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Campus Universitário de Viana Universidade Jean Piaget de Angola (Criada pelo Decreto n. 44-A/01 de 6 de julho de 2001) Faculdade de Ciências e Tecnologias PROJECTO FINAL PROJECTO DE CONCEPÇÃO DE UM DETECTOR DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO COM SENSOR DE HUMIDADE E TEMPERATURA DHT11 PARA USO DOMÉSTICO E INDUSTRIAL Autor: Josefino Francisco Domingos Licenciatura: Engenharia Electromecânica Orientador: Eng.º Adilson Sam Diambo Viana, Agosto de 2021 Campus Universitário de Viana Universidade Jean Piaget de Angola (Criada pelo Decreto n. 44-A/01 de 6 de julho de 2001) Faculdade de Ciências e Tecnologias PROJECTO FINAL PROJECTO DE CONCEPÇÃO DE UM DETECTOR DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO COM SENSOR DE HUMIDADE E TEMPERATURA DHT11 PARA USO DOMÉSTICO E INDUSTRIAL Estudante: Josefino Francisco Domingos Licenciatura: Engenharia Electromecânica III EPÍGRAFE «Criatividade consiste em olhar para a mesma coisa que todos, mas pensar em algo diferente». Albert Szent Gyorgyi IV DEDICATÓRIA Dedico à minha querida e amada mãe Isabel António, à minha querida esposa Yara Domingos aos meus filhos Emily e Mayer bem como aos meus irmãos, por estarem sempre presentes na minha vida durante todo esse tempo, nos bons e maus momentos. V AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a meu Deus Jeová por ser um pai, um amigo, por orientar nesta estrada da vida, por manter os meus pés fixos. A toda a minha família, minha querida e amada mãe Isabel António, por mim dar à luz, pelo sacrifício incontável de pagar os meus estudos por este meio possibilitou a minha formação académica aos meus irmãos Adriano, Josué, Francisco, Luzia, Wanderley e Cristina. Aos meus amigos e colegas Leovigildo cambonda, Justino, Carlos Evandro, José Lando pelos anos de companheirismo. À Universidade Jean Piaget de Angola pela formação, aos meus professores, Eng.º Aguinaldo Ferraz, Eng.º Justo Pina, por mostrar a transição da parte académica para área profissional e pelos conselhos que me serviram de uma plataforma na vida pessoal e profissional. Ao meu orientador Adilson Sam Diambo pela disposição e disponibilidade em trabalhar comigo neste tema do fim do curso. Ao meu doutor na empresa Sr. º Victor Ceu Silva, por acreditar no meu potencial que estava oculto. Ao meu colega João Vicente, por transmitir conhecimento e instruções nas diversas áreas. Ao Sr. João Sousa Dias, por ser um amigo, um conselheiro, um orientador, um homem sinceiro. Por dar suporte nas minhas realizações dentro e fora da empresa. VI DECLARAÇÃO DE AUTOR Declaro que este trabalho escrito foi levado a cabo de acordo com os regulamentos da Universidade Jean Piaget de Angola (UniPiaget) e em particular das Normas Orientadoras de Preparação e Elaboração do Trabalho de Fim de Curso. O trabalho é original excepto onde indicado por referência especial no texto. Quaisquer visões expressas são as do autor e não representam de modo nenhum as visões da UniPiaget. Este trabalho, no todo ou em parte, não foi apresentado para avaliação noutras instituições de ensino superior nacionais ou estrangeiras. Mais informo que a norma seguida para a elaboração do trabalho é a Norma ISO 690 Assinatura: ____________________________________ Data: __________/__________/__________ VII ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS EEPROM - Electrically Erasable Programmable Read Only Memory IDE - Integrated Developement Enviroment LED - Light Emitting Diode PMW - Pulse Width Modulation, do inglês Modulação por Largura de Pulso UDP - User Datagram Protocol TCP - Tranmission Control Protocol DHT - Sensor de humidade e temperatura NTC - Coenficiente de temperatura negativa VLED - Tensão do led VR - Queda de tensão no resistor I - Corrente eléctrica R - Resistência eléctrica M - Mega = 1000.000 K - Kilo = 1000 Ω - Ohm Ris - Resistência de isolamento Rint - Resistência interna Vin - Tensão de entrada Vout - Tensão de Saída R1 - Resistência limitadora para o led Vled - Tensão no led VIII RESUMO Pretende-se, com o presente trabalho, conceber um detector de resistência de isolamento eléctrico com sensor de humidade e temperatura DHT11. Uma vez que a diminuição do isolamento pode dar origem a fuga de corrente que pode ser um perigo para instalação bem como para usuário. Por outro lado, fugas em isolamentos de aparelhos ligados à rede de energia podem tornar-se perigosas, causando choques nos operadores ou usuários. Para o monitoramento, descreve-se a montagem de um aparelho simples que pode ser uma alternativa de grande utilidade para os leitores que trabalhem em manutenção, instalação ou reparação de aparelhos electrónicos e eléctricos de uso doméstico ou industrial. Para a sua concepção, foram realizados estudos bibliográficos sobre o assunto abordado. A partir desses estudos, foi concebido o detector de resistência de isolamento. Para alcançar esses objectivos, recorremos às técnicas de electrónica e usamos componentes como o Sensor DHT11, Arduíno, Resistores, Potenciómetro, Botões on off, Display, Transístor, Led e Buzzer. Para a concepção e ensaio do esquema eléctrico, utilizamos o software Fritzing, e Proteus, para projecção da implementação do detector o AutoCAD. O detector funciona com duas faixas de detecçao sobre uma determinada condição, uma em que somente se o isolamento representar uma resistência inferior ou igual a 200KΩ, acçiona o buzzer, indicando que a resistência de isolamento não está boa. outra em que acontecerá somente para resistência abaixo de 32MΩ, acçiona o led. Um display para a leitura da resistência de isolamento, e do sensor. Usamos também um sensor DHT11 para auxiliar no teste, visto que a humidade e a temperatura são alguns dos factores para a redução do isolamento. Palavras-chave: Concepção, Detector, Resistência de isolamento, Fuga de Corrente. IX ABSTRACT The aim of this work is to design an insulation resistance detector with a DHT11 humidity and temperature sensor. Since the decrease in insulation can give rise to current leakage which can be a danger to the installation as well as the user. On the other hand, leakages in the insulation of devices connected to the energy network can become dangerous, causing shocks to operators or users. For monitoring, the assembly of a simple device is described, which can be a very useful alternative for readers who work in maintenance, installation or repair of electronic and electrical devices for domestic or industrial use. For its conception, bibliographic studies were carried out on the subject discussed. From these studies, the insulation resistance detector was designed. To achieve these goals, we use electronic techniques and use components such as the DHT11 Sensor, Arduino, Resistors, Potentiometer, Buttons on off, Display, Transistor, Led and Buzzer. For the design and testing of the electrical diagram, we use Fritzing software, and Proteus, for designing the implementation of the detector or AutoCAD. The detector works with two detection bands under a certain condition, one in which only if the insulation represents a resistance less than or equal to 200KΩ, it triggers the buzzer, indicating that the insulation resistance is not good. another in which it will only happen for resistance below 32MΩ, activate the led. A display for reading the insulation resistance, and the sensor. We also use a DHT11 sensor to aidin the test, as humidity and temperature are some of the factors for reducing insulation. Keywords: Conception, Detector, Insulation resistance, Current leakage. X ÍNDICE EPÍGRAFE .......................................................................................................................... III DEDICATÓRIA .................................................................................................................. IV AGRADECIMENTOS ......................................................................................................... V DECLARAÇÃO DE AUTOR ............................................................................................. VI ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS ..................................................................... VII RESUMO ......................................................................................................................... VIII ABSTRACT ........................................................................................................................ IX ÍNDICE DE FIGURAS .................................................................................................... XIII ÍNDICE DE TABELAS ................................................................................................... XIV INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1 IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA ................................................................................... 1 OBJECTIVOS DO ESTUDO ............................................................................................ 2 Objectivo Geral .............................................................................................................. 2 Objectivos Específicos ................................................................................................... 2 IMPORTÂNCIA DO ESTUDO ........................................................................................ 3 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ........................................................................................ 