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109 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E INSTITUIÇÕES JUDICIÁRIAS Unidade IV 7 FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA Podemos dizer que as funções essenciais à justiça são aquelas imprescindíveis à boa atuação do Poder Judiciário, sendo a instituição do Ministério Público e a advocacia. 7.1 Ministério Público A instituição do Ministério Público vem prevista no art. 127 da CF/88, o qual dispõe: “O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo‑lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis” (BRASIL, 1988). O Ministério Público divide‑se em Ministérios Públicos dos Estados e Ministério Público da União, que, por sua vez, dividem‑se em Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Militar e do Distrito Federal – art. 128 da CF/88 (BRASIL, 1988). Não há na Constituição Federal a previsão da carreira do Ministério Público Eleitoral. Sendo assim, a exemplo do que ocorre com a Justiça Eleitoral, a função eleitoral do Ministério Público é desempenhada por membros do próprio Ministério Público Federal junto aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), bem como por membros do Ministério Público Estadual junto aos juízes e juntas eleitorais. Vejamos o organograma do Ministério Público: MPEs Ministérios Públicos Estaduais MPU Ministério Público da União MPF Ministério Público Federal MPE Ministério Público Eleitoral MPM Ministério Público Militar MPT Ministério Público do Trabalho MPDFT Ministério Público do DF e Territórios Ministério Público Brasileiro Figura 3 110 Unidade IV O ingresso na carreira do Ministério Público se dá mediante concurso público de provas e títulos. O concurso divide‑se em prova preambular, prova escrita e arguição oral pública, além da realização de exame psicotécnico e entrevista pessoal do candidato. A apresentação dos títulos pelo candidato é meramente classificatória e não eliminatória – art. 129, parágrafo 3º (BRASIL, 1988). São requisitos para ingresso na carreira do Ministério Público: • ser brasileiro nato ou naturalizado; • ser bacharel em Direito; • comprovação do exercício de atividade jurídica por três anos após a conclusão do curso de Direito; • regularidade com o serviço militar; • ser cidadão; • ter integridade física e mental; • boa conduta social. Podemos dizer, de acordo com a previsão legal do art. 129 da CF/88 (BRASIL, 1988), que o Ministério Público tem atribuições no âmbito penal e civil. Saiba mais Saiba mais sobre as funções institucionais do Ministério Público no link a seguir: BRASIL. Senado Federal. Atividade legislativa: art. 129. Brasília, [s.d.]b. Disponível em: <https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/ con1988_04.10.2017/art_129_.asp>. Acesso em: 11 jan. 2019. Da leitura das funções institucionais do Ministério Público, podemos extrair as principais funções no âmbito penal e civil, vejamos: No âmbito penal O inciso I do art. 129 da CF/88 (BRASIL, 1988) confere exclusividade ao Ministério Público na propositura da ação penal pública. Exceção prevista no art. 5º, inciso LIX, em que se admite a ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal (ação penal privada subsidiária, sem retirar, contudo, a titularidade do Ministério Público). 111 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E INSTITUIÇÕES JUDICIÁRIAS Nos casos de ação penal privada exclusiva proposta pelo particular, o Ministério Público atuará como custos legis (fiscal da lei). No âmbito civil O Ministério Público poderá atuar como parte processual nas ações civis públicas, que são ações de objeto não penal. Por exemplo, defesa do patrimônio público, do meio ambiente, do consumidor, do idoso, da ocupação irregular do solo, da criança e do adolescente entre outros. Observação No caso da ação civil pública, o Ministério Público é parte na ação (autor), no entanto, sem exclusividade da titularidade para a sua propositura, como ocorre na ação penal pública. O Ministério Público poderá ainda atuar como órgão interveniente, ou seja, o Ministério Público não é parte na ação, mas sim fiscal da lei (custos legis), atuando em causas em que houver incapazes, nas relativas ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, casamentos e outros, assim como nos casos em que houver o interesse público. Por exemplo, nas ações de investigação ou negatórias de paternidade. O rol das atribuições previsto do art. 129 da CF/88 (BRASIL, 1988) é meramente exemplificativo, isso quer dizer que outras atribuições poderão surgir, desde que compatíveis com as finalidades do Ministério Público. Assim como ocorre na magistratura, os membros do Ministério Público gozam de algumas garantias constitucionais a fim de garantir que o membro do Ministério Público se sinta livre para exercer a sua função, sendo – art. 128, parágrafo 5°, inciso I (BRASIL, 1988): • Vitaliciedade: adquirida após 2 anos de ingresso na carreira, o que é chamado de estágio probatório. Quer dizer que o membro do Ministério Público só poderá perder seu cargo mediante decisão judicial com trânsito em julgado. • Inamovibilidade: não se aplica nos casos de interesse público, reconhecido pela votação da maioria absoluta do órgão colegiado competente do Ministério Público, assegurada a ampla defesa. Isso quer dizer que o membro do Ministério Público não pode ser removido ou até promovido sem seu consentimento. • Irredutibilidade de subsídios: proteção do valor nominal dos subsídios. Não alcançando essa garantia as perdas inflacionárias e incidência de tributos. 112 Unidade IV Também a exemplo do que ocorre com os magistrados, existem vedações constitucionais para os membros do Ministério Público previstas no art. 128, inciso II, parágrafo 5º (BRASIL, 1988) a fim de garantir a imparcialidade de seus membros: a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; b) exercer a advocacia; c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; e) exercer atividade político‑partidária [...]; f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei [...]