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Fundos de Investimento em Previdencia

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
MBA EM GESTÃO DE INVESTIMENTOS 
 
 
Resenha Crítica de Caso 
PABLO CAMILO XAVIER MEDEIROS 
 
 
 
Trabalho da disciplina FUNDOS DE INVESTIMENTO E PREVIDÊNCIA 
 Tutor: Prof. RICARDO BARBOSA DA SILVEIRA 
 
 
 
SANTA MARIA / RS 
2021 
http://portal.estacio.br/
 
 
 
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FUNDOS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA: PASSIVIDADE A PREÇOS DE FUNDOS 
ATIVOS 
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dos fundos das sociedades seguradoras, das sociedades de capitalização e das 
entidades abertas de previdência complementar, bem como a aceitação dos ativos 
correspondentes como garantidores dos respectivos recursos, na forma da legislação 
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O Artigo em pauta, trata da previdência privada aberta no Brasil e suas taxas 
elevadas que são cobradas de administração. Os altos custos das taxas de 
administração são coerentes quando realmente há uma gestão ativa desses fundos, 
gerando uma performance superior, esses problemas não são apenas do Brasil, 
mas se estende a outros países como Reino Unido, Dinamarca e Suécia, que já 
abriram investigações a respeito destes fundos que cobram taxas altas de 
administração por uma gestão ativa que proporcionam na realidade uma gestão 
passiva. 
Há 10 anos, ou mais, o mercado brasileiro na área de previdência privada, 
tem uma taxa média de 20% ao ano, com base em dados fornecidos pela 
FenaPrevi. Planos como: Plano Gerados de Benefícios Livres (PGBL) e Vida 
Gerador de Benefícios Livres (VGBL), atingindo 90% do setor. E, em segundo lugar, 
temos o Financial Times, a pressão sobre esses fundos são chamados de closet 
trakers (seguidores de índice enrustidos), também começando a ganhar força na 
europa. 
A média para fundos de previdência renda fixa nessas instituições é de 2% 
a.a, principalmente quando se trata de pequenos porte de investimentos, até R$ 100 
mil investidos. Essa taxa alta só é justificada quando há uma gestão ativa dos 
fundos, gerando uma performance superior. 
Essa pesquisa tem objetivo de promover um debate no Brasil, para discutir os 
fundos de previdência privada atendendo ao esperado pelos investidores, seja em 
termos de performance acima do benchmark passivo, ou seja em termos de taxas 
cobradas pelo fundo, ou ainda em detrimento do cumprimento de estratégias 
traçadas pelo ”gestor”. 
Conforme a resolução n. 3.308/2005 do Bacen, os FIE das entidades abertas 
de previdência complementar (EAPC) podem investir nos seguintes seguimentos: 
renda fixa, renda variável, imóveis (direta em aquisições ou via fundos imobiliários) e 
câmbio (via fundos de câmbio). Portanto, os índices selecionados devem procurar 
representar as exposições dos fundos de previdência privada a esses quatro 
segmentos de mercado. 
 
 
 
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Na renda fixa, foram escolhidos 5 índices: Índice de Mercado Anbima (IMA-B) 
5 e IMA-B 5+: que representam ativos indexados à inflação (IPCA) de curto/médio e 
médio/longo prazo; Índice Renda Fixa do Mercado (IRF-M) 1 e (IRF-M) +1: trata de 
ativos atrelados à taxa de pré de curto e médio/longo prazo; Índice composto pela 
taxa de depósitos interbancários (DI) over (Certificado de Depósito Interfinanceiro – 
CDI): representando a exposição a fundos de DI. 
Na renda variável, foram escolhidos: Índice Bovespa (Ibovespa): em pauta as 
maiores e mais negociadas ações da bolsa; Índice da Bolsa de Valores, Mercadorias 
e Futuros de SP (BM&FBOVESPA) Small Cap (SMLL): em ações de empresas 
pequenas negociadas em bolsa. 
Ressalta-se que os resultados do artigo são específicos para fundos e 
instituições analisadas, ou seja, não se pode generalizar até porque as mesmas são 
os maiores fundos abertos das maiores instituições de previdência privada do Brasil. 
Para investimentos de longo prazo, taxas de administração são maiores, logo 
o acumulo de capital em renda por meio de fundos previdenciários, são mais 
vantajosos pois tem mais benefícios fiscais. 
Contudo, tais argumentos não podem justificar as altas taxas praticadas. Os 
benefícios dos fundos de previdência privada são concedidos pelo governo como 
forma de incentivo à poupança para aposentadoria e não para as instituições. 
Conclui-se que quem ganha com as taxas altas são as instituições que 
oferecem previdência privada ao invés do cidadão.

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