Buscar

AULA 02 - PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS - PARTE 01 resp

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 02 - PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS 
Os Princípios Orçamentários visam estabelecer diretrizes norteadoras básicas, a fim de conferir 
racionalidade, eficiência e transparência para os processos de elaboração, execução e controle 
do orçamento público. Válidos para os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todos os entes 
federativos – União, estados, Distrito Federal e municípios – são estabelecidos e disciplinados por 
normas constitucionais, infraconstitucionais e pela doutrina. 
Maria Sylvia Di Pietro (2015) ao tratar dos princípios administrativos, ensina que “princípios de uma 
ciência são as proporções básicas, fundamentais, típicas, que condicionam todas as estruturas 
subsequentes”. 
Paludo (2020) em sua obra nos diz que os princípios orçamentários são o REGRAMENTO BÁSICO 
para todo o processo orçamentário (elaboração, execução e controle/avaliação) e visam assegurar- 
lhe racionalidade, eficiência e transparência, mas não têm caráter absoluto, visto que apresentam 
exceções. 
 
ATIVIDADES 
1. Os Princípios Orçamentários visam estabelecer diretrizes 
norteadoras básicas, a fim de conferir para os 
processos de elaboração, execução e controle do orçamento público. Assinale a alternativa que 
complete o texto corretamente. 
a) tempestividade, competência e eficácia 
b) exclusividade, competência e eficiência 
c) legalidade, racionalidade e plurianualidade 
d) racionalidade, eficiência e transparência 
e) atividade, transparência e efetividade 
 
2. Julgue o item a seguir, a respeito de princípios orçamentários. 
 Princípios orçamentários são regras constitucionais que norteiam a elaboração da proposta orçamentária 
 
3. Princípios orçamentários devem ser observados na elaboração, execução e no controle do 
orçamento público, para que 
a) a aplicação dos recursos públicos ocorra rigorosamente dentro da lei. 
Certo.
 
 
b) o equilíbrio financeiro permaneça em sintonia com o orçamento aprovado. 
c) o controle externo seja orientado por esses princípios. 
d) os balanços econômicos, patrimoniais e financeiros sejam fidedignos. 
e) haja racionalidade, eficiência e transparência nos processos orçamentários. 
 
UNIDADE OU TOTALIDADE 
Esse é um princípio está expresso pelo artigo 2º da Lei nº 4.320/1964 e determina a existência de 
orçamento único para cada um dos entes federados – União, estados, Distrito Federal e 
municípios – com a finalidade de se evitarem múltiplos orçamentos paralelos dentro da mesma 
pessoa política. O orçamento deve ser UNO, e no âmbito de cada esfera de governo deve existir 
apenas um orçamento para o exercício financeiro. Dessa forma, todas as receitas previstas e 
despesas fixadas, em cada exercício financeiro, devem integrar um único documento legal dentro 
de cada esfera federativa: a Lei Orçamentária Anual (LOA). 
A LOA, apesar de ser uma Lei, é o Orçamento propriamente dito. Por exemplo, o Município que você 
mora tem a sua LOA, o seu Estado também tem uma LOA própria, etc. 
Conforme dito, esse princípio está no art. 2º da Lei 4.320/1964, mas ele também foi consagrado pela 
Constituição Federal de 1988 (art. 165, § 5º) que diz: 
 
“A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a 
maioria do capital social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, 
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo 
Poder Público.” 
Portanto, a Lei Orçamentária compreende: 
a) Orçamento Fiscal 
b) Orçamento de Investimento das Estatais 
c) Orçamento da Seguridade Social 
Esse princípio é também chamado de TOTALIDADE pelo fato de a Lei Orçamentária compor esses 
três orçamentos. 
 
 
 
 
Por fim, é importante destacar que não há exceção a esse princípio no atual modelo orçamentário 
adotado na Constituição Federal de 1988. 
4. Quando se determina que todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício financeiro, 
devem integrar um único documento legal dentro de cada esfera federativa, trata-se da aplicação do 
princípio orçamentário 
a) da anualidade. 
b) da exclusividade. 
c) da universalidade. 
d) da unidade. 
e) do equilíbrio. 
 
