Buscar

Manual Completo do Cultivo de Hortaliças

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 138 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 138 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 138 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 - INTRODUÇÃO
 
Por muito tempo, principalmente
antes do desenvolvimento do
processo de urbanização que
aconteceu em todo o nosso país a
partir dos anos 60, a horta fazia
parte da realidade doméstica da
maioria das pessoas, seja no campo
ou na cidade. Isso acontecia porque
a oferta de hortaliças, bem como de
frutas, acontecia de forma muito
inconstante e dependia da
sazonalidade. Dessa forma, para
evitar ficar sem as hortaliças das
quais precisavam, muitas pessoas
dispunham de parte de seu tempo
para cultivá-las em seus quintais.
 
Com o desenvolvimento dos
centros urbanos, a falta de espaço e
o estilo de vida moderno fizeram
com que a prática de cultivar suas
próprias hortaliças fosse deixada
de lado, mas, de uns tempos para
cá, as coisas vêm mudando de
figura, a possibilidade de plantar o
próprio alimento passou a ser
atrativo, com o desenvolvimento de
uma tendência de alimentação
saudável que também surgiu nos
últimos anos.
 
Nesse novo contexto, encontrar uma
maneira de cultivar sua própria
comida conecta você com o que
está comendo, e também oferece
benefícios nutricionais enormes,
pois, é importante lembrar que a
degradação dos nutrientes ocorre
rapidamente entre o momento em
que o produto é colhido e quando é
comido - os feijões verdes, por
exemplo, perdem 77% de sua
vitamina C após sete dias. Quanto
mais rápido você puder comer seus
produtos depois deles terem sido
colhidos, melhor. Ter um quintal ou
varanda cheia de frutas e vegetais é
um excelente modo de realizar esse
consumo da forma apropriada.
 
Mas porque você deveria ter uma
horta? Vamos para algumas das
principais razões.
 
A primeira delas é que o cultivo
domiciliar de hortaliças garante que
não precisamos nos preocupar com
questões como contaminação
microbiológica ou por agrotóxicos,
rastreabilidade e consumo de
alimentos originados de plantas
transgênicas, entre outros. Afinal de
contas, somos nós mesmo que
estamos inspecionando todo o
processo de plantio das hortaliças,
podendo então controlar a sua
qualidade. Obtendo alimentos
frescos, mais saborosos e mais
nutritivos. Uma cenoura que você
mesmo planta e retira do seu solo,
bem cuidado, é duas vezes mais
saborosa do que aquele que você
compra no mercado.
 
Lembrando que muitos vegetais, se
bem cultivados - livres de
agrotóxicos, etc - evitem condições
que podem pôr em risco a sua vida,
como a hipertensão, câncer e
doenças cardiovasculares. Outra
vantagem de ter uma horta é casa é
a economia financeira, é claro que
você pode ter que gastar
inicialmente por compostagem,
potes, sementes, etc, mas o dinheiro
que você eventualmente
economizará será muito superior a
um período relativamente curto de
tempo.
 
E não é só dentro de casa que as
hortas voltaram a fazer sucesso,
pelo modo como o ato de cuidar de
um jardim pode ser uma excelente
ferramenta de ensino, pois, ensina
paciência, atenção, cuidado,
economia, etc. A prática passou a
ser integrada em muitas escolas,
principalmente naquelas que
funcionam base em metodologias
transformadoras. O cuidado com a
horta pode ser integrado em
diversas disciplinas como, por
exemplo, matemática, ciências, e
até mesmo português. A atividade é
ainda benéfica para trabalhar
questões sociais, entrosando as
crianças.
 
Os alunos podem aprender técnicas
básicas relacionadas a agricultura
(escolha da terra, preparação do
solo, processo de semeadura,
irrigação, cuidados com o
desenvolvimento das hortaliças, e
processo de colheita). Muitas
empresas que possuem uma cultura
organizacional mais voltada para o
bem-estar dos funcionários também
possuem hortas.
 
O cultivo de uma horta também é
uma lição em sustentabilidade,
pois, mesmo as ações mais
pequenas podem, e fazer, fazer as
maiores diferenças. Ao cultivar
todos nós estamos reduzindo a
demanda de alimentos que vão
precisar ser transportados por
milhares de quilômetros através do
mundo, estamos alimentando o solo
que nos alimentará de volta,
estamos reduzindo a quantidade de
embalagens plásticas que são
produzidas para nos entregar as
hortaliças que compramos no
supermercado.
 
Dentro de casa, você pode tornar
esse processo algo para fazer em
família. Ensine aos seus filhos e
netos exatamente de onde sua
comida vem, mostre a elas que o
cultivo de alimentos é apenas um
processo normal e natural, em vez
dos pacotes, sacos e bandejas que
vêm dos supermercados.
 
Destacamos ainda o modo como
uma horta pode ser uma atividade
terapêutica, cultivar suas próprias
hortaliças pode ser um verdadeiro
tônico para sua alma. Ter uma
conexão real com a Terra e
observar a vida crescer na frente
dos seus olhos ajuda a reduzir a
depressão e a ansiedade. Isso pode
dar uma perspectiva totalmente
nova e muito positiva sobre sua
vida. Afinal de contas, manter uma
horta é uma atividade que exercita a
mente e o corpo por ser uma
atividade física e lúdica, ao mesmo
tempo.
 
Por fim, a última das razões é
simples: você deveria ter uma horta
porque todo o processo é fácil.
Jardinagem pode ser uma
habilidade, um trabalho ou um
hobby, o que significa que pode ser
tão fácil ou tão difícil quanto você
quiser. Tudo o que você realmente
precisa para começar é um solo
decente e algumas plantas.
Acreditando que essa prática
precisa ser recuperada, mantida e
até mesmo ampliada, preparamos
esse ebook que objetiva
desmistificar todo o processo de
implantação de uma horta caseira.
 
No decorrer das páginas a seguir
você encontrará, através de sete
capítulos tudo que precisa saber
sobre como cultivar hortaliças. No
primeiro capítulo, falamos sobre o
que são as hortaliças, no segundo
sobre a sua importância na
alimentação, apresentando alguns
dados sobre o consumo de
hortaliças por brasileiros. No
capítulo seguinte, abordamos a
classificação das hortaliças.
Depois disso, falamos sobre os
tipos de hortas que podem ser
implementadas, e no sexto as
principais ferramentas a serem
usadas para o processo de criação
e implantação da sua horta caseira,
por fim, no capítulo sete, falamos
ainda sobre como realizar o plantio
de suas hortaliças em locais sem
espaço.
 
Embora já tenhamos destacado a
facilidade do processo, pontuamos
também que para manter uma horta
da forma certa, organicamente,
você precisará entender o que é
preciso para manter suas plantas
saudáveis ​​e vigorosas, este material
também te dará uma noção
completa disso. Aproveite!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 1 - O QUE SÃO
HORTALIÇAS?
 
Se você está pensando em começar
uma horta, a primeira coisa que
precisa saber é como entender o
tipo de planta que está querendo
cultivar. A palavra é hortaliça vem
do latim hortus, que significa horto,
pequeno espaço de terreno onde se
cultivam plantas próprias de
jardim, sendo assim, é considerada
como hortaliça qualquer planta de
pequeno porte que pode ser
cultivada em uma horta ou pequeno
espaço, mas existem também
hortaliças que podem ser cultivadas
em grandes espaços, como a
cenoura, a cebola, a batata, etc.
Normalmente para processos
industriais. 
 
De uma forma geral, as hortaliças
formam um grande grupo de plantas
alimentares que possuem alto valor
nutritivo, pequeno porte e
crescimento rápido. Elas são ricas
em vitaminas, minerais e nutrientes,
por isso, o consumo é
indispensável para que possamos
manter uma alimentação
balanceada, pois esses alimentos
possuem papel importante para o
funcionamento do nosso organismo,
falaremos melhor da importância
das hortaliças para o corpo humano
no capítulo 3. 
 
