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Tratamento de Efluentes Industriais - INDÚSTRIA DE COSMÉTICOS

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E 
TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, 
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS CÂMPUS GOIÂNIA 
DEPARTAMENTO DE ÁREAS ACADÊMICAS II - COORDENAÇÃO DE 
ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Indústria de Cosmético – Aparecida de 
Goiânia 
 
 
 
 
 
 
 
Camylla Carneiro Rodrigues 
Kiaya Geomy C. Araújo 
Marília Gabriela Rocha 
Matheus Rodrigues 
Rhayane Andrade 
 
 
 
 
 
 
Goiânia 
2019 
 
Camylla Carneiro Rodrigues 
Kiaya Geomy C. Araújo 
Marília Gabriela Rocha 
Matheus Rodrigues 
Rhayane Andrade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Indústria de Cosméticos – Aparecida de 
Goiânia 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado na disciplina de 
Tratamento de efluentes industriais do 
Curso de Engenharia Ambiental e 
Sanitária do Instituto Federal de Goiás – 
Campus Goiânia. 
Professor: Marlon Capanema 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia, 2019 
 
 
Sumário 
 
1.Pré projeto………………………………………………………………………… 
1.1 Introdução …………………………………………………………………………. 
1.2 Objetivo ……………………………………………………………………….. 
1.2.1 Objetivos gerais…………………………………………………………….. 
1.2.2 Objetivos específicos ……………………………………………………... 
1.3 Caracterização do processo industrial …………………………………………. 
1.4 Caracterização do esgoto industrial afluente à ETE…………………………… 
1.4.1 Identificação das unidades geradoras de efluentes líquidos……….. 
1.4.2 Parâmetros físicos, químicos e microbiológicos de interesse ………… 
1.4.3 Concentração dos parâmetros de interesse …………………………. 
1.4.4 Equivalência populacional ………………………………………... 
1.5 Caracterização do corpo receptor ………………………………………………. 
1.5.1 Nome, localização e classificação do rio……………………………… 
1.5.2 Padrões de lançamento de efluentes e legislação correlata………….. 
1.6 Identificação de potenciais tecnologias para o tratamento do esgoto 
industrial ….. 
 1.6.1 Processo de Tratamento de …………………………………………….. 
1.6.2 Flotação……………………………………………………………….. 
1.6.3 Floculação……………………………………………………………….. 
1.6.4 Processo de Separação por Membrana………………………………... 
1.6.5 Sedimentação …………………………………………………………... 
1.6.6 Carvão ativado ………………………………………………………….. 
2 Seleção da alternativa de tratamento, devidamente justificada com base em 
bibliografia técnica, científica e normativa ...................................................... 
3 Memorial descritivo 
3.1 Fluxograma do tratamento 
3.2.2 Calha parshall 
3.2.3 Tanque de equalização 
3.2.4 Coagulação e floculação 
3.2.5 Flotação 
3.2.6 Tanque de aeração 
3.2.7 Decantador 
3.2.8 Filtro de carvão ativado 
3.2.9 Lodo excedente 
4 Memorial de cálculo 
4.1 Gradeamento 
4.3 Tanque de Equalização 
4.4 Tanque de coagulação e floculação 
4.5 Tanque de Flotação 
4.6 Tanque de Aeração 
4.7 Decantador 
5 Perfil Hidráulico 
6 Plantas 
7 Estudo das Cargas Poluidoras no Ponto de Lançamento e Atendimento à 
Legislação 
8 Conclusão 
9 Referências 
10 Anexos 
 
 
1. PRÉ-PROJETO 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 O mundo da beleza está cada vez mais concorrido comercial e 
industrialmente. Com o crescimento do ramo, a concorrência viabiliza a 
necessidade de investimentos em novas ideias, novos produtos e tecnologias, 
trazendo para o empreendedor a necessidade de acompanhar a concorrência e 
as tendências diariamente. Com isso as indústrias de cosméticos vem tomando 
um grande avanço e uma grande importância na economia nacional, destacadas 
por empreendimentos de pequeno e médio porte. 
 Graças a seu grande consumo de água durante seu processo de produção, 
um importante setor é o de tratamento e destinação de efluentes líquidos 
gerados, tendo como obrigação, prevista por lei, dar a destinação correta para 
estes resíduos. Portanto o lançamento de efluentes é regulamentado em 
legislação federal, para que a indústria tome os devidos cuidados seguindo a 
linha sustentável. 
 
 
2. OBJETIVOS 
 
1. OBJETIVOS GERAIS 
O objetivo deste trabalho é conhecer o processamento industrial de 
cosméticos, os resíduos gerados deste processo e os sistemas de tratamento 
de efluentes líquidos das indústrias dessa área. 
 
2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Fornecer elementos técnicos de caracterização do esgoto industrial 
afluente à Estação de Tratamento de Esgoto – ETE; identificar as unidades 
geradoras de efluentes líquidos; identificar os parâmetros físicos, químicos; 
identificar as concentrações dos parâmetros de interesse; caracterizar o corpo 
receptor desse efluente e apresentar as principais tecnologias para o 
tratamento desse esgoto industrial. 
 
3. CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO INDUSTRIAL 
 
Tratando-se da fabricação dos produtos de uma indústria de cosméticos 
deve-se realizar em ambientes que mantenham os produtos protegidos de 
possíveis contaminações pela presença de microorganismos ou agentes 
químicos, normalmente, presentes no ar, água e solo; e geralmente é 
construído da seguinte forma: a produção é realizada por batelada, baseando-
se principalmente em operações unitárias de homogeneização, aquecimento e, 
ou resfriamento; exige uma grande variedade de matérias-primas e produtos 
auxiliares; utiliza um volume considerável de embalagens e, consome um 
grande volume de água e um nível médio de energia, visto que grande parte 
dos processos são realizados à temperatura ambiente ou, quando necessário 
aquecimento, adota-se temperatura máxima de 80°C, em função da 
característica da maioria das matérias-primas que se degradam quando 
expostas a temperaturas superiores (WILKINSON e MOORE, 1990). 
 O fluxograma mostra as principais etapas de um processo industrial de 
cosméticos:
 
 
Sendo cada etapa de produção enumerada a seguir (CETESB; 
ABIHPEC, 2005; ALVES, 2009): 
 
1. Recebimento de matérias-primas: A chegada de materiais para 
produção deve seguir procedimentos estabelecidos, cada despacho 
deve ser registrado e verificada a sua conformidade. Os registros 
devem conter informação que permita a identificação do produto. Caso 
os materiais não estejam dentro dos padrões que foram definidos pelo 
INMETRO, os mesmos são devolvidos para o fornecedor. Nessa etapa 
também podem ser feitas verificações através de análises e 
amostragens. 
2. Armazenagem: Os materiais, bem como o produto acabado, devem 
ser armazenados em condições apropriadas que depende de cada 
tipo de produto, de forma a garantir uma identificação eficiente do lote, 
como também uma correta rotação. Deve existir um sistema que evite 
o uso de material rejeitado, bem como do material que não tenha sido 
analisado. Pode haver separação de produtos, por razões de 
compatibilidade, bem como necessidade de condições especiais de 
conservação, como, por exemplo, refrigeração. 
 
