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1 - INTRODUÇÃO Por muito tempo, principalmente antes do desenvolvimento do processo de urbanização que aconteceu em todo o nosso país a partir dos anos 60, a horta fazia parte da realidade doméstica da maioria das pessoas, seja no campo ou na cidade. Isso acontecia porque a oferta de hortaliças, bem como de frutas, acontecia de forma muito inconstante e dependia da sazonalidade. Dessa forma, para evitar ficar sem as hortaliças das quais precisavam, muitas pessoas dispunham de parte de seu tempo para cultivá-las em seus quintais. Com o desenvolvimento dos centros urbanos, a falta de espaço e o estilo de vida moderno fizeram com que a prática de cultivar suas próprias hortaliças fosse deixada de lado, mas, de uns tempos para cá, as coisas vêm mudando de figura, a possibilidade de plantar o próprio alimento passou a ser atrativo, com o desenvolvimento de uma tendência de alimentação saudável que também surgiu nos últimos anos. Nesse novo contexto, encontrar uma maneira de cultivar sua própria comida conecta você com o que está comendo, e também oferece benefícios nutricionais enormes, pois, é importante lembrar que a degradação dos nutrientes ocorre rapidamente entre o momento em que o produto é colhido e quando é comido - os feijões verdes, por exemplo, perdem 77% de sua vitamina C após sete dias. Quanto mais rápido você puder comer seus produtos depois deles terem sido colhidos, melhor. Ter um quintal ou varanda cheia de frutas e vegetais é um excelente modo de realizar esse consumo da forma apropriada. Mas porque você deveria ter uma horta? Vamos para algumas das principais razões. A primeira delas é que o cultivo domiciliar de hortaliças garante que não precisamos nos preocupar com questões como contaminação microbiológica ou por agrotóxicos, rastreabilidade e consumo de alimentos originados de plantas transgênicas, entre outros. Afinal de contas, somos nós mesmo que estamos inspecionando todo o processo de plantio das hortaliças, podendo então controlar a sua qualidade. Obtendo alimentos frescos, mais saborosos e mais nutritivos. Uma cenoura que você mesmo planta e retira do seu solo, bem cuidado, é duas vezes mais saborosa do que aquele que você compra no mercado. Lembrando que muitos vegetais, se bem cultivados - livres de agrotóxicos, etc - evitem condições que podem pôr em risco a sua vida, como a hipertensão, câncer e doenças cardiovasculares. Outra vantagem de ter uma horta é casa é a economia financeira, é claro que você pode ter que gastar inicialmente por compostagem, potes, sementes, etc, mas o dinheiro que você eventualmente economizará será muito superior a um período relativamente curto de tempo. E não é só dentro de casa que as hortas voltaram a fazer sucesso, pelo modo como o ato de cuidar de um jardim pode ser uma excelente ferramenta de ensino, pois, ensina paciência, atenção, cuidado, economia, etc. A prática passou a ser integrada em muitas escolas, principalmente naquelas que funcionam base em metodologias transformadoras. O cuidado com a horta pode ser integrado em diversas disciplinas como, por exemplo, matemática, ciências, e até mesmo português. A atividade é ainda benéfica para trabalhar questões sociais, entrosando as crianças. Os alunos podem aprender técnicas básicas relacionadas a agricultura (escolha da terra, preparação do solo, processo de semeadura, irrigação, cuidados com o desenvolvimento das hortaliças, e processo de colheita). Muitas empresas que possuem uma cultura organizacional mais voltada para o bem-estar dos funcionários também possuem hortas. O cultivo de uma horta também é uma lição em sustentabilidade, pois, mesmo as ações mais pequenas podem, e fazer, fazer as maiores diferenças. Ao cultivar todos nós estamos reduzindo a demanda de alimentos que vão precisar ser transportados por milhares de quilômetros através do mundo, estamos alimentando o solo que nos alimentará de volta, estamos reduzindo a quantidade de embalagens plásticas que são produzidas para nos entregar as hortaliças que compramos no supermercado. Dentro de casa, você pode tornar esse processo algo para fazer em família. Ensine aos seus filhos e netos exatamente de onde sua comida vem, mostre a elas que o cultivo de alimentos é apenas um processo normal e natural, em vez dos pacotes, sacos e bandejas que vêm dos supermercados. Destacamos ainda o modo como uma horta pode ser uma atividade terapêutica, cultivar suas próprias hortaliças pode ser um verdadeiro tônico para sua alma. Ter uma conexão real com a Terra e observar a vida crescer na frente dos seus olhos ajuda a reduzir a depressão e a ansiedade. Isso pode dar uma perspectiva totalmente nova e muito positiva sobre sua vida. Afinal de contas, manter uma horta é uma atividade que exercita a mente e o corpo por ser uma atividade física e lúdica, ao mesmo tempo. Por fim, a última das razões é simples: você deveria ter uma horta porque todo o processo é fácil. Jardinagem pode ser uma habilidade, um trabalho ou um hobby, o que significa que pode ser tão fácil ou tão difícil quanto você quiser. Tudo o que você realmente precisa para começar é um solo decente e algumas plantas. Acreditando que essa prática precisa ser recuperada, mantida e até mesmo ampliada, preparamos esse ebook que objetiva desmistificar todo o processo de implantação de uma horta caseira. No decorrer das páginas a seguir você encontrará, através de sete capítulos tudo que precisa saber sobre como cultivar hortaliças. No primeiro capítulo, falamos sobre o que são as hortaliças, no segundo sobre a sua importância na alimentação, apresentando alguns dados sobre o consumo de hortaliças por brasileiros. No capítulo seguinte, abordamos a classificação das hortaliças. Depois disso, falamos sobre os tipos de hortas que podem ser implementadas, e no sexto as principais ferramentas a serem usadas para o processo de criação e implantação da sua horta caseira, por fim, no capítulo sete, falamos ainda sobre como realizar o plantio de suas hortaliças em locais sem espaço. Embora já tenhamos destacado a facilidade do processo, pontuamos também que para manter uma horta da forma certa, organicamente, você precisará entender o que é preciso para manter suas plantas saudáveis e vigorosas, este material também te dará uma noção completa disso. Aproveite! CAPÍTULO 1 - O QUE SÃO HORTALIÇAS? Se você está pensando em começar uma horta, a primeira coisa que precisa saber é como entender o tipo de planta que está querendo cultivar. A palavra é hortaliça vem do latim hortus, que significa horto, pequeno espaço de terreno onde se cultivam plantas próprias de jardim, sendo assim, é considerada como hortaliça qualquer planta de pequeno porte que pode ser cultivada em uma horta ou pequeno espaço, mas existem também hortaliças que podem ser cultivadas em grandes espaços, como a cenoura, a cebola, a batata, etc. Normalmente para processos industriais. De uma forma geral, as hortaliças formam um grande grupo de plantas alimentares que possuem alto valor nutritivo, pequeno porte e crescimento rápido. Elas são ricas em vitaminas, minerais e nutrientes, por isso, o consumo é indispensável para que