3 DEFINIÇÃO DE CONCEITOS ........................................................................................ 4 CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICA-CIENTÍFICA ......................................... 5 1.1 ISOLAMENTO ELÉCTRICO .................................................................................... 6 1.1.1 Isolamento ............................................................................................................. 6 1.1.2 Efeitos da corrente eléctrica no corpo humano ..................................................... 6 1.1.2.1 Corrente eléctrica ............................................................................................... 6 1.2 COMPONENTES ELECTRÓNICOS ......................................................................... 7 1.2.1 Arduíno ................................................................................................................. 7 1.2.2 Display .................................................................................................................. 8 1.2.3 Sensor de Humidade e Temperatura (DHT11) ..................................................... 9 1.2.4 Díodo emissor de luz (led) .................................................................................. 10 1.2.5 Buzzer ................................................................................................................. 11 1.2.6 Resistores ............................................................................................................ 11 1.2.7 Transístor de Junção Bipolar ............................................................................... 12 1.3 CONSTITUIÇÃO DOS COMPONENTES ELECTRÓNICOS ............................... 13 1.3.1 Constituição do Arduíno ..................................................................................... 13 1.3.1.1 Hardware do Arduíno ....................................................................................... 13 1.3.1.2 Software do Arduíno ........................................................................................ 15 1.3.1.3 IDE do Arduíno ................................................................................................ 16 XI 1.3.1.4 Programação do Arduíno ................................................................................. 17 1.3.2 Sensor de Humidade e Temperatura DHT11 ...................................................... 21 1.3.2.1 Sensor de Temperatura (NTC). ........................................................................ 21 1.3.2.2 Sensor de Humidade ........................................................................................ 21 1.3.3 Resistores ............................................................................................................ 22 1.4 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DOS COMPONENTES ELECTRÓNICOS ………………………………………………………………………………………...23 1.4.1 Arduíno ............................................................................................................... 23 1.4.1.1 Vantagens e Desvantagens ............................................................................... 24 1.4.2 Sensor de Humidade e Temperatura (DHT11) ................................................... 25 1.4.2.1 Tipos de sensores ............................................................................................. 25 1.4.3 Díodo emissor de luz (led) .................................................................................. 26 CAPÍTULO II – OPÇÕES METODOLÓGICAS DO ESTUDO ....................................... 27 2.1 MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO ............................................................................. 28 2.2 HIPÓTESES .............................................................................................................. 28 2.3 INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO .................................................................. 28 2.4 OBJECTO DE ESTUDO ........................................................................................... 28 CAPÍTULO III – EXECUÇÃO DO PROJECTO ............................................................... 29 3.1 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO DETECTOR DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO ............................................................................................................... 30 3.2 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DOS COMPONENTES A UTILIZAR PARA A CONCEPÇÃO DO DETECTOR DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO .................. 31 3.2.1 Sensor de Humidade e Temperatura DHT11 ...................................................... 31 3.2.2 Arduíno UNO ...................................................................................................... 32 3.2.3 Led amarelo ......................................................................................................... 33 3.2.4 Display LCD (16x2) ............................................................................................ 34 3.3 CONCEPÇÃO DO DETECTOR DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO ............ 35 3.3.1 Fase de Hardware ................................................................................................ 35 3.3.3 Fase de Software ................................................................................................. 38 3.4 CÁLCULO APLICADO NO DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO................. 39 3.4.1 Técnica de Cálculo das resistências do isolamento ............................................. 39 3.4.2 Técnica de Cálculo das resistências limitadoras ................................................. 41 3.4.2.1 Dimensionamento das resistências limitadoras ................................................ 41 3.4.2.2 Resistências limitadores para o detector ..........................................................42 3.5 FUNCIONAMENTO DO DETECTOR .................................................................... 43 3.6 PROBLEMAS ENCONTRADOS E SOLUÇÕES ADOPTADAS .......................... 45 3.7 AVALIAÇÃO DA PROPOSTA DE SOLUÇÃO ..................................................... 46 3.7.1 Análises e avaliação dos impactos da concepção e implementação do detector 46 3.7.1.1 Ponto de vista técnico ....................................................................................... 46 3.7.1.2 Ponto de vista sócio - económico ..................................................................... 46 3.8 INVESTIMENTO PARA A CONCEPÇÃO DO DETECTOR ................................ 47 3.8.1 Cronograma de actividades ................................................................................. 48 XII 3.8.2 Impacto social ..................................................................................................... 48 3.9 Detector de resistência de isolamento proposto ......................................................... 49 CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 50 RECOMENDAÇÕES .......................................................................................................... 51 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 52 ANEXOS ............................................................................................................................. 54 APÊNDICE ......................................................................................................................... 57 XIII ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 - Plataforma Arduíno uno e seus componentes .......................................................................... 7 Figura 2 - Display LDC 16x2 .................................................................................................................. 8 Figura 3 - Sensor de humidade e temperatura (DHT11) ......................................................................... 9 Figura 4 - Led e seu símbolo eléctrico .................................................................................................. 10 Figura 5 - Buzzer .................................................................................................................................... 11 Figura 6 - Resistor de filme de carbono ................................................................................................ 11 Figura 7 - Transístor e sua simbologia .................................................................................................. 12 Figura 8 - Ide do Arduíno e sua divisão ................................................................................................. 16 Figura 9 - Sensor de temperatura (NTC) .............................................................................................. 21 Figura 10 - Sensor de Humidade ........................................................................................................... 21 Figura 11 - Determinação do valor de um resistor a partir do código de cores...................................... 22 Figura 12 - Diagrama funcional do Arduíno ......................................................................................... 23 Figura 13 – Pinos de sensor DHT11 ..................................................................................................... 25 Figura 14 - Funcionamento interno de um Led .................................................................................... 