. Além das dispostas, também há a quarentena, segundo o art. 95, parágrafo único, inciso V (BRASIL, 1988). Observação No caso da vedação ao exercício de atividade político partidária, o art. 29, parágrafo 3º, do ADCT, dispõe sobre a possibilidade de o membro do MP optar pelo regime anterior ao da CF/88, caso tenha ingressado no concurso até a sua promulgação (BRASIL, 1988a). As denominações dos membros do Ministério Público variam de acordo com o grau de jurisdição em que atuam. Em primeira instância, o membro do Ministério Público Estadual recebe a denominação de promotor de justiça (substituto ou titular). Já em segunda instância, o membro do Ministério Público recebe a denominação de procurador de justiça. O chefe do Ministério Público da União denominado procurador‑geral da República é escolhido dentre os integrantes da carreira com mais de 35 anos e nomeado pelo presidente da República, após aprovação de maioria absoluta dos membros do Senado Federal. Pode haver recondução no cargo, observando‑se a regra para cada escolha. Já o chefe do Ministério Público Estadual é escolhido dentre integrantes da carreira em lista tríplice e nomeado pelo governador do Estado respectivo, sendo denominado procurador‑geral de justiça – art. 128, parágrafos 1° e 3º da CF/88 (BRASIL, 1988). 113 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E INSTITUIÇÕES JUDICIÁRIAS Saiba mais A leitura das leis a seguir identificadas é imprescindível ao aprofundamento da matéria: BRASIL. Presidência da República. Lei nº 8.625, de 12 de fevereiro de 1993. Lei Orgânica Nacional do Ministério Público.Brasília, 1993b. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8625.htm>. Acesso em: 11 jan. 2019. BRASIL. Presidência da República. Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 1993. Lei Orgânica do Ministério Público da União. Dispõe sobre a organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público da União. Brasília, 1993a. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/ lcp/lcp75.htm>. Acesso em: 11 jan. 2019. Cada Ministério Público Estadual tem a sua própria Lei Orgânica, observadas as diretrizes da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público anteriormente referida. 7.2 Advocacia Com a organização do Estado e o afastamento da justiça privada para a solução das lides, necessita‑se da observância de um conjunto de regras, processuais e materiais, que compõem o direito. Tendo em vista que o leigo não domina a sistemática definida por lei para que o exercício da função jurisdicional seja provocado e tenha consequência até uma sentença, nasce a necessidade da função do advogado. De acordo com o art. 133 da CF/1988: “O Advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei” (BRASIL, 1988). Quanto à natureza jurídica da profissão, entendemos que ela é híbrida, ou seja, contém aspectos de cunho privado (contrato de mandato entre cliente a advogado) e aspectos públicos (múnus público, que é a busca da justiça e realização do direito). Na atualidade, considera‑se como de natureza pública. Somente ao advogado é dada a capacidade postulatória para que ele possa representar seu cliente em juízo, mediante a outorga de uma procuração – art. 104 novo CPC (BRASIL, 2015a). Isso quer dizer que somente o advogado possui capacidade postulatória, que é a capacidade de postular em juízo. Há, no entanto, ações que dispensam a presença do advogado, tais como: reclamação trabalhista, habeas corpus e juizados especiais. 114 Unidade IV Como o Poder Judiciário necessita ser provocado, o advogado tem essa capacidade de provocação mediante a propositura de ações. Quem é o advogado? É o bacharel em Direito habilitado nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). De acordo com o Estatuto da Advocacia e Ordem dos Advogados do Brasil (EAOAB) – Lei nº 8.906/1994 (BRASIL, 1994a) –, o art. 8º estabelece os requisitos para ingresso nos quadros da OAB, sendo: I – capacidade civil; II – diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada; III – título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; IV – aprovação em Exame de Ordem; V – não exercer atividade incompatível com a advocacia; VI – idoneidade moral; VII – prestar compromisso perante o conselho (BRASIL, 1994a). No que toca aos requisitos para inscrição nos quadros da OAB como estagiário, o art. 9º do mesmo diploma legal (BRASIL, 1994a) disciplina a questão determinando que deverão ser preenchidos os requisitos mencionados nos incisos I, III, V, VI e VII do art. 8º (BRASIL, 1994a), bem como ter sido admitido em estágio profissional de advocacia. Por óbvio, foram excluídos da exigência o diploma ou certidão de graduação em Direito e a aprovação em exame de ordem, já que o estagiário ainda é, em regra, um estudante de Direito. O estagiário não pode, isoladamente, realizar qualquer ato próprio da atividade da advocacia sem assistência do advogado, salvo nas hipóteses previstas em lei. O exame de ordem é a prova realizada pela OAB para verificar a aptidão do candidato ao exercício da função de advogado. O exame unificado constitui‑se de duas fases. A primeira prova é objetiva, com oitenta (80) questões de múltipla escolha sobre várias áreas do Direito, quais sejam: direito constitucional, direito civil, direito empresarial, direito penal, direito do trabalho, direito administrativo, direito tributário, direito processual civil, direito processual penal, direito ambiental, Código de Defesa Consumidor, direitos humanos, filosofia do Direito, Estatuto da Criança e do Adolescente e também questões sobre o Estatuto da OAB, seu regulamento geral e o Código de Ética e Disciplina. 115 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E INSTITUIÇÕES JUDICIÁRIAS Serão considerados habilitados para a 2ª fase os candidatos que tiverem, no mínimo, 50% de acerto das questões da 1ª fase (40 pontos). A segunda etapa terá aplicação de prova prático‑profissional e compreenderá redação de peça profissional privativa de advogado, além de questões práticas sob a forma de situações‑problema nas seguintes áreas de Direito: administrativo, civil, constitucional, trabalho, empresarial, penal e tributário, bem como, o direito processual respectivo. Uma vez regularmente admitido nos quadros da OAB como advogado, ele se sujeita a uma série de direitos e deveres prescritos na legislação constitucional e infraconstitucional, atuando de forma específica em atividades privativas da advocacia que estão previstas no EAOAB (BRASIL, 1994a), a saber: postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais, ressalvadas as hipótese legais em que não se exige a presença do advogado, assim como as atividades de consultoria, assessoria e de direção jurídicas. Lembrete O advogado possui capacidade postulatória, mas há, no entanto, ações que dispensam a presença do advogado, tais como: reclamação trabalhista, habeas corpus e juizados especiais, dependendo do valor da ação. Mesmo após regularmente inscrito, o advogado está sujeito a algumas situações que possam ensejar o cancelamento da sua inscrição. As hipóteses estão previstas no art. 11 do EAOAB (BRASIL, 1994a) e são elas (rol taxativo): I – assim o requerer; II – sofrer penalidade de exclusão; III – falecer; IV – passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia; V – perder qualquer um dos requisitos necessários para a inscrição. Cabe ressaltar que uma vez cancelada a inscrição, será admitido novo pedido de inscrição, sem que, no entanto, seja conferido ao postulante o mesmo número da inscrição anterior. Há casos também em que o profissional da advocacia poderá licenciar‑se, os quais estão previstos no art. 12 do EAOAB (BRASIL, 1994a), sendo: I – assim o requerer por motivo justificado; II – passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia; III – sofrer doença mental considerada curável. 