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1 Laís Flauzino | TÉCNICA OPERATÓRIA | 4°P MEDICINA O acesso venoso pode ser central ou periférico – ambos são feitos para obter uma via de acesso diretamente na veia do nosso paciente. Solicitadas quando: o Há a necessidade de fazer medicações endovenosas o Ter uma via de acesso venoso para segurança o Reposição volêmica (hidratação) e hidroeletrolítica. o Medicações que não são possíveis de serem realizadas pela via oral, seja porque não existe a posologia VO ou pela impossibilidade do paciente de deglutir. o Hemodiálise, quimioterapia o Monitorização hemodinâmica o Nutrição parenteral total o É um dos procedimentos mais realizados em emergências médicas. o Quando a inserção do cateter ocorre na periferia – cabeça, braços, antebraços, mãos, pernas e pés. o Nos Estados Unidos, quase um bilhão de punções venosas são realizadas durante um ano. No Brasil, esse contexto não muda. É uma das intervenções mais realizadas pela enfermagem e 90% dos pacientes hospitalizados necessitam, em algum momento, de um acesso venoso para a realização da terapia intravenosa. o Através de acessos venosos periféricos é possível administrar grandes quantidades de volume mais rapidamente, além de uma vasta variedade de medicações venosas. Por esse motivo, saber melhor sobre este tema é de grande importância para todos os profissionais da área. Cuidados com acesso venoso periférico: o Sempre lavar as mãos antes de entrar em contato com o paciente. o Verificar se o acesso está bem fixado na pele. o No momento do banho, proteger o acesso e evitar com que caia água no local – isso pode ser feito com plástico. o Sempre que for mexer no local do acesso, garantir a lavagem das mãos para evitar possíveis infecções. o Verificar sempre se há sinais de sujeira e sangramento. o Avaliar se há vermelhidão, edema e se a pele na região do acesso estiver quente. o Caso o paciente se queixe de dor durante a infusão de alguma medicação ou mesmo em repouso, feche o registro do equipo imediatamente. Material: o Antes de começar, é importante que você separa todo o material que você irá precisar. o Você pode preferir fazer o acesso com um cateter periférico curto sobre agulha (sempre lembrando que para esse tipo de dispositivo, quanto menor for o número da agulha, maior será o seu calibre). o Você também pode fazer com o dispositivo intravenoso agulhado, popularmente chamado de borboletinha, devido ao seu aspecto ser semelhante as asas de uma borboleta. o Essas asas servem para melhor fixação do dispositivo a pele do paciente. o Lembrando também do calibre da agulha, quanto menor for o número, maior será o seu calibre. o Além de um desses dois dispositivos demonstrados, que você irá escolher de acordo com a sua facilidade e preferência, você também irá precisar de uma seringa contendo soro fisiológico, um garrote, luvas de procedimento, algodão ou uma gaze estéril banhada em álcool a 70%, polifix (também conhecido como perfusor), um equipo, adesivo estéril e da solução que você vai administrar no paciente, seja medicação, fluidos ou sangue. As vias de acesso preferenciais são as veias dos membros superiores do antebraço por acomodar cateteres mais calibrosos. Confira: o Veia cefálica o Veia basílica o Veias medianas do antebraço e cotovelo o Veias do dorso da mão o Veia safena magna e parva Contraindicações: o Coagulopatias o Hemofilias o Plaquetopenias o Anormalidades anatômicas o Lesões tumorais no local da punção o Testemunha de jeová (religiosa) o Se houver possibilidade de administrar a medicação via oral o Infecção, lesões de pele ou queimaduras no local de punção o Veias trombosadas (Endurecidas) o Veias com flebite (endurecidas, dolorosas, hiperemiadas) o Presença de hematoma ao redor da veia o Membros muito edemaciados o Fístula arteriovenosa para hemodiálise no membro o História de mastectomia ou exérese de linfonodos ipsilateral o Evitar acesso em membro que será submetido a cirurgia Complicações: o Sangramento (hemorragia) o Trombose e/ou flebite o Injeção de medicamento no espaço extravascular (infiltração) o Obstrução e extravasamento 2 Laís Flauzino | TÉCNICA OPERATÓRIA | 4°P MEDICINA o Hematomas e equimoses o Lesão arterial e lesão neural (perfuração) – dor o Embolia venosa o Isquemia e necrose tecidual o Infecção, abscesso, celulite do membro