3. Pesagem e separação de matérias-primas para produção do lote: 
As matérias-primas são separadas e pesadas antecipadamente, de 
acordo com as quantidades necessárias, conforme a fórmula do 
produto que irá ser fabricado.Devem ser pesadas em recipientes 
limpos, balanças aferidas conforme o peso, bem como é preciso tomar 
precauções que evitem a contaminação, e guardar os recipientes de 
matéria-prima para se evitar que as mesmas possam ser modificadas. 
Somente depois disso elas são encaminhadas à produção. 
 
4. Produção: Como existe uma grande diversidade de produtos e 
diferentes formas nos seus processos produtivos, geralmente divide-se 
a produção por famílias, que geralmente são: sistemas emulsionados ou 
emulsões; sistemas de baixa tensão superficial ou tensoativos; sistemas 
solúveis ou soluções; sistemas coloidais ou colóides e sistemas anidros. 
Nessa etapa acontece a limpeza e sanitização dos reatores,adição 
das matérias-primas pesadas e de água purificada aos reatores e o 
aquecimento ou resfriamento dos reatores com agitação, conforme as 
necessidades de cada produto, que depende da família. 
 
5. Análises: Depois de se finalizar, o lote produzido é amostrado e levado 
a análises físico-químicas e microbiológicas (quando aplicável), e, após 
se obter um resultado positivo, este é levado para envase/embalagem. 
Nos casos em que o produto acabado não está de acordo com os 
padrões estabelecidos, o lote poderá ser reprocessado a fim de atender 
às exigências/padrão de qualidade e reaproveitado na fabricação de 
outros produtos ou descartado. 
 
6. Envase/Embalagem: Quando se comprova que o produto está 
adequado o mesmo é colocado em recipientes apropriados e identificados. Esta 
etapa envolve o acondicionamento de produtos em frascos (plásticos ou de 
vidro), sacos, bisnagas ou o empacotamento. Depois de embalado, o produto 
é identificado por rótulo ou impressão. 
 
7. Armazenamento de produtos acabados: O produto, já acondicionado 
em embalagem para comercialização, é encaminhado para a área de 
armazenamento, onde permanece até que seja enviado ao cliente. 
 
8. Expedição: Ponto de saída dos produtos acabados para o comércio. 
 
4. CARACTERIZAÇÃO DO ESGOTO INDUSTRIAL 
AFLUENTE À ETE 
A geração de efluentes líquidos nas indústrias de cosméticos depende, 
basicamente, da maneira e frequência em que ocorrem as operações de 
lavagem de equipamentos. Como medida para redução do consumo de água 
e, consequentemente, da geração de efluentes líquidos, é recomendada e 
adotada em algumas indústrias de cosméticos a remoção mecânica ou por 
sistemas à vácuo do resíduo aderido à parede interna dos reatores e demais 
equipamentos das linhas de produção e envase, antes do início do processo 
de lavagem propriamente dito (CETESB; ABIHPEC, 2005). Em relação à sua 
composição, os efluentes do setor variam significativamente em função do tipo 
de produto elaborado, mas apresentam normalmente elevada DQO e 
concentrações de compostos orgânicos de reduzida biodegradabilidade, como 
conservantes, misturas de surfactantes, óleos e graxas, corantes e fragrâncias 
(BAUTISTA et al., 2007; EL-GOHARY et al., 2010; PERDIGÓN-MELÓN et al., 
2010; MELO et al., 2013). 
 
1. IDENTIFICAÇÃO DAS UNIDADES GERADORAS DE EFLUENTES 
LÍQUIDOS 
Os efluentes líquidos sanitários e industriais são tratados separadamente. 
Os efluentes industriais são provenientes das atividades de produção, como 
lavagem dos reatores, setor de envase e laboratórios, juntamente com as 
matérias-primas e produtos vencidos, além do volume gerado pela purga dos 
compressores e das soluções empregadas no processo de regeneração das 
colunas catiônicas e aniônicas, do processo de deionização da água 
incorporada aos produtos. A tabela 1 resume a classificação dos principais 
resíduos líquidos produzidos nas indústrias de cosméticos. 
Tabela 1 – Classificação dos resíduos líquidos e correlação com as operações que os 
geram – Indústria de Cosmético 
Tipologia Resíduo Líquido Periculosidade Operação Geradora 
Pesagem e separação da 
matéria-prima 
Não 
perigoso 
Limpeza dos 
equipamentos 
Produção Não 
perigoso 
Lavagem dos reatores 
Análises Não 
perigoso 
Produtos vencidos 
Envase/Embalagem Não 
perigoso 
Limpeza dos 
equipamentos 
 
 
2. PARÂMETROS FÍSICOS, QUÍMICOS E 
MICROBIOLÓGICOS DE INTERESSE 
Os efluentes produzidos nas indústrias de cosméticos apresentam 
características muito próprias, pois dependem do tipo de cosmético que está 
sendo produzido. São gerados em grandes quantidades e praticamente ao 
longo de todo o processo industrial. 
Nessas indústrias, assim como em vários tipos de indústria, o alto consumo de 
água acarreta grandes volumes de efluentes - 80 a 95% da água consumida é 
descarregada como efluente líquido. 
Segundo a resolução do CONAMA 430, é preciso analizar alguns 
parâmetros específicos nos efluentes industriais, dentre esses parâmetros 
existem aqueles que são de suma importância em uma indústria de cosméticos, 
levando em consideração o processo produtivo, que são eles: pH, temperatura, 
DBO, DQO, fósforo, nitrogênio amoniacal, nitrito, nitrato, sólidos totais, oxigênio 
dissolvido, óleos e graxas . 
 
3. CONCENTRAÇÕES DOS PARÂMETROS DE INTERESSE 
Seguem alguns dados de cargas e concentrações de parâmetros nos 
efluentes líquidos de indústrias de cosméticos na tabela 2 abaixo. 
 