26 Figura 15 - Fluxograma do processo ...................................................................................................... 30 Figura 16 - Arduíno uno utilizado .......................................................................................................... 32 Figura 17 - Led amarelo ......................................................................................................................... 33 Figura 18 - Ligação do display no Arduíno ........................................................................................... 35 Figura 19 - Ligação do sensor DHT11 no circuito ................................................................................. 36 Figura 20 - Ligação do buzzer e do led no circuito ................................................................................ 37 Figura 21 - Ligação geral do detector .................................................................................................... 37 Figura 22 - Técnica de cálculo da resistência do isolamento ................................................................. 39 Figura 23 - Configuração do detector .................................................................................................... 40 Figura 24 - Resistores de 5.6MΩ e de 2MΩ .......................................................................................... 42 Figura 25 - Diagrama de bloco funcional do sistema ............................................................................. 43 Figura 26 - esquema do detector no Proteus .......................................................................................... 44 Figura 27 - Representação final do detector ........................................................................................... 49 XIV ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Especificações técnicas do sensor DHT11 ............................................................................ 31 Tabela 2 - Especificações técnicas do Arduíno UNO ............................................................................ 32 Tabela 3 - Especificações técnicas do Led amarelo ............................................................................... 33 Tabela 4 - Especificações do display LCD 16x2 ................................................................................... 34 Tabela 5 - Aquisições dos componentes do sistema ............................................................................. 47 Tabela 6 - Cronograma de actividades ................................................................................................... 48 1 INTRODUÇÃO Na sociedade moderna, a energia eléctrica é uma das fontes de energias mais básicas e indispensáveis. Cada vez mais o ser humano está rodeado de aparelhos eléctricos e electrónicos, que só funcionam graça a esta força. Grande parte dos avanços tecnológicos que alcançados até então deve-se à energia eléctrica. É de tal importância, que hoje, o desenvolvimento económico e tecnológico de um país esta diretamente ligado à sua matriz energética. Este tipo de energia é tão poderosa quanto perigosa, por isso, requer extremo cuidado com sua manipulação. Á circular pelo corpo humano, ou de animais, a corrente eléctrica produz um efeito patofisiológico chamado Choque Eléctrico que pode, muitas vezes, provocar lesões graves, ou mesmo vítimas fatais. Fugas em capacitores, isolamentos de fios e cabos, conectores e em muitos outros dispositivos afectam o funcionamento de diversos tipos de equipamentos, tanto de uso comum quanto de uso industrial. Por outro lado, fugas em isolamento de aparelhos ligados à rede de energia podem tornar-se perigosas, causando choques nos operadores ou usuários. Para detectá- las descrevemos a montagem de um aparelho simples que pode ser uma alternativa de grande utilidade para os leitores que trabalhem em manutenção, instalação ou reparação de aparelhos electrónicos e eléctricos de uso doméstico ou industrial. Identificação do problema Nesta época de racionamento de energia, a preocupação com equipamentos de qualquertipo que possam estar consumindo mais energia do que devem é grande. Em muitos casos um consumo elevado pode estar a ser causado pela ocorrência de fugas. Fugas para a carcaça de um equipamento desviando energia para a terra, ou ainda fugas para um conduite metálico, são alguns dos problemas que podem ocorrer por outro lado fugas em isolamento de aparelhos ligados as redes de energia podem tornar-se perigosas, causando choque nos operadores ou usuários. A baixa humidade também favorece a acumulação de electricidade estática que pode resultar em desligamento espontâneo de computadores quando ocorrem as descargas. Resultando em danos irreversíveis. https://pt.wikipedia.org/wiki/Eletricidade_est%C3%A1tica 2 Dado a este aspecto, surge a seguinte pergunta de partida: como podemos medir a resistência de isolamento e alguns dos seus factores que contribuem para sua diminuição? OBJECTIVOS DO ESTUDO Objectivo Geral Conceber um detector de resistência de isolamento eficiente e de baixo custo, e implementar para o uso doméstico e industrial. Objectivos Específicos (1) Apresentar fundamento teóricos técnico ou tecnológico aplicável ao projecto; (2) Dimensionar e seleccionar os componentes a se utilizar na concepção do projecto; (3) Construir o detector e projectar a sua implementação; (4) Apresentar os impactos, do ponto de vista técnico, e socioeconómico, resultantes da construção do detector; 3 IMPORTÂNCIA DO ESTUDO Do ponto de vista teórico: é importante porque nos remete a adquirir um amplo conhecimento sobre o detector de resistência de isolamento, e das diversas tecnologias utilizadas para a sua concepção, bem como é projectada a implementação do mesmo nas residências e industriais bem como nas fábricas. Para o sistema funcionar correctamente é necessário que os componentes que o constituem sejam bem estudados e selecionados. Do ponto de vista prático: O projecto é de grande relevância, uma vez que apresenta solução prática para o monitoramento da resistência de isolamento e de um Arduíno Uno como elementos fundamentais para a construção de um detector de baixo custo e eficiente, proporcionando assim maior segurança e reduzir os custos de energia. Bem como monitorar a temperatura e humidade de uma determinada zona, ou área. DELIMITAÇÃO DO ESTUDO Neste projecto, iremos avaliar a resistência de isolamento de equipamentos de até 32MΩ, terá duas faixas de detecção uma em que somente se o isolamento representar uma resistência inferior a 200KΩ ocorrerá um sinal de aviso, e outra em que isso acontecerá somente para resistências abaixo de 32MΩ. Vale ressaltar que as limitações impostas podem incentivar novos trabalhos sobre o tema proposto. 4 DEFINIÇÃO DE CONCEITOS Projecto Segundo GOUVEIA (1999, p. 3), «um projecto é um trabalho não repetitivo planificado e realizado de acordo com especificações técnicas determinadas, e com objectivos de custos, investimentos e prazos pré-definidos». Sensor «Literalmente, podemos definir a palavra sensor como “aquilo que sente”. Na eletrônica, um sensor é conhecido como qualquer componente ou circuito eletrônico que permita a análise de uma determinada condição do ambiente, podendo ela ser algo simples como temperatura ou luminosidade; uma medida um pouco mais complexa como a rotação de um motor ou a distância de um carro até algum obstáculo próximo ou até mesmo eventos distantes do nosso cotidiano, como a detecção de partículas subatómicas e radiações cósmicas». (PATSKO, 2006, p. 1) Detector Segundo MAXXTRO (2014, p. 2), «um detector pode ser considerado um transdutor, pois transforma um tipo de informação em outro, que pode ser um sinal eléctrico, luz, reação química, etc.» Resistência de isolamento Segundo VILLAN (2016, p. 3), «a resistência de isolamento corresponde a resistência que o isolamento oferece á passagem dessa corrente de fuga, a qual pode circular através da massa do isolamento ou pela sua superfície». Fuga de corrente Segundo WALKER (2010, p. 103), «é uma perda de energia elétrica, devido a uma falha na isolação da instalação ou por uma falha interna nos equipamentos». 5 CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICA-CIENTÍFICA 6 1.1 ISOLAMENTO ELÉCTRICO 1.1.1 Isolamento Segundo VILLAN (2016, p. 3), «o isolamento é uma medida de segurança vital que evita que correntes eléctricas passem através do corpo humano, causando um choque eléctrica». O isolamento elétrico faz uso de materiais como a borracha, o policloreto de vinilo (PVC) ou a porcelana, que não conduzem a corrente elétrica, para impedir a fuga de uma corrente de um condutor para outro ou para a terra. O isolamento tem a finalidade de evitar que a corrente eléctrica percorra caminhos indesejáveis em um equipamento. Desta forma, um isolamento ideal seria aquele que, quando submetido a um potencial eléctrico adequado, não fosse percorrido por nenhuma corrente eléctrica, ou seja, tivesse uma resistência infinita. Durante a sua vida útil, um isolamento é submetido a uma série de fenómenos físicos e químicos como danos mecânicos, aquecimento, poeira, óleo, humidade todos capazes de reduzir a sua resistência à corrente de fuga. (VILLAN, 2016) 1.1.2 Efeitos da corrente eléctrica no corpo humano 1.1.2.1 Corrente eléctrica Segundo WALKER (2001, p.463), «corrente eléctrica é o fluxo das cargas de condução dentro de um material». Em termos gerais, os efeitos da corrente no corpo humano são com menos do que 0,01A, sensação de formigueiro ou nada se sente. 0,02A sensação de dor e fica-se agarrado. 0,03A perturbações respiratórias. 