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Internet das Coisas e Aplicações Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Me. Artur Ubaldo Marques Revisão Textual: Prof.ª Me. Luciene Santos Histórico e Fundamentos IoT • Histórico e Fundamentos IoT. · Fundamentar e dar sustentação teórica inicial à IoT. OBJETIVO DE APRENDIZADO Histórico e Fundamentos IoT Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Histórico e Fundamentos IoT Contextualização O futuro chega a cada instante por sobre nós. Ele faz isso de diversas maneiras. Para todos nós ele se apresenta como a nossa idade e o futuro nos reserva e nos premia apesar de nossas conquistas e vitórias na vida, como envelhecimento. Mas não sejamos pessimistas, o futuro nos encontra todos os dias por meio da tec- nologia cada vez mais presente e até mesmo, por que não dizer, mais imperceptível. Ela está em praticamente tudo e nos acompanha da hora que acordamos até a hora em que vamos dormir, a tecnologia nos ajuda nos hospitais, na manutenção de nosso condicionamento físico, na hora de administrar remédios, também para nos lembrar quando falta mantimentos em casa e até mesmo, se você autorizar, toma a decisão de encaminhar os pedidos para um supermercado, entre outras coisas. Quando falamos dessas tecnologias, estamos especificamente nos referindo à IoT. É graças a ela que bilhões de dispositivos estão sendo utilizados para sensoriamento e tomada de decisões, assistidas ou não, para facilitar a nossa vida. O profissional de tecnologia atualmente independente da área em que atue, aca- bará cedo ou tarde esbarrando com IoT, tamanha sua onipresença na atualidade. A IoT tem ajudado de forma muito consistente a diminuir a distância, virtualmente falando, entre o campo e a cidade por exemplo, e isso inclui um volume maciço de automação ao ponto de uma roçadeira ser hoje um equipamento agrícola praticamente autônomo utilizando GPS, sensoriamento em tempo real e atuadores que permitem que um centro operacional tome decisões, tudo isso associado ao processo de “autonomous drive”, ou seja, ela funciona e se direciona “sozinha”. Bom, isso é o futuro, isso é uma pequena amostra do mundo em que estamos inseridos hoje e que avançará ainda mais. É assim que começaremos nossa viagem pela IoT e o futuro. Portanto, você deve estar preparado para essa dinâmica e, suas novas regras de jogo nesse tabuleiro chamado mercado e fazer a diferença conhecendo e sabendo usar as tecnologias mais adequadas para cada situação conhecendo IoT e as suas aplicações em nosso mundo. Isso poderá fazer com que você se torne um profissional diferenciado e com maiores oportunidades. 8 9 Histórico e Fundamentos IoT Vamos falar de IoT, e como ela tem ganho relevância mundial, e atualmente está em fase de realização, ou seja, as empresas a veem como oportunidade de negócio. Dessa forma, estão focadas em criar produtos e serviços utilizando IoT para gerar valor aos clientes. Mas afinal o que é IoT? A internet das coisas surgiu simultaneamente em muitos lugares e com muitas empresas, iniciativas e universidades, principalmente nos países desenvolvidos. To- davia, podemos dar um exemplo para que você entenda o porque dessa afirmação ao mesmo tempo em que você verá que ela é uma resposta a um desafio ou pro- blema contemporâneo. Podemos dizer que Iot também surgiu, por exemplo, da necessidade de sistemas de sensoriamento, monitoramento e vigilância (da forma mais abrangente do uso dessa palavra) remotos – que permitissem, em alguns casos, a tomada de decisão porque recebia um alerta desses sensores –, ou até mesmo de um sistema que tomasse decisão do que fazer sem intervenção humana. Então, podemos perceber duas componentes essenciais à IoT: • A “coisa”: um objeto de nossa vida cotidiana colocado em nosso ambien- te cotidiano; • O “dispositivo”: sensor, atuador, ou etiqueta, faz parte de uma coisa. Em linhas gerais, ele processa e comunica informações selecionadas para outras coisas, e/ ou passar ações para atuadores. Então, como podemos ver, para entender nosso contexto, coisas+dispositivos privilegiam transações entre máquinas e os negócios M2M (machine to machine), tornaram-se o foco da criação da IoT e ela aconteceu também com a ajuda de mui- tas outras invenções anteriores que possibilitaram essa convergência. M2M nada mais é que a conectividade entre tudo, por qualquer tipo de tecnolo- gia, por exemplo comunicação sem fio, mas não limitada a apenas isso, por exem- plo, citando o século XX, o radar na década de 1930 e o RFID (Radio Frequency IDentification). Aliás, esse foi o motivo inicial que Ashton do MIT pensou no uso para IoT, sendo ele que cunhou o próprio termo. Daí para desenvolver hardware e sistemas de sensoriamento, atuação, tomada de decisão a distância, foi muito rápida, por exemplo, monitoramento de alarmes residenciais. 