possamos manter uma alimentação balanceada, pois esses alimentos possuem papel importante para o funcionamento do nosso organismo, falaremos melhor da importância das hortaliças para o corpo humano no capítulo 3. Além disso, as hortaliças se caracterizam por terem consistência macia, serem não lenhosas, possuírem um curto ciclo de colheita (Até 120 dias), e exigirem cuidados intensivos. Hortaliças x Verduras x Legumes: Qual a diferença? É ainda interessante pontuar que, comumente, há muita confusão entre verduras, legumes e hortaliças. Muitas pessoas confundem essas diferentes categorias e alguns acreditam que verduras, legumes e hortaliças são basicamente a mesma coisa. Vamos explicar para que você, futuro cultivador, possa entender bem e não cometer o mesmo erro. As hortaliças são uma categoriamaior da qual as verduras e os legumes fazem partes. As verduras são plantas cujas partes comestíveis são verdes, ou compostas por flores. São consideradas verduras as hortaliças folhosas (alface, rúcula, couve- chinesa e repolho) ainda a couve- flor e o brócolis (flores) e o alho- porró (hastes). Já os legumes são frutos típicos das plantas da família das leguminosas, conhecidos popularmente como vagens, que incluem o feijão comum, o feijão-vagem, a ervilha- comum, a ervilha-torta, a fava, entre outras. Incluem também as hortaliças cujas partes comestíveis são frutos (tomate), sementes (ervilha), raízes (cenoura) e tubérculos (batata). Diversidade das Hortaliças Existe uma vasta quantidade de hortaliças, e isso se deve ao fato de que, como já falamos, a definição do termo é muito ampla (incluindo as subcategorias). Estima-se que, no Brasil, existem mais de setenta espécies de hortaliças que são comercialmente cultivadas, ou seja, podem ser encontradas no mercado. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística), os brasileiros consomem 27 quilos de hortaliças anualmente. Entre diversidade de hortaliças que são cultivadas no país, a batata, o tomate e a cebola, pela ordem, lideram a preferência dos consumidores. As mais importantes dessas hortaliças são determinadas de acordo com a área utilizada para cultivo e volume de vendas, além das já citadas, a lista inclui ainda o melão, a melancia, o alho, a batata-doce e a cenoura. Ficou confuso com a presença do melão e da melancia na lista as hortaliças? Bem, do ponto de vista da botânica, tanto a melancia quanto o melão fazem parte da família das cucurbitáceas, à qual também pertencem outras hortaliças como a abobrinha, a abóbora, a moranga, o pepino. Essas hortaliças são chamadas de “hortaliças de fruto”. Outras características reforçam o argumento de classificação do melão e melancia como hortaliças, como o fato de que elas são não lenhosas. O que acontece é que, devido ao volume de vendas, o melão e a melancia passaram a ser cultivadas em grandes áreas e são erroneamente nomeadas frutas, é interessante destacar que a definição de fruta é usada para frutos advindos de árvores e arbustos. Hortaliças Convencionais X Hortaliças Não Convencionais Chamamos de hortaliças convencionais as que são mais conhecidas e consumidas, tendo importância comercial. Essas hortaliças são mais fáceis de encontrar, pois são distribuídas para quase todo o país, possuem cotação de preços nas centrais atacadistas e normas de classificação, entre outras características. São exemplos de hortaliças convencionais o tomate, a cebola, o melão, a melancia, a batata-doce e a batata inglesa. Já as hortaliças não convencionais ou alternativas, são as nativas de determinadas regiões do país, que possuem uma importância local ou fazem parte da tradição de cultivo de algumas comunidades. Esses aspectos fazem com que tais hortaliças sejam menos conhecidas e de venda limitada a certas localidades. Algumas vezes, as hortaliças convencionais são plantas que, em algum momento, já fizeram parte do consumo populacional nacional, mas, por alguma razão, tiveram sua importância econômica e social reduzida. Como exemplo podemos citar a Taiobá (Sudeste), Inhame ou Cará (Nordeste), ora-pro-nobis (Minas Gerais), a vinagreira (Maranhão), o jambú (Pará) e a pimenta murupi (Amazonas). CAPÍTULO 2 - IMPORTÂNCIA DAS HORTALIÇAS NA ALIMENTAÇÃO De todos os alimentos que podemos consumidor, os legumes e as frutas são alguns dos únicos itens que não estão envolvidos em nenhum tipo de controvérsia: praticamente todas as autoridades de saúde concordam que elas deveriam ter um lugar na mesa (literalmente!). De fato, o maior denominador comum entre todas as dietas que têm um suporte científico e buscam a promoção da saúde é a ingestão de vegetais. Isso vale para os diferentes tipos de dietas existente em todo mundo. E é por isso que este segundo capítulo foca na importância das hortaliças na alimentação, destacando os principais benefícios. É impressionante a quantidade de estudos que mostram que um consumo mais elevado de vegetais (pelo menos cinco a oito porções por dia) reduz o risco de doenças, desde diabetes, osteoporose até doenças do trato gastrointestinal, doenças cardiovasculares e doenças autoimunes, e até mesmo câncer. São três as principais razões para essa constante indicação do consumo de hortaliças, são elas: Em primeiro lugar, as hortaliças tendem a ser ricos em vitaminas e minerais muito importantes, incluindo a forma mais absorvível de cálcio. 2) Em segundo lugar, as hortaliças contêm muita fibra para suportar uma diversidade saudável de microrganismos intestinais. 3) Em terceiro lugar, os vegetais são ricos em milhares de diferentes fitoquímicos de plantas benéficas. Lembre-se de que os fitoquímicos são abundantes em antioxidantes, anti-inflamatórios e outras propriedades promotoras da saúde. Todos esses componentes somam benefícios sérios para pessoas que incluem hortaliças em suas dietas. Quando observamos as relações estatísticas entre o consumo de vegetais e mortalidade ou risco de doença, torna-se claro que quanto mais hortaliças nós comemos, mais protegidos estamos. Para cada porção de hortaliças ou frutas que consumimos, reduzimos o risco de mortalidade por todas as causas em 5 por cento, uma maior redução de risco é observada com 8 porções por dia. Isso também significa que quanto mais pudermos aumentar nossa ingestão de legumes e vegetais, mais benefícios veremos refletidos em nossa saúde. Ainda mais excitantes, esses benefícios se estendem a praticamente todas as doenças crônicas que afligem a sociedade moderna. Por exemplo, algumas hortaliças podem proteger o organismo contra todas as seguintes doenças: Diabetes As hortaliças ajudam a reduzir o risco de diabetes através de uma série de mecanismos, incluindo o fornecimento de micronutrientes necessários para a regulação do açúcar no sangue, ajudando a reduzir a carga glicêmica de uma refeição e contendo fibras para diminuir a absorção de glicose. Elas também podem reduzir os fatores de risco para o diabetes diminuindo a densidade de energia da dieta e incentivando a perda de peso (a gordura abdominal, especialmente em torno dos órgãos, é um dos principais contribuintes do diabetes em pessoas geneticamente suscetíveis). Doença cardiovascular As hortaliças também podem ter um efeito extremamente