Buscar

hospitalar final

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RELATÓRIO ACADÊMICO
ESTÁGIO HOSPITALAR
RELATO DE EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO ESPECÍFICO SUPERVISIONADO EM SAÚDE E PSICOLOGIA HOSPITALAR
Aluno: Julia dos Santos Moni
Supervisor: Prof. Dr. Carlos de Paula Portela
Curso de Psicologia
Centro Universitário Santa Fé do Sul (UNIFUNEC)
Santa Fé do Sul-SP
2021
RELATÓRIO ACADÊMICO
ESTÁGIO HOSPITALAR
RELATO DE EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO ESPECÍFICO SUPERVISIONADO EM SAÚDE E PSICOLOGIA HOSPITALAR
Relato de Experiência do Estágio Específico Supervisionado, como pré-requisito necessário para a conclusão da disciplina de Estágio Específico Supervisionado em Psicologia Hospitalar I, do Curso de Psicologia, sob a supervisão do Professor Dr. Carlos Portela.
Santa Fé do Sul-SP
2021
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO	5
2 – OBJETIVOS	
3 – METODOLOGIA	
4 – REFERENCIAL TEÓRICO	
4.1 O processo de hospitalização: resenha do filme “Solitário Anônimo”	
4.2 A humanização no contexto da Psicologia Hospitalar 	
4.3 A Psicossomática e a saúde	
5 – CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO	
5.1 História, unidades, programas e projetos comunitários para atendimento à saúde	
5.2 Estrutura e Setores de atendimento	
6 – ATENDIMENTOS E EMBASAMENTO TEÓRICO DOS CASOS
7 – CONSIDERAÇÕES FINAIS	
8 - REFERÊNCIAS 	
ANEXOS	
1 INTRODUÇÃO
Este relatório tem o objetivo de mostrar o trabalho desenvolvido no campo de estágio da Psicologia Hospitalar. O graduando realizou o estágio no Hospital Irmandade das Santas Casas de Misericórdia de Santa Fé do Sul. O estagiário fundamentou-se em teorias sistemáticas, sugeridas nas supervisões de estágio, alcançando sua capacitação através de conhecimentos e procedimentos no estágio de Psicologia hospitalar, indispensáveis para sua qualificação.
Dessa maneira, atingiram-se os objetivos propostos pelo estágio que proporcionou ao graduando a compreensão da dinâmica das ações desenvolvidas pelos diferentes profissionais nos hospitais, incluindo o psicólogo, bem como proporcionou o entendimento da Psicologia hospitalar. 	
A prática do estágio em Psicologia hospitalar é um meio muito importante para o graduando conhecer e se inserir no campo de trabalho. O estágio foi dividido em duas partes, uma teórica e a outra prática. A parte teórica foi composta de supervisões com sugestões de leituras e discussões de textos e teorias relacionadas à cada caso atendido na área hospitalar. A parte prática foi composta de observação e intervenção em pacientes sob a óptica da Psicologia Hospitalar. O estagiário na área de psicologia hospitalar deve desenvolver competências e habilidades básicas específicas para atuar como um profissional qualificado. A Psicologia Hospitalar acolhe o sofrimento do paciente, bem como os aspectos psicossomáticos existentes em toda e qualquer doença.
A finalidade da Psicologia hospitalar é ajudar o paciente a atravessar a experiência do adoecimento. Geralmente a doença chega como um susto, desorganizando completamente a vida do paciente e de seus familiares. Assim sendo, o psicólogo se propõe, com sua escuta e acolhimento, a ajudar o paciente a encontrar uma resposta para esses acontecimentos e diminuir seu sofrimento causado pela hospitalização e/ou pelas sequelas emocionais dos procedimentos médicos. Enquanto a medicina objetiva curar a doença, a psicologia hospitalar busca reposicionar o sujeito em relação à saúde e à sua doença.
Portanto, neste relatório serão abordados os processos que ocorrem nessa instituição denominada Santa Casa de Misericórdia de Santa Fé do Sul, que é uma entidade filantrópica, mantida através de doações que chegam pela própria sociedade civil ou pelas esferas municipais, estaduais e federais, através de verbas. Ela é composta pelos mais diversos setores que vão desde equipes multiprofissionais até serviços gerais. A carga horária nessa instituição foi de 20 horas semanais, sendo 10 horas de atendimento e 10 horas de supervisão.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Realizar atendimento psicológico em unidades de saúde.
