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Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
Patologia do colo uterino 
 
Anatomia: 
➛ Trato genital inferior: vulva e vagina 
➛ Trato genital superior: útero e cérvice, tubas uterinas e 
ovários 
Vulva: 
➛ Anatomia: monte pubiano, lábios maiores e menores, 
clitoris, vestíbulo e glândulas vestibulares maiores 
➛ Histologia: 
 ✓ Lábios menores - epitélio estratificado pavimentoso 
(de,gata camada de células queratinizadas) na superfície 
 ✓ Lábios maiores - epitélio estratificado pavimentoso 
queratinizado 
Vagina: 
➛ Anatomia: tubo fibromuscular - se 
estende a partir do vestíbulo da 
vagina até o colo do útero 
➛ Histologia: 
 ✓ Mucosa - epitélio estratificado 
pavimentoso + tecido conjuntivo 
frouxo 
 ✓ Muscular - músculo liso 
 ✓ Adventícia - tecido conjuntivo 
denso 
Colo uterino: 
➛ Anatomia: cérvice, região cilíndrica no terço inferior do 
útero 
➛ Histologia: endocérvice e 
ectocérvice 
➛ Inflamação da vulva e vagina (trato genital inferior) 
➛ Pode ser: 
 ✓ Não infecciosa (10% dos casos) - irritante e alérgica 
 ✓ Infecciosa (90% dos casos) - bactéria e vírus 
➛ Sintomas gerais: 
 ✓ Corrimento vaginal anormal (leucorreia) 
 ✓ Odor 
 ✓ Irritação 
 ✓ Coceira ou queimação 
Vulvovaginites infecciosas: 
Candidíase vulvovaginal: 
➛ Infecção pela Candida albicans 
➛ Fatores associados: estresse, imunodeficiência, obesidade, 
gravidez, estrogênio, corticoides, diabetes 
Patologia do colo uterino
Introdução: 
Vulvovaginit: 
Secreção fisiológica: 
- Início: seco - pegajoso ou inexistente 
- Fase folicular: cremoso 
- Ovulação: líquido 
transparente (clara 
de ovo) 
- Após ovulação: 
espessa e pegajosa 
- Sem cheiro ou 
suave 
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
➛ Não é considerada IST porém pode ser transmitida via 
sexual 
➛ Presença de corrimento grumoso, esbranquiçado 
(caseoso), sem odor, prurido, vermelhidão, ardor ao urinar e 
durante coito 
Tricomoníase: 
➛ IST causada pelo protozoário flagelado - Trichomonas 
vaginalis 
➛ Corrimento abundante (espumoso/amarelo) 
➛ Dor, prurido, desconforto 
ao coito e hiperemia 
➛ Colo com aspecto de 
framboesa 
➛ Odor de peixe podre 
➛ pH > 5 
➛ Schiller: colo com aspecto 
tigroide 
➛ Tratamento com 
metronidazol 
Vaginose bacteriana: 
➛ Afecção vulvovaginal mais frequente e ocorre pelo 
desequilíbrio da microbiota vaginal, lactobacilos 
➛ Não é uma IST 
➛ Síndrome polimicrobiana 
➛ Causada pela Gardnerella vaginallis (cocobacilo, Gram 
variável, anaeróbia facultativa) 
➛ Prurido, desconforto e corrimento com odor fétido (peixe 
podre), leucorreia com cor acizentada ou amarelada 
 ✓ Piora com menstruação e relação sexual 
➛ Diagnóstico pelos critérios de Amsel - corrimento 
característico, pH > 4,5 
➛ Tratamento com metronidazol 
Lesão exofítica benigna: 
Cisto de bartholin: 
➛ Infecção de glândula de Bartholin produz uma inflamação 
aguda (adenite) e pode resultar em 
abscesso 
 ✓ Obstrução do ducto por 
processo inflamatório 
➛ Ocorre em qualquer idade 
➛ Cistos preenchidos por epitélio 
transicional ou escamoso 
➛ Dor local 
➛ Excerese ou abertura permanente 
➛ Sem atipia - infiltrado inflamatório e presença de material 
mucinoso 
Condiloma acuminado: 
➛ Tumor benigno 
➛ Infecção pelo HPV tipo 6 e 
11 
➛ Mulheres jovens com vida 
sexual ativa, em contato com 
parceiros múltiplos ou higiene 
genital precária 
➛ Associado a vaginite, 
diabetes mellitus, 
contraceptivos orais e estados 
de imunossupressores 
➛ Lesão envolve a região 
vulvovaginal e pode estender-
se a região perineal e perianal 
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
➛ Inflamação aguda ou crônica da mucosa endocervical 
➛ Aumento de risco para doença inflamatória pélvica (DIP) 
➛ Pode ser: 
 ✓ Não infecciosa (lesão mecânica ou química) 
 ✓ Infecciosa: 
 - Chlamydia trachomatis (bacilo Gram negativo) 