 
 
5. Os Princípios Orçamentários visam estabelecer diretrizes norteadoras básicas, a fim de conferir 
racionalidade, eficiência e transparência para os processos de elaboração, execução e controle do 
orçamento público, que são válidos a todos os poderes e entes da Federação. Nesse sentido, aquele 
que determina a existência de orçamento único para cada um dos entes federados – União, estados, 
Distrito Federal e municípios –, com a finalidade de se evitarem múltiplos orçamentos paralelos 
dentro da mesma pessoa política, é o princípio 
a) da Unidade. 
b) do Consolidado. 
c) da Universalidade. 
d) da Exclusividade. 
e) do Orçamento Bruto. 
 
 
6. Haverá respeito às exigências do princípio orçamentário da unidade caso o orçamento contenha, 
em um único documento, todas as receitas e despesas de um mesmo 
Resumindo: 
 UNIDADE  Um Orçamento Anual por esfera de governo; 
 TOTALIDADE  O Orçamento Anual inclui: Orçamento Fiscal, Orçamento de Investimento 
das Estatais e Orçamento da Seguridade Social. 
 
 
a) poder republicano. 
b) ente da Federação. 
c) plano orçamentário. 
d) ordenador de despesa. 
e) órgão setorial de planejamento. 
 
 
 
UNIVERSALIDADE 
O princípio da Universalidade está previsto pelos artigos 2º, 3º e 4º da Lei nº 4.320/1964, bem como 
no § 5º do artigo 165 da Constituição Federal de 1988. 
 
“Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a 
política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de 
unidade universalidade e anualidade. 
[...] 
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá TODAS as receitas, inclusive as de operações de crédito 
autorizadas em lei. 
[...] 
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá TODAS as despesas próprias dos órgãos do Governo e 
da administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto 
no artigo 2°.” 
 
Ele determina que a LOA de cada ente federado deverá conter TODAS as receitas e despesas de 
TODOS os poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder 
Público, e nenhuma instituição governamental deve ficar afastada do orçamento. 
O grande mestre da área de Orçamento Público, James Giacomoni (2017), nos diz que o princípio 
da Universalidade permite ao Legislativo: 
 conhecer a priori todas as receitas e despesas do Governo e dar prévia autorização para a 
respectiva arrecadação e realização; 
 
 
 impedir ao Executivo a realização de qualquer operação de receita e despesa sem prévia 
autorização parlamentar; 
 conhecer o exato volume global das despesas projetadas pelo Governo, a fim de autorizar a 
cobrança dos tributos estritamente necessários para atendê-las. 
 
Segundo Paludo (2020), são exceções ao princípio da Universalidade: 
 O orçamento operacional das empresas estatais INDEPENDENTES; e 
 Ingressos (entradas) e dispêndios (saídas) extraorçamentários. 
 
 
 
 
 
7. Todas as receitas e despesas orçamentárias do Poder Legislativo Estadual devem ser, 
respectivamente, previstas e fixadas na Lei Orçamentária Anual do 
a) Poder Legislativo, em atendimento ao princípio orçamentário da exclusividade. 
b) ente estadual do qual é parte, em atendimento ao princípio orçamentário da universalidade. 
c) ente estadual do qual é parte, em atendimento ao princípio orçamentário da eficiência. 
d) Poder Legislativo, em atendimento ao princípio orçamentário da transparência. 
e) Poder Legislativo,em atendimento ao princípio orçamentário da não vinculação da receita 
de impostos. 
 
Resumindo: 
 Todas as receitas e despesas devem ser inclusas na LOA 
 Nenhuma instituição pública deve ficar de fora do Orçamento 
 Nenhuma despesa pode ser realizada sem autorização legislativa 
 Exceções: 
o empresas estatais independentes; e 
o ingressos/dispêndios EXTRAorçamentários 
 
 
 
 
 
8. O artigo 3º da Lei no 4.320/64 dispõe que “a lei do orçamento compreenderá todas as receitas, 
inclusive as operações de crédito autorizadas em lei”. Essa norma veicula o princípio orçamentário 
da 
a) Universalidade. 
b) Anualidade. 
c) Unidade. 
d) Exclusividade. 
e) Programação. 
 
 
 
9. Caso certo município deixar de incluir na lei orçamentária anual uma determinada despesa que 
pretenda efetuar na execução do orçamento, certamente haverá afronta ao princípio orçamentário 
da 
a) universalidade. 
b) unidade. 
c) especialização. 
d) clareza. 
e) exclusividade. 
 
