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Efluentes Industriais: Tratamentos Secundários Núcleo de Educação a Distância www.unigranrio.com.br Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 25 de Agosto – Duque de Caxias - RJ Reitor Arody Cordeiro Herdy Pró-Reitor de Administração Acadêmica Carlos de Oliveira Varella Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-graduação Emilio Antonio Francischetti Pró-Reitora Comunitária Sônia Regina Mendes Direção geral: Jeferson Pandolfo Desenvolvimento do material: Gil Leonardo Projeto Gráfico: Fábrica de Conteúdo Desenvolvimento instrucional: Grupo Orion Brasil Copyright © 2018, Unigranrio Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, da Unigranrio. Sumário Efluentes Industriais: Tratamentos Secundários Objetivos ............................................................................................ 04 Introdução ........................................................................................... 05 1. Processos Biológicos Aeróbios .................................................. 06 1.1 Lodos Ativado ........................................................................ 07 1.1.1. Lodos Ativados Convencionais ................................................... 10 1.1.2. Aeração Prolongada ................................................................ 14 1.1.3. Fluxo Intermitente .................................................................. 14 1.1.4. Remoção de Nutrientes ........................................................... 16 1.2. Processos Facultativos ............................................................. 17 1.2.1. Biocontactores ....................................................................... 18 1.2.2. Biodiscos ............................................................................... 18 1.2.3. Filtros Biológicos .................................................................... 18 1.2.4. Lagoas Facultativas Fotossintéticas ........................................... 20 1.2.5. Lagoas Aeradas Facultativas ..................................................... 21 1.3. Processos Anaeróbios .............................................................. 22 1.3.1. Reator UASB ou RAFA .............................................................. 23 2. Processos Aeróbios .................................................................. 24 2.1. Lagoas Aeradas Aeróbias ......................................................... 24 Síntese ............................................................................................ 25 Referências Bibliográficas ...................................................................... 26 Objetivos Ao final desta unidade de aprendizagem, você será capaz de: ▪ Escrever os processos e etapas de tratamento biológico aeróbio em uma Estação de Tratamento de Efluentes; ▪ Selecionar os processos e etapas de tratamento biológico anaeróbio em uma Estação de Tratamento de Efluentes - ETE. 4 Processos Industriais e Tratamento de Efluentes Introdução No tratamento biológico de efluentes, pode-se deduzir que haverá a participação de seres vivos, animais e ou vegetais. Evidentemente, esses seres vivos auxiliam de alguma forma na remoção de substâncias poluentes presentes no efluente pré-tratado. Devemos lembrar que, numa sequência convencional de tratamento, o efluente bruto que foi gerado pelos processos produtivos já passou pelos sistemas de tratamento preliminares e primários. Logo, o efluente que chega para ser tratado em um sistema secundário já chega pré-tratado, ou seja, é um efluente cuja grande parte dos materiais sólidos, sedimentáveis, em suspensão ou coloidais e flutuantes, foi removida nas etapas anteriores. A maior parte daquilo que não pode ser removido pelos processos físicos ou físico-químicos o será no tratamento biológico. Basicamente, todas as partículas dissolvidas que não foram removidas por precipitação química inorgânica deverão ser biodegradadas nesta etapa. Na verdade, o tratamento biológico realizado em ETEs simula, em escala reduzida, o mesmo processo natural de decomposição bioquímica de substâncias orgânicas biodegradáveis em corpos hídricos. A diferença é a elevada carga poluidora do efluente, que exigirá uma superconcentração de micro-organismos decompositores para degradar as moléculas das substâncias poluentes. 5Processos Industriais e Tratamento de Efluentes 1. Processos Biológicos Aeróbios Segundo Giordano (2008), os processos de tratamentos biológicos reproduzem os fenômenos de autodepuração que ocorrem na natureza. Os tratamentos biológicos de efluentes industriais têm como objetivo transformar a matéria orgânica biodegradável dissolvida e a que está em suspensão em sólidos sedimentáveis (flocos biológicos) e gases. Normalmente, os produtos dessa decomposição são mais estáveis, apresentando um melhor aspecto visual em termos de coloração e turbidez, com redução da concentração tanto de micro-organismos, quanto de matéria orgânica. O princípio básico dos processos de tratamento biológicos é utilizar a matéria orgânica dissolvida ou, até mesmo, em suspensão, como substrato para os micro-organismos existentes no meio líquido. Estas bactérias, fungos e protozoários transformam a matéria orgânica em resíduos da decomposição, gases, água e, logicamente em energia para sobreviver e para se reproduzir, ou seja, para gerar novos micro-organismos. Esses micro-organismos, ao decomporem a matéria orgânica em partículas residuais, formam flocos biológicos mais densos que a água, o que facilita sua deposição. Ainda de acordo com Giordano (2008), a fração da matéria orgânica que é transformada em material sólido pode variar entre 6 e 60%, dependendo de fatores como o tipo de processo de tratamento biológico empregado e uma importante relação entre a concentração de matéria orgânica consumida e a quantidade de micro-organismos disponíveis, denominada Alimento/ Micro- organismos (A/M). O que não é consumido pelos micro-organismos como alimento (substrato) acaba sendo transformado em gases, principalmente gás carbônico (CO2) e gás metano (CH4), no caso de processos aeróbios; quando os sistemas de tratamento empregados forem exclusivamente anaeróbios, gases metano e sulfídrico (H2S). Já os flocos biológicos formados em excesso devem ser removidos do sistema de tratamento como lodo biológico e levados à secagem, ou de forma natural ou mecanizada. 