Além disso, as hortaliças se
caracterizam por terem consistência
macia, serem não lenhosas,
possuírem um curto ciclo de
colheita (Até 120 dias), e exigirem
cuidados intensivos.
 
Hortaliças x Verduras x
Legumes: Qual a diferença?
 
É ainda interessante pontuar que,
comumente, há muita confusão entre
verduras, legumes e hortaliças.
Muitas pessoas confundem essas
diferentes categorias e alguns
acreditam que verduras, legumes e
hortaliças são basicamente a mesma
coisa. Vamos explicar para que
você, futuro cultivador, possa
entender bem e não cometer o
mesmo erro.
 
As hortaliças são uma categoriamaior da qual as verduras e os
legumes fazem partes. As verduras
são plantas cujas partes
comestíveis são verdes, ou
compostas por flores. São
consideradas verduras as hortaliças
folhosas (alface, rúcula, couve-
chinesa e repolho) ainda a couve-
flor e o brócolis (flores) e o alho-
porró (hastes).
 
Já os legumes são frutos típicos das
plantas da família das leguminosas,
conhecidos popularmente como
vagens, que incluem o feijão
comum, o feijão-vagem, a ervilha-
comum, a ervilha-torta, a fava,
entre outras. Incluem também as
hortaliças cujas partes comestíveis
são frutos (tomate), sementes
(ervilha), raízes (cenoura) e
tubérculos (batata).
 
Diversidade das Hortaliças
 
Existe uma vasta quantidade de
hortaliças, e isso se deve ao fato de
que, como já falamos, a definição
do termo é muito ampla (incluindo
as subcategorias). Estima-se que,
no Brasil, existem mais de setenta
espécies de hortaliças que são
comercialmente cultivadas, ou seja,
podem ser encontradas no mercado.
 
De acordo com o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia
Estatística), os brasileiros
consomem 27 quilos de hortaliças
anualmente. Entre diversidade de
hortaliças que são cultivadas no
país, a batata, o tomate e a cebola,
pela ordem, lideram a preferência
dos consumidores. As mais
importantes dessas hortaliças são
determinadas de acordo com a área
utilizada para cultivo e volume de
vendas, além das já citadas, a lista
inclui ainda o melão, a melancia, o
alho, a batata-doce e a cenoura.
 
Ficou confuso com a presença do
melão e da melancia na lista as
hortaliças? Bem, do ponto de vista
da botânica, tanto a melancia
quanto o melão fazem parte da
família das cucurbitáceas, à qual
também pertencem outras hortaliças
como a abobrinha, a abóbora, a
moranga, o pepino.
 
Essas hortaliças são chamadas de
“hortaliças de fruto”. Outras
características reforçam o
argumento de classificação do
melão e melancia como hortaliças,
como o fato de que elas são não
lenhosas. O que acontece é que,
devido ao volume de vendas, o
melão e a melancia passaram a ser
cultivadas em grandes áreas e são
erroneamente nomeadas frutas, é
interessante destacar que a
definição de fruta é usada para
frutos advindos de árvores e
arbustos.
 
Hortaliças Convencionais X
Hortaliças Não Convencionais
 
Chamamos de hortaliças
convencionais as que são mais
conhecidas e consumidas, tendo
importância comercial. Essas
hortaliças são mais fáceis de
encontrar, pois são distribuídas
para quase todo o país, possuem
cotação de preços nas centrais
atacadistas e normas de
classificação, entre outras
características. São exemplos de
hortaliças convencionais o tomate,
a cebola, o melão, a melancia, a
batata-doce e a batata inglesa.
 
Já as hortaliças não convencionais
ou alternativas, são as nativas de
determinadas regiões do país, que
possuem uma importância local ou
fazem parte da tradição de cultivo
de algumas comunidades. Esses
aspectos fazem com que tais
hortaliças sejam menos conhecidas
e de venda limitada a certas
localidades. Algumas vezes, as
hortaliças convencionais são
plantas que, em algum momento, já
fizeram parte do consumo
populacional nacional, mas, por
alguma razão, tiveram sua
importância econômica e social
reduzida. Como exemplo podemos
citar a Taiobá (Sudeste), Inhame ou
Cará (Nordeste), ora-pro-nobis
(Minas Gerais), a vinagreira
(Maranhão), o jambú (Pará) e a
pimenta murupi (Amazonas).
 
CAPÍTULO 2 - IMPORTÂNCIA
DAS HORTALIÇAS NA
ALIMENTAÇÃO
 
De todos os alimentos que podemos
consumidor, os legumes e as frutas
são alguns dos únicos itens que não
estão envolvidos em nenhum tipo
de controvérsia: praticamente todas
as autoridades de saúde concordam
que elas deveriam ter um lugar na
mesa (literalmente!). De fato, o
maior denominador comum entre
todas as dietas que têm um suporte
científico e buscam a promoção da
saúde é a ingestão de vegetais. Isso
vale para os diferentes tipos de
dietas existente em todo mundo. E é
por isso que este segundo capítulo
foca na importância das hortaliças
na alimentação, destacando os
principais benefícios. 
 
É impressionante a quantidade de
estudos que mostram que um
consumo mais elevado de vegetais
(pelo menos cinco a oito porções
por dia) reduz o risco de doenças,
desde diabetes, osteoporose até
doenças do trato gastrointestinal,
doenças cardiovasculares e
doenças autoimunes, e até mesmo
câncer.
 
São três as principais razões para
essa constante indicação do
consumo de hortaliças, são elas:
 
 Em primeiro lugar, as hortaliças
tendem a ser ricos em vitaminas e
minerais muito importantes,
incluindo a forma mais absorvível
de cálcio.
 
2) Em segundo lugar, as hortaliças
contêm muita fibra para suportar
uma diversidade saudável de
microrganismos intestinais.
 
3) Em terceiro lugar, os vegetais
são ricos em milhares de diferentes
fitoquímicos de plantas benéficas.
Lembre-se de que os fitoquímicos
são abundantes em antioxidantes,
anti-inflamatórios e outras
propriedades promotoras da saúde.
 
Todos esses componentes somam
benefícios sérios para pessoas que
incluem hortaliças em suas dietas.
 
Quando observamos as relações
estatísticas entre o consumo de
vegetais e mortalidade ou risco de
doença, torna-se claro que quanto
mais hortaliças nós comemos, mais
protegidos estamos. Para cada
porção de hortaliças ou frutas que
consumimos, reduzimos o risco de
mortalidade por todas as causas em
5 por cento, uma maior redução de
risco é observada com 8 porções
por dia. Isso também significa que
quanto mais pudermos aumentar
nossa ingestão de legumes e
vegetais, mais benefícios veremos
refletidos em nossa saúde.
 
Ainda mais excitantes, esses
benefícios se estendem a
praticamente todas as doenças
crônicas que afligem a sociedade
moderna. Por exemplo, algumas
hortaliças podem proteger o
organismo contra todas as seguintes
doenças:
 
Diabetes
 
As hortaliças ajudam a reduzir o
risco de diabetes através de uma
série de mecanismos, incluindo o
fornecimento de micronutrientes
necessários para a regulação do
açúcar no sangue, ajudando a
reduzir a carga glicêmica de uma
refeição e contendo fibras para
diminuir a absorção de glicose.
 
Elas também podem reduzir os
fatores de risco para o diabetes
diminuindo a densidade de energia
da dieta e incentivando a perda de
peso (a gordura abdominal,
especialmente em torno dos órgãos,
é um dos principais contribuintes
do diabetes em pessoas
geneticamente suscetíveis).
 
Doença cardiovascular
 
As hortaliças também podem ter um
efeito extremamente protetor no
sistema cardiovascular
promovendo uma pressão arterial
saudável (devido à abundância de
potássio, cálcio e magnésio),
reduzindo o estresse oxidativo
(devido aos seus antioxidantes),
incentivando níveis saudáveis ​​de
gordura corporal (a redução da
energia da dieta suporta a perda de
peso), reduzindo os níveis de LDL
(através das ações de ligação das
fibras ao colesterol nos intestinos)
e contendo muitos micronutrientes
necessários para a saúde vascular.
Um estudo descobriu que, entre uma
amostra de mais de 13.000
mulheres, aquelas que consomem
mais vegetais tinham um risco
reduzido de 38% de morrer de
doenças cardiovasculares em
comparação com as mulheres que
comiam o um menor número de
vegetais.
 