 
 
 
 
 
ANUALIDADE OU PERIODICIDADE 
Regido pelo caput do art. 2º da Lei 4.320/1964, o princípio da anualidade ou periodicidade delimita 
o exercício financeiro orçamentário: período de tempo ao qual a previsão das receitas e a fixação 
das despesas registradas na LOA irão se referir. 
 
“Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a 
política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de 
unidade universalidade e anualidade. [...] 
 
Ainda, segundo o art. 34 da Lei 4.320/1964, o exercício financeiro coincidirá com o ano civil, ou 
seja, de 1º de janeiro a 31 de dezembro de cada ano. 
 
“Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil. [...]” 
 
Paludo (2020) em sua obra nos diz que o princípio da anualidade apregoa que as estimativas de 
receitas e as autorizações de despesas devem referir-se a um período LIMITADO de tempo, em geral, 
um ano ou o chamado “exercício financeiro”, que corresponde ao período de vigência do 
orçamento. 
No site da Câmara dos Deputados temos uma exceção ao princípio da anualidade/periodicidade. A 
exceção se dá nos créditos especiais e extraordinário autorizados nos últimos quatro meses do 
exercício, que podem ser reabertos nos limites de seus saldos, no ano seguinte, incorporando-se 
ao orçamento do exercício subsequente (num momento oportuno vou falar dos créditos adicionais, 
por enquanto lembre-se dessa exceção). 
Além da exceção dita no parágrafo anterior, recentemente surgiu mais uma. Com o advento da 
Emenda Constitucional 102/2019, ficou permitido inserir na LOA previsões de despesas para 
exercícios seguintes, para investimentos plurianuais ou daqueles em andamento. 
 
Não confunda, futuro(a) Contador(a), o princípio da anualidade orçamentária com a anualidade 
tributária (isso já foi cobrado em prova). A anualidade orçamentária diz respeito ao período de 
 
 
vigência do orçamento. Já a anualidade tributária (não recepcionada pela Constituição de 1988) 
consistia na autorização para a arrecadação das receitas previstas na LOA. 
 
A título de curiosidade, este princípio tem origem na Idade Média, quando a lei orçamentária 
autorizava a cobrança anual dos impostos. A autorização periódica do Parlamento permite, dessa 
forma, a revisão e o acompanhamento da dinâmica das contas públicas. A coincidência que ocorre 
no Brasil entre o exercício financeiro e o ano civil pode não acontecer em outros países. Na 
Itália e na Suécia o exercício financeiro começa em 1/7 e termina em 30/6. Na Inglaterra, no Japão 
e na Alemanha o exercício financeiro vai de 1/4 a 31/3. Nos Estados Unidos começa em 1/10, 
prolongando-se até 30/9. 
 
 
 
 
Resumindo: 
 Anualidade/Periodicidade: período de vigência do Orçamento (LOA). 
 Coincide com o ano civil – 01/jan a 31/dez 
 Anualidade Orçamentária ≠ Anualidade Tributária 
 Exceções: 
o créditos especiais e extraordinário autorizados nos últimos quatro meses do exercício; 
e 
o EC 102/2019: previsões de despesas para exercícios seguintes, para investimentos 
plurianuais ou daqueles em andamento. 
10. A respeito do plano plurianual (PPA), da lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e da lei 
orçamentária anual (LOA), julgue o item a seguir. 
Vige no ordenamento jurídico brasileiro o princípio da anualidade orçamentária: nenhum tributo 
será cobrado no exercício financeiro sem prévia autorização orçamentária. 
 Certo.
 
 
 
 
 
 
 
EXCLUSIVIDADE 
Previsto no § 8º do art. 165 da Constituição Federal de 1988, estabelece que a LOA não conterá 
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa (ou seja, a LOA só pode tratar 
de receitas e despesas). As exceções a essa proibição são: 
 autorização para abertura de créditos suplementares (somente os suplementares); e 
 contratação de operações de crédito (empréstimos), ainda que por antecipação de receitas 
orçamentárias (ARO), nos termos da lei. 
O princípio da exclusividade VEDA a inserção de matéria estranha em leis orçamentárias. 
Assim, não pode o texto da LOA instituir tributo, por exemplo, nem qualquer outra determinação 
que fuja às finalidades específicas de previsão de receita e fixação de despesa. Pode ser também 
chamado de princípio da PUREZA, conforme listado no site da Câmara dos Deputados. 
Paludo (2020) em sua obra cita Claudiano Albuquerque, Marcio Medeiros e Paulo H. Feijó (2008). 
Eles explicam que o princípio da exclusividade foi consagrado pela reforma constitucional de 1926 
e sua adoção visava pôr fim às chamadas “caudas orçamentárias” ou, como Ruy Barbosa 
denominava, “orçamentos rabilongos”. Segundo esse princípio, o orçamento deve conter apenas 
matéria orçamentária, não incluindo em seu projeto de lei assuntos estranhos. 
O fato de a LOA ser veiculada de forma célere no Legislativo, dado o prazo constitucional para sua 
apreciação, gerou, no passado, comportamentos oportunistas. Tanto o Executivo, quanto o 
Legislativo, buscavam inserir matérias estranhas na lei orçamentária. Por isso o princípio surgiu. 
 