6 Processos Industriais e Tratamento de Efluentes Pode-se considerar um efluente industrial tratado quando ocorre a remoção total ou parcial (próximo da efetividade total) da matéria orgânica em suspensão, coloidal e dissolvida, assim como a redução da quantidade de micro-organismos no meio líquido. A efetividade do tratamento é dependente da legislação ambiental local, ou seja, das características do corpo hídrico e de seu uso. Os principais processos são apresentados no Quadro 1: Lodos ativados Facultativos Anaeróbios Aeróbios Biofilmes Lagoas Aeração prolongada Filtros biológicos Fotossintéticas Filtros anaeróbios Lagoas aeradas aeróbiasLodos ativados convencionais Biodiscos Aeradas facultativas Biocontactores Quadro 1: Tipos de processos biológicos. Fonte: Adaptado de Giordano, 2008, e Sperling, 2005. 1.1 Lodos Ativado Com base nas informações de Giordano e Surerus (2015), os lodos ativados são flocos biológicos gerados pela biodegradação da matéria orgânica presente nos efluentes industriais, compostos por populações de bactérias entre outros micro-organismos aeróbios. O processo de tratamento por lodos ativados baseia-se na transformação da matéria orgânica dissolvida e em suspensão presente no efluente em gás carbônico, água e flocos biológicos em virtude dos micro-organismos aeróbios, na presença de ar atmosférico ou oxigênio puro. Como esses flocos formados são facilmente sedimentáveis,o processo permite que eles sejam separados do efluente tratado em sistemas de decantação secundária, instalados logo após a passagem pelo tanque contendo lodos ativados (tanque de aeração), conforme mostra a Figura 1. 7Processos Industriais e Tratamento de Efluentes Figura 1: Tanque de aeração com lodos ativados. Fonte: Adaptado de Sperling, 2005. Com a entrada contínua do efluente pré-tratado (tratamentos preliminares e primários) contendo a matéria orgânica biodegradável que alimenta o sistema, o lodo ativado sofre um crescimento proporcional que acaba gerando um excesso de lodo biológico. Quanto maior a disponibilidade de alimento (substrato), maior a concentração de lodo gerado, o que obriga a remoção do excesso de lodo do sistema. Este excesso de lodo removido no decantador secundário pode retornar ao tanque de aeração que contém o lodo ativado ou ser encaminhado para um sistema de adensamento e secagem deste lodo biológico (SPERLING, 2005). A relação entre a carga orgânica diária do efluente de entrada no sistema e a massa de micro-organismos presente equivale à eficiência do processo. A equação que relaciona a quantidade de alimento pela concentração de micro- organismos (A/M) é apresentada na equação no quadro a seguir. 8 Processos Industriais e Tratamento de Efluentes / DQO QA M SSV V × = × Quadro 2: Equação que expressa a relação Alimento/Micro-organismo (A/M). Fonte: Giordano e Surerus, 2015. Onde: ▪ Q é a vazão de efluente que alimenta o sistema (m3/d); ▪ DQO é quantidade de matéria orgânica no efluente de entrada no sistema biológico (mg O2/L); ▪ SSV é a concentração de sólidos suspensos voláteis, ou seja, biomassa presente no tanque (mg/L); ▪ V é o volume útil do tanque de reação (m3). Ainda deve-se destacar a biodegradabilidade específica dos efluentes, que é tão importante quanto a relação A/M. Ou seja, o lodo ou floco biológico é formado a partir da presença de compostos que contêm moléculas formadas por N e P, que são os nutrientes essenciais. Deve-se sempre observar a proporção de C:N:P (carbono, nitrogênio e fósforo) cuja relação estequiométrica deve ser mantida em 100 de DBO, para 5 de N, para 1 P, similar ao que é feito no controle de fertilização agrícola. Além disso, outros elementos como Ca, Mg, S, Fe, Cu, Zn, Cr, Co e Mo, são considerados micronutrientes metálicos importantes para o desenvolvimento dos micro-organismos dos lodos. Alguns autores, como Metcalf & Eddy (2010), identificam a relação A/M (Alimentação/Microorganismos) pela sigla em inglês F/M (Food/ Microorganism). É exatamente a mesma relação expressa por letras em idiomas diferentes. Para Giordano (2008), o sistema de lodos ativados apresentam variantes de processo de acordo com: 9Processos Industriais e Tratamento de Efluentes ▪ As diferentes relações de A/M; ▪ A disponibilidade de oxigênio ao sistema de tratamento secundário; ▪ A forma de alimentação do efluente pré-tratado aos tanques de tratamento biológico; ▪ A concentração de biomassa nos tanques de tratamento; ▪ O tempo de retenção da biomassa nos tanques. Entretanto, para Sperling (2005), os sistemas variantes do processo de lodos ativados são divididos em categorias. A combinação destas divisões serão estudadas nos sistemas de lodos ativados convencional de fluxo contínuo, aeração prolongada de fluxo contínuo e nos reatores sequenciais por batelada de fluxo intermitente. ▪ De acordo com a Idade do Lodo: ▪ Convencional; ▪ Aeraçao prolongada; ▪ De acordo com o fluxo: ▪ Contínuo; ▪ Intermitente; ▪ De acordo com o objetivo do tratamento: ▪ Remoção de carbono (na forma de DBO); ▪ Remoção de carbono e nutrientes (N e P). Para fins didáticos, serão utilizadas as duas classificações de forma complementar. 