 - Neisseria gonorrhoeae (diplococo gram negativo) 
➛ Presente em mulheres jovens (pós-menarca) 
➛ Assintomático - quando sintomáticos há presença de 
corrimento, dispareunia, sangramento 
➛ Diagnóstico por PCR para agentes infecciosos (coleta de 
células por escova endocervical) 
Cervicite aguda: 
➛ Mucosa é edemaciado, eritematosa e friável, podendo 
haver corrimento purulento 
➛ Infiltrado inflamatório predominantemente neutrofílico 
Cervicite crônica: 
➛ Infiltrado é constituído predominantemente por linfócitos, 
plasmócitos e macrófagos 
➛ Há formação de tecido de granulação e fibrose 
➛ Vírus de DNA fita dupla circular epiteliotrófico (pele e 
mucosa) 
➛ Família Papillomaviridae 
➛ 118 genótipos distintos infectam a espécie humana 
➛ Transmissão sexual, fômites, contato 
com roupas e vertical 
➛ Presente em quase a totalidade dos 
carcinomas cervicais (>90%) 
➛ Também estão associados nos 
carcinomas de células escamosas de 
vagina, vulva, penis, anus, tonsilas 
palatinas 
➛ A infecção inicial por HPV 
ocorre em células basais ou 
em células que estão 
transitoriamente se dividindo, 
localizadas nas camadas mais 
profundas do epitélio 
estratificado 
HPV de baixo 
risco: 
➛ Sorotipos: 6, 11, 42, 43 e 44 
➛ Mantêm-se em forma epissomal (circular) e induzem a 
formação de novas partículas virais 
➛ Relacionados a lesões condilomatosas (verrugas) e displasia 
de baixo grau 
➛ Regressão espontânea bastante comum 
HPV de alto risco: 
➛ Sorotipos: 16 (60% dos casos de CEC invasivo), 18 (10% 
dos casos de CEC invasivo), 31, 33, 35, 45 e 56 
➛ Integram o genoma do hospedeiro de forma permanente. 
➛ Relacionam-se a lesões de alto grau e carcinomas 
invasores 
➛ Progressão é evolução comum 
Cervicite:
Infecção pelo HPV:
Genes e6 e e7: 
✓ Genes oncogênicos (tem capacidade de 
transformação maligna das células infectadas) 
✓ Ligam-se a proteínas importantes na 
regulação do ciclo celular, como proteínas 
supressoras de tumores 
 - E6 liga-se na P53 e induz progressão do ciclo 
celular, perda dos mecanismos de reparo de 
DNA e fim da apoptose 
 - E7 liga-se a pRb e induz o fim da inibição da 
proliferação celular 
✓ Essa associação resulta na inativação ou 
degradação das proteínas celulares e 
desregulação do ciclo celular 
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
➛ Múltiplas 
➛ Sobretudo entre 40 e 60 
anos 
➛ Lesões benignas (< 1cm) 
➛ Pólipos alongados ou 
arredondados (exofitico) com 
superfície esponjosa ou lisa 
(róseo-avermelhado) no canal 
cervical (pediculadas ou sesseis) 
➛ Estroma fibrovascular coberto 
por glândulas endocervicais secretoras de muco, 
acompanhado de Inflamação 
➛ 3% de todos os cânceres do trato genital feminino 
➛ Prevalente em maiores de 60 anos de idade 
➛ Podem ser: 
 ✓ Carcinomas de células escamosas 
 ✓ Adenocarcinomas ou carcinomas de células basais 
Carcinomas de células 
escamosas: 
➛ Carcinomas basaloides e verrucosos: 
 ✓ Relacionados à infecção com HPVs de alto risco (30% 
dos casos), mais comumente o HPV-16 
 ✓ Esses tipos são menos comuns e ocorrem em pacientes 
mais jovens. 
 ✓ Lesão precursora: neoplasia intraepitelial vulvar clássica 
(NIV) 
 - Lesão branca discreta ou como uma lesão levemente 
e,evada e pigmentada 
 ✓ Risco relacionado ao HPV 
 ✓ Lesão exofitica podendo apresentar necrose central 
➛ Carcinomas queratinizantes de células escamosas: 
 ✓ Sem relação com a 
infecção por HPV (70% 
dos casos) 
 ✓ Esses tipos são mais 
comuns e ocorrem em 
mulheres mais idosas (80 
anos) 
 ✓ Líquen escleroso 
(inflamação crônica) 
 ✓ Mutação TP53 
 ✓ Ninhos e línguas de 
epitélio escamoso maligno com proeminentes pérolas de 
queratina centrais 
➛ Carcinomas de células escamosas associados a HPVs de 
alto risco 
 ✓ Neoplasia intraepitelial vaginal (lesão pré-maligna) 
 ✓ Semelhante a NIC 
➛ Extremamente raro (1% de todas as neoplasias de TGF). 
