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A TRINDADE (IBADEP)

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A E A D E P A R - A ssoc iação E ducac iona l das 
A ssem blé ias de Deus no Estado do Paraná
IBADEP - Ins t i tuto Bíblico das Assembléias de Deus no 
Estado do Paraná Av. Brasi l , S/N° - Eletrosul - Cx. Postal 
248 85980-000 - Guaíra - PR Fone/Fax: (44) 3642-2581 / 
3642-6961 / 3642-5431 E-mail: ibadep@ibadep .com Site: 
w ww.ibadep .com
Digitalizado por
mailto:ibadep@ibadep.com
http://www.ibadep.com
A T r in d a d e
P es q u i s a d o e adap tado pe la E q u ip e 
Reda to r ia l pa ra Curso e x c lu s ivo do IB A D E P - Ins t i tu to 
Bíb l ico das Igrejas E v a n g é l ic a s A ssem b lé ia s de Deus 
do E s tado do Paraná .
C o m auxí l io de adap tação e esboço de vários 
ens inadore s .
5a E d ição - Junho /2005
T odos os d i re i to s rese rvados ao IB A D E P
D ire to r ia s
C I E A D E P
Pr. José Pimentel de Carvalho - Presidente de Honra
Pr. José Alves da Silva - Presidente
Pr. Israel Sodré - I o Vice-Presidente
Pr. Moisés Lacour - 2o Vice-Presidente
Pr. Ival Theodoro da Silva - I o Secretário
Pr. Carlos Soares - 2o Secretário
Pr. Simão Bilek - I o Tesoureiro
Pr. Mirislan Douglas Scheffel - 2o Tesoureiro
A E A D E P A R - C o n se lh o D e l i b e r a t i v o
Pr. José Alves da Silva - Presidente
Pr. Ival Teodoro da Silva - Relator
Pr. Israel Sodré - Membro
Pr. Moisés Lacour - Membro
Pr. Carlos Soares - Membro
Pr. Simão Bilek - Membro
Pr. Mirislan Douglas Scheffel - Membro
Pr. Daniel Sales Acioli - Membro
Pr. Jamerson Xavier de Souza - Membro
A E A D E P A R - C o n se lh o de A d m i n i s t r a ç ã o
Pr. Perci Fontoura - Presidente
Pr. Robson José Brito - Vice-Presidente
Ev. Gilmar Antonio de Andrade - I o Secretário
Ev. Gessé da Silva dos Santos - 2o Secretário
Pr. José Polini - I o Tesoureiro
Ev. Darlan Nylton Scheffel - 2o Tesourei io
I B A D E P
Pr. Hércules Carvalho Denobi - Coord. Administrat ivo 
Pr. José Carlos Teodoro Delfino - Coord. Financeiro
Cremos
1) E m um só Deus , e t e rn am en te subs i s ten te em três
pessoas : O Pai, F i lho e o Esp í r i to Santo . (Dt 6.4; 
Mt 28 .19: Mc 12.29).
2) Na in sp i ração verbal da B íb l ia Sagrada , única regra
in fa l íve l de fé n o rm a t iv a para a vida e o cará te r 
c r i s tão (2Tm 3.14-17).
3) Na conce pção virginal de Jesus , em sua morte
v ic á r ia e exp ia tó r ia , em sua r e s su r re ição corpora l 
dent re os mortos e sua ascensão v i to r iosa aos céus 
(Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9).
4) Na p ec a m in o s id a d e do ho m e m que o des t i tu iu da
g ló r ia de Deus , e que som en te o a r r epend im en to e 
a fé na obra exp ia tó r ia e r ed en to ra de Jesus Cris to 
é que pode r e s tau rá - lo a D eus (Rm 3.23 e At 
3.19).
5) Na n ecess idade abso lu ta do novo na s c im e n to pe la fé
em Cr is to e pelo p o d e r a tuan te do E sp í r i to San to e 
da P a lav ra de Deus , pa ra to rna r o hom e m digno do 
R e ino dos Céus (Jo 3.3-8).
6) No perdão dos pecados , na sa lvação presen te e
pe r fe i ta e na e te rna j u s t i f i c a ç ã o da a lma receb idos 
g ra tu i tam en te de Deus pe la fé no sacr if íc io 
e fe tuado por Jesus Cr is to em nosso favor (At 
10.43; R m 10.13; 3 .24 -26 e H b 7.25; 5.9).
7) No b a t i s m o b íb l ico e fe tuado po r im ersão do corpo
in te iro uma só vez em águas , em nom e do Pai , do 
F i lho e do E sp í r i to San to , c o n fo rm e de te rm inou o 
S en h o r Jesus Cr is to (Mt 28 .19; R m 6.1-6 e Cl 
2 . 1 2 ).
8) Na n e c e ss id a d e e na p o s s ib i l i d a d e que tem os de
viver v ida san ta m e d ia n te a obra e x p ia tó r i a e 
r e d e n to ra de Jesus no C alvár io , at ravés do po d e r 
regene rador , in s p i r a d o r e s an t i f i c ado r do E sp í r i to 
Santo , que nos cap a c i t a a v iver c o m o fiéis 
te s t e m u n h a s do p o d e r de Cr is to (Hb 9 .14 e l P d 
1.15).
9) No ba t i sm o b íb l ico no E sp í r i to San to que nos é dado
por D eus m e d ia n te a in te rce s são de Cr is to , com a 
ev id ên c ia in ic ial de fa la r em outras l ínguas , 
c o n fo rm e a sua v o n ta d e (At 1.5; 2.4; 10 .44-46 ; 
19.1-7).
10) Na a tua l idade dos dons e sp i r i tua is d i s t r ib u íd o s pe lo
E sp í r i to San to à Ig re ja pa ra sua e d i f i c a ç ã o , 
co n fo rm e a sua so b e ran a von tade ( I C o 12 .1-12) .
11) Na S eg u n d a V in d a p rem i len ia l de Cr is to , e m duas
fases d is t in tas . P r im e i r a - inv is íve l ao m u n d o , 
para a r reba ta r a sua Ig re ja fiel da te rra , an tes da 
G rande T r ib u laçã o ; s eg u n d a - vi s íve l e co rp o ra l , 
com sua Ig re ja g lo r i f i cada , para re ina r sob re o 
m u n d o d u ran te mil anos ( l T s 4.16. 17; I C o 15 .51- 
54; Ap 20 .4 ; Zc 14.5; Jd 14).
12) Que todos os c r i s tãos co m p a re c e rã o ante o T r i b u n a l
de C i i s to , pa ra re c e b e r r e c o m p e n s a dos seus fe i tos 
em favor da cau sa de Cr is to na te rra (2Co 5 .10).
13) No ju í z o v in d o u ro que r e c o m p e n s a rá os f ié i s e 
c o n d e n a rá os in fi é is (Ap 20 .11-15) .
14) E na v ida e t e rn a de gozo e fe l i c idade pa ra os f iéi s e
de tr i s teza e to rm e n to pa ra os in f ié is (M t 25 .46) .
Metodologia de Estudo
P ara ob te r um bom a p ro v e i tam en to , o aluno 
deve es ta r c o n s c ie n te do p o rq u ê da sua ded icação de 
tem po e es fo rço no afã de ga lga r um degrau a mais em 
sua fo rm ação .
L e m b re - s e que você é o au tor de sua h is tó r ia 
e que é necessá r io a tua l iza r -se . D e s e n v o lv a sua 
cap a c id a d e de rac ioc ín io e de so lução de p rob lem as , 
bem co m o se in tegre na p ro b le m á t i c a a tual , para que 
p ossa vir a ser um e lem en to úti l a si m e sm o e à Igreja 
em que es tá inser ido .
C o n s c ie n te des ta rea l idade , não apenas 
acum ule co n teú d o s v isando p repara r - se para p rovas ou 
t raba lhos po r fazer . Ten te segu i r o ro te i ro suger ido 
aba ixo e c o m p ro v e os resu l tados :
1. D ev o c io n a l :
a) F a ç a um a oração de ag ra d e c im e n to a Deus pe la 
sua sa lvação e po r p ro p o rc io n a r - lh e a 
o p o r tu n id a d e de e s tuda r a sua Pa lav ra , pa ra ass im 
g an h a r a lmas para o R e in o de Deus;
b) C o m a sua hu m i ld ad e e o ração , D eus irá i lum ina r 
e d i r e c io n a r suas facu ldades m en ta i s at ravés do 
E sp í r i to Santo , d e s v e n d a n d o m is té r io s con t idos 
em sua Palavra ;
c) P a ra m e lh o r a p ro v e i t a m e n to do es tudo , temos que 
ser o rgan iz ados , ler com p rec i são as l ições , 
m e d i t a r com a tenção os con teúdos .
2. Loca l de es tudo:
V ocê p rec i sa d ispor de um lugar p rópr io para
e s tu d a r em casa. E le deve ser:
a) B e m a re j a d o e com boa i l u m in a ç ã o (de 
p re fe rênc ia , que a luz venha da esquerda ) ;
b) I so lado da c i rc u laçã o de pessoas ;
c) L onge de sons de rádio , te lev isão e co n v e r sa s .
3. D ispos ição :
T u d o o que f aze m os por opção a l c a n ç a bons 
r e su l tados . P o r is so adqu i ra o háb i to de e s tu d a r 
v o lu n ta r i a m e n te , sem im pos ições . C o n s c ie n t i z e - s e 
da im p o r t â n c i a dos i tens abaixo:
a) E s t a b e l e c e r u m horár io de e s tudo ex t rac la s se , 
d iv id in d o - s e en t re as d i sc ip l ina s do cu r r íc u lo 
(d i spense m a is te m p o às m a té r ia s em que t iver 
m a io r d i f i cu ld ad e ) ;
b) R es e rv a r , d ia r i am e n te , a lgum t e m p o para 
d es can s o e lazer . Ass im , q u a n d o e s tu d ar , es ta rá 
d e s l ig ad o de ou t ras a t iv idades ;
c) C o n c e n t r a r - s e no que es tá f azendo ;
d) A d o ta r u m a co r re ta p os tu ra ( sen ta r - se à mesa , 
t ronco e re to ) , pa ra ev i ta r o cansaç o f ís ico ;
e) N ão p a s s a r p a ra ou t ra l i ção antes de d o m i n a r bem 
o que e s t i v e r e s tudando ;
f) N ão a b u s a r das capa c idade s f í s icas e menta is . 
Q u a n d o p e r c e b e r que es tá c a n s a d o e o e s tu d o não 
a l cança m a is um bom ren d im en to , f aça u m a pausa 
p a ra descansa r .
4. A p ro v e i t a m e n t o das aulas:
C a d a d i s c ip l in a ap re sen ta c a ra c te r í s t i c a s 
p rópr ia s , e n v o l v e n d o d i fe ren tes c o m p o r t a m e n to s : 
r ac io c ín io , ana log ia , in t e rp re ta ção , a p l icaç ão ou 
s im p l e s m e n t e h a b i l id ad e s m oto ras . T o d as , no
en tan to , ex ig em sua pa r t ic ipação at iva. Para
a lcançar m e lho r ap rove i tam en to , procure :
a) C o la b o ra r para a m a n u te n ç ã o da d i sc ip l in a na 
sa la -de -au la ;
b) P a r t i c ipa r a t iv am e n te das au las, dando 
co labo rações e sp o n tân e as e pe rg u n ta n d o quando 
algo não lhe f ica r bem claro;
c) A no ta r as o bse rvações co m p le m e n ta re s do 
m o n i to r em cade rno apropr iado .
d) A no ta r datas de p rovas ou en t rega de t raba lhos .
