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ANATOMIA DOS SENTIDOS ESPECIAIS OLFATO E VISÃO SENTIDOS ESPECIAIS → INFORMAÇÃO SENSORIAL -Sensibilidade geral: tato, pressão, temperatura, propriocepção -Sensibilidade especial: visão, olfato, paladar, audição, equilíbrio Os dois tipos de sensibilidade são captadas por nervos e levam a informação até o SNC. • No exame físico, é captado o que o paciente está sentindo para testar este tipo de sensibilidade. • Quando se quer testar a motricidade, analisa-se o que o paciente consegue fazer. → SISTEMA OLFATÓRIO -Para esta via acontecer, é necessário com que se tenha contato com uma molécula química. -O alimento que mastigamos, liberam substâncias químicas, as quais suspensas no ar são captadas por neurônios, que realizam a transdução desta informação e a encaminham para o SNC. 1° Neurônio desta via é bipolar e constitui o Nervo olfatório → presente na cavidade nasal (epitélio olfatório) → atravessa a lâmina crivosa para alcançar o telencéfalo. 2° Neurônio → Presente na dilatação (bulbo) que contém aglomerados de corpos de neurônios. Os feixes de axônios deste neurônio se projetam por meio do trato olfatório para as regiões do SNC → Córtex temporal, úncus, insula Hipocampo → memória Insula → sistema límbico → comportamento emocional Esta é a única informação sensorial que não passa pelo tálamo, portanto, não ocorre modulação → instinto primitivo. -Os neurônios presentes no nervo olfatório, possui cerca de 10 a 100 milhões de receptores, os quais captam 10.000 tipos de odores, os quais não são todos que se tornam consciêntes. -Em alguns animais, o sentido da olfação é um importante instinto de defesa. -A região de passagem do nervo olfatório, é muito próxima do SNC, sendo um local que precisa de mecanismo de defesa importante. -O sentido processado pelo sabor dos alimentos diversos, é captado pelo nervo olfatório. -Possuímos paladar restrito ao doce, azedo, amargo, …, porém o olfato captado são diversos. Portanto, aquilo que processamos como sabor, na verdade é o olfato. -Assim, quando adquirimos um resfriado, o que realmente perdemos é o olfato e não o paladar. -Para testar o funcionamento do nervo olfatório, é utilizado odores, como um perfume, pimenta, entre outros. -Nervo olfatório → bulbo olfatório → trato olfatório → estria olfatória: • Lateral: leva a informação para a região do Úncus, ínsula e córtex (córtex olfatório primário – temporal, insula e córtex entorrinal) • Medial: informação para região anterior da comissura mediana → bulbo olfatório contralateral. -É muito importante a correlação com possíveis lesões que possam ocorrer nesse trajeto do nervo. Temos: 1° nervo: nervo olfatório 2° nervo: parte do bulbo em direção ao encéfalo -Lesão no 1° nervo → a pessoa não tem consciência de que não consegue mais captar aquele olfato. -Caso o 1° e 2° nervo esteja OK, a lesão pode ser central -O 2° neurônio faz inervação ipsilateral (do mesmo lado do corpo) e além disso, realiza inervação contralateral, ou seja, leva a informação captada por uma narina, para o bulbo olfatório de outra narina. Assim, se a região do trato olfatório for lesada, ainda processará e irá encaminhar a informação olfatória por meio do neurônio contralateral para ser levada ao córtex. → VISÃO -Informação puramente sensorial -Área primária → local aonde os neurônios encaminham a informação sensorial → tecido ao redor do sulco calcarino ÓRBITA -Local aonde se encaixa o olho -É constituída por diversos ossos da face: frontal, lacrimal, zigomático, maxilar, etmoide e esfenoide. -Na órbita, existem espaços por onde passam nervos, músculos e vasos sanguíneos • Fissura orbital superior • Fissura orbital inferior • Canal óptico MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DO OLHO -Realizam a movimentação da parte externa do olho -Músculos retos: lateral, medial, inferior e superior -Músculos oblíquo superior e inferior -Alguns testes neurológicos são utilizados para verificar o funcionamento destes músculos. -São 3 os nervos que realizam a inervação destes músculos: • Nervo oculomotor (III par): músculo reto superior, reto medial, reto inferior e oblíquo inferior. • Nervo