0,07A grandes dificuldades respiratórias. 0,1A morte devido a fibrilação. 0,2A verificam-se queimaduras muito graves e cessa a respiração. A intensidade de corrente que passa por uma vítima é geralmente determinada pela resistência da pele que vai de cerca de 1.000 Ω para peles molhadas até 500.000 Ω para peles secas. (WALKER ,2001) 7 1.2 COMPONENTES ELECTRÓNICOS 1.2.1 Arduíno «O Arduíno é uma plataforma opensource de computação física baseada em uma simples placa com entradas e saídas micro controladas e um ambiente de desenvolvimento que permite a implementação da linguagem processing/wiring. A plataforma Arduíno pode ser utilizada para desenvolver projectos autónomos interactivos admitindo entradas de uma séria de sensores ou chaves, e controlando uma variedade de luzes, motores ou outras saídas físicas. Projectos do Arduíno podem ser independentes, ou podem se comunicar com software rodando em um computador.» (SOUZA, 2014, p.15) O Arduíno é uma plataforma utilizada para a elaboração de pequenos e grandes projectos de electrónica. O mesmo tem a vantagem de proporcionar um orçamento menos dispendioso que outras plataformas disponíveis. Para além do baixo custo orçamental, o Arduíno também consegue aproximar usuários que possuem pouco ou mesmo nenhum conhecimento em eletrónica e programação. Existem outras plataformas de microcontroladores criadas com o mesmo objectivo, mas não mantendo o foco em características como facilidade de uso e preço acessível como o Arduíno. Na figura 1 temos ilustrado uma plataforma Arduíno modelo uno com os seus respectivos componentes descritos, o mesmo modelo que será usado no projecto com a sua respectiva descrição. Figura 1: Plataforma Arduino UNO e seus componentes Fonte:Adaptado do (ARDUINO, 2014, apud SOUZA, 2014, p.16) 8 1.2.2 Display «Os displays são interfaces gráficas utilizadas para representar informações de tanto sob forma visual quanto táctil. É possível exibir informações do programa,como por exemplo, uma mensagem ou a leitura de um sensor. Existem vários modelos de displays, entre eles o de 7 segmentos, 16x2 (16 linhas e 2 colunas) e 20x4. Alguns displays possuem um backlight, uma luz de fundo que facilita na leitura das informações.» (ELECTROGATE, 2017, p.40) Dentre os vários tipos de displays existentes destacaremos o display LCD por ser o que utilizaremos na concepção do projecto. Os módulos de display LCD de caracteres alfanuméricos são interfaces de comunicação visual muito úteis e atraentes. Eles encontram-se em quase todos os aparelhos domésticos, electrónicos, automóveis, instrumentos de medição etc. São dispositivos que possuem interfaces eléctricas padronizadas e recursos internos gráficos e de software que permitem facilmente a permuta por outros de outros fabricantes, sem que seja necessário alterar o programa de aplicação. Por ser altamente padronizado, o seu custo é baixo. É um recurso antigo, deve ter uns vinte anos de idade ou mais, mas continua, actualmente, com suas inúmeras formas, cores, tamanhos e preços. A tecnologia predominante continua sendo o LCD (Liquid Crystal Display), porém já se pode encontrar alguns baseados em LEDs orgânicos (OLED). (ELECTROGATE, 2017) Na figura 2 temos representado um display LCD 16x2 com backlight azul. Figura 2: Display LCD 16x2 Fonte: (ELECTROGATE, 2017, p. 40) 9 1.2.3 Sensor de Humidade e Temperatura (DHT11) Segundo ELETROGATE (2017, p.38), «sensor DHT11 é um dispositivo de baixo custo usado para medição de humidade e temperatura do ar.» Desenvolveu-se uma síntese de comunicação de um sensor de temperatura e humidade DHT11 com a plataforma Arduíno e o computador através da porta USB. O projeto consiste em fornecer tanto temperatura quanto humidade do ar instantaneamente de forma prática e muito fácil. A partir deste projeto poderá usar o conceito básico em várias outras aplicações simples e úteis. O projecto foi desenvolvida para ler a temperatura e humidade através do sensor DHT11, apresentar os dados no display. Figura 3: Sensor Humidade e Temperatura (dht11) Fonte: (Fotografia tirada pelo autor, aos 20 de fevereiro de 2021) 10 1.2.4 Díodo emissor de luz (led) «Os díodos emissores de luz dispositivo conhecidos pela abreviatura na língua inglesa LED (Light Emitting Díodo) são fontes luminosas para iluminação artificial. Os LEDs são compostos de camadas diferentes de semicondutores em estado sólido, que convertem energia eléctrica directamente em luz monocromática, opostamente a uma lâmpada incandescente, que emana um espectro contínuo de luz.» (MARTELETO, 2011, p.10) Os LED’s têm as mesmas características que os díodos comuns, ou seja, só conduzem quando polarizados directamente. Comercialmente, eles trabalham normalmente com correntes na faixa dos 10mA a 50mA e tensões na faixa de 1.5V a 2.5V. Os LED´s são componentes cuja intensidade luminosa depende da corrente que circula pelos mesmos onde a intensidade luminosa é directamente proporcional a corrente. (MARTELETO, 2011) Na figura 4 temos ilustrado o LED com a descrição dos seus componentes interiores e a sua representação simbólica. Figura 4: LED e seu símbolo eléctrico Fonte: (ADOLFO et al, 2015, p.77) 11 1.2.5 Buzzer Buzzer é um dispositivo de áudio que pode ser mecânico, electrónico ou piezoeléctrico, que é composto por 2 camadas de metal e uma terceira camada interna de cristal piezoeléctrico, este componente recebe uma fonte de energia e através dela emite uma frequência sonora. Funcionando como uma sirene ou alto-falante. Entre diversas aplicações, buzzers são principalmente utilizados nos dispositivos sonoros de alarme, nos automóveis, despertador, computadores, etc. (FBS ELECTRÓNICA, 2013). Na figura 5 temos ilustrado do Buzzer Figura 5: Buzzer Fonte: (Fotografia tirada pelo autor, aos 20 de Fevereiro de 2021) 1.2.6 Resistores Segundo ADOLFO et al, (2005, p.10), «em termos práticos, os resistores são elementos passivos que limitam a intensidade de corrente eléctrica em determinados trechos de um circuito em função das necessidades específicas de um dado projecto.» Os resistores podem ser de valor fixo ou de valor variável. Figura 6: Resistor de filme de carbono Fonte: (ADOLFO et al, 2015, p.11) 12 1.2.7 Transístor de Junção Bipolar «O transístor de junção bipolar é um dispositivo semicondutor de três terminais, formado por três camadas consistindo de: duas camadas de material tipo "n" e uma de tipo "p" ou de duas de material tipo "p" e uma de tipo "n". O primeiro é chamado de transístor npn enquanto que o segundo é chamado de transístor pnp.» (CRUZ, 2002, p.24) O transístor bipolar pode ser utilizado como interruptor eletrónico, na amplificação de sinais, como oscilador. Neste projecto utilizamos como amplificador de sinais. Figura: 7: Transístor e sua simbologia Fonte: (Tone, 2010, p.1) 13 1.3 CONSTITUIÇÃO DOS COMPONENTES ELECTRÓNICOS 1.3.1 Constituição do Arduíno O Arduíno é um computador como qualquer outro. Ou seja, é um microcomputador que possui inclusive menos memória, menor capacidade de processamento de dados e uma arquitectura simples, constituído pelos seguintes elementos (ELECTROGATE, 2017). • Microprocessador: É o elemento responsável pelos cálculos e tomada de decisão; • Memória RAM: Utilizada para guardar dados e instruções, volátil; • Memória flash: Utilizada para guardar o software, não volátil; • Temporizadores (timers). • Contadores. 1.3.1.1 Hardware do Arduíno O hardware do Arduíno consiste na sua estrutura física, que envolve todos os componentes nele integrado. A placa do Arduíno é um pequeno circuito microcontrolador, onde é colocado todos os componentes necessários para que este funcione e se comunique com o computador. Segundo SOUZA (2014, p. 17) existem diversas versões de placas do Arduíno as principais são: • «Arduíno Uno é a mais recente versão do Arduíno. O ‘’UNO’’ significa ‘’um’’ em italiano e representa o lançamento do Arduíno 1.0 como base para futuras versões. O Arduíno Uno é composto por um microcontrolador ATmega328, com 32kb de Memória Flash, dos quais são utilizados 512 Bytes pelo bootloader, 2KB de SRAM e 1KB de EEPROM; • Arduíno Mega Arduíno Mega é uma placa de microcontrolador baseado no ATmega2560. Possui 54 pinos de entrada e saídas digitais, 16 entradas analógicas, 4 UARTs (portas seriais de hardware), um oscilador de cristal de 16 MHz, uma conexão USB, uma entrada de alimentação, uma conexão ICSP e um botão de reset; • Arduíno Nano é uma placa pequena e completa, baseada originalmente no ATmega168, possuindo semelhanças ao Arduíno Duemilanove; • Arduíno BT (Bluetooth) baseia-se nas especificações do microcontrolador ATmega328 com a diferença de acoplar, em seu circuito, um módulo Bluetooth integrado; • Arduíno Lilypad arduíno Lilypad é uma placa de microcontrolador baseado no Atmega 168V ou o Atmega 328V. Tem 14 pinos digitais e 6 pinos de entradas analógicas». 