Doença autoimune
 
As hortaliças fornecem nutrientes-
chave para a função imune, ao
mesmo tempo que fornecem
múltiplas formas de fibra para
aumentar a saúde intestinal. A única
ressalva aqui é para hortaliças
como o morango, que, apesar de
serem ricos em nutrientes, também
contêm compostos que podem
agravar a autoimunidade.
 
Osteoporose
 
As hortaliças fornecem uma
variedade de nutrientes necessários
para a saúde dos ossos, incluindo
cálcio, magnésio, fósforo, cromo e
vitamina K.
 
Câncer
 
As propriedades anticancerígenas
de muitos fitoquímicos das
hortaliças foram bem
documentadas. Além disso, a
clorofila encontrada em alimentos
vegetais pode ajudar a mitigar as
propriedades potencialmente
cancerígenas do ferro heme (a
forma de ferro abundante em carne
vermelha) e certas fibras em
vegetais e outros alimentosvegetais
parecem protetor contra o câncer
colo retal.
 
Obesidade
 
Além de ajudar a evitar
deficiências de micronutrientes
associadas à obesidade, as
hortaliças são os alimentos de
menor densidade de energia
existentes, adicionando massa
(fibra e água) a qualquer refeição e
reduzindo a densidade de energia
geral das refeições que comemos.
Isso nos ajuda a diminuir
naturalmente nossa ingestão
calórica e torna mais fácil alcançar
um peso corporal saudável
(especialmente porque os vegetais
também podem deslocar alimentos
mais obesos que combinam
gorduras concentradas,
carboidratos / açúcar e sal de
formas que incentivam o excesso).
 
Nutrientes Importantes ingeridos
através de hortaliças
 
Vamos rever alguns dos nutrientes
surpreendentes que as hortaliças
têm para oferecer-nos e que são
limitados ou que simplesmente não
podemos obter através da ingestão
de alimentos de origem animal.
 
Carotenoides (incluindo vitamina
A, licopeno e betacaroteno): são
potentes antioxidantes e são
importantes para a função do
sistema imunológico. Os vegetais e
frutas ricas em carotenoides
incluem: hortaliças vermelhas,
laranjas ou amarelas (como
cenouras, beterrabas, abóbora,
batata doce, melão e pimentões) e
também verde escuro (como couve,
espinafre, couve-verduras e
brócolis). Os tomates são
particularmente ricos em licopeno.
 
Sulfeto dialítico: um composto
criado e liberado por esmagamento
de alho e outras hortaliças
semelhantes. Ele possui efeitos
antimicrobianos potentes (incluindo
atuação contra bactérias de úlcera
estomacal H. pylori), reduz o risco
de doença cardiovascular e pode
ser responsável pelo efeito protetor
que o alho tem contra o câncer colo
retal. Os alimentos que o contêm
sulfeto incluem o alho, a cebola e a
cebolinha.
 
Vitaminas B: estas vitaminas são
importantes no metabolismo celular
(incluindo crescimento e divisão
celular), função do sistema
imunológico e função do sistema
nervoso. As hortaliças ricas em
vitaminas B incluem: cenouras,
batatas doces e beterraba, t
melancia e vegetais verdes como
alcachofra, aspargos, quiabo,
brócolis e pimenta verde.
 
Vitamina C: A vitamina C serve
como um antioxidante potente, é
necessária para a função do sistema
imunológico e também para que
várias enzimas funcionem no corpo
(como algumas enzimas que ajudam
a produzir colágeno, razão pela
qual a deficiência de vitamina C
causa escorbuto). As hortaliças
ricas em vitamina C incluem:
alcachofra, espargos, abacate,
brócolis, cenouras, couve-flor,
pepino, pimenta verde, couve,
cogumelos, cebolas, batatas,
espinafre, abóbora e batata-doce.
 
Vitamina K: A vitamina K é
fundamental para fazer algumas
proteínas importantes em nosso
corpo que estão envolvidas na
coagulação sanguínea e no
metabolismo. A vitamina K é
encontrada em vegetais como
brócolis, couve-flor, repolho,
couve, etc.
 
Cálcio: Além de formar osso, o
cálcio é essencial para muitos
processos dentro da célula, bem
como liberação de
neurotransmissores e contração
muscular. Há algumas pesquisas
que sugerem que o cálcio das
hortaliças é muito mais facilmente
absorvido e utilizado pelos nossos
corpos do que o cálcio da indústria
láctea, provavelmente um dos
motivos pelos quais o alto consumo
de vegetais protege contra
osteoporose e fratura do quadril em
idosos.
 
Cromo: o cromo é importante para
o processamento de açúcar e
gordura no organismo. As fontes de
crómio e frutas do cromo incluem:
brócolis, tomates, maçãs, bananas,
cebolas, alho, repolho, cenouras,
cogumelos, pastas e vegetais de
folhas verdes.
 
Cobre: ​​o cobre está envolvido na
absorção, armazenamento e
metabolização do ferro.
 
Considerando tudo isso, fica claro
que a implantação de uma horta
caseira é uma das formas através
das quais você pode garantir uma
maior ingestão de hortaliças e uma
considerável melhorar na sua
saúde.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 3 - 
CLASSIFICAÇÃO DAS
HORTALIÇAS
 
Agora que já entendemos o que são
as hortaliças e como elas são
importantes para a manutenção do
funcionamento de nosso organismo
e prevenção de doenças, vamos
falar um pouco sobre a
classificação das hortaliças.
 
Lembramos que já mostramos as
diferenças entre verduras e legumes
no capítulo 1, essa categoria é a
classificação popular das
hortaliças, e envolve ainda a
categoria temperos e condimentos
(Os condimentos abrangem todas as
hortaliças cuja finalidade é
melhorar o paladar, o aroma ou a
aparência de pratos. São exemplos
de temperos e condimentos a salsa,
a pimenta, a cebolinhas, etc.).
 
Além da classificação popular, as
hortaliças podem ainda ser
classificadas de acordo com os
seguintes critérios:
 
● Baseada na adaptação
climática: Hortaliças de
clima quente ou de clima frio.
● Baseada no ciclo de vida:
Hortaliças de ciclos Anuais,
Bianuais ou Perenes.
● Baseada na origem:
Hortaliças exóticas ou
Hortaliças autóctones.
● Baseado na forma de
apresentação ao consumidor:
Frescas, em conserva,
Desidratadas, Congeladas,
Minimamente processadas e
Processadas
 
Outra forma de categorizar as
Hortaliças, uma das mais antigas e
usuais, devido ao seu valor
comercial, é a categorização com
base nas partes comestíveis das
plantas. Atualmente, tal
classificação vem sendo utilizada
pelo sistema Nacional de Centrais
de Abastecimento. A classificação
é a seguinte:
 
• Hortaliças tuberosas - são aquelas
cujas partes utilizáveis
desenvolvem-se dentro do solo,
compreendendo: tubérculos
(batatinha, cará), rizomas (inhame),
bulbos (cebola, alho) e raízes
tuberosas (cenoura, beterraba,
batata-doce, mandioquinha-salsa).
 
• Hortaliças herbáceas - aquelas
cujas partes aproveitáveis situam-
se acima do solo, sendo tenras e
suculentas: folhas (alface, taioba,
repolho, espinafre), talos e hastes
(aspargo, funcho, aipo), flores e
inflorescências (couve-flor,
brócolis, alcachofra).
 
• Hortaliças-fruto - utiliza-se o
fruto, verde ou maduro, todo ou em
parte: melancia, pimentão, quiabo,
ervilha, tomate, jiló, berinjela,
abóbora.
 