1.1.1. Lodos Ativados Convencionais Sendo o tratamento com lodos ativados um processo aeróbio, se pressupõe que as taxas de oxigênio dissolvido no meio líquido sejam sempre elevadas. De acordo com Giordano e Surerus (2015), as concentrações de 10 Processos Industriais e Tratamento de Efluentes oxigênio ideais para manter os micro-organismos aeróbios vivos no tanque de aeração ficam na faixa de 0,5 a 2,0 mg O2 /L, podendo chegar a 2,5 mg/L de O2 por mg/L de DQO reduzida. Essas condições obrigam a suprir de oxigênio todo o processo por absorção forçada do ar atmosférico ou por injeção de ar ou oxigênio submerso no tanque. Para desenvolver as bactérias nitrificantes, é necessário aumentar as taxas de oxigenação do sistema. Para controlar essas concentrações de oxigênio dissolvido necessárias ao sistema, deve-se utilizar o Teste de Respiração da mistura no tanque de aeração, que mede a taxa específica de consumo de oxigênio (mg O2/mg SSV x h). Outro parâmetro importante de controle é a relação de SSV/SS, ou seja, a concentração de sólidos suspensos voláteis por sólidos suspensos, que indica a estabilidade do lodo para ser descartado e desaguado. Operacionalmente , a relação SSV/SS deve ser mantida em torno de 0,82. Acima disso, significa que o lodo contido no tanque de aeração ainda é novo e não deve ser retirado do sistema, pois é inadequado para ser desaguado. Abaixo deste valor, o lodo é considerado esgotado e pode ser removido para desaguamento e secagem. Para que o tratamento biológico de efluentes com lodos ativados se desenvolva plenamente, é necessário controlar a concentração de oxigênio dissolvido (OD) no tanque de aeração, a qual deve ser mantida entre 0,5 e 2,0 mgO2 /L, para garantir a taxa de respiração normal dos micro-organismos aeróbios. Caso os efluentes sejam provenientes de indústrias farmacêuticas ou alimentícias, com altos teores de substâncias plastificantes (ftalatos) ou óleos e graxas, que interferem no processo respiratório, o OD deve ser maior que 3,2 mg/L. Não se pode ignorar a necessidade de caracterizar a biota do lodo por meio de uma análise microbiológica por microscopia, cujo aspecto pode informar sua capacidade de sedimentação e indicar em tempo real as condições operacionais do reator, pois sabemos que a temperatura pode afetar o metabolismo desta biota, influenciando em sua eficiência de tratamento. A temperatura ideal do processo não deve ser menor que 26°C, pois pode haver 11Processos Industriais e Tratamento de Efluentes um aumento no tempo de retenção hidráulica (TRH) do tanque; temperaturas maiores que 35°C podem causar desnaturação celular dos micro-organismos. Isso explica não só a necessidade de controlar a temperatura do efluente internamente ao longo da ETE mas, também, quando descartado como efluente tratado nos corpos hídricos. O pH também deve ser monitorado e mantido neutro, em torno de 7,0, para que todas as reações metabólicas ocorram naturalmente. Em sistemas de tratamento contínuos, deve-se atentar para a manutenção do volume de mistura de lodo e efluente no tanque de aeração sempre constante (Giordano e Surerus, 2015). Saiba Mais Um conceito importante em engenharia é o tempo de retenção ou tempo de detenção hidráulica - TRH ou TDH. De acordo com Botkin e Keller (2011), o tempo médio de detenção é o tempo necessário para que parte de um determi nado material em um tanque seja reciclada. Quando o tamanho do tanque e a vazão são constantes, o tempo médio de detenção é a razão entre o volume total do tanque e a vazão através do tanque. Como observado, este tempo de detenção hidráulica é muito utilizado nos sistemas de tratamento com lodos ativados, cujo tanque de aeração utiliza o TDH para garantir a transferência de oxigênio para os flocos biológicos que atuam na decomposição da matéria orgânica. Outra aplicação importante é durante o tratamento preliminar, nos tanques de sedimentação ou desarenação, onde o TDH é importante para garantir a deposição das partículas sólidas no fundo do tanque. Para entender mais sobre o assunto, acesse o artigo disponibilizado. Para acessar este conteúdo, é necessário fazer login no Portal Unigranrio e estar com a Minha Bibliotecaaberta. Segundo Sant’anna Jr. (2010), a produção de lodo (Kg SSV/Kg DBO reduzido) também é diretamente proporcional à relação A/M. A presença de óleos e gorduras em elevadas concentrações no efluente que chega ao tanque de aeração pode causar intoxicação do lodo biológico com a consequente redução de sua atividade. A aeração do tanque normalmente é feita através de difusores dispostos no fundo do tanque, conforme mostra a figura 2, ou por aeradores mecânicos de superfície ou, ainda, por injeção de oxigênio puro. Leia mais 12 Processos Industriais e Tratamento de Efluentes https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-216-2277-2/pageid/690 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-216-2277-2/pageid/690 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-216-2277-2/pageid/690 Figura 2: Tanque de aeração com difusores submersos. Fonte: Dreamstime, 2018. Saiba Mais Um termo muito comum dos sistemas de tratamentos biológicos que utilizam os tanques de aeração com lodos ativados é a Idade do Lodo (ou tempo de retenção de sólidos, TRS). Apesar de parecer estranho, o termo indica mesmo o tempo de permanência do lodo (material