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Resenha Critica - O Poco

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Resenha Crítica – Filme: O Poço 
 
No filme “O Poço” exibido pela Netflix em 09/11/2019, os roteirista David Desola e Pedro Rivero 
conta a história de um lugar misterioso, uma prisão indescritível, um buraco profundo. Dois 
reclusos que vivem em cada nível é um número desconhecido de níveis, há uma plataforma 
descendente contendo comida para todos eles, é uma luta desumana pela sobrevivência, mas 
também uma oportunidade para a solidariedade. 
Pela observação dos aspectos analisados, a história do filme se passa em uma prisão vertical 
com vários andares, todas as celas sem janelas e abrigando dois presos em cada uma. No meio 
um enorme buraco (o poço), que permite enxergar todos os andares, superiores e inferiores. 
Como se não bastasse a organização atípica, a alimentação também é servida de modo 
inusitado: diariamente em uma única plataforma repleta de um banquete, está plataforma 
desce pelo buraco a partir do andar mais alto e descendo aos andares inferiores. O segredo é 
que em cada nível os presos tem pouquíssimo minutos para se alimentar enquanto a plataforma 
estaciona, antes de se mover para baixo as regras são: a comida não é reposta e é proibido 
estocar as comidas. Então assim os prisioneiros dos andares superiores comem tudo o que 
consegue e ainda mais, deixando restos para as pessoas dos níveis inferiores e automaticamente 
quem está no “fundo do poço” não tem nada para comer. E essa rotina desenvolve até o final 
de cada mês, os presos são embaralhados e alocados aleatoriamente em um novo andar, que 
pode ser mais elevado que o anterior, quando eles estão em andares mais altos se comportam 
melhor e racionem os recursos para dar conta de quem está embaixo, mas acontece o contrário 
pois quem está em cima lembra de como sofreu antes e abusa dos privilégios, consumindo mais 
comida e chegam até roubar. Conforme a matemática política do filme, quanto mais baixo for o 
seu nível, maior a chance de passar fome. 
Podemos então entender que o filme “O Poço” é uma metáfora explícita sobre selvageria 
proporcionada pelo capitalismo e a desigualdade social. Este filme se conecta com os tempos 
de hoje, se você assisti-lo hoje ele traz uma memória familiar demais aos sofrimentos do agora. 
Tendo em vista que a qualidade técnica é perfeita e o design passa o recado da claustrofobia 
angustiante, com todo mérito para as escolhas de direção do estreante Galder Gaztelu-Urrutia. 
As atuações marcantes do elenco de origem espanhola também colaboram. Goreng (Ivan 
Massagué), o herói, é o retrato perfeito do processo de desumanização imposto por uma 
condição degradante. Entre as centenas de prisioneiros, ele é o único que demonstra empatia 
por quem está abaixo, mas aliás isso não adianta em nada. Para transformar uma estrutura 
opressora e viciada, Goreng logo descobre, que é preciso mais do que diálogo é as boas 
intenções. Como dito a cima, este filme retrata os tempos de hoje, algumas pessoa não pensam 
no próximos porém outras tem empatia, porém do que adianta poucas pessoas terem empatia 
e a maioria nem ligando? É, não adianta em nada! Como Goreng pensa, atualmente o que é mais 
preciso são as boas intenções do que o diálogo, muitas vezes o diálogo não adianta em nada. 
 
NOME: TAISSA DA COSTA NEVES, 3°A. 
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