abducente: inerva o m. reto lateral • Nervo troclear: inerva o m. oblíquo superior ANATOMIA DO OLHO Camada mais externa: -Túnica Fibrosa muito resistente → porção esbranquiçada • Esclerótica -Protegendo a íris e a pupila, tem-se uma membrana transparente chamada de córnea, a qual delimita uma câmara entre a íris. Esse espaço é preenchido por um líquido chamado humor aquoso. Camada média: -Íris e corpo ciliar: músculos lisos que controlam a dilatação da pupila, controlados pelo sistema nervoso autônomo. O corpo ciliar é importante também para realizar a fixação do cristalino, por meio de ramos que projeta. -Pupila: região escura por onde entra a luz. -Cristalino: “pedra”, lâmina natural do olho, posicionado atrás da pupila. Realiza um ajuste da angulação para que possamos enxergar melhor. • Conforme envelhecemos, esse cristalino perde essa capacidade de reajuste e vai ficando esbranquiçado, até um certo ponto em que o indivíduo pode adquirir catarata. -Posterior ao cristalino, há outra câmara a qual é preenchida com humor vítreo, que é uma substância gelatinosa que precisa manter uma certa pressão, devido sua importância no posicionamento da retina. Camada posterior -Túnica sensorial ou retina -A retina se projeta para formar o nervo óptico, sendo este o local aonde possui o ponto cego, pois ali não possui receptor, portanto, não se enxerga. -A retina sensorial, é uma estrutura que possui muitos neurônios enfileirados, os quais apresentam seus axônios se projetando para formar o nervo óptico. -Na porção posterior, tem-se a região da FÓVEA, que é um local que está alinhado com o objeto quando se tem este no foco, apresentando melhor acuidade visual. Este foco é perdido quando se tem algum movimento, o qual é captado pela região ao redor da fóvea. -Na região posterior, atrás da retina, tem-se a camada coróide, que é uma porção altamente vascularizada. -Devido essa vascularização posterior a retina, ao observar o fundo de olho, vê se a região avermelhada. RETINA -Apresenta camadas (sentido posterior → anterior) • Esclera • Coroida (vasos sanguíneos) • Epitélio • Fotorreceptores: cones e bastonetes → neurônio de 1ª ordem • Neurônios bipolares → 2ª ordem • Neurônio ganglionar → neurônio de 3ª ordem → se projeta para formar o nervo óptico. -O nervo óptico parte em direção ao núcleo geniculado lateral do tálamo → do tálamo, a informação é direcionada por meio de um 4° neurônio para a área primária da visão. -O nervo óptico que parte do olho é chamado de papila óptica ou disco óptico → forma o ponto cego do olho. -A parte em que não se enxerga o ponto cego é tampado por cor parecida à região predominante em que se está olhando. Portanto, existe uma falha em nossa visão que é preenchida pelo nosso cérebro. LEGENDA RT: Retina temporal → detecta informação do campo visual nasal RN: Retina nasal → detecta informação do campo visual temporal CVN: Campo visual nasal CVT: Campo visual temporal CVN + CVT → Campo visual do olho (esquerdo e direito) -Regiões em que o campo visual direito e o campo visual esquerdo se sobrepõem, é chamado de CAMPO VISUAL BINOCULAR. Nesse campo, enxerga-se com os dois campos de visão, geralmente objetos presente na direção do nariz. -Fibras da retina temporal continuam do mesmo lado → são ipsilateral -Fibras da retina nasal cruzam no quiasma. -É importante a diferenciação de nervo óptico, quiasma e trato, pois são compostos por fibras de regiões diferentes: • Nervo óptico: contém fibras vindas da retina temporal e nasal de um lado do olho. • Quiasma óptico: contém fibras vindas dos dois nervos ópticos, sendo a região mais lateral com fibras da retina temporal correspondente de cada lado do olho e na região medial, contém o cruzamento de fibras da retina nasal dos dois olhos. • Trato óptico direito: contém fibras da retina temporal do olho direito e daretina nasal do olho esquerdo. • Trato óptico esquerdo: contém fibras da retina temporal do olho esquerdo e da retina nasal do olho direito. -Compreender a composição dessas estruturas é importante para identificar o local que possa ocorrer lesões, sendo um meio de realizar exame físico.
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