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18/09/2019 1 Prof. Daniela Sayão REFINO DE PETRÓLEO PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação ▪ É um processo de separação dos componentes de uma mistura de líquidos miscíveis, baseado na diferença das temperaturas de ebulição de seus componentes individuais ▪ É uma unidade extremamente versátil e sempre existente, independentemente de qual seja o esquema de refino ▪ Processo principal da refinaria - a partir do qual os demais são alimentados É o único que tem o petróleo bruto como corrente de alimentação ▪ Pode ser feita em várias etapas, e sob diferentes intensidades de pressão 1 2 18/09/2019 2 PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação ▪ Seu objetivo é o desmembramento do petróleo em suas frações básicas de refino, tais como gás combustível, gás liquefeito, nafta, querosene, gasóleo atmosférico (óleo diesel), gasóleo de vácuo e resíduo de vácuo ▪ De uma maneira geral, os seguintes equipamentos constituem todas as unidades de destilação: ✓ Torres de fracionamento; ✓ Retificadores (strippers); ✓ Fornos; ✓ Trocadores de calor; ✓ Tambores de acúmulo e refluxo; ✓ Bombas, tubulações e intrumentos de medição e controle. PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação ▪ O equipamento principal é sem dúvida a torre de fracionamento, ou coluna de destilação - seu interior é composto por uma série de bandejas ou pratos perfurados 3 4 18/09/2019 3 PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação ▪ A unidade podem conter um, dois ou três estágios de operação: ✓ Unidade de um estágio com torre de destilação única; ✓ Unidade de dois estágios, com torres de pré-Flash e destilação atmosférica; ✓ Unidade de dois estágios, com torres de destilação atmosférica e destilação a vácuo; ✓ Unidade de três estágios, com torres de pré-Flash, destilação atmosférica e destilação a vácuo. 5 6 18/09/2019 4 PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação – Unidade de 1 estágio ▪ Na unidade de um estágio, a torre de destilação opera a pressões próximas à atmosférica e produz destilados desde gases até o óleo diesel, além do resíduo atmosférico comercializado como óleo combustível. ▪ É um tipo de unidade encontrada quando a capacidade de refino é reduzida e não se encontram unidades adicionais de craqueamento. PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação – unidade de 2 estágios ▪ Com torres de pré-Flash e destilação atmosférica: • Utilizado quando se faz uso de petróleos muito leves ou quando não exista ou não seja necessário o craqueamento térmico ou catalítico • Com a retirada de frações mais leves na torre de pré-Flash, pode-se instalar um sistema de destilação atmosférica de menor porte • É um esquema de refino pouco utilizado 7 8 18/09/2019 5 PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação – unidade de 2 estágios ▪ Com torres de destilação atmosférica e a vácuo: • Normalmente encontrado em unidades de médio porte e quando há necessidade de craqueamento subseqüente. • No primeiro estágio: ✓ gases a óleo diesel, além de resíduo atmosférico como produto de fundo. • No segundo estágio: ✓ gasóleos e o resíduo de vácuo, o qual é comercializado como óleo combustível ou asfalto. PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação – unidade de 3 estágios ▪ Composta por torres de pré-Flash, destilação atmosférica e destilação a vácuo. ▪ É o tipo mais comum e amplamente utilizado quando grandes capacidades de refino e a instalação de unidades de craqueamento são necessárias. 9 10 18/09/2019 6 PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação – Seção de pré-aquecimento e dessalinização ▪ Passagem da matéria-prima fria por uma bateria de trocadores de calor, em que o óleo é progressivamente aquecido em função do resfriamento de produtos acabados que deixam a unidade. ▪ O conjunto dos permutadores de calor dessa seção é conhecido como bateria de préaquecimento. ▪ O petróleo é pré-aquecido a 120-160ºC ➢ PRÉ AQUECIMENTO 11 12 18/09/2019 7 PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação – Seção de pré-aquecimento e dessalinização ▪ Remoção de impurezas (sais, água e suspensões de partículas sólidas) que prejudicam o funcionamento da unidade de destilação ➢ DESSALINIZAÇÃO Liberação de HCl (causa