Es tudo e x t r a d a s s e :
O b se rv an d o as d icas dos i tens 1 e 2, você deve:
a) F aze r d i a i i a m e n te as ta refas p ropos tas ;
b) R ev e r os c o n teúdos do dia;
c) P re p a ra r as aulas da sem ana seguin te . Se 
cons ta ta r a lg u m a dúvida , anote-a , e ap resen ta ao 
m on i to r na au la seguin te . P rocu re não de ixa r suas 
dúv idas se acum ulem .
d) M ate r ia is que poderão ajudá-lo :
" M ais que um a versão ou tr adução da B íb l ia 
Sagrada ;
■ Atlas Bíb l ico ;
■ D ic io n á r io B íb l ico ;
" E n c i c lo p é d ia Bíb l ica ;
“ L iv ros de H is tó r ia s Gerai s e B íb l icas ;
■ U m bo m d ic ioná r io de Po r tuguês ;
■ L iv ros e apos t i la s que t ra t em do m esm o 
assun to .
e) Se o e s tudo for em grupo, tenha sem pre em 
mente:
■ A n e ce ss id a d e de dar a sua co lab o ração 
pessoa l ;
■ O d i re i to de todos os in teg ran tes op ina rem .
6. C o m o ob te r m e lh o r a p ro v e i t a m e n to em ava l iações :
a) R e v i se toda a m a té r ia antes da aval iação ;
b) P e r m a n e ç a ca lm o e seguro (você e s tudou! ) ;
c) C o n c e n t r e - s e no que es tá fazendo ;
d) N ão te n h a pressa ;
e) L e ia a t e n ta m e n te todas as ques tões ;
f) R e s o lv a p r im e i ro as ques tões mais acess íve is ;
g) H a v e n d o t e m po , rev ise tudo an tes de en t re g a r a 
prova.
B o m D esem p en h o !
Currículo de Matérias
> E d u c a ç ã o Geral
C l H is tó r i a da Igreja 
0 9 E d u ca ção Cris tã 
£Q G eo g ra f ia B íb l ica
> M in is té r io da Ig re ja
CJ É t ica Cr is tã / T eo log ia do Obre iro 
£□ H o m i lé t i ca / H e rm e n ê u t i c a 
GQ F a m í l i a Cri s tã 
d A d m in i s t r ação E c le s iá s t i c a
> T eo lo g ia
EQl B ib l io log ia 
CQ A Tr indade
CQ A njos , H om em , P e c a d o e Sa lvação 
£□ H ere s io log ia 
£Q E c le s io log ia / M is s io lo g i a
> B íb l ia
Q Pen ta teuco 
Cfl L ivros H is tó r icos 
Iffll L ivros Poéti cos 
EQ Pro fe tas M aio res 
Q Pro fe ta s M enores 
f f l Os E vange lhos / Atos 
ÉB Ep ís to la s P au l inas / Gera is 
CS A poca l ip se / E s c a to lo g ia
Abreviaturas
a .C. - an tes de Cris to .
A R A - A lm e id a R ev i s t a e A tu a l izad a 
ARC - A lm e id a R e v i s t a e C or r ida 
AT - A n t igo T e s t a m e n to 
BV - B íb l i a V iva
B L H - B íb l i a na L in g u ag em de H oje
c. - Cerca de, ap ro x im ad am en te , 
cap. - cap í tu lo ; caps . - capí tu los , 
cf. - confe re , com pare .
d .C. - depo is de Cr isto .
e.g. - p o r e xem plo .
Fig. - F igu rado .
fig. - f igu rado ; f igu radam en te , 
gr. - grego 
hb. - heb ra ico
i.e. - is to é.
IBB - I m p re n s a B íb l i c a B ras i le i ra 
K m - S ím b o lo de qu i lo m e t ro 
lit. - l i te ral , l i t e ra lm en te .
L X X - S e p tu a g in ta (versão g rega do A ntigo
T es t a m e n to )
m - S ím b o lo de metro .
M SS - m a n u sc r i to s
N T - N o v o T e s t a m e n to
N V I - N o v a V ers ão In te rnac iona l
p. - página .
ref. - r e fe rênc ia ; refs. - r e fe rênc ias
ss. - e os s egu in tes ( is to é, os ve rs ícu lo s c onsecu t ivos
de um c ap í tu lo até o seu f inal . Po r e xem plo : I P e 2.1ss,
s ign i f ica I P e 2 .1-25) .
séc. - sécu lo (s).
v. - ve rs ícu lo ; vv. - ve rs ícu los .
ver - ve ja
✓
índice
Lição 1 - A D o u t r in a da T r i n d a d e ....................................... 15
Lição 2 - A D o u t r in a de Deus Pai - T e o l o g i a ................41
Lição 3 - A D o u t r in a de Jesus Cr is to - C r i s to lo g ia . . . . 6 7
Lição 4 - A D o u t r in a do E sp í r i to San to -
P n e u m a to lo g i a I a P a r t e .......................................... 93
L ição 5 - A D o u t r in a do E sp í r i to San to -
P n e u m a to lo g i a 2a P a r t e ......................................119
R efe rênc ias B i b l i o g r á f i c a s .................................................... 143
Lição 1
A Doutrina da Trindade
As E s c r i t u r a s en s in am que D eus é um, e que 
além dEle não ex i s t e ou t ro Deus . C o n tudo , a un idade 
d iv ina é u m a u n id a d e c o m p o s ta de três pe ssoas 
d is t in tas e d iv inas que são: Deus Pai, Deus Filho e 
Deus Espírito Santo.
N ão se tr a ta de três deuses , mas de três 
pessoas n u m só D eus . Os três c o o p e ra m u n idos e num 
m e sm o p ropós i to , de m a n e i ra que no p leno sen t ido da 
pa lavra , é um.
1 ^ 0 Pai cria, o F i lho r e d im e 1, e o E s p í r i t o San to 
santi f ica .
No en tan to , em cada um a dessas ope raç ões 
os três e s tão p resen te s .
P o d e m o s d e f in i r a dou t r ina da T r i n d a d e da 
segu in te m ane i ra :
■f D eus ex is te e t e r n a m e n te como três p e s s o a s , Pai, 
Filho, E s p í r i t o San to . Cada p e s s o a é p le n a m e n t e 
D eus e há um só Deus .
Tentativa de def in ição do trino Deus.
■ Deus P a i : é a p le n i tu d e da D iv in d a d e ;
B Deus F i lh o : é a p le n i tu d e da D iv in d a d e m an i fes ta ;
1 Ad qu i r i r de novo. T i r a r do poder a lhe io ; re sga ta r . L iv rar das 
penas do Inferno; salvar . F a z e r esquecer ; expiar , pagar .
■ Deus Espírito Sa n to : é a p le n i tu d e da D iv inda de 
o p e ra d a na cr ia tura.
D eus é uno e ao m e s m o te m po tr ino (Gn 
1.26; Dt 6.4 ; M t 3.16 ,17; 28 .19; Jo 14.16; Hb 9.14).
A Tr indade San ta não é um a soc iedade de 
três deuses com o querem os M ó r m o n s 1. São três div inas 
e d i s t in ta s pessoas , é um a ve rdade b íb l ica que 
u l t r ap assa a razão e que é ace i ta pe la fé.
N osso reco n h e c im e n to dos m is té r ios de 
Deus , e sp ec ia lm en te da T r indade , ex ige que 
a b a n d o n e m o s a razão? N ad a disso. Na B íb l ia , de fato, 
há m u i to s mis té r ios , mas o c r i s t i an i sm o , com o “re l ig ião 
re v e l a d a ” , cen t ra l i za - se na reve lação , que ( segundo sua 
p róp r ia def in ição ) to rna-se m a n i fe s to em vez de 
ocul ta r . A razão se vê d ian te de u m a ped ra de tropeço 
quan d o c o n f ro n ta d a pe la n a tu re z a p a r a d o x a l2 da 
dou t r ina t r in ita r iana . Mas , a s seve rou M ar t in h o Lutero , 
de m o d o enérg ico , “pos to que se base ie c la ram en te nas 
Esc r i tu ras , a razão p rec i sa co n s e rv a r - s e em si lêncio 
sobre o assun to ; devem os t ã o - s o m e n te c r e r ” .
Se a un idade c o m p o s t a do h o m e m (seu 
esp ír i to , sua a lma e seu co rpo) , é um fato inexp l icáve l 
para a c i ênc ia e aos hom ens m ais sáb ios e santos , 
quan to mais a T r indade do Pai , do F i lho e do Esp í r i to 
Santo!
Todas as t rês d iv inas pe s soas da Tr indade 
são co -e te rnas e iguais en t re si, mas em suas operações 
con ce rn en te s à cr iação e redenção:
* D eus o Pai p lane jou ou c r iou tudo (Ef. 3.9 - 
A RA);
1 Se i ta re l ig ios a nor te -ame r icana fund ad a em 1827 por Joseph 
Smith (18 05-1844 ) .
2 C on ce i to que c ou parece con t r á r io ao co mu m; con t ra -senso , 
absurdo , d i spara te.
16
■ Deus o F ilho , e xec u tou o p lano cr iado (Jo 1.3; Cl 
1.16; Hb 1.3; 11.3);
■ Deus o Esp í r i to San to , v iv i f icou , o rdenou e pôs 
em ação (Jó 33 .4 ; Jo 3.5; 6.63; At 1.8).
P o d em o s d iz e r que:
Pai Domina Planejou a salvação
Filho Realiza Consumou a salvação
Espíri to Santo Preserva e Sustenta
Realiza ou Aplica a 
salvação
O Termo Trindade
U sado ge ra lm e n te para e x p r im ir duas idé ias 
bem d is t in ta s e até d i fe ren tes : r e fe re - se p ro p r ia m e n te a 
uma tríplice m anifestação de Deus; e ou t ra ao seu 
modo trino de existir.
Mas, es tas duas idé ias , apesar da r e la ção 
ín t im a que en t re elas ex is te , são tão d i fe ren tes que 
p e d e m causa r co n fu s ão q u a n d o expressas por u m a só 
palavra . Tão g rande é a d i f e re n ç a de sen t ido en t re elas 
que acham os p o r bem dar a c ad a uma a des ignaç ão 
própr ia . V am os , po r tan to , na d i scussão da d o u t r in a da 
T r indade , de s ig n a r po r t e rm os d ive rsos a idé ia da 
t r íp l ice m a n i fe s t a ç ã o de D e u s e a do seu m odo t r ino de 
exis t i r .
> A Trindade das pessoas.
A D iv in d a d e é um a T r indade - Pai , F i lho e 
E sp í r i to Santo , que s ig n i f i ca s im p le s m e n te “Tri- 
U n i d a d e ” , ou seja, t rês em um.
A lg u é m p o d e rá pergunta r : Q uan ta s pessoas 
há na D iv in d a d e ? H á três pessoas : O Pai, / o F i lh o e o 
E sp í r i to Santo . E es tes t rês são um D eus , da m e sm a 
subs i s tênc ia , igua is em p o d e r e glória.
17
Tra ta - se de um a revelação , de um fato que 
não p o d e r ía m o s saber de outro modo, is to é, a não ser 
que fosse revelado .
_ I > P r o v a s .
P ro n o m es pessoa is são ap l icados a cada uma 
das pessoas da Tr indade :
■ Pai se di r ige ao F ilho , o F ilho se d ir ige ao Pai;
■ A Benção A pos tó l ic a c l a ra m e n te ind ica a 
d i s t inção das três pessoas (2Co 13.13);
“ A fó rm u la do ba t i sm o tam bém d es igna as três 
pessoas (Mt 28.19) .
> A d o u t r i n a p r o v a d a .
Vis to co m o a dou t r ina da T r in d a d e conce rne 
à na tu re za ín t im a da Tr indade , não p o d e r ia ser 
c onhec ida exce to po r meio de r eve lação ; es sa reve lação 
encon t ra - se nas Escr i tu ras .
> E v i d ê n c i a s .
O N ovo T es tam en to é base segura para a 
c rença na dou t r ina da Tr indade . Mas ex i s t e m outros 
fatos que p ro v a m ta m b é m o pon to de v is ta t r in i tá r io . 
U m dos nom e s de D eus no Antigo T e s t a m e n to é: Eloim 
(plural) . E m G ênes is 1.26 diz Deus: “F açam os o 
hom em à nossa im a g e m con fo rm e a n ossa s e m e l h a n ç a ” ; 
aqui Deus es tá co n su l t an d o e co m u n ic a n d o a si m esm o, 
usando o p lu ra l da p r im e i ra pessoa.
