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• O útero possui um colo revestido externamente pela ectocérvice e internamente pela endocérvice, um corpo e uma cavidade uterina revestida por endométrio • A endocérvice é uma superfície mucosa, lisa e geralmente rósea e com um orifício central chamado de orifício externo • O útero tem total relação com a bexiga e com o reto. É importante saber disso porque muitas patologias do útero podem estar associadas ou ter repercussão nesses órgãos adjacentes • Ectocérvice: revestido por epitélio pluriestratificado escamoso • Endocérvice: revestido por epitélio colunar simples • Junção escamo-colunar (JEC): junção desses dois epitélios Cervicites • Diagnóstico clínico • Frequentemente associadas à leucorreia (corrimento vaginal espesso) • Exame: colposcopia, citologia, biópsia (diagnóstico diferencial) e a cultura (agente etiológico) • O processo inflamatório decorre de uma ação vascular, portanto, a hiperemia está relacionada com o aumento da vascularização o Cervicite aguda: relacionada a processos de aborto, caracteriza-se pela presença de exsudato neutrofílico predominante no córion o Cervicite crônica: infiltrado inflamatório linfomononuclear, erosões, ulcerações, cisto de Naboth (glândula endocervical dilatada e preenchida por muco) o Metaplasia escamosa: ocorre substituição das células colunares por epitélio estratificado escamoso • Muito incomum que se faça um corte histológico de qualquer colo uterino e não se encontre nenhum infiltrado linfocitário • Etiologia o Candida albicans: fungo leveduriforme que se prolifera quando há uma desequilíbrio da flora vaginal. As situações que alteram o pH vaginal e favorecem essa proliferação são a gestação, diabetes descompensado, uso de contraceptivos orais, uso de antibióticos, uso de corticoides, imunossupressão e hábitos de higiene e vestuário inadequado ▪ Clínica: leucorreia, esbranquiçada, leitosa e inodora associada a prurido e ardor genital, imunossupressão e hábitos de higiene e vestuário inadequado ▪ Clínica: leucorreia, esbranquiçada, leitosa e inodora associada a prurido e ardor genital, podem causar dispareunia e disúria ▪ Exame: papanicolaou o Trichomonas vaginalis: protozoário que geralmente causa uma leucorreia amarelo-esverdeada, fétida e abundante, associada a prurido e ardor genital ▪ Provoca um pontilhado avermelhado difuso que é chamado de “colo em framboesa” ▪ Transmitida por via sexual (IST) ▪ Microscopia: célula corada em róseo com diversos protozoários a sua volta ▪ Exame: papanicolaou o Gardnerella vaginalis: bactéria cuja transmissão se dá por via sexual. Infecção chamada de vaginose bacteriana ▪ Clínica: leucorreia acinzentada com odor de peixe ▪ Microscopia: pequenos grânulos azuis que circundam suscitam uma resposta inflamatória importante o Herpes vírus: HSV2 (herpes genital) e HSV1 (herpes oral). Infecção sexualmente transmissível ▪ Clínica: lesão ulcerada extensa no colo, vagina e/ou vulva, associada a dor e prurido ▪ Microscopia: presença de células multinucleadas chamadas de Células de Tzanck o Tuberculose: infecção pelo Mycobacterium tuberculosis também pode ocorrer no colo uterino de forma secundária à salpingite tuberculose ou provocando essa salpingite ▪ Microscopia: presença de granulomas com células gigantes de Langhans e necrose caseosa ▪ Causa importante de infertilidade o Actinomicose: causada pela bactéria Actinomyces israelii, comum em pacientes com DIU ▪ Microscopia: observa-se grânulos sulfúricos cercados de neutrófilos • Tratamento: antibioticoterapia específica, prevenção da transmissão sexual, prevenção da reinfecção e tratamento do parceiro no caso das ISTs • Processos hiperplásicos que podem ser decorrentes de estimulação hormonal ou como uma reação a um estímulo agressivo • Condição comum que se caracteriza por lesões sobrelevadas que podem ser sésseis ou pediculadas e podem se exteriorizar através do orifício externo do colo uterino • Raramente apresentam transformação para neoplasia • Quando pequenos e localizados dentro do canal cervical normalmente