sólido) dentro do sistema de tratamento. Este tempo, normalmente, fica em torno de quatro a dez dias, no caso dos sistemas de tratamento convencionais. Este período que o lodo permanece metabolizando a matéria orgânica dentro do tanque está relacionado com a eficiência do tratamento por lodos ativados. Quando o lodo ativado permanece mais tempo do que o previsto dentro do tanque, ele é considerado um lodo velho, cuja tendência é diminuir sua capacidade de degradação e, consequentemente, a eficiência de tratamento do sistema. (Sperling, 2005, p.303). Entenda mais acessando. Entenda mais acessando a leitura indicada. Para acessar este conteúdo, é necessário fazer login no Portal Unigranrio e estar com a Minha Biblioteca aberta. Leia mais 13Processos Industriais e Tratamento de Efluentes https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788580555240/pageid/699 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788580555240/pageid/699 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788580555240/pageid/699 1.1.2. Aeração Prolongada Neste caso, a biomassa permanece mais tempo no sistema de tratamento, com uma idade do lodo muito maior do que estipulada no sistema de lodos ativados convencional (quatro a dez dias), chegando entre 18 a 30 dias. Por isso, o processo é denominado lodos ativados com aeração prolongada. Nesse sistema, o tanque de aeração deverá ser maior; logo, receberá maior volume de efluente e o TDH aumentará para cerca de 16 a 24 horas, pois receberá maior quantidade de biomassa. Assim, haverá menos matéria orgânica em relação ao volume do tanque, e em relação à massa de micro-organismos. Dessa forma, as bactérias consomem, em seus processos metabólicos, a própria matéria orgânica que compõem suas células. Isso faz com que a biomassa seja estabilizada dentro do próprio tanque de aeração, diferentemente do que ocorre com o sistema convencional, onde a estabilização da matéria orgânica ocorre em separado. Tanto o sistema de lodos ativados convencional quanto o sistema de tratamento com aeração prolongada trabalham com fluxo contínuo de alimentação dos tanques, ou seja, o efluente entra e sai continuamente do reator biológico (Sperling, 2005). 1.1.3. Fluxo Intermitente De acordo com Sperling (2005), o sistema de fluxo intermitente, também chamado de reator sequencial em batelada – RSB ou reator em batelada sequencial – RBS, é uma variante do sistema de lodos ativados cuja principal característica é a realização de todas as etapas de tratamento, a saber, decantação primária, oxidação bioquímica, decantação secundária e remoção do lodo, tudo em um único tanque. Dessa forma, todas as unidades, processos e operações unitárias que normalmente são executadas no sistema convencional são incorporadas em um único reator, não havendo mais necessidade de várias unidades separadas. Este sistema em batelada pode utilizar tanto o método convencional quanto o de aeração prolongada de tratamento, que, por ser mais simples operacionalmente, acaba sendo mais empregado. O processo se desenvolve 14 Processos Industriais e Tratamento de Efluentes em um reator de mistura completa com ciclos operacionais com tempos de duração bem definidos. A biomassa permanece presente no reator ao longo de todos os ciclos, o que dispensa a necessidade de sistemas de separadores (decantador secundário). Para Metcalf e Eddy (2010), um reator RBS possibilita o tratamento de efluentes de forma intermitente, com operações de enchimento do reator, aeração, sedimentação do lodo e remoção do efluente tratado, com o processo de degradação biológica e a separação de sólidos ocorrendo no mesmo tanque. Com o desenvolvimento de controladores lógicos programáveis – CLP, simples, de baixo custo e a disponibilidade de sensores de nível e válvulas com atuação remota, o processo de tratamento com reator batelada sequencial – RBS passou a ser amplamente utilizado para o tratamento de efluentes gerados em instalações industriais com geração intermitente de efluentes. Os ciclos de tratamento de um RBS são: 1. Enchimento: o tanque é preenchido com o efluente; 2. Reação: a aeração é acionada e ocorre a mistura da biomassa com o efluente; 3. Sedimentação: ocorre a deposição e a separação do material sólido suspenso formado no efluente tratado; 4. Esvaziamento: remoção do efluente tratado do reator; 5. Repouso: etapa de ajuste operacional e retirada de lodo em excesso. Cada ciclo de tratamento tem uma duração que pode variar em função da vazão do efluente, das características do próprio efluente e da biomassa e dos objetivos do tratamento. Apesar de o descarte do lodo formado em excesso normalmente ser retirado na etapa de repouso, tal procedimento é opcional e pode ocorrer em qualquer das etapas anteriores. A quantidade e a frequência de remoção do lodo dependem da eficiência de tratamento que se deseja alcançar pelo sistema. 