D i f i c i lm e n te podem os conceber os at r ibutos 
de Deus n u m a base m o n í s t i c a 1, po rque o c o n h e c im e n to 
im pl ica su je i to e ob je to , e esse c o n h e c im e n to é mais do
1 Do u t r in a f i l osóf ica segundo a qual o con junto das coisas pode 
ser reduz ido à un i dade , quer do ponto de vista da sua subs tânc ia 
(e o moni smo poderá ser um ma ter ia l i smo ou um esp i r i tu a l i sm o) , 
quer do ponto de vista das leis ( lógicas ou f ís icas) pe las qua is o 
Universo se ordena (e o monismo será lóg ico ou f í sico).
18
que m e ra in t rospecção . A ss im ta m b é m o am or sugere o 
obje to em que le rm ina (se D eus é Amor, deve tê - lo por 
toda a e t e rn idade) . Além dis to , sendo Deus in f in i to , só 
um ob je to t a m b ém in f in i to pode sa t i s faze r p le n a m e n te 
o seu amor. Logo, na p róp r ia D iv in d a d e deve ter Ele 
en co n t rad o o obje to adequado do seu am or (Jo 17.23).
D eus cr iou o h o m e m à sua im ag em e disse: 
“F a ç a m o s o hom e m à n ossa im agem , co n fo rm e a nossa 
s em elhança , . . .” (Gn 1.26). É claro , po r tan to , que 
quando D eus fez o hom em a sua im ag em e sem elhança , 
não e s tav a só na e tern idade .
N ão podem os co n c e b e r a Deus com o eterno 
i so la d a m e n te na e te rn idade . Só a T r in d ad e exp l ica 
c om o D eus pod ia ser fel iz na e te rn idade ; a co n v iv ên c ia 
en tre as t rês pessoas da D iv in d a d e é fon te de perene 1 ̂
f e l i c idade para D e u s ^ O F i lho e o Esp í r i to San to são tão ̂
d iv inos quan to o Pai; não são m enos e te rnos , nem ^ 
m enos p o de rosos do que o Pai . São todos igua lm en te 
e te rnos , poderosos , g lo r iosos e d iv inos.
O F i lho não é u m a c r ia tu ra , com o cr iam os 
a r ianos , n e m de ixou a sua ex i s t ên c ia do Pai , mas é 
a u to -e x is ten te desde toda a e t e rn id ad e ju n t a m e n t e com
0 Pai. “ No p r inc íp io era o V erbo , e o V erbo e s tava com 
D eus , e o V erbo era D e u s ” (Jo 1.1). O m e sm o é 
verdade ace rca do Esp í r i to Santo .
Os te rm os F ilho e Esp í r i to San to r e fe rem -se 
às suas re lações na D iv in d a d e ou ao seu m odo de 
subs i s tênc ia , e não à sua o r igem . A D iv in d a d e de uma 
das três pessoas se p rova pe lo fato de que todos os 
nom es , t í tu los , a t r ibu tos , obras e adoração da 
Di v indade são dados a cada uma.
O A D iv inda de de Cr is to é c ons ide ra da na 
S o te r i o lo g ia 1 sob o t í tulo: “O R e d e n t o r ” .-- ) ~
_____________________________ -
1 Par te da te o lo gia que t rata da sa l vação do homem.
19
As três pes soas são um Deus , u m a un idade 
trina. As pessoas da D iv in d a d e não são sepa radas uma 
das out ras com o a p e s s o a h u m a n a o é de todas as ou tras 
pessoas .
Não ex is te d iv i são sem subs tânc ia , não é 
uma parte que é o Pai e ou t ra o F i lho e ou t ra o E sp í r i to 
Santo. E um a ún ica sub s t â n c i a ind iv is íve l , em ou tras 
pa lavras , a subs tânc ia é n u m e r i c a m e n te uma.
O dog m a te o ló g ico a f i rm a a u n id a d e ou a 
id en t idade dos a t r ibu tos ou que os a t r ibu tos são 
c om uns a todas as t rês pessoas . Não se tra ta de três 
in te l igênc ias , t rês von ta des , etc. . . T ra ta - se de um a 
in te l igência , uma von tade , um poder nas três pessoas .
A un idade n u m é r i c a da su b s t â n c i a e a 
iden t idade dos a t r ibu tos , en t re tan to , não o b l i t e r a m 1 as 
d is t inções de p e r s o n a l id ad e , nem re s u l t a m em um a 
única pessoa , po r m is te r io s a s e in c o m p re e n s ív e i s que 
is to nos pareça .
As d i s t inções pes soa is se en c o n t ra m em suas 
r e lações de um a pa ra com as ou tras e em seusof íc ios e 
operações na e c o n o m ia divina.
> Relações e ofícios.
O Pai se en c o n t ra n u m a re lação pa te rna l pa ra 
com o Filho , e o F i lho é ch am ad o de un igén i to ; o 
E sp í r i to p rocede do Pai e do Filho .
A pa lav ra “ g e r a d o ” ao se ap l ica r à D iv in d a d e 
não exp re s sa o m o d o de vir a ser, mas o m odo de 
ex is t ir ou subs is t i r .
Os c redos N iceno e A tan as ia n o fa lam de 
Cr is to com o V e rd a d e i ro Deus .
Isto não se deve en ten d e r com o s ign i f i cando 
que a subs tânc ia do F i lho foi de r ivada da su b s tân c ia do 
Pai em vez de ser coex is ten te .
1 Fazer de sapa re ce r a po uco e pouco; apagar . Fa ze r esquecer .
20
> Valor da doutrina.
A d o u t r in a m o s t r a que D eus não tem sido 
e t e rn am en te um ser so l i tá r io e iso lado . D eus é um ser 
que c o n h ec e e t e rnam en te , e o c o n h e c im e n to im p l ic a em 
um ob je to em que te rmina.
D eus é amor, e o am or im pl ica re lação e 
com unhão ; e s se am or , pa ra ser e te rno e ad eq u a d o , deve 
achar -se den t ro da D iv inda de , e isso im p l ic a pelo 
m enos a ig u a ld ad e das pessoas , po rque to d a a per fe i ta 
com u n h ão tem que ser en t re si iguais . A ss im , a 
d ou t r ina da T r in d a d e é j u s t i f i c a d a pe la c ren ç a de que 
D eus co n h e c e o amor, e o tem fe i to d e s d e toda a 
e te rn idade .
D eus , o Pai, era para eles um a rea l idade ; o 
F i lho pa ra eles e ra um a rea l idade ; e da m e s m a fo rm a o 
E sp í r i to Santo . E, d ia n te desses fa tos , a única 
conc lu sã o a que se pod ia chega r era a seguin te :
■S Que hav ia na D iv in d a d e um a ve rdade i ra , e m b o ra 
m is te r io sa , d i s t inção da pe r so n a l id ad e , d is t inção 
que se to rnou m a n i fe s ta na obra d iv in a para 
r e d im ir o hom em .
Vár ias pas sagens do N ovo T es t a m e n to 
m e n c io n am três pessoas d iv inas : M a teu s 3 .16 ,17 ;
28.19; João 15.26; 2 C or ín t io s 13.13; G á la tas 4.6; 
E fés io s 2.18.
U m a c o m p a ra ç ã o de tex tos to m a d a de todas 
as par te s das E sc r i tu ras m os t ra o segu inte :
1. C ada um a das três pe ssoas é c r iador, e m b o ra se 
dec la re que há um só c r iado r (Jó 33.4 e Is 44 .24).
2. C ada um a é cham ada :
■ J e o v á (Dt 6.4; J r 23 .6) , O S e n h o r (R m 10.12; Lc 
2.11; 2C o 3.18);
■ O D eus de Israel (Mt 15.31; Lc 1.16,17; 2Sm
23.2 ,3 );
21
■ O L e g i s l a d o r (G1 6.2; R m 8.2; Tg 4 .12) ;
* O O n ip o te n te (Jr 23 .24; Ef 1.22; SI 139.7,8);
- A F o n te da V ida (Dt 30.20 ; Cl 3.4; R m 8.10).
M as , ao m e sm o te mpo, a f i rm a-se que há só 
um ser que pode ser descr i to des sa m ane i ra .
3. C ada um:
■ Fez o h o m e m (SI 100.3; Jo 1.3; Jó 33.4);
■ V iv i f i c a os m or tos (Jo 5.21; 6 .33);
■ L e v a n to u a Cr is to ( I C o 6.14; Jo 2.19; IPe
3.18);
■ C o m i s s i o n a o m in is té r io (2Co 3.5; l T m 1.12; At 
20 .28) ;
■ S an t i f i c a o povo de Deus (Jd 1; H b 2.11; Rm 
15.16);
■ E faz todas as operações e sp i r i tua i s ( I C o 12.6; 
Cl 3 .11; IC o 12.11).
C o n tu d o é claro que som en te D eus é capaz 
de faze r essas coisas.
> R elações com as demais doutrinas:
■S A d o u t r in a da T r indade é e ssenc ia l a um a 
^ v e rd ad e i r a co m p re en s ão de D eus , sem a dou t r ina 
) da T r in d a d e não po d e r ía m o s te r a dou t r ina 
v e rd a d e i r a e sã do m o n o te í s m o ; 
v'' E la é essenc ia l pa ra a v e rd ad e i r a dou t r ina de 
r eve lação . Se D eus fosse so m en te U m , não poder ia 
reve la r -S e com o Se reve lou em Jesus Cr is to ;
■S F in a lm e n te , ela é essencia l pa ra a ve rdade i ra 
do u t r in a da redenção . A sa lvação do h o m e m diz 
re spe i to a dou t r ina da T r in d ad e , i s to^ é uma 
un id a d e tr íp l ice, e não um a u n id a d e simples' .
C o n c lu ím o s , pois , que D eus é um a un idade 
tr íp l ice: U m em três e t rês em Um, o Pai , o F ilho e o 
Esp í r i to San to são D eus e é D e u s .
> Não n eg ligenciar a doutrina.
P o r m a is dif íci l que nos seja c o m p re e n d e r 
toda essa ve rdade , temos aí, não obs tan te , u m a dou t r ina 
vi tal e u rgen te .
A h is tó r i a e c l e s iá s t i ca traz d ram á t icos 
re la tos de g rupos cr is tãos que te im ara m em não fazer 
caso da T r indade .
A o raçã o fam i l ia r e co t id ia n a dos ju d e u s (Dt 
6.4) e n fa t iza a s up rem a g randez a da u n id a d e div ina: 
“ Ouve Is rae l , o S enho r nosso D e u s é o ún ic o S e n h o r ” . 
A pa lav ra “ú n i c o ” aqui u sada co r r e s p o n d e ao hebra ico 
ecliad, que po d e rep re sen ta r um a un ida de c o m p o s t a ou 
com p lex a ; e m b o ra o hebra ico p o s s u a u m a p a l a v ra que 
s ign i f ique “ s o m en te u m ” ou “ o ú n i c o ” , yachad (esta 
j a m a is é u sad a em re lação a Deus) .
> A T rindade é um mistério.
A ace i tação reve ren te do que não é r eve lado 
nas Sagradas E sc r i tu ras faz -se n ece ssá r io an tes de se 
pe rg u n ta r a re spe i to de sua na tu reza . A g ló r ia i l im i tada 
de D eus deve ser um a fo rm a de nos c o n s c ie n t i z a r com 
respe i to à n o s sa in s ig n i f icân c ia em c o n t ra s t e com 
aquEle que é “ sub l im e e e x a l t a d o ” .
