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CCJ0009-WL-PA-09-T e P Narrativa Jurídica-Novo-15854

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Título 
5 - Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
5 
Tema 
Polifonia e intertextualidade na construção do discurso jurídico. 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
- Compreender a relevância da polifonia para a produção do discurso jurídico; 
- Reconhecer a polifonia como fenômeno intertextual; 
- Rescrever trechos e parágrafos por meio de paráfrases (citações indiretas); 
- Dominar as recomendações da ABNT acerca do uso de citações diretas. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Polifonia e intertextualidade 
1.1. Citação direta 
1.1.1. Citação de até 3 linhas e orientações da ABNT 
1.1.2. Citação de mais de 3 linhas e orientações da ABNT 
1.2. Citação indireta (paráfrase) 
1.2.1. Reprodução ideológica de conteúdos 
Aplicação Prática Teórica 
No ato de interpretar um texto, não é apenas necessário o conhecimento da língua, mas também se faz imprescindível que o receptor tenha em 
seu arquivo mental as informações do mundo e da cultura em que vive. Ao ler/ouvir um discurso, o receptor acessa diferentes memórias. 
Portanto, interpretar depende da capacidade do receptor de selecionar mentalmente outros textos. Quem não tem conhecimento armazenado, cultura, 
leitura de mundo, terá dificuldade, quer na construção de novos discursos, quer na captação das intenções do emissor do discurso. 
  
  
 INSERIR AQUI O ANEXO 2 
  
Paráfrase é um resumo, cuidadoso e original, do conteúdo da obra ou trecho lido, elaborado com as próprias palavras do pesquisador. (...) Deve ser 
redigida com bastante clareza e exaƟdão, de modo a possibilitar, no futuro, a sua uƟlização sem necessidade de retorno à obra original. 
(MARCHI, Eduardo Silveira. Guia de Metodologia Jurídica. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 240). 
  
  
Questão 1 
Leia a ementa do julgado abaixo, cujo relator foi o Desembargador Jorge Magalhães, e parafraseie, em texto corrido, na forma de parágrafo, essas 
ideias em até cinco linhas. 
  
Adoção cumulada com desƟtuição do poder familiar. Alegação de ser homossexual o adotante. Deferimento do pedido. Sendo o 
adotante professor de ciências de colégios religiosos, cujos padrões de conduta são rigidamente observados, e inexisƟndo óbice 
outro, também é a adoção, a ele entregue, fator de formação moral, cultural e espiritual do adotado. A afirmação de 
homossexualidade do adotante, preferência individual consƟtucionalmente garanƟda, não pode servir de empecilho à adoção de 
menor. 
  
Questão 2 
Assim como no exercício anterior, leia o fragmento, compreenda seu senƟdo global e parafraseie seu conteúdo. 
“Consoante orientação de Malhães, ‘os estudantes que estão se iniciando na vida intelectual precisam ser orientados pelos seus professores, a fim 
de adquirirem familiaridade com os livros e habilidades na seleção das obras a serem consultadas’.” 
  
Questão 3 
o texto adiante é rico em polifonia. IdenƟfique essas ocorrências e comente qual o papel dessas informações na construção do texto. 
  