são assintomáticos • Microscopia: observa-se a mucosa endocervical formando uma projeção revestida por epitélio colunar simples • O câncer de colo uterino é o 3º tumor maligno mais frequente na população feminina, ficando atrás apenas dos cânceres de mama e colorretal. É a 4ª maior causa de morte de mulheres por câncer no Brasil Infecção por HPV • É uma infecção latente no mundo e que frequentemente ocorre entre a coitarca e os 30 anos, com pico de incidência aos 25 anos • Acredita-se estar presente em 75-80% das mulheres sexualmente ativas • Existem mais de 200 tipos de HPV conhecidos, mas apenas alguns são oncogênicos • Possui genes early (encarregados pela replicação do DNA viral, controle da transcrição e replicação, maturação do vírus, alteração da matriz intracelular e estímulo da proliferação e transformação celular) e genes late (coficicam as proteínas principais e secundárias do capsídeo) • É encontrado em 80% dos casos de câncer de colo uterino o Subtipos: dividos em grupo A (compreende os tipos de baixo risco – 6, 11, 42, 43 e 44) e grupo B (compreende os tipos de alto risco – 16, 18, 31, 33, 45, 58 e 70) o Macroscopia: grupo A possui lesões sobrelevadas, granulosas, espiculadas e que são chamadas de condiloma acuminado; grupo B possui lesões planas, esbranquiçadas o Microscopia: núcleos aumentados, por vezes binucleados e com espaços claros perinucleares – essas atipias coilocitóticas permitem afirmar o diagnóstico de lesão por HPV. Podem existir também núcleos envoltos por um halo claro, chamado de coilocitose • História natural do HPV: na fase de iniciação da carcinogênese o vírus agride, penetra na célula e altera o seu genoma, é uma fase rápida e irreversível. A infecção por HPV resulta em uma lesão, mas a partir da ocorrência de outros fatores promotores (cigarro, parceiros sexuais, coitarca precoce, DST e deficiências nutricionais) e na dependência do tipo de HPV envolvido, ocorre persistência viral e crescimento da lesão, o que suscita uma resposta imune do hospedeiro. À medida que ocorre a infecção do epitélio, o vírus começa a se multiplicar dentro da célula e provoca alterações na porção inferior do epitélio que caso não tratadas, passam a comprometer até a metade do epitélio e, posteriormente, toda a espessura epitelial. Após 10 anos pode ocorrer invasão, em que a lesão deixa de ser restrita ao epitélio e passa a ser o câncer propriamente dito • Lesões intra-epiteliais: presença de coilócitos (halos peri-nucleares), alterações na arquitetura da porção inferior do epitélio, núcleos hipercorados e hiperplásicos • Técnicas de detecção do HPV: imuno-histoquímica (identifica a presença do HPV), hibridização in situ e PCR (qualificam o HPV e identificam seu subtipo) • Classificação das lesões: por Papanicolaou o Classe I – histologia normal o Classe II – citologia inflamatória o Classe III – citologia suspeita o Classe IV – citologia fortemente suspeita o Classe V – presença de neoplasia • Classificação das lesões: por Reagan o NIC I – displasia leve o NIC 2 – displasia moderada o NIC 3 – displasia grave ou carcinoma in situ o NIC 3 – displasia grave ou carcinoma in situ • Classificação das lesões: por Sistema de Bethesda (atualmente utilizado) o Citologia normal o Atipias inflamatórias o Lesão intra-epitelial de baixo grau (NIC 1) o Lesão intra-epitelial de alto grau (NIC 2 e NIC 3 ou carcinoma in situ) o Carcinoma invasivo propriamente dito • Interpretação do exame citológico: deve-se observar o tipo de amostra (convencional ou em meio líquido),fazer avaliação pré-analítica, analisar a adequabilidade da amostra e fornecer o diagnóstico descritivo das lesões. Esse exame permite a observaão de células planas (epitélio pluriestratificado escamoso) e células colunares, a presença dessas células é que determina se a citologia é satisfatória e adequada para avaliação Carcinoma microinvasivo • Microscopia: área circular com “linguetas” do epitélio infiltrando o córion adjacente • Profundidade de até 5mm e extensão de até 7mm sem confluência de focos • Diagnóstico feito através do