2.2 Objetivos específicos
2.2.1 Amenizar o sofrimento causado pela doença e/ou hospitalização ao paciente e seus acompanhantes.
2.2.2 Dar apoio emocional aos pacientes e a família, bem como aos profissionais da instituição de saúde.
2.2.3 Oferecer atendimento breve e focalizado, empregando, quando possível, técnicas psicológicas apropriadas a cada caso.
3 METODOLOGIA
Para atingir os objetivos propostos, o graduando atuou na Santa Casa de Santa Fé do Sul , onde foram feitos atendimentos psicológicos na forma de acolhimento, privilegiando a escuta de aspectos emocionais e vivências individuais dos pacientes e/ou de seus familiares, trazendo humanização ao atendimento institucional. Também foram realizados atendimentos Online, mediante a demanda de instituições conveniadas com a UniFunec, nas quais foram feitos acolhimentos individuais de funcionários interessados pelo serviço de atendimento psicológico.
Foi utilizada também uma supervisão sistemática em forma discussões e orientações de leituras sobre cada caso apresentado para demonstrar a atuação do psicólogo na área da saúde, através da confecção de um relatório, contendo observações clínicas sobre aspectos emocionais e dinâmicas psicológicas em discursos e comportamentos não verbais dos casos atendidos.
4 REFERENCIAL TEÓRICO 
4 – REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 O processo de hospitalização: resenha do filme “Solitário Anônimo”
O documentário nos apresenta o indivíduo "solitário anônimo", senhor de idade avançada o qual mediante condição extrema de magreza, a definha, chega ao hospital por decisão judicial.
Ao iniciar o atendimento, a equipe se depara com a resistência do homem, o qual assume se nega a se alimentar e se hidratar de livre e espontânea vontade, então ao ser inserida uma sonda gástrica para sua alimentação forçada, o homem se rebela, pedindo para que seja deixado em paz, que o deixem morrer em paz.
O comportamento do homem, surpreende a equipe hospitalar, visto que este se mostra extremamente instruído, com conhecimento em diversas áreas, usando até mesmo de questões legais para defender sua vontade e seu direito de morrer.
Na tentativa de criar vínculo com o indivíduo, as conversas se estenderem ao saber de sua vida e seus pensamentos sobre ela, o homem que decidiu romper todos os vínculos com a família e até mesmo com sua própria identidade, compreende que o familiar nos condiciona e nos prende, que só somos livres sozinhos, o passado é "um monte de lixo", o presente a única coisa real e o futuro "uma hipótese".
Para o homem, o morrer não é algo doloroso ou penoso, é uma escolha, "a morte é surpreendente".
O documentário, em todas as suas falas, nos mostra como o ser humano em toda sua particularidade, experiências e vivências, vê a vida e o findar dela, e ainda assim, nos mostra que a mudança é possível até o último instante.
4.2 A humanização no contexto da Psicologia Hospitalar 
Há muitos fatores envolvidos no que se relaciona a psicologia hospitalar, quando não há mais a esperança de uma cura, uma melhora médica, devemos então nos prender e trabalhar com o paciente a esperança e a vontade de viver, como ele quer seguir o tempo que lhe resta, quais são seus desejos para dali a vida só se finda na morte, até esse momento chegar, há sempre muita possibilidade de se trabalhar o indivíduo.
Ao nos depararmos com um paciente com propensão ao suicídio, devemos nos atentar a diversos fatores, o fato deste pensar em tirar a própria vida, não o torna um suicida propriamente dito, o risco está na junção de fatores, pensamento, planejamento e possibilidade, quando esses se mostram presentes devemos imediatamente comunicar a equipe de cuidados desse paciente, a qual engloba, médicos, enfermeiras e a família e ou cuidador. Para nós, psicólogos, fica a responsabilidade de acompanhar a miúde o desenvolvimento do quadro desse paciente, tanto a caminho da remissão desses pensamentos suicidas, quanto para um agravamento, a partir de reavaliação frequente do paciente.
Ao trabalhar, com a doença, a possibilidade da morte,o desgaste da perda, o psicólogo hospitalar aproxima-se muito das crenças dos pacientes. A religião nesse caso, deve e pode ser usada até como ferramenta para auxiliar o indivíduo, sempre respeitando os princípios da psicologia, e apoiando-se naqueles que estão ali no ambiente hospitalar para apoiar nessas questões.
