Atividade SOI 16-S

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FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DO PARÁ
CURSO DE MEDICINA
SERGIO MENDES DUTRA
INTOLERÂNCIA À LACTOSE
Atividade semana 16, apresentada à disciplina de SOI-I/TIC'S, ministrada pelo Professor(a) Marcello Shmidt Silveira, com requisito de obtenção de nota.
MARABÁ
2021
SUMÁRIO
1. Motivo da diarreia em pacientes com intolerância à lactose e derivados	3 
2. Causa da intolerância à Lactose	3
3. Exame capaz de diagnosticar a intolerância à lactose	3
Referências	5
1. Qual o motivo da diarreia que ocorre nos pacientes portadores de Intolerância à Lactose após o consumo de derivados do leite?
A intolerância à lactose é a incapacidade total ou parcial do organismo de produzir a lactase. A enzima lactase ela faz a quebra da lactose e quando a lactose não é hidrolisada, ela não é absorvida no intestino delgado e passa rapidamente para o cólon e lá ela fermentada pela flora intestinal, com isso a lactose é convertida em ácidos graxos de cadeia curta, gás carbônico e gás hidrogênio pelas bactérias da flora. 
Os ácidos graxos são absorvidos pela mucosa do cólon, desta forma recuperando a lactose mal absorvida para utilização energética. Com a presença da lactose não absorvida ocorre a produção de flatulências devido a fermentação e traz ao indivíduo sensação de desconforto e dor abdominal causado pela distensão intestinal. O ácido lático produzido e passa a ocorre no lúmen intestinal um aumento da pressão osmótica, retendo água e aumentando o fluxo intestinal, resultando em fezes amolecidas e diarreia. 
2. Qual o motivo desta intolerância?
O processo digestivo de pessoas sem intolerância à lactose, o açúcar lactose é quebrado em duas hexoses simples (galactose e glicose) pela enzima lactase. Já em pessoas que desenvolveram intolerância à lactose, ocorre uma baixa ou inexistente produção de enzima lactase, o que impede a catálise do dissacarídeo em dois monossacarídeos. Se trata de uma doença é bastante comum na fase adulta do ser humano por questões naturais, podendo ser permanente (primária) ou temporária (secundária) e apresentando vários níveis de intolerância à lactose em algumas pessoas.
3. Existe algum exame capaz e fazer o diagnóstico deste problema?
Estão disponíveis alguns exames que auxiliam no diagnóstico quando há suspeita clínica de sintomas abdominais decorrentes da má absorção de lactose abaixo descrever alguns.
Biópsia intestinal: É feito a coleta de uma amostra de biópsia do intestino delgado para ser analisadas, quanto atividade da lactase, devido a quantidade da enzima lactase no intestino delgado ser irregular, pode levar o resultado a um falso-negativo. Além disso, o exame é invasivo, e não costuma fazer parte da prática clínica diária.
Teste de tolerância à lactose: Método: envolve a coleta de amostras seriadas de sangue após a ingestão de uma carga de 50g de lactose. A digestão da lactose determina a elevação da glicose no sangue, e a ausência de tal aumento indica falha na absorção da lactose.
Interpretação: Um aumento da glicose sanguínea de pelo menos 20 mg/dL a partir dos valores basais indica digestão adequada da lactose e absorção dos monossacarídeos individualmente. Em pacientes com intolerância à lactose o teste pode desencadear o aparecimento de sintomas gastrointestinais graves.
Teste respiratório de hidrogênio: Método simples e não invasivo de avaliação da má absorção de lactose. Administra-se 25g de lactose, seguido da medição da excreção de hidrogênio na respiração por 3 a 4 horas.
Interpretação: o resultado é positivo para má digestão quando a excreção de hidrogênio na respiração excede 20 partes por milhão, resultante da fermentação bacteriana intraluminal de lactose não absorvida e não digerida.
O teste é 78% sensível e 98% específico para o diagnóstico de má absorção de lactose, porém não está amplamente disponível na prática clínica diária, além de apresentar algumas limitações como:
· Teste falso-negativo: pode ser decorrente da incapacidade da flora colônica produzir H2 após a ingestão de carboidratos não absorvíveis, ou após uso recente de antibióticos;
· Teste falso-positivo: é menos frequente. Deve-se principalmente ao crescimento excessivo de bactérias no intestino delgado ou à microflora oral anormal.
Teste genético: Realizar testes genéticos tem pouca aplicabilidade no diagnóstico de intolerância à lactose.
Referencias
MATTAR, Rejane; MAZO, Daniel Ferraz de Campos. Intolerância à lactose: mudança de paradigmas com a biologia molecular. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 56, n. 2, p. 230–236, 2010. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/ramb/a/LzYNt4zJkPy4rMznyctzRwM/abstract/?lang=pt>. Acesso em: 9 Jun. 2021.
ROSANE, Carla. Intolerância à lactose: uma breve revisão para o cuidado nutricional. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 6, n. 3, 2021. Disponível em: <https://www.revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/1190>. Acesso em: 9 Jun. 2021.
‌ ZANINELLI, Daniele. Qual a melhor abordagem clínica na intolerância à lactose? PEBMED. Disponível em: <https://pebmed.com.br/qual-a-melhor-abordagem-clinica-na-intolerancia-a-lactose/>. Acesso em: 9 Jun. 2021.
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