9 UNIDADE Histórico e Fundamentos IoT C entre “máquinas” e o próprio M2M eram baseados em simples alertas trocados na forma de pacotes de dados, por exemplo, avisando sobre mau funcionamento, avisando a nós, seres humanos, e evoluiu para sistemas mais sofisticados como a ativação de atuadores em usinas de energia baseados em tomada de decisão autônoma, controles semafóricos baseados em nível de atividade, ferroviários e de veículos autônomos ou não, munidos de sensores que informam dados sobre a frota e seu posicionamento, defeitos, desgastes, ajustes em tempo real, entre outros. Já imaginou o volume de dados que esses sensores e dispositivos gera? Esse volume de dados passou de escalas locais para escalas mundiais tanto em volume quanto em locais onde são produzidos, e assim vem a chave para IoT, a internet. O volume de dados adquirido por esses sensores, dependendo do tempo entre suas aquisições e da quantidade de beacons (são dispositivos de aproximação ou proximidade que quando algo está em seu alcance e esteja preparado para tal, emitem informações), utiliza para tanto tecnologia de rede sem fio, e pode, por exemplo, usar o bluetooth para tablets, celulares smart anteriormente habilitados para isso. A ideia, que promete revolucionar o mercado e fortalecer a chamada Internet das Coisas, é permitir a interação mais rápida de possíveisclientes com seus interesses, o que acaba criando um desafio. Assista esse vídeo para saber como os beacons tornam possível enfrentar esse desafio em https://youtu.be/IiFdDPXnfcE Ex pl or O que queremos dizer com isso é o seguinte, em alguns supermercados, quando você se aproxima de alguma gôndola que tem algum item ou produto que você gosta e compra constantemente – claro que para isso você deve ter entrado no site da empresa e se cadastrado por lá –, o beacon vai apresentar no seu celular uma promoção, vai lembrar você de comprar o produto, vai passar vídeos, vai lhe passar um código QR para você ler com seu celular e vivenciar uma experiência de realidade aumentada. Mas, o mais importante, ele vai ter anotado e transmitido também para a empresa em que mercado seu IP foi detectado, que região você está, sua interação com o aplicativo, se você comprou, deu seu “like” entre outras ações possíveis. E isso, caro(a) aluno(a), é IoT em ação. Então, você pode ver que tudo isso gera dados, uma imensa pilha de dados. Estamos falando do desafio da guarda e do uso desses dados. De um momento para outro, uma quantidade imensa de dados tem inundado cotidianamente a nuvem (outro item importante em IoT) pelo meio de todos esses sensores e a demanda de trabalho necessária para processar esses dados e tomar decisões inteligentes. 10 11 Do local onde está um sensor para o local onde há o sistema que atuará sobre os dados, podem existir milhares de quilômetros de distância. A alocalidade também é um conceito fundamental e que possibilitou a IoT se firmar no mundo. Acredite, ela só pode acontecer por causa do barateamento da infraestrutura que a suporta, portanto, redução de preços é fundamental para poder disseminar a tecnologia pelo mundo. A IoT pode ser definida como conexões entre dispositivos (que são as coisas) co- nectadas pela INTERNET (trafegando dados que podem ou não ser relevantes para um determinado fenômeno que será processado e interpretado por sistemas), que geram como saída alarmes, alertas, visualizações de gráficos, suporte à tomada de decisão para humanos do outro lado da linha, ou, por final, uma tomada de decisão pelo sistema em caso extremo. Assim, podemos perceber logo de cara que não há limite para o uso dessa tecnologia e que adquirir dados passou a ser a nova coqueluche do mundo e particularmente das empresas ávidas em conquistar consumidores. Mas quando falamos em “coisas”, do que efetivamente estamos falando? Sim, essas “coisas” seriam, por exemplo, batedeiras de bolo, sistemas de ilumi- nação doméstica ou industrial, Smart TVs, fornos inteligentes, geladeiras, máqui- nas de lavar, semáforos, smartphones, câmeras de monitoramento, caminhões, carros, turbinas de avião, usinas de energia, mísseis etc. Esses dispositivos emitem e recebem dados, e isso é possível devido à conectividade de rede e eletrônica embarcada nos dispositivos, tornando-os “especialistas”. Portanto, IoT possui certo grau de autonomia, mas sua existência necessita de integração e propósito, principalmente se falamos de negócios. Da mesma forma que nós humanos temos nossas redes sociais para trocar infor- mações uns com os outros, na IoT, há as redes “sociais” das “coisas” que interagem entre si. A IoT funciona como uma rede gigantesca, que integra os relacionamentos entre as pessoas e as “coisas”, entre as pessoas somente e, por fim, somente entre as “coisas”, caso de M2M como exemplo. Ou seja, se algo pode ser conectado, com certeza será conectado. O Gartner Group estima que até 2020, 20,4 bilhões de dispositivos esta- rão conectados à IoT, outras fontes como a CISCO (2013), estimam 50 bilhões de dispositivos. 