116 Unidade IV A exemplo das vedações que ocorrem com os magistrados e membros do Ministério Público, os advogados também estão sujeitos a algumas limitações estabelecidas em lei, chamadas impedimentos e incompatibilidades. A incompatibilidade implica na proibição total para o exercício da advocacia, enquanto o impedimento implica na proibição parcial. As pessoas proibidas não podem ser inscritas na Ordem, não prestam compromisso e não recebem a carteira da OAB. As pessoas impedidas são inscritas nos quadros da Ordem, prestam compromisso, recebem a respectiva carteira, mas com a observação expressa de que estão impedidas no exercício de determinados casos. O art. 28 do EAOAB (BRASIL, 1994a) faz referência aos casos de incompatibilidade para o exercício da advocacia, dentre eles, destacam‑se chefe do Poder Executivo (presidente da República, governador e prefeito), membros de órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Público, ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente à atividade policial de qualquer natureza e ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive das instituições privadas. Nesses casos de incompatibilidade, o exercício da advocacia é vedado mesmo que em causa própria. No que toca aos casos de impedimentos, encontram‑se previstos no art. 30 do EAOAB (BRASIL, 1994a). 7.2.1 Prerrogativas do advogado Elencados nos arts. 6º e 7º do EAOAB (BRASIL, 1994a), temos as prerrogativas do advogado, sendo elas: Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entreadvogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar‑se com consideração e respeito recíprocos. [...] Art. 7 º São direitos do advogado: I – exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional; II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia [...]; III – comunicar‑se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis; 117 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E INSTITUIÇÕES JUDICIÁRIAS IV – ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade1 e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB; V – não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB2, e na sua falta, em prisão domiciliar [...]; VI – ingressar livremente: a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados; b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares; c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o Advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado; d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais; VII – permanecer sentado ou em pé e retirar‑se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licença; VIII – dirigir‑se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando‑se a ordem de chegada; 1 O Plenário julgou constitucional o dispositivo acima, mantendo a necessidade de representante da OAB para a prisão em flagrante de Advogado por motivo relacionado ao exercício da advocacia. Caso a OAB não envie representante em tempo hábil, a validade da prisão em flagrante será mantida. 2 A expressão havia sido suspensa por força de liminar concedida na ADin 1.127‑8 em trâmite no STF, a qual foi julgada, sendo que o Supremo manteve o direito dos Advogados à prisão especial, retirando da OAB a capacidade de reconhecer se as salas atendem ou não a essa exigência. 118 Unidade IV IX – sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido3; X – usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas; XI – reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento; XII – falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo; XIII – examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos [...]; XIV – examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital [...]; XV – ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá‑los pelos prazos legais; XVI – retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias; XVII – ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela; XVIII – usar os símbolos privativos da profissão de advogado; XIX – recusar‑se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou 3 No julgamento da ADin 1.127‑8 pelo STF o inciso foi julgado inconstitucional pela maioria do Plenário, afastando‑se a possibilidade de o Advogado fazer sustentação oral após o voto do relator. 119 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E INSTITUIÇÕES JUDICIÁRIAS foi Advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional; XX – retirar‑se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo; XXI – assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração [...]: a) apresentar razões e quesitos [...]; § 1º Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI: 1) aos processos sob regime de segredo de justiça; 2) quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a requerimento da parte interessada; 3) até o encerramento do processo, ao Advogado que houver deixado de devolver os respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado. § 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato4 puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer [...]. § 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste artigo. 4 A expressão havia sido suspensa por força de liminar concedida na ADin 1.127‑8 em trâmite no STF, a qual foi julgada, sendo que o Supremo suprimiu a expressão desacato, dessa forma, a autoridade pública que for desacatada poderá promover o processo judicial. 120 Unidade IV § 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os Advogados, com uso e controle5 assegurados à OAB [...]. § 5º No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de cargo ou função de órgão da OAB, o conselho competente deve promover o desagravo público do ofendido, sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator. § 6º Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de Advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específicoe pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do Advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes. § 7º A ressalva constante do § 6º deste artigo não se estende a clientes do Advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou coautores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade [...]