11. A respeito de orçamento público, julgue o próximo item. 
O exercício financeiro do governo federal poderá ter início no dia 1.º de abril de determinado ano, 
desde que termine no dia 31 de março do ano seguinte, em respeito ao princípio da anualidade. 
 
 
12. De acordo com os princípios que regulam o orçamento público, julgue o item seguinte. 
O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um único exercício financeiro. 
Errado.
Errado.
 
 
 
 
 
 
13. Sobre o orçamento público, assinale a afirmativa em que a hipótese narrada afronta um 
princípio orçamentário. 
a) Lei orçamentária discrimina valores detalhados ao invés de prever apenas os montantes 
globais de forma genérica. 
b) Lei orçamentária dispõe sobre receitas, despesas e sobre extinção de cargos públicos na 
Administração Pública estadual. 
c) Lei orçamentária proíbe a vinculação de receitas de imposto a órgão, fundo ou despesa nos 
termos da previsão constitucional. 
d) Lei orçamentária é divulgada de forma ampla, transmitindo a qualquer pessoa informações 
sobre arrecadação da receita e execução da despesa. 
 
14. Conforme previsão constitucional, a lei orçamentária anual (LOA) deve conter apenas 
dispositivos relativos à previsão da receita e à fixação da despesa, ressalvada a possibilidade, nos 
termos da lei, de dispor sobre a autorização para abertura de crédito suplementar e contratação de 
operações de crédito. Esse dispositivo constitucional obedece ao princípio da 
a) universalidade. 
b) exclusividade. 
c) publicidade. 
d) legalidade. 
e) totalidade. 
 
15. O orçamento público é uma lei que abrange uma previsão de receitas e a fixação das despesas 
para o próximo período e está sujeito a alguns princípios denominados Princípios Orçamentários. 
Resumindo: 
 LOA não conterá dispositivo estranho a previsão de receita e fixação de despesas; 
 Evita-se ascaudas orçamentárias ou orçamentos rabilongos; 
 Exceções: 
o Autorização para abertura de crédito SUPLEMENTAR; e 
o Autorização para contratação de OPERAÇÕES DE CRÉDITOS, ainda que por ARO. 
 
 
Tendo em vista essas informações, considere que uma proposta de lei orçamentária defina em seu 
texto as normas para privatização de empresas do governo e assinale a alternativa correta entre as 
apesentadas a seguir. 
a) Não fere nenhum princípio, pois estas normas dizem respeito aos processos necessários para 
obtenção das receitas orçamentárias. 
b) Seria antieconômica a longo prazo, por estar se desfazendo do patrimônio público. 
c) Fere o princípio da anualidade, pois toda forma de arrecadação pelo estado deveria ser 
definida no ano anterior à sua vigência. 
d) Deveria estar de acordo com o Plano Plurianual do próximo executivo da área orçada. 
e) Estaria em desacordo com o princípio da exclusividade. 
 
 
ORÇAMENTO BRUTO 
Previsto pelo art. 6º da Lei 4.320/1964, obriga registrarem-se receitas e despesas na LOA pelo valor 
TOTAL e BRUTO, sem qualquer tipo de dedução. Portanto, exige a inclusão de receitas e 
despesas pelos valores totais e impede, veda, proíbe a inclusão de valores líquidos. 
Este princípio clássico surgiu juntamente com o da universalidade, visando ao mesmo objetivo. 
Todas as parcelas da receita e da despesa devem aparecer no orçamento em seus valores 
brutos, sem qualquer tipo de dedução. A intenção é a de impedir a inclusão de valores líquidos 
ou de saldos resultantes do confronto entre receitas e as despesas de determinado serviço público. 
 