o Septicemia ou sepses Acesso venoso periférico é necessário em uma ampla gama de intervenções clínicas, incluindo: o Administração intravenosa de drogas o Hidratação intravenosa o Transfusão de sangue e hemoderivados o Durante cirurgias o Durante atendimento de emergência o Em outras situações nas quais é necessário acesso direto à circulação sanguínea. Contraindicações relativas para a colocação de acesso venoso em um determinado local são: o Infecções o Flebite o Vasos esclerosados o Infusão intravenosa prévia o Queimaduras ou traumas próximos ao local de punção o Presença de fístula arteriovenosa na extremidade o Procedimentos cirúrgicos realizados na extremidade Outras situações podem impossibilitar a obtenção de acesso venoso periférico, por exemplo: o Extrema desidratação ou choque – podem colapsar os vasos e impedir a punção. o Alguns pacientes podem não apresentar veias periféricas adequadas por conta de quimioterapia ou abuso de drogas injetáveis. Quando o acesso a uma veia periférica não é possível, e em outras situações, nas quais o acesso periférico pode demorar demais a ser obtido, a colocação de um acesso central, intraósseo ou dissecção venosa podem ser necessários. Conhecimento detalhado do sistema venoso dos membros superiores e inferiores facilitarão uma punção bem sucedida. Os membros superiores tem dois sistemas venosos principais: a veia cefálica – que percorre a superfície radial do antebraço, e a veia basílica – com origem na face ulnar do antebraço. Embora a anatomia venosa possa variar consideravelmente em cada paciente, esses dois sistemas, em geral, são separados, apesar de se comunicarem na fosse antecubital e no punho. Contudo, deve-se ter cuidado com a punção inadvertida da artéria braquial, que geralmente encontra-se medialmente à veia cubital anterior. O mesmo se aplica às artérias radial e ulnar ao nível do pulso. Palpe cuidadosamente para identificar pulsação arterial e minimizar a possibilidade desta complicação. O sistema venoso dos membros inferiores consiste das veias safena magna e parva. A safena magna se origina da porção medial do arco venoso dorsal do pé, passa anterior ao maléolo medial e margeia a borda medial da tíbia até o joelho. A veia safena parva se origina da porção lateral do arco venoso do pé, passa anterior ao maléolo lateral e perfura a fáscia do m. gastrocnêmio. 3 Laís Flauzino | TÉCNICA OPERATÓRIA | 4°P MEDICINA Escolha do local de punção: Escolher um local para o acesso venoso depende de muitos fatores: o O uso esperado do cateter o Disponibilidade da veia em relação à posição do paciente o A idade e o conforto do paciente o Urgência da situação Em geral, prefere-se as veias dos membros superiores, já que são mais resistentes e estão associadas a menos complicações. Os locais preferenciais de punção são as veias do antebraço, particularmente as veias metacarpais do dorso da mão, a veia antebraquial mediana, a veia cefálica e a veia basílica. A veia cubital mediana, que cruza a fossa antecubital, é frequentemente puncionada em situações agudas, já que acomoda cateteres de grosso calibre e pode ser mais fácil de puncionar nessas situações. Quando os vasos do membro superior estão inacessíveis, as veias dorsais dos pés ou as safenas podem ser utilizadas. Punção venosa dos membros inferiores está associada a maior incidência de trombose e embolia quando comparadas a veias do antebraço. Este risco é menor em crianças e pré-escolares.Outros locais alternativos para punção incluem veias do escalpo, utilizadas em neonatos e crianças pequenas, e a veia jugular externa. Equipamento: Separe o material e deixe-o pronto ao lado do leito antes de começar. Você precisará de: o Luvas o Proteção ocular o Torniquete (não pode ser de látex) o Clorexidina o Gaze estéril o Soro fisiológico em seringa o Curativo e fita transparentes o Cateter de tamanho apropriado de calibre 14 a 24 o Bolsa de soro com equipo o Caixa de perfurocortantes (descarpack®) Anestésico local ou tópico pode ser necessário se o cateter for calibre 20 ou menos. Há muitos cateteres, variando em tipo, comprimento e mecanismos de segurança. Os dois tipos mais comuns de cateter são o jelco, e o butterfly. O butterfly já vem com equipo conectado e o jelco não. Em ambos os cateteres, a agulha interna de aço é removível deixando apenas a cânula de plástico dentro