. § 10. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o Advogado apresentar procuração para o exercício dos direitos de que trata o inciso XIV [...]. § 11. No caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá delimitar o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências [...]. § 12. A inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável que impedir o acesso do Advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente [...]. 5 A expressão havia sido suspensa por força de liminar concedida na ADin 1.127‑8 em trâmite no STF, a qual foi julgada, sendo que o Supremo manteve a suspensão da expressão. 121 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E INSTITUIÇÕES JUDICIÁRIAS 7.2.2 Sociedade de advogados O advogado, visando sempre estar atualizado nas questões do Direito e buscando a melhoria do trabalho prestado aos seus clientes, poderá, a exemplo do que ocorre em outras profissões, reunir‑se em sociedade civil (sociedade simples) com outros advogados, para desempenho das atividades profissionais. Permite‑se a abertura de filiais em outra base territorial, ou seja, outro Conselho Seccional (1 por Estado), desde que os atos de constituição da filial sejam averbados no registro da sociedade e arquivados junto ao Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, nesse caso, obrigados à inscrição suplementar. Há algumas vedações/limitações à liberdade de associação dos advogados: somente advogados devem integrar a sociedade de advogados ou a sociedade unipessoal de advocacia, uma vez que o exercício da atividade jurídica é ato privativo dos regularmente inscritos na OAB; o advogado não pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou, ainda, integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional (BRASIL, 1994a). Embora o advogado tenha liberdade para exercer a profissão em todo o território nacional, é vedado que sócios de uma mesma sociedade profissional representem em juízo clientes com interesses opostos. A razão social da sociedade de advogados deverá ter pelo menos o nome de um dos sócios responsáveis, sendo vedada a adoção de nome fantasia, bem como apresentar forma ou características mercantis. A razão social no caso de sociedade unipessoal de advocacia será obrigatoriamente o nome do seu titular, completo ou parcial, seguida da expressão “Sociedade Individual de Advocacia”. 7.2.3 Responsabilidade civil Tendo a sociedade de advogados personalidade jurídica, a qual deverá responder pelos próprios atos, o EAOAB prevê a responsabilização pessoal de seus integrantes nos casos expressos em lei, inclusive do titular da sociedade unipessoal de advocacia. Dispõe o art. 17 do EAOAB: Além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade individual de advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam incorrer (BRASIL, 1994a). Depreende‑se desse dispositivo legal que os sócios da sociedade de advogados também respondem pelos danos causados aos clientes. Essa responsabilidade é subsidiária e ilimitada. O que isso significa? 122 Unidade IV Que primeiro devem ser esgotados os bens da sociedade num eventual ressarcimento de danos causados aos clientes. Após esse procedimento, os sócios respondem ilimitadamente, já que a sua responsabilidade é subsidiária e não solidária. 7.2.4 Advogado empregado Além de poder reunir‑se sem sociedade com demais colegas, o advogado pode também optar pela relação de emprego, sendo um advogado empregado. Nesses casos, a relação empregatícia entre patrão e advogado empregado não pode interferir na técnica utilizada pelo advogado empregado e nem reduzir a sua independência profissional. Isso quer dizer que, embora haja uma relação de emprego e, portanto, a relação de patrão e empregado, o advogado detém o conhecimento técnico, sendo livre para traçar as melhores estratégias processuais, e também, sendo livre para não adotar posturas que comprometam seus valores e sua ética. O art. 18 do EAOAB (BRASIL, 1994a) disciplina a matéria do advogado empregado, assegurando em seu parágrafo único que ele apenas preste serviço naquilo para o qual foi contratado, evitando assim eventuais abusos dos patrões no sentido de atuar também em casos de interesse pessoal. De acordo com o EAOAB (BRASIL, 1994a) a jornada de trabalho do advogado é de 4 horas diárias, ou 20 horas semanais. Isso poderá ser modificado por acordo ou convenção coletiva de trabalho ou ainda nos casos de dedicação exclusiva do advogado. Está incluído nessa jornada de trabalho o tempo que o profissional se encontra à disposição do seu patrão, quer seja no escritório ou em atividades externas. Tem o profissional direito também às horas extras no caso de exceder a jornada de trabalho, bem como adicional noturno se for o caso. O advogado empregado também tem direito aos honorários de sucumbência. O que, infelizmente algumas vezes ocorre, é o caso de o advogado empregado prestar serviços de natureza pessoal ao seu empregador, que não estejam relacionados ao seu contrato de trabalho. O EAOAB não veda essa situação, mas assegura ao advogado empregado que ele não está obrigado a prestar estes serviços de natureza pessoal – art. 18 (BRASIL, 1994a). Nesse caso, entendemos que se assim agir, o advogado, na prestação de serviços de interesse pessoal de seu patrão que não se relacionam ao seu contrato de trabalho, que sejam cobrados os devidos honorários advocatícios, como faria o advogado com qualquer cliente dentro das normas éticas e estatutárias. Cabe aqui fazer uma ressalva a fim de que não se confunda advogado empregado com a advocacia de partido. A advocacia de partido é uma relação de patrocínio e não de emprego, a qual implica na prestação de serviços advocatícios mediante uma remuneração fixa, normalmente mensal, ajustada entre as partes contratantes, sem qualquer contorno trabalhista. 