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181_METEOROLOGIA_E_CLIMATOLOGIA_VD2_Mar_2006

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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA
Mário Adelmo Varejão-Silva
Versão digital 2 – Recife, 2006
aproximadamente, às cores índigo e azul);
- de 0,51 a 0,61 µ, abrangendo praticamente as cores verde e amarela, exercem pouca
influência no processo fotossintético;
- de 0,61 a 0,72 µ, coincidem aproximadamente com as cores laranja e vermelha e pos-
suem acentuada ação fotossintética;
- de 0,72 a 1,0 µ, interferem na elongação, floração, coloração dos frutos e germinação
das sementes;
- acima de 1 µ, ao que se sabe, não exercem nenhum papel especial. Quando absorvidas
são usadas nos processos bioquímicos. 
O caso da alface (Lactuca sativa) ilustra bem o efeito da radiação sobre a germinação
de sementes fotossensíveis. Ao serem submetidas à energia radiante de comprimento de onda
em torno de 0,73 µ, as sementes de alface têm sua germinação inibida. Essa inibição é susta-
da quando as mesmas sementes são expostas à radiação com cerca de 0,66 µ de compri-
mento de onda (Felippe, 1969). A situação pode ser revertida repetidas vezes, alterando-se
apenas o comprimento de onda da radiação incidente. 
1.2 - Absorção e emissão de energia radiante.
Todo corpo cuja temperatura esteja acima de 0 K emite e absorve radiação (Princípio de
Prevot).
Para que se possa compreender melhor a absorção e a emissão de energia eletromag-
nética deve-se partir da estrutura atômica. Em um átomo, os elétrons assumem características
vibratórias específicas, cada qual correspondendo a um estado de energia muito bem definido.
O mais baixo deles constitui o estado fundamental, os demais são ditos excitados. Quanto
maior for o grau de excitação de um elétron, mais afastada do núcleo estará a sua "esfera vi-
bratória" e maior sua energia. No entanto, um elétron não pode assumir qualquer estado de
excitação. Assim, apenas certos níveis discretos de energia são possíveis.
A passagem de um elétron excitado de um nível de energia (E2) para o imediatamente
inferior (E1) só acontece se houver emissão de uma pequena (mas finita) quantidade de radia-
ção, chamada quantum (∆E). A quantidade de energia emitida é diretamente proporcional à
freqüência (υ) da radiação produzida durante essa mudança de nível:
∆E = E2 – E1 = h υ (V.1.1)
sendo h = 6,63x10-34 J s (a constante de Planck).
De modo inteiramente análogo, a passagem do elétron de um estado de excitação (E1)
para outro (E2), imediatamente superior, implica a absorção da mesma quantidade de radiação
(∆E) consumida no processo inverso. O estado de excitação pode ser tão elevado a ponto de
provocar a liberação do elétron, transformando o átomo em um íon, fenômeno conhecido como
fotoionização. 
A absorção e a emissão radiativas não estão apenas associadas à transição de estados
de energia de elétrons. São definidos, também, outros níveis energéticos (igualmente discretos,

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