P o r isso, o pape l da razão é o de auxi l ia r , e 
nunca de d o m in a r (a t i tude rac iona l i s t a ) , a en ten d e r as 
E sc r i tu ras , e sp e c i a lm e n te no toc an te à fo rm u la ç ã o da 
d o u t r in a da T r indade . Não es tam os , pois , te n tando 
e x p l ica r D eus , mas, s im, c o n s id e ra r as ev idênc ia s 
h is tó r icas que e s tab e lece m a id e n t id a d e de Jesus com o 
h o m e m e t a m b é m com o D eus (em v i r tude dos seus atos 
m i lag ro so s e do seu cará te r d iv ino ) e, ainda, 
“ in c o rp o ra r a ve rdade que Jesus to rnou vá l ida no que 
diz r e spe i to ao seu re l a c io n a m e n to e te rno com Deus 
Pai e c o m D eus E sp í r i to S a n to ” .
H is to r i c a m e n te , a Ig re ja f o rm u lo u a dou t r ina 
da T r in d a d e em razão do g rande d eba te a re spe i to do
23
r e l a c io n a m e n to en tre J e sus de N aza ré e o Pai . Três 
P essoa s d is t in tas - o Pai , o F i iho e o E sp í r i to San to - 
são m a n i fe s tad a s nas E sc r i tu ra s com o Deus , ao passo 
que a p ró p r ia B íb l ia s u s ten ta com te n ac id a d e o Shema 
ju da ico :
■/ “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único 
Senhor” (Dt 6.4).
A conc lusão , b a s ead a nas E sc r i tu ras , é que o 
D eus da B íb l ia é (nas pa lav ra s do Credo A tanas ia no ) 
“ um só D eus na T r indade , e a T r in d a d e na U n i d a d e ” . 
Isso soa i r rac iona l? S e m e lh a n te acusação c o n t ra a 
dou t r ina da T r indade pode ser por si m e sm a 
c la s s i f i c ad a de ir rac iona l :
S “Irracional é suprimir a evidência bíblica em 
f a v o r da Trindade para fa v o re c er a Unidade, ou a 
evidência em f a v o r da Unidade para fa vo recer a 
Trindade” .
S “Nossos dados devem ter precedência sobre 
nossos modelos - ou, melhor, nossos modelos 
devem refletir de modo sensível à gama inteira 
dos dados”.
Por isso, nosso o lha r m e to d o ló g ico deve 
e s ta r baseado na B íb l ia no que diz re spe i to à re lação 
t ê n u e 1 en t re a un idade e a T r in d ad e para não 
p o la r i z a rm o s a dou t r ina da T r indade nu m dos dois 
ex t remos:
■ Asupressão das ev idênc ia s em favor da un idade 
(o que re su l ta r ia no u n i t a r ian i sm o , ou seja: que 
reconhece em D eus so m en te um a ún ica pessoa) ;
■ Ou o abuso das ev idênc ia s em favo r de 
tr iun idade (o que r e su l t a r ia no t r i te í sm o - t rês 
separados) .
1 D e lga do , f ino, sutil . Débi l , f rági l , gráci l . Pe qu ení ss i mo . Po uco 
im por t an te ou pond eráve l ; de sub s tâ nc ia escassa .
24
U m a aná l i se ob je t iva dos dados b íb l ico s no 
tocan te ao re l a c io n a m e n to en t re o Pai , o F i lho e o 
Esp í r i to Santo , r eve la que essa g rand iosa d o u t r in a não 
é uma noção abs tra ta , mas, na rea l idade , um a ve rdade 
revelada.
> Elem entos E ssencia is da Trindade.
S Deus é um;
v' C ada um a das p es soas da D e id ad e é d iv ina ;
•SD A un idade de Deus e a T r in d ad e de D eus não são 
con t rad i tó r i a s ; ~fc: 5
■S A T r in d ad e (Pai , F i lho e E sp í r i to S an to ) é 
eterna;
S C ada u m a das pe ssoas de D eus tem a m e sm a 
es sênc ia e não é in fe r io r ou super io r às ou tras 
em essência ;
•S A T r indade é um m is té r io que n u n ca p o d e re m o s 
en tende r p le nam en te .
25
Questionário
■ A ss in a le com “X ” as a l te rna t ivas cor re tas
1. É coe ren te d ize r que
a)| I D e u s Esp í r i to Santo: é a p le n i tu d e da
D iv in d a d e m an ifes ta
b)| I D eus Filho: é a p len i tude da D iv in d a d e
c)| | D eus Pai: é a p le n i tude da D iv in d a d e operada 
na c r ia tu ra
d ) H O Pai cria , o F i lho red im e, e o E sp í r i to San to 
san t i f ica
2. A D iv in d a d e de Cr is to é c o n s id e ra d a na So te r io log ia 
sob o t í tu lo
a ) D “ O C r ia d o r”
b ) 0 “ O R e d e n t o r ”
c)| I “ O S an t i f i c a d o r”
d ) D “O F u n d a d o r ”
3. Q uan to aos e l em en tos e ssenc ia is da T r indade , 
ass ina le a a l te rna t iva incorre ta
a ) H A un ida de de Deus e a T r in d a d e de Deus são 
con t rad i tó r i a s
b)| I C ad a um a das pessoas da D e id a d e é d iv ina
c)[ | D eus é um
d)| | A T r indade é um m is té r io que nunca 
p o d e re m o s en tende r p le n am en te
■ M arq u e “ C ” para Cer to e “E ” para E r rado
4 . [Cl O F i lho e o E sp í r i to San to não são tão d iv inos 
quan to o Pai; são m enos poderosos do que o Pai
5 . 0 Sem a dou t r ina da T r indade não p o d e r ía m o s ter a 
dou t r ina ve rdade i r a e sã do m o n o te í s m o
26
O Desenvolvimento Histórico da Doutrina da 
Trindade
0 A pa lav ra T r in d ad e não aparece na Bíbl ia .
Foi c u n h a d a por T e r tu l ia no para se re fe r i r à n a tu reza 
t r i n a una do verdade i ro e Ú n ic o D eus que de tém 
sabedo r ia e Se reve la a Si m e s m o com o Pai, F i lho e 
Esp í r i to Santo.
U m a grande d i s p u ta surg iu no in íc io do 
quar to século quando Ário , p re sb í t e ro da ig re ja de 
A le x a n d r i a na Áfr ica, a f i rm ou que o f i lho de D eus era 
um a c r ia tu ra que viera à ex i s t ê n c ia em a lgum m o m e n to 
an te r io r à c r iação do mundo: “H o u v e um tem po quando 
ele não e r a ” , a f i rm ou Ário. Tal p o s tu ra foi t e n azm e n te 
desa f ia da pe lo g rande teó logo A tanás io , que in s is t iu 
que Cr is to , enquan to Logos e t e rno era homoous ios , “da 
m esm a e s s ê n c i a ” do Pai. A tan ás io cr ia que os p rópr ios 
fu n d a m e n to s do c r i s t i an i sm o d epend iam dessa 
a f i rm ação po r ele de fen d id a em a lgum as l inhas.
1. C osm ológica1: Vis to que o Logos era aque le por 
m e io de q u em toda a c r iação ve io a ex ist ir , Ele 
deve pe r te nce r ao re ino e te rno e não tempora l .
2. L itúrg ica2: Cris to é ado rad o tan to pe los san tos na 
terra, com o pelos an jos no céu, ato que ser ia 
c ons ide ra do abso lu ta id o la t r i a se Ele não fosse de 
fato divino.
3. Soter io lóg ica3: Se Jesus Cr is to não fosse
p le n am en te D eus , E le não p o d e r ia ter r ed im id o do 
p ecado a h u m a n id a d e perd ida .
1 Q ual que r dout r ina ou nar ra t iv a a respe i to da or igem, da 
na tur eza e dos pr inc íp io s que o rd e n a m o mundo ou o un iverso, 
em todos os seus aspec tos .
“ O cu l to públ ico e ofic ia l ins t i tu ído por uma igreja ; r itual .
3 P a r te d:i t eo logia que t rata da sa lvaç ão do homem.
27
U m a das p r im e i ra s ten ta t ivas con t ra a 
in teg r idade da d o u t r in a da T r in d ad e foi fe i t a nos i d o s 1 
do ano 320 d.C. po r Ár io que com ba teu a T r in d ad e 
in ic ia lm en te negando a e t e rn id ad e e a D iv in d a d e de 
Cr is to , su s ten ta ndo ser E le um ser cr iado , co m o c r iado 
foram as dem ais co isas ex is ten tes . Es te pon to de v is ta 
de Ário o pôs em c h o q u e com A lexandre , seu b ispo e 
b ispo de A lexand r ia , que cr ia na T r indade c o n s t i tu íd a 
do pai , do F i lho e do E s p í r i to San to , com o três pessoas 
ig ua lm en te inc r iadas , e te rnas .
E s ta q ues tão en t re Ario e A lexand re , 
adqui r iu p ropo rções tão g randes que foi n ece ss á r io a 
c o nvocação de um c o n c í l i o 2, o de N icé ia (ho je na 
Turqu ia ) , onde foi ap ro v a d o um credo que c o n t ra r i a v a 
a op in ião de Ário, que a segu i r foi ban ido por o rdem do 
im p e rad o r C ons tan t ino . A causa a r iana sof r ia sua 
p r im e ira derro ta , mas haver i a de re s s u rg i r em 
dife ren te s fo rmas , p r in c ip a lm e n te nos nossos dias 
at ravés dos ens inos das fa lsas “T e s t e m u n h a s de J e o v á ” .
E m 325 d.C. o im p e ra d o r C o n s ta n t in o 
convocou o C onc í l io de N icé ia , que r e je i tou a heres ia 
de Ário dec la rando que “Jesus Cristo, o Filho de Deus, 
c Deus da par te de Deus, Luz da parte da Luz, vero3 
Deus da parte do vero Deus, gerado e não criado, de 
uma substância com o P a i” ,
D epo is de m u i ta d i spu ta na igre ja , o C o n c í l io 
de C o n s ta n t in o p la r ea f i rm o u em 381 d.C. a pos ição 
n icena sobre Cr is to e e s tende u o te rm o liomoousios 
t a m b ém ao Esp í r i to San to .
A lu ta pe la d o u t r in a da T r indade foi um dos 
cap í tu los mais im p o r tan te s da H is tó r ia da Igreja . Ao
1 Os tempos , os dias idos, pa ssado s , decor r idos .
2 Assem blé ia de pr e la dos ca tó l i cos em que se t ra tam as suntos 
dogmát icos , do ut r iná r io s ou d isc ip l inares .
3 Real , exa to, ve rdade i ro .
28
a f i rm ar tan to a un idade quan to “T r i n d a d e ” de D eus , a 
Tgreja C r i s tã m a n teve - se fiel ta n to à d e c l a raçã o do 
Ant igo T e s t a m e n to “Deus é U m ” com o à co n f i s s ão do 
N ovo T e s t a m e n to “Jesus é S e n h o r ” .
A d o u t r in a da T r indade é e s senc ia l ao 
c r i s t i an i sm o b íb l ico ; ela desc reve os r e l a c io n a m e n to s 
ex i s t en tes en t re os t rês m em bros da D iv in d a d e de um 
m odo co n s i s t e n te com a Escr i tu ra . E fu n d a m e n ta l nessa 
dou t r ina a q u e s tã o de com o D eus pode ser ao m esm o 
te m po um e três.
Os p r im e i ro s c r is tãos não q u e r i a m p erde r o 
seu m o n o t e í s m o 1 ju d a ic o en q u an to e x a l t a v a m o seu 
Salvador . S u rg i r am heres ias qu an d o as pessoas 
p ro c u ra ra m ex p l i c a r o Deus c r i s tão sem se to rna rem 
tr i te í s tas (com o os ju d e u s rap id a m e n te os acusa ram de 
ser). Os c r i s tãos a rg u m e n ta ram que o m o n o te í s m o 
ju d a ic o do A n t igo T estam en to não e x c lu ía a Tr indade .
O c l ím ax da fo rm u lação t r in i tá r i a ocor reu no 
C onc í l io de C o ns tan t inop la , em 381 d .C. D e v e m o s a 
esse conc í l io a exp res são do co n ce i to o r to d o x o da 
Tr indade .
T o d av ia , para ap rec ia rm os o que dis se o 
conc í l io é út i l a c o m p a n h a rm o s o d e s e n v o lv im e n to 
h is tó r ico da dou tr ina . Antes , foi pa ra r e s p o n d e r às 
heres ia s que a ig re ja exp l icou o que a E s c r i tu ra j á 
p re ssupunha .