Hortaliças tuberosas: Raízes,
cenoura, batata-doce, nabo,
rabanete, mandioca-de-mesa –
Tubérculos, batata, inhame ou cará
– Rizomas taro, gengibre – Bulbos 
alho e cebola
 
 
Porém, o melhor critério para
agrupar as culturas oleráceas, é
considerarmos o parentesco
botânico das plantas, com a
vantagem de se basear em
características muito estáveis.
 
Assim, enquanto que os métodos
culturais utilizados ou as partes
aproveitáveis na alimentação
podem variar de uma região para
outra, conforme imposições
econômicas ou por simples tradição
regional, as características
botânicas são invariáveis. Esse tipo
de classificação baseia-se no
parentesco e nas semelhanças entre
elas, utilizando-se os órgãos
vegetativos e reprodutivos. Para
tanto, utilizamos três unidades
taxonômicas que nos interessam
mais de perto:
 
• A família botânica - que é a
reunião dos gêneros botânicos
afins;
• O gênero botânico - que é o
agrupamento de espécies afins;
• A espécie botânica - que é a
unidade taxonômica básica,
englobando indivíduos vegetais
muito semelhantes entre si.
 
Essas unidades são utilizadas desde
os trabalhos pioneiros do célebre
professor sueco Karl von Linnée
(1707 - 1775), adotando-se um
sistema binário de nomenclatura,
em latim, aceito universalmente,
que compreende o nome do gênero
e o epíteto específico para designar
uma espécie botânica. Como
exemplo, temos:
 
 
FAMÍLIA BOTÂNICA NOME POPULAR
Alliaceae Cebola
Apiaceae Cenoura
Apiaceae Salsa
Asteraceae Alface
Brassicaceae Couve-manteiga
Brassicaceae Rabanete
Brassicaceae Rúcula
Chenopodiaceae Beterraba
Solanaceae Tomate
 
 
Plantio das Hortaliças
 
Nos interessa ainda neste capítulo
falar sobre como o processo de
multiplicação ou plantio das
hortaliças pode ser feito com base
em partes das plantas, assim como
no processo de classificação usual.
Dessa forma, podem ser utilizadas
sementes, mudas ou brotos, ramos
ou estacas, frutos, tubérculos e
bulbilhos ou dentes.
 
Plantio de Sementes: Para plantio
através de sem ementes é
necessário fazer uso de sementes
embaladas em papelaluminizado
ou latas hermeticamente fechadas,
pois estas embalagens conservam
as sementes por mais tempo. Podem
ser multiplicadas desta maneira as
seguintes espécies: alface, abóbora
(jerimum), beterraba, berinjela,
cebola, cenoura, cebolinha,
coentro, couve, couve-flor,
melancia, melão, pepino, pimentão,
pimenta, repolho, quiabo e tomate.
 
Plantio de mudas ou brotos: As
mudas são plantas novas que se
originam de sementes ou brotações
laterais que aparecem nas plantas
adultas ou ao redor delas. Algumas
espécies cultivadas por sementes,
hoje são propagadas por mudas,
como o tomate, o pimentão, o
repolho e a couve
 
Ramas ou estacas: As ramas ou
estacas são pedaços das hastes da
planta adulta, que após o
enraizamento irão originar as novas
plantas. Um exemplo de hortaliça
multiplicada através de ramas ou
estacas é a batata doce.
 
Plantio de tubérculos: A principal
hortaliça multiplicada por tubérculo
é a batatinha ou batata inglesa.
 
Plantio de Frutos: O plantio de
frutos é utilizado na propagação do
chuchu, o qual deve estar
apresentando brotações de 15 a
20cm de altura.
 
 
 
CAPÍTULO 4 - TIPOS DE
HORTAS
 
No capítulo anterior apresentamos
as formas de classificação das
hortaliças e discutimos um pouco
sobre o processo de plantio. Agora,
vamos conversar sobre os tipos de
hortas existente para que você
identifique que tipo melhor se
adequa ao seu espaço e
necessidade.
 
Antes de mais nada, uma horta (ou
horto) é um local no qual as
hortaliças são cultivadas. A cultura
de hortaliças geralmente acontece
em um terreno plano, que receba luz
do sol o dia todo e que tenha
condições de ser adubado e
organizado em canteiros, mas nos
últimos a prática da horticultura se
desenvolveu bastante e existem
agora diversos tipos de hortas,
desde as versões mais compactas
até hortas tecnológicas.
 
Existem duas principais razões para
a variação da tipificação das
hortas, a primeira delas é o
aumento da demanda humana por
hortaliças, e a segunda o aumento
das pesquisas realizadas pelo setor
agropecuário, pesquisas que
procuram não só atender a
necessidade de aumento da
produção, como também visam o
desenvolvimento de diferentes
técnicas para melhorar qualidade
dos alimentos.
 
Se você está pensando em montar
uma horta é importante conhecer as
tipificações para saber quais as
necessidades do tipo de horta na
qual você investirá seu tempo. É
ainda interessante conhecer os
diversos tipos de hortas para saber
quais as demandas, pois embora
existam muitas informações e
procedimentos para cultivo de uma
horta (calagem, descompactação do
solo, adubação, tipos de
ferramentas, etc), nem todas elas se
adequam a todos os tipos de horta.
Você não vai, por exemplo, precisar
usar uma enxada numa mini horta. 
 
Existem diversos tipos de hortas
como a mini horta, horta vertical,
horta suspensa, horta protegida, etc.
Separamos aqui os principais
deles. Conheça cada um desses
diferentes tipos de horta e saiba
qual melhor se adequa para você.
 
Horta Convencional: O mais
antigo e mais tradicional dos tipos
de hortas é o convencional. Na
horta convencional são cultivadas
diversas espécies de hortaliças e há
ainda uma demanda de um trabalho
rigoroso para lavar e adubar a
terra. Além da necessidade de
conhecimento de técnicas de
irrigação, para que se garanta a
melhor produtividade possível para
as hortaliças cultivadas. A horta
convencional é muito praticada na
agricultura familiar, ou seja, por
famílias que além de produzir para
consumo próprio também
comercializam em menor escala
para garantir a subsistência.
Normalmente os filhos ajudam para
o bom funcionamento da horta que
precisa de cuidados como :
adubação, transplante de mudas,
desbrota, raleio e muito mais.
 
Mini Horta: A mini-horta é muito
empregada por pessoas que não
dispõe de muito tempo para se
dedicar ao plantio, ou para aquelas
que possuem pouco espaço mas
gostariam de plantar em casa. O
espaço necessário para plantio é
pequeno, por isso os cuidados não
são grandes. Para cultivo das
hortaliças, devem ser usadas em
jardineiras, vasos, vasilhas, caixas
e outros recipientes em que se
possam colocar uma quantidade
ideal de terra para as plantas se
desenvolverem, é preciso manter
alguns cuidados com aguar, troca de
terra, etc, mas muitas pessoas
compram terra e recipientes
preparados para este tipo de
plantio. Portanto, se seu espaço é
pequeno este tipo de horta é o mais
apropriado.
 
Horta Vertical: A Horta vertical é
uma outra opção possível para
aqueles que possuem de pouco
espaço. Essa técnica de jardinagem
é implantada principalmente em
varandas de casas ou apartamentos,
já que esses locais recebem mais
luz do sol. A horta vertical consiste,
como o nome sugere, em plantar
verticalmente, ou seja, você vai
aproveitar pequenos espaços
suspensos da sua casa, colocando
jardineiras, latas, vasos, etc nas
paredes ou ainda montando uma
estrutura para dar suporte aos
vasos, é muito comum o uso de
prateleiras ou paletes para
montagem das estruturas. Apesar de
existirem algumas limitações,
obviamente não dá para plantar
todo tipo de hortaliça numa horta
vertical pequena, são muitas as
opções de plantio que você pode
explorar, como, por exemplo, o
coentro, a cebolinha, e etc.
Horta Orgânica: Considerado
como um cultivo de nicho, o cultivo
orgânico se dá em o uso de
produtos químicos, como adubos
industrializados, herbicidas,
nematicidas e outros que além de
deixar resíduos na natureza podem
prejudicar a saúde do aplicador.
Nos últimos anos, a demanda por
alimentos mais saudáveis fez com
que a horta orgânica ganhasse
força, pois, as pessoas preferem
consumir produtos livres de
agrotóxicos, mesmo que isso
represente um maior custo. Os
produtos orgânicos além de não
terem resíduos químicos possuem
um melhor sabor se comparado com
o cultivo convencional. Para o
plantio orgânico são utilizados
fertilizantes de animais e vegetais e
o todo o processo de controle de
pragas e doenças também é
realizado com o uso de recursos
naturais e biológicos.
 