14 Neste projecto será utilizada a placa Arduíno uno, porém as instruções apresentadas aqui podem ser aplicadas as outras placas. O Arduíno é uma plataforma opensorce, que permite que outros componentes electrónicos sejam adicionados de forma simples, com o objectivo de aumentar as suas funcionalidades, em função do projecto pretendido. Diversas empresas de hardware desenvolveram placas electrónicas adicionais para conexão nos terminais do Arduíno. Estas placas adicionais são denominadas ‘’Shields’’ e acrescentam várias funções específicas a plataforma, desde controlo sobre motores, sensores até sistemas de redes sem fio. Segundo SOUZA (2014, p. 18), as plancas de expansões mais utilizadas, destacam-se as seguintes: • «Ethernet em algunsprojectos é necessario fazer conexão com a internet. Para este fim adiciona-se a placa, o Ethernet shield, que possibilita a conexão com a internet, utilzando uma biblioteca de rede que suporta os protocolos TCP (Tranmission Control Protocol) e UDP (User Datagram Protocol); • MicroSD o arduino Uno possui pouca memoria de armazenamento de dados. O shield MicroSD permite ampliar a capacidade de memória usada pelo projecto ou pode funcionar como registrador de logs onde se queira gravar determinadas informações, como, por exemplo, a leitura de um sensor; • Motor Shield é utilizado para controlar motores de até 18v. Este shield inclui uma superfície de montagem em ponte-H, o qual permite uma maior tensão do motor a ser utilizado, possibilita controlar a velocidade e o sentido de rotação do motor; • GPS Shield este shield possibilita obter informações de posicionamento de satélites GPS. Utililiza o padrão National Marine Electronics Association (NMEA) que fornece parâmetros tais como longitude e latitude; • GSM Shield utiliza o protocolo (GSM) para enviar mensagens de texto a grandes distâncias; • LCD Shield mostra informações do processamento na tela LCD acoplada ao Arduino». A maneira mais simples e económica de exibir informações é com um LCD. Eles são encontrados em dispositivos electrónicos do dia-a-dia, como máquinas de venda automática, calculadoras. Neste projecto será utilizado um LCD Shield que mostra informações do detector bem como do sensor DHT11. 15 1.3.1.2 Software do Arduíno «Para manipular ou controlar as saídas do Arduíno é preciso programar. O software é o mecanismo utilizado basicamente para escrever o código do programa, salvá-lo, compilá- lo, e realizar a gravação do código compilado no Arduíno (memória flash) através da porta USB do computador. A linguagem de programação é modelada a partir da linguagem processing. Que implica que, depois de escrever o código de programação, quando pressionamos o botão upload da IDE, automaticamente o código escrito é traduzido para a linguagem C e é transmitido para o compilador avr-gcc, que realiza a tradução dos comandos para uma linguagem que pode ser compreendida pelo microcontrolador. A IDE do Arduíno será utilizada para realizar estes passos». (FBS ELECTRÓNICA, 2013, p.8) Antes de prosseguirmos com a programação do Arduíno é preciso instalar no computador um software especial, que nos possibilitará programar os códigos no nosso Arduíno. Este software pode ser obtido no site oficial do Arduíno. Para fazer o download devemos selecionar a setup, de acordo com o sistema operacional que utilizamos, sendo ele compatível com Windows, Linux e Mac OS. O Ciclo de programação do Arduíno obedece os seguintes passos: • Conexão da placa a uma porta USB do computador; • Desenvolvimento de um sketch com comando para a placa; • Upload do sketch para a placa, utilizando a comunicação USB; • Aguardar a reinicialização, após ocorrerá à execução do sketch criado. Depois de gravar o programa, o Arduíno torna-se independente do computador, ou seja, pode ser desconectado do computador. Só voltamos a conectar o Arduíno no computador se, eventualmente haver a necessidade de se mudar ou fazer alteração no programa. 16 1.3.1.3 IDE do Arduíno «A IDE (Integrated Developement Enviroment) do Arduíno é um ambiente de desenvolvimento integrado ao hardware para geração dos programas (sketches) que serão enviados para a plataforma. Este ambiente de desenvolvimento é baseado no Framework Wiring e na linguagem de programação C/C++. Quando abrimos a IDE do Arduíno, é exibido uma janela com as ferramentas necessárias que permitem acesso as funções do software.» (ELECTROGATE, 2017, p.12) A IDE é dividido em três partes: A Toolbar no topo, o código ou a Sketch Windows no centro, e a janela de mensagens na base, conforme é exibido na figura 8. Figura 8: IDE do Arduíno e sua divisão Fonte: (FBS ELECTRÓNICA, 2013, p.11) O IDE ilustrado na figura acima é utilizado a partir do sistema operativo Windows, no caso do sistema operativo utilizado ser diferente do Windows, pode haver algumas diferenças, mas o IDE é basicamente o mesmo. Sobre a barra de ferramenta (Toolbar) há uma guia, ou um conjunto de guias, com o nome do arquivo do sketch. Também há um botão posicionado no lado direito que habilita o serial monitor. Ao longo do topo há uma barra de menus, com os itens File, Edit, Sketch, Tools e Help. Os botões na Toolbar fornecem acesso conveniente às funções mais utilizadas dentro desses menus, facilitando o utilizador na busca de ferramentas necessárias para a elaboração do programa (FBS ELECTRÓNICA, 2013). Abaixo são identificados os ícones de atalho da IDE: • Verify: É o ícone que permite verificar se existe erro no código digitado; • Upload: É o ícone que permite compilar o código e gravar na placa Arduíno se correctamente conectada; 17 • New: serve para criar um novo sketch em branco; • Open: Permite abrir um sketch, presente no sketchbook; • Save: serve para salvar o sketch activo; • Seria monitor: Este ícone abre o monitor serial função loop (), que é responsável pela execução das tarefas. 1.3.1.4 Programação do Arduíno A estrutura básica de um programa para Arduíno é extremamente simples e é dividida em dois blocos de funções: • Função setup (): É responsável pela configuração inicial do Arduíno. Segundo FBS ELECTRÓNICA (2013, p.13), «a função setup segue logo abaixo da declaração de variáveis no início do programa. Esta é a primeira função a ser executada e é usada para configuração dos pinos ou inicialização da comunicação serial.» • Função loop (): É responsável pela execução das tarefas. Segundo FBS ELECTRÓNICA (2013, p.13), «a função loop vem em seguida e inclui os comandos que serão executados durante o funcionamento do Arduíno, por exemplo: leitura de entradas, acionamento de saídas, etc. Essa é a função principal do Arduíno onde é executada a maior parte dos comandos.» Apesar de cada uma das funções ter a sua particularidade, é de salientar que ambas são requeridas para o correto funcionamento do Arduíno. Segundo ELECTROGATE (2017, p.13), para programar o Arduíno tem que se ter em consideração os seguintes fundamentos de programação: • «Algoritmo é uma sequência finita de instruções bem definidas e não ambíguas, cada uma das quias pode ser executada mecanicamente num período de tempo finito e com uma quantidade de esforço finita; • Constantes um dado é constante quando não sofre nenhuma alteração ao decorrer do programa. Ou seja, não se pode alterar ao longo de uma execução.» Sendo o algoritmo uma sequência de código e bem organizada de tal forma que permita resolver um determinado problema, desta forma existem critérios ou formato de escrita de programas, bem definidos entre os quais as constantes. 18 Segundo OLIVEIRA (2005, p.33), a declaração de constantes pode ser feita de duas maneiras: 1. «Usando a palavra reservada “const”. Exemplo: const int x = 10; 2. Usando a palavra reservada “define”. Exemplo: #define X 10». Existem algumas constantes pré-definidas, cujos nomes não podem ser utilizados para a declaração de variáveis. Estas são chamadas palavras reservadas. Segundo OLIVEIRA (2005, p.33) existem as seguintes constantes pré-definidas: • «True – indica um valor lógico verdadeiro; • False – indica um valor lógico falso; • HIGH – indica que uma porta está activada, ou seja, está em 5V; • LOW – indica que uma porta está desactivada, ou seja, está em 0V; • INPUT – indica que uma porta será utilizada como entrada de dados; • OUTPUT – indica que uma porta será utilizada como saída de dados». • Variáveis: Segundo DAMAS (2004, p.37), «uma variável não é mais que um nome que nós damos a uma determinada posição de memoria para conter um valor deum determinado tipo.» Qualquer programa de programação ou em qualquer linguagem de programação utilizasse variáveis, e as variarias usadas correctamente garantem o bom funcionamento do programa. As variáveis são sempre armazenadas em memoria, e são uma forma simples de referenciar posições de memoria. • Vectores e Matrizes: «Uma variável escalar pode armazenar muitos valores ao longo da execução do programa, porém não ao mesmo tempo. Existem variáveis que podem armazenar mais de um valor ao mesmo tempo, essas variáveis são conhecidas como variáveis compostas homogéneas. A programação do Arduíno permite trabalhar com dois tipos de variáveis compostas homogéneas: Vectores e Matrizes» (ELECTROGATE, 2017, p.15) Um vector, não é mais que um conjunto de elementos consecutivos, todos do mesmo tipo, que podem ser acedidos individualmente a partir de um único nome. Então quando usamos vectores com mais do que uma dimensão estamos na verdade usar uma matriz. Sua utilização mais comum está vinculada á criação de tabela. 19 • Operadores: Segundo DAMAS (2004, p.30), «em uma linguagem de programação existem vários operadores que permitem operações do tipo: Aritmética, relacional, lógica e composta». A linguagem C, é muito rica em operadores sendo possivelmente uma das linguagens com maiores números de operadores disponíveis. • Comentários: Segundo GAIER (2012, p.9), «comentário de Linha: É feito dentro de duas linhas inclinadas (//); Comentário de Bloco: É feito dentro de duas linhas inclinadas e asterixos (/* */), permite acrescentar comentários com mais de uma linha». Comentários são textos que introduzimos no meio do programa fonte com intenção de torna-lo mais claro. Os comentários não se destinam a ser interpretados pelo compilador ou por qualquer componente do processo de desenvolvimento. O seu objectivo é facilitar o programador que tem que olhar para um determinado projecto. • Comandos de Selecção São aqueles que permitem ao programador alterar a sequência de execução do programa. Também permitem indicar quias as circunstâncias em que determinada instrução ou conjunto de instruções deve ser executada. Segundo MULTILÓGICA (2005, p.13) existem três condições de programação: ➢ «If - Selecção simples; ➢ If/Else - Selecção composta; ➢ Switch/Case/Break - Selecção de múltipla escolha». 