Tabela 2 – concentrações médias de parâmetros físico-químicos em uma 
indústria anônima 
Parâmetro (unidade) Cosmético 
 pH 5,6 
 Temperatura (°C) 23,4 
DBO (mg/L) 408 
DQO (mg/L) 680 
 Fósforo(mg/L) 4,28 
Nitrogênio Amoniacal (mg/L) 9 
Nitritos (mg/L) 0,98 
Nitratos (mg/L) 0,47 
Sólidos totais (mg/L) 335 
Oxigênio Dissolvido (mg/L) 3,1 
 
 
 
 
4. EQUIVALENTE POPULACIONAL 
O Equivalente populacional (E.P.) traduz a equivalência entre potencial 
poluidor de uma indústria (comumente em termos de matéria orgânica) e uma 
determinada população a qual produz essa mesma carga poluidora. 
O cálculo do Equivalente populacional se dá pela seguinte fórmula: 
 
E.P. = Carga (kg/d) / Contribuição per capita de DBO (kg/hab.d) 
 
A indústria de cosméticos em questão possui os seguintes dados de operação: 
 
• Concentração de DBO: 408 mg/L (tabela 2, valor médio); 
• Vazão industrial: 0,005 m³/s ou seja 4.32 m³/dia 
 
 
 
 
O valor de contribuição per capita de DBO frequentemente utilizado é de 
54gDBO/hab.d (NBR 12.209/1992). 
 
Assim, temos: 
 
Carga (kg/d) = 432.000 L/dia x 408.10-6kg/L = 176,256 Kg/dia 
 
E.P. = 176,256 kg/ DBO /dia ÷ 0,054 kg/ DBO /pessoa.dia = 3.264 pessoas 
 
A indústria possui, portanto, uma carga de DBO do efluente industrial 
equivalente à carga gerada pelo esgoto bruto de uma população aproximada 
de 3.264 habitantes. 
 
5. CARACTERIZAÇÃO DO CORPO RECEPTOR 
1. NOME, LOCALIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DO RIO 
 
O empreendimento em questão se trata de uma indústria de cosméticos, 
que se encontra instalada na Av. Maria Elias Lisboa Santos - Av. Guaranis - 
Parque Industrial, Aparecida de Goiânia – GO, com as coordenadas geográficas 
16°49'8.85"S 49°12'47.74"O. 
 
A figura 1 apresenta a localização do empreendimento, juntamente com o curso hídrico receptor 
do efluente. 
 
 
Figura 1. Localização do empreendimento 
 
O corpo receptor será o Córrego da Lagoa, um corpo hídrico de classe ll. 
As suas características Físico- Químicos. São apresentadas Abaixo: 
 
• Totais de Sólidos Dissolvidos (ppm) = 48 
• pH = 7,57 
• Temperatura (T°C) = 22,2 
• Condutividade Elétrica – CE (µS) = 94 
• Vazão do Rio = 400 L/s 
 
 A análise de pH caracteriza possíveis alterações no equilíbrio ácido-
básico das águas. As medições de Condutividade Elétrica referem-se à 
potencialidade de aportes de compostos solúveis em geral, indicando o grau de 
condução elétrica relacionado a sua concentração iônica. O parâmetro de 
Sólidos Totais Dissolvidos está relacionado aos teores de material particulado e 
solúvel. 
 
2. PADRÕES DE LANÇAMENTO DE EFLUENTES E LEGISLAÇÃO 
CORRELATA 
Segundo RESOLUÇÃO CONAMA 430, DE 13 DE MAIO DE 2011 que 
dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, 
complementa e altera a Resolução no 357, de 17 de março de 2005, do 
Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA. 
Seção II Das Condições e Padrões de Lançamento de 
Efluentes 
Art. 16. Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente 
poderão ser lançados diretamente no corpo receptor 
desde que obedeçam às condições e padrões previstos 
neste artigo, resguardadas outras exigências cabíveis: 
1 - Condições de lançamento de efluentes: 
 
a. pH entre 5 a 9; 
 
b. temperatura:inferior a 40°C, sendo que a variação de temperatura do 
corpo receptor não deverá exceder a 3°C no limite da zona de mistura; 
d) regime de lançamento com vazão máxima de até 1,5 vez a vazão média do 
período de atividade diária do agente poluidor, exceto nos casos permitidos 
pela autoridade competente; 
e) óleos e graxas: 
 1. óleos minerais: até 20 mg/L; 
2. óleos vegetais e gorduras animais: até 50 mg/L; 
 
Art. 17. O órgão ambiental competente poderá definir 
padrões específicos para o parâmetro fósforo no caso de 
lançamento de efluentes em corpos receptores com 
registro histórico de floração de cianobactérias, em 
trechos onde ocorra a captação para abastecimento 
público. 
 Art. 18. O efluente não deverá causar ou possuir 
potencial para causar efeitos tóxicos aos organismos 
aquáticos no corpo receptor, de acordo com os critérios 
de ecotoxicidade estabelecidos pelo órgão ambiental 
competente. 
§ 2o Cabe ao órgão ambiental competente a 
especificação das vazões de referência do efluente e do 
corpo receptor a serem consideradas no cálculo da 
Concentração do Efluente no Corpo Receptor-CECR, 
além dos organismos e dos métodos de ensaio a serem 
utilizados, bem como a frequência de eventual 
monitoramento. 
Art. 28. O responsável por fonte potencial ou efetivamente 
poluidora dos recursos hídricos deve apresentar ao órgão 
ambiental competente, até o dia 31 de março de cada ano, 
Declaração de Carga Poluidora, referente ao ano anterior. 
Segundo DECRETO Nº 1.745, DE 06 DE DEZEMBRO DE 1979 que 
aprova o regulamento da Lei nº 8.544, de 17 de outubro de 1978, que dispõe 
sobre a prevenção e o controle da poluição do meio ambiente.0 
Art. 11 - Nas águas de classe 2 não poderão ser lançados 
afluentes, mesmo tratados, que prejudiquem sua qualidade 
pela alteração dos seguintes parâmetros ou valores: 
I - virtualmente ausentes: 
d) substâncias potencialmente prejudiciais até os limites 
máximos abaixo relacionados: 
14 - Nitrato - 10,0 mg/1 de N (dez miligramas de Nitrogênio 
por litro); 
15 - Nitritos - 1,0 mg/1 de N (um miligrama de Nitrogênio 
por litro); 
III - Demanda bioquímica de oxigênio (DBO) em 5 (cinco) 
dias, a 20°C (vinte graus CELSIUS) em qualquer amostra, 
até 5,0 mg/1 (cinco miligramas por litro); 
IV - Oxigênio dissolvido (OD), em qualquer amostra, não 
inferior a 5,0 mg/1 (cinco miligramas por litro). 
 