protetor no sistema cardiovascular promovendo uma pressão arterial saudável (devido à abundância de potássio, cálcio e magnésio), reduzindo o estresse oxidativo (devido aos seus antioxidantes), incentivando níveis saudáveis de gordura corporal (a redução da energia da dieta suporta a perda de peso), reduzindo os níveis de LDL (através das ações de ligação das fibras ao colesterol nos intestinos) e contendo muitos micronutrientes necessários para a saúde vascular. Um estudo descobriu que, entre uma amostra de mais de 13.000 mulheres, aquelas que consomem mais vegetais tinham um risco reduzido de 38% de morrer de doenças cardiovasculares em comparação com as mulheres que comiam o um menor número de vegetais. Doença autoimune As hortaliças fornecem nutrientes- chave para a função imune, ao mesmo tempo que fornecem múltiplas formas de fibra para aumentar a saúde intestinal. A única ressalva aqui é para hortaliças como o morango, que, apesar de serem ricos em nutrientes, também contêm compostos que podem agravar a autoimunidade. Osteoporose As hortaliças fornecem uma variedade de nutrientes necessários para a saúde dos ossos, incluindo cálcio, magnésio, fósforo, cromo e vitamina K. Câncer As propriedades anticancerígenas de muitos fitoquímicos das hortaliças foram bem documentadas. Além disso, a clorofila encontrada em alimentos vegetais pode ajudar a mitigar as propriedades potencialmente cancerígenas do ferro heme (a forma de ferro abundante em carne vermelha) e certas fibras em vegetais e outros alimentosvegetais parecem protetor contra o câncer colo retal. Obesidade Além de ajudar a evitar deficiências de micronutrientes associadas à obesidade, as hortaliças são os alimentos de menor densidade de energia existentes, adicionando massa (fibra e água) a qualquer refeição e reduzindo a densidade de energia geral das refeições que comemos. Isso nos ajuda a diminuir naturalmente nossa ingestão calórica e torna mais fácil alcançar um peso corporal saudável (especialmente porque os vegetais também podem deslocar alimentos mais obesos que combinam gorduras concentradas, carboidratos / açúcar e sal de formas que incentivam o excesso). Nutrientes Importantes ingeridos através de hortaliças Vamos rever alguns dos nutrientes surpreendentes que as hortaliças têm para oferecer-nos e que são limitados ou que simplesmente não podemos obter através da ingestão de alimentos de origem animal. Carotenoides (incluindo vitamina A, licopeno e betacaroteno): são potentes antioxidantes e são importantes para a função do sistema imunológico. Os vegetais e frutas ricas em carotenoides incluem: hortaliças vermelhas, laranjas ou amarelas (como cenouras, beterrabas, abóbora, batata doce, melão e pimentões) e também verde escuro (como couve, espinafre, couve-verduras e brócolis). Os tomates são particularmente ricos em licopeno. Sulfeto dialítico: um composto criado e liberado por esmagamento de alho e outras hortaliças semelhantes. Ele possui efeitos antimicrobianos potentes (incluindo atuação contra bactérias de úlcera estomacal H. pylori), reduz o risco de doença cardiovascular e pode ser responsável pelo efeito protetor que o alho tem contra o câncer colo retal. Os alimentos que o contêm sulfeto incluem o alho, a cebola e a cebolinha. Vitaminas B: estas vitaminas são importantes no metabolismo celular (incluindo crescimento e divisão celular), função do sistema imunológico e função do sistema nervoso. As hortaliças ricas em vitaminas B incluem: cenouras, batatas doces e beterraba, t melancia e vegetais verdes como alcachofra, aspargos, quiabo, brócolis e pimenta verde. Vitamina C: A vitamina C serve como um antioxidante potente, é necessária para a função do sistema imunológico e também para que várias enzimas funcionem no corpo (como algumas enzimas que ajudam a produzir colágeno, razão pela qual a deficiência de vitamina C causa escorbuto). As hortaliças ricas em vitamina C incluem: alcachofra, espargos, abacate, brócolis, cenouras, couve-flor, pepino, pimenta verde, couve, cogumelos, cebolas, batatas, espinafre, abóbora e batata-doce. Vitamina K: A vitamina K é fundamental para fazer algumas proteínas importantes em nosso corpo que estão envolvidas na coagulação sanguínea e no metabolismo. A vitamina K é encontrada em vegetais como brócolis, couve-flor, repolho, couve, etc. Cálcio: Além de formar osso, o cálcio é essencial para muitos processos dentro da célula, bem como liberação de neurotransmissores e contração muscular. Há algumas pesquisas que sugerem que o cálcio das hortaliças é muito mais facilmente absorvido e utilizado pelos nossos corpos do que o cálcio da indústria láctea, provavelmente um dos motivos pelos quais o alto consumo de vegetais protege contra osteoporose e fratura do quadril em idosos. Cromo: o cromo é importante para o processamento de açúcar e gordura no organismo. As fontes de crómio e frutas do cromo incluem: brócolis, tomates, maçãs, bananas, cebolas, alho, repolho, cenouras, cogumelos, pastas e vegetais de folhas verdes. Cobre: o cobre está envolvido na absorção, armazenamento e metabolização do ferro. Considerando tudo isso, fica claro que a implantação de uma horta caseira é uma das formas através das quais você pode garantir uma maior ingestão de hortaliças e uma considerável melhorar na sua saúde. CAPÍTULO 3 - CLASSIFICAÇÃO DAS HORTALIÇAS Agora que já entendemos o que são as hortaliças e como elas são importantes para a manutenção do funcionamento de nosso organismo e prevenção de doenças, vamos falar um pouco sobre a classificação das hortaliças. Lembramos que já mostramos as diferenças entre verduras e legumes no capítulo 1, essa categoria é a classificação popular das hortaliças, e envolve ainda a categoria temperos e condimentos (Os condimentos abrangem todas as hortaliças cuja finalidade é melhorar o paladar, o aroma ou a aparência de pratos. São exemplos de temperos e condimentos a salsa, a pimenta, a cebolinhas, etc.). Além da classificação popular, as hortaliças podem ainda ser classificadas de acordo com os seguintes critérios: ● Baseada na adaptação climática: Hortaliças de clima quente ou de clima frio. ● Baseada no ciclo de vida: Hortaliças de ciclos Anuais, Bianuais ou Perenes. ● Baseada na origem: Hortaliças exóticas ou Hortaliças autóctones. ● Baseado na forma de apresentação ao consumidor: Frescas, em conserva, Desidratadas, Congeladas, Minimamente processadas e Processadas Outra forma de categorizar as Hortaliças, uma das mais antigas e usuais, devido ao seu valor comercial, é a categorização com base nas partes comestíveis das plantas. Atualmente, tal classificação vem sendo utilizada pelo sistema Nacional de Centrais de Abastecimento. A classificação é a seguinte: • Hortaliças tuberosas - são aquelas cujas partes utilizáveis desenvolvem-se dentro do solo, compreendendo: tubérculos (batatinha, cará), rizomas (inhame), bulbos (cebola, alho) e raízes tuberosas (cenoura, beterraba, batata-doce, mandioquinha-salsa). • Hortaliças herbáceas - aquelas cujas partes aproveitáveis situam- se acima do solo, sendo tenras e suculentas: folhas (alface, taioba, repolho, espinafre), talos e hastes (aspargo, funcho, aipo), flores e