123 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E INSTITUIÇÕES JUDICIÁRIAS 7.2.5 Honorários advocatícios A remuneração do advogado que não decorre da relação de emprego (salário) é denominada de honorários. Os honorários advocatícios podem ser convencionados, arbitrados judicialmente e de sucumbência: • Convencionados: a fim de evitar risco e desgaste com o cliente, o advogado deverá contratar sempre seus honorários por escrito, inclusive, explicitando o valor em caso de eventual acordo. O contrato escrito permite a execução judicial. • Arbitrados judicialmente: os honorários serão arbitrados judicialmente quando não forem convencionados previamente. O juiz deverá observar parâmetros (tabela da OAB, trabalho realizado, tempo, quantidade e qualidade das peças produzidas, média da remuneração praticada em casos semelhantes, despesas de deslocamento e valor econômicoda questão). • Sucumbenciais: são aqueles fixados na condenação contra a parte vencida ou sucumbente. Com referência ao novo CPC, no art. 85 (BRASIL, 2015a), assegura‑se o direito de recebimento dos honorários advocatícios ao profissional da área. Os honorários serão fixados entre o mínimo de 10% e o máximo de 20% sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido; ou não sendo possível mensurá‑lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos o grau de zelo do profissional, o lugar de prestação do serviço, a natureza e a importância da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. Em alguns casos expressos em lei, os honorários poderão ser fixados conforme apreciação equitativa do juiz, observando‑se os critérios anteriores. O direito de ação para cobrança dos honorários advocatícios prescreve em 5 anos contados do vencimento do contrato – se houver –, do trânsito em julgado da decisão que os fixar e da ultimação do serviço profissional, da desistência ou transação, da renúncia ou revogação do mandato. Ressalte‑se que o advogado substabelecido, com reserva de poderes, não pode cobrar os honorários advocatícios sem a intervenção daquele que lhe conferiu o substabelecimento. 7.2.6 Deveres e sanções disciplinares A infração aos deveres do advogado poderá ensejar a aplicação de sanções disciplinares, sendo elas: censura, suspensão, exclusão e multa. O processo disciplinar tramita em sigilo, e as sanções disciplinares, quando aplicadas, deverão constar dos assentamentos do inscrito na OAB, após o trânsito em julgado da decisão – art. 35 do EAOAB (BRASIL, 1994a) –, salvo no caso de aplicação da sanção de advertência. A censura é a pena mais amena, feita por comunicação por ofício reservado ao advogado, no qual deverá constar a palavra censura, chamando a atenção para o fato punível. 124 Unidade IV A advertência caberá nos mesmos casos que a censura, porém, desde que presente alguma circunstância atenuante e que se trate da primeira falta cometida, podendo ser aplicada; no entanto, não é registrada nos assentamentos. O art. 36 do EAOAB (BRASIL, 1994a) disciplina a pena de censura, vejamos: Art. 36. A censura é aplicável nos casos de: I – infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34. II – violação a preceito do Código de Ética e Disciplina. III – violação a preceito desta Lei, quando para a infração não se tenha estabelecido sanção mais grave. Parágrafo único. A censura pode ser convertida em advertência, em ofício reservado, sem registro nos assentamentos do inscrito, quando presente circunstância atenuante. Podem ser consideradas como circunstâncias atenuantes: • Falta cometida na defesa de prerrogativa profissional. • A ausência de punição disciplinar anterior. • O exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo em qualquer órgão da OAB. • A prestação de relevantes serviços à advocacia ou à causa pública. A Sanção de suspensão é cabível nos casos relacionados nos incisos XVII a XXV do art. 34 do EAOAB (BRASIL, 1994a), bem como na hipótese de reincidência em infração disciplinar. A sanção implica na interdição do exercício profissional pelo prazo de 30 dias a 12 meses. Haverá, no entanto, ultrapassagem desse limite nos casos de recusa à prestação de contas e inadimplência junto à OAB, situação em que a suspensão perdurará até a data em que a obrigação for satisfeita. Nos casos de inépcia profissional, a suspensão projetar‑se‑á no tempo até que o infrator obtenha aprovação em novas provas de habilitação. A sanção de suspensão acarreta a privação temporária para o exercício profissional, não podendo durante esse período o infrator praticar quaisquer atos privativos de advogado. É salutar esclarecer que mesmo durante o período de suspensão, o infrator não perde a qualidade de advogado, de forma que os efeitos da sanção se limitam à proibição de exercer os atos privativos da advocacia por determinado tempo, persistindo, porém, todas as suas obrigações. 125 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E INSTITUIÇÕES JUDICIÁRIAS A sanção de exclusão justifica‑se pela gravidade da falta cometida pelo advogado. Tem aplicação nos casos de reincidência da aplicação da sanção de suspensão por três vezes, além da prática das infrações previstas nos incisos XXVI a XXVIII do art. 34 do EAOAB (BRASIL, 1994a). Ao contrário da suspensão, a exclusão retira do profissional a qualidade de advogado, implicando no imediato cancelamento de sua inscrição. A possibilidade de reabilitação importa em nova inscrição sem o restabelecimento do número anterior. É a medida mais severa aplicada ao profissional da área, para tanto, é necessária manifestação favorável de 2/3 dos membros do Conselho Seccional respectivo para a sua aplicação. Como não há no sistema jurídico brasileiro pena de caráter perpétuo, é legítima a pretensão de quem sofreu sanção disciplinar de exclusão solicitar, após um ano de seu cumprimento, a respectiva reabilitação mediante provas de bom comportamento. Quando a sanção disciplinar resultar da prática de crime, o pedido de reabilitação vai depender também da reabilitação criminal. Por fim, a pena de multa é considerada penalidade acessória, passível de ser aplicada em cumulação com as penalidades de censura ou suspensão, sempre que forem verificadas circunstâncias agravantes. Não pode, dessa forma, a pena de multa, enquanto sanção disciplinar, ser aplicada de maneira autônoma. A multa será estabelecida entre 1 e 10 anuidades. São circunstâncias agravantes a reincidência em infração disciplinar e a gravidade da culpa do infrator. Ao processo disciplinar que ficar paralisado por mais de 3 anos, pendente de despacho ou julgamento, poderá ser aplicado o instituto da prescrição, devendo ser arquivado de ofício, ou a requerimento da parte interessada. Como todo profissional e a exemplo do que ocorre com os magistrados e membros do Ministério Público, o advogado também se sujeita a uma série de deveres profissionais elencados no próprio Estatuto da Advocacia, assim como, no Código de Ética e Disciplina além de outros diplomas legais. A violação desses deveres poderá levar à aplicação das sanções disciplinares de censura, suspensão, exclusão