 
Resumindo: 
 Receitas e despesas na LOA devem estar pelos seus valores BRUTOS, sem qualquer dedução; 
 Proíbe inclusão de receitas e despesas pelos valores líquidos. 
 
 
 
16. Relativamente a tópicos específicos de finanças públicas, julgue o item a seguir. 
A arrecadação de impostos compartilhados com diversos entes da Federação deve ser contabilizada 
no âmbito do ente arrecadador pelo seu valor líquido, descontados os valores pertencentes aos 
demais entes. 
Errado.
 
 
 
 
 
17. De acordo com o princípio orçamentário do orçamento bruto, um ente público municipal deve 
registrar as receitas e as despesas na Lei Orçamentária Anual pelo valor total e bruto, vedadas 
quaisquer deduções. 
 
 
 
18. De acordo com o princípio orçamentário 
a) da publicidade, um ente público municipal deve publicar relatórios sobre sua gestão fiscal ao 
final de cada bimestre. 
b) da exclusividade, o exercício financeiro orçamentário de um ente público municipal deve 
coincidir com o ano civil. 
c) da exclusividade, o Poder Executivo municipal deve fazer ou deixar de fazer somente aquilo 
que o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentária e a Lei Orçamentária Anual 
expressamente autorizarem. 
d) do orçamento bruto, um ente público municipal deve registrar receitas e despesas na Lei 
Orçamentária Anual pelo valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções. 
e) da especificação, a Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da 
receita e à fixação da despesa, exceto a autorização para a abertura de crédito suplementar. 
 
Certo.
 
 
 
 
 
LEGALIDADE 
Segundo ensina Paludo (2020), o princípio da legalidade exige que o gestor público observe os 
preceitos e normas legais aplicáveis à arrecadação de receitas e à realização de despesas. Por 
este princípio, o orçamento anual, ao final de sua elaboração, deve ser aprovado pelo Poder 
Legislativo respectivo, tornando-se uma Lei. Também deve ser objeto de Lei as Diretrizes 
Orçamentárias e o Plano Plurianual (art. 165 da CF/1988), bem como os créditos adicionais. 
Pelo MCASP 8ª edição, esse princípio apresenta o mesmo fundamento do princípio da legalidade 
aplicado à administração pública, segundo o qual cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer 
somente aquilo que a lei expressamente autorizar, ou seja, subordina-se aos ditames da lei. 
A Constituição Federal de 1988, no art. 37, estabelece os princípios explícitos da administração 
pública, dentre os quais o da legalidade e, no seu art. 165, estabelece a necessidade de formalização 
legal das leis orçamentárias: 
 
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais.” 
 
O art. 166 da Constituição Federal de 1988 ainda dispõe que: "Os projetos de lei relativos ao plano 
plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados 
pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum." 
Historicamente, sempre se procurou dar um cunho jurídico ao orçamento, ou seja, para ser legal, 
tanto as receitas e as despesas precisam estar previstas a Lei Orçamentária Anual. A aprovação do 
orçamento deve observar processo legislativo porque trata-se de um dispositivo de grande 
interesse da sociedade. 
 
 
O princípio da legalidade é intrínseco ao estado de direito. O Poder Público somente pode agir e 
executar os planos de estado naquilo que a lei expressamente autorizar, de forma que a 
administração pública encontra-se subordinada à lei. 
 
 
 
 
19. “Os Princípios Orçamentários visam estabelecer diretrizes norteadoras básicas, a fim de conferir 
racionalidade, eficiência e transparência para os processos de elaboração, execução e controle do 
orçamento público. Válidos para os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todos os entes 
federativos – União, Estados, Distrito Federal e Municípios – são estabelecidos e disciplinados por 
normas constitucionais, infraconstitucionais e pela doutrina” (MCASP, 2019, p. 28). Considerando o 
seguinte enunciado “[...] cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei 
expressamente autorizar, ou seja, subordina-se aos ditames da Lei”. Para o cumprimento desse 
princípio, o Poder Executivo deverá estabelecer o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os 
orçamentos anuais. O enunciado refere-se ao Princípio 
a) da Unidade. 
b) da Legalidade. 
c) da Exclusividade. 
d) da Universalidade. 
 