A solicitação do acompanhamento psicológico nem sempre é feita pelo paciente, em sua maioria ocorre por parte da equipe médica, dos enfermeiros e da família do indivíduo, sendo assim, pode sempre haver um receio, e até mesmo negação ao atendimento, por parte do paciente, que deve ser sempre respeitado, afinal não se pode obrigar o indivíduo a realizar psicoterapia. No entanto, há ferramentas que eu posso utilizar para proporcionar uma proximidade desse indivíduo, e possibilitar uma dissolução do estigma instaurado acerca do que envolve o atendimento psicológico. Conversar, deixar o indivíduo à luz do que está ocorrendo e preocupando os solicitantes, explicar os "porquês" e os "para que” do atendimento psicológico, são atitudes que podem possibilitar uma adesão por parte do paciente.
Quando o paciente não fala, por questões físicas ou por vontade própria, fica a cargo do psicólogo essa função, falar, seja sobre o paciente, para o paciente. O psicólogo deve sempre buscar alternativas de comunicação com os pacientes, por meio de gestos e até mesmo escrita. o psicólogo deve apropriar-se estratégias da palavra, comunicando o paciente sobre o que está acontecendo, sobre a preocupação e o carinho dos seus, o andamento do tratamento, acalmando e acolhendo. quando o mutismo é voluntário, deve-se sempre pensar em sua causa, rebeldia, depressão, indiferença, muitos podem ser os fatores, mas devemos lembrar nos sempre de respeitar o espaço e a vontade do paciente.
Ao chegar em um diagnóstico incurável, nos deparamos com a tarefa de comunicar a esse paciente e seus familiares, tarefa essa eu não sou fácil para nenhuma das partes, algumas estratégias podem ser usadas para tal. Apesar de uma grande maioria dos pacientes preferir saber a verdade, a equipe deve estar preparada para lidar com aqueles que não desejam saber nada sobre seu diagnóstico, muito mais importante do que a questão de contar ou não ao paciente está o “como contar?”É preciso que a atitude do psicólogo ou do médico seja leve, que o paciente se sinta acolhido e não abandonado.
Quando a doença avança, tomando a vida, outra medicina entra em ação, a paliativa, pois mesmo que não haja o que fazer pela cura ainda há o que fazer pelo paciente. A partir de um tratamento individualizado, o cuidado e o conhecimento profundo sobre o indivíduo, podendo então proporcionar uma morte digna, livre de dor, resolvendo conflitos interpessoais, realizando desejos...
Pronto Socorro é um ambiente hospitalar direcionado ao tratamento das emergências médicas, agrega crianças, adolescentes, adultos e idosos, e é considerado o lugar das imprevisibilidades, 
Quando o psicólogo é chamado para intervir, o risco de vida mais imediato, em princípio, já foi controlado e por isto o psicólogo não deve entrar em ritmo de 
agitação e correria, tão típico do sala de emergência 
Muitas crises se diluem o u diminuem quando contemos a angústia de que 
nos chama, quando cuidamos de quem solicita o atendimento, e não do paciente que foi referido como foco do problema.
No pronto atendimento a situação que mais demanda atenção é a histeria, o pânico e a ansiedade desenfreada, o que causa agitação no ambiente, por conta desses acontecimentos o psicólogo será chamado ao pronto socorro.
Primeiramente é preciso compreender essa histeria que se instaura momentaneamente ali, compreender o quadro clínico, a fim de resolver a crise atual e facilitar a aderência do paciente ao tratamento ambulatorial, a partir da escuta continente, anamnese dirigida, explicação e esclarecimento e em alguns casos medicamento e encaminhamento.
A uti, unidade de terapia intensiva é onde se encontram os pacientes mais agravados o que demanda um desempenho rápido e preciso, com maior eficiência da equipe. A estratégia do psicólogo na uti é proporcionar canais de escape para toda essa tensão, atendendo desde o paciente até realizando a escuta da equipe médica e familiares.
As características da uti favorecem o surgimento de sintomas patológicos, o atendimento psicológico fornece ao paciente estímulo psíquico, visual, oferece orientação temporal, orienta e traz informações do mundo exterior ao paciente.
A sexualidade não é um fator muito referenciado no estudo da psicologia hospitalar, mesmo que seja na maioria das vezes modificada sob o impacto da doença, não é discutida entre os profissionais. O psicólogo precisa estar atento e aberto para conversar sobre com o paciente caso seja mencionado.