corrosão) Deposição de sais e sólidos em trocadores de calor Formação de coque no interior das tubulações de fornos e linhas de transferência PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação – Seção de pré-aquecimento e dessalinização ▪ Injeta-se uma corrente de água de processo que se mistura com os sais, sólidos e água residual contidos no petróleo. ▪ A mistura é levada ao vaso de dessalgação, onde se dá a separação da fase aquosa contendo sais e sedimentos através de coalescência e decantação das gotículas de água, promovidas pela ação de um campo elétrico de alta voltagem. ➢ DESSALINIZAÇÃO ▪ O petróleo dessalinizado é submetido a uma segunda etapa de pré- aquecimento antes de ser encaminhado às seções de fracionamento. 13 14 18/09/2019 8 PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação 15 16 18/09/2019 9 PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação – Seção de pré-aquecimento e dessalinização ▪ Passagem da matéria-prima fria por uma bateria de trocadores de calor, em que o óleo é progressivamente aquecido em função do resfriamento de produtos acabados que deixam a unidade. ▪ Remoção de impurezas (sais, água e suspensões de partículas sólidas) que prejudicam o funcionamento da unidade de destilação ▪ O petróleo dessalinizado é submetido a uma segunda etapa de pré- aquecimento antes de ser encaminhado às seções de fracionamento. 17 18 18/09/2019 10 PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação – pré flash ▪ Utilizada quando há necessidade de se projetar unidades de grande capacidade de carga ou de se ampliar a carga de uma unidade de destilação ▪ É onde ocorre a separação do petróleo em duas correntes: uma constituída de frações vaporizadas (GLP e nafta leve) que sobem em direção ao topo da torre, e outra, líquida, que desce em direção ao fundo ▪ É uma torre de pré fracionamento ▪ Dessa forma, consegue-se ampliar a carga total da unidade ou dimensionar fornos e o sistema de destilação atmosférica com tamanhos menores 19 20 18/09/2019 11 PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação ▪ O petróleo, após deixar o último trocador da bateria de pré-aquecimento, não está com a temperatura ideal para que as condições ideais de fracionamento sejam atingidas PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação ▪ A carga é introduzida em fornos tubulares, onde recebe energia térmica produzida pela queima de óleo e/ou gás combustível ▪ A carga é aquecida até a temperatura onde se tem início a decomposição das frações pesadas presentes no óleo bruto – onde começa a haver o craqueamento térmico ▪ A máxima temperatura a que se pode aquecer o petróleo é 400ºC 21 22 18/09/2019 12 PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação - atmosférica ▪ Na saída dos fornos, boa parte do petróleo já se encontra vaporizado e, nessas condições é introduzido na torre. Resíduo atmosférico PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação atmosférica ▪ O ponto de entrada é conhecido como zona de vaporização ou zona de flash ▪ Ocorre a separação do petróleo em 2 correntes – frações vaporizadas (sobem em direção ao topo da torre) e frações líquidas (descem em direção ao fundo) 23 24 18/09/2019 13 PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação atmosférica ▪ Os produtos são retirados em determinados pontos da coluna de acordo com a temperaturas máxima de destilação de cada fração. ▪ As torres possuem em seu interior bandejas e/ou pratos e recheios, que permitem a separação do cru em cortes pelos seus pontos de ebulição ▪ A faixa de destilação dos produtos não é significativamente alterada pela variação do número de pratos da coluna. PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação atmosférica ▪ O vapor ascendente, ao entrar em contato com cada bandeja, tem uma parte de seus componentescondensada. À medida que os vapores seguem em direção ao topo, trocam calor e massa com o líquido existente em cada prato. ▪ Os hidrocarbonetos cujos pontos de ebulição são maiores ou iguais à temperatura de uma determinada bandeja, aí ficam retidos, enquanto a parte restante do vapor prossegue em direção ao topo até encontrar outra bandeja, mais fria, onde o fenômeno se repete. 