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Página 1 de 5 Faculdade de Medicina Campus Presidente Prudente – Campus Jaú – Campus Guarujá GUIA DE HABILIDADES: 16 Habilidade a ser desenvolvida: Punção Venosa Conceito: É a introdução de um cateter diretamente na corrente sanguínea (veia periférica). Objetivos: Instalar cateter em trajeto venoso periférico para manutenção de uma via de acesso para retirada de amostras de sangue, introdução de medicamentos, monitorização da PVC, transfusão de sangue e derivados, hidratação e correção de distúrbios eletrolíticos, introdução de nutrientes, introdução de contraste e drenagem de líquidos. Indicações: Em situações que se necessita de um acesso direto ao sistema circulatório para administração de fluídos e drogas, sobretudo a pacientes com intolerâncias ou contraindicações a medicações orais, além de casos onde a ação imediata das drogas se faz necessária. Contraindicações Absolutas: punção venosa em membro – com fístula arteriovenosa, que sofreu esvaziamento ganglionar (mastectomia), veia esclerosada. Contraindicações Relativas: braço ou mão edemaciados ou que apresentem algum tipo de comprometimento, presença de queimadura, plegias no membro a ser puncionado. Complicações: Choque: sinais – palidez, lipotimia, ansiedade, tremores e sudorese, podendo ser: Pirogênico – introdução de solução contaminada. Anafilático – hipersensibilidade a droga. Periférico – aplicação rápida e dosagem elevada. Embolia: em geral de prognóstico fatal, podendo ser: Gasosa – introdução de ar na corrente sanguínea. Oleosa – introdução de medicamentos oleosos. Sanguínea – mobilização de trombos. Flebites e Tromboflebites: processo inflamatório das veias, tornando a área dolorosa e hiperemiada. Esclerose da Veia: devido a injeções frequentes no mesmo local e introdução de soluções hipertônicas (Ex: glicose 50%). Infiltrações Medicamentosas: devido ao extravasamento de medicamento fora do interior da veia. Abscessos: são processos infecciosos, devido a falta de assepsia e introdução de substâncias irritantes fora da veia. Passo Descrição Material – Bandeja contendo: Luvas de procedimento. Máscara. Óculos de proteção. Antisséptico (clorexidine alcóolico). Algodão. Garrote. Cateter curto rígido (scalp) ou flexível (jelco). Curativo transparente/ micropore ou esparadrapo para fixação do cateter. Medicação preparada (Guia de Habilidades 15) ou soro prescrito. 1 Higienizar as mãos (Guia de Habilidades 02). 2 Explicar o procedimento ao paciente ou acompanhante. 3 Escolher a veia para punção de acordo com o fármaco e volume a ser infundido e de maior conforto e segurança. https://pebmed.com.br/queimaduras-um-problema-atemporal-e-persistente/ Página 2 de 5 Faculdade de Medicina Campus Presidente Prudente – Campus Jaú – Campus Guarujá 4 Colocar os óculos de proteção, máscara e calçar as luvas de procedimento. 5 Palpar a rede venosa para escolher o local a ser puncionado, de preferência vasos periféricos superficiais de grosso calibre e distante das articulações. 6 Prender o garrote próximo ao local a ser puncionado – 3 a 10 cm(ou dedos), não colocar sobre articulações. 7 Solicitar ao paciente que abra e feche a mão algumas vezes, no caso de punção em membros superiores, e então mantê-la fechada. 8 Fazer a antissepsia da pele no local escolhido a ser puncionado com o algodão embebido em clorexidine alcoólico com movimento centrífugo (circular, único, do centro para fora). Repetir se necessário. 9 Aguardar o local secar sem assoprar. 10 Tracionar a pele do paciente – no sentido da porção distal do membro, com a mão não dominante, posicionando o polegar cerca de 2,5 cm abaixo do local selecionado para a punção. 