TEXTO[1]: 
O Ministério Público de Santa Catarina impediu que o bacharel em Direito Carlos Augusto Pereira prestasse concurso público para Promotor de JusƟça do 
órgão, por ele ser cego. Ele recorreu da decisão, mas teve o seu pedido negado.  
Na carta em que jusƟfica a medida, o MP de Santa Catarina alegou que a função é indelegável, e Pereira, "obrigatoriamente, teria que se socorrer de 
pessoas estranhas  ao quadro funcional que não prestaram juramento público.” 
O Presidente da Comissão de Concurso, Pedro Sérgio Steil, afirmou que o "Promotor tem de preservar o sigilo e não pode repassá- lo a ninguém. Há 
impossibilidade de exercício profissional de uma pessoa com essa deficiência". 
Já o Presidente da Associação Nacional do Ministério Público, Marfam Vieira, discorda. "Não vejo incompaƟbilidade. Há áreas em que ele poderia atuar 
perfeitamente. E é função do Ministério Público proteger o deficiente İsico, sobretudo porque a ConsƟtuição determina reserva de vaga nos concursos públicos. É 
lamentável que o MP de Santa Catarina esteja praƟcando um ato de discriminação". Marfam vai pedir à presidência da Associação do MP daquele Estado que 
reveja a decisão. Carlos Augusto Pereira afirmou que, "se fosse aprovado, teria um funcionário invesƟdo de fé pública", para ler os documentos para ele.  
"A orientação da manifestação ministerial seria dada por mim. Além disso, há sistemas que fazem a leitura pelo computador, como os 
sintetizadores de voz", ressaltou, ainda, Vieira. 
O Estado de Santa Catarina tem na Procuradoria da Advocacia Geral da União - órgão federal - um cego, Orivaldo Vieira. Há casos semelhantes em outros 
Estados do país. O procurador do Trabalho, Ricardo Marques da Fonseca, chefe da Procuradoria Regional de Campinas, e o defensor público Valmery Jardim, 
também são cegos. 
O bacharel é funcionário concursado da JusƟça Eleitoral. Na ocasião do concurso, para auxiliá-lo nos exames, foram designados dois advogados: um leu para 
ele a prova e os livros usados para consulta, e o outro escreveu as respostas. 
O candidato considera ter sido uma víƟma do preconceito e vai mover uma ação em face do órgão catarinense e exigir indenização por danos morais. 
Ainda segundo o Corregedor -Geral do MP de Santa Catarina, “um cego precisaria, em algumas circunstâncias, do auxílio de outra pessoa. A tecnologia 
fornece facilidades, mas o reconhecimento de provas ou o exame de uma perícia ficam prejudicados. Não é razoável que o Estado tenha de criar uma 
estrutura para viabilizar uma exceção” 
  
 
[1] Folha de São Paulo, março de 2000. 
Plano de Aula: 5 - Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
TEORIA E PRÁTICA DA NARRATIVA JURÍDICA
ELEMENTOS LINGUÍSTICOS QUE TÊM O PAPEL DE MARCAR A POLIFONIA: 
Conjunções conformaƟvas segundo, conforme, como, etc. 
Verbos introdutores de vozes 
(dicendi – verbos de dizer) 
dizer , falar, (verbos mais neutros); enfatizar, 
afirmar, advertir, ponderar , confidenciar, 
alegar. 
Estácio de Sá Página 1 / 2
Título 
5 - Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
5 
Tema 
Polifonia e intertextualidade na construção do discurso jurídico. 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
- Compreender a relevância da polifonia para a produção do discurso jurídico; 
- Reconhecer a polifonia como fenômeno intertextual; 
- Rescrever trechos e parágrafos por meio de paráfrases (citações indiretas); 
- Dominar as recomendações da ABNT acerca do uso de citações diretas. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Polifonia e intertextualidade 
1.1. Citação direta 
1.1.1. Citação de até 3 linhas e orientações da ABNT 
1.1.2. Citação de mais de 3 linhas e orientações da ABNT 
1.2. Citação indireta (paráfrase) 
1.2.1. Reprodução ideológica de conteúdos 
Aplicação Prática Teórica 
No ato de interpretar um texto, não é apenas necessário o conhecimento da língua, mas também se faz imprescindível que o receptor tenha em 
seu arquivo mental as informações do mundo e da cultura em que vive. Ao ler/ouvir um discurso, o receptor acessa diferentes memórias. 
Portanto, interpretar depende da capacidade do receptor de selecionar mentalmente outros textos. Quem não tem conhecimento armazenado, cultura, 
leitura de mundo, terá dificuldade, quer na construção de novos discursos, quer na captação das intenções do emissor do discurso. 
  
  
 INSERIR AQUI O ANEXO 2 
  
Paráfrase é um resumo, cuidadoso e original, do conteúdo da obra ou trecho lido, elaborado com as próprias palavras do pesquisador. (...) Deve ser 
redigida com bastante clareza e exaƟdão, de modo a possibilitar, no futuro, a sua uƟlização sem necessidade de retorno à obra original. 
(MARCHI, Eduardo Silveira. Guia de Metodologia Jurídica. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 240). 
  
  
Questão 1 
Leia a ementa do julgado abaixo, cujo relator foi o Desembargador Jorge Magalhães, e parafraseie, em texto corrido, na forma de parágrafo, essas 
ideias em até cinco linhas. 
  