exame histológico Carcinoma invasivo • Carcinoma de células escamosas: também chamado de carcinoma epidermoide ou espinocelular, faixa etária predominante é acima dos 40 anos • Lesão infiltrativa da ectocérvice Carcinoma espinocelular, epidermoide ou escamoso • Subtipo histológico mais comum, podendo ou não se relacionar com o HPV • Microscopia: pérolas córneas (blocos de células neoplásicas com atipias – anisocariose, nucléolos evidentes, hipercromasia e mitoses atípicas), pontes intercelulares (mimetizam os desmossomos da camada espinhosa da pele para fortalecimento) • Diagnóstico: imunohistoquímica (positividade para P63, keratina e CEA), se P16 for positivo está relacionado ao HPV Adenocarcinoma • Neoplasia mais comum da endocérvice • Também ocorre no endométrio – devem ser diferenciados através da imunohistoquímica (endocérvice é positivo para CEA e negativo para vimentina) • Macroscopia: aspecto vegetante ou infiltrativo • Microscopia: bloco de células neoplásicas com atipias em arranjos glanduliformes, citoplasma vacuolizado e núcleos basais Características comuns em tumores de endocérvice e ectocérvice: ➔ Estadiamento patológico (TNM): o Grau 0 – carcinoma in situ o Grau I – confinado ao colo o Grau II – extensão para além do colo o Grau III – extensão para a parede pélvica e/ou terço proximal da vagina o Grau IV – extensão para além da pelve, para a bexiga ou reto ➔ Sinais e sintomas: secreção amarelada ou sanguinolenta, dor hipogástrica e lombar, dismenorreia, sangramento pós-coito e alterações miccionais e intestinais sangramento pós-coito e alterações miccionais e intestinais ➔ Condutas: até as lesões de alto grau é feita a traquelectomia (por cauterização de alta frequência), se as margens cirúrgicas não estiverem livres a indicação é a retirada do colo uterino (conização). No carcinoma microinvasivo pode ser feita traquelectomia, conização ou histerectomia, enquanto nos carcinomas invasivos a indicação é de histerectomia radical com linfadenectomia e radioterapia • Endométrio: epitélio colunar simples e estroma (fibroblastos) o Patologias – adenocarcinoma, sarcoma e tumor misto mulleriano • Miométrio: espessa camada de musculatura lisa fasciculada o Patologias – leiomioma e leiomiossarcoma • Perimétrio: serosa (revestimento) • É dividido em duas fases o Fase proliferativa: regida pelo estrógeno, as glândulas são regulares e o estroma fusiforme, com núcleos grandes e pseudoestratificados, atividade mitótica glandular o Fase secretora: regida pela progesterona, as glândulas são tortuosas, há vacuolização citoplasmática, presença de secreção intraluminal (mucopolissacarídeo), edema (pico no 22º dia), mitoses pouco frequentes, infiltrado neutrofílico dois dias antes do fluxo e áreas de hemorragia e necrose (menstruação) Endometrite aguda • Pós-parto, aborto ou DIU) • Caracterizada por exsudato neutrofílico e secreção purulenta – maioria ocorre por bactérias • Macroscopia: endométrio espesso, aspecto granuloso e mamelonado, irregular e amarronzado Endometrite crônica • Rara • Pode derivar de uma aguda ou de uma tuberculose • Regida por infiltrado linfomononuclear • A paciente pode apresentar sangramento anormal e dor pélvica • A paciente pode apresentar sangramento anormal e dor pélvica • Macroscopia: endométrio se apresenta com aspecto rugoso, granular, espesso e com hemorragias • É a principal causa de infertilidade nas mulheres • Caracterizada por dismenorreia acentuada e dor pélvica • Presença de glândulas endometriais e/ou estroma fora do útero, sendo os sítios mais acometidos – ovários e tubas uterinas (infertilidade); mas também pode ocorrer em ligamentos uterinos, septo retrovaginal, fundo do saco, peritônio pélvico, intestinos, apêndice, colo do útero, vagina, cicatriz abdominal • Teoria sobre a etiologia: regurgitação/implantação, metaplasia do epitélio celômico e disseminação linfática, correlação com fatores genéticos, hormonais e imunológicos (altos níveis de prostaglandinas, produção de estrógeno pelo estroma e de enzima aromatase) • Macroscopia: nódulos avermelhados com