Um dos motivos do sucesso da psicologia hospitalar é que precisa de muito pouco para funcionar, pasta um paciente aberto ao diálogo e um psicólogo disposto a ouvir, o setting não é mais um espaço real, e sim um espaço psíquico.
O período da tarde é o horário mais propício para o atendimento psicológico, pois por geralmente é o período mais tranquilo na rotina hospitalar, mas como nem sempre é possível, cabe ao psicólogo aprender a atender em meio a todas as atividades, criando condições adequadas de silêncio e privacidade.
A duração do atendimento é bastante irregular, determinado na sua maioria pelas condições clínicas do paciente, apontando para uma estratégia de atendimento “aqui agora”.
O que determina o fim do tratamento é a cessação da demanda, quando a condição que se iniciou o tratamento, o problema, a queixa, se esvazia o trabalho está concluído a prática o trabalho do psicólogo hospitalar é geralmente interrompido, pois não tem como objetivo levar o paciente a uma psicoterapia mais prolongada.
4.3 A Psicossomática e a saúde
Foi na relação médico paciente que a psicanálise e a psicossomática tiveram sua maior contribuição, é no cerne dessa relação que as práticas se aplicam. A prática médica se aplica à união da capacidade técnica junto ao vínculo relacional, e é dos mecanismos mentais dessa relação que se pode compreender o vínculo.
O paciente é aquele que traz o conteúdo sobre a doença, seja este real ou irreal, traz consigo a fantasia acerca do sintoma, estas que estão referidamente associadas com a personalidade, as experiências e vivências do indivíduo, valores e concepções. A enfermidade causa no paciente a ansiedade, a qual mobiliza mecanismos de defesa que podem ajudar ou não na diminuição desses sintomas ansiosos, a negação dos sintomas, ou a racionalização deles.
O paciente também traz consigo expectativas em relação ao médico e ao tratamento, debruçando sobre ele a fantasia de super-humano, a obrigação de resolver os problemas, de suprimir as necessidades e esclarecer. Muitas dessas fantasias têm como fruto de conteúdos transversais, do modo organizacional desse indivíduo, a forma como este vê a doença, de forma proveitosa, como forma de ganhar algo, ou apenas como algo prejudicial a si.
A pessoa do médico, no entanto apresenta-se inicialmente como alguém soberano, detentor do saber e d status proporcionado pela medicina, no entanto com o acesso mais pluralizado, esse cenário sofreu modificações, retirando o médico desse pedestal imaginário e colocando-os mais próximos aos pacientes, não são mais intocáveis e inquestionáveis.
Essa situação coloca o médico em um local de frustração, sofrendo uma crise ideológica, o que acaba muitas vezes por afastar seu lado humano do profissional.ao tentar enfrentar essa crise pessoal e profissional se afasta do indivíduo.
O contexto psicológico da estrutura hospitalar, se inicia ao analisarmos o processo de internação, as barreiras psicossociais para a execução de tratamentos, dificuldades para leitos hospitalares...
Ao serem internados, os pacientes passam por uma crise identitária, com a mudança ambiental, trajes, números, sentem-se agora como “apenas mais um doente”, essa crise pode ser persistente ou passageira depende do nível de autonomiado paciente e do hospital. As relações humanas no tratamento com esse indivíduo são fator de diminuição dessa ansiedade, causada até mesmo pela organização do espaço físico das enfermarias, as quais muitas vezes tiram inclusive a privacidade do indivíduo, podendo causar fantasias persecutórias.
5 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL 
5.1 Aspectos históricos (exemplo da Santa Casa)
A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Santa Fé do Sul é uma entidade filantrópica, criada graças ao empenho dos moradores da cidade e da região de Santa Fé. De fato, um grupo de cidadãos santa-fé-sulenses, sob a liderança da Igreja Católica na figura do Padre Afonso, fundou a entidade na data de 13 de fevereiro de 1966.