Resumindo: 
 Cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei expressamente 
autorizar; 
 As Leis Orçamentárias são: PPA, LDO e LOA; 
 O Executivo propõe as Leis Orçamentárias, o Legislativo vota e aprova (rejeita). 
 
 
20. Todo o processo do orçamento público está orientado por princípios sobre os quais é correto 
afirmar que: 
a) As deduções devem ser consideradas apenas para o balanceamento das transferências 
intragovernamentais por força do princípio do orçamento bruto. 
b) A proibição à realização de despesas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais 
decorre do princípio da legalidade. 
c) Segundo o princípio da discriminação, a lei de orçamento não consignará dotações globais 
destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, programas especiais 
de trabalho que não possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução de 
despesa, serviços de terceiros e transferências. 
d) Pelo princípio da exclusividade, a lei de orçamento anual não conterá dispositivo estranho à 
previsão da receita e à fixação da despesa, excetuando-se, porém, a autorização para abertura 
de créditos suplementares e especiais. 
e) Deverá existir um único orçamento para o ente da Federação por força do princípio da 
universalidade. 
 
 
 
PUBLICIDADE 
Princípio básico da atividade da Administração Pública no regime democrático, está previsto no 
caput do art. 37 da Magna Carta de 1988. Justifica-se especialmente pelo fato de o orçamento ser 
fixado em lei, sendo esta a que autoriza aos Poderes a execução de suas despesas. Tem o OBJETIVO 
de levar ao conhecimento de todos os atos praticados pela Administração. A publicidade legal 
faz-se através do DIÁRIO OFICIAL, podendo também abranger jornais, internet etc. O conteúdo 
orçamentáriodeve ser divulgado (publicado) nos veículos oficiais de comunicação para 
conhecimento do público e para eficácia de sua validade. 
A publicação torna mais transparente o montante, a destinação e a utilização dos créditos 
orçamentários, e demonstra onde, como, em que e para que foram utilizados os recursos públicos, 
e quais os resultados obtidos. Além disso, facilita a fiscalização pelos órgãos de controle e pela 
sociedade como um todo. 
 
 
 
 
 
 
TRANSPARÊNCIA 
Aplica-se também ao orçamento público, pelas disposições contidas nos arts. 48, 48-A e 49 da LRF, 
que determinam ao governo, por exemplo: divulgar o orçamento público de forma ampla à 
sociedade; publicar relatórios sobre a execução orçamentária e a gestão fiscal; disponibilizar, 
para qualquer pessoa, informações sobre a arrecadação da receita e a execução da despesa. 
De acordo com o art. 48 da LRF, são “instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será 
dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e 
leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório 
Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses 
documentos.” 
Assim, conforme ensina Paludo (2020), os ITENS DA LRF tanto podem ser cobrados dentro do 
princípio da PUBLICIDADE ou separadamente como princípio da TRANSPARÊNCIA e visam 
criar condições para o exercício do controle social sobre os gastos públicos. 
 
 
 
21. Os princípios orçamentários norteiam a elaboração e a execução do orçamento público e são 
válidos para todos os poderes e todos os níveis de governo. A respeito desses princípios, julgue o 
item subsequente. 
Em decorrência da inconstância na publicação dos instrumentos orçamentários legais, o princípio 
da publicidade não tem sido formalmente cumprido pela administração pública federal. 
Resumindo: 
 Transparência reforçada pelos itens da Lei de Responsabilidade Fiscal 
 Orçamento como instrumento de transparência da gestão fiscal 
 Itens da LRF tanto podem ser cobrados dentro do princípio da PUBLICIDADE ou 
separadamente como princípio da TRANSPARÊNCIA 
 Criam condições para o exercício do controle social sobre os gastos públicos. 
Resumindo: 
 Princípio básico da atividade da administração pública; 
 Leva ao conhecimento da população os atos de gestão; e 
 Publicidade feita através do Diário Oficial, jornais, internet etc. 
Certo.
 
 
 
 
22. Na elaboração do orçamento público, devem-se respeitar determinados princípios. Um deles, 
previsto no caput do artigo n.º 37 da Constituição Federal de 1988, é basilar e refere-se à obrigação 
de fixação do orçamento em lei que autorize os poderes a executar a despesa, para o fim específico 
de torná-lo conhecido dos interessados. Esse princípio é o da 
a) exclusividade. 
b) periodicidade. 
c) publicidade. 
d) legalidade. 
e) transparência.

Continue navegando