e multa. Lembrete A sanção de multa não é uma penalidade autônoma, ou seja, não pode ser aplicada sozinha, e sim, conjuntamente com a sanção censura ou suspensão, dependendo do grau de culpa do advogado. Além dos deveres gerais que o profissional da advocacia deve observar de probidade, veracidade, desinteresse e moderação, correção, delicadeza e dignidade, existem os deveres específicos relacionados no EAOAB e no Código de Ética e Disciplina da OAB, cuja inobservância poderá ensejar sanções disciplinares, como vimos anteriormente. Constituem infrações disciplinares: 126 Unidade IV I – exercer a profissão, quando impedido de fazê‑lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos, proibidos ou impedidos; II – manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta lei; III – valer‑se de agenciador de causas, mediante participação dos honorários a receber; IV – angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros; V – assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que não tenha colaborado; VI – advogar contra literal disposição de lei, presumindo‑se a boa‑fé quando fundamentado na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior. VII – violar, sem justa causa, sigilo profissional. VIII – estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do advogado contrário. IX – prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio. X – acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo em que funcione. XI – abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação da renúncia. XII – recusar‑sea prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeada em virtude de impossibilidade da Defensoria Pública. XIII – fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou relativas a causas pendentes. XIV – deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem como de depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o juiz da causa. XV – fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato definido como crime. 127 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E INSTITUIÇÕES JUDICIÁRIAS XVI – deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou autoridade da Ordem, em matéria da competência desta, depois de regularmente notificado. XVII – prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá‑la. XVIII – solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação ilícita ou desonesta. XIX – receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto do mandato, sem expressa autorização do constituinte. XX – locupletar‑se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si ou interposta pessoa. XXI – recusar‑se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele. XXII – reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiança. XXIII – deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, depois de regularmente notificado para fazê‑lo. XXIV – incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional. XXV – manter conduta incompatível com a advocacia. XXVI – fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB. XXVII – tornar‑se moralmente inidônea para o exercício da advocacia. XXVIII – praticar crime infamante. XXIX – praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação (BRASIL, 1994a). Entende‑se como conduta incompatível com a advocacia a prática reiterada de jogo de azar, não autorizado por lei, a incontinência pública e escandalosa, e a embriaguez ou toxicomania habituais. 128 Unidade IV Saiba mais Consulte a Resolução nº 2/2015 do CFOAB, também conhecida como Código de Ética e Disciplina, que trata das regras deontológicas fundamentais da profissão, das relações entre advogado e cliente e da publicidade da advocacia. CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL (CFOAB). Resolução nº 02/2015. Aprova o Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB. Brasília, 2015. Disponível em: <https://www. conjur.com.br/dl/codigo‑etica‑oab3.pdf>. Acesso em: 11 jan. 2019. 8 DEFENSORIA PÚBLICA A fundamentação legal da Defensoria Pública está na CF/88, art. 5º, inciso LXXIV, que dispõe: “O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos” (BRASIL, 1988). A Defensoria Pública pode atuar em prol da pessoa física ou da pessoa jurídica. Em 2014, a Emenda Constitucional nº 80 (BRASIL, 2014a) modificou o texto do art. 134 (BRASIL, 1988), sendo de suma importância a leitura atenta do novo dispositivo: A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo‑lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal (BRASIL, 2014a). O ingresso na Defensoria Pública se dá por concurso de provas e títulos. O defensor aprovado e nomeado terá garantida a sua inamovibilidade, mas não terá as garantias da vitaliciedade e redução de subsídios. A instituição está estruturada em Defensoria Pública da União, Defensoria Pública do Distrito Federal e Territórios, e Defensoria Pública dos Estados. A organização de todas é feita por meio de lei complementar. O art. 24 da CF/88 (BRASIL, 1988) determina que é competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal legislar sobre a assistência jurídica e a Defensoria Pública, e a lei, conforme dito, deve ser complementar. A Defensoria Pública tem autonomia funcional e administrativa (poderá propor a sua lei orçamentária). São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional, aplicando‑se também, no que couber, o disposto no art. 93 (BRASIL, 1988) – Estatuto da Magistratura –, e no inciso II do art. 96 (BRASIL, 1988) – autonomia administrativa – da Constituição Federal. 129 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E INSTITUIÇÕES JUDICIÁRIAS A Defensoria Pública da União não tem exclusividade de atuação junto ao STJ, podendo as Defensorias Estaduais também atuarem nesse tribunal. De acordo com o art. 3º do EAOAB: O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). § 1º Exercem atividade de advocacia, sujeitando‑se ao regime desta Lei, além do regime próprio a que se subordinem, os integrantes da Advocacia‑Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional (BRASIL, 1994a). Não obstante, para enquadrar‑se como atividade de advocacia, recente julgado do STJ relatado pelo ministro Herman Benjamin não exige que o Defensor Público seja inscrito nos quadros da OAB, vejamos: [...] a carreira está sujeita a regime próprio e a estatutos específicos; submete‑se à fiscalização disciplinar por órgãos próprios, e não pela OAB; necessitam aprovação prévia em concurso público, sem a qual, ainda que possua inscrição na Ordem, não é possível exercer as funções do cargo, além de não haver necessidade da apresentação de instrumento