11 UNIDADE Histórico e Fundamentos IoT Atualmente, esse número está em torno de 8.4 bilhões para 2017. Número de objetos conectado deverá atingir 50 bilhões até 2020 Alcance de objetos conectados no total de “coisas” deve chegar a 2,7% em 2020 de 0,6% em 2012 Ob je to s c on ec ta do s, M un do (b ilh õe s) Ta xa de al ca nc e ( % ) Alcance (RHS)Objetos Conectados 60 50 40 30 20 10 2012 2013 8.7 11.2 14.4 18.2 22.9 28.4 34.8 42.1 50.1 6% 5% 3% 2% 0% 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0 Figura 1 – Expectativa do número de objetos IoT conectados até 2020 Fonte: Wikimedia Commons Mais que nunca, em 2018, IoT significa coisas diferentes para pessoas diferen- tes, nas quais a quantidade de sensores e a diversidade de usos torna tudo muito desafiador a cada dia para o profissional de tecnologia. Muitas vezes, temos a impressão de que a IoT é considerada simplesmente um meio de conectar diferentes sensores a uma rede, mas, felizmente, isso está cada vez mais fora de contexto, uma vez que as empresas estão descobrindo como utili- zar isso para facilitar nossa vida de diversas formas. Exemplos de dispositivos que são passíveis de se integrarem como IoT em nossas vidas: https://goo.gl/jW2cCMEx pl or Um dos grandes desafios de IoT é que as empresas ainda enfrentam desafios para sua utilização, ou seja, pouco se fala sobre seu uso no mundo real. Isso existe porque, apesar de termos gigantes mundiais envolvidos na produção destes dispositivos, ainda não há protocolos de segurança, de rede e comunicação para citar alguns, universais, ainda há certa dificuldade de integração de câmeras de vídeos diferentes, por exemplo, a falta de segurança é de tal monta que muitos desses aparelhos simplesmente transitam dados não encriptados, ou seja, abertos, um hacker Black hat pode facilmente acessar esses dispositivos e, dependendo do poder de processamento e de instruções desse mesmo dispositivo, pode literalmente invadir sua casa, alterar controles e direção de veículos. Há casos de invasão de veículos da Volvo ou de um Jeep Cherokee da Chrysler em pleno funcionamento. 12 13 Veja qual o tamanho dessa ameaça para indústria automobilística lendo os seguintes artigos em: • https://goo.gl/NRdx2G • https://goo.gl/qZVE9Q Ex pl or Temos inúmeros exemplos pelo mundo do emprego de sensores e atuadores IoT no agrobusiness, monitorando dados sobre lavouras, dados como clima, umi- dade, ph do solo, que têm ajudado a levar água, fertilizantes, corretivos de solo e pesticidas no tempo e volume certo. Detectar pragas logo no início pode significar literalmente a salvação da lavoura. Isso permite tomada de decisão logo no início do problema e não quando já for tarde para fazer alguma coisa. Bem, nem tudo é tragédia, dessa forma, logo numa primeira análise, percebemos como benefício a redução de erros humanos e o incremento da qualidade. Além disso, há economia por otimização do uso de um recurso escasso como é a água. Isso gera sustentabilidade, diminui o impacto no meio ambiente, e permite alto grau de rastreabilidade. Dessa forma, temos a união de tecnologias como GPS e diversos sensores físicos integrados a um sistema que permite o acionamento quando a decisão é tomada de qualquer distância e lugar. A IoT não vai substituir o ser humano, como muitos imaginam, mas vai nos focar em atividades que realmente importam, por exemplo, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e serviços, bem como a inovação, mas, acima de tudo, vai nos subsidiar na tomada de decisão mais correta dentro da possibilidade que o volume de dados coletados permita. Para os fabricantes, a IoT representa um ponto de partida para a inovação, o emprego e a criação de produtos, entendimento dos hábitos de consumo e onde há demanda. Mas, para aproveitar adequadamente a oportunidade, os fabricantes devem projetar dispositivos que estejam interconectados com protocolos universais e com segurança da informação embarcada nos seus dispositivos. A IoT é um grande consumidor de banda de conexão, para tanto uma das preocupações mundiais é desenvolver uma infraestrutura sustentável e escalável. Afinal, só a IoT vai permitir a conexão estimada em até 50 bilhões de dispositivos, fora o que terá de gente usando a web, indústriasusando web e outras tecnologias que nem sabemos, mas existirão. 13 UNIDADE Histórico e Fundamentos IoT Marcas influentes como Google, GE, Siemens, Amazon, Samsung, Sony, Toyota, Honda, Nissan, Volvo, Audi, Mercedez, BMW, Intel, AMD, Microsoft, Unilever, Nestlé, Coca-Cola, Pepsi, HP, Apple e Cisco são somente uns poucos exemplos, estão com seus “sensores” ligados vendo e ouvindo tudo. Wired Connection Types of Node Architecture Wireless Connection IoT Device Star Network Mesh Network Router/Hub Internet (IoT Applications and Services) Figura 2 – Tipos de Redes passíveis de construção de arquitetura típica de um sistema IoT A IoT pode eliminar quase toda a incerteza sobre o que os usuários/clientes encon- tram em campo nos estágios posteriores dos ciclos de vida dos produtos lançados. As maneiras pelas