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QUEIXACRIME SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ DE DIREITO DA _VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE TERESINA – PI 
 
Rômulo e Fabiana, casados, inscritos nos CPFs de número..., RGs..., 
residentes e domiciliados na rua Presidente Costa e Silva, n.º 45, bairro São 
Pedro, na cidade de Teresina/PI, vem por meio de seu advogado, conforme 
procuração com poderes especiais, na forma do artigo 44 do Código de 
Processo Penal, à presença de Vossa Excelência, oferecer a presente 
QUEIXA–CRIME SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA, na forma dos artigos 29 e 41, 
do Código de Processo Penal, em conjunto com o artigo 110, parágrafo 3 º, do 
Código Penal e o artigo 5 º LIX da Constituição Federal, em face de Juarez 
Felício Garcez, estado civil, inscrito no CPF de número..., RG..., residente e 
domiciliado na rua..., bairro..., na cidade de..., pelos fatos e fundamentos a 
seguir. 
I – Dos Fatos 
Por volta das 02h30min, do dia 25 de outubro de 2017, Juarez Felício Garcez 
(no momento da ação, com 21 anos feitos e ciente da ilicitude e reprovabilidade 
de sua conduta), agindo com ânimo doloso, subtraiu, para si, uma Smart TV 
LED UHD 4K, avaliada em R$ 1.900,00, do imóvel situado na Rua Presidente 
Costa e Silva, n.º 45, bairro São Pedro, na cidade de Teresina/PI. 
O denunciado, era jardineiro do casal de idosos e autores do processo, Romulo 
e Fabiana, que também eram donos da residência e do objeto furtado, os 
quais, dois dias antes do crime, confiaram as chaves da residência à Juarez, 
dada a confiança que depositavam nele, pois viajariam por cerca de duas 
semanas. 
Na madrugada, alguns vizinhos viram o denunciado saindo da residência, 
carregando o objeto furtado, e já sabendo de sua “fama”, acionaram a Polícia 
Militar, a qual, após horas de buscas, localizou o denunciado em posse da TV 
na residência dele, há cerca de 30 km do local do furto. Juarez foi preso em 
flagrante delito, tendo sido arbitrada fiança pela Autoridade Judiciária no valor 
de R$ 2.000,00 em audiência de custódia, a qual foi imediatamente recolhida, 
respondendo ele solto ao processo. 
Ao longo do inquérito, foram ouvidas as vítimas, as testemunhas e o indiciado, 
bem como foi instaurado incidente de restituição de coisas apreendidas para a 
devolução do bem (TV SMART) aos proprietários. Encerrado o procedimento, 
esse foi devidamente encaminhamento ao juízo competente, no dia 04 de 
novembro de 2017, sendo que, no dia seguinte, determinou-se a remessa ao 
Ministério Público para tomada das devidas providências. 
Ocorre que, após receber o inquérito policial, o represente do MP, até a 
presente data, não a ofereceu ao parquet, mesmo já tendo se passado 15 dias 
desde o recebimento do inquérito policial. 
II – Do Direito 
Apesar de se tratar de uma ação cuja titularidade é do Ministério Público, 
conforme falam os artigos 129, I, da Constituição Federal, 100 do Código Penal 
e 24 do Código de Processo Penal, o mesmo permaneceu imóvel pelo prazo 
legal. Nesse sentido, após ser notificado ao MP e ter se passado o prazo legal, 
faz-se necessária a presente ação substitutiva, pois, segundo o artigo 5º, 
XXXV, da CF, "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou 
ameaça a direito". 
Ademais, o art. 155 diz que, “Subtrair para si ou para outrem, coisa alheia 
móvel: Pena – reclusão, de um a quatros anos, e multa. § 1º - A pena aumenta-
se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno. § 4º A pena 
de reclusão é de dois a quatro anos, e multa, se o crime é cometido: II – com 
abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza”. Assim sendo, 
pelos fatos narrados, fica clara a prática do furto por parte do querelado, além 
da caracterização dos parágrafos anteriormente referenciadas, pois o crime 
aconteceu no período da madrugada e só aconteceu devido ao abuso de 
confiança, por parte de Juarez, com relação as vítimas. 
III – Dos Pedidos 
Por todo o exposto, requer de vossa excelência: 
1 - O recebimento desta Queixa-Crime subsidiária da Ação Penal Pública; 
2 - A citação do Querelado, para, querendo, apresentar defesa nos termos da 
lei; 
3 - A produção de todos os meios de prova admitidos em direito; 
4 - A condenação do Querelado, na sanção prevista no Artigo 155, § 1º e § 4º, 
II do Código Penal. 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
Local, Data 
Advogado 
OAB

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