Os recursos para a construção da Santa Casa foram provenientes de um programa de auditório da TV Tupi, intitulado “cidade contra cidade”, cujo prêmio aos vencedores eram verbas para aquisição de terrenos, prédios, bens hospitalares ou voltados para a saúde. A premiação contou com a parceria da Rádio Dinâmica Santa Fé, da Administração Municipal e de setores da comunidade. Para a participação no referido programa de auditório, partiu para São Paulo uma comitiva que entraria em disputa contra a cidade de Frutal-MG. A comitiva de Santa Fé logrou êxito na disputa e foi vitoriosa, recebendo como prêmio $32 Contos de Réis para o município, o que foi o pontapé inicial para a concretização da construção da instituição.
O primeiro provedor eleito foi o Sr Jerônimo de Paula, tendo como diretor clínico o Dr. Celso Xavier é um corpo clínico formado por mais quatro médicos que eram os Drs. Flavio Magno de Menezes Guimarães, Nelson Coutinho Souto, Helvécio Botelho Siqueira e Jurandir Rezende de Carvalho, iniciando-se assim uma sociedade civil beneficente de fins não lucrativos, dedicada ao exercício da caridade, abrigando e socorrendo enfermos.
Desde sua constituição, historicamente as Irmandades das Santas Casas de Misericórdia objetivaram a abnegação pelo próximo, oferecendo e proporcionando a prestação de serviços médicos e hospitalares de natureza filantrópica, a todos aqueles que buscam sua ajuda.
Entre estas, a Santa Casa de Misericórdia de Santa Fé do Sul, criada no dia 13 de fevereiro de 1966, é uma militante ostensiva no papel de recepção e atendimento com gratuidade às pessoas da cidade e região, exercitando sua missão pia do não abandono aos que dela necessitam.
Dificuldades sempre existiram neste ínterim, cabendo a Instituição, em face destas, a ter a persistência necessária para proporcionar ao paciente a estrutura possível, com o cuidado e atenção que lhe é garantido pela Constituição Brasileira. Tem-se que o empenhando nesta conduta não é só apenas pela força coercitiva do preceito constitucional, que é latente, mas, pela sensibilidade humana que deve existir em qualquer cidadão, principalmente em nós, da área da saúde, que lidamos hodiernamente com pessoas que estão fragilizadas ao extremo pela enfermidade que eventualmente sofram; momento que o termo falhar deve ser posto apartado, e o nosso dever é prover o melhor atendimento, mesmo quando o valor remunerado pelo SUS não compatibilize com este, no reembolso dos custos.
Não esmorecendo pela realidade crítica financeira que, por vezes, algema o hospital frente ao cumprimento do seu dever de assistência digna aos pacientes, a atual Mesa Administrativa buscou auxílio em todas as esferas, Municipal, estadual e Federal, além do chamamento ao sentimento solidário dos munícipes Santa-fé-sulenses, que, com a participação em promoções realizadas pela Instituição, provam o grau de conscientização pela nossa causa.
	
5.2 Estrutura e Setores de atendimento (exemplo da Santa Casa)
Durante a apresentação geral da instituição verificou-se que a estrutura física do hospital apresenta os seguintes setores: Lavanderia e Esterilização, Cantina, Sala de descanso dos profissionais plantonistas, setores de exames específicos (Raio X, ressonância etc.) UTI, Setor de Isolamento, Ala 2 (ambulatório), Sala 3 (centro cirúrgico), Triagem da Enfermaria, Emergência, Pronto Atendimento, Administração, Necrotério e por último a Obstetrícia/Maternidade.
Os alunos entenderam que alguns setores eram direcionados à comunidade em geral (atendimento SUS) onde seriam realizados os atendimentos psicológicos, enquanto outros setores eram restritos aos pacientes de convênios particulares, setores estes nos quais os alunos não deveriam, a priori, adentrar para oferecer atendimento psicológico, sem a expressa autorização da instituição.
6 ATENDIMENTOS E EMBASAMENTO TEÓRICO DOS CASOS
Os atendimentos foram realizados no formato presencial, prezando pelo acolhimento do indivíduo que procurou pelos serviços. Os encontros ocorreram na Clínica de Psicologia da UNIFUNEC, de forma individual, com duração média de 40 minutos cada encontro.
1º Encontro Paciente “R”:
No primeiro encontro com a paciente “R”, foi realizado o acolhimento, disponibilizando a esta que se apresentasse, falasse sobre o que a afligia e os motivos que a levaram a buscar o acolhimento psicológico.
