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Resumo Exames Complementares Sistema Cardiovascular

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SEMIOLOGIA VETERINÁRIA
SISTEMA CARDIOVASCULAR
EXAMES COMPLEMENTARES
1. PRESSÃO ARTERIAL
Parâmetros normais em cães: pressão sistólica: 133mmHg;
pressão diastólica:75,5 mmHg; pressão média: 98,6mmHg.
Parâmetros normais em gatos: pressão sistólica: 123mmHg;
pressão diastólica:81,2 mmHg; pressão média: 96,8mmHg.
Os exames abaixo são utilizados para verificar a pressão e o volume de
sangue que passa dentro das artérias. Esses métodos podem auxiliar em
diagnósticos de hipo ou hipertensão, por exemplo.
1.1 Método Doppler
O doppler é um aparelho de ultrassonografia utilizado para aferir
principalmente pressão arterial sistólica. Para realização do exame, deve ser
realizada tricotomia no paciente, preferencialmente sobre uma artéria periférica e o
fixar com uma braçadeira. O membro do paciente é envolto por um manguito, que
será insuflado, interrompendo o fluxo sanguíneo na artéria. O transdutor capta a
passagem do sangue pela artéria. Quando o manguito é liberado gradualmente, o
sangue volta a entrar no vaso possibilitando aferir a pressão do repreenchimento. A
pressão sistólica emite som, já a diastólica causa uma alteração nesse som, sendo
mais difícil de detectar por esse método.
1.2 Oscilometro
O oscilómetro é um método automático ou semiautomático. É um aparelho
que também através da insuflação de um manguito, é capaz de detectar uma
vibração na parede da artéria avaliada. Através da passagem da vibração para o
transdutor, o aparelho calcula a pressão sistólica, diastólica e média. Esse cálculo é
feito a partir da variação das ondas captadas. Quando a pressão do manguito é
abaixo da pressão diastólica, não é detectada a vibração. Apesar de confiável, esse
método pode ser de difícil utilização em filhotes de gato, cães muito pequenos ou
animais com hipotensão.
2. ELETROCARDIOGRAMA
O eletrocardiograma é um método que permite avaliar os impulsos elétricos
cardíacos em forma de ondas. Essas ondas são expressadas em gráficos em um
papel milimetrado ou osciloscópio, e o registro leva em conta o tempo e a amplitude
dos impulsos. O aparelho consiste em um volímetro e eletrodos positivos e
negativos. É utilizado para auxiliar no diagnóstico de arritmias, controlar o
tratamento de um paciente já diagnosticado com arritmia, identificar alterações das
câmaras cardíacas, monitoramento em casos de cirurgias ou internações.
Os eletrodos são posicionados ao longo do corpo do paciente que estará em
decúbito lateral direito. As cores dos eletrodos indicam em qual membro devem ser
posicionados. Existem dois tipos de derivações, as bipolares que avaliam a
atividade elétrica entre dois membros, e as unipolares ou precordias, que avaliam os
impulsos de apenas um membro. O aparelho deve ser manuseado de acordo com
com o animal, podendo ter variação dos valores iniciais de acordo com o quadro do
paciente. Com o resultado, é possível avaliação e classificação das ondas e das
arritmias cardíacas.
Também há possibilidade do Sistema Holter, que consiste em um
equipamento que é colocado no animal para monitoramento de 24h a 48h contínuas
dos impulsos elétricos. É utilizado para avaliação de síncopes, cardiomiopatias
assintomáticas em determinadas raças, intolerância ao exercício, avaliação da
presença de arritmias relacionadas com os sinais clínicos, arritmias esporádicas,
avaliação ou determinação de terapia antiarrítmica. Para esses monitoramentos
existem softwers específicos, podendo a leitura ser automática ou avaliada por um
terceiro.
3. ECOCARDIOGRAMA
Método ultrassonográfico utilizado para avaliar se há alterações anatômicas
e/ou fisiológicas do coração e vasos. Permite a visualização em tempo real das
câmaras cardíacas, avaliação dos movimentos e espaços cardíacos, alterações no
fluxo sanguíneo e verificação dos parâmetros sistólicos e diastólicos. É realizado
através de um aparelho transdutor, onde este capta sons emitidos pelas áreas
avaliadas e os transforma em uma imagem no monitor. Possui três modalidades,
sendo o modo M, modo B e doppler.
Esse método possibilita diagnosticar alterações no fluxo, forma e obstruções
de válvulas e vasos. Também indica alterações de forma e tamanho do coração e
suas estruturas, anomalias congênitas, cardiopatias, doenças do pericárdio, entre
outras.
Alguns sinais clínicos que indicam a realização do exame são dificuldade
para exercício, mesmo que rotineiros; letargia; alterações do pulso (verificado no
exame clínico); tosse prolongada; arritmias/sopro detectadas na auscultação. Deve
ser relacionado a outros exames complementares e uma boa anamnese.
4. RADIOGRAFIA
A avaliação radiográfica pode ser altamente relevante nos diagnósticos de
cardiopatias de cães e gatos. Através dela, é possível avaliar tamanho e forma do
coração, visualização dos vasos pulmonares, pulmões, diafragma e o espaço
pleural. Permite assim, a diferenciação entre doenças cardíacas e respiratórias,
considerando que em alguns casos os sinais clínicos são muito semelhantes.
O coração na radiografia é representado como uma estrutura única, não
sendo possível avaliação de câmaras ou fluxos internos como na ultrassonografia.
Devem ser realizadas pelo menos duas projeções, laterolateral e ventrodorsal,
principalmente. O posicionamento do paciente é de extrema importância para a
interpretação correta desse exame. É possível realizar o VHS e a avaliação da
silhueta cardíaca.
REFERÊNCIA
FEITOSA, Francisco Leydson F. Semiologia veterinária: a arte do diagnóstico. 3. ed.
ed. São Paulo: Roca, 2017

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