25 26 18/09/2019 14 PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação atmosférica Os componentes mais leves, que não condensaram em nenhum prato, saem pelo topo e passam por um condensador e seguem para o vaso de topo, onde são separados o vapor e o líquido (refluxo e destilado) ▪ O refluxo tem 2 finalidades principais: ✓ Controlar a temperatura de saída de vapor da torre ✓ Gerar o refluxo interno na torre (fundamental para o perfeito fracionamento das frações) PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação atmosférica ▪ O líquido efluente da coluna vai para o refervedor, onde ocorrerá a vaporização de parte deste líquido . ▪ O vapor formado é a fonte de calor para a coluna que permite a revaporização dos componentes de menor ponto de ebulição do líquido descendente e a condensação preferencial dos componentes de maior ponto de ebulição do vapor ascendente 27 28 18/09/2019 15 PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação atmosférica ▪ Os produtos finais da destilação atmosférica são: GLP e Nafta leve Nafta Pesada Óleo Diesel Querosene Resíduo Atmosférico (RAT) D e s ti la ç ã o A tm o s fé r ic a PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação à vácuo Resíduo atmosférico 29 30 18/09/2019 16 PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação à vácuo ▪ Princípio envolvido: ▪ As frações serão vaporizadas a uma temperatura menor que a necessária à sua vaporização quando se trabalha sob pressão atmosférica. Temperatura varia diretamente com a pressão 𝒑𝒊 × 𝑽𝒊 𝑻𝒊 = 𝒑𝒇 × 𝑽𝒇 𝑻𝒇 Pressão Temperatura de ebulição PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação à vácuo ▪ O resíduo da destilação atmosférica (RAT) é utilizado como corrente de alimentação da seção de destilação a vácuo ▪ Nessa destilação se trabalha com pressões subatmosféricas ▪ Tem como objetivo gerar óleos lubrificantes ou gasóleos para carga da unidade de craqueamento catalítico ▪ Consegue-se ter o aproveitamento de um subproduto que, de outra forma, teria um baixo valor comercial 31 32 18/09/2019 17 PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação à vácuo ▪ Na torre de vácuo a pressão é em torno de 100 mmHg (2 psi) ▪ A baixa pressão provoca a vaporização de boa parte da carga. ▪ O vácuo na coluna de destilação é mantido por uma unidade de ejetor de vapor multi-estágio (ejetor/condensador) PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação à vácuo ▪ Os produtos finais da destilação à vácuo são: Gasóleo Leve (GOL) Gasóleo Pesado (GOP) Resíduo de vácuo D e s ti la ç ã o à V á c u o ▪ Gasóleo leve pode ser misturado com o óleo diesel (desde que o seu ponto de ebulição não seja muito elevado) ▪ Gasóleo pesado é utilizado como carga para unidades de craqueamento catalítico ▪ Não tem produto de topo 33 34 18/09/2019 18 PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação à vácuo ▪ As torres de vácuo possuem grande diâmetro para acomodar o maior volume de vapor gerado a pressões reduzidas. PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação à vácuo ▪ O produto de fundo da destilação a vácuo é composto por hidrocarbonetos de elevado peso molecular e impurezas, podendo ser comercializado como óleo combustível ou asfalto. 35 36 18/09/2019 19 PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Destilação à vácuo ▪ O resíduo da destilação a vácuo pode conter um gasóleo de alta viscosidade ▪ Este gasóleo seria impossível de ser obtido através da destilação DESASFALTAÇÃO A PROPANO Possui um bom poder solvente e seletividade ▪ Utiliza-se um processo de separação que consiste no uso de propano líquido a alta pressão como agente de extração. PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Desasfaltação a Propano ▪ Trata-se de um processo relativamente simples, formado por três seções principais: extração, recuperação de extrato e recuperação de rafinado. 37 38 18/09/2019 20 PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ❖ Desasfaltação a Propano ▪ Óleo desasfaltado será incorporado ao gasóleo pesado (GOP) e seguir para a unidade de craqueamento catalítico – para conversão em nafta e GLP ▪ Óleo desasfaltado irá gerar, em função da sua viscosidade, um óleo básico Brightstok ou óleo de cilindro, que serão submetidos a processos posteriores para melhoria de sua qualidade De acordo com o esquema do refino 39
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