6. IDENTIFICAÇÃO DE POTENCIAIS TECNOLOGIAS PARA 
O TRATAMENTO DO ESGOTO INDUSTRIAL 
 
O Tratamento para efluentes são caracterizados em processo químicos, 
físicos e biológicos, e usado em diferentes formas. Nas operações físicas 
unitárias predominam a atuação de forças físicas, e podem ser citados como 
exemplos o gradeamento, a floculação, sedimentação, flotação e a filtração, 
onde ambos são usados para remoção de sólidos grosseiros, sólidos em 
suspensão sedimentáveis, materiais flutuantes e parte da matéria orgânica em 
suspensão. Nesses processos, as substâncias contaminantes não são 
destruídas, apenas transferidas de fase. Nos processos químicos unitários, a 
adição de produtos químicos ou atuação de reações químicas levam à redução 
ou conversão dos contaminantes, podendo ser citados como exemplos a 
coagulação, processos oxidativos avançados, adsorção e desinfecção. Muitas 
vezes há uma combinação de processos físicos e químicos, ocorrendo 
simultaneamente em uma única unidade de tratamento. 
 
Em indústrias de cosméticos de pequeno porte os processos mais 
comuns para o tratamento de efluente são os físico-químico de coagulação e 
floculação. Tal técnica é utilizada quando é identificado que o processo de 
sedimentação não é viável, devido à presença de pequenas partículas, quais 
inviabilizam demais processos. Quanto ao processo de coagulação o mesmo 
realiza desestabilização química das partículas coloidais e em suspensão, pela 
adição de agentes coagulantes e, ou polímeros. É um processo rápido, que 
ocorre nas unidades de mistura rápido, com elevado gradiente de velocidade. 
Desta forma a coagulação permite que materiais de pequenas partículas se 
unam, tornando o agregados maiores para etapa de floculação. E estes serão 
removidos de melhor forma no processo sólido/líquido, etapa da fase de 
sedimentação ou flotação. O primeiro passo para essa etapa é a coagulação, 
seguida da flotação com a função de formar flocos com as partículas 
desestabilizadas. 
 
1.6.1 PROCESSO DE TRATAMENTO DA ETE 
 
A primeira etapa antes da análise de um tratamento de efluentes eficaz 
por uma indústria, é verificar a possibilidade de reduzir ou até mesmo evitar as 
perdas que são origem a esse efluente. Manutenção preventiva, cuidado nos 
processos de limpeza, remoção de resíduos na sua forma sólida ou semi-sólida 
são exemplos de medidas para reduzir a quantidade de efluente a ser tratado. 
Após essa possível otimização por parte da empresa, o processo de tratamento 
de um efluente precisa ser dimensionado e pensado para atender as legislações 
ambientais vigentes e/ou normas da própria empresa (Menezes, 2005). 
Dependendo das condições das águas receptoras e da eficiência dos 
processos, o tratamento de águas residuais nos seguintes níveis ou fases, os 
graus de tratamento de efluentes podem ser classificados conforme apresentado 
a seguir. 
 
- Tratamento Preliminar 
 
Remove apenas sólidos muito grosseiros, flutuantes e materiais minerais 
sedimentáveis através de processos puramente físicos, com o intuito de preparar 
o efluente bruto para as etapas subsequentes. Os processos de tratamento 
preliminar são os seguintes: 
• grades; 
• caixas de areia; 
• caixas de retenção de óleo e gordura; 
• peneira. 
 
- Tratamento Primário 
 
Remove matéria orgânica em suspensão e a demanda bioquímica de 
oxigênio (DBO) é removida parcialmente através de processos físico-químicos. 
 
• Decantação primária ou simples; 
• Precipitação química com baixa eficiência; 
• Flotação; 
• Neutralização. 
 
O efluente da indústria de cosméticos é caracterizado pela grande 
quantidade de material inorgânico e orgânico (como essências, óleos e graxas). 
E, um tratamento primário muito utilizado nesse rejeito é a adição de 
coagulantes/floculantes. A coagulação/floculação e a coagulação/flotação 
consistem basicamente na adição de produtos químicos que provocam a 
desestabilização de partículas coloidais ou a formação de precipitado, que 
durante a sua formação ou deposição, arrasta também as espécies indesejadas, 
sendo esses “flocos” posteriormente retirados por algum processo físico. 
 
- Tratamento Secundário 
 
Remove matéria orgânica dissolvida e em suspensão. A DBO é removida 
quase que totalmente. Dependendo do sistema adotado, as eficiências de 
remoção são altas. Os processos de tratamento secundários são os seguintes: 
 
• processos de lodos ativados; 
• lagoas de estabilização; 
• sistemas anaeróbios com alta eficiência; 
• lagoas aeradas; 
• filtros biológicos; 
• precipitação química com alta eficiência. 
 
 - Tratamento Terciário ou Avançado 
 
É aplicado quando se pretende obter um efluente de alta qualidade ou a 
remoção de outras substâncias ainda contidas nas águas residuais. Alguns 
exemplos de processos de tratamento terciários são os seguintes: 
 
• adsorção em carvão ativado; 
• osmose inversa; 
• eletrodiálise; 
• troca iônica; 
• remoção de organismos patogênicos; 
• processos oxidativos avançados. 
 
Os processos oxidativos avançados, sistemas que se baseiam na 
oxidação da matéria orgânica presente na água, junto com os outros tratamentos 
avançados, vem se destacando nos últimos anos no processo de tratamento de 
águas e sua desinfecção (Vargas, 2012). Quando se trata dos efluentes da 
indústria de cosméticos, alguns trabalhos, como os de Boroskiet al. (2009) e 
Bautistaet al. (2007, 2010), atestam a eficiência dos processos oxidativos para 
esse efluente, sendo alcançada reduções relevantes na demanda química de 
oxigênio (DQO) e no carbono orgânico total (COT) (Melo, 2012). 
 
1.6.2 Flotação 
 
 A flotação é um processo para a separação de sólidos ou de líquidos de 
baixa densidade de partículas a partir de uma fase líquida, onde a separação é 
provocada pela introdução de bolhas de gás nessa fase. O processo de flotação 
convencional consiste das seguintes etapas: geração das bolhas de gás 
(normalmente utiliza-se ar atmosférico) no interior do efluente; colisão entre as 
bolhas de gás e as partículas em suspensão, sólidas ou oleosas; adesão das 
bolhas de gás nas partículas e ascensão dos agregados partículas/bolhas até a 
superfície, onde são removidas.Os processos de flotação podem ser 
classificados de acordo com o método de geração de bolhas, sendo a flotação 
por ar dissolvido (FAD) um dos métodos convencionais. 
 O processo de flotação pode ser classificado de acordo com o método de 
produção das bolhas, como exemplo a eletroflotação, a flotação por ar disperso 
e a flotação por ar dissolvido. 
 