> A Igreja Pré-N icena (33-325 d .C.).
1) Os apósto los (33-100 d .C.):
1 O ens ino apos tó l ico c l a r a m e n te ace i tou a
p lena e real D iv in d a d e de Jesus , e ace i tou e adotou 
a fó rm u la ba t i sm al t r in i tá r ia .
1 Sis tema ou dou t r i na daqueles que admi te m a ex i s tê nc ia de um 
único Deus.
2) Os pais apostólicos (100-150 d.C.):
Os escr i tos dos Pais A pos tó l icos eram 
ca ra c te r i zados por u m a pa ixão acerca de Cr is to 
(Cr is to p rovém de D eus ; ele é p ré -ex i s ten te ) e por 
am b ig ü id ad e teo lóg ica ace rca da Trindade .
3) Os apologistas e os polemistas (150-325 d.C.):
As c rescen tes p e r seg u iç õ es e heres ia s 
f c r ç a r a m os esc r i to res c r i s tãos a d ec la ra rem de 
m a n e i ra mais p rec i sa e de fende r o ens ino b íb l ico 
acerca do Pai , do F i lho e do E sp í r i to Santo.
■ Jus t ino M á r t i r : C r is to é d is t in to do Pai em sua 
função;
* A te n á g o r a s : C r is to não teve p r inc íp io ;
■ T e ó l i f o : O Esp í r i to San to é d is t in to do Logos',
• O r íg e n e s : O Esp í r i to San to é co-e te rno com o 
Pai e o Filho;
11 T e r t u l i a n o : F a lou em “T r i n d a d e ” e “p e s s o a s ” - 
t rês em núm ero , mas um em substância .
> Concílio de Nicéia (325 d.C.).
A q u e s t ã o : Cris to e ra p le n a m e n te Deus , ou era um
1) Á r io :
S S om en te D eus Pai é eterno.
$ S O F ilho teve um p r inc íp io com o o p r im e i ro e 
mais im por tan te ser cr iado .
■S O F ilho não é um em es sênc ia com o Pai.
S Ele é c h a m a d o D eus com o um t í tu lo
ser c r iado e sub o rd in ad o ?
•/ Cr is to é s u b o rd in ad o ao Pai.
honor íf ico .
Que honra e di st ingue ; ho n ro so , honorá r io , honoráve l .
30
2) A tan ás io :
S C r is to é co -e te rno com o Pai.
■f C r is to não teve p r inc íp io .
■f O F i lho e o Pai têm a m e sm a essência .
■f C r is to não é sub o rd in ad o ao Pai.
Declarações fundamentais do Credo do C o n c í l io :
■ [Nós c rem os] “em um S enhor Jesus Cri s to . . . 
ve rdade i ro D eus , não fei to, de um a só s u b s tân c ia 
com o P a i ” .
■ “Mas aque les que d iz em que houve um t e m p o em 
que Ele não ex is t ia , e que antes de ser ge rado Ele 
não era, a es tes a Igre ja C a tó l ica a n a t e m a t i z a 1” .
B “E c rem os no Esp í r i to S a n to ” .
Resultados do C onc í l io :
■ O a r ian i sm o foi fo rm a lm en te condenado ;
* A dec la ração homoousia (m es m a subs tânc ia ) cr iou 
conf l i tos ;
■ Os ar ianos r e in t e rp re ta m homoousia e a c u s a r a m o 
conc í l io de m o n a rq u i a n i s m o m oda l i s ta ;
a A dou t r ina do Esp í r i to San to f icou sem ser 
elaborada .
> Concílio de Constant inopla: 381 d.C.
O ar ia n i sm o não foi ex t in to em N icé ia ; na 
rea l idade , ele c resceu em im por tânc ia . A lém disso, 
surg iu o m a c e d o n ia n i s m o , que s u b o rd in a v a o E sp í r i to 
San to e s s e n c ia lm e n te da m e sm a m a n e i r a que o 
a r ian ism o hav ia s u b o rd in ad o Cris to.
A q u e s t ã o : O E sp í r i to San to é p le n a m e n te D eu s?
1 E xcomu ngar . R e p r o v a r energ icamen te ; votar à exec ração ; 
condenar . Am a ld iç oa r , exec ra r . Banir , excluir .
31
1
D eclaração fundam ental do Credo do C o n c ílio :
" e no Esp í r i to San to , o S en h o r e d o a d o r da
vida , que p rocede do Pai, que é adorado e 
g lo r i f i cado ju n t a m e n te com o Pai e o F i l h o ” .
R esultados do C on cílio :
■ C a r ia n ism o foi r e je i tado e o C redo N iceno 
rea f i rm ado .
■ O m a c e d o n ia n i s m o foi c o n d en a d o e a D iv in d a d e 
do E sp í r i to Santo af irmada .
■ F o ra m re so lv idos g randes con f l i to s ace rca do 
t r in i ta r i an i sm o (em b o ra os deba tes c r i s to lóg icos 
t e n h a m c o n t inuado até C a lcedôn ia , em 451 d .C.).
Uma Apresentação Bíblica da Trindade
A dou tr ina do t r in i ta r i an i sm o j a m a is é 
e n s in a d a e x p l ic i t am e n te nas E sc r i tu ras , mas o 
t r i n i t a r i a n i s m o é a m e lh o r ex p l icaç ão da ev idênc ia 
b íb l ica .
A expos ição t e o lóg ica da dou t r ina resu l tou 
de ens inos b íb l icos c la ros, po rém não abrangen tes . E 
um a d o u t r in a essencia l pa ra o c r i s t i an i s m o porque se 
c o n ce n t ra em quem Deus é e s p e c i a lm e n te na D iv inda de 
de Jesus Cr is to .
C o m o o t r i n i ta r i an i s m o não é ens inado 
e x p l i c i t a m e n te nas E sc r i tu ras , o e s tudo da dou t r ina é 
um es fo rço de reun i r temas e dados b íb l icos por meio 
de um es tudo teo lóg ico s i s tem á t i co e pe la obse rvação 
do d e s e n v o lv im e n to h i s tó r ico da atual concepção 
o r t o d o x a 1 ace rca de qual é a a p re s en tação b íb l ica da 
T r indade .
1 C o n fo rm e com a dout r ina re l i g iosa t ida como verdade ira .
32
> Revelação parcial no A ntigo Testam ento.
l{y l c> f A in d a que não se en co n t re nas E sc r i tu ra s a 
pa lav ra “T r i n d a d e ” , é b íb l ico , no en tan to , o 
fu n d am e n to dessa dou t r ina , p resen te nos ens inos 
p ro fe r idos por Jesus Cr is to e seus após to los.
A pa lav ra T r indade s ign i f i ca “t r i u n id a d e ” ou 
— idéia de “ t r ê s - e m - u n id a d e ” . Ela é u sada pa ra 
s in te t iza r o ens ino da E s c r i t u ra de que Deus é três 
pessoas , po rém um só Deus .
As vezes as pessoas pen sam que a dou t r ina 
da T r indade é en c o n t ra d a som en te no Novo 
T es tam en to . E m b o ra a dou t r ina da T r indade não seja 
e x p l ic i t am e n te en c o n t r a d a no A nt igo T es tam en to , 
d iversas passagens suge rem ou dão a en t e n d e r que 
D eus ex is te com o mais que um a pessoa .
P or e xem plo , segundo Gênes is 1.26, Deus 
disse: “F açam os o h o m e m à n ossa im agem , co n fo rm e a 
n ossa s e m e lh a n ç a ” . O que o verbo no p lu ra l 
(“ f a ç a m o s ” ) e o p ro n o m e no p lural ( “n o s s a ” ) 
s ign i f icam ? A lguns têm suger ido que são p lu ra i s de 
m a jes tade , fo rmas de l inguagem que um rei u sa r ia ao 
d izer , por exem plo : “E s ta m o s con ten tes em c e d e r ao 
vosso p e d id o ” .
C on tudo , no hebra ico do Ant igo T es tam en to , 
não há qua i sque r outros ex em p lo s de um m o n a rc a 
u sando o “plural de m a je s t a d e ” , po r tan to não há 
ev idênc ia que dê apo io a tal idéia.
O u tra suges tão é que Deus es ta r ia aqui 
f a lando a anjos. M as os anjos não p a r t i c ip a ram da 
c r iação do h om em , nem foi o hom e m cr iado à im ag em 
e sem e lhança dos an jos, de fo rm a que essa idé ia 
t a m b ém não convence .
A m e lh o r exp l icaç ão e a ún ica su s ten ta da 
quase u n a n im em e n te pe los Pais da Ig re ja e teó logos 
m a is an tigos é a de que j á no p r im e i ro cap í tu lo de
33
Gênes is ex i s t e a in d icaçã o da p lu ra l idade de pes soas no 
p rópr io D eus . Não que haja uma referêr.c>aàs quan ta s 
pessoas , e não tem os nada nesse tex to que abo rde um a 
co m p le ta d o u t r in a da T r indade , mas f ica im p l íc i to que 
mais de um a p esso a e s tá e n vo lv ida nesse texto .
O m e sm o po d e ser dito de:
S Gênesis 3.22 - “A g o ra o hom em se to rnou co m o 
um de nós , co n h e c e n d o o bem e o m a l ” ;
■f Gênesis 11.7 - “V enha , desçam os e c o n fu n d a m o s 
a l íngua que f a l a m ” ;
■/ Isaías 6.8 - “ Q u e m env ia re i? Q u e m irá por 
n ó s ? ” . (Note a co m b in a ç ã o de s ingu la r e p lura l 
na m e s m a frase) .
A lé m disso , há passagens em que um a p es soa 
é c h am ad a “ D e u s ” ou “ o S e n h o r” e el a se d is t ingue de 
ou tra p es soa que t a m b é m se diz ser D eus (SI 45 .6 ,7 ; 
110.1) . A lém do mais , d ive rsas pas sagens do Ant igo 
T es t a m e n to a r e spe i to do “Anjo do S e n h o r ” suge rem a 
p lu ra l idade de pessoas em Deus .
A pa lav ra t r ad u z id a po r “ a n j o ” (hb. M a l ’ak) 
s ign if ica s im p le s m e n te “m e n s a g e i ro ” do S enhor , ele é, 
en tão, d is t in to do p róp r io Senhor . Todav ia , em a lguns 
lugares, o A n jo do S e n h o r é ch a m a d o “D e u s ” ou “o 
S e n h o r” (cf. Gn 16.13; Êx 3.2-6; 23 .20-22 ; N m 22.35; 
Jz 2 .1 ,2; 6 .11 ,14) .
E m outras pas sagens no A n t igo T e s t a m e n to 
“o Anjo do S e n h o r ” s im p le sm en te se re fe re a um anjo 
cr iado , mas ao m e nos nos tex tos c i tados o An jo 
especia l (ou “ m e n s a g e i r o ” ) do S enho r parece ser uma 
pessoa d i s t in ta que é p le n am en te a iv ina .
> Revelação mais com pleta no Novo Testam ento.
Q uan d o o N ovo T e s t a m e n to co m e ç a 
e ncon t ram os o ens ino mais exp l íc i to da n a tu reza 
t r in i tá r ia de Deus .
34
A ntes de o lha rm os pa ra esse a ssun to em 
detó lbes , p o d e m o s s im p le sm en te re la c io n a r d iversas 
pas sagens on d e as três pessoas da T r in d a d e são 
m os t ra das jun ta s .
Q u an d o Jesus foi ba t izado (Mt 3 .16 ,17) - Ao 
m e sm o te m po vemos os três m e m b ro s da T r indade 
ex ec u tan d o três a t iv idades d is t in tas : D eus Pai fa la do 
céu; D eus f i lho é ba t izado , e en tão ouve que o Pai fala 
do céu; e D eus Esp í r i to San to desce do céu para p ousa r 
sobre Jesus e capac i tá - lo para o min is té r io .