do vaso. Diferentes mecanismos de segurança foram desenvolvidos para minimizar o risco de acidente perfurante. Alguns cateteres são equipados com um mecanismo de agulha retrátil, outros têm um clipe de proteção que cobre a agulha quando ela é retirada da cânula plástica. Agulhas devem sempre ser descartadas em recipientes apropriados para perfurocortantes. O tamanho do cateter selecionado dependerá da situação clínica. O menor cateter possível deve ser utilizado porque cateteres menores determinam menor resistência ao fluxo sanguíneo ao redor da cânula e estão associados a menos complicações. Cateteres calibrosos, como o 14 ou o 16, são usados em situações agudas para ressuscitação volêmica. Por exemplo, para o manejo de hipovolemia em vítimas de trauma ou em paciente severamente desidratado. Outros fatores que podem influenciar o calibre do cateter utilizado incluem: o O tamanho do vaso para a idade, o Necessidade de bolus sob pressão para administração de contraste ou medicação o Viscosidade do fluido que será infundido Preparo: Esclareça o procedimento ao paciente e responda quaisquer dúvidas ou preocupações. Discuta possíveis complicações, como sangramento, equimoses e infecção. Você deve tomar precauções quando puncionar uma veia periférica. Isto inclui: o Higiene das mãos o Uso de luvas o Uso de proteção ocular Por conta do risco de contato com sangue. Quando o local escolhido for no membro superior, o paciente deve ser colocado em posição supina com o braço apoiado. Posicionamento adequado e iluminação adequados são importantes para um procedimento bem sucedido. Procedimento: Amarre o torniquete com um seminó 8 a 10 cm acima do local de punção. Não dobre ou gire o torniquete sobre a pele e cruze as pontas, sobrepondo uma a outra. Estique uma das pontas do torniquete e, com um dedo, enfie a ponta de cima sob a ponta de baixo, direcionando a ponta para longe do local de punção. 4 Laís Flauzino | TÉCNICA OPERATÓRIA | 4°P MEDICINA Ao avaliar uma veia para cateterização, inspecione e palpe os vasos disponíveis. Rode a extremidade suavemente ou ajuste a iluminação para revelar os contornos dos vasos. Para palpar uma veia, coloque um ou dois dedos sobre ela e aplique pressão suave. Retire a pressão para sentir o rebote de preenchimento da veia. A veia ideal é arredondada, firme, flexível e cheia ao toque. Uma vez selecionada a veia, limpe o local com solução a base de clorexidina em movimentos de vai e vem. Permita que a área seque completamente. Não palpe novamente a área. Se um cateter mais calibroso for utilizado, o local pode ser anestesiado com anestésico local, tópico ou crioanestesia com etilenoglicol. Para preparar o cateter, inspecione a agulha metálica e a cânula plástica em busca de danos ou contaminantes. Ambos devem ser regulares. Gire a base da cânula plástica para verificar que ela se desprende facilmente da agulha metálica. Não mova a cânula plástica para além do bisel da agulha, pois isso pode danificar a extremidade da cânula. Veias superficiais são evidenciadas facilmente e precisam ser estabilizadas. Use sua mão não dominante para aplicar tração à pele distalmente ao local de punção. Se o cateter for puncionado no dorso da mão, segure a mão do paciente com sua mão não dominante, com os dedos em contato com a palma. Segure a mão de modo a flexioná-la para baixo e use o polegar para manter a pele esticada. Se uma veia do antebraço for selecionada, use sua mão não dominante para envolver o braço do paciente. Coloque o polegar sobre a pele distalmente ao local da punção e empurre para baixo. Independentemente do local da punção, segure firmemente a mão do paciente durante todo o procedimento. Com sua mão dominante, insira a agulha (com o bisel para cima) através da pele em um ângulo de 5 a 30°. O ângulo usado para atingir o vaso depende da profundidade do mesmo. Veias mais superficiais requerem ângulos menores de inserção. Não penetre o cateter muito profundamente, pois há risco de transfixação do vaso. Quanto o cateter adentra o lúmen do vaso, observe atentamente o fluxo retrógrado inicial de sangue que lentamente preencherá a câmara do cateter. Assim que a agulha metálica e a cânula plástica estiverem no lúmen, reposicione o cateter de modo que fique quase paralelo à pele. Segure a extremidade do cateter com o polegar e o indicador de sua mão