1.6.3 Floculação 
 
A floculação é a aglomeração das partículas por meio do transporte de 
fluido, formando partículas maiores para que possam sedimentar. Assim, após a 
floculação é necessário realizar a sedimentação, a fim de maximizar a separação 
sólido-líquido, clarificando o sobrenadante tratado. O princípio da sedimentação 
é a separação gravitacional de partículas cuja densidade é superior à da água 
(METCALF, 2003). O efluente ficará em repouso até que haja a desagregação 
das fases líquida e sólida. 
Segundo Vaz (2009), o mecanismo de coagulação/floculação é sensível 
a diversos fatores como: tipo e dosagem de coagulante, pH do efluente, natureza 
das substâncias produtoras de cor e turbidez, entre outros. O tipo e a dosagem 
ideal da quantidade de coagulante são definidos em função, principalmente, da 
viabilidade econômica e características do efluente. 
O sulfato de alumínio é o coagulante mais utilizado, devido à excelente 
formação do floco, seu baixo custo e facilidade de transporte e de manuseio 
(CARVALHO, 2008). Os flocos resultantes apresentam um lodo gelatinoso e 
volumoso e são basicamente de natureza inorgânica, assim sendo, o lodo não 
entra em decomposição biológica, isto é, não é biodegradável, dificultando sua 
disposição final (SANTOS FILHO; RITA, 2002). 
Após o ajuste do pH do efluente ocorre a coagulação, que é um processo 
que visa à remoção de substâncias coloidais, como sólidos em suspensão e/ou 
dissolvidos (VAZ, 2009). A coagulação anula as forças de repulsão entre as 
partículas coloidais, por meio de mecanismos de ligação e adsorção na 
superfície da partícula coloidal, pela adição de agentes químicos, denominados 
de eletrólitos (DI BERNARDO & DANTAS, 2005), conforme mostrado na Figura 
2: 
 
Figura 2: Representação do mecanismo de coagulação.
 
 
Os coágulos formados são compostos de hidróxidos insolúveis, capazes 
de precipitar. Eles interagem entre si, formando uma rede de hidróxidos 
carregando consigo partículas em suspensão. 
Na sequência da separação das fases, a porção clarificada passa por uma 
filtração e o lodo sedimentado deve ser encaminhado para tanque de 
armazenamento de lodo. O processo de filtração do clarificado consiste na 
passagem do efluente através de leito de material granular para a remoção de 
sólidos, geralmente realizada em filtros de areia. Já o lodo pode ser desidratado 
em um filtro prensa, e encaminhado para a destinação correta (incineração ou 
aterro), conforme classificação da NBR 10.004/2004. 
A etapa de floculação/coagulação para o tratamento de efluentes 
geralmente ocorrem no tratamento primário. A etapa busca preparar a matéria 
(efluente) para as próximas etapas do tratamento do efluente em questão. 
 
1.6.4 Processo de Separação por Membrana 
 
 Os PSMs incluem membranas de microfiltração (MF), ultrafiltração (UF), 
nanofiltração (NF) e osmose inversa (OI) e podem ser classificados de diferentes 
formas, baseando-se no tipo de material utilizado na fabricação das membranas, 
natureza da força motriz, mecanismo de separação e tamanho dos poros. 
Porém, o processo não depende somente das características da membrana, mas 
também da temperatura, pressão, velocidade e concentração do efluente a ser 
tratado.(SCHNEIDER; TSUTIYA, 2001). 
 Um problema associado ao PSM é o declínio do fluxo através da 
membrana, conhecido como incrustação. Para seu controle ou minimização 
pode ser realizado o pré-tratamento dos efluentes, a retrolavagem (limpeza 
física) e a limpeza química das membranas. Devido às diferentes características 
dos mais variados tipos de efluentes, é recomendada a realização de estudos 
em escala piloto para o emprego dessa técnica e seleção do melhor tipo de 
membrana para determinada aplicação(METCALF; EDDY, 2003). 
 
1.6.5 Sedimentação 
 
 A sedimentação é o processo no qual ocorre a remoção de partículas em 
suspensão pela ação da gravidade. Portanto, essas partículas devem ter peso 
específico maior que do líquido. A sedimentação ocorre de formas distintas, 
dependendo das características das partículas em suspensão e também de sua 
concentração.Os tanques de sedimentação podem ser circulares ou 
retangulares. O efluente flui vagarosamente através dos decantadores, 
permitindo que os sólidos em suspensão, que apresentam densidade maior do 
que a do líquido circundante, sedimentem gradualmente no fundo. Essa massa 
de sólidos, denominada lodo primário bruto, pode ser adensada no poço de lodo 
do decantador e enviada diretamente para a digestão ou ser enviada para os 
adensadores. 
 
1.6.6 Carvão Ativado 
 
A adsorção é um fenômeno de transferência de massa a partir da adesão 
de substâncias presentes na fase líquida ou gasosa em uma fase sólida. Através 
do contato sólido/líquido ou sólido/gás, as moléculas presentes na fase fluida 
são atraídas para a zona interfacial em função de forças atrativas não 
compensadas na superfície do adsorvente, causando uma transferência de 
massa da fase fluida para a superfície do adsorvente. 
Os CAs, vegetais e/ou minerais, são sólidos porosos com grande 
capacidade de adsorção, se comparados com outros sólidos porosos. Estes 
materiais possuem alta área superficial específica (300 a 2500 m2 /g) e grande 
volume de poros. Se o material tiver como objetivo catalisar reações químicas, 
adsorver impurezas de líquidos e gases, e até mesmo promover a adsorção 
seletiva de moléculas de tamanho específico, o CA é o material mais indicado. 
Carvões ativados são materiais carbonosos porosos que apresentam uma 
forma microcristalina, não grafítica, que sofreram um processamento para 
aumentar a porosidade interna. Uma vez ativado, o carvão apresenta uma 
porosidade interna comparável a uma rede de túneis que se bifurcam em canais 
menores e assim sucessivamente. Esta porosidade diferenciada é classificada 
segundo o tamanho em macro, meso e microporosos. (CLAUDINO e MINOZZO, 
2000). 
O processo de tratamento por meio de carvão ativado é origem de um 
processo tecnológico onde o mesmo busca minimizar a razão custo/benefício 
desses materiais barato, viabilizando não só o tratamento como também fins 
econômicos. 
O carvão ativado (CA) é utilizado em tratamento de águas na eliminação 
de cor, turbidez, odor, sabor, pesticidas e outros poluentes, bem como na 
descloração de águas com alto teor de cloro. 
 