N o final de seu m in is té r io te r reno (Mt 28 .19)
- Os nom e s “P a i ” e “F i lh o ” , r e t i rados da idé ia deles 
com o fam í l ia , a mais ín t im a de todas as in s t i tu ições 
hum anas , a pon tam mui to fo r t e m e n te pa ra as 
pe r s o n a l id a d e s d is t in tas do Pai e do F ilho.
Q u an d o “ o E sp í r i to S a n to ” é c o locado na 
m e s m a ex p re s s ã o e no m e sm o níve l das outras duas 
pessoas , é dif íc i l ev i ta r a co n c lu sã o de que o Esp í r i to 
San to t a m b é m é v isto com o pessoa , e de pos ição igual 
à do Pai e do Filho.
Q u an d o pe rce bem os que os au tores do Novo 
T e s t a m e n to ge ra lm en te usam o n o m e “D e u s ” (gr. Theos) 
para re fe r i r - se a Deus Pai e o n o m e “ S e n h o r ” (gr. 
Kyrios) pa ra re fer i r - se a Deus F i lho , en tão f ica claro 
que há ou t ra exp res são tr in i tá r ia em IC o r ín t io s 12.4-6. 
S em e lh a n te m e n te , o ve rs ícu lo f inal de 2Cor ín t io s é 
t r in i tá r io em sua fo rm a de exp res são (2Co 13.13).
V em os t a m b ém as três pessoas m e nc ionada s 
s epa ra d a m e n te em Efés ios 4.4-6.
As três pessoas da T r indade são m enc ionadas 
ju n t a s na f rase de aber tu ra de I P e d ro ( I P e 1.2). E em 
Judas 20,21.
Os cr is tãos p r im i t ivos m a n t in h a m com o um 
dos fu n d a m e n to s da fé o fa to da un ida de de Deus ; tan to 
o j u d e u quan to o pagão p o d ia m test if ica r : “ C rem os em
35
um D e u s ” , mas ao m e sm o te m po eles t inham as 
pa lav ras cla ras de Jesus para p rova r que Ele era Deus .
Os esc r i to res do N ovo T es tam en to , 
r e fe r i ram -se a Jesus, c o lo c a n d o f im a um a l inguagem 
que ind icava r e c o n h e c e re m Jesus com o sendo “ sobre 
todas as coi sas , Deus b en d i to para s e m p r e ” (Rm 9.5).
E a ex p e r i ê n c ia esp ir i tua l dos c . i s tão s 
apo iava es ta s a f i rm ações ; ao conhecer Jesus, 
co n h ec iam -n o com o Deus .
O m e sm o se ve r i f i ca em re lação a Deus e ao 
Esp i r i to Santo. Os cr i s tãos p r im i t ivos c r iam que o 
Esp í r i to San to hab i tava ne les , e n s inando -os , gu iando- 
os e in sp i rando -os a an d a r em nov idade de vida, não 
era m e ra m en te um a in f lu ê n c ia ou um sen t im en to , mas 
um ser ao qual po d e r i a m co n h e c e r e com o qual suas 
almas poder iam ter ve rd ad e i r a com unhão . E, ao 
e x a m in a re m o N ovo T e s t a m e n to , ali acha ram que Ele 
era descr i to com o p o s s u in d o os at r ibu tos de uma 
pe rsona l idade . A ss im a ig re ja p r im i t iva se de f ron tava 
com es tes dois fatos: Q ue D eus é Um, e que o Pai é 
Deus; O Filho é Deus , e o Esp í r i to San to é Deus .
Este s dois g randes fatos conce rnen tes a Deus 
cons t i tuem a dou t r ina da T r indade . U m a pessoa da 
Tr indade env ia outra: o Pai env ia o F ilho , e o Pai e o 
F ilho env iam o E sp í r i to San to ; daí ser c la ra a d is t inção 
das três pessoas .
Pau lo n u n ca ces sou de crer na un idade de 
Deus com o lhe fora en s in ad o desde a sua m oc idade 
( l T m 2.5; IC o 8.4). O após to lo ins is t i a que não 
en s in av a outra co isa senão aque las que se e n c o n t r av am 
na lei e nos p rofe ta s , ou seja: “D eus era o Deus de 
Abraão , de Isaque e de J a c ó ” . No en tan to , p regava a 
D iv in d a d e de Cr is to (Fp 2.6-8; l T m 3.16) e a 
pe rsona l idade do Esp í r i to San to (Ef 4 .30) e inc lu iu as 
t rês pessoas ju n t a s na benção apos tó l ica (2Co 13.13).
36
A n t ig o T e s t a m e n to N o v o T e s t a m e n to
Deus é 
Um:
Ouve Israel, o 
Senhor nosso Deus é 
o único Senhor (Dt 
6.4).
Assim, ao Rei eterno, 
imortal , invisível , 
Deus único, honra e 
glória pelos séculos 
dos séculos. Amém . 
( l T m 1.17; cf. ICo 
8.4-6; lT m 2.5-6; Tg 
2.19).
Três
Pessoas
Dist intas
Descri tas
como
Divinas
O Pai: Ele me disse: 
“Tu és meu Filho, 
eu hoje te gere i” (SI 
2.7).
... Elei tos segundo a 
p resc iência de Deus 
Pai... ( IP e 1.2; cf. Jo 
1.17; ICo 8.6; Fp 
2.11).
O Filho: Ele me
disse: “Tu és me 
f ilho, eu hoje te 
gere i” (SI 2.7; cf. 
Hb 1.1-13; SI 68.18; 
Is 6.1-3; 9.6).
E, sendo Jesus 
bat izado, saiu logo da 
água, e eis que se lhe 
abr iram os céus, e viu 
o Espír i to de Deus 
descendo como 
pom ba e vindo sobre 
ele. E eis que uma 
voz dos céus dizia: 
Este é o meu Filho 
amado, em quem me 
comprazo (Mt 3.16- 
17).
O Espírito Santo: Disse Pedro: Ananias, 
por que encheu 
Satanás teu coração, 
para que menti sses ao 
Espír i to Santo. . .? Não 
ment iste aos homens, 
mas a Deus (At 5.3-4; 
cf. 2Co 3.17).
No pr incípio criou 
Deus os céus e a 
terra.. . e o Espír i to 
de Deus pa i rava por 
sobre as águas (Gn 
1.1-2; cf. Êx 31.3; 
Jz 15.14; Is 11.2).
37
Pluralidade de Pessoas da Divindade
N o A nt igo T es tam en to , o uso de p ro n o m es 
no p lural apon ta para , ou pelo m enos sugere , a 
p lu ra l idade de pessoas na D iv indade : “T a m b é m disse 
Deus: F a ç a m o s o hom em à nossa im agem , c o n fo rm e a 
nossa s e m e l h a n ç a . . . ” (Gn 1.26).
O uso da pa lav ra s ingu la r “n o m e ” em 
re fe rênc ia a D eus Pai, F i lhoe Esp í r i to San to ind ica 
um a un idade den t ro da tr indade de Deus: “ Ide,
por tan to , fazei d is c ípu los de todas as nações , 
ba t izan d o -o s em n o m e do Pai e do F i lho e do Esp ír i to 
S a n to ” (Mt 28.19) .
> P es soa s com a m e sm a essência : a t r i bu tos ap l icados 
a cada pessoa .
A t r i b u t o Pa i F i l h o E s p í r i t o S a n t o
E t e r n i d a d e SI 90 .2 Jo 1.2; A p 1 .8,17 H b 9 .1 4
P o d e r I P e 1.5 2 C o 12.9 R m 15 .19
O n i s c i ê n c i a J r 17 .10 A p 2 .23 I C o 2.11
O n i p r e s e n ç a Jr 2 3 .2 4 M t 18 .20 SI 139 .7
S a n t i d a d e A p 15.4 A to s 3 .1 4 A t o s 1.8
V e r d a d e Jo 7 .28 A p 3.7 l J o 5.6
B e n e v o l ê n c i a R m 2 .4 E f 5 .25 N e 9 .2 0
> Igua lda de com d i fe ren tes funções : A t iv idades que 
e n v o lv e m todas as t rês pessoas :
A t r i b u t o Pa i F i l h o E s p í r i t o S a n t o
C r i a ç ã o d o M u n d o SI 102 .2 5 Cl 1 .1b Gn 1.2; Jó 26 .1 3
C r i a ç ã o d o H o m e m Gn 2.7 Cl 1.16 Jó 33 . 4
B a t i s m o de C r i s t o M t 3 .17 M t 3 .1 6 M t 3 .16
M o r t e de C r i s t o H b 9 .1 4 Hb 9 .1 4 H b 9 .1 4
38
Questionário
■ A ss ina le com “X ” as a l te rna t ivas corre tas
6. A pa lav ra “T r i n d a d e ” foi c u n h a d a por
a)| I A tenágoras
b)| I João
c)[/g T e r tu l ia no
d)| I Pau lo
7. Não é um a q ues tão d e f e n d id a por Ário
a)| I S o m en te D eus Pai é e te rno
b ) D O F i lho não é um em e s s ên c ia com o Pai
c)l I C r is to é su b o rd in a d o ao Pai
d ) 0 Cr is to não teve p r inc íp io
8. A dou t r ina do t r i n i ta r i an i s m o
a)|>cl Jam ais é e n s in a d a ex p l i c i t a m e n te nas 
Escr i tu ras
b ) D É en s in a d a e x p l i c i t a m e n te nas E p í s to la s 
Pau linas
c)l I S o m en te é e n s in a d a exp l i c i t a m e n te no A n t igo 
Tes tam en to
d ) D É en s in ad a e x p l i c i t a m e n te nos E v a n g e lh o s
■ M arque “ C ” para C e r to e “E ” para E rrado
9.IZ1 O ens ino a p os tó l ico c l a ram en te ace i tou a p le n a e 
real D iv inda de de Je sus , e ace i tou e ad o to u a 
fó rm u la ba t i sm al t r in i tá r i a
10.IçJ A pa lav ra T r in d a d e s ign i f ica “t r i u n id a d e ” ou a
idé ia de “t r ê s - e m - u n id a d e ”
39
Lição 2
A Doutrina de Deus Pai - Teologia
Em n e n h u m a par te da B íb l ia S a g ra d a os 
esc r i to res b íb l ico s se e m p e n h a m para p r o v a r a 
e x i s tênc ia de D eus . E les pa r te m do p r e s s u p o s t o 1 bás ico 
de que D eus ex i s te e oc u p a m -se em d e s c r e v e r tão- 
som ente as ações de D eus e o seu ca rá te r (Gn 1.1; Hb
11.3).
M as a B íb l ia dá te s t em u n h o de D e u s em ação 
no m u n d o f ís ico , na h is tó r ia e na vida p a r t i c u l a r dos 
ind iv íduos . Esses t e s t e m u n h o s despe r tam , ap e r f e i ç o a m 
e fo r ta l ecem a fé na P e s so a de Deus .
E m b o ra a B íb l ia fa le de ho m e n s que d izem 
em seus co rações que “não há D e u s ” , a p r e s e n ç a d iv ina 
no m u n d o é fato real e i n s o f i s m á v e l2.
Os ateus p ra t i can te s que te n tam b an i r a Deus 
de seus p e n s a m e n to s f azem -no pelo fato de o te re m 
re t i rado p r im e i r a m e n te de suas vidas. M as é de um 
escr i to r a lem ão a d e s co n ce r t an te f rase sobre o ate ísmo: 
“C ada ateu abr iga um cren te no c o ra ç ã o ” .
1 Que se pres sup õe . Pr e ss u p o s i ção ; conje tura . Des íg ni o , t enção , 
projeto. Ci rc un s t ânc ia ou fa to con s id erado como an teceden te 
necessár io de outro.
2 Sem engano, sem logro, sem burla e sem tapeação .
41
Existência de Deus
De acordo com a lguns b ib l i s tas , a ex i s tênc ia 
de D eus é um a verdade p r im ár ia e f undam e n ta l .