20 • Comandos de Repetição: Segundo DAMAS (2004, p.122), os comandos de repetição podem ser: ➢ «For - Baseado em um contador; ➢ While - Baseado em uma expressão com teste no início; ➢ Do - While: Baseado em uma expressão com teste no final». Muitas vezes é necessário repetir um ou mais trechos do código mais de uma vez, nestes casos devem ser utilizados os comandos de repetição para manter um laço em uma instrução ou conjunto de instruções. A principal vantagem deste recurso é que o programa passa a ter um tamanho menor. • Bibliotecas «Biblioteca é uma colecção de subprogramas utilizados no desenvolvimento de programas. Contém código e dados auxiliares, que provém serviços a programas independentes, o que permite o compartilhamento e a alteração de código e dados de forma modular» (ELECTROGAT, 2017, p. 23) Quando queremos simplificar ao máximo nossos códigos, visando economizar espaço na memoria do programa, usamos as bibliotecas. nela contém códigos elaborados por outros programadores. 21 1.3.2 Sensor de Humidade e Temperatura DHT11 O sensor de humidade e temperatura (DHT11) utiliza dois tipos de sensores dos quias são: sensor de temperatura e o sensor de humidade. 1.3.2.1 Sensor de Temperatura (NTC). Segundo ELETROGATE (2019, p.29), «o sensor de temperatura NTC pertence a uma classe de sensores chamada de termístores. São componentes cuja resistência é dependente da temperatura para cada valor de temperatura absoluta há um valor de resistência.» Figura: 9: sensor de temperatura (NTC) Fonte: (ELECTROGATE, 2019, p.30) 1.3.2.2 Sensor de Humidade O sensor de humidade é baseado no efeito capacitivo que é capaz de absorver o vapor de água existente no ar e com isso muda sua característica eléctrica. (ELETROGATE 2019) Figura: 10- sensor de temperatura (NTC) Fonte: (ELECTROGATE, 2019, p.38) 22 1.3.3 Resistores Os resistores de valores fixos são aqueles cujos seus valores ôhmico não varia, ou seja, é constante. No nosso projecto utilizaremos o resistor de valor fixo de filme de carbono. A construção deste tipo de resistor é feita através de uma película fina de carbono (filme) é depositada sobre um pequeno tubo de cerâmica. O filme resistivo é enrolado em hélice por fora do tubinho tudo com máquina automática até que a resistência entre os dois extremos fique tão próxima quanto possível do valor que se deseja. São acrescentados terminais, um em forma de tampa e outro em forma de fio em cada extremo e, posteriormente, o resistor é recoberto com uma camada isolante. A etapa final consiste em pintar tudo automaticamente com faixas coloridas transversais para indicar o valor da resistência. Resistores de filme de carbono (popularmente, resistores de carvão) são baratos, facilmente disponíveis e podem ser obtidos com valores de ±10% ou 5% dos valores neles marcados (valores nominais), (ADOLFO et al, 2015). Valores ôhmicos dos resistores podem ser reconhecidos pelas cores das faixas em suas superfícies. Cada cor e sua posição no corpo do resistor representa um número, conforme mostra a figura 11. Figura: 11: Determinação do valor de um resistor a partir do código de cores Fonte: (ADOLFO et al, 2015, p.13) Onde a primeira faixa em um resistor é interpretada como o primeiro dígito do valor ôhmico da resistência do resistor. A segunda faixa dá o segundo dígito. A terceira faixa é chamada de multiplicador e não é interpretada do mesmo modo. A quarta faixa, um pouco mais afastada das outras três, é a faixa de tolerância. Ela informa-nos a precisão do valor real da resistência em relação ao valor lido pelo código de cores. Isso é expresso em termos de percentagem. A maioria dos resistores obtidos nas lojas apresenta uma faixa de cor prata, indicando que o valor real da resistência está dentro da tolerância dos 10% do valor nominal (ADOLFO et al, 2015). 23 1.4 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DOS COMPONENTES ELECTRÓNICOS 1.4.1 Arduíno O Arduíno funciona semelhante a um pequeno computador, no qual, pode-se programar de acordo ao projecto, a maneira como as suas entradas e saídas devem se comportar, em função dos componentes externos conectados sobre as mesmas. Os sensores, ligados nos terminais de entrada do Arduíno geram sinais. O Arduíno interpreta e processa os sinais ou variáveis de entrada e transforma em sinais eléctricos. Deste modo através da programação o Arduíno controla e acciona todos os dispositivos ligados aos seus terminais de saída. Nos terminais de saída são conectados os actuadores que representam os elementos finais do circuito, e transformam os sinais eléctricos em trabalho (ARDUINO, 2014). Na figura 12 ilustramos o diagrama de bloco, que representa a etapa de funcionamento do Arduíno. Também é possível observar os componentes principais do circuito que são os sensores, Arduíno e os actuadores. Figura 12: Diagrama funcional do Arduíno Fonte: (SOUZA, 2014, p.16) 24 1.4.1.1 Vantagens e Desvantagens FBS ELECTRÓNICA (2013, p.7), o arduíno possui as seguintes vantagens: «Possui um ambiente multiplataforma, podendo ser executado em Windows, Macintosh e Linux; Tem por base um ambiente de fácil utilização baseado em processing; Pode ser programado utilizando um cabo de comunicação USB onde geralmente não é necessária uma fonte de alimentação; Possui hardware e software open-source, facilitando a montagem do seu próprio hardware sem precisar pagar nada aos criadoresoriginais; Tem Hardware de baixo custo; Possui ambiente educacional, ideal para iniciantes que desejam resultados rápidos.» Do mesmo modo que o Arduíno apresenta vantagens também tem desvantagens, dentre elas destacamos as seguintes: 1. A grande desvantagem do Arduíno é que por ser uma plataforma de hardware já modelada, caso haver necessidade de mudar para outro tipo de arquitectura encontramos muita dificuldade; 2. Pouca robustez, trabalha com sinais de 5v. 25 1.4.2 Sensor de Humidade e Temperatura (DHT11) «O componente de medição da temperatura é um termístor do tipo NTC, que diminui sensivelmente a sua resistência elétrica com o aumento da temperatura e o componente de medição da humidade é um sensor capacitivo do tipo HR202, onde a presença de humidade no sensor, produz uma variação na capacitância interna do sensor, então o circuito interno faz a leitura dos sensores e se comunica a um microcontrolador através de um sinal serial de uma via, este sinal logo é enviado para o pino de saída data. É importante destacar que além do sensor não apresentar valores negativos (leituras no intervalo de 0 − 50oC e mede a humidade do ar nas faixas de 20% a 90%), este não apresenta valores decimais da temperatura e humidade do ar, estando limitado a medição da temperatura e humidade num raio de até 20m de distância do sensor e a impossibilidade da leitura de dados em intervalos inferiores a 2s, sendo este ideal para leitura dos dados na programação do Arduíno.» (STUCHI, 2019, p.8) Para verificar o funcionamento do sensor DHT11 é necessário alimentar o módulo e colocar o pino Data Signal numa das portas do Arduíno. Assim o sensor irá funcionar em perfeita condição. 1.4.2.1 Tipos de sensores O Módulo Sensor de Temperatura e Humidade DHT 21 é um módulo desenvolvido a partir do sensor DTH 11 para a medição de temperatura e humidade, este sensor destaca-se em relação a outros modelos por possuir uma faixa de medição maior, medindo temperaturas de - 40 a 105 °C e humidade do ar de 0 a 100% RH, a comunicação com o microcontrolador ocorrer através da interface I2C. (STUCHI, 2019) Figura 13: Pinos do Sensor DHT11 Fonte: (Elaborado pelo autor aos 02 de Março de 2021) 26 1.4.3 Díodo emissor de luz (led) O LED é formado pelo ânodo e cátodo onde, se a tensão entre o ânodo e o cátodo do semicondutor for de valor adequado aos electrões do material do tipo n e as lacunas do material do tipo p, ambos se deslocam em direcção a junção p-n, conforme mostra a figura 13. Esta recombinação exige que a energia do electrão livre não ligado seja transferida para outro estado inferior. Essa energia é emitida na forma de fótons. Em matérias como arsenieto de gálio (GaAsP) ou fosfeto de gálio (GaP), o número de fótons da energia luminosa é suficiente para criar uma fonte de luz bem visível. Esse processo de emissão de luz visível com aplicação de uma fonte eléctrica é chamado de eletroluminescência. O comprimento de onda da radiação emitida depende da banda de energia entre dois níveis consecutivos do material semicondutor. Cada material terá seu próprio nível de energia na sua estrutura atómica. Quanto maior a distância do electrão ao núcleo, maior é o nível de energia e da frequência (MARTELETO, 2011). Figura 14: Funcionamento interno de um LED Fonte: (MARTELETO, 2011, p.1 0) Por tanto, a radiação emitida pelos LEDs pode ir desde ultravioleta até infravermelha. A dopagem do cristal pode ser feita com gálio, alumínio, arsénio, zinco, fósforo, índio e nitrogénio. 