamados BBS (Bulletin board system), 
“uma forma rudimentar anterior à web (WWW) que permitia 
troca de arquivos e comunicação” (Estadão, 2015) via e-mail 
ou, como era conhecido na época, o correio eletrônico. (2015, 
p.134)
https://datareportal.com/reports?tag=Digital+2021
https://www.pagbrasil.com/pt-br/insights/digital-2021-estatisticas-e-numeros-no-brasil/
40
permanente construção, cuja vida dos prédios é extremamente 
efêmera”. (FRANCO, 1997, p. 83) e em permanente evolução. 
A conexão nas redes nos aproxima e integra, mas nos isola 
do ambiente, das pessoas e da realidade que fisicamente 
habitamos. A presença em rede, sobretudo nas redes sociais, 
é viciante, pontual, efêmera e exige permanente conexão com 
múltiplos seres, humanos e não humanos (equipamentos, 
softwares, aplicativos e muito mais). 
A pessoa conectada na atualidade vive, na realidade, em 
paralelo. De um lado, tem sua vida analógica, acompanhando 
os horários e tempos de cada dia. Tem tempos definidos para 
dormir, comer, trabalhar e se divertir. Cumpre calendários 
semanais, mensais, anuais. Mas junto com a maioria dessas 
ações offline ela também vivencia outra realidade, a virtual. Nela 
realiza ações online por meio de seus celulares, tablets, laptops 
e outros inúmeros aplicativos. Sua inteligência se apresenta em 
forma de linguagem por esses dois meios. Seu mundo é offline 
e online. “De certa forma, o jogo Minecraft representa uma 
realidade tão verdadeira quanto a das cidades em que vive”.
À velocidade das redes, em constante evolução, soma-se 
a ampliação contínua do número de usuários conectados. A 
imagem deste movimento incessante pode ser observada neste 
gráfico animado. Clique, acesse e curta isso!
Aprender em Redes 
Ao transportar a cultura das redes para os processos 
educacionais, é preciso criar condições para que os participantes 
não se sintam isolados, solitários ou perdidos em meio 
https://www.youtube.com/watch?v=WLRA7qqiJM0
https://www.youtube.com/watch?v=ckaFBbhAKBU
https://www.youtube.com/watch?v=f7dhOHMX0js
41
à multidão de aprendizes virtuais. O aprendizado exige 
participação, presença e trocas constantes entre pessoas. As 
redes digitais têm plenas possibilidades para viabilizar esses 
requisitos, aproximando estudantes, integrando e humanizando 
o aprendizado em rede. As condições interativas cada vez mais 
envolventes oferecidas pelas redes digitais podem viabilizar o 
oferecimento de situações de ensino participativas, com muitas 
trocas comunicacionais em um curso virtual. Essas trocas 
ocorrem por meio das funcionalidades existentes nas redes 
abertas ou em plataformas e outros dos inúmeros tipos de 
ambientes virtuais de aprendizagem.
O processo tradicional de ensino destacava o professor e 
seus conhecimentos e capacidade de transmitir o que sabia. A 
ação didática tinha o realizava-se do mesmo modo unidirecional 
e analógico das mídias clássicas. O professor como emissor 
de conteúdos e os estudantes como receptores passivos e 
reprodutores do saber ministrado. 
Ao observamos a sociedade atual, constatamos que esse método 
não mais se justifica, uma vez que os papéis sociais mudaram 
e as informações podem ser obtidas de forma instantânea 
em diferentes tipos de mídia. O rápido desenvolvimento das 
tecnologias digitais tem gerado novas formas de interação social 
e uma nova relação com o conhecimento. 
Para visualizarmos melhor as transformações ocorridas na 
educação formal com a incorporação de mediações tecnológicas, 
veja o quadro XX a seguir:
Quadro 5 - Evolução da Educação e as tecnologias
42
A observação do Quadro 1 nos mostra à esquerda o modelo 
tradicional de ensino (Educação 1.0), presente antes da Revolução 
Industrial. Nele, destacava-se o professor, seus conhecimentos 
e capacidade de transmitir o que sabia. A ação didática tinha 
o realizava-se do mesmo modo unidirecional e analógico das 
mídias clássicas. A educação era singular. O professor como 
emissor de conteúdos e o estudante como receptor passivo e 
reprodutor do saber ministrado. 
Com a Revolução Industrial, e a necessidade de formação de 
muitos trabalhadores obedientes e bem treinados, criam-se 
formas de ensino massivo e repetitivo, mediados por recursos 
tecnológicos que garantissem a formação coletiva de estudantes. 
Eraa fase da Educação 2.0. 
O salto tecnológico é dado com a Educação 3.0 e a banalização 
do acesso à informação disponibilizada na Internet. O aluno 
passa a ser considerado como um aprendiz ativo e participativo, 
com capacidades para pesquisar de forma autônoma o que 
deseja aprender. 