2. SELEÇÃO DA ALTERNATIVA DE TRATAMENTO, 
DEVIDAMENTE JUSTIFICADA COM BASE EM BIBLIOGRAFIA TÉCNICA, 
CIENTÍFICA E NORMATIVA 
 
As indústrias de cosméticos possuem grandes quantidades de material 
inorgânico, como corantes e compostos inorgânicos, e orgânicos, como óleos e 
graxas e essências, sendo comum um tratamento físico-químico.Avaliando as alternativas de tratamento existentes, foi selecionado o 
sistema mais adequado para a indústria cosmética, assim como a melhor 
solução para disposição final o efluente tratado e lodo. 
Tendo em vista as características dos efluentes da indústria o tratamento 
a ser utilizado para a retirada dos compostos é a adição de 
coagulantes/floculantes e correção do ph, seguido de separação dos flocos por 
flotação, após isso, o efluente industrial se junta ao sanitário passando por um 
tratamento aeróbio (tanque de aeração) e em seguida pelo decantador 
secundário. 
 
3 MEMORIAL DESCRITIVO 
 
3.1 FLUXOGRAMA DO TRATAMENTO 
 
O fluxograma do tratamento está ilustrado na figura 5, na qual mostra as 
unidades de tratamento com suas respectivas ordens: 
Filtro de Carvão Ativado 
Figura 3: Fluxograma do tratamento 
3.2 CARACTERIZAÇÃO DAS UNIDADES DE TRATAMENTO 
3.2.1 GRADEAMENTO 
 
Tem como objetivo reter materiais grosseiros em suspensão, evitando 
obstruções e danos aos equipamentos eletromecânicos. 
São constituídos de barras paralelas de ferro ou aço carbono, 
posicionada transversalmente no canal de chegada do efluente, com ângulos de 
45° a 90°. Podendo ser classificadas como finas, médias e grosseiras. Com 
espessura e espaçamento entre grades dependendo das características do 
efluente. Sendo sua limpeza realizada manualmente. 
 
3.2.2 CALHA PARSHALL 
 
Equipamento utilizado para medição contínua de vazão, através do 
estrangulamento e ressaltos estabelecem uma relação entre vazão do fluxo e a 
lâmina d’água naquela seção, garantindo uma velocidade constante. 
 
3.2.3 TANQUE DE EQUALIZAÇÃO 
 
Sua função é homogeneizar o pH e a vazão que está chegando de 
efluente a ser tratado. O Tanque de Equalização comporta-se como um 
“pulmão”, onde as vazões internas de líquido variam de acordo com a entrada e 
tem a função de manter a mesma vazão de saída para garantir o funcionamento 
adequado do sistema de tratamento. 
 
3.2.4 COAGULAÇÃO E FLOCULAÇÃO 
 
A coagulação consiste no processo de desestabilização química das 
partículas coloidais e em suspensão, pela adição de agentes coagulantes e, ou 
polímeros. É um processo rápido, que ocorre nas unidades de mistura rápida, 
ou seja, com elevado gradiente de velocidade. A coagulação permite que 
partículas de pequenas dimensões se combinem formando agregados maiores, 
na etapa de floculação. Esses agregados são então mais facilmente removidos 
em processos de separação sólido-líquido, como a sedimentação ou flotação. 
 
3.2.5 FLOTAÇÃO 
 
Um método para separação dos flocos gerados na etapa anterior é a 
flotação, que é empregada para separar partículas suspensas ou materiais 
oleosos de uma fase líquida pela introdução de pequenas bolhas de gás, 
normalmente o ar. Essas bolhas se aderem à superfície das partículas, 
resultando em um agregado cuja densidade é menor que a do líquido e, portanto, 
sobe à superfície do mesmo, podendo ser coletada em operação de raspagem 
superficial (VARGAS, 2004). Nesse caso usaremos a flotação por ar dissolvido, 
onde as bolhas são produzidas pela supersaturação do líquido pelo ar, que é 
injetado na entrada de uma câmara de saturação. Quando o líquido é exposto a 
condições atmosféricas, ocorre a redução da pressão, provocando o 
desprendimento do ar na forma de minúsculas bolhas, que se aderem às 
partículas em suspensão, carreando-as para a superfície. 
 
3.2.6 TANQUE DE AERAÇÃO 
 
Nessa etapa ocorrerá o processo de degradação da matéria orgânica 
por microorganismos aeróbios, aqui será inserido, juntamente com o efluente 
proveniente do flotador, o efluente sanitário vindo das instalações industriais, que 
nesse caso além de ser tratado também ajudará na eficiência do tratamento 
como um todo. O tanque possui aeradores que vão promover o oxigênio 
necessário para tais organismos agirem. 
 
3.2.7 DECANTADOR 
 
O efluente do tanque de aeração é submetido à decantação (decantador 
secundário), onde o lodo ativado (biomassa sedimentada) é separado, voltando 
para o tanque de aeração. O retorno do lodo é necessário para suprir o tanque 
de aeração com uma quantidade suficiente de microrganismos e manter uma 
relação alimento/ microrganismo capaz de decompor com maior eficiência o 
material orgânico. 
 
3.2.8 FILTRO DE CARVÃO ATIVADO 
 
Após o decantador o efluente passa pelo filtro, que é dotado de uma 
camada suporte de brita e de um leito de carvão, para retenção dos sólidos e 
remoção de outras impurezas indesejáveis que, porventura, forem arrastadas, 
garantindo a eficiência do tratamento. Finalmente, o líquido tratado estará pronto 
para ser dirigido ao corpo receptor para o seu descarte. 
 
3.2.9 LODO EXCEDENTE 
 
Para manter o equilíbrio das unidades de tratamento é sempre retirado 
uma quantidade de lodo do sistema, assim não terá excesso de lodo ativado no 
tanque de aeração. Esse lodo excedente (já estabilizado) passará por adensador 
mecânico, desidratação, e será encaminhado ao aterro sanitário regional. 
 