quais os produtos se desgastam, e quando e como eles são substituídos, podem fornecer insights vitais sobre o que será necessário nos produ- tos que serão inovados e desenvolvidos para o próximo ciclo ou lançamento. Pense: apesar da suposta perda da privacidade das informações que estes sensores passam sobre as vidas dos clientes, quantas vezes paramos para pensar sobre os benefícios que esses dados geram para o próprio cliente, permitindo que nossos dados sejam acessados e compartilhados na IoT? Até que ponto estamos dispostos a deixar esse acesso aberto? Qual deve ser o limite entre o dado público e o privado? Devemos deixar isso sob responsabilidade do governo, ou nós devemos decidir o que fazemos de nossos dados? Ex pl or Podemos ter diagnósticos em tempo real hoje sobre nossos carros, nossos corpos, nossos hábitos, e mais, você recebe relatórios sobre esses diagnósticos e poderá, você mesmo, tomar as providências para consertar ou corrigir o problema, consultar um médico se for o caso, ou chamar por socorro. Esse é o lado do bônus! Bem, falamos até agora uma gota sobre o universo de IoT, apenas para que você conheça esse aglomerado de tecnologias e possamos nos aprofundar nas outras unidades dessa disciplina. 14 15 O desafio é que isso não é futuro, está acontecendo agora em muitos países do mundo e toda uma comunidade de empreendedores e empresas está se beneficiando criando oportunidades de negócio e ajudando um universo de pessoas, empresas e governos que já não dispõem de tanto tempo assim para tratar de problemas emergentes. Já percebeu como IoT pode ser adaptada e utilizada para quase tudo, e que mui- tos negócios novos com cadeias produtivas inteiras são criados da noite para o dia? Veja abaixo a relação de termos novos que surgiram a partir do consumo tec- nológico de IoT: • Internet Industrial; • Indústria 4.0; • Sociedade Superinteligente; • Cidades Inteligentes; • Medicina Preditiva. Esses são alguns termos, somente para exemplificar, mas caberiam aqui livros sobre cada um dos temas acima declarados. A IoT está ao alcance de todos, você mesmo pode começar a utilizar agora para seu negócio, ou para uso particular, e coletar e controlar dispositivos a distância. Quer um exemplo do que está por vir, acesse esse vídeo do Prof. Juliano Reinert, uma das autoridades no Brasil sobre o assunto, intitulado Impactos da Sociedade 5.0 (Sociedade Super Inteligente) e Indústria 4.0, nele você vai perceber o impacto que IoT já está fazendo na vida das pessoas e consequentemente nas profi ssões, e esse recado é para você refl etir agora. Disponível em: https://youtu.be/3_48M1HGVrI Ex pl or O futuro aponta a utilização maciça de IoT nas Smart City, Smart Health Care (telemedicina), Smart Grid (balanceamento de carga de energia elétrica na sua cidade e na sua casa advindas da matriz energética usado pelo país que você vive e ai falamos de usinas hidroelétricas, a carvão, a gás, a diesel, eólicas, nucleares, solar ou até mesmo geotérmica e também das marés ), Smart Home (hoje é quem lidera o ranking de aplicações de IOT) e Smart Farm (que tem aumentado a eficiência do setor de agronegócio em no Brasil de forma tão importante, que praticamente esse setor liderou as exportações do país quando estávamos até recentemente em crise política, que ainda persiste, e econômica, já em seu final), são algumas das aplicações de IoT. Quando falamos de smart home, não estamos falando simplesmente em acender e apagar luzes vai muito além. Já estão sendo comercializados refrigeradores inteligentes, por exemplo, conectados ao seu smartphone que alerta quando você precisa comprar o leite, o suco, refrigerante, cerveja, manteiga e queijo. 15 UNIDADE Histórico e Fundamentos IoT O melhor é que o pedido automático pode ser realizado com o supermercado de sua escolha por delivery. Smart Grid, um outro bom exemplo, parte do pressuposto de que as redes elétricas precisariam de monitoramento mais inteligente para a demanda e balanceamento de carga e um apontamento bem mais preciso de problemas, quando necessário, isso reduziria significativamente os apagões e também quando eles ocorrerem, o tempo para subida do sistema elétrico também seria reduzido. Casas e rede elétrica inteligente acabam por favorecer o aparecimento de cidades inteligentes, ou ao menos fundar a infraestrutura necessária para que elas possam existir efetivamente. Reflita comigo, a próxima pergunta sobre IoT que permanece aberta é: Será que a IoT será definida como um lugar onde a promessa atenderá à realidade ou é somente mais um modismo para gerar demanda e se ganhar dinheiro? Ex pl or Rowley (2015) realizou uma pesquisa para saber qual é o maior desafio que as empresas enfrentam para adoção de IoT. Abaixo, você poderá ver o resultado dessa pesquisa na figura autoexplicativa, e poderá perceber que maciçamente trata-se de problemas relacionados à segurança, infraestrutura ou poder de processamento dos dados coletados. Security concers plague IoT