As redes digitais, alteram novamente o cenário formativo, 
quando possibilita que as pessoas possam interagir, comunicar 
e aprender em colaboração. É a Educação 4.0, o aprender em 
redes. 
O habitar em rede, como escrevem SCHLEMMER, BACKES, 
BITTENCOURT, PALAGI (2021), reúne pessoas e dispositivos 
digitais em um mesmo conjunto, em colaboração
“...de tal forma que não existe mais o humano aqui e a tecnologia 
lá. A sala de informática está na nossa cabeça, na palma das nossas 
mãos, no nosso modo de agir, argumentar e pensar”.
A educação 4.0 é, portanto, “ligada, conectada (On) na vida 
(LIFE), a partir das problematizações do mundo presente.” (p. 
25) Essa perspectiva vai além da tecnologia em si e envolve uma 
renovação da dinâmica do trabalho do professor, da escola e de 
todo o sistema educacional. Não se trata apenas de ter ou não 
ter computador, e sim de levar o habitar em rede, próprio da 
43
sociedade atual, para a escola, ou novos espaços do aprender, 
onde quer que estejam.
 O Futuro das TDICs e das Aprendizagens. 
Não precisamos ir muito distante no tempo para poder 
conhecer o que nos espera no futuro das tecnologias digitais 
e como irá replicar nas aprendizagens. Vamos considerar uma 
evolução tecnológica anunciada, que está muito próxima de ser 
viabilizada e disponibilizada no Brasil, a tecnologia 5G. O 5G 
trará uma Internet com maior velocidade para baixar e enviar 
arquivos (cerca de 100 vezes mais rápido que comparado ao 
4G) e conexões mais estáveis e wireless. Com uma internet mais 
rápida e estável será possível a evolução de carros autônomos, da 
telemedicina, o surgimento de smartphones mais potentes e de 
acessórios inteligentes como pulseiras e relógios que ajudarão a 
monitorar a saúde. Na educação, irá ocasionar a educação 5.0.
Em termos de dispositivos e softwares, as expectativas 
são grandes para o uso do 5G em plataformas virtuais de 
aprendizagem e ambientes digitais sem fio no uso de IoT 
(Internet das Coisas), o que poderá gerar uma inclusão da 
robótica em sala de aula como material didático. Considera-
se também o emprego de realidade aumentada em situações 
comuns de ensino. A aprendizagem será capaz de atingir novos 
níveis com instrutores holográficos e cenas que saem dos livros 
e se tornam realidade.
A educação 5.0 é centrada não apenas no avanço dos recursos 
digitais, mas na personalização dos procedimentos, empatia, 
interações e processos de colaboração nas situações de 
aprendizagem e entre os participantes: professores, estudantes 
e robôs, ou “tutores inteligentes”, por exemplo. Com resposta 
quase em tempo real, o 5G na educação oferece o potencial 
para novos caminhos de ensino e envolvimento em sala de 
aula, permitindo que os alunos não apenas aprendam como 
usar tecnologias avançadas, mas também a como desenvolver 
e criar com elas. As possibilidades são infinitas nesta revolução 
tecnológica que irá transformar as formas de ensinar e aprender.
44
Nos últimos anos temos vivido experiências incríveis com 
tecnologias inimagináveis há alguns anos. E ainda temos muitas 
transformações pela frente. O 5G é uma delas!
Tecnologias digitais e Políticas Educacionais
É indispensável refletir, ao final desta disciplina, sobre os 
problemas e fatores que podem ampliar as desigualdades 
educacionais existentes no processo de aprendizagem dos 
estudantes brasileiros com o uso cada vez mais potencializado 
de tecnologias digitais sofisticadas. 
Fazem parte das obrigações das políticas públicas considerar 
as melhores condições de acesso e uso das tecnologias digitais 
em todo o Brasil e para todos os brasileiros. Neste sentido, 
no ano 2000 foi publicado o livro “Sociedade da informação 
no Brasil: Livro Verde”, organizado por Tadao Takahashi e 
resultante da reflexão compartilhada de muitos pesquisadores 
da área. Participei desta criação, justamente nas reflexões sobre 
Educação na Sociedade da Informação. Logo no início das nossas 
reflexões sobre o sentido de educar na Sociedade da Informação, 
consideramos que:
... educar em uma sociedade da informação sig-
nifica muito mais que treinar as pessoas para o 
uso das tecnologias de informação e comunica-
ção: trata-se de investir na criação de compe-
tências suficientemente amplas que lhes per-
https://www.youtube.com/watch?v=PHsUEgRMpAU
45
mitam ter uma atuação efetiva na produção 
de bens e serviços, tomar decisões fundamen-
tadas no conhecimento, operar com fluência 
os novos meios e ferramentas em seu traba-
lho, bem como aplicar criativamente as novas 
mídias, seja em usos simples e rotineiros, seja 
em aplicações mais sofisticadas. Trata-se tam-
bém de formar os indivíduos para “aprender 
a aprender”, de modo a serem capazes de li-
dar positivamente com a contínua e acelera-
da transformação da base tecnológica. (p. 45, 
2000)
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), de 2018, prevê o 
conhecimento e uso de tecnologias digitais como aprendizagens 
essenciais na Educação Básica. Na competência geral 5, o docu-
mento diz ser fundamental na aprendizagem que os estudantes 
possam:
Neste sentido a inserção das tecnologias digitais no ensino 
é essencial. Sua incorporação, no entanto, requer mudanças 
amplas nos projetos pedagógicos das escolas, investimentos 
na formação continuada de professores e muitas outras ações. 