27 CAPÍTULO II – OPÇÕES METODOLÓGICAS DO ESTUDO 28 2.1 MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO Neste projecto foram utilizados vários métodos dentre os quais, o método quantitativo com recurso ao método de pesquisa bibliográfica que serviu de sustentação teórica e ao método descritivo, pois recorreu-se as técnicas de cálculos para determinar as características dos componentes a se utilizar para a elaboração do detector, e para os ensaios e verificação funcionais de todos dos elementos integrados ao detector usamos o método experimental. 2.2 HIPÓTESES H1. Os componentes técnicos do projecto são operacionais e fiáveis; H2. Os componentes técnicos do projecto não são operacionais e nem fiáveis. 2.3 INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO Para a realização deste trabalho, foi utilizado os seguintes instrumentos de investigação: livros, manuais, catálogos, internet, software de simulação e programação, multímetro, ferro de solda e estanho. Para se obter uma boa ligação dos jumper utilizamos o multímetro para garantir que não haja continuidade de pontos diferentes e assim não termos nenhum curto circuito. Para que houvesse está ligação foi necessário usamos o estanho e o ferro de solda. 2.4 OBJECTO DE ESTUDO Em todos os ramos da actividade humana, a preocupação com a segurança das pessoas e o património é um interesse e necessidade de toda a sociedade. Sendo assim, este projecto tem como objecto de estudo a resistência do isolamento eléctrico. 29 CAPÍTULO III – EXECUÇÃO DO PROJECTO 30 Neste capítulo faremos a descrição sobre como será projectado o detector afim de se obter o efeito desejado para o seu funcionamento. Para a concepção e ensaio do esquema eléctrico, utilizamos o software Fritzing e Proteus, para projecção da implementação do detector o AutoCAD. Descrevermos também as fases, os problemas encontrados durante a concepção e a solução adoptada. Também será abordado detalhadamente o processo de funcionamento do detector, através de fluxograma e diagrama de bloco. 3.1 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO DETECTOR DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO Sendo assim na figura 15 ilustramos o algoritmo em fluxograma que é a representação esquemática do processo funcional do Detector, ou seja, representa a sequência das operações que ocorrem no processo. Para melhor compreensão do fluxograma, apresentamos a sua descrição narrativa. Primeiramente a inicialização do software é feita, depois o processo é feito em duais etapas. 1º Leitura do sensor dht11. 2º Medição no isolamento, se for menos que 200k ohms o buzzer liga, se o isolamento for menor que 32M ohms, o led acende Figura 15: Fluxograma do processo Fonte: (Elaborado pelo autor aos 02 de Março de 2021) 31 3.2 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DOS COMPONENTES A UTILIZAR PARA A CONCEPÇÃO DO DETECTOR DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO Para a concepção do detector proposto no projecto serão utilizados os seguintes componentes: 3.2.1 Sensor de Humidade e Temperatura DHT11 O Sensor de Humidade e Temperatura – DHT11 é um dos componentes mais utilizados em projetos que envolva medição de temperatura e humidade ambiente. Este sensor faz medições de temperatura de 0º até 50º celsius e mede a humidade do ar nas faixas de 20% a 80%. A precisão (margem de erro) do sensor para medição de temperatura é de aproximadamente 2º celsius e para humidade é de 5%. Especificações e Características Tabela 1: Especificações técnicas do sensor dht11 Tensão de operação 3,5V a 5V (DC) Corrente de Operação 2,5 mA Tempo de resposta 2 Segundos Precisão na temperatura ±2%ºC Precisão na temperatura 0 a 50ºC Resolução de humidade 5% Precisão na humidade ±5% Faixa de humidade relativa 20 a 80% Raio de medição 20m Fonte: (Eletrogatearduinomaker, 2019, p.38) 32 3.2.2 Arduíno UNO O Arduíno UNO é o componente que controlará todos os processos inerente ao funcionamento do detector, tanto da medição do isolamento como da leitura do sensor DHT11 receberam instruções provenientes do Arduíno. Dentre os diversos modelos de Arduíno existente escolhemos o modelo UNO por ser a mais recente versão do Arduíno, didáctico,versátil e simples de usar. Figura 16: Arduíno UNO utilizado Fonte: (ARDUINO, 2014, p.1) Na tabela 2 temos demonstrado as especificações técnicas do Arduino UNO usado no projecto. Tabela 2: Especificações técnicas do Arduino UNO Microcontrolador ATmega328 Tensão de funcionamento 5v Tensão de entrada (Recomendado) 7-12v Tensão de entrada (limites) 6-20v Digital I/O 14 (dos quais 6 oferecem saída PWM) Pinos de entrada analógica 6 Corrente DC por I/O 40mA Corrente DC no pino 3.3v 50mA Memória Flash 32 KB (ATmega328), dos quais 0,5 KB utilizados pelo carregador de inicialização. SRAM 2 KB (ATmega328) Fonte: (ARDUINO, 2014, p.2) 33 3.2.3 Led amarelo Para uma segunda faixa de detecção usaremos led Amarelo quando o isolamento é inferior a 10M ohms. Indicando que o isolamento está em boas condições, o led será alimentado com 5v proveniente do Arduino. Na figura 17 temos ilustrado o led amarelo utilizado. Figura 17: Led amarelo Fonte: (Fotografia tirada pelo autor, aos 05 de Fevereiro de 2021) Na tabela 3 temos demonstrado as especificações técnicas do díodo amarelo usado no projecto. Tabela 3: Especificações técnicas do Led amarelo Corrente directa 15mA Tensão directa 1.8v Potência de dissipação 27mw Comprimento de onda pico 695nm Temperatura de operação -25 a 85 ºC Diâmetro 4mm Fonte: Adaptado de (PHOTONIC, 2001, p.1) Para o efeito de protecção ao polarizar um led deve-se usar sempre um resistor em série, para limitar a corrente para que o mesmo não se danifique. 34 3.2.4 Display LCD (16x2) O display LCD (16x2) é o componente que servirá de interface de comunicação visual que irá apresentar a informação da resistência de isolamento bem como também humidade e temperatura. Optamos utilizar o display LCD porque possui interface eléctrica padronizada e recursos internos gráficos e de software que permitem facilmente a permuta por outros de outros fabricantes, sem que seja necessário alterar o programa de aplicação. Por ser altamente padronizado seu custo é baixo. Na tabela 4 apresentamos as especificações do display. Tabela 4: Especificações do display LCD 16x2 Fonte: (BASTOS, 2013, p. 13) 35 3.3 CONCEPÇÃO DO DETECTOR DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO O detector proposto no projecto foi concebido em duas fases nomeadamente, a fase de Hardware e Software. 3.3.1 Fase de Hardware Esta fase compreende a estruturação física e técnica do sistema, que consiste na construção ou acoplamento de forma lógica de todos os componentes previamente dimensionados e seleccionados, com o objectivo de garantir o funcionamento correcto esperado do sistema projectado. A fase de Hardware foi concebida em quatro etapas. Neste capítulo será apresentado o modelo técnico de concepção do detector utilizando como recurso o software fritzing e AutoCAD. 1. Etapa: consiste na ligação do display no Arduíno, junto ao display ligou-se um potenciómetro de 10kΩ onde terá a função de variar o contraste do display. Conforme mostra a figura 18. Figura 18: Ligação do display no arduino Fonte: (Elaborado pelo autor aos 02 de Marco de 2021) 36 2. Etapa: consiste na ligação do sensor de humidade e temperatura (DHT11) no Arduíno, junto ao sensor ligou-se uma resistência limitadora de 1kΩ, um botão on off, um display que irá apresentar a informação do sensor. conforme mostra a figura 19. Figura 19: Ligação do sensor DHT11 no circuito Fonte: (Elaborado pelo autor aos aos 02 de Março de 2021) 37 3. Etapa: consiste na ligação do buzzer e o led no Arduíno. Junto ao buzzer ligou-se um transístor e um resistor de 1kΩ que amplificará o sinal no buzzer. Junto ao led ligou-se um resistor limitador de 1kΩ. Um botão on off. Conforme mostra a figura 20. Figura 20: Ligação do buzzer e do led no circuito Fonte: (Elaborado pelo autor aos aos 02 de Março de 2021) 4. Etapa: esquema geral do detector. Conforme mostra a figura 21. Figura 21: Ligação geral do detector Fonte: (Elaborado pelo autor aos 02 de Março de 2021) 38 3.3.3 Fase de Software Esta fase compreende a programação que consiste no conjunto de instruções padronizadas que o sistema executará de forma lógica, permitindo assim que o mesmo controle e realize as tarefas para o qual foi projectado no seu devido tempo de forma ordenada e sequencialmente. Para o desenvolvimento do programa foi utilizada a IDE do Arduíno que é baseado na linguagem C, e o programa foi gravado no microcontrolador ATMEGA328. Esta fase foi executada em duas etapas. Que são: 1º Etapa: A IDE possui funções prontas, e para utiliza-las basta inserir alguns comandos. Portanto esta etapa compreende: • A função setup () que é responsável pela configuração inicial dos pinos do Arduíno que será utilizado. Para o nosso projecto foram utilizados os seguintes pinos: • Pinos PWM (Pulse Width Modulation, do inglês Modulação por Largura de Pulso) que permitem obter resultados analógicos com meios digitais e são capazes de controlar a potência de saída de um sinal • Os pinos GND e de VCC (5v) permitem a alimentação dos componentes ligados no Arduíno. No nosso projecto estes pinos alimentam o led, buzzer o display, o transístor o potenciómetro, os resistores e o sensor DHT11. • A função pinMode () configura o pino correspondente como entrada/saída. 2º Etapa: Esta etapa compreende: • A biblioteca “dht.h” configura o sensor que faz a leitura da humidade e temperatura; • A função digitalWrite (pino, valor), atribui os valores HIGH (5V) ou LOW (0V) para a porta "pino"; • A função loop () que é responsável pela execução das tarefas. Nesta última função é executada todos os comandos, e dada todas as instruções lógicas inerentes ao funcionamento do sistema. Obs: É de salientar que apesar das demais funções mencionadas existem duas funções que são consideradas básicas nomeadamente as funções setup, e loop e devem ser utilizadas em todos os códigos, pois são necessárias para que a compilação do programa seja realizada correctamente. Caso esqueça uma delas, o código não compila. 