Investment in sensors 80 60 40 20 %0 Data analytics Network investment Systems integration Security 41% 30% 23%21% 60% Figura 3 – What do you see as the biggest challenges with IoT? Respondents could select multiple answers 16 17 IoT é um novo patamar tecnológico, todavia, já está gerando desafios de grande porte a serem superados. Segundo Kocher (2014), há 5 grandes desafios, e eles se aplicam ainda no tempo presente: Segurança: À medida que o IoT conecta mais dispositivos, fornece pontos de entrada mais descentralizados para MALWARE (softwares maliciosos que podem acessar sua máquina). Dispositivos mais baratos que estão em locais com comprometimento físico são mais sujeitos a adulteração. Mais camadas de software, middleware de integração, APIs, comunicação M2M criam mais complexidade e novos riscos de segurança; Confiança e Privacidade: Com os sensores remotos e o monitoramento, haverá maior sensibilidade ao controle do acesso e da propriedade dos dados. (Observe que duas violações recentes de segurança de alto perfil no Target e Home Depot (lojas de departamento nos EUA) foram ambas obtidas através de roubo de fornecedores de terceiros para obter acesso aos sistemas de pagamento. A verificação de parceiros será cada vez mais crítica). A conformidade continuará sendo uma questão importante em aplicações médicas e de vida assistida, que poderiam ter consequências de vida ou morte. Novas estruturas de conformidade para abordar as ques- tões únicas da IoT irão evoluir; Problemas de complexidade, confusão e integração: Com múltiplas plataformas, inúmeros protocolos e um grande número de APIs (Application Programming Interface que significa em português “Interface de Programação de Aplicativos”), a integração e o teste de sistemas IoT serão um desafio para dizer o mínimo. A confusão em torno de padrões em evolução é quase certa para retardar a adoção. A rápida evolução das APIs provavelmente consumirá recursos de desenvolvimento imprevistos que irão diminuir as habilidades das equipes do projeto para adicionar novas funcionalidades essenciais no software ouno próprio dispositivo. A adoção mais lenta e os requisitos de recursos de desenvolvimento imprevistos provavelmente reduzirão os prazos, o que exigirá financiamento adicional para projetos de IoT; Arquiteturas em desenvolvimento, guerras de protocolos e padrões concorrentes: Com tantas empresas fornecedoras envolvidas com IoT, há guerras em curso, já que as empresas que surgiram antes procuram proteger suas vantagens de sistemas proprietários e os proponentes de sistemas abertos tentam estabelecer novos padrões. Pode haver vários padrões que evoluam com base em diferentes requisitos determinados pela classe do dispositivo, requisitos de energia, capacidades e usos. Isso apresenta oportunidades para fornecedores de plataformas e defensores de fontes abertas para contribuir e influenciar os padrões futuros; 17 UNIDADE Histórico e Fundamentos IoT Casos de uso concreto e proposições de valor convincentes: A falta de casos de uso claros ou exemplos de ROI fortes retardará a adoção do sistema IoT. Embora as especificações técnicas, os usos teóricos e os conceitos futuros possam ser suficientes para alguns adotadores iniciais, a adoção mainstream do sistema IoT exigirá comunicações e mensagens bem fundamentadas, orientadas para o cliente, em torno de “o que está nele para mim”. Explicações detalhadas de um dispositivo específico ou detalhes técnicos de um componente não vai cortá-lo quando os compradores estão procurando uma “solução completa” ou um serviço completo de valor agregado. Os provedores de IoT terão que explicar os principais benefícios de seus serviços ou enfrentar o proverbial “então o que”. (KOCHER, 2014). Especificamente, quando falamos em segurança, há atualmente uma tendência em tentar adotar o PKI – Public key infrastructure – que em português podemos traduzir como, Infraestrutura de chave pública. PKI não é uma solução nova para proteger dados, na verdade existe a pelo me- nos 20 anos. A novidade é que PKI pode ser a chave para resolver dois desafios grandes de segurança em dispositivos IoT, o primeiro é confiança e o segundo é relacionado ao controle. Segundo Molds (2018), o que IoT precisa para ter sucesso nesses desafios de segurança se relaciona a “[...] mensagens de alta integridade, comunicações seguras e autenticação mútua em uma alta escala na Internet serão absolutamente necessárias para o sucesso da IoT. Tendo conseguido dispositivos conectados em rede por décadas, os certificados digitais emitidos por uma PKI estão bem situados para servir como a identidade online para essas coisas”. shop.com RA CA VA Figura 4 – Diagrama de infraestrutura de chave pública, CA= autoridade de certificação, RA= autoridade de registro e VA= autoridade de validação de terceiros Fonte: Wikimedia Commons 18 19 Isso, de acordo com Molds (2018), envolve questões de garantia, escala e tecno- logia que ele explica da seguinte maneira: • Quando se trata de garantia e validação, há uma distinção entre aplicativos PKI públicos e aplicativos PKI privados ou fechados. Os aplicativos PKI comuns, como a segurança de e-mail, muitas vezes exigem um nível de confiança pública - a capacidade de qualquer pessoa validar os pedidos de garantia feitos pelas credenciais basea- das em PKI, como certificados. Isso requer a capacidade de equipar todos os receptores potenciais para testar as reivindicações de todos os remetentes em potencial e, ainda mais difícil, revogar a capacidade de fazer reivindicações se a confiança for perdida. Em muitos aspec- tos, a situação na IoT é mais fácil porque muitas implantações não precisam de confiança pública - são sistemas fechados. Além disso, a verificação de revogação e a validação on-line podem não ser mais necessárias uma vez que a organização em controle já conhece o status de seus próprios dispositivos na rede; • Quanto a escala, embora as implementações de PKI certamente pre- cisa ter a capacidade de gerenciar milhões de certificados e conse- quentemente ao menos, um dispositivo associado a este certificado, a maioria opera em níveis significativamente menores. A magnitude de muitas implementações da IoT tornará comuns sistemas com dezenas ou até centenas de milhões de credenciais. No entanto, muitas das implementações desses dispositivos serão relativamente estáticas, as credenciais terão ciclos de vida relativamente longos e as mudanças podem ser raras; • Relativamente à questão da tecnologia, ao contrário das PKIs tra- dicionais e dispositivos conectados, dispositivos de baixo consumo de energia e baixo orçamento irão preencher a IoT. A criptografia tradicional não foi projetada para esses ambientes e é matematica- mente intensiva, o que requer energia da CPU. Outro problema é a geração de credenciais. Fazer boas chaves não é fácil, e fazê-las em grandes volumes pode rapidamente se tornar um gargalo. Novamen- te, os algoritmos de criptografia projetados para dispositivos de baixa potência e geração de chaves rápidas já existem e foram amplamente comprovados. (MOLDS, 2018). Além dos desafios de segurança atuais, há a necessidade de aproveitar de forma real os dados que esses bilhões de dispositivos geram e que ficam armazenados na nuvem. É necessário um enorme poder computacional para trabalhar esses dados e conseguirmos extrair coisas importantes para o consumo, comportamento, ten- dências de produtos e serviços da próxima geração, entre outros. Os especialistas como, por exemplo, Pettey (2017), são categóricos em afirmar que o caminho 19 UNIDADE Histórico e Fundamentos IoT para tratar essa massa imensa de dados dos sensores se apresenta como IA – Inte- ligência Artificial e suas vertentes. Vejamos: [...] Nós já vemos alguma promessa emergente de aplicativos que são alimentados por AI, aprendizagem de máquinas e tecnologias de apren- dizado profundo. Por exemplo, o aprendizado profundo, um subconjunto de AI e aprendizado de máquina, requer grandes quantidades de dados e poder computacional, mas até recentemente, poucos casos de uso viáveis existiam para o aprendizado profundo, em grande parte devido à falta de dados. Hoje, estamos começando a ver a tecnologia de aprendizado profundo se apoderar, graças às enormes quantidades de dados que os dispositivos IoT criam. Nos próximos meses, a relação entre IoT e AI será ainda mais simbiótica – e provavelmente veremos AI, incluindo o apren- dizado profundo, desempenhar um papel crítico na próxima grande coisa para a IoT. (PETTEY, 2017) Veja uma prova do que estamos falando acessando esse artigo: O Poder Disruptivo da Inteligência Artificial, de Kasey Panetta, disponível em: https://goo.gl/KeMVLk Também peço que leia o artigo: O que podemos fazer com a aprendizagem de máquinas, de Susan Moore, para você conhecer o potencial da utilização dessa tecnologia derivada de IA com IoT, disponível em: https://goo.gl/QqjNHn Ex pl or Precisamos ter consciência também, quando tratamos de IoT, da constelação de elementos constitutivos de sua arquitetura física e lógica e que geraram muitos dos desafios que acabamos de ler até aqui. Essa arquitetura passou por fases e estágios de amadurecimento ao redor do mundo. Vamos apresentá-los agora para você. Conforme informações de um artigo feito por Fuller (2016), para o influente TechBeacon, uma arquitetura funcional de IoT tem ao menos 4 camadas ou etapas, como se fossem um processo. 1. Ter as “coisas” em rede, tipicamente sensores e atuadores sem fio; 2. Ter sistemas de agregação de dados de sensores e conversão de dados analógico a digital; 3. Ter sistemas de TI nas pontas executam o pré-processamento dos dados antes de se deslocar para o data center ou para a nuvem; 4. Ter poder computacional para analisar os dados, gerenciar e armazenar em sistemas tradicionais de centros de dados. 