11 Informar o paciente da punção. 12 Puncionar a veia com o bisel da agulha voltado para cima formando com a pele um ângulo de 15°, observando o retorno de sangue. 13 Soltar o garrote e iniciar a aplicação do medicamento, observando se apresenta dor e edema do local. 14 Em casos de administração de soro, fixar o cateter com curativo transparente, micropore ou esparadrapo. 15 Higienizar as mãos (Guia de Habilidades 02). 16 Checar a medicação no horário correspondente à prescrição e proceder às anotações. Observações: Para a escolha a veia, deve-se levar em consideração as condições das veias, tipo de solução a ser infundida e o tempo de infusão. Preferir veias calibrosas na administração de drogas irritantes ou muito viscosas, a fim de diminuir o trauma do vaso e facilitar o fluxo. Veias mais utilizadas para punção: Cefálica, Basílica, Mediana, As do antebraço, As do plexo venoso do dorso da mão. Iniciar a punção da rede venosa sempre no sentido distal para proximal. Se possível, escolher o membro superior não dominante para que o paciente possa movimentá-lo mais livremente. Evitar usar veias antecubitais, pela limitação de movimentos do paciente, a menos que se utilizem dispositivos venosos flexíveis. Página 3 de 5 Faculdade de Medicina Campus Presidente Prudente – Campus Jaú – Campus Guarujá Evitar a proximidade entre o local da nova punção e o local da anterior. Para facilitar o aparecimento de uma veia, pode-se fazer compressa ou bolsa de água morna, minutos antes da punção no membro escolhido. Na retirada do cateter venoso, pressionar o local da punção com uma bola de algodão por 1 minuto ou até parar o sangramento, e aplicar um curativo adesivo no local da punção. Após a segunda tentativa sem sucesso de punção venosa é recomendado solicitar a outro profissional para realizar o procedimento. Fazer o rodízio das punções, mesmo que a veia pareça íntegra: Cateter venoso periférico flexível – 96 horas (4 dias). Cateter venoso periférico rígido – uso único (usar somente no PS). Avaliação de flebite e infiltração e extravasamento. Caso ocorram sinais de flebite e infiltração/extravazamento, deve-se retirar o cateter venoso. Imagens: Calibres do Cateter Curto Rígido ou Scalpe Calibres do Cateter Curto Flexível ou Jelco Partes do Cateter Curto Flexível ou Jelco Partes do Cateter Curto Rígido ou Scalpe Página 4 de 5 Faculdade de Medicina Campus Presidente Prudente – Campus Jaú – Campus Guarujá Punção Venosa com Cateter Curto Flexível ou Jelco Punção Venosa com Cateter Curto Rígido ou Scalpe: 1- puncionando a veia; 2- soltando o garrote; 3 e 4 – fixando o cateter. 1 2 3 4 Infiltração em Acesso Venosa Página 5 de 5 Faculdade de Medicina Campus Presidente Prudente – Campus Jaú – Campus Guarujá Referências: BRAGA, L.M., et al. Adaptação transcultural da Infiltration Scale para o português. Acta Paul Enferm. 2016a; 29(1):93-9. BRAGA, L.M., et al. Tradução e adaptação da Phebitis Scale para a população portuguesa. Revista de Enfermagem Referência. Série IV, nº11, out./nov./dez. 2016b. FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA. Protocolo de Manuseio de Insumos e materiais Médicos. Departamento de Enfermagem- DENF PORTO VELHO, RO MAIO, 2013. HARADA, M.J.C.S.; PEDREIRA, M.L.G. Terapia intravenosa e infusões. São Caetano do Sul: Yendis, 2011. Elaborado por: MSc. Magda Luzia Neves Prof. Programa de Prática Médica Faculdade de Medicina - UNOESTE Revisado por: MSc. Lidelci Figueredi Bento Prof. Programa de Prática MédicaFaculdade de Medicina - UNOESTE Revisão: Abril / 2021 Próxima Revisão: Abril / 2023
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