Em síntese, elas nos orientam para a necessidade do Estado e 
dos responsáveis pela Educação no Brasil, além dos professores, 
estudantes e toda a sociedade, para a existência das melhores 
condições de acesso e uso das TDICs nas instituições de ensino e 
mudanças drásticas nos processos formativos. 
No próprio site oficial da Base Nacional Comum Curricular, é 
“Compreender, utilizar e criar tecnologias 
digitais de informação e comunicação de 
forma crítica, significativa, reflexiva e éti-
ca nas diversas práticas sociais (incluindo 
as escolares) para se comunicar, acessar e 
disseminar informações, produzir conhe-
cimentos, resolver problemas e exercer 
protagonismo e autoria na vida pessoal e 
coletiva.” (BNCC, 2018)
46
dito que:
Compreendemos, portanto, que as TDICs são muito 
importantes e precisam estar bem presentes no processo de 
formação de todos desde o início da escolarização. Mais, no 
entanto, de que um uso acessório como recurso ou ferramenta, 
há necessidade de ampliar o sentido de presença e participação 
dessas tecnologias nas ações e criações realizadas nos espaços 
educativos. Mais do que saber usar este ou aquele equipamento, 
é preciso que todos possuam domínio e a fluência tecnológica 
necessárias para aprender a aprender e estar preparado para os 
novos momentos tecnológicos que virão, em breve.
Fonte: PngEgg
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-praticas/aprofundamentos/193-tecnologias-digitais-da-informacao-e-comunicacao-no-contexto-escolar-possibilidades
47
Síntese da Unidade 4
Nesta unidade compreendemos a importância das redes 
digitais na atualidade. Descobrimos que a Internet, chamada a 
rede das redes já existia desde 1969 e que ela possibilita muito 
mais do que a troca de informações, mas a colaboração e a 
integração de ações entre participantes que estão em tempos e 
locais distintos. 
 Vimos a evolução das tecnologias digitais, o surgimento 
da Internet e a ampliação incrível do número de redes sociais 
existentes e disponíveis na atualidade. Vimos que as redes 
servem muito para aprender. Na realidade, elas modelaram 
diferentes formatos educacionais que se alteraram de acordo 
com o acesso aos meios tecnológicos, mas, principalmente, as 
necessidades da sociedade em cada época. 
Em uma sociedade conectada, com intenso uso de tecnologias 
digitais em todos os setores, além da presença constantena vida 
de cada um, era fundamental que a escolarização as integrasse 
em seus currículos e projetos de ensino. 
A inserção das tecnologias digitais como uma das bases do 
BNCC indica a sua importância na formação inicial das mais novas 
gerações e na ampliação de formações para que profissionais do 
ensino possam se atualizar de forma constante, acompanhando 
as alterações que as tecnologias apresentam. 
Importante é que formação seja inclusiva – em todas as escolas, 
para todos os alunos-, que não provoque desigualdades e que 
possa garantir a fluência digital indispensável para a participação 
de todos na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. 
Dessa forma, consideramos que as tecnologias desempenham 
papéis importantes para a formação de cidadãos que estejam em 
condições de ação plena e responsável em seu tempo, capazes 
de domínio pleno dos meios digitais e que tenham a inclusão e a 
justiça social como suas principais prioridades.
48
Saudação final 
E, assim, encerramos essas reflexões sobre as Tecnologias 
Digitais de Informação e Comunicação, as TDICs. Espero que 
aproveitem, aprendam e possam contribuir para a aprendizagem 
de muitas outras pessoas com o que viram na disciplina. 
Até outro dia! Boas leituras! Bons Estudos! 
Vani Moreira Kenski 
49
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	Sumário
	SOBRE A AUTORA
	APRESENTAÇÃO
	O QUE SÃO AS TECNOLOGIAS E PORQUE ELAS SÃO IMPORTANTES
	TECNOLOGIAS MÓVEIS. MOBILIDADE, CONECTIVIDADE E APRENDIZAGEM UBÍQUA.
	TECNOLOGIAS E REDES DIGITAIS 
	Referências
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	Currículo84:

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