fibrose e aderências • Microscopia: glândulas e estroma endometrial, áreas de hemorragia com pigmento de hemossiderina • Presença de ninhos de endométrio no miométrio • Doença restrita ao útero, não causa infertilidade • O útero fica aumentado com espessamento irregular da parede e no período da menstruação ocorre dor pélvica, dispareunia e dismenorreia • Lesão exofítica, séssil ou pediculada • Pode se exteriorizar pelo orifício externo do colo • Pode ser única ou múltipla, tamanho variado • Microscopia: presença de glândulas cisticamente dilatadas ao redor de glândulas atróficas • Pode ser assintomático ou causar hemorragia vaginal • Mais comum no climatério e menopausa • Aumento do número de glândulas e estroma • Importante causa de sangramento anormal por alteração genética com inativação do gene PTEN • Associada ao hiperestrogenismo (menopausa, SOP, tumores funcionantes) • Macroscopia: útero com aspecto mamelonar, irregular e amarronzado, com presença de hemorragia • Microscopia: simples (nunca possuem atipia, caracterizada por um aumento do número de glândulas de forma regular) e complexas (aumento do número de glândulas irregulares, núcleos subclassificados como sem ou com atipias) • O adenocarcinoma endometrial é a 6ª entre as neoplasias malignas em mulheres • Comum na 5-6ª década • Possui vários tipos histológicos Tipo I – adenocarcinoma endometrioide • É o mais comum – 80% dos casos • Relacionado à hiperplasia endometrial complexa com atipias • Associado a obesidade, DM, HAS, nuliparidade e anovulação • Só é diferenciado do adenocarcinoma endocervical pela imunohistoquímica, onde é positivo para vimentina e negativo para CEA • Macroscopia: observa-se lesão vegetante, irregular, de aspecto rugoso e coloração amarronzada, por vezes hemorrágica, que compromete toda a parede endometrial e é exofítica e infiltrativa • Microscopia: proliferação anormal de arranjos granduliformes com atipias, com graus de diferenciação Tipo II • Menos comuns • Geralmente ocorre na 6-7ª década • Pouco diferenciado, com prognóstico reservado • Possui dois subtipos comuns: carcinoma seroso (acentuada atipia, disseminação extra-uterina) e o tumor misto mulleriano maligno – carcinossarcoma (possui dois componentes malignos, um glandular e o outro estromal, lesões polipoides e volumosas, infiltram na parede até a serosa na macroscopia, além de arranjos glanduliformes e condrossarcoma na microscopia) Leiomiomas • Lesões benignas • São as neoplasias uterinas mais comuns • Classificado em submucoso (abaixo do endométrio), intramurais e subserosos (abaixo da serosa) • Podem ser assintomáticos ou gerar sangramento irregular, compromindo a bexiga, levando a dor pélvica • Macroscopia: lesões nodulares regulares bem delimitadas, não encapsuladas, esbranquiçadas, fasciculadas, de consistênciafirme, com aspecto homogêneo e que podem atingir diferentes tamanhos • Microscopia: feixes intercruzados com núcleos homogêneos, achatados e com pouca diferenciação • Diferencia-se do leiomiossarcoma pelo número de mitoses Leiomiossarcoma • Lesão maligna • É raro, cerca de 1-2% das neoplasias malignas do útero • A maioria é intramural • Macroscopia: pode mimetizar um leiomioma ou conter necrose e hemorragia • Microscopia: núcleos irregulares, várias atipias, alto índice mitótico e necrose coagulativa • Baixa sobrevida (5 anos entre 25-75%) • Metástases para pulmão e cérebro • Originam-se do epitélio celômico e possuem tamanhos variados de acordo com a faixa etária • Histologicamente contém a túnica albugínea, folículos em crescimento e oócitos • Chamada de ooforites • Podem ser agudas ou crônicas • Geralmente secundárias à salpingite • Etiologia variada (bactérias, vírus, tuberculose) • Podem causar quadro de abdome agudo inflamatório ou infeccioso, com dor na fossa ilíaca e febre, por formar abscesso tubo-obariano • Macroscopia: lesão cística com conteúdo líquido achocolatado (área de hemorragia) e parede fibrosa de tamanho variado, podendo ser uni ou bilateral • Microscopia: substituição do estroma por glândulas e estroma endometrial e