39 3.4 CÁLCULO APLICADO NO DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO Nessa secção serão apresentadas as técnicas de cálculos aplicado no desenvolvimento do projecto, com objectivo de verificar os parâmetros e condições de funcionamento a que os elementos constituintes do sistema estarão submetidos, para assegurar o correcto funcionamento do mesmo. 3.4.1 Técnica de Cálculo das resistências do isolamento Para o cálculo da resistência do isolamento, recorremos a conceito básico das leis de Kirchhof, sobre método do divisor de tensão. O divisor de tensão consiste em dois resistores ligados em serie em que o sinal de 5v é aplicado a o terminal de um deles. O terminal do segundo resistor é ligado ao GND, e o ponto de conexão entre os dois resistores é a saída do divisor, cuja tensão é dada pela seguinte relação: Figura 22: Técnica de cálculo da resistência de isolamento Fonte: (Elaborado pelo autor aos 02 de Março de 2021) 𝑉𝑜𝑢𝑡 = 𝑅𝑖𝑠 𝑅𝑖𝑛𝑡+𝑅𝑖𝑠 × 𝑉𝑖𝑛 (𝑉) (3.1) Recorremos a técnica de programação em linguagem C, determinamos condições para que o circuito funcione dentro destas condições. Quando 𝑅𝑖𝑠 < 𝑅𝑖𝑛𝑡 teremos sinais nos nossos equipamentos. Para obtermos valores de tensão de saída recorremos ao cálculo de circuito eléctrico aplicando a equação acima. 40 Com base na equação (3.1) isolamos a resistência de isolamento 𝑅𝑖𝑠 = 𝑉𝑜𝑢𝑡 × (𝑅𝑖𝑛𝑡 + 𝑅𝑖𝑠) 𝑉𝑖𝑛 𝑅𝑖𝑠 = 𝑉𝑜𝑢𝑡×𝑅𝑖𝑛𝑡 𝑉𝑖𝑛−𝑉𝑜𝑢𝑡 (Ω) (3.2) Logo se a 0Ω≤ 𝑅𝑖𝑠 ≤ 200KΩ teremos um sinal no buzzer, se a 201KΩ ≤ 𝑅𝑖𝑠 ≤ 32MΩ, teremos um sinal no led. conforme o desenho a seguir. Figura 23: Detector Fonte: (elaborado pelo autor aos 20 de Março de 2021) 413.4.2 Técnica de Cálculo das resistências limitadoras Para obtermos o valor da resistência limitadora mencionado acima, precisamos fazer cálculos. Para acender um LED, que é alimentado com uma determinada tensão e corrente através do Arduíno, precisaremos de um resistor, como já vimos no capítulo anterior, uma vez que o Arduíno pode fornecer 0V ou 5V. Colocaremos o resistor em série com o LED, e com isso aplicando a lei de Kirchoff (lei das malhas) no circuito concluímos que: • A tensão total (soma das tensões no resistor e no LED) será igual a 5V, ou seja: 𝑉𝐿𝐸𝐷 + 𝑉𝑅 = 5𝑉 (3.3) • A corrente total que passa pelo resistor e pelo LED é igual, ou seja: ILED = IR; • Precisamos colocar uma tensão no LED, ou seja: VLED será igual a um valor que varia em função da cor do led. Sabendo desses detalhes, como o valor da queda de tensão no resistor é desconhecido, podemos isolar a partir da equação (4), teremos: 𝑉𝑅 = 5𝑉 − 𝑉𝐿𝐸𝐷 (3.4) Através da primeira lei de Ohm podemos conhecer a queda de tensão no resistor: 𝑉𝑅 = 𝑅. 𝐼 (3.5) Substituindo na equação (2.4), teremos: 𝑅. 𝐼 = 5𝑉 − 𝑉𝐿𝐸𝐷 (3.6) Como pretendemos achar a resistência isolando a partir da equação (3.6) obteremos a seguinte equação: 𝑅 = 𝑉𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒 − 𝑉𝐿𝐸𝐷 𝐼𝑅 (Ω) (3.7) 3.4.2.1 Dimensionamento das resistências limitadoras A equação (3.7) nos possibilitará conhecer as resistências limitadoras, na qual os seus valores ohmicos irão variar em função da cor do LED, sendo que cada um tem características diferentes. • Resistência limitadora para o Led Amarelo 42 Em função da tensão da fonte (Arduíno), tensão no LED e da corrente na resistência, substituindo esses respectivos valores na equação (3.7) obteremos assim o valor correspondente a resistência limitadora para o led amarelo que será o seguinte: 𝑅1 = 5𝑣−1,8𝑣 15𝑚𝐴 (Ω) 𝑅1 = 213 Ω Onde alguns valores já são conhecidos como: ILED = 15mA e VLED= 1,8 v. 3.4.2.2 Resistências limitadores para o detector Para o nosso projecto usamos uma resistência fixa de 32MΩ como no nosso mercado não aparecia tal especificação, ligamos 5 resistência de 5.6 MOhm e 2 resistência de 2Mohm todas ligadas em serie. 𝑅𝑡 = (𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 + 𝑅𝑛) (Ω) (3.8) 𝑅𝑡 = (5.6𝑀 + 5.6𝑀 + 5.6𝑀 + 5.6𝑀 + 5.6𝑀 + 2𝑀 + 2𝑀) (Ω) 𝑅𝑡 = 𝑅𝑖𝑛𝑡 = 32𝑀 (Ω) Figura 24: Resistores de 5.6M ohm e de 2M ohm Fonte: (Fotografia tirada pelo autor, aos 02 de Março de 2021) 43 3.5 FUNCIONAMENTO DO DETECTOR Para melhor compreensão do funcionamento do sistema recorremos ao diagrama de bloco, conforme ilustra a figura 25. Figura 25: Diagrama de bloco funcional do sistema Fonte: (Elaborado pelo autor aos aos 10 de março de 2021) O sistema funciona da seguinte maneira: Ligamos o Botão 2, encostadas as pontas de provas no aparelho em teste, e se houver fuga de isolamento se essa fuga representar uma resistência de isolamento menor ou igual 20kΩ o Buzzer irá dar bips contínuos, mas se está resistência de isolamento for superior ao valor acima até 32MΩ irá acender o led, mas se os valores forem superiores não teremos leitura. através do display se pode ver a resistência de isolamento, poderemos também fazer o teste de continuidade encostado as duas pontas de provas iremos ter um sinal continuo no buzzer. Quando ligarmos o botão 1, irá ligar o sensor DHT11, que a partir de um display podemos ter informações da temperatura e humidade. Podemos variar a luminosidade do display com o potenciómetro de 10kΩ. Para o efeito de comunicação visual entre o sistema e o usuário, utilizamos o display LCD 16x2 que é a interface gráfica, que permitirá ao usuário a leitura da humidade e Temperatura. Na medida que sensor DHT11 variar, o display exibirá, no seu écran. 44 Antes de efetuar testes eléctricos ou abertura de equipamento elétricos primeiramente verificamos a temperatura e a humidade relativa do ar. Para usar as pontas de provas devem ser sempre feitas com o aparelho em teste desligado. O detector de resistência de isolamento é um conjunto de componentes que funcionam de forma lógica para prevenir equipamento ou materiais ligadas a corrente eléctrica. O esquema abaixo mostra de forma detalhada o circuito do sistema onde temos, display LCD 16x2, Arduíno uno, Buzzer, Led Amarelo, um potenciómetro, Botões on off, resistências limitadoras, um Transístor e sensor DHT11. Na figura 26 temos a representação geral do circuito do sistema. Figura 26: Circuito geral do detector no proteus Fonte: (Elaborado pelo autor aos 15 de Março de 2021) 45 3.6 PROBLEMAS ENCONTRADOS E SOLUÇÕES ADOPTADAS Problema 1: O maior problema encontrado no desenvolvimento do projecto como calcular as resistências para a faixa de detecção. Solução 1: Para solucionar este problema fez-se investigações, recolha de dados, para saber qual a resistência mínima de isolamento, em contacto com uma pessoa pode causar uma sensação de choque. Problema 2: Visto que o arduino utiliza uma linguagem semelhante a linguagem C++, e no curso electromecanica não desenvolvemos muito esta linguagem foi um problema encontrado. Solução 2: tevi que ter um curso básico de programaçao, para entende-la, assim responder as expetactiva do projecto 46 3.7 AVALIAÇÃO DA PROPOSTA DE SOLUÇÃO Todo o projecto requer avaliação, de modos a determinar a sua viabilidade. Portanto neste capítulo será abordado de forma detalhada a análise e avaliação do projecto segundo o ponto de vista técnico e socioeconómico. 3.7.1 Análises e avaliação dos impactos da concepção e implementação do detector A análise e avaliação dos impactos do projecto proposto consiste em identificar, quantificar, dar valor aos benefícios e custos atribuíveis à sua execução ao longo de toda sua vida. A avaliação do projecto é uma ferramenta que permite tomar decisões, isto é, ajuda a determinar como utilizar os recursos disponíveis da melhor forma possível (uso eficiente dos recursos), de modos a alcançar os objectivos preconizados. Um mesmo projecto pode ser objecto de diferentes avaliações. Portanto, antes de iniciar sua avaliação, é importante esclarecer sob que ponto de vista será feito. Este elemento é fundamental para definir os benefícios e custos a considerar, e seus respectivos valores. O presente projecto será avaliado segundo o ponto de vista técnico e socioeconómico. 3.7.1.1 Ponto de vista técnico Do ponto de vista técnico o detector terá robustez física considerável. Tendo em conta a zona de operação, que é a manutenção, e que o mesmo serve para o uso doméstico. 3.7.1.2 Ponto de vista sócio - económico A avaliação do projecto proposto, neste âmbito, é analisada em três linhas orientadoras. A primeira nos remete à avaliação do investimento para a construção e implementação do sistema proposto, a segunda linha orientadora nos remete à demonstração do tempo de execução do projecto, destacando o cronograma de actividades, e por sua vez a terceira nos remete ao impacto social resultante da construção e implementação detector. 47 3.8 INVESTIMENTO PARA A CONCEPÇÃO DO DETECTOR Para a concepção do sistema foi necessário o uso de componentes. A tabela 5 demonstra os componentes utilizados na construção do sistema e os seus respectivos preços: Tabela 5: Aquisições dos componentes do sistema Equipamento Quantidade Custo unitário (AKZ) Subtotal (AKZ) Arduíno 1 13.000,00 13.000,00 Placa PCB 9X15cm 1 1.560,00 1.560,00 Display 16x2 1 13.000,00 13.000,00 Led Amarelo 1 100,00 100,00 Buzzer 1 100,00 100,00 Transístor 1 200,00 200,00 Potenciómetro 1 300,00 300,00 Resistores 1k Ohm 5 100,00 500,00 Resistores 2M Ohm 2 100 200 Resistores 5.6M Ohm 5 35,00 175,00 Botões on-off 2 195,00 390,00 Sensor DHT11
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