inflorescências (couve-flor, brócolis, alcachofra). • Hortaliças-fruto - utiliza-se o fruto, verde ou maduro, todo ou em parte: melancia, pimentão, quiabo, ervilha, tomate, jiló, berinjela, abóbora. Hortaliças tuberosas: Raízes, cenoura, batata-doce, nabo, rabanete, mandioca-de-mesa – Tubérculos, batata, inhame ou cará – Rizomas taro, gengibre – Bulbos alho e cebola Porém, o melhor critério para agrupar as culturas oleráceas, é considerarmos o parentesco botânico das plantas, com a vantagem de se basear em características muito estáveis. Assim, enquanto que os métodos culturais utilizados ou as partes aproveitáveis na alimentação podem variar de uma região para outra, conforme imposições econômicas ou por simples tradição regional, as características botânicas são invariáveis. Esse tipo de classificação baseia-se no parentesco e nas semelhanças entre elas, utilizando-se os órgãos vegetativos e reprodutivos. Para tanto, utilizamos três unidades taxonômicas que nos interessam mais de perto: • A família botânica - que é a reunião dos gêneros botânicos afins; • O gênero botânico - que é o agrupamento de espécies afins; • A espécie botânica - que é a unidade taxonômica básica, englobando indivíduos vegetais muito semelhantes entre si. Essas unidades são utilizadas desde os trabalhos pioneiros do célebre professor sueco Karl von Linnée (1707 - 1775), adotando-se um sistema binário de nomenclatura, em latim, aceito universalmente, que compreende o nome do gênero e o epíteto específico para designar uma espécie botânica. Como exemplo, temos: FAMÍLIA BOTÂNICA NOME POPULAR Alliaceae Cebola Apiaceae Cenoura Apiaceae Salsa Asteraceae Alface Brassicaceae Couve-manteiga Brassicaceae Rabanete Brassicaceae Rúcula Chenopodiaceae Beterraba Solanaceae Tomate Plantio das Hortaliças Nos interessa ainda neste capítulo falar sobre como o processo de multiplicação ou plantio das hortaliças pode ser feito com base em partes das plantas, assim como no processo de classificação usual. Dessa forma, podem ser utilizadas sementes, mudas ou brotos, ramos ou estacas, frutos, tubérculos e bulbilhos ou dentes. Plantio de Sementes: Para plantio através de sem ementes é necessário fazer uso de sementes embaladas em papelaluminizado ou latas hermeticamente fechadas, pois estas embalagens conservam as sementes por mais tempo. Podem ser multiplicadas desta maneira as seguintes espécies: alface, abóbora (jerimum), beterraba, berinjela, cebola, cenoura, cebolinha, coentro, couve, couve-flor, melancia, melão, pepino, pimentão, pimenta, repolho, quiabo e tomate. Plantio de mudas ou brotos: As mudas são plantas novas que se originam de sementes ou brotações laterais que aparecem nas plantas adultas ou ao redor delas. Algumas espécies cultivadas por sementes, hoje são propagadas por mudas, como o tomate, o pimentão, o repolho e a couve Ramas ou estacas: As ramas ou estacas são pedaços das hastes da planta adulta, que após o enraizamento irão originar as novas plantas. Um exemplo de hortaliça multiplicada através de ramas ou estacas é a batata doce. Plantio de tubérculos: A principal hortaliça multiplicada por tubérculo é a batatinha ou batata inglesa. Plantio de Frutos: O plantio de frutos é utilizado na propagação do chuchu, o qual deve estar apresentando brotações de 15 a 20cm de altura. CAPÍTULO 4 - TIPOS DE HORTAS No capítulo anterior apresentamos as formas de classificação das hortaliças e discutimos um pouco sobre o processo de plantio. Agora, vamos conversar sobre os tipos de hortas existente para que você identifique que tipo melhor se adequa ao seu espaço e necessidade. Antes de mais nada, uma horta (ou horto) é um local no qual as hortaliças são cultivadas. A cultura de hortaliças geralmente acontece em um terreno plano, que receba luz do sol o dia todo e que tenha condições de ser adubado e organizado em canteiros, mas nos últimos a prática da horticultura se desenvolveu bastante e existem agora diversos tipos de hortas, desde as versões mais compactas até hortas tecnológicas. Existem duas principais razões para a variação da tipificação das hortas, a primeira delas é o aumento da demanda humana por hortaliças, e a segunda o aumento das pesquisas realizadas pelo setor agropecuário, pesquisas que procuram não só atender a necessidade de aumento da produção, como também visam o desenvolvimento de diferentes técnicas para melhorar qualidade dos alimentos. Se você está pensando em montar uma horta é importante conhecer as tipificações para saber quais as necessidades do tipo de horta na qual você investirá seu tempo. É ainda interessante conhecer os diversos tipos de hortas para saber quais as demandas, pois embora existam muitas informações e procedimentos para cultivo de uma horta (calagem, descompactação do solo, adubação, tipos de ferramentas, etc), nem todas elas se adequam a todos os tipos de horta. Você não vai, por exemplo, precisar usar uma enxada numa mini horta. Existem diversos tipos de hortas como a mini horta, horta vertical, horta suspensa, horta protegida, etc. Separamos aqui os principais deles. Conheça cada um desses diferentes tipos de horta e saiba qual melhor se adequa para você. Horta Convencional: O mais antigo e mais tradicional dos tipos de hortas é o convencional. Na horta convencional são cultivadas diversas espécies de hortaliças e há ainda uma demanda de um trabalho rigoroso para lavar e adubar a terra. Além da necessidade de conhecimento de técnicas de irrigação, para que se garanta a melhor produtividade possível para as hortaliças cultivadas. A horta convencional é muito praticada na agricultura familiar, ou seja, por famílias que além de produzir para consumo próprio também comercializam em menor escala para garantir a subsistência. Normalmente os filhos ajudam para o bom funcionamento da horta que precisa de cuidados como : adubação, transplante de mudas, desbrota, raleio e muito mais. Mini Horta: A mini-horta é muito empregada por pessoas que não dispõe de muito tempo para se dedicar ao plantio, ou para aquelas que possuem pouco espaço mas gostariam de plantar em casa. O espaço necessário para plantio é pequeno, por isso os cuidados não são grandes. Para cultivo das hortaliças, devem ser usadas em jardineiras, vasos, vasilhas, caixas e outros recipientes em que se possam colocar uma quantidade ideal de terra para as plantas se desenvolverem, é preciso manter alguns cuidados com aguar, troca de terra, etc, mas muitas pessoas compram terra e recipientes preparados para este tipo de plantio. Portanto, se seu espaço é pequeno este tipo de horta é o mais apropriado. Horta Vertical: A Horta vertical é uma outra opção possível para aqueles que possuem de pouco espaço. Essa técnica de jardinagem é implantada principalmente em varandas de casas ou apartamentos, já que esses locais recebem mais luz do sol. A horta vertical consiste, como o nome sugere, em plantar verticalmente, ou seja, você vai aproveitar pequenos espaços suspensos da sua casa, colocando jardineiras, latas, vasos, etc nas paredes ou ainda montando uma estrutura para dar suporte aos vasos, é muito comum o uso de prateleiras ou paletes para montagem das estruturas. Apesar de existirem algumas