Horta Suspensa: Um outro tipo de
horta é a suspensa, na qual o cultivo
é feito em uma altura onde os
braços do cultivador possa
alcançar. Nas hortas suspensas
podem ser usadas em caixas
plásticas, jardineiras, vasos, tubos,
e vários outros recipientes para o
cultivo das plantas. São utilizados
suportes ou bancadas para suportar
o peso dos recipientes com terra, os
vasos, jardineiras, latas, recipientes
plásticos e outros. Algumas pessoas
cultivam utilizando fertilizantes que
são solúveis em água, e escorrem
sobre tubulações distribuindo o
alimento para as plantas. Também
são usados espaços na parede de
muros onde são instalados os
recipientes que recebem as mudas.
 
Horta Hidropônica: Neste tipo de
horta as plantas são cultivadas em
canos de pvc ou outro material que
consiga suportar água com
nutrientes solúveis. As plantas se
desenvolvem na água que é
adubada regularmente. Com isso
não precisam de terra para se
desenvolverem como no plantio
convencional. Plantas neste
ambiente são melhores controlados
os fatores fitossanitários. A
hidroponia é também uma
tecnologia que para a sua melhor
performance precisa do
acompanhamento de uma pessoa
especializada ou cursos que
ensinam obter resultados
satisfatórios.
 
Horta Protegida ou Coberta:
Além dos tipos de hortas já citadas,
há ainda a horta protegida. Uma
estrutura que é coberta com um
plástico resistente. O plantio nesse
tipo de horta, devido às condições
criadas, torna possível uma maior
capacidade de produção, inclusive
nas entressafras. Na horta protegida
o cultivador pode controlar com
eficiência doenças ou pragas que
possam aparecer. Destacamos que
as hortaliças plantadas com as
estufas agrícolas são de melhor
qualidade e aspecto, mas a essa
melhora na qualidade dos produtos
nem sempre compensa para todos
os cultivadores, afinal de contas, as
hortas cobertas precisam de um
maior investimento financeiro para
implementação. Além disso, a
manutenção de uma estufa agrícola
demanda cursos ou pessoas
especializadas para a sua
implantação.
 
Como acabamosde apresentar,
existem diferentes tipos de hortas
entre os quais você pode optar. Na
hora de montar a sua, você precisa
considerar o espaço que possui e o
quanto de tempo e dinheiro dispõe
ou deseja investir. É ainda
necessário um preparo inicial para
que a sua horta cresça de forma
saudável, confira algumas dicas:
 
Procure conhecer as exigências
nutricionais das plantas que
deseja cultivar e se essas
plantas se adequam ao tipo de
horta que você deseja montar.
Certifique-se de que o local no
qual montará a sua horta é bem
arejado e dispõe de iluminação
solar.
Lembre-se que cada planta exige
cuidados distintos, enquanto
algumas precisam de pelo
menos 5 horas de sol, outras
talvez nem tanto, portanto,
procure fazer uma pesquisa
prévia se atentando a esses
detalhes.
Considere também que é preciso
ter cuidado ao misturar
diferentes tipos de plantas
também é essencial, pois elas
nem sempre combinam.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 6 - TIPOS DE
FERRAMENTAS PARA
HORTAS
 
Quão importantes são ferramentas
para sua horta? Quais as principais
ferramentas que você precisa
conhecer e obter para realizar o seu
cultivo de forma apropriada? São
basicamente essas duas perguntas
que buscamos responder neste
capítulo. Afinal de contas, sua horta
não existiria sem elas, que são a
espinha dorsal do cultivo.
 
O número de ferramentas pode
variar de acordo com o tipo de
horta ou mesmo com as
necessidades e preferências do
indivíduo, mas, como regra geral, é
melhor obter apenas os essenciais,
e embora a sua coleção de
ferramentas não precise ser extensa,
ela deve ser cuidadosamente
selecionada. Ferramentas de boa
qualidade farão um trabalho
superior para começo de conversa,
além disso elas vão durar mais.
Agora vamos conhecer os tipos de
ferramentas para hortas.
 
Enxada: A Enxada é usada para
capinar, ou seja, cortar as plantas
daninhas que nascem entre as
plantas que você está cultivando.
Além disso, ela pode ser utilizada
no preparo do solo, na
incorporação de adubos, no assento
de bordas e superfície dos
canteiros, além de capinas. É claro
que numa mini horta, por exemplo,
você fará a retirada das plantas
indesejadas manualmente, ou com
auxílio de uma ferramenta de menor
porte.
 
Enxadão: Enxadão: Essa
ferramenta é normalmente utilizada
no revolvimento do solo, na
incorporação de matéria orgânica,
calcário e adubo.
 
Enxada ou Enxadão? Qual a
diferença?
 
A enxada possui formato meio
triangulado e é curta, já o enxadão
tem a lateral reta e é mais comprida
que a enxada. O enxadão, porém,
serve para revolver a terra mais
dura, fazer “cortes” no solo. A
enxada tradicional também se
presta para isso se preciso for, mas
daí é preciso um esforço maior. Em
geral, ela é aplicada para remexer
na terra menos compactada. Ambos
ajudam a remover plantas
indesejadas.
 
Ancinho ou ciscador: O principal
uso é para arar a terra, deixando-a
fofa, o que é importante para o
processo de plantio, mas esse
equipamento também é usado para
juntar os resíduos e restos do
plantio que ficam espalhados pela
sua horta. O ciscador possui um
cabo grande possibilitando mais
conforto posicional ao usuário.
Existe modelos que são
desenvolvidos especialmente para
juntar folhas secas.
 
Sacho de cabo longo: Outra
ferramenta comum, o utilizado para
capinas entre as plantas do
canteiro, fazem pequenos sulcos e
afofar canteiros. Essa é uma
ferramenta menor que a enxada e o
enxadão, podendo ser usada apenas
com uma mão.
 
Sacho de cabo curto: Seu uso é
destinado para as capinas próximas
às plantas, necessitando maior
controle da ferramenta.
 
 
Pá: Também chamadas de colheres
de jardineiro, elas servem para
transplantar torrões de terra, sem
que se perca o substrato nutricional
da planta. As pás são usadas para
importante abrir novos buracos e
para colocar as sementes. O
tamanho da pá dependerá do tipo de
planta e tamanho do jardim.
Pá curva: ferramenta que deve ser
usada para cavar e remover terra ou
material semelhante.
 
Regador de crivo fino: o regador
que pode ser usado para irrigar
sementeiras e mudas que foram
recém-transplantadas.
 
Carrinho-de-mão: É uma
ferramenta mais versátil, você pode
usar para realizar o transporte de
terra, adubos, ferramentas e até dos
produtos colhidos em sua horta.
 
Marcador de sulcos: O marcador
de sulcos deve ser usado para
abrir pequenos sulcos em
sementeiras ou em canteiros de
plantio direto.
 
Colher de transplantio: Utilizada
na retirada de mudas que serão
transplantadas.
 
Tesoura-de-poda: A tesoura é
utilizada para eliminação de ramos
e brotos indesejáveis.
 
Corta-Ramos: Alguns caules são
tão grossos que a tesoura de poda
não serve para cortá-los. Nessas
horas, o ideal é o uso do corta-
ramos, que é uma espécie de alicate
usado para realizar o corte de
ramos e caules mais grossos.
 
Sombrite: Trata-se de uma tela de
plástico que gera uma meia sombra
nas plantas. O sombrite é
importante para que mora em
regiões mais quentes, pois, gera um
clima mais favorável para o
desenvolvimento das hortaliças.
 