15Processos Industriais e Tratamento de Efluentes 1.1.4. Remoção de Nutrientes A remoção de nutrientes como nitrogênio (N) e fósforo (P) pode ser um dos objetivos do tratamento secundário de efluentes com características bem específicas, como elevadas cargas orgânicas, mas também dependem do impacto que podem causar aos corpos aquáticos. Os processos mais conhecidos empregados para a remoção de nitrogênio e fósforo são: ▪ Remoção de N e P em lagoas de estabilização; ▪ Remoção de N e P em sistemas de disposição controlada no solo; ▪ Remoção de N e P com lodos ativados e reatores aeróbios com biofilmes; ▪ Remoção de N e P com processos físico-químicos. Destes, destacam-se os sistemas de remoção de N e P em lagoas e em sistemas de lodos ativados e reatores aeróbios. Remoção de Nitrogênio e Fósforo em Lagoas: Segundo Sperling (2005), os principais mecanismos apontados para a remover nitrogênio em lagoas de estabilização são: ▪ Volatilização da amônia; ▪ Assimilação da amônia por algas; ▪ Assimilação de nitratos por algas; ▪ Nitrificação/desnitrificação; ▪ Sedimentação do nitrogênio orgânico sólido. Destes, a volatilização da amônia se destaca. A saída da amônia livre (NH3) para o ar atmosférico ocorre com a elevação do pH do meio, fazendo com que o equilíbrio químico da reação da amônia se desloque (NH3 + H+NH4+). Com pH em 9,5 quase metade da amônia se volatiliza. Com pH acima de 11,0 praticamente toda a amônia será liberada. Para remover fósforo, principalmente o fósforo orgânico e fosfatos em lagoas, utiliza-se o mecanismo de precipitação de fosfatos em pH elevado. O fosfato é precipitado na forma de sais de hidroxiapatita ou estruvita. 16 Processos Industriais e Tratamento de Efluentes Remoção de Nitrogênio e Fósforo com Lodos Ativados e Reatores Aeróbios Os sistemas de lodos ativados e os reatores aeróbios com biofilmes têm a capacidade de converter amônia em nitratoscom bastante eficiência. Este é o processo de nitrificação, onde há remoção de amônia, mas não de nitrogênio. A nitrificação ocorre normalmente em tanques de aeração com lodos ativados instalados em regiões de clima quente. Os filtros biológicos de baixa carga e os biocontactores aerados são os sistemas que permitem o desenvolvimento de bactérias nitrificantes para a nitrificação. Para remover o nitrogênio, é necessária a total ausência de oxigênio no meio, mas com nitratos (condição anóxica). As bactérias desnitrificantes consomem os nitratos convertendo-os a nitrogênio gasoso, que é liberado para a atmosfera. Para remover o fósforo por meio de sistemas biológicos (desfosfatação), é necessário que sejam feitas adaptações nos processos de lodos ativados. Para tal, deve-se criar essencialmente áreas anaeróbias e áreas aeróbias ao longo do tratamento. A zona anaeróbia funciona como uma espécie de seletor biológico para bactérias que acumulam fósforo. O lodo que é removido em excesso contém estes micro-organismos acumuladores de fósforo, que é removido juntamente do sistema. 1.2. Processos Facultativos Os processos facultativos, como o próprio nome diz, podem ser realizados de mais de uma forma, ou seja, é facultada a possibilidade de ocorrerem por meio de maneiras diferentes. No caso dos sistemas de tratamento biológicos, a diferença ocorre nos tipos de micro-organismos empregados para executar a decomposição da matéria orgânica: aeróbios, anaeróbios e facultativos (ou mistos). Como já estudado, aeróbios consomem oxigênio e anaeróbios, não. E os facultativos? Facultam-se o direito de metabolizar a matéria orgânica de acordo com a disponibilidade de oxigênio: se houver pouco oxigênio, agem como anaeróbios; se houver disponibilidade de oxigênio dissolvido no líquido, atuam como aeróbios. 1.2.1. Biocontactores O processo baseia-se na utilização de um biofilme suportado por tubos corrugados ou outros materiais que permitem que o efluente entre em contato com o biofilme e o ar atmosférico, alternadamente. Em pouco tempo, com o contato contínuo do efluente e com o suporte, ocorre a produção de biomassa. Com o passar do tempo, há um aumento da espessura da camada de biofilme, que impede a transferência de oxigênio do ar atmosférico e de substrato do efluente para os micro-organismos localizados mais internamente, próximos ao suporte. A tendência é que estes micro-organismos morram por falta de oxigenação e alimento (substrato), fazendo com que haja um desprendimento de lodo (biomassa) na forma de placas ou pequenos flocos. Estes flocos podem ser separados por sedimentação, sendo a fase decantada o efluente tratado. 1.2.2. Biodiscos Os biodiscos se assemelham aos biocontactores, porém,os suportes do biofilme têm formato de placas circulares que giram continuamente. Da mesma forma que acontece nos biocontactores, com o espessamento da camada de biofilme ocorre um desprendimento de biomassa que sofre deposição no fundo do tanque do biodisco. Dessa forma, ocorre a digestão do lodo. Após o sistema de biodiscos também há um decantador necessário para a remoção dos materiais sedimentáveis. O efluente tratado por este sistema facultativo apresenta aspecto cinzento, similar ao obtido nos filtros biológicos. 1.2.3. Filtros Biológicos O sistema de filtros biológicos é considerado o sistema de tratamento biológico mais antigo de todos utilizados para tratar efluentes domésticos ou industriais. 18 Processos Industriais e Tratamento de Efluentes Comparando com os demais sistemas de tratamento facultativos móveis com biocontactores ou biodiscos, os filtros biológicos apresentam um leito de contato (suporte) fixo, enquanto a distribuição do efluente é móvel, conforme mostra a Figura 3. Comparando com os demais sistemas de tratamento facultativos móveis com biocontactores ou biodiscos, os filtros biológicos apresentam um leito de contato (suporte) fixo, enquanto a distribuição do efluente é móvel, conforme mostra a Figura 3. Figura 3: Sistema facultativo de filtro biológico. Fonte: Dreamstime, 2018. A maior vantagem deste sistema é sua grande capacidade de suportar variações significativas de cargas orgânicas e de pH. Assim, é muito comum se utilizar os filtros biológicos associados a outros processos de tratamento biológico complementar. Nestes casos, se aproveita o baixo custo operacional dos filtros biológicos para reduzir a carga orgânica do efluente, complementando-se a eficiência desejada com um outro processo mais eficiente, mas de custo mais elevado. Outra característica importante dos filtros biológicos é a disposição dos micro-organismos nos suportes fixos dentro do tanque de filtragem. 