limitações, obviamente não dá para plantar todo tipo de hortaliça numa horta vertical pequena, são muitas as opções de plantio que você pode explorar, como, por exemplo, o coentro, a cebolinha, e etc. Horta Orgânica: Considerado como um cultivo de nicho, o cultivo orgânico se dá em o uso de produtos químicos, como adubos industrializados, herbicidas, nematicidas e outros que além de deixar resíduos na natureza podem prejudicar a saúde do aplicador. Nos últimos anos, a demanda por alimentos mais saudáveis fez com que a horta orgânica ganhasse força, pois, as pessoas preferem consumir produtos livres de agrotóxicos, mesmo que isso represente um maior custo. Os produtos orgânicos além de não terem resíduos químicos possuem um melhor sabor se comparado com o cultivo convencional. Para o plantio orgânico são utilizados fertilizantes de animais e vegetais e o todo o processo de controle de pragas e doenças também é realizado com o uso de recursos naturais e biológicos. Horta Suspensa: Um outro tipo de horta é a suspensa, na qual o cultivo é feito em uma altura onde os braços do cultivador possa alcançar. Nas hortas suspensas podem ser usadas em caixas plásticas, jardineiras, vasos, tubos, e vários outros recipientes para o cultivo das plantas. São utilizados suportes ou bancadas para suportar o peso dos recipientes com terra, os vasos, jardineiras, latas, recipientes plásticos e outros. Algumas pessoas cultivam utilizando fertilizantes que são solúveis em água, e escorrem sobre tubulações distribuindo o alimento para as plantas. Também são usados espaços na parede de muros onde são instalados os recipientes que recebem as mudas. Horta Hidropônica: Neste tipo de horta as plantas são cultivadas em canos de pvc ou outro material que consiga suportar água com nutrientes solúveis. As plantas se desenvolvem na água que é adubada regularmente. Com isso não precisam de terra para se desenvolverem como no plantio convencional. Plantas neste ambiente são melhores controlados os fatores fitossanitários. A hidroponia é também uma tecnologia que para a sua melhor performance precisa do acompanhamento de uma pessoa especializada ou cursos que ensinam obter resultados satisfatórios. Horta Protegida ou Coberta: Além dos tipos de hortas já citadas, há ainda a horta protegida. Uma estrutura que é coberta com um plástico resistente. O plantio nesse tipo de horta, devido às condições criadas, torna possível uma maior capacidade de produção, inclusive nas entressafras. Na horta protegida o cultivador pode controlar com eficiência doenças ou pragas que possam aparecer. Destacamos que as hortaliças plantadas com as estufas agrícolas são de melhor qualidade e aspecto, mas a essa melhora na qualidade dos produtos nem sempre compensa para todos os cultivadores, afinal de contas, as hortas cobertas precisam de um maior investimento financeiro para implementação. Além disso, a manutenção de uma estufa agrícola demanda cursos ou pessoas especializadas para a sua implantação. Como acabamosde apresentar, existem diferentes tipos de hortas entre os quais você pode optar. Na hora de montar a sua, você precisa considerar o espaço que possui e o quanto de tempo e dinheiro dispõe ou deseja investir. É ainda necessário um preparo inicial para que a sua horta cresça de forma saudável, confira algumas dicas: Procure conhecer as exigências nutricionais das plantas que deseja cultivar e se essas plantas se adequam ao tipo de horta que você deseja montar. Certifique-se de que o local no qual montará a sua horta é bem arejado e dispõe de iluminação solar. Lembre-se que cada planta exige cuidados distintos, enquanto algumas precisam de pelo menos 5 horas de sol, outras talvez nem tanto, portanto, procure fazer uma pesquisa prévia se atentando a esses detalhes. Considere também que é preciso ter cuidado ao misturar diferentes tipos de plantas também é essencial, pois elas nem sempre combinam. CAPÍTULO 6 - TIPOS DE FERRAMENTAS PARA HORTAS Quão importantes são ferramentas para sua horta? Quais as principais ferramentas que você precisa conhecer e obter para realizar o seu cultivo de forma apropriada? São basicamente essas duas perguntas que buscamos responder neste capítulo. Afinal de contas, sua horta não existiria sem elas, que são a espinha dorsal do cultivo. O número de ferramentas pode variar de acordo com o tipo de horta ou mesmo com as necessidades e preferências do indivíduo, mas, como regra geral, é melhor obter apenas os essenciais, e embora a sua coleção de ferramentas não precise ser extensa, ela deve ser cuidadosamente selecionada. Ferramentas de boa qualidade farão um trabalho superior para começo de conversa, além disso elas vão durar mais. Agora vamos conhecer os tipos de ferramentas para hortas. Enxada: A Enxada é usada para capinar, ou seja, cortar as plantas daninhas que nascem entre as plantas que você está cultivando. Além disso, ela pode ser utilizada no preparo do solo, na incorporação de adubos, no assento de bordas e superfície dos canteiros, além de capinas. É claro que numa mini horta, por exemplo, você fará a retirada das plantas indesejadas manualmente, ou com auxílio de uma ferramenta de menor porte. Enxadão: Enxadão: Essa ferramenta é normalmente utilizada no revolvimento do solo, na incorporação de matéria orgânica, calcário e adubo. Enxada ou Enxadão? Qual a diferença? A enxada possui formato meio triangulado e é curta, já o enxadão tem a lateral reta e é mais comprida que a enxada. O enxadão, porém, serve para revolver a terra mais dura, fazer “cortes” no solo. A enxada tradicional também se presta para isso se preciso for, mas daí é preciso um esforço maior. Em geral, ela é aplicada para remexer na terra menos compactada. Ambos ajudam a remover plantas indesejadas. Ancinho ou ciscador: O principal uso é para arar a terra, deixando-a fofa, o que é importante para o processo de plantio, mas esse equipamento também é usado para juntar os resíduos e restos do plantio que ficam espalhados pela sua horta. O ciscador possui um cabo grande possibilitando mais conforto posicional ao usuário. Existe modelos que são desenvolvidos especialmente para juntar folhas secas. Sacho de cabo longo: Outra ferramenta comum, o utilizado para capinas entre as plantas do canteiro, fazem pequenos sulcos e afofar canteiros. Essa é uma ferramenta menor que a enxada e o enxadão, podendo ser usada apenas com uma mão. Sacho de cabo curto: Seu uso é destinado para as capinas próximas às plantas, necessitando maior controle da ferramenta. Pá: Também chamadas de colheres de jardineiro, elas servem para transplantar torrões de terra, sem que se perca o substrato nutricional da planta. As pás são usadas para importante abrir novos buracos e para colocar as sementes. O tamanho da pá dependerá do tipo de planta e tamanho do jardim. Pá curva: ferramenta que deve ser usada para cavar e remover terra ou material semelhante. Regador de crivo fino: o regador que pode ser usado para irrigar sementeiras e mudas que foram recém-transplantadas. Carrinho-de-mão: É uma ferramenta mais versátil, você pode usar para realizar o transporte de terra, adubos, ferramentas e até dos produtos colhidos em sua horta. Marcador de