Pulverizador: Utensílio utilizado
na aplicação de defensivos,
herbicidas e adubos foliares. Eles
ajudam no processo de adubação
das plantas e no tratamento de
possíveis pragas. Existem dois
tipos de pulverizador, o
pulverizador de mão e o
pulverizador costal; ambos podem
aplicar tanto adubo quanto
elementos de proteção à pragas. A
grande vantagem de pulverizadores
é a seguinte: há um direcionamento
apenas à pontos específicos, sem
desperdiçar nada, ou espalhar em
outros locais.
 
Peneiras: As peneiras, como o
nome sugere, são usadas para
peneirar a terra na qual você irá
plantar suas hortaliças, essa prática
é necessária quando se está fazendo
sementeiras. Você também pode
usar as peneiras para remover os
restos de terra e outros objetos na
hora de realizar a colheita.
 
Regador e Mangueira: Ambos
esses equipamentos são usados
para colocar água nas suas
hortaliças, mas existe uma
diferença com base no tipo de horta
e tamanho. O regador é mais
indicado para pequenos espaços,
enquanto a mangueira é destinada a
espaços maiores. É interessante que
você conheça bem as necessidades
de água do tipo de hortaliça para
molhá-las da forma adequada,
plantas menores devem ser
umedecidas sem um jato forte, é
comum que as pessoas façam furos
nas mangueiras e criem um sistema
de irrigação.
 
 
Proteção Individual: Além das
ferramentas já citadas, Você pode
ainda contar com equipamentos
voltados para sua proteção durante
os cuidados com sua horta, o
principal desses equipamentos de
proteção é a luva, que fornece uma
proteção contra uma série de
fatores como bichos que estejam
entre as plantas ou até mesmo
espinhos, mas além das luvas
existem ainda, por exemplo,
joelheiras especiais que ajudam os
que lidam com hortas e jardins a
ficarem confortáveis enquanto estão
ajoelhados cuidando de seus
plantios.
 
 
Limpeza das ferramentas:
 
Ferramentas de qualidade precisam
de cuidados adequados, assim você
garantem que elas sirvam por muito
tempo. Mantenha um trapo antigo a
mão para limpá-las assim que tiver
finalizado o trabalho, já que o solo
é mais fácil de remover antes de
secar.
 
Manter as suas ferramentas limpas
tornam todo o processo de cultivo
mais fácil, como qualquer pessoa
que tentou escavar com uma enxada
cheia de sujeira pode testemunhar.
Eventualmente, passe um produto
oleoso nas ferramentas para evitar
ferrugem.
 
 
 
CAPÍTULO 7 - IMPLANTAÇÃO
DA HORTA CASEIRA
 
Agora que você já sabe quais as
ferramentas que precisa para
realizar os cuidados que a sua horta
vai precisar, é hora de saber como
realizar a implantação para garantir
a produção de olerícolas frescas,
sem presença de agrotóxicos, e até
mesmo economizar um pouco com a
compra dessas hortaliças.
 
Lembramos, que conforme já
mostramos ao falarmos dos
diferentes tipos de hortas, elas
podem ser implantadas em qualquer
espaço, as suas hortaliças podem
ser cultivadas em jarros ou
jardineiras em janelas de prédios,
etc. A extensão da sua horta,
obviamente, dependerá do quanto
de espaço vocêtem disponível,
numa chácara, por exemplo, a
horticultura pode ser praticada em
uma escala muito maior.
 
Devem ser tomados os seguintes
cuidados na instalação da horta
caseira:
 
Escolha do Local:
 
Deve ser próximo à fonte de água
de boa qualidade, em local bem
ensolarado, ventilado e que não
encharque. O solo deve ser areno
argiloso, profundo e com
declividade plana, de preferência.
Caso haja qualquer tipo de
criações, o local da horta deve ser
cercado
 
Preparo dos Canteiros, Covas e
Sementeiras:
 
Caso tenha espaço para isso, o
ideal é que você limpe a área e
comece marcando os canteiros com
estacas, na largura de 1,20 cm e no
comprimento que desejar, deixando
espaço de 40 cm para passagem.
Cave bem a área com o enxadão, a
fim de afofar a terra, ela deve ficar
com, no mínimo, uns 15 centímetros
de altura. Depois disso, desfaça os
torrões de areia com a parte
traseira da enxada, retirando as
pedras, matas e qualquer entulho
que possa haver na terra. Em
seguida, misture o composto e, por
fim, cerque os canteiros com
tábuas, paus ou tijolos, para que
eles não se desmanchem.
 
Você pode fazer canteiros do
tamanho que a sua área permitir,
eles podem ser feitos com
diferentes materiais como canos,
vasos ou caixotes. Confira algumas
ideias: Você pode cortar a borda de
um pneu, virá-lo ao avesso e pregá-
lo numa base de tábuas, estas irão
servir como fundo do vaso-
canteiro. Depois disso, coloque
dentro do vaso-canteiro uma
camada de areia grossa ou
cascalho, complemente com terra
mistura com esterco e faça os furos
para que a água vaze. Outra ideia é
usar tubos de PVC de 120
centímetros de diâmetro, corte os
tubos ao meio para que virem
calhas, tampe as bordas dos canos
para que a terra não caia e faça
furos para circulação da água. Você
pode pendurar as calhas no teto
com fios de náilon ou arame,
fazendo uma horta suspensa.
 
Sementeiras
 
A sementeira é o lugar no qual se
planta as sementes de algumas
hortaliças para obtenção das mudas
que vão, posteriormente, serem
transferidas para os canteiros.
Saiba como preparar a sementeira:
 
● Marque o local com estacas; 
● Usar uma parte de terra, uma
parte de esterco (composto
orgânico) e duas partes de areia;
● Misturar bem e peneirar;
● A altura da sementeira deve ser
de 10 cm acima do nível do
terreno e de 15 cm de
profundidade abaixo do mesmo
nível;
● A largura deve ser de 1 metro
para facilitar o trato de mudas e
o comprimento depende da
quantidade das sementes que
você vai espalhar.
 
É importante destacar que as
mudam também podem ser
produzidas fora da sementeira, é
normal usar copinhos de jornal.
 
Como transplantar as mudas?
 
No plantio transplantado são usadas
as mudas que são criadas na
sementeira. Para realizar o
procedimento você deve selecionar
as melhores mudas. O transplante
deve ser feito quanto as mudas
tiverem de 10 a 15 centímetros e
num final de tarde, sem sol. Você
deve molhar a sementeira e os
canteiros, escolhas as mudas
maiores e mais saudáveis e nunca
as puxe pelas folhas. O ideal é usar
uma colher de muda para retirá-la
da sementeira, a raiz deve sair com
um torrão de terra e você deve
fazer o transplante rapidamente.
Depois do transplante, pressione a
terra em torno de cada muda para
firmar as raízes no novo solo.
 
Além da montagem da horta, faz
parte ainda do processo de
implementação entender dos
procedimentos de tratos culturais,
conheça-os:
 
Irrigação: A irrigação da sua horta
deve ser feita todo dia à tardinha,
sempre que não chover. Deve ser
feita cuidadosamente para não
arrancar as plantas nem cavar
buraco no solo.
 
Afofamento, Amonto e Capinas:
Estas três operações são feitas
sequencialmente. O objetivo do
afofamento é permitir maior
penetração de água e ar no solo, a
amontoa, por sua vez, visa cobrir
raízes que vão ficando descobertas,
com a irrigação. Já as capinas são
feitas logo após o afofamento,
devendo ocorrer antes das plantas
sementarem, para reduzir a
infestação de ervas daninhas. 
 
Desbaste: Esse processo consiste
na retirada do excesso de plantas e
deve ser realizado quando as
hortaliças estiverem com entre 5 e
7cm de altura, deixando-se as mais
vigorosas. As melhores plantas
arrancadas podem ser replantadas.
 