A paciente em questão, trata-se de uma profissional cuidadora na instituição “Casa Lar”, sendo essa um serviço de acolhimento institucional para crianças e adolescentes em situação de risco, as quais são levadas para morar periodicamente nessa instituição e são cuidadas por esse funcionários, que ocupam o papel de “pais”, zelando pelo bem estar, educação, desenvolvimento, recuperação e boa relação dessas crianças institucionalizadas. Desta forma, “R” assumia então em seu emprego, a função de cuidar dessas crianças durante o turno da noite, assim esta deixava seu lar para passar as noites sem muito conforto, vigiando esses jovens "problema''.
A queixa que a paciente trouxe no primeiro encontro, circulava entre o desconforto e a insalubridade de sua função, visto que esta passava noites em claro, sem muito conforto, e a dificuldade de lidar com as crianças, as quais ela julgava mal educadas, ingratas, e segundo a mesma futuros meliantes.
Mediante a fala de “R”, trabalhamos o desconforto dela e os sentimento que permeiam essa sensação, a partir do pressuposto da auto regulação de Rogers, buscamos compreender juntas dentro das falas de “R” quais os caminhos poderia seguir para adaptar-se a essa realidade que lhe foi proposta e aceita por ela. A partir desse movimento que encorajamos no acolhimento, pudemos oferecer ao paciente ferramentas para lidar com os sentimentos de frustração e desconforto ao qual ela estava vivenciando.
2º Encontro Paciente “R”:
No segundo encontro "E" já se montou bastante habituada a sua nova realidade, a demanda trazida por ela agora estava mais ligada a si mesma e a suas capacidades no trabalho. A queixa estava agora focada em suas ações e na falta de apoio por parte de seus chefes e coordenadores.
Segundo “R”, o fato de ela relatar fielmente os acontecimentos no seu turno, fez-se parecer que apenas quando ela está na função ocorrem problemas entre os internos, no entanto segundo ela, o que ocorre é que os demais funcionários, "maquiam" suas documentações para que não tenham maiores problemas e mais trabalho.
Tais acontecimentos tem a deixado bastante revoltada, pois a mesma se sente “de mão atadas” e não consegue executar suas funções devido aos demais e ao próprio sistema.
A partir das falas de “R”, foi possível notar que sua insatisfação e revolta se dava pois os acontecimentos estavam indo de encontro com sua índole e caráter, desta forma, afetando diretamente sua autoestima, assim, trabalhamos a necessidade dela de ser aceita e validada pelo outro em suas atitudes, e o que isso significa para ela.
A partir da percepção de que a validação do outro não tem tanto valor para ela, visto que “R” conseguiu perceber que para ela, o que mais importava e pesava para sua autoestima era sua própria validação, possibilitou-se então que “R” rompesse com essa estrutura de aceitação externa, fortalecendo assim suas estruturas de identificação consigo mesma.
Acolhimentos realizados na Santa Casa de Santa Fé do Sul.Descrição: Paciente S., homem, 64 anos, fratura femoral devido a atropelamento.
No momento do acolhimentoo o paciente se encontrava lucido e em condições de manter u diálogo, no entando resistente a ele. O paciente verbalizou estar se sentindo bem, apesar das dores e da incerteza unto a se caso, visto que segundo ele houveram algumas falhas méicas no seu caso, desta forma causando um certo nivel de ansiedade.
Uma questão que foi possível perceber nas falas de S. foi a solidão que estava sentindo com a internação, visto que ele estava sem acompanhantes e já estava a dois dias aguardando a chegada do filho que prometeu ir acompanhá-lo
Ao realizar o acolhimento, validei seus sentimentos e procurei acalma-lo sobre as incertezas, pedi que ele tirasse todas as duvids ue tem com a equipe medica, para assim ter maioir conhecimento sobre o processo de recuperação, diminuindo sua ansiedade.
O acidente do S. foi causado por uma imprudencia no transito, no entanto, S. verbalizou que no momento de seu atropelamento ele se encontrava em estado de embreagues, sabe se que o alcool afeta diretamente nossa percepção, há uma distorção da percepção, a capacidade de discernimento é perturbada, a concentração diminui. Alem de afetar todo o organismo, quando há o consumo prolongado , Segundo Seitz, isso pode ter consequências significativas, como pancreatite aguda. "Pense em tipos de câncer, tumores da cavidade oral, faringe, laringe, esôfago, mas também câncer de fígado ou de mama. Muitas vezes se esquece que o álcool é um fator de risco para o câncer de mama em mulheres e também para o câncer de cólon."