hemossiderinófagos Cistos foliculares • Muito comuns, podendo surgir da menacme até a menopausa • Revestido por células da teca • Podem romper ou regredir espontaneamente • Macroscopia: apresentam-se como múltiplas cavidades císticas com conteúdo gelatinoso, seroso ou hemorrágico • Síndrome do ovário policístico (SOP) – caracterizada pela presença de múltiplos cistos foliculares associados a ciclos anovulatórios, alterações masculinizantes (hirsutismo, acne, alopécia) e ovários aumentados Cistos de corpo lúteo • Dilatação cística do corpo lúteo, revestimento de células luteinizadas • Bem delimitados, com hemorragia excessiva, podendo haver regressão espontânea Cistos de inclusão epitelial • Reparação dos sítios de ovulação (folículos não funcionantes que se dilataram mais que o normal) • Podem ser únicos ou múltiplos • Assintomáticos • Possuem regressão espontânea • Acometem todas as faixas etárias • É a 5ª mais comum em mulheres • São classificadas de acordo com as células de origem Tumores de epitélio de superfície ou revestimento • Tumores serosos: conteúdo incolor, translúcido ou amarelo citrino. Podem ser benignos, malignos ou borderline (entre os dois) o Cistadenoma seroso: na microscopia geralmente possui uma única camada de células de revestimento cuboidais, ciliadas e sem atipias o Tumor seroso borderline: na macroscopia apresenta-se com projeções papilíferas e na microscopia as papilas não invadem o estroma, possuem atipias tumor conteúdo revestimento Cistadenoma Borderline Carcinoma Seroso Incolor, translúcido ou amarelo citrino Monocamada de células cuboidais ciliadas sem atipias Atipias e papilas que ainda não invadem o estroma Áreas sólidas, infiltração do estroma, atipias, necrose, hemorragia e corpos psamomatosos Mucinoso Gelatinoso, rico em mucopolissacarídeo (glicoproteínas) Monocamada de células sem atipias, citoplasma vacuolizado e núcleos basais ---------------- Áreas sólidas, atipias proeminentes e estratificação nuclear microscopia as papilas não invadem o estroma, possuem atipias o Carcinoma seroso: na macroscopia apresenta-se com áreas sólidas e na microscopia observa-se crescimento complexo com infiltração do estroma, possuem atipias, necrose, hemorragia e calcificações concêntricas (corpos psamomatosos) • Tumores mucinosos: raros antes da puberdade e pós-menopausa, são maiores que os serosos, multi ou uniloculados. Podem ser benignos, borderline ou malignos o Cistadenoma mucinoso: na microscopia possui monocamada de células sem atipias, com citoplasma vacuolizado e núcleos basais o Carcinoma mucinoso: apresenta-se com área sólida na macroscopia e na microscopia com atipia proeminente e estratificação nuclear Tumores de células germinativas • Possuem como principais representantes os teratomas, que derivam de todos os epitélios • Podem ser maduros (benignos e císticos, preenchidos por cabelo, dentes, sebo), imaturos (malignos – tecido fetal ou embrionário com áreas de necrose e hemorragia) ou monodérmicos (especializados – apenas um tipo de tecido, geralmente tireoidiano) Tumores derivados de cordões sexuais e estroma • São produtores de hormônios • Fibroma: nódulo sólido, homogêneo, com proliferação de fibroblastos bem diferenciados) • Tumor de células da teca-granulosa: produz estrógeno, geralmente unilateral, com aspecto sólido e áreas de hemorragia, por vezes lobulados, características patognomônicas como corpúsculo de Call- Exner e núcleo em fenda ou em grão de café • Tumor de células de Sertoli-Leydig: produz progesterona e testosterona Os tumores que podem dar metástases para ovário são os de útero, tubas uterinas e peritônio, além do tumor de Krukenberg (TGI – metástase de carcinoma pouco coeso com células em anel de sinete do estômago e intestino) Na imunohistoquímica, a malignidade do tumor é indicado pela positividade de CEA 12ª, CA19 e inibina Os tumores que podem dar metástases para ovário são os de útero, tubas uterinas e peritônio, além do tumor de Krukenberg (TGI – metástase de carcinoma pouco coeso com células em anel de sinete do estômago e intestino)