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PERGUNTA 1 No livro Que horas são?, o crítico literário Roberto Schwarz traça o seguinte comentário acerca do fazer artístico e também sobre a crítica cultural: “Todo autor que se preza, quando pega a caneta, quer indicar entre outras coisas a hora histórica. Isso vale tanto para o ficcionista, como para o poeta, como para o crítico. A luta pela identificação e pela definição do que seja o atual está no centro da arte moderna. Acontece que a hora histórica não é convencional como a hora do relógio. Nem por isso ela é arbitrária. Mas é fato que a resposta a essa pergunta, por mais estudada e fundamentada que seja, sempre contém algo de engajamento, algo de aposta no futuro, sem o quê a crítica de arte é anódina.” Sobre o trecho, é correto afirmar que: I) O autor acredita que tanto a literatura como a crítica devem levar em conta as questões do momento histórico para produzir ou julgar obras artísticas. II) Ainda segundo o autor, as questões históricas não precisam levam em conta, exatamente, a “hora do relógio”. Isso quer dizer que muitas vezes reviravoltas sociais, políticas ou econômicas que aconteceram há anos podem ter resultados somente no presente; podem não ter resultados aparentes; mas, mesmo assim, ainda valem ser tratadas dentro da obra, ou percebidas pela crítica. III) Como revelar o atual na arte moderna? A esta pergunta, o crítico não responde diretamente: aposta, antes, no engajamento dos artistas e críticos para trazer à baila conteúdos históricos e sociais dentro da forma artística. a. I e II estão corretas. b. II e III estão corretas. c. I e III estão corretas. d. Todas as afirmativas estão corretas. e. Nenhuma das afirmativas está correta. 0,15 pontos PERGUNTA 2 De acordo com Antonio Candido, o autor em que culminou o processo de formação de uma literatura nacional foi: a. Machado de Assis. b. José de Alencar. c. Joaquim Manuel de Macedo. d. Aluízio Azevedo. e. Manuel Antônio de Almeida. 0,15 pontos PERGUNTA 3 Leia o trecho abaixo e escolha a alternativa correta: “A função da literatura está ligada à complexidade de sua natureza, que explica inclusive o seu papel contraditório mas humanizador (talvez humanizador porque contraditório). Analisando-a, podemos distinguir pelo menos três faces: ela é uma construção de objetos autônomos como estrutura e significado; ela é uma forma de expressão, isto é, manifesta emoções e a visão de mundo dos indivíduos e dos grupos; ela é uma forma de conhecimento, inclusive como incorporação difusa e inconsciente. [...] Uma sociedade justa pressupõe o respeito dos direitos humanos, e a fruição da arte e da literatura em todas as modalidades e em todos os níveis é um direito inalienável.” (Antonio Candido, O direito à literatura.) a. Segundo o autor, a literatura serve para mero entretenimento: nenhum conhecimento e nenhuma mudança profunda são oferecidos aos leitores após a leitura de um livro. b. A literatura tem várias funções. Por isso, é uma arte menor, sempre ligada a ensinar algo. Com isso, perde seu poder de espontaneidade e encantamento, encontrados apenas em uma arte despojada de funções previamente definidas. c. Para garantir que uma sociedade seja justa e igualitária, não basta a literatura: é necessário, essencialmente, que os homens e mulheres que dela fazem parte tenham acesso aos bens de consumo. d. Respeitar os direitos humanos, segundo o autor, é promover a todos os membros de uma sociedade o acesso irrestrito ao que há de melhor em arte e literatura, instâncias capazes de humanizar e, portanto, instâncias de direito, tão importantes como moradia e comida. e. Todas as afirmativas estão corretas. 0,15 pontos PERGUNTA 4 Quanto ao sistema literário brasileiro, considerando o estudo de Antonio Candido em Formação da literatura brasileira: momentos decisivos, é correto afirmar que: a. Com a Independência do Brasil, em 1822, forjou-se uma tentativa de produzir uma literatura nova e autêntica, que nada devesse à literatura europeia, embora, de maneira, às vezes, enviesada, às vezes direta, a copiasse. b. Tal tentativa de afirmação de fazer nascer uma literatura brasileira era, também, um ato político, que também não deixava de esperar o reconhecimento dos países europeus. c. A literatura brasileira tentou, portanto, “modificar-se pelas condições de Novo Mundo” e isso deu um caráter próprio à sua formação. d. No Brasil, assim como em outros países do Novo Mundo, a configuração entre língua, sociedade e literatura não é um processo contínuo, que alcança pouco a pouco a maturidade. Antes, surge das diferenças entre ritmos de vida e modalidades culturais entre o conquistador e o conquistado. e. Todas as afirmativas estão corretas.
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