Adubação:
 
Adubação pode acontecer através
de três processos: orgânico,
químico e composto. Vamos
conhecer um pouco de cada um
deles:
 
A adubação Orgânica é feita
geralmente com esterco de curral
curtido, na proporção de 20 litros
por metro quadrado ou 5 litros por
cova.
 
Já adubação química é o processo
de reposição dos nutrientes que a
planta retira do solo ou a
complementação das necessidades
da cultura. Nesse tipo de adubação,
é importante que seja feita análise
do solo para colocar as quantidades
certas. Caso não seja feita, usar de
modo geral, 200 gramas de
superfosfato simples e 50 gramas
de cloreto de potássio por metro
quadrado, na fundação e 20 gramas
de ureia, por metro quadrado, a
cada 20 dias após a germinação ou
transplantio. Deve ser feito
irrigação após a aplicação da
adubação para que o adubo penetre
no solo rapidamente.
 
A adubação também pode ser feita
com composto ou esterco líquido.
 
Para preparo do composto deve se
escolher um local bem sombreado e
ligeiramente inclinado para facilitar
a drenagem, depois disso, é feita
uma pilha (para fazer a pilha
coloca-se uma camada de material
orgânico de preferência picado, e
em seguida uma camada de
esterco). Repete-se a operação até
que a pilha atinja 1,5m de altura. 
Após cada camada, regar bem.
Cobrir a pilha com folhas. Deve-se
revirar a pilha de 30 em 30 dias. O
composto deve estar pronto para
ser utilizado no final do terceiro
mês e aplicação do é feita na base
de 2kg por metro quadrado de
canteiro.
 
Já para produção do esterco líquido
você deve encher uma vasilha
grande até uma altura de duas
partes (dois terços) com esterco
fresco e completar o recipiente com
água. Mexa o conteúdo e deixe
descansar por um mês. O caldo
resultante deve ser aplicado ao
redor da planta, diretamente no
solo. Use uma base de quatros
litros por metro quadrado de
canteiro. A vantagem do esterco
líquido ser muito rico em
nitrogênio.
 
Combate às pragas e doenças: 
No cultivo de uma horta, é preciso
que haja uma constante vigilância
para identificar pragas ou doenças
atacando as plantas. Observar as
folhas, inclusive suas partes
inferiores, caules e frutos, etc.
 
Se a sua horta for pequena, você
pode fazer a eliminação das pragas
e das plantas doente manualmente,
catando-as. Em larga escala,
recomenda-se o uso de produtos
orgânicos para combater as pragas.
Conheça alguns exemplos de
produtos:
 
Caldo de Fumo: Para produzi-lo
deve-se cortar 20cm de fumo de
rolo e colocar de molho em 1 litro
de água. Levar ao fogo e deixar em
fervura por 30 minutos. Depois de
esfriar, coar em pano fino e colocar
3 litros d’água. Adicionar duas
colheres de álcool de farmácia e de
sabão em pó. O caldo deve ser
usado para regar o canteiro um dia
sim outro não, até eliminação total
das pragas.
Macerado de Alho: Deve-se
esmagar 4 dentes de alho e juntar a
1 litro d’água. Deixar de molho por
doze (12) dias. Acrescentar 10
litros de água e regar sobre as
plantas atacadas por pulgão.
 
Manipueira (caldo de mandioca,
extraído por ocasião do fabrico da
farinha): Deve ser usado fresco,
podendo ser guardado até por 6
horas antes da aplicação. O modo
de aplicar a manipueira depende do
objetivo, confira:
 
● Para controle de formigas pode-
se usar 2 litros de manipueira
em cada olheiro do formigueiro.
Repetir a aplicação após 5 dias.
● Para Combate às pragas - usar 4
litros de manipueira por metro
quadrado, de canteiro, 15 dias
antes do plantio.
● No controle de ácaros, pulgões
e lagartas - usar uma parte de
manipueira, uma parte igual de
água e 1% de açúcar ou farinha
de trigo. Pulverizar a cada 15
dias.
 
 
Colheita: Quando a suas hortaliças
estiverem prontas para colheita, o
procedimento deve ser feito pela
manhã, na quantidade necessária
para consumo diário. Garantindo
assimhortaliças frescas.
 
Renovação do Plantio: É
importante que você observe o
ciclo de produção, para manter um
esquema para plantio escalonado e
ter sempre hortaliças frescas.
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 8 - PLANTIO EM
LOCAIS SEM ESPAÇO
 
Qualquer pessoa pode ter uma horta
em casa, pois, mesmo que não haja
muito espaço disponível para as
hortas tradicionais, você pode, sem
dificuldades, encontrar um
espacinho para alguns vasinhos
com algumas hortaliças, pode ser
na bancada da cozinha, da área de
serviço, na varanda, aonde for, de
qualquer forma, é perfeitamente
possível que você cultive na sua
casa.
 
Quando apresentamos os tipos de
hortas, alguns capítulos atrás,
mostramos que alguns tipos podem
ser implementados em pequenos
espaços. Agora, nos dedicamos
exclusivamente a falar sobre como
você pode fazer uma horta quanto
tem pouco espaço disponível para
seu cultivo.
 
Quando se opta por plantar em
pequena escala, uma das vantagens
é que muitos dos procedimentos
que são necessários para o plantio
e cultivo das hortaliças podem ser
minimizados, ainda assim, existem
algumas questões que precisam ser
vistas com cuidado, entre elas a
escolha das mudas ou sementes, a
escolha dos recipientes para
plantio, a escolha do local no qual
ficará a horta, a drenagem e a
irrigação. A seguir, vamos comentar
um pouco sobre cada uma delas
para que você possa montar a sua
horta em um local com pouco
espaço sem problemas:
 
Escolha das mudas ou sementes
 
Procure comprar mudas de boa
qualidade, afinal de contas, a
qualidade da muda é importante
para o bom desenvolvimento da sua
horta. Caso seja possível, procure
fazer você mesmo o plantio das
sementes e cultura das mudas no
seu canteiro. Para isso, indicamos
que você coloque até três por cova,
é importante que a profundidade
dessas covas não ultrapasse 1,5
centímetros ou em sulcos que
tenham no máximo 1 centímetro de
profundidade. Já falamos no
capítulo 7 sobre o processo de
transposição, mas como nos vasos
pequenos o plantio pode ser feito
diretamente, (embora seja mais
indicado para fazer o plantio nas
sementeiras) arranque as mudas
mais fracas quando elas
apresentarem de três a quatro folhas
definitivas. Seja cuidadoso na hora
do processo para não afetar as
raízes das suas plantas.
 
Vasos para plantio
 
Para realizar o plantio em pequenos
espaços que não possuem área de
terra descoberta, podem ser usados
diversos tipos de materiais,
contanto que eles sejam resistentes
à umidades. Dessa forma, são
usados vasos plásticos, vasos de
cerâmica, latas, tubos de plástico,
pneus, garrafas pet, potes de vidros,
cestas, caixotes de madeira, e até
mesmo blocos de concreto. Os
recipientes podem ter formas
diferentes, mas não devem ser
grandes, facilitando assim o
transporte e adequando-se ao
pequeno espaço.
 
Escolha do Local
 
Já falamos que o cultivo pode ser
feito até mesmo num cantinho da
sua cozinha, o que importa é que as
suas hortaliças recebam sol em
pelo menos uma parte do dia (o
ideal é que seja por cerca de cinco
horas), e que também recebem
luminosidade para que possam
realizar fotossíntese. Respeitando
isso, é possível plantar em
corredores externos, sacadas,
varandas, janelas, terraços,
garagens, etc.
 
Nutrientes e Preparo do Solo
 
Outro ponto importante para sua
horta é preparo do solo, afinal de
contas, a falta de nutrientes na terra
pode atrasar o desenvolvimento da
sua hortaliça ou fazer com que ela
acabe morrendo. Dessa forma, é
preciso que haja muito cuidado com
relação ao pH do solo, que deve
estar entre 5,5 e 6,5, caso contrário,
a raiz não consegue absorver os
nutrientes, sendo necessário
acrescentar calcário). É ainda
necessário observar questões como
umidade e temperatura do solo (a
faixa favorável à absorção está
entre 20°C e 35°C).
 