Adoção cumulada comdesƟtuição do poder familiar. Alegação de ser homossexual o adotante. Deferimento do pedido. Sendo o 
adotante professor de ciências de colégios religiosos, cujos padrões de conduta são rigidamente observados, e inexisƟndo óbice 
outro, também é a adoção, a ele entregue, fator de formação moral, cultural e espiritual do adotado. A afirmação de 
homossexualidade do adotante, preferência individual consƟtucionalmente garanƟda, não pode servir de empecilho à adoção de 
menor. 
  
Questão 2 
Assim como no exercício anterior, leia o fragmento, compreenda seu senƟdo global e parafraseie seu conteúdo. 
“Consoante orientação de Malhães, ‘os estudantes que estão se iniciando na vida intelectual precisam ser orientados pelos seus professores, a fim 
de adquirirem familiaridade com os livros e habilidades na seleção das obras a serem consultadas’.” 
  
Questão 3 
o texto adiante é rico em polifonia. IdenƟfique essas ocorrências e comente qual o papel dessas informações na construção do texto. 
  
TEXTO[1]: 
O Ministério Público de Santa Catarina impediu que o bacharel em Direito Carlos Augusto Pereira prestasse concurso público para Promotor de JusƟça do 
órgão, por ele ser cego. Ele recorreu da decisão, mas teve o seu pedido negado.  
Na carta em que jusƟfica a medida, o MP de Santa Catarina alegou que a função é indelegável, e Pereira, "obrigatoriamente, teria que se socorrer de 
pessoas estranhas  ao quadro funcional que não prestaram juramento público.” 
O Presidente da Comissão de Concurso, Pedro Sérgio Steil, afirmou que o "Promotor tem de preservar o sigilo e não pode repassá- lo a ninguém. Há 
impossibilidade de exercício profissional de uma pessoa com essa deficiência". 
Já o Presidente da Associação Nacional do Ministério Público, Marfam Vieira, discorda. "Não vejo incompaƟbilidade. Há áreas em que ele poderia atuar 
perfeitamente. E é função do Ministério Público proteger o deficiente İsico, sobretudo porque a ConsƟtuição determina reserva de vaga nos concursos públicos. É 
lamentável que o MP de Santa Catarina esteja praƟcando um ato de discriminação". Marfam vai pedir à presidência da Associação do MP daquele Estado que 
reveja a decisão. Carlos Augusto Pereira afirmou que, "se fosse aprovado, teria um funcionário invesƟdo de fé pública", para ler os documentos para ele.  
"A orientação da manifestação ministerial seria dada por mim. Além disso, há sistemas que fazem a leitura pelo computador, como os 
sintetizadores de voz", ressaltou, ainda, Vieira. 
O Estado de Santa Catarina tem na Procuradoria da Advocacia Geral da União - órgão federal - um cego, Orivaldo Vieira. Há casos semelhantes em outros 
Estados do país. O procurador do Trabalho, Ricardo Marques da Fonseca, chefe da Procuradoria Regional de Campinas, e o defensor público Valmery Jardim, 
também são cegos. 
O bacharel é funcionário concursado da JusƟça Eleitoral. Na ocasião do concurso, para auxiliá-lo nos exames, foram designados dois advogados: um leu para 
ele a prova e os livros usados para consulta, e o outro escreveu as respostas. 
O candidato considera ter sido uma víƟma do preconceito e vai mover uma ação em face do órgão catarinense e exigir indenização por danos morais. 
Ainda segundo o Corregedor -Geral do MP de Santa Catarina, “um cego precisaria, em algumas circunstâncias, do auxílio de outra pessoa. A tecnologia 
fornece facilidades, mas o reconhecimento de provas ou o exame de uma perícia ficam prejudicados. Não é razoável que o Estado tenha de criar uma 
estrutura para viabilizar uma exceção” 
  
 
[1] Folha de São Paulo, março de 2000. 
Plano de Aula: 5 - Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
TEORIA E PRÁTICA DA NARRATIVA JURÍDICA
ELEMENTOS LINGUÍSTICOS QUE TÊM O PAPEL DE MARCAR A POLIFONIA: 
Conjunções conformaƟvas segundo, conforme, como, etc. 
Verbos introdutores de vozes 
(dicendi – verbos de dizer) 
dizer , falar, (verbos mais neutros); enfatizar, 
afirmar, advertir, ponderar , confidenciar, 
alegar. 
Estácio de Sá Página 2 / 2

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