sulcos: O marcador de sulcos deve ser usado para abrir pequenos sulcos em sementeiras ou em canteiros de plantio direto. Colher de transplantio: Utilizada na retirada de mudas que serão transplantadas. Tesoura-de-poda: A tesoura é utilizada para eliminação de ramos e brotos indesejáveis. Corta-Ramos: Alguns caules são tão grossos que a tesoura de poda não serve para cortá-los. Nessas horas, o ideal é o uso do corta- ramos, que é uma espécie de alicate usado para realizar o corte de ramos e caules mais grossos. Sombrite: Trata-se de uma tela de plástico que gera uma meia sombra nas plantas. O sombrite é importante para que mora em regiões mais quentes, pois, gera um clima mais favorável para o desenvolvimento das hortaliças. Pulverizador: Utensílio utilizado na aplicação de defensivos, herbicidas e adubos foliares. Eles ajudam no processo de adubação das plantas e no tratamento de possíveis pragas. Existem dois tipos de pulverizador, o pulverizador de mão e o pulverizador costal; ambos podem aplicar tanto adubo quanto elementos de proteção à pragas. A grande vantagem de pulverizadores é a seguinte: há um direcionamento apenas à pontos específicos, sem desperdiçar nada, ou espalhar em outros locais. Peneiras: As peneiras, como o nome sugere, são usadas para peneirar a terra na qual você irá plantar suas hortaliças, essa prática é necessária quando se está fazendo sementeiras. Você também pode usar as peneiras para remover os restos de terra e outros objetos na hora de realizar a colheita. Regador e Mangueira: Ambos esses equipamentos são usados para colocar água nas suas hortaliças, mas existe uma diferença com base no tipo de horta e tamanho. O regador é mais indicado para pequenos espaços, enquanto a mangueira é destinada a espaços maiores. É interessante que você conheça bem as necessidades de água do tipo de hortaliça para molhá-las da forma adequada, plantas menores devem ser umedecidas sem um jato forte, é comum que as pessoas façam furos nas mangueiras e criem um sistema de irrigação. Proteção Individual: Além das ferramentas já citadas, Você pode ainda contar com equipamentos voltados para sua proteção durante os cuidados com sua horta, o principal desses equipamentos de proteção é a luva, que fornece uma proteção contra uma série de fatores como bichos que estejam entre as plantas ou até mesmo espinhos, mas além das luvas existem ainda, por exemplo, joelheiras especiais que ajudam os que lidam com hortas e jardins a ficarem confortáveis enquanto estão ajoelhados cuidando de seus plantios. Limpeza das ferramentas: Ferramentas de qualidade precisam de cuidados adequados, assim você garantem que elas sirvam por muito tempo. Mantenha um trapo antigo a mão para limpá-las assim que tiver finalizado o trabalho, já que o solo é mais fácil de remover antes de secar. Manter as suas ferramentas limpas tornam todo o processo de cultivo mais fácil, como qualquer pessoa que tentou escavar com uma enxada cheia de sujeira pode testemunhar. Eventualmente, passe um produto oleoso nas ferramentas para evitar ferrugem. CAPÍTULO 7 - IMPLANTAÇÃO DA HORTA CASEIRA Agora que você já sabe quais as ferramentas que precisa para realizar os cuidados que a sua horta vai precisar, é hora de saber como realizar a implantação para garantir a produção de olerícolas frescas, sem presença de agrotóxicos, e até mesmo economizar um pouco com a compra dessas hortaliças. Lembramos, que conforme já mostramos ao falarmos dos diferentes tipos de hortas, elas podem ser implantadas em qualquer espaço, as suas hortaliças podem ser cultivadas em jarros ou jardineiras em janelas de prédios, etc. A extensão da sua horta, obviamente, dependerá do quanto de espaço vocêtem disponível, numa chácara, por exemplo, a horticultura pode ser praticada em uma escala muito maior. Devem ser tomados os seguintes cuidados na instalação da horta caseira: Escolha do Local: Deve ser próximo à fonte de água de boa qualidade, em local bem ensolarado, ventilado e que não encharque. O solo deve ser areno argiloso, profundo e com declividade plana, de preferência. Caso haja qualquer tipo de criações, o local da horta deve ser cercado Preparo dos Canteiros, Covas e Sementeiras: Caso tenha espaço para isso, o ideal é que você limpe a área e comece marcando os canteiros com estacas, na largura de 1,20 cm e no comprimento que desejar, deixando espaço de 40 cm para passagem. Cave bem a área com o enxadão, a fim de afofar a terra, ela deve ficar com, no mínimo, uns 15 centímetros de altura. Depois disso, desfaça os torrões de areia com a parte traseira da enxada, retirando as pedras, matas e qualquer entulho que possa haver na terra. Em seguida, misture o composto e, por fim, cerque os canteiros com tábuas, paus ou tijolos, para que eles não se desmanchem. Você pode fazer canteiros do tamanho que a sua área permitir, eles podem ser feitos com diferentes materiais como canos, vasos ou caixotes. Confira algumas ideias: Você pode cortar a borda de um pneu, virá-lo ao avesso e pregá- lo numa base de tábuas, estas irão servir como fundo do vaso- canteiro. Depois disso, coloque dentro do vaso-canteiro uma camada de areia grossa ou cascalho, complemente com terra mistura com esterco e faça os furos para que a água vaze. Outra ideia é usar tubos de PVC de 120 centímetros de diâmetro, corte os tubos ao meio para que virem calhas, tampe as bordas dos canos para que a terra não caia e faça furos para circulação da água. Você pode pendurar as calhas no teto com fios de náilon ou arame, fazendo uma horta suspensa. Sementeiras A sementeira é o lugar no qual se planta as sementes de algumas hortaliças para obtenção das mudas que vão, posteriormente, serem transferidas para os canteiros. Saiba como preparar a sementeira: ● Marque o local com estacas; ● Usar uma parte de terra, uma parte de esterco (composto orgânico) e duas partes de areia; ● Misturar bem e peneirar; ● A altura da sementeira deve ser de 10 cm acima do nível do terreno e de 15 cm de profundidade abaixo do mesmo nível; ● A largura deve ser de 1 metro para facilitar o trato de mudas e o comprimento depende da quantidade das sementes que você vai espalhar. É importante destacar que as mudam também podem ser produzidas fora da sementeira, é normal usar copinhos de jornal. Como transplantar as mudas? No plantio transplantado são usadas as mudas que são criadas na sementeira. Para realizar o procedimento você deve selecionar as melhores mudas. O transplante deve ser feito quanto as mudas tiverem de 10 a 15 centímetros e num final de tarde, sem sol. Você deve molhar a sementeira e os canteiros, escolhas as mudas maiores e mais saudáveis e nunca as puxe pelas folhas. O ideal é usar uma colher de muda para retirá-la da sementeira, a raiz deve sair com um torrão de terra e você deve fazer o transplante rapidamente. Depois do transplante, pressione a terra em torno de cada muda para firmar as raízes no novo solo. Além da montagem da horta, faz parte ainda do processo de implementação entender dos procedimentos de tratos culturais, conheça-os: Irrigação: A irrigação da sua horta deve ser feita todo dia à tardinha, sempre que não chover. Deve ser feita cuidadosamente para não arrancar