19Processos Industriais e Tratamento de Efluentes Originalmente, estes suportes eram pedras britadas bem pequenas, mas hoje foram substituídas por materiais poliméricos com elevadíssima área superficial, que aumenta a quantidade de micro-organismos disponíveis no biofilme formado. Neste biofilme estão dispostas três camadas de micro- organismos, de dentro para fora: anaeróbios, facultativos e aeróbios. Os anaeróbios ficam próximos à parede do suporte, sem contato com o ar atmosférico; os facultativos, ora atuam anaerobiamente, ora se comportam como aeróbios; e os micro-organismos aeróbios decompõem a matéria orgânica presente no efluente na presença do ar atmosférico. Dessa forma, os diferentes tipos de micro-organismos atuam de maneira sinérgica, decompondo quase todo tipo de substrato, o que confere ao sistema de tratamento uma grande versatilidade já comentada. 1.2.4. Lagoas Facultativas Fotossintéticas As lagoas de estabilização facultativas são as mais simples, tanto do ponto de vista construtivo quanto operacional. Neste processo, ocorre, basicamente, a formação de três zonas de estratificação da coluna d’água: ▪ uma camada superficial: zona aeróbia, localizada na parte superior da lagoa, que está em contato com o ar atmosférico e recebe a luz solar diretamente; ▪ uma camada intermediária: zona facultativa, onde ocorrem os processos aeróbios e anaeróbios nas interfaces; ▪ uma camada de fundo: a zona anaeróbia. O efluente que alimenta a lagoa será decomposto pelas bactérias aeróbias, que recebem oxigênio das algas formadas na camada mais próxima da superfície e realizam o processo de fotossíntese. em seguida, liberam oxigênio e consomem o gás carbônico produzido pelas bactérias aeróbias. Na interface superior da zona facultativa, ocorrem processos aeróbios, onde a luz solar ainda consegue penetrar, enquanto na interface inferior ocorrem processo anaeróbios, com redução da oxigenação. 20 Processos Industriais e Tratamento de Efluentes Na zona anaeróbia, formam-se o lodo biológico que, de tempos em tempos, deverá ter seu excesso removido. Importante Como o sistema é totalmente natural, é necessário que a profundidade máxima da lagoa não ultrapasse 1,5 a 2,0 m. Assim, as diferentes zonas podem se formar naturalmente: zona aeróbia, mais próxima da superfície, zona anaeróbia, localizada no fundo, por isso, não pode ser muita funda. Normalmente, o período de TDH dessas lagoas é longo, em torno de 20 dias, para que ocorra a estabilização da matéria orgânica. Para que a fotossíntese ocorra plenamente, é necessário que exista uma grande área superficial de exposição, que permita às algas absorver grandes quantidades de energia solar. Por isso, as lagoas de estabilização facultativas exigem grandes áreas para sua implantação, sendo considerada a maior dentre os sistemas de tratamento de efluentes e esgotos. Entretanto, operacionalmente, são as mais simples, o que pode ser interessante para países em desenvolvimento que disponham de áreas livres (Sperling, 2005). 1.2.5. Lagoas Aeradas Facultativas As lagoas aeradas facultativas são projetadas para operar com consumo de energia menor que o das lagoas aeradas aeróbias, citadas anteriormente . Neste tipo de lagoa, há uma segmentação em camadas onde,em uma parte, ocorre a suspensão da biomassa e, em outra a, sedimentação. Na camada superior da lagoa, há maior oxigenação devido aos aeradores superficiais que permite que a matéria orgânica solúvel finamente particulada seja decomposta aerobiamente. Como os sólidos tendem a se sedimentar, há formação de uma camada de lodo de fundo que sofre decomposição anaeróbia. O sistema acaba se comportando como uma lagoa facultativa convencional, porém com o sistema de aeração mecanizada. 21Processos Industriais e Tratamento de Efluentes 1.3. Processos Anaeróbios São considerados os processos de tratamento biológico estritamente anaeróbios, ou seja, só se desenvolvem na completa ausência de oxigênio dissolvido no meio líquido ou total isolamento do ar atmosférico. Segundo Metcalf e Eddy (2010), os processos anaeróbios de tratamento são mais vantajosos que os processos aeróbios e têm sido utilizados como alternativa ao tratamento aeróbio para efluentes com baixa ou alta carga orgânica. Importante Existem algumas vantagens e desvantagens dos processos de tratamento anaeróbios em relação aos aeróbios, que podem ser observadas no quadro a seguir: Vantagens Desvantagens Menor consumo de energia. Maior tempo de espera para desenvolvimento da biomassa. Menor produção de lodo biológico. Pode requerer a adição de alcalinizante para elevar o pH. Menor quantidade de nutrientes. Pode necessitar de tratamento adicional para atingir os padrões de emissão do efluente. Produção de metano (CH4). Não permite a remoção de nitrogênio ou fósforo. Menor volume do reator. Mais sensível aos efeitos da baixa temperatura nas taxas de reação. Potencial para baixa pegada de carbono. Mais suscetível às perturbações decorrentes da presença de substâncias tóxicas ou variações nas características do efluente. Capacidade de resposta à adição de substrato mesmo após longos períodos sem adição. Possibilidade de geração de maus odores e gases corrosivos. Quadro 3: Vantagens e desvantagens dos processos de tratamento anaeróbios. Fonte: Metcalf e Eddy, 2010. O baixo consumo energético, a possibilidade de produção de gás metano combustível e característica de baixo impacto em termos de gases de efeito estufa (pegada de C) são grandes vantagens que devem ser levadas em consideração nos projetos de ETEs. 22 Processos Industriais e Tratamento de Efluentes Conforme as informações colhidas por Sperling (2005), existem inúmeras variantes de reatores anaeróbios, sendo os mais importantes os filtros anaeróbios (sem aplicação industrial relevante) e os reatores UASB (Upflow Anaerobic Sludge Blanket) ou RAFA (Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente), com manta de lodo, descrito a seguir. 