20 21 Diagrama de uma arquitetura de 4 estágios típica para IoT: https://goo.gl/MyBkCq Ex pl or Etapa 1. Sensores / atuadores - Os sensores coletam dados do ambiente ou objetosob medida e o transformam em dados úteis. Pense nas estruturas especializadas em seu telefone celular que detectem a atração direcional da gravidade – e a posição relativa do telefone para a “coisa” que chamamos de terra – e convertamos isso em dados que seu telefone pode usar para orientar o dispositivo. Os atuadores também podem intervir para alterar as condições físicas que geram os dados. Um atuador pode, por exemplo, desligar uma fonte de alimentação, ajustar uma válvula de fluxo de ar ou mover uma pinça robótica em um processo de montagem; Etapa 2. O gateway da Internet - Os dados dos sensores começam em for- ma analógica. Esses dados precisam ser agregados e convertidos em fluxos digitais para processamento posterior a jusante. Os sistemas de aquisição de dados (DAS) executam essas funções de agregação e conversão de dados. O DAS se conecta à rede do sensor, agrega saídas e executa a conversão analó- gico-digital. O gateway da Internet recebe os dados agregados e digitalizados e roteia o Wi-Fi, as redes com fio ou a Internet para os sistemas da Etapa 3 da figura do link acima, para posterior processamento; Etapa 3. TI de borda - Uma vez que os dados de IoT foram digitalizados e agregados, está pronto para atravessar o domínio da TI. No entanto, os dados podem exigir processamento adicional antes de entrar no data center. É aqui que os sistemas de TI de borda, que executam mais análises, entram em jogo. Os sistemas de processamento de TI de borda podem estar localizados em escritórios remotos ou outros locais, mas geralmente estão no mesmo lugar ou localização onde os sensores residem mais perto dos sensores, como em um armário de fiação; Estágio 4. O centro de dados e a nuvem - Os dados que precisam de um processamento mais aprofundado e onde o feedback não precisa ser imediato, são encaminhados para um centro de dados físico ou sistemas baseados em nuvem, onde sistemas de TI mais poderosos podem analisar, gerenciar e armazenar de forma segura os dados. Leva mais tempo para obter resultados quando esperamos até que os dados cheguem ao estágio 4, mas você pode executar uma análise mais aprofundada, bem como combinar os dados do sensor com dados de outras fontes para obter informações complementares ou especializadas. O processamento do estágio 4 pode ocorrer no local, na nuvem ou em um sistema de nuvem híbrido. (FULLERS, 2016). 21 UNIDADE Histórico e Fundamentos IoT Num esquema prático, essas etapas se harmonizam para, por exemplo, con- trolar humidade e temperatura no seu quarto de dormir, levando em conta que horas ele deve ligar o condicionamento de ar, para não gastar energia o dia todo, que horas ele deve desligar ou baixar o consumo para que não fique ligado a noite toda, por exemplo, o que, por menor que fosse o gasto devido à eficiência do apa- relhos, vai aumentar 20% na sua conta de luz. Portanto, teria vários sensores, de movimento ou presença, de humidade, de temperatura e de tempo, processando informação e conversando uns com os outros para poder deixar você no nível de conforto que quer. Sem falar que você vai corrigir e alterar os parâmetros para verão e para inverno. standardizable Context Element Sensor Context User Context Aggregated ContextTemperature Humidity ... ... ... Time Context Location Context User Feedback Human Comfort Level High Level Context Figura 5 – Diagrama mostrando um elemento de contexto aplicado aos atuadores Podemos colocar sensores de IoT em praticamente tudo, isso também inclui nosso corpo. Sensores “werable”, esses sensores que você coloca na sua pele como se fossem uma tatuagem, tem ganho grande impulso nos últimos anos atuando na esteira da onda da saúde preditiva e preventiva. Dessa maneira, podemos acoplar isso num paciente para que ele seja monitorado de tal forma que mesmo que você consiga estragar o sensor, devido a eles serem baratos, você substitui sem maiores problemas e continua coletando seus dados para seu médico saber o que se passa com você. Podemos medir com isso parâmetros como pressão sanguínea, batimentos cardíacos, glicose, ou até mesmo liberar medicamentos na hora e na dose certa, o que com certeza vai ajudar muito diabéticos. Mas não apenas isso, podemos chegar a níveis de sofisticação alto, é possível entender sinais neurais, inferir o estado do cérebro e treiná-lo se for o caso, ou seja, a partir de um eletroencefalograma feito através desse dispositivo IoT, os neurônios em seu cérebro se comunicam eletronicamente e criam um campo elétrico que pode ser medido do exterior em termos de frequências. Quer um exemplo dessas aplicações nos dias de hoje? Acesse o link e saiba até onde já chegamos na integração humano/máquina: https://goo.gl/c18qRo. Ex pl or 22 23 Lembremos que IoT é possível exatamente porque possuímos milhões de senso- res por aí. Mas quais tipos ou categorias de sensores podem ser pendurados para IoT? A Deloitte criou uma tabela para facilitar nosso