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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO DE INVESTIMENTOS Resenha Crítica de Caso PABLO CAMILO XAVIER MEDEIROS Trabalho da disciplina FUNDOS DE INVESTIMENTO E PREVIDÊNCIA Tutor: Prof. RICARDO BARBOSA DA SILVEIRA SANTA MARIA / RS 2021 http://portal.estacio.br/ 2 FUNDOS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA: PASSIVIDADE A PREÇOS DE FUNDOS ATIVOS Referências: Amaral, T. R. S. (2013). Análise de performance de fundos de investimento em previdência. (Master’s Dissertation). Universidade de São Paulo, São Paulo. [ Links ] Banco Central do Brasil. (2005). Resolução n. 3.308, de 31 de agosto de 2005. Altera as normas que disciplinam a aplicação dos recursos das reservas, das provisões e dos fundos das sociedades seguradoras, das sociedades de capitalização e das entidades abertas de previdência complementar, bem como a aceitação dos ativos correspondentes como garantidores dos respectivos recursos, na forma da legislação e da regulamentação em vigor. http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/res/2005/pdf/res_3308_v1_o.pdf [ Links ] Campani, C. H., & Costa, T. (2016). Pensando na aposentadoria: previdência privada ou autoprevidência? Retrieved from http://www.coppead.ufrj.br/upload/publicacoes/428.pdf [ Links ] Durbin, J., & Koopman, S. J. (2012). Time series analysis by state space methods (2nd. ed.). Oxford: Oxford University Press. [ Links ] Fung, W., & Hsieh, D. A. (1997). Empirical characteristics of dynamic trading strategies: the case of hedge funds. Review of Financial Studies, 10(2), 275-302. [ Links ] Gibson, R., & Gyger, S. (2007). The style consistency of hedge funds. 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Há 10 anos, ou mais, o mercado brasileiro na área de previdência privada, tem uma taxa média de 20% ao ano, com base em dados fornecidos pela FenaPrevi. Planos como: Plano Gerados de Benefícios Livres (PGBL) e Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL), atingindo 90% do setor. E, em segundo lugar, temos o Financial Times, a pressão sobre esses fundos são chamados de closet trakers (seguidores de índice enrustidos), também começando a ganhar força na europa. A média para fundos de previdência renda fixa nessas instituições é de 2% a.a, principalmente quando se trata de pequenos porte de investimentos, até R$ 100 mil investidos. Essa taxa alta só é justificada quando há uma gestão ativa dos fundos, gerando uma performance superior. Essa pesquisa tem objetivo de promover um debate no Brasil, para discutir os fundos de previdência privada atendendo ao esperado pelos investidores, seja em termos de performance acima do benchmark passivo, ou seja em termos de taxas cobradas pelo fundo, ou ainda em detrimento do cumprimento de estratégias traçadas pelo ”gestor”. Conforme a resolução n. 3.308/2005 do Bacen, os FIE das entidades abertas de previdência complementar (EAPC) podem investir nos seguintes seguimentos: renda fixa, renda variável, imóveis (direta em aquisições ou via fundos imobiliários) e câmbio (via fundos de câmbio). Portanto, os índices selecionados devem procurar representar as exposições dos fundos de previdência privada a esses quatro segmentos de mercado. 5 Na renda fixa, foram escolhidos 5 índices: Índice de Mercado Anbima (IMA-B) 5 e IMA-B 5+: que representam ativos indexados à inflação (IPCA) de curto/médio e médio/longo prazo; Índice Renda Fixa do Mercado (IRF-M) 1 e (IRF-M) +1: trata de ativos atrelados à taxa de pré de curto e médio/longo prazo; Índice composto pela taxa de depósitos interbancários (DI) over (Certificado de Depósito Interfinanceiro – CDI): representando a exposição a fundos de DI. Na renda variável, foram escolhidos: Índice Bovespa (Ibovespa): em pauta as maiores e mais negociadas ações da bolsa; Índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de SP (BM&FBOVESPA) Small Cap (SMLL): em ações de empresas pequenas negociadas em bolsa. Ressalta-se que os resultados do artigo são específicos para fundos e instituições analisadas, ou seja, não se pode generalizar até porque as mesmas são os maiores fundos abertos das maiores instituições de previdência privada do Brasil. Para investimentos de longo prazo, taxas de administração são maiores, logo o acumulo de capital em renda por meio de fundos previdenciários, são mais vantajosos pois tem mais benefícios fiscais. Contudo, tais argumentos não podem justificar as altas taxas praticadas. Os benefícios dos fundos de previdência privada são concedidos pelo governo como forma de incentivo à poupança para aposentadoria e não para as instituições. Conclui-se que quem ganha com as taxas altas são as instituições que oferecem previdência privada ao invés do cidadão.
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