➛ Carcinoma invasivo de colo e vulva são fatores de risco 
para carcinoma de vagina 
➛ Tumor invasor afeta a porção posterior da vagina, 
particularmente a parede posterior na junção com a 
ectocérvice 
➛ Podem ser:✓ Carcinomas de células escamosas - 80% 
 ✓ Adenocarcinomas - 15% 
 ✓ Adenoescamosos e neuroendócrinos- 5% 
Pólipo endocervical:
Carcinoma vulvar:
Carcinoma da Vagina:
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
Carcinomas de células 
escamosas: 
➛ Neoplasia causada pela infecção persistente de alguns 
sorotipos oncogênicos do HPV 
 ✓ Principais sorotipos 16 e 18 (70% dos casos de câncer). 
➛ Mulheres 45 anos 
➛ 3° tipo de câncer mais frequênte nas mulheres. 4° causa 
de morte de mulheres por câncer 
➛ Fatores de risco: 
 ✓ Infecção por HPV 
 ✓ Multiparidade (associada a múltiplos parceiros) 
 ✓ Múltiplos parceiros sexuais 
 ✓ Início precoce da vida sexual 
 ✓ Tabagismo e imunossupressão 
 
Fisiopatologia: 
➛ Infecção da JEC (junção 
escamo-colunar) - metaplásico 
➛ Persistência da infecção 
➛ Displasia 
➛ Neoplasia - podendo invadir 
Carcinoma invasivo: 
➛ Projeções de epitélio escamoso maligno, queratinizado 
queratinizado, invadindo o estroma cervical subjacente 
Adenocarcinoma: 
➛ Proliferação de epitélio glandular composto por células 
endocervicais malignas com núcleos grandes, hipercromáticos 
e citoplasma com relativa diminuição de mucina, resultando 
em um aspecto escuro das glândulas, em comparação ao 
endotélio endocervical normal 
➛ Lesões precursoras para câncer de colo uterino - 
neoplasia intraepitelial cervical (NIC) 
➛ Rastreamento: 
 ✓ Colpocitológico (papanicolau) 
 - Mais de 21 anos ou 3 anos após coitarca 
 - Mais de 30 anos, citologia normal e negativo para HPV 
 ✓ Biopsia de lesão visualizada (teste de schiller) em 
colposcopia 
Lesão intraepitelial escamosa 
(sil): 
➛ O diagnóstico se baseia na identificação de atipia nuclear 
caracterizada por aumento nuclear, hipercromasia (coloração 
escura), presença de grânulos grosseiros de cromatina e 
variação dos tamanhos e formas nucleares 
Achados citopatológicos: 
➛ Células normais 
 ✓ Maturação normal 
 ✓ Células superficiais e intermediárias 
 ✓ Núcleo picnótico 
Rareamento do câncer do colo 
uterino: 
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
➛ Lesão Intraepitelial escamosa de baixo grau (LSIL) 
 ✓ Hiperproliferação celular 
 ✓ Núcleo aumentado 
 ✓ Halo perinuclear 
➛ Lesão Intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL) 
 ✓ Células imaturas 
 ✓ Relação N/C aumentada (núcleo maior em relação ao 
citoplasma) 
 ✓ Cromatina grosseira e irregular 
 ✓ Contorno irregular do núcleo 
➛ Células glandulares atípicas 
 ✓ Na neoplasia glandular, as células endocervicais normais 
estão geralmente presentes, juntamente com as anormais, 
permitindo ao citologista compará-las entre si 
 ✓ Perda da delimitação 
entre células (perda da 
arquitetura) 
 ✓ Pseudoestratificação 
 ✓ Não tem células 
isoladas (sempre em 
grupos) 
 ✓ Núcleos alongados 
 ✓ Feathering (como 
penas na ponta da asa) 
 ✓ Formação acinar 
 
Conduta: 
➛ Lesão intraepitelial escamosa de baixo grau: 
 ✓ Menos de 25 anos: repetir o citopatológico em 3 anos 
 ✓ Maior de 25 anos: repetir o citopatológico em 6 meses 
➛ Lesão intraepitelial escamosa de alto grau -> encaminhar 
para colposcopia 
➛ Adenocarcinoma in situ -> encaminhar para colposcopia 
➛ Lesão intraepitelial escamosa de alto grau com suspeita 
de invasão ou carcinoma invasivo -> encaminhar para 
colposcopia 
Colposcopia: 
➛ Exame realizado pelo ginecologista indicado para avaliar a 
vulva, a vagina e o colo do útero de forma bem detalhada, 
buscando sinais (lesão) que podem indicar inflamação ou 
presença de doenças, como HPV e câncer 
➛ Identificação da lesão: 
 ✓ Ácido acético 
 ✓ Lugol Schiller + lugol 
Biopsia: 
➛ Caso lesão positiva (colposcopia), é feita biópsia 
➛ A biópsia será avaliada pelo 
técnico histopatológico para 
buscar alterações teciduais 
compatíveis com NIC1, NIC2, 
NIC3, carcinoma in situ ou 
invasivo 
➛ Avaliação microscópica do 
fragmento tecitual corado pela 
técnica de HE. 
Lesão visível: 
- Maiores de 25 anos com JEC visível: 
eletrocauterização das lesões visíveis 
- Menores de 25 anos com JEC não visível: biopsia 
para estadiamento

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