do mandato em sua atuação (BRASIL, 2018). Resumo Tivemos a oportunidade de estudar as funções essenciais à justiça, que são aquelas imprescindíveis à boa atuação do Poder Judiciário, incluindo a instituição do Ministério Público e a advocacia. O Ministério Público é instituição permanente (não pode ser suprimida por meio de emenda à Constituição), é essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo‑lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. O Ministério Público divide‑se em Ministérios Públicos dos Estados e Ministério Público da União, que, por sua vez, compreende o Ministério Público Federal, do Trabalho, Militar e do Distrito Federal. O ingresso na carreira do Ministério Público se dá mediante concurso público de provas e títulos, sendo requisitos para ingresso na carreira ser 130 Unidade IV brasileiro nato ou naturalizado, ser bacharel em Direito, comprovação do exercício de atividade jurídica por três anos após a conclusão do curso de Direito, estar em regularidade com o serviço militar, ser cidadão, ter integridade física e mental e boa conduta social. As atribuições do Ministério Público estão previstas no art. 129 da CF/88 (BRASIL, 1988), destacando‑se tanto no âmbito penal quanto no âmbito civil. Assim, como ocorre na magistratura, os membros do Ministério Público gozam de algumas garantias constitucionais, como vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios, a fim de garantir sua liberdade de atuação, como também estão sujeitos a algumas vedações constitucionais para garantia da imparcialidade. Quanto à advocacia, tendo em vista que o leigo não domina a sistemática definida por lei para que o exercício da função jurisdicional seja provocado e tenha consequência até uma sentença, nasce a necessidade da função do advogado. Quem é o advogado? É o bacharel em Direito habilitadonos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), sendo requisitos para ingresso na função capacidade civil, diploma ou certidão de graduação em Direito obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada, título de eleitor e quitação do serviço militar – se brasileiro–, aprovação em exame de ordem, não exercer atividade incompatível com a advocacia, idoneidade moral e prestar compromisso perante o Conselho. O exame de ordem é a prova realizada pela OAB para verificar a aptidão do candidato ao exercício da função de advogado. Uma vez regularmente admitido nos quadros da OAB como advogado, ele irá ser sujeito a uma série de direitos e deveres prescritos na legislação constitucional e infraconstitucional, atuando de forma específica em atividades privativas da advocacia: postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais, ressalvadas as exceções legais, assim como as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. Para o exercício da profissão, o advogado poderá participar de uma sociedade de advogados, de uma sociedade unipessoal, ser um advogado empregado ou autônomo. Excetuando‑se o advogado empregado que recebe como pagamento pelos seus serviços o salário, a remuneração do advogado é chamada de honorários advocatícios. A exemplo do que ocorre em outras profissões jurídicas, os advogados também gozam de alguns direitos legalmente assegurados, chamados 131 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E INSTITUIÇÕES JUDICIÁRIAS de prerrogativas, bem como de deveres funcionais, os quais, se violados, poderão ensejar a aplicação de sanções disciplinares, como censura, suspensão, exclusão e multa. Por fim, estudamos a Defensoria Pública, que é instituição permanente (não pode ser suprimida por meio de emenda à Constituição Federal). É essencial à função jurisdicional do Estado, uma vez que participa da relação jurídica processual, representando os interesses dos necessitados (carentes de recursos), cabendo‑lhe a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita. Não obstante, para enquadrar‑se como atividade de advocacia, recente julgado do STJ relatado pelo ministro Herman Benjamin não exige que o Defensor Público seja inscrito nos quadros da OAB. Exercícios Questão 1. No Brasil contemporâneo, alguns cargos se tornaram muito conhecidos e são reiteradamente repetidos pelos órgãos de imprensa em suas notícias. É relevante saber a quem a imprensa se refere e que papel exercem para que possamos compreender melhor os fatos e as decisões adotadas. Assim, os chefes do Ministério Público Estadual e o chefe do Ministério Público Federal são denominados, respectivamente: A) Ministro de Justiça e ministro de Estado. B) Ministro do Supremo Tribunal Federal e ministro do Superior Tribunal de Justiça. C) Chefe do Estado Maior do Ministério Público e procurador‑geral de Justiça. D) Procurador‑geral da República e ministro da Justiça. E) Procurador‑geral de Justiça e procurador‑geral da República. Resposta correta: alternativa E. Análise das alternativas A) Alternativa incorreta. Justificativa: o ministro de Justiça é o responsável pelo Ministério da Justiça e é uma das modalidades de ministro de Estado existentes no Brasil. 132 Unidade IV B) Alternativa incorreta. Justificativa: o ministro do Supremo Tribunal Federal e o ministro do Superior Tribunal de Justiça são os magistrados que foram indicados para esses cargos pelo presidente da República, sabatinados pelo Senado para serem analisados e, quando aprovados, passam a exercer o cargo de ministro até a aposentadoria compulsória. C) Alternativa incorreta. Justificativa: não existe o cargo de chefe do estado maior do Ministério Público e o Procurador‑geral de Justiça é o chefe do Ministério Público Estadual. D) Alternativa incorreta. Justificativa: procurador‑geral da República é o chefe do Ministério Público Federal, e o ministro de Justiça é o responsável pelo Ministério da Justiça, indicado pelo presidente da República para o exercício dessa tarefa política do Poder Executivo federal. E) Alternativa correta. Justificativa: procurador‑geral de Justiça é o chefe do Ministério Público Estadual, e procurador‑geral da República é o chefe do Ministério Público Federal. Questão 2. Catiricataio Pensolumo graduou‑se em Direito e continuou trabalhando no escritório de contabilidade de seus pais na função de gestor financeiro. Certo dia, uma jovem da vizinhança entrou no escritório de contabilidade muito aflita porque havia sido assediada moralmente por seu superior hierárquico no supermercado em que trabalha. Ela estava muito nervosa e queria saber se Pensolumo poderia ajudá‑la, já que ele havia feito o curso de Direito. Ele respondeu que sim, poderia ajudá‑la, mas que não poderia advogar nessa