dominante. Mantenha tração na pele e na veia subjacente, estabilize a agulha e cuidadosamente progrida o cateter dentro do vaso. Quando o cateter estiver totalmente inserido na luz do vaso, retire o torniquete. Para prevenir perda sanguínea através da conexão aberta da cânula quando retirar a agulha, aplique pressão direta sobre a veia na extremidade distal ao cateter e posicione uma gaze abaixo da conexão da cânula. Remova a agulha metálica da cânula plástica e descarte-a em recipiente apropriado. Jamais tente reinserir a agulha metálica na cânula, pois isto pode fragmentar a cânula plástica liberando- a na corrente sanguínea e trazendo o risco de embolização. Certifique-se de que o torniquete foi retirado e confirme a potência da cânula com uma lavagem (flush) de soro fisiológico. O volume utilizado depende do tamanho da veia e do calibre do cateter. Verifique se há inchaço, eritema, vazamento ou desconforto ao redor do local de punção. Conecte o equipo à cânula e inicie a infusão. Idealmente a cânula deve ser fixada com curativo oclusivo transparente colocado sobre o conector. Confirme que o conector está claramente visível através do curativo para vigilância. Após fixar a cânula com esparadrapo, faça uma volta com o equipo e fixe- o distante do local de punção. A volta no tubo ajuda a prevenir a movimentação da cânula, diminui sua manipulação e reduz o risco de contaminação ou irritação locais. É recomendado escrever a data da punção no curativo para indicar há quanto tempo a cânula está posicionada. Para reduzir o risco de infecções, revise repetidamente as indicações de acesso venoso periférico do paciente e remova assim que for possível. Solução de problemas: Quando for difícil visualizar ou identificar uma veia à palpação, diversos métodos podem ser utilizados para aumentar sua expressão. São eles: o Colocar o braço abaixo do nível do coração o Tapas suaves sobre a veia o Pedir ao paciente que abra e feche a mão repetidamente o Aplicar compressa quente sobre o local por 3 a 5 minutos para causar vasodilatação. Transiluminação e ultrassom também podem ser utilizados para encontrar vasos. Estes métodos aumentam a chance de sucesso do procedimento e reduzem o tempo de execução. Sangue pode preencher a câmara se a ponta da agulha entrar no lúmen mesmo sem a cânula ter entrado. Este problema pode ser evitado diminuindo o ângulo entre cateter e pele e avançando a agulha mais alguns milímetros dentro da veia. Válvulas venosas podem impedir a progressão do cateter. Se isto ocorrer, segure o conector da cânula no lugar, remova o torniquete e conecteo equipo à cânula. Correr fluido para dentro da veia pode abrir a válvula, permitindo a progressão do cateter. Ocasionalmente, é possível avançar o cateter mesmo ele não estando dentro da veia ou após ter transfixado o vaso. ambas as situações podem causar dor e edema no local da punção por conta da administração de fluido no tecido subcutâneo. Se isto ocorrer, a cânula deve ser completamente retirada e outra cânula deve ser posicionada em outro local. Quando uma tentativa de acesso é malsucedida, a próxima tentativa deve ser realizada em uma veia proximal ao primeiro local. Complicações: 5 Laís Flauzino | TÉCNICA OPERATÓRIA | 4°P MEDICINA As complicações mais frequentes das punções venosas periféricas são: o Dor o Equimoses o Infecções bacterianas o Extravasamento com eventual necrose o Flebite o Trombose o Embolia o Lesão nervosa local Técnica estéril e escolha do tamanho adequado do cateter ajudam a evitar complicações. Garanta administração contínua de fluidos ou lave a cânula com soro (flush) para prevenir complicações mais graves, como trombose e embolia. Deve-se também atentar para o esvaziamento completo da bolsa de soro, que pode causar obstrução da cânula por coágulos ou infusão de ar na corrente sanguínea. Caso ocorra extravasamento ou trombose, remova o acesso imediatamente e posicione outro num local diferente, se necessário. https://youtu.be/yQQG0oTbA5E https://www.youtube.com/watch?v=tmN-WH-TnVc Todo médico precisa saber fazer um acesso venoso central. Conhecer a anatomia é fundamental para o sucesso do procedimento que, por ser invasivo, pode causar muitas complicações para o paciente. Para realizar o acesso venoso central, é preciso considerar algumas variáveis: o O estado clínico do paciente o Sua própria