Além da dependência física, o alcoolista também pode desenvolver dependência psicológica ao álcool. A falsa crença de que a bebida acabará com as emoções ruins e as frustrações, reduzirá sensações de ansiedade e ajudará a resolver problemas do cotidiano, nutre o desejo do indivíduo de continuar ingerindo quantidades cada vez maiores de álcool. Em vista disso, vários transtornos depressivos, de ansiedade ou alimentar, por exemplo, podem estar relacionados ao uso excessivo do álcool.
O tratamento psicológico pode auxiliar na conscientização dos efeitos nocivos do álcool e na compreensão de sentimentos e comportamentos associados à manutenção da dependência, assim como nos transtornos associados. O objetivo do tratamento é sanar os prejuízos causados no desenvolvimento das habilidades cognitivas, comportamentais e emocionais, por meio da psicoterapia (individual, grupal e/ou familiar).
A psicoterapia ajuda o alcoolista a aprender a desenvolver hábitos de vida mais saudáveis, auxiliando na prevenção de recaídas, na busca da resolução de problemas e a manter o autocontrole e a motivação para continuar vivendo sem o uso do álcool. Outra parte importante do tratamento é a presença constante da família.
A família é o principal alicerce na vida de alguém e não é diferente no tratamento do alcoolismo. Muitos familiares acreditam que não podem ajudar ou que já fizeram o bastante para que seu ente querido saia do alcoolismo. Sentimentos de medo, raiva, culpa ou rejeição são comuns em familiares que desconhecem o problema. Por essa razão, informar, orientar e apoiar também os familiares do alcoolista é de suma importância e deve fazer parte do tratamento. 
Descrição: Paciente B., Mulher, 75 anos, Problemas vascular.
A paciente se encontrava no Pronto Atendimento, aguardando avaliação medica para encaminhamento para a Unidade de São José do Rio Preto.
Paciente com alzheimer, no momento do acolhimento estava lúcida, comunicativa e consciente de toda a situação, compreendia o que estava acontecendo e o processo realizado ali no momento. A filha, acompanhante de B. estava se sentindo confiante sobre o atendimento, verbalizou ja ter se costumado com a situação hospitalar, que com o tempo e a condição da mã se tornou bastante costumeira para a familia.
A Doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa e progressiva, que acomete principalmente idosos acima de 60 anos e raros casos dos 50 aos 60 anos. Essa doença acomete também os familiares, que pela falta de informação e suporte psicológico, entram em um sofrimento profundo e diário. As dificuldades com a memória e as alterações comportamentais advindas da doença, faz com que os pacientes sejam ansiosos e repetitivos. Estes sintomas em um passado não muito distante eram considerados intrínsecos ao processo de envelhecimento, a Psicologia, dentro dos seus vários olhares sobre o ser humano, atuará dentro deste contexto de mudanças biopsicossociais, em dois parâmetros de atendimento: Atendimento ao paciente com Alzheimer e atendimento ao familiar e cuidador.
Com o paciente, no momento inicial da doença, o psicólogo ajudará a atribuir significados para este momento de sua vida, trabalhará com seus medos e outros sentimentos que surgirão frente à doença e ajudará a re-significar as histórias do paciente, realizando a manutenção de sua identidade.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
8 REFERÊNCIAS
BENEVIDES, R.; PASSOS, E. A humanização como dimensão pública das políticas de saúde. Ciência & Saúde Coletiva 10(3): 561-571. 2005.
BRANDÃO, L. A Psicologia no tratamento do alcoolismo. Bahia. Escola de Medicina e Saúde Pública. 2015.
KAPLAN, H. I. & SADOCK, B.J. Compêndio de psiquiatria dinâmica. Porto alegre: Artes Médicas, 1999.
LIMA, Juliane Silveira. Envelhecimento, demência e doença de Alzheimer: o que a psicologia tem a ver com isso. Revista de Ciências Humanas, Florianópolis.2019
MELLO-FILHO, J. Concepção Psicossomática: Visão atual. 2. ed. Rio de janeiro: Tempo Brasileiro, 1979.
SEITZ, H. Alcohol in health and disease. 1. ed. Nova York. 2001
 ANÔNIMO. Direção de Debora Diniz. Goiânia, 2007. Produção disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=uTZEDtx8noU> Acesso em: 20 fev. 2020.
Anexos

Outros materiais