as plantas nem cavar buraco no solo. Afofamento, Amonto e Capinas: Estas três operações são feitas sequencialmente. O objetivo do afofamento é permitir maior penetração de água e ar no solo, a amontoa, por sua vez, visa cobrir raízes que vão ficando descobertas, com a irrigação. Já as capinas são feitas logo após o afofamento, devendo ocorrer antes das plantas sementarem, para reduzir a infestação de ervas daninhas. Desbaste: Esse processo consiste na retirada do excesso de plantas e deve ser realizado quando as hortaliças estiverem com entre 5 e 7cm de altura, deixando-se as mais vigorosas. As melhores plantas arrancadas podem ser replantadas. Adubação: Adubação pode acontecer através de três processos: orgânico, químico e composto. Vamos conhecer um pouco de cada um deles: A adubação Orgânica é feita geralmente com esterco de curral curtido, na proporção de 20 litros por metro quadrado ou 5 litros por cova. Já adubação química é o processo de reposição dos nutrientes que a planta retira do solo ou a complementação das necessidades da cultura. Nesse tipo de adubação, é importante que seja feita análise do solo para colocar as quantidades certas. Caso não seja feita, usar de modo geral, 200 gramas de superfosfato simples e 50 gramas de cloreto de potássio por metro quadrado, na fundação e 20 gramas de ureia, por metro quadrado, a cada 20 dias após a germinação ou transplantio. Deve ser feito irrigação após a aplicação da adubação para que o adubo penetre no solo rapidamente. A adubação também pode ser feita com composto ou esterco líquido. Para preparo do composto deve se escolher um local bem sombreado e ligeiramente inclinado para facilitar a drenagem, depois disso, é feita uma pilha (para fazer a pilha coloca-se uma camada de material orgânico de preferência picado, e em seguida uma camada de esterco). Repete-se a operação até que a pilha atinja 1,5m de altura. Após cada camada, regar bem. Cobrir a pilha com folhas. Deve-se revirar a pilha de 30 em 30 dias. O composto deve estar pronto para ser utilizado no final do terceiro mês e aplicação do é feita na base de 2kg por metro quadrado de canteiro. Já para produção do esterco líquido você deve encher uma vasilha grande até uma altura de duas partes (dois terços) com esterco fresco e completar o recipiente com água. Mexa o conteúdo e deixe descansar por um mês. O caldo resultante deve ser aplicado ao redor da planta, diretamente no solo. Use uma base de quatros litros por metro quadrado de canteiro. A vantagem do esterco líquido ser muito rico em nitrogênio. Combate às pragas e doenças: No cultivo de uma horta, é preciso que haja uma constante vigilância para identificar pragas ou doenças atacando as plantas. Observar as folhas, inclusive suas partes inferiores, caules e frutos, etc. Se a sua horta for pequena, você pode fazer a eliminação das pragas e das plantas doente manualmente, catando-as. Em larga escala, recomenda-se o uso de produtos orgânicos para combater as pragas. Conheça alguns exemplos de produtos: Caldo de Fumo: Para produzi-lo deve-se cortar 20cm de fumo de rolo e colocar de molho em 1 litro de água. Levar ao fogo e deixar em fervura por 30 minutos. Depois de esfriar, coar em pano fino e colocar 3 litros d’água. Adicionar duas colheres de álcool de farmácia e de sabão em pó. O caldo deve ser usado para regar o canteiro um dia sim outro não, até eliminação total das pragas. Macerado de Alho: Deve-se esmagar 4 dentes de alho e juntar a 1 litro d’água. Deixar de molho por doze (12) dias. Acrescentar 10 litros de água e regar sobre as plantas atacadas por pulgão. Manipueira (caldo de mandioca, extraído por ocasião do fabrico da farinha): Deve ser usado fresco, podendo ser guardado até por 6 horas antes da aplicação. O modo de aplicar a manipueira depende do objetivo, confira: ● Para controle de formigas pode- se usar 2 litros de manipueira em cada olheiro do formigueiro. Repetir a aplicação após 5 dias. ● Para Combate às pragas - usar 4 litros de manipueira por metro quadrado, de canteiro, 15 dias antes do plantio. ● No controle de ácaros, pulgões e lagartas - usar uma parte de manipueira, uma parte igual de água e 1% de açúcar ou farinha de trigo. Pulverizar a cada 15 dias. Colheita: Quando a suas hortaliças estiverem prontas para colheita, o procedimento deve ser feito pela manhã, na quantidade necessária para consumo diário. Garantindo assimhortaliças frescas. Renovação do Plantio: É importante que você observe o ciclo de produção, para manter um esquema para plantio escalonado e ter sempre hortaliças frescas. CAPÍTULO 8 - PLANTIO EM LOCAIS SEM ESPAÇO Qualquer pessoa pode ter uma horta em casa, pois, mesmo que não haja muito espaço disponível para as hortas tradicionais, você pode, sem dificuldades, encontrar um espacinho para alguns vasinhos com algumas hortaliças, pode ser na bancada da cozinha, da área de serviço, na varanda, aonde for, de qualquer forma, é perfeitamente possível que você cultive na sua casa. Quando apresentamos os tipos de hortas, alguns capítulos atrás, mostramos que alguns tipos podem ser implementados em pequenos espaços. Agora, nos dedicamos exclusivamente a falar sobre como você pode fazer uma horta quanto tem pouco espaço disponível para seu cultivo. Quando se opta por plantar em pequena escala, uma das vantagens é que muitos dos procedimentos que são necessários para o plantio e cultivo das hortaliças podem ser minimizados, ainda assim, existem algumas questões que precisam ser vistas com cuidado, entre elas a escolha das mudas ou sementes, a escolha dos recipientes para plantio, a escolha do local no qual ficará a horta, a drenagem e a irrigação. A seguir, vamos comentar um pouco sobre cada uma delas para que você possa montar a sua horta em um local com pouco espaço sem problemas: Escolha das mudas ou sementes Procure comprar mudas de boa qualidade, afinal de contas, a qualidade da muda é importante para o bom desenvolvimento da sua horta. Caso seja possível, procure fazer você mesmo o plantio das sementes e cultura das mudas no seu canteiro. Para isso, indicamos que você coloque até três por cova, é importante que a profundidade dessas covas não ultrapasse 1,5 centímetros ou em sulcos que tenham no máximo 1 centímetro de profundidade. Já falamos no capítulo 7 sobre o processo de transposição, mas como nos vasos pequenos o plantio pode ser feito diretamente, (embora seja mais indicado para fazer o plantio nas sementeiras) arranque as mudas mais fracas quando elas apresentarem de três a quatro folhas definitivas. Seja cuidadoso na hora do processo para não afetar as raízes das suas plantas. Vasos para plantio Para realizar o plantio em pequenos espaços que não possuem área de terra descoberta, podem ser usados diversos tipos de materiais, contanto que eles sejam resistentes à umidades. Dessa forma, são usados vasos plásticos, vasos de cerâmica, latas, tubos de plástico, pneus, garrafas pet, potes de vidros, cestas, caixotes de madeira, e até mesmo blocos de concreto. Os recipientes podem ter formas diferentes, mas não devem ser grandes, facilitando assim o transporte e adequando-se ao pequeno espaço. Escolha do Local Já falamos que o cultivo pode ser