entendimento e uso dessas categorias de sensores. Os sensores são categorizados pelo tipo de fonte de energia que usam, dessa forma, eles são ou ativos ou passivos. Sensores ativos emitem energia própria. Radio Detection and Ranging (RA- DAR) ou detecção de sinal de rádio variável é um tipo de sensor ativo. Então, nesse caso, o sensor emite um pulso de energia e se tiver alguma “coisa” que receba isso provoca uma resposta. Sensores passivos, simplesmente recebem energia, ficam esperando para que isso aconteça. Dessa maneira, são econômicos porque gastam pouca energia. Tabela 1 – Tipos de sensores e exemplos que os representam Tipo Descrição Exemplo Posição Mede a posição de um objeto, pode ser adquiri- da em termos absolutos ou relativos. Podendo ainda ser linear, angular ou multiaxial. Potenciômetros, inclinômetros, sensores de proximidade. Ocupação e Movimento Detecta presença de pessoas e/ou animais dentro de sua área de alcance. Os de movimento detectam se pessoas e animais se movem, a diferença entre esses sensores está na forma com que seus sinais são emitidos. No primeiro, não importa se a pessoa está ou não se movendo, mas no segundo isso importa. RADAR, olho elétrico. Velocidade e Aceleração Velocidade do movimento pode ser medida linear ou angularmente, indica quão rápido um objeto se movimenta. Já os de aceleração medem as mudanças nessa velocidade. Acelerômetros e giroscópios. Força Detectam quando uma força física é aplicada e qual a sua magnitude. Dinamômetros, viscometros, sensores táteis. Pressão São similares em funcionamento aos sensores de força, todavia são aplicados na medição de pressão em gases ou líquidos, em unidades de área. Barômetro, piezômetro. Fluxo Detectam a taxa de passagem de um fluido. Medem o volume ou velocidade do fluxo que passa pelo sensor por unidade de tempo. Anemômetro, sensores de fluxo de massa, higrômetro. Acústico Medem o nível sonoro ou de ruído e convertem essa informação em alguma unidade de medida como, por exemplo, decibéis. Microfone, geofone, hidrofone. Humidade Detectam a quantidade de vapor de líquidos, por exemplo, água no ar, podendo medir de forma absoluta e relativa entre outras. Higrômetro, humistor, sensor de humidade do solo. Luz Detectam a presença de luz (visível ou invisível). Sensor infravermelho, ultravioleta, raios cósmicos, raios gama, raios X, photômetro. 23 UNIDADE Histórico e Fundamentos IoT Tipo Descrição Exemplo Radiação Detectam energia radiaotiva oriunda da decomposição atômica de isótopos. Para tanto detecta a cintilação ou ionização. Contadores Geiger, cintilômetros, detector de nêutrons. Temperatura Detectam a quantidade de calor ou frio presente em um sistema. Fazem isso por contato ou não. Sendo os últimos, utilizam a medida obtida por meio da convecção ou irradiação. Termômetros, calorímetros. Químico Medem a concentração de componentes químicos no ambiente. Para tanto, são direcionados a alvos específicos, por exemplo, CO2,Benzeno, Dioxina, entre outros. Analisadores respiratórios, olfactômetro, detector de fumaça. Biológico Detectam elementos biológicos existentes como organismos, tecidos, células, enzimas, anticorpos, ácidos nucleicos. Sensores de glicose, oximetria, eletrocardiograma, hormônios. Fonte: Deloitte Insights, 2015. Adaptação de https://goo.gl/AqV3TE Com essa tabela, você já pode ter uma boa ideia do que há de possibilidades disponíveis no mercado para você começar a imaginar dispositivos para acoplar como IoT. 24 25 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Metodologia de Desenvolvimento de Sistemas - JAD e RAD https://goo.gl/QEPc4q Sashimi Waterfall Software Development Process https://goo.gl/Vp8F4e Software CHAOS https://goo.gl/7hcwXN 25 UNIDADE Histórico e Fundamentos IoT Referências CISCO. Growth in the internet of things. THE EQUITY KICKER, 2013. Dis- ponível em: <http://www.theequitykicker.com/2013/07/31/growth-in-the-inter- net-of-things/> acessado: 15/02/2018. FULLER, J.R. Os 4 estágios de uma arquitetura IoT. Disponível em: <https:// techbeacon.com/4-stages-iot-architecture> acessado: 14/02/2018. HOLDOWSKY, J.; MAHTO, M.; RAYNOR, M.E.; COTTELEER, M. Inside the Internet of Things (IoT) – A primer on the technologies building the IoT, 2015. Disponível em: <https://www2.deloitte.com/insights/us/en/focus/internet-of- things/iot-primer-iot-technologies-applications.html> acessado: 20/02/2018. KOCHER, C. A Internet das Coisas: Desafios e Oportunidades, 2014, Disponível em: <http://sandhill.com/article/the-internet-of-things-challenges-and-opportuni- ties/> acessado: 18/02/2018. MOLDS, R. PKI para a Internet das coisas, 2018. Disponível em: <https:// www.scmagazine.com/pki-for-the-internet-of-things/article/539469/> acessado: 18/02/2018. PETTEY, C. O Efeito IoT : Oportunidades e Desafios, 2017. Disponível em: <https://www.gartner.com/smarterwithgartner/the-iot-effect-opportunities-and- challenges-2/> acessado: 18/02/2018. 26
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