4 MEMORIAL DE CÁLCULO 
 
4.1 GRADEAMENTO 
 
Vazão: 0,005m³/s = 432m³/dia 
8 horas de funcionamento 
54m³/h = 0,015m³/s 
Grade fina 
Tipo de barra: barras retangulares 
Espaçamento entre barras: a =0,0125m 
Seção transversal da barra: 0,64 cm x 3,81 cm 
Limpeza: manual 
Inclinação da barra: 45º 
Espessura da barra: t =0,0064 m 
Velocidade de passagem: v = 0,6 m/s 
Gradeamento fino: 50 L/1000m³ 
Largura: B = 0,2 m (aproximado por questão de construção) 
 
• Área útil (Au) 
Au=Q/V 
Au = 0,015 m³/s / 0,6 m/s = 0,025 m² = 250 cm² 
 
• Eficiência da grade (E) 
E = a/(a+t) = 0,0125 m/(0,0125 m+0,0064 m) = 0,661 35 
E = 66,1 % 
 
• Seção do canal junto à grade (S) 
 
S = Au/E S = 0,025 m²/0,661 = 0,038 m² = 380 cm² 
 
• Perda de carga (hf) 
hf = 1,43.[(v²-vo²)/2g] 
g = aceleração da gravidade (9,8 m/s²) 
vo = Q/S vo = 0,015 m³/s / 0,038m² = 0,39 m/s 
hf = 1,43.{[(0,6 m/s)²-(0,39 m/s)²]/2(9,8 m/s²)} hf = 0,015 m 
 
• Número de barras (Nb) 
 
B = [(Nb +1).a] + [Nb.t] 
0,20 m = [(Nb + 1) x 0,015 m] + [Nb x 0,0064 m] 
[0,015m.Nb + 0,015m] + [0,0064 m.Nb] = 0,20 m 
0,0214.Nb = 0,20 - 0,015 Nb = 9,9 
Adotou-se 10 barras 
 
• Número de espaçamentos (Ne) 
 
 Ne = Nb + 1 = 10 + 1 = 11 espaçamentos. 
 
4.2TANQUE DE EQUALIZAÇÃO 
Dados: 
Vazão de entrada (Qe) = 15 l/s = 54 m3/h 
Altura (H) = 2,0 m 
Densidade de potência do agitador (Dp) = 10 w/m3 (Valor adotado) 
⮚ Vazão de saída (Qs) 
Qs = (54 m3/h)/(8h/24h) = 6,7 m3/h 
⮚ Volume de equalização (Veq) 
Veq = (Qe – Qs)*tfuncionamento = (54 – 6,7)*8 = 378,4 m3 
⮚ Tempo de Detenção Hidráulica (t) 
t = Veq/Qe = (378,4 m3)/(54 m3/h) = 7 horas 
⮚ Dimensões do tanque L (largura = comprimento) 
L2 = Veq/H = (378,4 m3)/(2 m) 
L = 13,7 m 
⮚ Volume mínimo do tanque (Vmín) 
Vmín = (13,7 m)²* (1,0m) = 187,7 m³ 
⮚ Volume total do tanque (Vt) 
Vt = Veq + Vmín = 378,4 + 187,7 = 566,1 m³ 
⮚ Área do tanque (A) 
A = 13,7 *13,7 = 187,7 m2 
⮚ Potência do agitador (P) 
P = Dp*Vt/745 = (10 w/m3)*( 566,1 m3)/745 = 7,6 HP 
 
 
4.4 TANQUE DE COAGULAÇÃO E FLOCULAÇÃO 
 
➢ Tanque de Coagulação 
• Adotar tempo de coagulação (Tc) = 40 min 
• Profundidade útil (Pf)= 3,5 m 
• Diâmetro do tanque (Lf)= 4,5m 
• Diâmetro do rotor (Df)= 1,5m, obedecendo a relação 2,0 < Lf/Df < 
6,6 
• Distância do rotor ao fundo (hf)= 1,1m 
 
➢ Tanque de Floculação 
 
• Adotar tempo de Floculação (Tf) = 30 min 
• Profundidade útil (Pf)= 3,5 m 
• Diâmetro do tanque (Lf)= 4,5m 
• Diâmetro do rotor (Df)= 1,5m, obedecendo a relação 2,0 < Lf/Df < 
6,6 
• Distância do rotor ao fundo (hf)= 1,1m 
• 2 linhas de floculação com 3 câmaras em série. 
 
➢ Tempo de Detenção 
 
Td=Tf/nn:número de câmaras 
Td=30/6 Td=5 
 
• Volume de 1 câmara 
 
 V=Q’xTd Q’ = Q/(nº de linhas) 
 V= 0,0075x5 Q’=0,015/2 
 V=0,0375 m³/s Q’=0,0075 m³/s 
 
4.5 TANQUE DE FLOTAÇÃO 
 
 
• A/S = 0,05 mg ar/ mg SST 
• 1,3 = densidade do ar (1,3 mg/ml) 
• Sa = solubilidade do ar na água á P atm 
• 18,7 ml/l a 20°C 
• f = 0,6 
• P = 3,5 
• Xa = 335 
 
A/S = Qr/Q x [ 1,3 x Sa( f x P-1)/Xa 
0,05 = Qr/15 x [1,3 x 18,7(0,6 x 3,5- 1)/335 
Qr = 0,75/0,079 
Qr = 9,49 l/s 
 
Qr/Q = 9,49/15 
Qr/Q = 0,63 
 
 4.6 TANQUE DE AERAÇÃO 
 
• População = 1324 habitantes 
• Vazão afluente (Qe) = 15 L/s = 54 m³/d 
• DBO5 efluente ao decantador = 335 mg/L (Considerando eficiência 
de remoção de 35%) 
• Temperatura média do líquido no mês mais frio = 21°C 
• Temperatura do líquido = 25°C 
• Altura adotada (H) = 2,0 m 
• K20 = 0,7 d-1 
• Relação comprimento/largura – L/B = 2 
• Taxa de Acúmulo do Lodo = 0,05 m³/hab.ano 
• Sólidos em Suspensão (SS) efluente ao decantador = 180 mg/L 
(Considerando 70% de remoção) 
• Área requerida = 1,25*Alíquida 
• ᶿ = 1,05 
 
 
 