habilidade e experiencia em realizar esse procedimento. Os locais de maior preferência para o acesso são: o Veias subclávias direita e esquerda o Veias jugulares internas direita e esquerda o Veias braquiais direita e esquerda o Veias femurais direita e esquerda. o A cateterização venosa central proporciona acesso mais seguro à circulação sistêmica. o Permite a administração de medicamentos que podem lesar tecidos quando administrados por um acesso venoso periférico, como vasopressores e soluções hipertônicas de bicarbonato de sódio e cálcio. o Além disso, o acesso venoso central possibilita a monitorização da pressão venosa central e a coleta de amostras de sangue. As contraindicações absolutas para o acesso venoso central são as seguintes: o Anatomia local distorcida (por exemplo, de lesão vascular, cirurgia anterior ou irradiação anterior) o Infecção no local de inserção As contraindicações relativas para acesso venoso central são as seguintes: o Presença de distúrbios da coagulação ou hemorrágicos o Paciente que está excessivamente abaixo do peso ou acima do peso. o Paciente não cooperativo o Trombólise atual ou possível As contraindicações absolutas para a abordagem subclávia são as seguintes: o Trauma na clavícula ipsilateral, costela proximal anterior ou vasos subclávios o Coagulopatia (pressão direta para parar o sangramento não pode ser aplicada à veia ou artéria subclávia, devido à sua localização abaixo da clavícula) https://youtu.be/yQQG0oTbA5E https://www.youtube.com/watch?v=tmN-WH-TnVc 6 Laís Flauzino | TÉCNICA OPERATÓRIA | 4°P MEDICINA As contraindicações relativas para a abordagem subclávia são as seguintes: o Deformidade da parede torácica o Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) Complicações infecciosas: o Os riscos associados ao cateterismo venoso central incluem complicações infecciosas, mecânicas e trombóticas. Uma radiografia de tórax deve ser obtida para confirmar a localização e avaliar complicações. As infecções do cateter ocorrem por meio de um de três mecanismos: o Infecção no local de inserção, que desce pelo cateter externamente; ou o Colonização seguida por infecção por via intraluminal ou o Via disseminação hematogênica do cateter. 5 passos a seguir: o Higiene das mãos, adesão às precauções máximas de barreira o Antissepsia da pele com clorexidina o Seleção de um local ideal do cateter o Revisão diária da necessidade do cateter o Remoção imediata quando o cateter não for mais necessário. • A implementação dessas etapas demonstrou diminuir a taxa de infecção da corrente sanguínea relacionada ao cateter. • Antibiótico tópico ou em pomadas são ineficazes, promovem bactérias resistentes a antibióticos e aumentam a colonização fúngica. Complicações mecânicas: o As complicações mecânicas incluem punção arterial, hematoma, pneumotórax, hemotórax, arritmia e localização inadequada do cateter, seja em uma veia acessória ou em outros vasos do sistema vascular superior. o A inserção de um cateter na veia femoral, tem o maior risco de complicações mecânicas, mas as taxas de complicações mecânicas graves para a inserção femoral e subclávia são semelhantes. o Se uma artéria for puncionada, novas tentativas nesse local devem ser abandonadas e deve-se tentar o acesso em local alternativo. o Os locais de canulação jugular interna e subclávia são preferidos por causa de sua menor taxa geral de complicações mecânicas. o No entanto, esses locais apresentam um pequeno risco de hemotórax e pneumotórax. o A cateterização jugular guiada por ultrassom reduz significativamente o número de tentativas necessárias e o risco de complicações. Complicações trombóticas: o A cateterização venosa central aumenta o risco de trombose venosa central, com o risco potencial concomitante de tromboembolismo venoso. o A trombose pode ocorrer logo no primeiro dia após a canulação. o O local com menor risco de complicações trombóticas é a veia subclávia. o A remoção imediata do cateter quando não é mais necessário diminui o risco de trombose relacionada ao cateter. Acesso venoso profundo https://www.youtube.com/watch?v=0ADtxVjIzug Demonstração da Técnica de Seldinger (Punção da Subclávia) https://www.youtube.com/watch?v=5iDTiyFOBtE https://www.youtube.com/watch?v=0ADtxVjIzug https://www.youtube.com/watch?v=5iDTiyFOBtE
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