U m a verdade é p r im á r ia ou fu ndam en ta l 
qu an d o se ca rac te r i za pe la un iv e rsa l id ad e , n ecess idade 
e au to -e v idênc ia . Ou seja: u m a ve rdade que é ace i ta 
u n iv e rs a lm en te , que se im põe co m o n ece ss á r i a para que 
se p o s sa m e x p l ica r as dem ais r ea l id ad es e que se 
m os t re po r si mesm a, sem d e p e n d e r de um a p rova 
p re l im ina r , dada pe lo h om em , pa ra ser aceita .
É conce b ido com o ve rd ad e s p r im ár ia s o 
te m po , o espaço , o núm ero , causa e efe i to , idé ia do 
bem e do mal. As noções dessas v e rdade s são in tu i t ivas 
no h o m e m e se d es en v o lv e m pe la expe r i ênc ia . A ss im é 
t a m b ém D eus pa ra o ser hum ano : um a verdade
fu n d am e n ta l , p r im ár ia , que é ace i ta e v iv ida na 
e x p e r i ên c ia da vida.
A idé ia de que D eus ex i s t e é un iversa l . Em 
q u a lq u e r cu l tu ra , povo ou época encon t ra - se es ta 
crença. A ex i s t ênc ia de D eus é n ece ss á r i a para que o 
ho m e m tenha re spos ta ad e q u a d a para as ques tões 
fundam e n ta i s le van tadas pelo p e n s a m e n to humano . Ela 
/ > ! é au to -ev iden te : m os t ra -se po r si só. In d ep en d e n te de 
ser ap ro v ad a pelo hom e m para que seja ace i ta por 
verdade . É com o um a flor que, ex a l a n d o seu per fum e , 
p rova sua ex i s t ênc ia e p re sen ça aos c i rcuns tan te s que 
têm a c a p a c id ad e de sen ti r o chei ro .
A cerca de Deus d is se Jó: “faz g randes co isas 
que nós não c o m p re e n d e m o s ” (Jó 37 .5 ,6 , gr ifo nosso).
Não é porque não c o m p re e n d e m o s uma co isa 
que ela de ixa de exisi ir . M e s m o que D eus não seja 
a l cançado pe la co m p re en s ão h u m a n a , Ele con t inua 
r e in a n d o soberano sobre tudo e sobre todas as co isas 
(Is 43 .10).
42
A Natureza de Deus
D eus é a p re sen tado na B íb l ia co m o 
in f in i t a m e n te perfe i to (Dt 18.13; M t 5.48). Logo , a sua 
obra é pe r fe i ta (Dt 32 .4) , e t a m b é m os seus cam in h o s 
(SI 18.30).
Todas as ca ra c te r í s t i c a s de sua P es so a e de 
na tu re za não são apenas e x p re s s õ e s de a lg u m a a t i tude 
que d e m o n s t r a ou possu i , mas c o n s t i tu e m a p ró p r ia 
sub s t â n c i a de sua d iv indade .
/V- c/ oN ão se pode e x p l i c a r a n a tu re za de D eus , 
mas s o m en te c rer nEle. P o d e m o s b a s e a r n o ssa d o u t r in a 
sobre D eus nas p r e s s u p o s i ç õ e s j á c i tadas e nas 
e v idênc ia s d e m o n s t r ad as nas E sc r i tu ras .
A lguns tex tos b íb l icos a t r ib u em à p e s s o a de 
Deus qua l idades que os se res h u m a n o s não possuem , ao 
passo que outros tex tos o d e s c r e v e m em te rm os de 
a t r ibu tos m ora i s c o m p a r t i l h a d o s pe los seres hum a n o s , 
a inda que de fo rm a l im i tada . P o r e xem plo , D eus é 
san to p o r na tu re za , e o h o m e m , po r pa r t i c ipa ção (Rm 
1.4; 2C o 7.1; l T s 3.13).
O A ntigo T e s t a m e n to usa o te rm o “ s a n to ” em 
sen t ido abso lu to apenas q u a n d o se re fere à m a je s tad e 
inc r i ada e in te i ram en te i n a c e s s í v e l 1 de D eus , sendo que 
tudo o ma is , em c o m p a ra ç ã o a Ele, é o a b s o lu t a m e n te 
n ão - s a n to (Ex 15.11). E m c o m p a ra ç ã o a D eus , n in g u é m 
e n a d a é santo ou puro , e h o m e m n en h u m pode se 
a t reve r a cham ar-se san to ao lado de D eus (Jó 4.17; 
15.14; 25 .4 -6) . Só Deus san t i f ica , is to é, só Ele faz o 
h o m e m pa r t i c ipa r de sua san t idade ; é de D eus que vem 
a s an t id ad e de Israel .
1 Que não dá acesso; a que não se p o d e chegar , ou onde não se 
pode en t rar . Incompr eensí ve l .
43
A esse p r inc íp io segue im e d ia t a m e n te o seu 
aspec to ét ico , que é rea lçado , s o b re tu d o pe lo con t ra s te 
com a p e c a m in o s id a d e do hom em .
A n a tu reza de D eus é id e n t i f i cad a com mais 
f r e q ü ê n c i a por aqueles a t r ibu tos que não p o ssu e m 
an a lo g ia c o m o ser hum ano . D eus ex i s t e po r si m esm o, 
sem d e p e n d e r de outro ser. Ele é a fon te o r ig iná r ia da 
vida , tan to ao c r iá - la quan to ao sus ten tá - la . Deus é 
'Q esp í r i to ; E le não es tá con f ina do à e x i s t ê n c ia m a te r ia l e 
é im p e rc e p t ív e l ao olho f ís ico.
Sua na tu re za é im u táve l , j a m a i s se al tera. 
P os to que o p rópr io D eus é o f u n d a m e n to do tempo, 
E le não pode ser l im i tado pe lo te mpo. E le é et e rno , 
sem c o m e ç o e nem fim. D eus é to t a lm e n te cons i s ten te 
den t ro de Si mesmo.
O espaço não pode l im i tá - lo , po is E le é 
on ip re sen te . Deus t a m b é m é on ipo ten te , pois é 
p o d e ro s o pa ra faze r tudo que es te ja de aco rdo com a 
sua n a t u r e z a e s egundo os seus p ropós i to s . A lém disso , 
é o n i s c ien te ; conhec e e fe t iv a m e n te todas as co isas - 
pa s sadas , p resen te s e fu turas.
E m todos esses a t r ibu tos o c r i s tão pode achar 
o c o n s o lo e a c o n f i rm ação da fé, ao passo que o 
in c ré d u lo é adver t ido e m o t iv a d o a crer .
De acordo com Cari B raa ten , D eus tan to é 
co n t ín u o c o m o tem um ser c o n t ínuo , tudo o mais é 
te m p o rá r io . É p rec i so r e s sa l ta r a inda que não ex is te 
c o n t ra d iç ã o en t re a n a tu reza pe r fe i ta de Deus e o seu 
p o d e r i l im i tado .
> D eus se m a n i fe s ta a t ravés dos a t r ibu tos da sua 
.na tu reza :
E x i s t e m ta m bém , os aspec tos v is tos no 
re l a c io n a m e n to de Deus com o h om em . Eles se 
m a n i f e s t a m de fo rm a l im i tada nos ou t ros seres cr iados.
44
V am os agora e s tu d a r as ca rac te r í s t icas da 
n a tu reza de D eus , que de m o d o per fe i to e x p re s s a m a 
exce lsa p es so a do e terno D eus .
> Deus é a verdade ab so lu ta . \ /
O h o m e m dese ja a r d e n te m e n te encon t rá - la . 
P o rém , m ui tos a p ro cu r?m em ou t ras fontes.
D eus é a p róp r ia ve rdade (Jr 10.10; Dt 32.4; 
SI 31.5) . Não s o m en te p ra t i ca a ve rdade e tem a t i tudes 
e pa lav ras que pe r fe i t a m e n te c o n d iz e m com a verdade , 
mas E le é a p ró p r ia verdade .
A ve rdade é a s u b s t â n c i a da Sua Pessoa . Por 
isso Ele é ch a m a d o “D eus V e r d a d e i ro ” ( l J o 5.20; Jo
17.3). Es ta s u b s tân c ia ca ra c te r i z a não som en te D eus 
Pai , mas t a m b é m D eus F i lho (Jo 14.6) e D eus E sp í r i to 
San to (Jo 16.13; l J o 5.6).
Deus é t a m b é m a fon te da verdade ; po r is to 
Ele é cham ado o “D eus da V e r d a d e ” (SI 31.5) , to d a a 
ve rdade que ex is te no u n iv e rs o tem em D eus a sua 
o r igem ; as suas obras e a sua pa lav ra são sem pre 
ve rdade (SI 119.160) . “ S e m p re seja D eus v e rd a d e i ro ” 
(Rm 3.4).
O e te rno D eus é luz pe r fe i ta e, po r tan to , é 
in t e i r am en te im poss íve l que n E le ha ja t revas ( l J o 1.5), 
is to é, que D eus p o s sa n e g a r a si m e sm o (2Tm 2 .13) ou 
m e n t i r (Hb 6.18).
“ ... A ve rdade do S e n h o r é para se m p re . . . ” 
(SI 117.2b). A ss im co m o D eus é ete rno , ass im são 
t a m b é m e te rnos os a t r ibu tos da sua na tu reza , “ ... A Sua 
V e rd a d e é para s e m p r e ” (SI 146 .6b), e “ se e s tende de 
ge ração a g e r a ç ã o ” (SI 100.5).
D eus j a m a i s pode r ev o g a r a sua P a la v ra (Mt 
5.18; N m 23.20) . “ ... A P a la v ra do nosso D eus subs i s te 
e t e r n a m e n t e ” (Is 40 .8b) , “O céu e a te r ra passa rão , mas 
as m inhas Pa lav ra s não hão de p a s s a r ” (Mt 24 .35).
45
> Deus é f ie l .
E s ta q ua l idade , que do m o d o abso lu to , 
ca ra c te r i za D eus , é um a e xp re s são da ve rdade que Ele 
im u ta v e lm e n te e x e c u ta sem cessar .
A f id e l id ad e de D eus n u n c a falha;
r e p e t id am en te a B íb l i a fala des ta sua f ide l idade
v inc u lada a vár ias e x p e r i ên c ia s e nec e s s id a d e s do 
hom em . V ejam os:
S D eus é f iel na sua c h a m a d a ( I C o 1.9);
S E le é fiel pa ra g u a rd a r (2Ts 3.3);
■S E le é f iel ao se rm os te n tados ( I C o 10.13);
■S E le é f iel quan to às suas p rom essas (Hb 10.23), 
que são sim e sim (2Co 1.18-20);
S E le é t a m b é m fiel quando o crente padece ( I P e
4 .19), e a sua f id e l id a d e chega até as mais al tas 
n uvens (SI 36.5) .
> Deus é S an to .
A Bíb l ia dá a D eus o n o m e “ S a n to ” (SI
99.3) , E le é ch a m a d o “ ... o San to de I s r ae l . . . ” (SI
89 .18b) ; só no l ivro de Isa ías este n o m e é u sado 30 
vezes (Is 1.4), D eus diz: “ ... A ss im diz o al to e o 
s u b l i m e 1 que hab i ta na e t e rn idade e cu jo n o m e é 
S a n to . . . ” (Is 57 .15a) ; R ea lm en te , “ Santo . . . e t r e m e n d o é 
o seu n o m e ” (SI 111.9c).
H . Ç A S a n t id ad e é um a subs tânc ia da p ró p r ia 
na tu re za de D eus , e não som en te um a ex p re s são de um 
p ro ced im en to santo. D eus diz: “Eu Sou S a n to ” ( I P e 
1.16; Lv 19.2; 20 .7 ; SI 99 .5 ,9 ) ; Ele é a fon te de toda 
santidade .
A ss im co m o a luz é ca ra c te r i zada pe lo seu 
b r i lho , ass im t a m b é m D eus , que é luz ( l J o 1.5) em i te 
ra io s de b r i lho da Sua San t idade .