1.3.1. Reator UASB ou RAFA Os reatores UASB, como são comumentes identificados, são reatores anaeróbios de manta de lodo muito mais empregados no tratamento de esgoto sanitários, mas que têm aplicações interessantes em efluentes industriais com altas taxas de matéria orgânica biodegradável. É o caso, por exemplo, de algumas indústrias alimentícias, produtores de bebidas como refrigerantes e cervejas, ou laticínios e frigoríficos. Mais adiante, estes efluentes voltarão a ser discutidos. Nos reatores UASB, diferentemente dos filtros biológicos, a biomassa se desenvolve dispersa no meio líquido, não aderindo a nenhum tipo de suporte. A própria biomassa em crescimento cria pequenos grãos que acabam servindo de meio suporte para outra bactérias, aumentando a eficiência do sistema. existe também uma elevada concentração de microorganismos dentro do reator, o que acaba caracterizando a denominação de manta de lodo. Isto acaba permitindo uma redução significativa no volume do tanque de reação. Como o nome já diz, há um fluxo ascendente de efluente que entra no fundo do tanque e se encontra com a manta de lodo, fazendo com que haja adsorção de grande parte da matéria orgânica pelos micro-organismos. Como resultado da ação anaeróbia, ocorre a produção de gases como metano e gás carbônico, que também ascendem para o topo do tanque. Para evitar a perda de biomassa por arraste dos gases e fluxo do efluente tratado, existe uma estrutura na parte superior do tanque em forma de cone invertido, denominada separador trifásico, capaz de separar a biomassa sólida que retorna para o corpo do reator, dos gases formados e do líquido tratado. 23Processos Industriais e Tratamento de Efluentes Estes gases podem ser coletados e utilizados como fonte combustível. Neste tipo de sistema, a Idade do Lodo é bastante alta e o TDH muito menor que os demais sistemas, em torno de 6 a 10 horas. Em geral, há uma baixa produção de lodo, que deve ser retirado periodicamente, mas que já sai bem digerido e adensado, seguindo direto para um sistema de secagem. Como a eficiência característica destes processos de tratamento não ultrapassa 70%, há necessidade de realizar um pós-tratamento para atingir a eficiência desejada. 2. Processos Aeróbios São os processos de tratamento biológico estritamente aeróbios, ou seja, só se desenvolvem na presença de oxigênio dissolvido no meio líquido ou disponível no ar atmosférico. 2.1. Lagoas Aeradas Aeróbias Nas lagoas aeróbias, o sistema de aeração funciona de forma a uniformizar toda a biomassa, distribuindo-a pelo líquido, evitando qualquer possibilidade de sedimentação de lodo neste tipo de lagoa. As lagoas aeradas aeróbias operam de maneira similar aos tanques de aeração de lodos ativados, porém sem haver recirculação de lodo. De maneira geral, estas lagoas são instaladas em série, com lagoas de decantação ou lagoas aeradas facultativas. 24 Processos Industriais e Tratamento de Efluentes Síntese Em resumo, nesta unidade foi possível observar os principais sistemas de tratamento biológicos, suas características operacionais, vantagens e desvantagens. Verificamos também a importância dos sistemas preliminares e primários que preparam o efluente para o tratamento secundário, onde são empregados basicamente micro-organismos de três tipos distintos, a saber: aeróbios, facultativos e anaeróbios. Cada um deles apresenta peculiaridades que possibilitam seu emprego num determinado sistema ou processo. O estudo mais aprofundado dos lodos ativados permite compreender a importância que este tipo de tratamento tem nas ETEs, que recebem cargas poluidoras com elevados graus de matéria orgânica biodegradável. Também foram discutidos outros processos de tratamento com micro-organismos, como os filtros biológicos, as lagoas de equalização e os reatores anaeróbios, tipo UASB, em franco desenvolvimento para aplicações no tratamento de efluentes industriais. 25Processos Industriais e Tratamento de Efluentes Referências Bibliográficas BOTKIN, Daniel B., KELLER, Edward A. Ciência ambiental: Terra, um planeta vivo, 7 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011. Disponível em: https:// integrada.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-216-2277-2/pageid/5. Acesso em: 19 mai. 2018. DREAMSTIME (S.i) (Org.). Waste water treatment. 2018. Disponível em: https:// www.dreamstime.com/stock-image-waste-water-treatment-image22658911. Acesso em: 21 maio 2018. DREAMSTIME (S.i.) (Org.). Wastewater treatment. 2018. Disponível em: https://www.dreamstime.com/stock-photo-wastewater-treatment-air- diffuser-undertaking-image59776090. Acesso em: 21 maio 2018. GIORDANO, Gandhi. Notas de aula da disciplina de Tratamento e Controle de Efluentes Industriais. Curso de Mestrado em Engenharia Ambiental. Rio de Janeiro: PEAMB/UERJ, 2008. ______. SURERUS, Victor. Efluentes industriais. 1 ed. Rio de Janeiro: Publit. 2015. METCALF & EDDY. Tratamento de efluentes e recuperação de recursos. 5 ed. Porto Alegre: AMGH, 2016. PHILIPPI Jr., Arlindo; ROMÉRO, Marcelo de Andrade; BRUNA, Gilda Collet (editores). Curso de gestão ambiental. 2 ed. Barueri: Manole, 2014, v.13. SANT’ANNA JR. Geraldo Lippel. Tratamento biológico de efluentes: fundamentos e aplicações. 