• Carga de DBO (L) 
L = Qe*DBO5 = (54 m³/d)*( 0,335 kg/m³) = 18,1 kg/d 
 
• Área líquida (Al) 
Al = L/Ls = (18,1 kg/d)/(350 kg/ha.d) = 0,05 ha ou 
500 m² 
• Volume da lagoa (V) 
V = A*H = (500 m²)*( 3 m) = 1500 m³ 
• Tempo de Detenção Hidráulica (t) 
t = V/Qe = (1500 m³)/(54 m³/d) = 28 dias 
• Coeficiente de remoção de DBO a 23°C 
Kt = K20* ᶿ(T-20) = 0,35*(1,05)*(25-20) = 0,447 d-1 
• Estimativa da DBO solúvel efluente (S) 
S = So/(1+K.t) = 335/(1+0,45*28) = 24,6 mg/L 
• Estimativa da DBO particulada efluente 
DBOparticulada = 0,35*SS = 0,35*1,80 =0,63 mg/L 
• DBO total efluente 
DBO total = DBO solúvel + DBO particulada = 24,6 + 0,63 = 25,2 
mg/L 
• Eficiência de remoção da DBO (E) 
E = (335 – 24,6)*100/335 = 92,4% 
• Dimensões da lagoa facultativa L (comprimento) e B (largura) 
A = L*B = *B² 
B² = A/2 = 500/2 
B = 15,8 m 
L = 31,62 m 
 
• Área Total (At) 
 
At = 1,25*Al = 1,25*500 = 625 m² 
• Acumulação do lodo (Ac) 
Ac = (0,05 m³/hab.ano)*(1324hab) = 66,2 m³/ano 
Hlodo = Vol/A = 66,2/500 = 0,2 m ou 20 cm/ano 
4.7 DECANTADOR 
4.1.1 DECANTADOR PRIMÁRIO 
Dados: 
Taxa de vazão superficial (adotada) = 25m3/m2.d 
Altura (H) = 3,5 m 
Inclinação do fundo = 10% 
Borda livre = 0.20 m 
Qmáx = 432 m³/dia = 54,00 m³/h 
Qmed = 316 m³/dia = 39,5 m³/h 
 
⮚ Área Superficial (A) 
A = 
𝑄
𝑇𝐴𝑆
= 17,3 m2 
⮚ Diâmetro (D) 
A = π*D2/4 
D = 4,2 m 
⮚ Altura do centro até o pé da parede (h) 
h = 0,1* R 
h = 0,2 m 
⮚ Volume da parte cilíndrica (V1) 
V1 = A * H 
V1 = 60,55 m3 
⮚ Volume da parte cônica (V2) 
V2 = (π*R2*h)/3 
V2 = 1,17 m3 
⮚ Volume Total (Vt) 
Vt = V1 + V2 
Vt = 61,7 m3 
⮚ Tempo de detenção hidráulica na Qméd (TDH) 
TDH = Vt/Qméd 
TDH = 1,56h 
⮚ Tempo de detenção hidráulica na Qmáx (TDH) 
TDH = Vt/Qmáx 
TDH = 1,14 h 
⮚ Verificação da taxa de escoamento no vertedor de saída (Te) 
Te = Qméd/π*D 
Te = 23,2 m3/m.d 
 
5. PERFIL HIDRÁULICO 
6. PLANTAS 
 
7. ESTUDO DAS CARGAS POLUIDORAS NO PONTO DE 
LANÇAMENTO E ATENDIMENTO À LEGISLAÇÃO 
 
Para de determinar a eficiência de uma estação de tratamento de 
efluentes industriais por meio de parâmetros físico-químicos, que visam 
atender as resoluções ambientais, foi realizado o cálculo da eficiência de 
remoção da DBO. A Resolução CONAMA nº430/2011 exige que a remoção 
mínima seja de 60%, através dos dados obtidos a partir dos cálculos, a 
eficiência de remoção da DBO é de 92,4%, dessa forma a mesma atende 
a resolução. Quanto ao decreto nº1745/79 de Goiás a remoção mínima é 
de 80%. Contudo, a concentração está maior que o limite estabelecido. A 
legislação estadual diz que deve-se ter ou concentração de até 5 mg/L ou 
a porcentagem de remoção maior que 80%, para este caso o qual satisfaz 
seria o parâmetro de porcentagem. 
 
• Concentração de DBO 
Cm = ((Qr*Cr)+(Qe*Ce)) / (Qr+Qe) 
Cm = ((400*4)+(15*24,6)) / (400+15) 
Cm = 4,74 mg/L 
• Carga poluidora para a DBO: 
Carga = Cm * Qe / 1000 
Carga = 4,74 * 432 / 1000 
Carga = 2,05 kg/dia 
• Concentração de Sólidos: 
Cm = ((400*1)+(15*2,05)) / (400+15) 
Cm = 1,0 mg/L 
 
• Carga poluidora Sólidos: 
Carga = Cm*Qe / 1000 
Carga = 1,0*408 / 1000 
Carga = 0,43 Kg/dia 
 
As atuais legislações vigentes, tanto a Resolução nº430/2011 
quanto ao decreto nº1745/79 de Goiás exigem que a concentração seja 
igual a ou não ultrapasse 1 mg/L. De acordo com os cálculos 
apresentados a mesma atende as legislações descritas. 
 
8. CONCLUSÃO 
 
O levantamento realizado sobre as indústrias de cosméticos indica 
a importância econômica do setor. Através do estudo desenvolvido foi 
possível analisar que a indústria de cosméticos quando não operada 
dentro das legislações ambientais possui um grande potencial poluidor 
devido ao seu nível tóxico dos produtos utilizados no processo de 
produção. Dessa forma a ETE instalada dentro da empresa foi de extrema 
importância para que o efluente injetado no corpo receptor seja de 
qualidade aproximada com a mesma retirada. Foi possível analisar que 
industrias dessa tipologia tem em sua características a geração de com 
elevados teores de matéria orgânica e óleos e graxas. 
A tratabilidade dos efluentes líquidos provenientes da indústria de 
cosméticos em questão foi avaliada por processos físico-químicos e 
biológicos de tratamento. 
Os coagulantes utilizados no tratamento tiveram sua eficiência 
constatada para o tratamento do efluente. O efluente tratado lançado no 
rio atendeu os parâmetros exigidos pela legislação ambiental tanto 
nacional, quanto a do estado de Goiás. Sendo assim os meios de 
tratamentos utilizados para essa ETE foi de grande valia e de grande 
eficiência para o parâmetro final de 92,4% de eficiência de remoção dos 
sólidos e seus poluentes. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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PESSOAL, 
PERFUMARIA E COSMÉTICOS (ABIHPEC). Anuário 2009 – Caderno de 
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BAUTISTA, P.; MOHEDANO, A. F.; GILARRANZ, M.A.; CASAS, J.A.; 
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Resolução Nº 430, de 13 de maio de 2011. Dispõe sobre as condições e 
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BRITO, A. F. F. Caracterização Qualitativa e Quantitativa dos Efluentes 
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de Águas Residuais de Campo e Ermesinde. Curso de Engenharia do 
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Díaz de 
Santos, 1990. 1022p. 
 
 
10. ANEXOS

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