feito até mesmo num cantinho da sua cozinha, o que importa é que as suas hortaliças recebam sol em pelo menos uma parte do dia (o ideal é que seja por cerca de cinco horas), e que também recebem luminosidade para que possam realizar fotossíntese. Respeitando isso, é possível plantar em corredores externos, sacadas, varandas, janelas, terraços, garagens, etc. Nutrientes e Preparo do Solo Outro ponto importante para sua horta é preparo do solo, afinal de contas, a falta de nutrientes na terra pode atrasar o desenvolvimento da sua hortaliça ou fazer com que ela acabe morrendo. Dessa forma, é preciso que haja muito cuidado com relação ao pH do solo, que deve estar entre 5,5 e 6,5, caso contrário, a raiz não consegue absorver os nutrientes, sendo necessário acrescentar calcário). É ainda necessário observar questões como umidade e temperatura do solo (a faixa favorável à absorção está entre 20°C e 35°C). Saiba como realizar o preparo do solo: 1º) Comece coletando terra de barranco, de 20cm a 30cm de profundidade (essa terra é considerada solo pobre, com pH baixo e livre de sementes de ervas daninha). Peneire bem a terra visando separar as partículas mais finas dos torrões. 2º) Determine um adubo orgânico e um adubo químico para uso. A melhor opção para adubar a sua horta organicamente é o esterco de boi, já o químico pode ser, preferencialmente, granulado NPK 4-14-8, ou termofosfatado). 3º) Para cada 50 litros de terra de barranco, é necessário que você acrescente 100 gramas de calcário ou cal hidratada; 34 litros de esterco de gado ou 17 litros de esterco de galinha; 200 gramas de NPI, 4-14-8 ou 200 gramas de adubo termofosfatado. Irrigação Hortaliças precisam de irrigação constante, por serem plantas de curto ciclo de vida. Dessa forma, faça a irrigação corretamente de acordo com a fase da sua planta: ● Mudas: Precisam de água três vezes por dia, deve-se usar pouca água e o processo deve ser feito três vezes por dia. ● Plantas jovens: Precisam receber água uma vez ao dia, maior volume que nas mudas. ● Plantas adultas: precisam ser aguadas de três a quatro vezes por semana. Fique atento ao clima: Se a temperatura cair, diminua a frequência de irrigação, se aumentar, aumente a frequência para proteger suas plantas. O que plantar? Para locais pequenos, o ideal é que você opte por hortaliças que possuem parte aérea comestível e ciclo de vida curto, como, por exemplo, coentro, cebolinha, salsa, alface, chicória, almeirão, rúcula e espinafre. Também são propícios para pequenos espaços o cultivo de condimentos (alecrim, hortelã, erva cidreira, manjericão, alfavaca) e hortaliças fruto (pimentão, tomate e pimenta). Por outro lado, não é muito recomendado que você faça o cultivo de tubérculos em pequenos espaços, pois eles necessitam de canteiros com maior profundidade. CAPÍTULO 9 - TABELA DE SELEÇÃO DE HORTALIÇAS Saiba agora como determinar quais hortaliças selecionar para plantio em sua horta, considerando o tipo de planta, o espalhamento necessário para plantio, a melhor época para realizar a cultura e quanto tempo leva para colher: HORTALIÇA TIPO DE PLANTA ESPAÇAMENTO (cm) Abobrinha Italiana cova 100x60 Acelga definitivo 20x40 Alface Inverno sementeira 25x25 ou 30x30 Alface verão Sementeira 25x25 ou 30x30 Almeirão Definitivo 25x15 Berinjela Em saquinhos 150x80 Beterraba definitivo 20x10 Brócolis Inverno sementeira 100x50 Brócolis verão sementeira 100x50 Cebola 40x10 Cebolinha 40x05 Cenoura Inverno Definitivo 20x05 Cenoura Verão Definitivo 20x05 Chicória Sementeira 30x30 Coentro Definitivo 20x10 Couve manteiga Sementeira 100x50 Couve-flor inverno Sementeira 80x50 Couve-flor verão Sementeira 80x50 Espinafre Definitivo 25x05 Feijão Vagem Covas 100x60 Jiló Sementeira 120x80 Nabo Definitivo 30x15 Pepino covas 100x60 Pimentão Sementeira 100x40 Quiabo Definitivo 100x10 Rabanete Definitivo 20x08 Repolho de Inverno Sementeira 60x40 Rúcula Definitivo 20x05 Salsa Definitivo 30x10 Tomate Sementeira 80x60 Já na tabela a seguir, você conhece algumas informações sobre o plantio dessas hortaliças e quais as melhores opções para rotacionar o plantio: HORTALIÇA MELHOR ROTAÇÃO Abobrinha Italiana Cereais Acelga Alface Inverno Repolho, cenoura, berinjela Alface verão Repolho, cenoura, berinjela Almeirão Repolho, cenoura, berinjela Berinjela Ervilha, repolho, cenoura, quiabo Beterraba Repolho, alface, cenoura, berinjela Brócolis Inverno Hortaliça de outra família** Brócolis verão Hortaliça de outra família** Cebola Cebolinha Cenoura Inverno Hortaliça de outra família** Cenoura Verão Hortaliça de outra família** Chicória Repolho, Cenoura, Feijão Coentro Hortaliça de outra família** Couve manteiga Hortaliça de outra família** Couve-flor inverno Hortaliça de outra família** Couve-flor verão Hortaliça de outra família** Espinafre Feijão Vagem Tomate, repolho, alface, cenoura Jiló Nabo Pepino Repolho. Evitar mesma família. Pimentão Repolho, cenoura, quiabo Quiabo Feijão Rabanete Brócolis Repolho de Inverno Vagem, quiabo, berinjela, tomate RúculaSalsa Tomate Abobrinha, couve- flor, repolho **Família Crucífera: rúcula, couve, repolho, brócolis, rabanete, nabo. **Família Umberlliferae: coentro, cenoura, salsa. **Família Cucurbitácea: pepino, abóbora, abobrinha italiana. 10 - CONCLUSÕES Falamos neste e-book sobre as vantagens de ter uma horta na sua casa. Plantar em casa garante uma maior concentração de vitaminas e nutrientes, além de hortaliças frescas e mais saborosas. E não é só a sua saúde física que sai ganhando, o cultivo é também, como já explicamos, uma atividade que pode fazer maravilhas pela sua saúde mental. Outra vantagem de ter uma horta em casa é que você está contribuindo para reduzir a taxa de emissão de poluentes no planeta, poluição advinda das agressões ao solo por procedimentos químicos usados no plantio industrial, e ainda poluentes relacionados ao transporte de dos alimentos. Sem contar que as hortas caseiras são também uma forma excelente de reciclar vasilhames, já que você pode usar diferentes materiais, como já falamos no capítulo sobre o plantio em pequenos espaços (Capítulo 8). Ensinamos aqui tudo que você precisa saber para implementar a sua horta, desde a escolha do local, que hortaliças melhor se adequam ao seu espaço e às condições (luz, umidade, etc.), preparo do solo, adubagem, irrigação, até o momento da colheita e o processo de replantio. Sendo assim, esperamos que este material tenha sido de grande ajuda, e que você esteja pronto para começar a implementar a sua horta. Agora é hora de colocar a mão na terra! CAPÍTULO 1 - O QUE SÃO HORTALIÇAS? CAPÍTULO 2 - IMPORTÂNCIA DAS HORTALIÇAS NA ALIMENTAÇÃO CAPÍTULO 3 - CLASSIFICAÇÃO DAS HORTALIÇAS CAPÍTULO 4 - TIPOS DE HORTAS No capítulo anterior apresentamos as formas de classificação das hortaliças e discutimos um pouco sobre o processo de plantio. Agora, vamos conversar sobre os tipos de hortas existente para que você identifique que tipo melhor se adequa ao seu espaço e necessidade. CAPÍTULO 6 - TIPOS DE FERRAMENTAS PARA HORTAS CAPÍTULO 7 - IMPLANTAÇÃO DA HORTA CASEIRA CAPÍTULO 8 - PLANTIO EM LOCAIS SEM ESPAÇO CAPÍTULO 9 - TABELA DE SELEÇÃO DE HORTALIÇAS
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