1 ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2010, p.418. SPERLING, MarcosVon. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. 3 ed. Belo Horizonte: UFMG, 2005. v.1. 26 Processos Industriais e Tratamento de Efluentes https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-216-2277-2/pageid/5 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-216-2277-2/pageid/5 https://www.dreamstime.com/stock-image-waste-water-treatment-image22658911 https://www.dreamstime.com/stock-image-waste-water-treatment-image22658911 https://www.dreamstime.com/stock-photo-wastewater-treatment-air-diffuser-undertaking-image59776090 https://www.dreamstime.com/stock-photo-wastewater-treatment-air-diffuser-undertaking-image59776090 Processos Industriais Objetivos Introdução 1. Processos Industriais 1.1. O que são Processos Industriais? 1.2. Histórico 1.3. Poluição Industrial Síntese Referências Bibliográficas Processos Industriais Objetivos Introdução 1. Processos Industriais 1.1. O que são Processos Industriais? 1.2. Histórico 1.3. Poluição Industrial Síntese Referências Bibliográficas A Água e os Efluentes Industriais Objetivos Introdução 1. Poluição da Água 1.1. Caracterização da Água 1.1.2. Características Físico-químicas da Água 1.1.2.1. Densidade 1.1.2.2. Viscosidade 1.1.2.3. Calor Específico 1.1.2.4. Cor e Turbidez 1.1.2.5. Tensão Superficial 1.1.2.6. Solubilidade 1.1.2.7. O pH 1.2. Ciclo Hidrológico e suas Intervenções 1.2.1. Evapo-transpiração 1.2.2. Precipitação 1.2.3. Escoamento Superficial e Subterrâneo 1.2.4. Infiltração 1.3. Ciclo Hidrológico não Natural Síntese Referências Bibliográficas Poluição da Água Objetivos Introdução 1. Poluentes da Água 1.1 Aumento de Temperatura 1.2 Material Nutriente 1.3 Material Sólido em Suspensão 1.3.1 Classificação dos Materiais Sólidos na Água 1.3.1.1 Tamanho 1.3.1.2 Classificação Química 1.4 Micro-organismos Patogênicos 1.5 Substâncias Orgânicas 1.5.1 Substâncias Orgânicas Biodegradáveis 1.5.2 Substâncias Orgânicas Recalcitrantes ou Refratárias 1.6 Substâncias Metálicas 1.7 Substâncias Radioativas Síntese Referências Bibliográficas Referências Bibliográficas Síntese Introdução 1. Importância da Qualidade da Água e dos Efluentes Industriais 2. Parâmetros para Caracterização da Água e dos Efluentes 2.1. Parâmetros de Caracterização Quantitativos 2.1.1. Vazão 2.1.1.1. Cubagem 2.1.1.2. Hidrômetros 2.1.1.3. Vertedores 2.1.1.4. Calha Parshall 2.1.1.5. Fluxômetros 2.1.1.6. Traçadores Radioativos Ou Fluorimétricos 2.1.2. Parâmetros de Caracterização Qualitativos 2.1.2.1. Parâmetros Físicos 2.1.2.1.1. Cor 2.1.2.1.2. Turbidez 2.1.2.1.3. Temperatura 2.1.2.1.4. Sólidos 2.1.2.1.5. Densidade 2.1.2.1.6. Condutividade 2.1.2.2. Parâmetros Químicos Orgânicos 2.1.2.2.1. Demanda Química de Oxigênio (DQO) 2.1.2.2.2. Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) 2.1.2.2.3. Carbono Orgânico Total (COT) 2.1.2.2.4. Fenóis 2.1.2.2.5. Surfactantes 2.1.2.2.6. Hidrocarbonetos 2.1.2.2.7. Pesticidas 2.1.2.3. Parâmetros Químicos Inorgânicos 2.1.2.3.1. pH (potencial hidrogeniônico): 2.1.2.3.2. Dureza 2.1.2.3.3. Alcalinidade Total 2.1.2.3.4. Oxigênio Dissolvido (OD) 2.1.2.3.5. Compostos Nitrogenados 2.1.2.3.6. Compostos Sulfurados 2.1.2.3.7. Cloretos 2.1.2.3.8. Metais 2.1.2.3.9. Compostos de Enxofre 2.1.2.4. Parâmetros Biológicos Objetivos _GoBack Estação de Tratamento de Efluentes: Preliminar e Primário Objetivos Introdução 1. Amostragem de Efluentes Industriais 1.1. Amostragem 1.2. Amostragem de Efluentes Industriais 2. Processos de Tratamento de Efluentes Líquidos 2.1. Processos de Tratamentos Físicos 2.2. Processos de Tratamentos Químicos Síntese Referências Bibliográficas _GoBack Efluentes Industriais: Tratamentos Secundários Objetivos Introdução 1. Processos Biológicos Aeróbios 1.1 Lodos Ativado 1.1.1. Lodos Ativados Convencionais 1.1.2. Aeração Prolongada 1.1.3. Fluxo Intermitente 1.1.4. Remoção de Nutrientes 1.2. Processos Facultativos 1.2.1. Biocontactores 1.2.2. Biodiscos 1.2.3. Filtros Biológicos 1.2.4. Lagoas Facultativas Fotossintéticas 1.2.5. Lagoas Aeradas Facultativas 1.3. Processos Anaeróbios 1.3.1. Reator UASB ou RAFA 2. Processos Aeróbios 2.1. Lagoas Aeradas Aeróbias Síntese Referências Bibliográficas _zhnhokerhxm1 _24elpcstqhnx _gjdgxs Processos Específicos para Tratamento e Gestão de Efluentes Industriais Objetivos Introdução 1. Legislação Ambiental Aplicada 2. Estações de Tratamento de Efluentes (ETE) Aplicadas às Indústrias Alimentícias 2.1 Indústria de Bebidas 2.2 Indústria de Pescados 2.3 Indústria de Frigoríficos 2.3.1 Abatedouros de Bovinos ou Suínos 2.3.2 Abatedouro de Aves 2.4 Indústria de Laticínios 3. Estações de Tratamento de Efluentes Aplicadas às Indústrias Químicas 3.1 Indústria de Tintas 3.2 Indústria Têxtil 3.3 Indústria Petroquímica 3.4 Indústria Farmacêutica 3.5 Indústria de Papel e Celulose 3.6 Indústria de Galvanoplastia Síntese Referências Processos Específicos para Tratamento e Gestão de Efluentes Industriais Objetivos Introdução 1. Legislação Ambiental Aplicada 2. Estações de Tratamento de Efluentes (ETE) Aplicadas às Indústrias Alimentícias 2.1 Indústria de Bebidas 2.2 Indústria de Pescados 2.3 Indústria de Frigoríficos 2.3.1 Abatedouros de Bovinos ou Suínos 2.3.2 Abatedouro de Aves 2.4 Indústria de Laticínios 3. Estações de Tratamento de Efluentes Aplicadas às Indústrias Químicas 3.1 Indústria de Tintas 3.2 Indústria Têxtil 3.3 Indústria Petroquímica 3.4 Indústria Farmacêutica 3.5 Indústria de Papel e Celulose 3.6 Indústria de Galvanoplastia Síntese Referências
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