causa porque ele não era ainda advogado, embora fosse bacharel. Orientou‑a, então, a procurar a Defensoria Pública do município para que sua situação jurídica fosse tratada de forma adequada. A solução encontrada pelo bacharel em Direito está: I – Correta, porque só podem pertencer aos quadros da OAB aquele que presta exame ou que comprova o exercício de atividade jurídica por 3 anos consecutivos e de forma ininterrupta. II – Correta, porque a Defensoria Pública é o órgão que garante a efetividade da determinação constitucional de que o Estado deverá prestar assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos. III – Incorreta, porque não sendo inscrito no quadro da OAB não poderia sequer dar orientação, porque isso é vedado expressamente pelo Estatuto da OAB. IV – Correta, porque só podem pertencer aos quadros da OAB os bacharéis que prestem exame e sejam aprovados, além de outras exigências constantes em lei. 133 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E INSTITUIÇÕES JUDICIÁRIAS V – Correta, porque os crimes de assédio devem ser obrigatoriamente avaliados pela Defensoria Pública. Assinale a alternativa correta: A) Apenas I e II. B) Apenas II e IV. C) Apenas III. D) Apenas II e V. E) Apenas IV e V. Resolução desta questão na plataforma. 134 FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 2 LENZA, P. Direito constitucional esquematizado. 22. ed. São Paulo: Saraiva, 2018, p. 800. Disponível em: <http://forumdeconcursos.com/wp‑Esquematizado‑2018.pdf>. Acesso em: 18 jan. 2019. Figura 3 LENZA, P. Direito constitucional esquematizado. 22. ed. São Paulo: Saraiva, 2018, p. 994. REFERÊNCIAS Textuais AZAMBUJA, D. Teoria geral do estado. Porto Alegre: Globo, 2008. BARROSO, L. R. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. BASSO, M. A. Organização do estado brasileiro. São Paulo: Scortecci, 2012. BRASIL. Câmara dos Deputados. Constituição de 1824. Constituição Política do Império do Brasil, elaborada por um Conselho de Estado e outorgada pelo Imperador D. Pedro I, em 25.03.1824. Rio de Janeiro, 1824. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/consti/1824‑1899/ constituicao‑35041‑25‑marco‑1824‑532540‑publicacaooriginal‑14770‑pl.html>. Acesso em: 25 set. 2018. ___. Câmara dos Deputados. O papel das comissões permanentes. Brasília, [s.d.]a. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/atividade‑legislativa/comissoes/comissoes‑permanentes>. Acesso em: 8 jan. 2019. ___. Câmara dos Deputados. Resolução da Câmara dos Deputados nº 17, de 1989. Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Aprova o Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Brasília, 1989. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/rescad/1989/resolucaodacamara dosdeputados‑17‑21‑setembro‑1989‑320110‑norma‑pl.html>. Acesso em: 8 jan. 2019. ___. Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Resolução nº 75, de 12 de maio de 2009. Dispõe sobre os concursos públicos para ingresso na carreira da magistratura em todos os ramos do Poder Judiciário nacional. Brasília, 2009a. Disponível em: <http://www.cnj.jus.br/files/atos_administrativos/resoluo‑n75‑12‑05‑2009‑presidncia.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2019. ___. Presidência da República. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil (24 de fevereiro de 1891). Nós, os representantes do povo brasileiro, reunidos em Congresso Constituinte, para organizar um regime livre e democrático, estabelecemos, decretamos e 135 promulgamos a seguinte. Rio de Janeiro, 1891. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ CCIVIL_03/Constituicao/Constituicao91.htm>. Acesso em: 8 jan. 2019. ___. Presidência da República. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil (de 16 de julho de 1934). Nós, os representantes do povo brasileiro, pondo a nossa confiança em Deus, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para organizar um regime democrático, que assegure à Nação a unidade, a liberdade, a justiça e o bem‑estar social e econômico, decretamos e promulgamos a seguinte. Rio de Janeiro, 1934. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ Constituicao34.htm>. Acesso em: 8 jan. 2019. ___. Presidência da República. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 25 set. 2018. ___. Presidência da República. Decreto nº 1, de 15 de novembro de 1889. Proclama provisoriamente e decreta como forma de governo da Nação Brasileira a República Federativa, e estabelece as normas pelas quais se devem reger os Estados Federais. Rio de Janeiro, 1889. Disponível em: <http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1851‑1899/D0001.htm>. Acesso em: 4 jan. 2019. ___. Presidência da República. Decreto‑lei nº 1.001, de 21 de outubro de 1969. Código Penal Militar. Brasília, 1969. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto‑lei/Del1001.htm>. Acesso em: 14 jan. 2019. ___. Presidência da República. Decreto‑lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Rio de Janeiro, 1940. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940‑1949/ decreto‑lei‑2848‑7‑dezembro‑1940‑412868‑publicacaooriginal‑1‑pe.html>. Acesso em: 8 jan. 2019. ___. Presidência da República. Decreto‑lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Código de Processo Penal. Rio de Janeiro, 1941. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto‑lei/Del3689. htm>. Acesso em: 8 jan. 2019. ___. Presidência da República. Decreto‑lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942. Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. Brasília, 1942. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto‑lei/Del4657.htm>. Acesso em: 9 jan. 2019. ___. Presidência da República. Emenda Constitucional nº 24, de 9 de dezembro de 1999. Altera dispositivos da Constituição Federal pertinentes à representação classistas na Justiça do Trabalho. Brasília, 1999a. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc24.htm>. Acesso em: 10 jan. 2019. ___. Presidência da República. Emenda Constitucional nº 45, de 30 de dezembro de 2004. Altera dispositivos dos arts. 5º, 36, 52, 92, 93, 95, 98, 99, 102, 103, 104, 105, 107, 109, 111, 112, 114, 115, 125, 126, 127, 128, 129, 134 e 168 da Constituição Federal, e acrescenta os arts. 103‑A, 103B, 111‑A e 130‑A, e dá outras providências. Brasília, 2004. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm>. Acesso em: 10 jan. 2019. 136 ___. Presidência da República. Emenda Constitucional nº 73, de 6 de junho de 2013. Cria os Tribunais Regionais Federais da 6ª, 7ª, 8ª e 9ª Regiões. Brasília, 2013a. 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