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RESULTADOS E DISCUSSÃO
	Através das titulações foi possível conhecer o volume de titulante necessário para se chegar ao ponto final da titulação, informação utilizada para calcular a concentração real das soluções tituladas. Foi calculada a média aritmética das molaridades obtidas nas titulações em triplicata e duplicata, média que foi utilizada para calcular o erro relativo e os desvios relativos em ppmil e o fator de correção, este somente para a padronização de NaOH usando biftalato de potássio. Os resultados estão expressos na tabela abaixo:
	
	
(mol/L)
	
(mol/L)
	dmr
(ppmil)
	s (mol/L)
	dpr (ppmil)
	Er
(ppmil)
	f
	NaOH(f)
	0,0971
	7,808.10-4
	8,04
	±1,2156
.10-3
	±12,52
	29
	0,971
	HCl
(f)
	0,0961
	6.10-4
	6,24
	±8,4853
.10-4
	±8,8296
	39
	—
	HCl
(v)
	0,100013
	0
	0
	0
	0
	-0,13
	—
	HAc
(f)
	0,0930
	2.10-4
	2,15
	±2,828
.10-4
	±3,4
	70
	—
	HAc
(v)
	0,09395
	5,05
.10-3
	53,75
	±7,14
.10-3
	±75,99
	60,5
	—
	HAc
(a)
	0,02775
	7,55
.10-3
	272,1
	±0,01068
	±384,86
	722,5
	—
Legenda:
(f), (v) e (a): indicadores fenolftaleína, vermelho de metila e alaranjado de metila, respectivamente.
dmr e dpr: desvio médio relativo e desvio padrão relativo
f: fator de correção
Somente o NaOH teve sua concentração determinada em triplicata, os demais foram em duplicata.
	A concentração de NaOH foi tomada como sendo a média aritmética das 3 molaridades de biftalato de potássio, que é um padrão primário cuja função é permitir conhecer qual a concentração do titulante, que passou a ser uma solução padrão. Descobriu-se que a concentração de NaOH é um pouco inferior àquela que se desejava ao preparar a solução de NaOH; a causa para essa concentração menor pode ser uma balança ou vidraria descalibradas, erros durante a pesagem do biftalato ou do NaOH, erros na aferição do menisco etc. As medidas de precisão (desvio médio, desvio médio relativo, desvio padrão e desvio padrão relativo) mostram pequena dispersão das medidas, logo a precisão das medidas de molaridade do NaOH (que é medida indiretamente, através da medição da molaridade do biftalato de potássio) foi boa. O erro relativo é uma medida da exatidão e indica que o valor obtido aproxima-se do valor de referência, que é 0,1 mol/L. O fator de correção calculado está próximo de 1, o que também indica a proximidade entre o valor obtido experimentalmente e o valor almejado. O fator de correção pode ser colocado no frasco contendo a solução de NaOH, que então pode ter a sua concentração especificada de uma forma mais exata (SKOOG, et al, 2008).
	A concentração do HCl quando o indicador foi fenolftaleína e quando foi vermelho de metila foi tomada como sendo a média aritmética das molaridades obtidas nas titulações em duplicata. Quando a fenolftaleína foi o indicador, a concentração obtida foi um pouco menor que 0,1 mol/L; quando o indicador vermelho de metila foi utilizado, a concentração foi um pouco maior que 0,1. Várias podem ter sido as fontes desses valores abaixo e acima da concentração analítica visada ao se preparar a solução de HCl, como a volatilidade do HCl, vidrarias descalibradas, erro na aferição do menisco etc. 
	A reação entre HCl e NaOH é a de um ácido com uma base forte, logo a variação de pH nas proximidades do ponto de equivalência será grande, variação que, considerando um número igual de gotas de indicador usado, concentração igual de titulado e concentração igual de titulante, será maior que para o caso das titulações envolvendo ácidos e bases fracos. Isso torna possível o uso satisfatório de indicadores com faixas de viragem que, embora não incluam o pH 7, estão dentro da inflexão da curva de titulação, caso dos dois indicadores usados (BACCAN, et al., 2001). 
	As medidas de precisão mostram uma dispersão pequena, menor até que as medidas para a reação entre biftalato de potássio e NaOH. A medida de exatidão (Er) deu um pouco maior que a do NaOH para o indicador fenolftaleína e mais próxima do valor almejado quando o indicador vermelho de metila foi utilizado.
	Já a reação entre HAc e NaOH é a de um ácido fraco com uma base forte e, sendo a concentração de HAc igual à utilizada para o HCl, assim como a identidade e concentração do titulante e o número de gotas dos indicadores, pode-se prever que a inflexão da curva de titulação do HAc com NaOH será menos verticalizada e abrangerá uma faixa de pH menor que a inflexão da curva de titulação do HCl com NaOH. Tendo essas características, a titulação do HAc com NaOH não permitirá tantos indicadores satisfatórios quanto a titulação ácido forte-base forte (BACCAN, et al., 2001). 
	Tomando Ka=1,8.10-5 e Kw a 25°C, o pH do ponto de equivalência será aproximadamente 8,87, o indicador mais apropriado deverá ter uma faixa de viragem contendo esse valor de pH. 
A figura abaixo mostra a inflexão da titulação de HAc com NaOH:
Figura 1: curva da titulação de 50 mL de HAc 0,100 mol/L com NaOH equimolar, retirada do livro referenciado do autor Baccan.
Apesar de a figura ser para a titulação de 50 mL de HAc, ela ilustra bem o intervalo de pHs contido na inflexão, servindo para a titulação de 25 mL de HAc. O indicador fenolftaleína é o que tem a sua faixa de viragem dentro da inflexão resultante do grande aumento de pH quando todo o ácido reagiu com a base. Pode-se prever que o vermelho de metila e o alaranjado de metila não indicarão um ponto final tão próximo do ponto equivalente quanto o ponto final indicado pela fenolftaleína (BACCAN, et al., 2001). 
	De fato, as medidas de precisão da titulação do HAc com vermelho de metila e alaranjado de metila mostram maior dispersão (sobretudo no caso do alaranjado de metila) do que as da titulação do HAc com fenolftaleína. Já as medidas de exatidão mostram algo inesperado: o erro relativo da titulação usando vermelho de metila é um pouco menor que o da titulação usando fenolftaleína — ambos são muito menores que o Er da titulação com alaranjado de metila, indicador com faixa de viragem em pH distante do pH do ponto de equivalência (BACCAN, et al., 2001). 
	A surpresa pode ser explicada levando-se em conta o número pequeno de titulações feitas, duas para cada indicador, número que deu margem para a média aritmética das molaridades do HAc com indicador vermelho de metila fosse um pouco mais próxima de 0,1 mol/L do que a do HAc com indicador fenolftaleína. Se 3 ou mais titulações tivessem sido feitas, a titulação usando fenolftaleína obteria a maior proximidade do valor almejado, já que a faixa de viragem desse indicador contém o pH do ponto equivalente (BACCAN, et al., 2001).

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