1 Grandio so , augus to , magní f ico , esp lên dido , d ivino.
46
A B íb l ia d iz que D eus é g lo r i f icado na Sua 
S an t idade (Êx 15.11); a g ló r ia de Deus são ra io s da Sua 
San tidade , e nós o a do ram os na b e leza da Sua 
S an t idade (SI 29 .2 ; 96 .8 ,9) .
N ão s o m e n te D eus Pai é Santo , mas t a m b é m 
Deus F i lho (Lc 1.35; l J o 2 .20; Ap 3.7) e D eus E sp í r i to 
San to (Ef 4 .30) , o são. Es ta San t idade , que é um 
at r ibu to das três pes soas da T r in d ad e , foi e v id e n c ia d a 
q uando os Se ra f ins c lam aram : “ San to , Santo , S an to é o 
Senhor . . . , toda a te r ra e s tá che ia da sua g ló r i a ” (Is
6.3b; Ap 4.8) .
> A Santidade de Deus em relação ao h om em .
D eus q ue r que os ho m e n s v ivam em ín t im a 
c o m u n h ã o com Ele; po rém , is to só é poss íve l q u a n d o 
eles ace i tam as c o n d iç õ e s im pos tas por D eus . E le diz: 
“ Sede Santos p o rq u e eu Sou S a n to ” ( I P e 1.16b).
D eus tem, na Sua S an t idade , d ec re tad o leis e 
no rm as que e x p re s s a m a Sua von tade , as qua is os 
hom ens têm de se su je i ta r e obedecer . E le q u e r leva r os 
homens no ca m in h o da S an t idade , po rque E le dese ja 
que “ ... s i rvam os a D eus de m odo ag radáve l , com 
r ev e rên c ia e San to T e m o r ” (Hb 12.28b).
Na S ua S an t idade , D eus , po rém , sen te 
tr i s teza e ze lo (Dt 32 .4 ; R m 10.2) , q u a n d o a Sua 
von tade não é r e s p e i t a d a pe los hom ens , D eus am a a 
ju s t i ç a e abor rece a i n iq ü id a d e (Hb 1.9). E le não pode 
to le ra r o pecado . P o r is to, “ as vossas in iqü idades fazem 
d iv i são en tre vós e vosso Deus ; e os vossos pecados 
e n c o b re m o seu ros to de vós, pa ra que vos não o u ç a ” 
(Is 59.2) .
> Deus é A m or.
A m o r é um ou t ro aspec to d iv ino . Es ta 
v i r tude do S en h o r é pe r fe i ta e in f in i ta . A m a io r 
d e m o n s t r a ç ã o de a m o r de D eus foi a de c o n c e d e r o seu
47
próp r io F i lh o pa ra m or re r em nosso lugar, at ravés do 
seu sac r i f íc io na cruz do ca lvár io .
A B íb l ia não som en te diz que D eus ama os 
h o m e n s (E f 2.4; 2Ts 2.16; 2Co 9.7) , mas que Ele é 
am or ( I J o 4 .8 ,16) , isto é, que o am or é a p rópr ia 
s ub s t â n c i a do e te rno Deus ; o seu am or é co m o um rio 
que m a n a 1 dE le m esm o, que é a fon te do amor, ass im a 
B íb l ia fa la do “D eus de A m o r ” (2Co 13.11) e tam bém 
do “ A m o r de D e u s ” (2Co 13.13).
> O grande preço que o amor de Deus pagou .
E s ta m o s agora d ia n te da m a io r e mais 
in sondáve l p ro fu n d id ad e do am or de D eus ; enquan to 
Deus na S ua S an t idade não pode to le ra r o p eca do r que 
v ive em pecado , e c o n fo rm e a Sua ju s t i ç a tem de 
e x ec u ta r o ju í z o pa ra cas t igá - lo , es te m e s m o Deus , que 
é e s sen c ia lm e n te amor, ama o pecado r ; pa rece que 
e s tam o s d ian te de uma inexp l icáve l co n t ra d ição den t ro 
da m e s m a pessoa ; po rém não há n ada disso.
O am or de Deus es tá em p leno aco rdo com a 
r e t idão e a ju s t i ç a das ex igênc ias de cas t igo para o 
p ecador , mas no seu mui to am or com que Ele nos amou 
(Ef 2.4).
D eus r e so lveu pagar o m a io r preço que 
j a m a is foi pago ( I C o 6.20), e deu o seu p róp r io Filho , 
para ser o sacri f íc io pelo r esga te dos hom ens da sua 
culpa. Je sus foi dado com o M e d ia d o r entre, a j u s t i ç a de 
D eus e os hom ens ( l T m 2 .5,6) , e m or reu na cruz do 
ca lvár io , f azendo a sen tença que a j u s t i ç a de Deus 
hav ia dec re tado sobre o p eca d o r (2Co 5.21; IP e 3.18). 
A ss im , a ju s t i ç a de D eus f ica r e s p e i t a d a e execu tada , e, 
pe lo am or de Deus , os pecado res são pe rdoados e 
sa lvos (Jo 3.16).
1 Ver te r in ces san t em en te e /ou em abundânc ia . Dar o r igem a; 
cr iar , p rod uzi r , der ramar .
48
> A graça de Deus (2Co 6.1: 8.1: GI 2.21).
G raça s ign i f ica um favo r im erec id o que 
D eus , na sua pe r fe i ta j u s t i ç a , m a n i fe s to u por 
in te rm éd io do sacr i f íc io do seu F i lho (2Tm 1.9; 2Co
8.9), t r azendo sa lvação a to dos os hom ens (Tt 2.11).
A B íb l ia diz: “po r um ato de ju s t i f i c a ç ã o de 
v id a ” (Rm 5.18), e "... onde o pecado abundou , 
s u p e rab u n d o u a g r a ç a ” (Rm 5 .20b).
^ A m ise r icó rd ia e a l o n g a n im id a d e de D eus 
são exp res são do seu amor, D eus é cham ado “ o Pai da 
m i s e r i c ó rd ia ” (2Co 1.3), e a B íb l ia diz que E le é 
r iqu í s s im o em m ise r icó rd ia (E f 2.4) . A m ise r i c ó rd ia 
que Ele mos tra , pe rd o an d o ao p e c a d o r e pe los m ér i tos 
de Jesus Cr is to (Tt 3.6; IP e 1.3); pe lo seu am or E le se 
m o s t r a lo ngâ n im o ( I P e 3.20) e s p e ran d o com p a c iên c ia 
que o p eca do r ace i te ao seu c o n v i te (Rm 2.4).
> Deus é Reto .
É im poss íve l D eus faze r algo e r rado . Por 
causa de Sua re t idão , Ele ex ige pe r fe ição em todos os 
que dese jam es ta r em Sua p re s e n ç a (Mt 5.48). É um 
es t i lo de v ida para ser v iv ido pe la g raça de D eus , pois 
é h u m a n am en te im poss íve l ao h o m e m ter a pe r fe ição 
total de Deus .
> Deus é Justo .
Deus j a m a i s age com desones t idade . A 
j u s t i ç a d iv ina é m a n i f e s t a d a no l iv ram en to do inocen te , 
na cond en a ção do pecador , no pe rdão pa ra quem se 
a r repende , no cas t igo do ím pio , na s a lvação do hom e m 
e na v i tó r ia às causas do seu povo (2Tm 4.8).
49
Questionário
■ A ss ina le com “X ” as a l te rna t ivas cor re tas
1. Q uan to à e x i s t ê n c ia de Deus , ass ina le a e r rada
a)| I D e acordo com a lguns b ib l is ta s , a e x i s t ê n c ia 
de D eus é um a ve rdade p r im ár ia e f u n d am e n ta l
b ) 0 A idé ia de que D eus ex is te é un ive rsa l
c)fiÕl É au to -obscu ro : nunca m os t ra -se po r si só
d ) 0 A ex i s t ên c ia de Deus é n ece ssá r i a pa ra que o 
h o m e m tenha re s p o s ta adequa da pa ra as ques tões 
levan tadas pe lo p e n s am e n to hum ano
2. S ign i f i ca um favo r im erec ido que D eus , na sua 
p er fe i ta ju s t i ça , m a n i fe s tou por in te rm éd io do 
sacr i f íc io do seu F i lho
a)[gl G raça
b)l | S obe ran ia
c)| | E te rn id ad e
d)[ I A m o r
3. A e a de Deus são e x p re s s ão do
seu am or
a)l I J u s t iç a e Ira
b ) 0 C r ia t iv id ad e e Soberan ia
c)[ I M ag n i tu d e e G ló r ia
d ) ® M is e r i c ó rd i a e L o n g a n im id a d e
M arq u e “ C ” para C er to e “E ” para Errado
4.11| Não se pode e x p l ica r a na tu re za de D eus , mas 
som en te c re r nE le
5 .R7| A S an t idade é som en te um a e xp re s são de um 
p ro ced im en to santo , e não um a subs tânc ia da p róp r ia 
na tu re za de Deus
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Os Atributos de Deus
A tr ibu to é aqu i lo que qua l i f ica um ser. Ao 
c onhec e r os a t r ibu tos de um ob je to , b u s c a m o s a 
e s sênc ia de sua na tu reza . Q u a n d o c o n h e c e m o s a D eus , 
descob r im os os seus a t r ibu tos e o r e c o n h e c e m o s co m o 
um ser infini to.
E n c o n t r a m o s nas E sc r i tu ras os a t r ibu tos de 
Deus . Elas d ec la ram o que Ele é e o que faz. É ve rdade 
que. com o cr ia tu ra , d e s v en d á - lo s ou r e l a c io n á - lo s no 
seu todo é ta re fa di f íci l , se não de to do im p o ss ív e l para 
nós. O após to lo , e s c rev en d o sobre a g ló r ia de D eus , 
declara : “A que le que tem, ele só, a im o r ta l id a d e e 
habi ta na luz ina cess íve l ; a quem n e n h u m dos ho m e n s 
viu nem pode ver; ao qual seja ho n ra e p o d e r 
s e m p i t e r n o 1” ( l T m 6.16).
Na B íb l ia en c o n t r a m o s os a t r ibu tos abso lu to s
de Deus:
S Vida, personalidade, im utabilidade, unidade, 
verdade, amor, santidade, bondade, m isericórd ia 
e jus tiça .
Os a t r ibu tos na tu ra is de D eus são: 
Onipresença, onisciência e onipotência.
> Deus é Onipresente .
D eus re la c io n a - se com tudo e com todos ao 
m esm o tempo. E s tá p resen te em toda a sua 
persona lidade . Não há co m o fug i r de S ua presença . 
“Para onde me irei do teu Esp í r i to ou pa ra onde fugi re i 
da tua face? Se sub i r ao céu, tu aí es tás ; se f ize r no 
Seol a m in h a cam a, eis que tu ali es tás t a m b é m ; se 
tom ar as asas da alva, se h ab i ta r nas e x t re m id a d e s do
1 Que não teve p r inc í p io nem há de ter fim; e te rno.
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mar, até ali a tua m ão m e gu ia rá e a tua des t ra me 
s u s t e r á 1” (SI 139.7-10) .
T udo isso s ign i f i ca que Deus é in f in i to e es tá 
p re sen te em todo o t e m p o e espaço . N in g u é m pode se 
e s c o n d e r de Sua face. M as a p re sen ça do S enhor deve 
ser ex p e r im e n ta d a em to do o tem po , para se recebe r as 
suas bênçãos de um a m a n e i r a bem real (Jr 23.24).
A B íb l ia fa la da o n ip r e s e n ç a de Deus:
O que s ig n i f i ca o n ip re s en ç a de D eu s? Deus 
disse: "... Não encho eu os céus e a t e r r a ? ” (Jr 23 .24b ; 
SI 72.19). O rei S a lo m ã o d is se na sua in sp i r a da oração: 
“Eis que os céus e até o céu dos céus te não po d e r ia m 
c o n te r . . . ” ( l R s 8.27), is to fa la da o n ip resença de D eus , 
a qual é poss íve l po rq u e Ele é E sp í r i to (Jo 4 .24). E le 
não es tá su je i to à m a té r ia ,

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