Saiba como realizar o preparo do
solo:
 
1º) Comece coletando terra de
barranco, de 20cm a 30cm de
profundidade (essa terra é
considerada solo pobre, com pH
baixo e livre de sementes de ervas
daninha). Peneire bem a terra
visando separar as partículas mais
finas dos torrões.
 
2º) Determine um adubo orgânico e
um adubo químico para uso. A
melhor opção para adubar a sua
horta organicamente é o esterco de
boi, já o químico pode ser,
preferencialmente, granulado NPK
4-14-8, ou termofosfatado).
 
3º) Para cada 50 litros de terra de
barranco, é necessário que você
acrescente 100 gramas de calcário
ou cal hidratada; 34 litros de
esterco de gado ou 17 litros de
esterco de galinha; 200 gramas de
NPI, 4-14-8 ou 200 gramas de
adubo termofosfatado.
 
 
Irrigação
 
Hortaliças precisam de irrigação
constante, por serem plantas de
curto ciclo de vida. Dessa forma,
faça a irrigação corretamente de
acordo com a fase da sua planta:
 
● Mudas: Precisam de água três
vezes por dia, deve-se usar
pouca água e o processo deve
ser feito três vezes por dia.
● Plantas jovens: Precisam
receber água uma vez ao dia,
maior volume que nas mudas.
● Plantas adultas: precisam ser
aguadas de três a quatro vezes
por semana.
 
Fique atento ao clima: Se a
temperatura cair, diminua a
frequência de irrigação, se
aumentar, aumente a frequência
para proteger suas plantas.
 
 
O que plantar?
 
Para locais pequenos, o ideal é que
você opte por hortaliças que
possuem parte aérea comestível e
ciclo de vida curto, como, por
exemplo, coentro, cebolinha, salsa,
alface, chicória, almeirão, rúcula e
espinafre. Também são propícios
para pequenos espaços o cultivo de
condimentos (alecrim, hortelã, erva
cidreira, manjericão, alfavaca) e
hortaliças fruto (pimentão, tomate e
pimenta).
 
Por outro lado, não é muito
recomendado que você faça o
cultivo de tubérculos em pequenos
espaços, pois eles necessitam de
canteiros com maior profundidade.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 9 - TABELA DE
SELEÇÃO DE HORTALIÇAS
 
Saiba agora como determinar quais
hortaliças selecionar para plantio
em sua horta, considerando o tipo
de planta, o espalhamento
necessário para plantio, a melhor
época para realizar a cultura e
quanto tempo leva para colher:
 
HORTALIÇA TIPO DE
PLANTA
ESPAÇAMENTO
(cm)
Abobrinha
Italiana
cova 100x60
Acelga definitivo 20x40
Alface
Inverno
sementeira 25x25 ou 30x30
Alface verão Sementeira 25x25 ou 30x30
Almeirão Definitivo 25x15
Berinjela Em
saquinhos
150x80
Beterraba definitivo 20x10
Brócolis
Inverno
sementeira 100x50
Brócolis
verão
sementeira 100x50
Cebola 40x10
Cebolinha 40x05
Cenoura
Inverno
Definitivo 20x05
Cenoura
Verão
Definitivo 20x05
Chicória Sementeira 30x30
Coentro Definitivo 20x10
Couve
manteiga
Sementeira 100x50
Couve-flor
inverno
Sementeira 80x50
Couve-flor
verão
Sementeira 80x50
Espinafre Definitivo 25x05
Feijão Vagem Covas 100x60
Jiló Sementeira 120x80
Nabo Definitivo 30x15
Pepino covas 100x60
Pimentão Sementeira 100x40
Quiabo Definitivo 100x10
Rabanete Definitivo 20x08
Repolho de
Inverno
Sementeira 60x40
Rúcula Definitivo 20x05
Salsa Definitivo 30x10
Tomate Sementeira 80x60
 
 
Já na tabela a seguir, você
conhece algumas informações
sobre o plantio dessas hortaliças e
quais as melhores opções para
rotacionar o plantio:
 
HORTALIÇA MELHOR
ROTAÇÃO
Abobrinha Italiana Cereais
Acelga 
Alface Inverno Repolho, cenoura,
berinjela
Alface verão Repolho, cenoura,
berinjela
Almeirão Repolho, cenoura,
berinjela
Berinjela Ervilha, repolho,
cenoura, quiabo
Beterraba Repolho, alface,
cenoura, berinjela
Brócolis Inverno Hortaliça de outra
família**
Brócolis verão Hortaliça de outra
família**
Cebola 
Cebolinha 
Cenoura Inverno Hortaliça de outra
família**
Cenoura Verão Hortaliça de outra
família**
Chicória Repolho, Cenoura,
Feijão
Coentro Hortaliça de outra
família**
Couve manteiga Hortaliça de outra
família**
Couve-flor inverno Hortaliça de outra
família**
Couve-flor verão Hortaliça de outra
família**
Espinafre 
Feijão Vagem Tomate, repolho,
alface, cenoura
Jiló 
Nabo 
Pepino Repolho. Evitar
mesma família.
Pimentão Repolho, cenoura,
quiabo
Quiabo Feijão
Rabanete Brócolis
Repolho de Inverno Vagem, quiabo,
berinjela, tomate
RúculaSalsa 
Tomate Abobrinha, couve-
flor, repolho
 
**Família Crucífera: rúcula, couve,
repolho, brócolis, rabanete, nabo.
**Família Umberlliferae: coentro,
cenoura, salsa.
**Família Cucurbitácea: pepino,
abóbora, abobrinha italiana.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 - CONCLUSÕES
 
Falamos neste e-book sobre as
vantagens de ter uma horta na sua
casa. Plantar em casa garante uma
maior concentração de vitaminas e
nutrientes, além de hortaliças
frescas e mais saborosas. E não é
só a sua saúde física que sai
ganhando, o cultivo é também,
como já explicamos, uma atividade
que pode fazer maravilhas pela sua
saúde mental.
 
Outra vantagem de ter uma horta em
casa é que você está contribuindo
para reduzir a taxa de emissão de
poluentes no planeta, poluição
advinda das agressões ao solo por
procedimentos químicos usados no
plantio industrial, e ainda poluentes
relacionados ao transporte de dos
alimentos. Sem contar que as hortas
caseiras são também uma forma
excelente de reciclar vasilhames, já
que você pode usar diferentes
materiais, como já falamos no
capítulo sobre o plantio em
pequenos espaços (Capítulo 8).
 
Ensinamos aqui tudo que você
precisa saber para implementar a
sua horta, desde a escolha do local,
que hortaliças melhor se adequam
ao seu espaço e às condições (luz,
umidade, etc.), preparo do solo,
adubagem, irrigação, até o momento
da colheita e o processo de
replantio. 
 
Sendo assim, esperamos que este
material tenha sido de grande ajuda,
e que você esteja pronto para
começar a implementar a sua horta.
 
Agora é hora de colocar a mão na
terra!
 
 
	CAPÍTULO 1 - O QUE SÃO HORTALIÇAS?
	CAPÍTULO 2 - IMPORTÂNCIA DAS HORTALIÇAS NA ALIMENTAÇÃO
	CAPÍTULO 3 - CLASSIFICAÇÃO DAS HORTALIÇAS
	CAPÍTULO 4 - TIPOS DE HORTAS
	No capítulo anterior apresentamos as formas de classificação das hortaliças e discutimos um pouco sobre o processo de plantio. Agora, vamos conversar sobre os tipos de hortas existente para que você identifique que tipo melhor se adequa ao seu espaço e necessidade.
	CAPÍTULO 6 - TIPOS DE FERRAMENTAS PARA HORTAS
	CAPÍTULO 7 - IMPLANTAÇÃO DA HORTA CASEIRA
	CAPÍTULO 8 - PLANTIO EM LOCAIS SEM ESPAÇO
	CAPÍTULO 9 - TABELA DE SELEÇÃO DE HORTALIÇAS

Continue navegando