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BIBLIOLOGIA (IBADEP)

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A E A D E P A R - A s s o c i a ç ã o E d u c a c i o n a l d a s 
A s s e m b l é i a s d e D e u s n o E s ta do d o P a r a n á
I H A D E P - I n s t i t u t o B í b l i c o d a s A s s e m b l é i a s d e D e u s no 
E s t a d o d o P a r a n á A v . B r a s i l , S / N ° - E l e t r o s u l - C x . P o s ta l 
2 4 8 8 5 9 8 0 - 0 0 0 - G u a l r a - PR l o n e / F a x : ( 4 4 ) 3 6 4 2 - 2 5 8 1 / 
3 6 4 2 - 6 9 6 1 / 3 6 4 2 - 5 4 3 1 E - m a l l : i b a d e p q i B a e e p . c o m
site: wHH.ibads a.tam
DIGITALIZADO PCX
Bibliologia
Pesqu isado e adaptado pela Equipe 
Redatorial para Curso exclusivo do IBADEP: Inst ituto 
Bíbl ico das Igrejas Evangél icas Assemblé ias de Deus 
do Estado do Paraná,
Com auxí l io de adaptação e esboço de 
vários ensinadores.
5a Edição - Feverei ro/2007
Todos os direitos reservados ao IBADEP
Diretorias
CIEADEP
Pr. José Pimentel de Carvalho - Presidente de Honra 
Pr. Israel Sodré - Presidente
Pr. José Anunc iação dos Santos - I o V ice-Pres idente
Pr. Moisés Lacour - 2o V ice-Pres idente
Pr. Ival Theodoro da Silva - I o Secretár io
Pr. Samuel Azevedo dos Santos - 2o Secretár io
Pr. Simão Bilek - I o Tesoure i ro
Pr. Mirislan Douglas Scheffe l - 2o Tesoure i ro
AEADEPAR - Conselho Deliberativo
Pr. Israel Sodré - Presidente
Pr. Ival Teodoro da Silva - Relator
Pr. José Anunc iação dos Santos - Membro
Pr. Moisés Lacour - Membro
Pr. Samuel Azevedo dos Santos - Membro
Pr. Simão Bilek - Membro
Pr. Mirislan Douglas Scheffe l - Membro
Pr. José Carlos Correia - Membro
Pr. Perci Fontoura - Membro
AEADEPAR - Conselho de Administração
Pr. José Polini - Presidente
Pr. Robson José Brito - V ice-Pres idente
Pr. Moysés Ramos - I o Secretár io
Pr. Hercí l io Tenório de Barros - 2o Secretár io
Pr. Edi lson dos Santos Sique ira - I o Tesoure i ro
Pr. Luiz Carlos F irmino - 2o Tesoure i ro
IBADEP
Pr. Hércules Carvalho Denobi - Coord. Admin is tra t ivo 
Pr. José Carlos Teodoro Delf ino - Coord. F inanceiro
Cremos
1) Em um só Deus, eternamente subs is tente em 
três pessoas: O Pai, Fi lho e o Espír ito Santo. (Dt 
6.4; Mt 28.19; Mc 12.29).
2) Na inspi ração verbal da Bíbl ia Sagrada, única 
regra infal ível de fé normativa para a vida e o 
caráter cr istão (2Tm 3.14-17).
3) Na concepção virginal de Jesus, em sua morte 
vicária e expiatória, em sua ressurre ição 
corporal dentre os mortos e sua ascensão 
vitor iosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9).
4) Na pecaminos idade do homem que o desti tu iu 
da glória de Deus, e que somente o 
arrependimento e a fé na obra expiatória e 
redentora de Jesus Cristo é que pode restaurá- 
lo a Deus (Rm 3.23 e At 3.19).
5) Na necess idade absoluta do novo nasc imento
pela fé em Cristo e pelo poder atuante do
Espír ito Santo e da Palavra de Deus, para tornar 
o homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3-8).
6 ) No perdão dos pecados, na sa lvação presente e
perfeita e na eterna just i f i cação da alma 
receb idos gratu itamente de Deus pela fé no
sacri f íc io efetuado por Jesus Cr isto em nosso 
favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 
5.9).
7) No batismo bíbl ico efetuado por imersão do
corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do
Pai, do Fi lho e do Espír ito Santo, conforme 
•determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 
6.1-6 e Cl 2.12).
8 ) Na necess idade e na poss ib i l idade que temos de 
viver vida santa mediante a obra expiatória e 
redentora de Jesus no Calvário, at ravés do 
poder regenerador, insp irador e sant i f icador do 
Espír ito Santo, que nos capac ita a viver como 
fiéis testemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14 e 
IPe 1.15).
9) No bat ismo bíbl ico no Espír ito Santo que nos é 
dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, 
com a evidência inicial de falar em outras 
l ínguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 
10.44-46; 19.1-7).
10) Na atual idade dos dons esp ir i tua is d is tr ibu ídos 
pelo Espírito Santo à Igreja para sua edif icação, 
conforme a sua soberana vontade ( ICo 12.1­
12).
11) Na Segunda Vinda premilen ia l de Cristo, em 
duas fases dist intas. Pr imeira - invis ível ao 
mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, 
antes da Grande Tr ibu lação; segunda - vis ível e 
corporal, com sua Igreja glor i f i cada, para reinar 
sobre o mundo durante mil anos ( l T s 4.16. 17; 
ICo 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 14).
12) Que todos os cr istãos comparecerão ante o 
Tr ibunal de Cristo, para receber recompensa dos 
seus feitos em favor da causa de Cristo na terra 
(2Co 5.10).
13) No ju ízo v indouro que recompensará os f iéis e 
condenará os inf iéis (Ap 20.11-15).
14) E na vida eterna de gozo e fel ic idade para os 
f iéis e de tr isteza e tormento para os inf iéis (Mt 
25.46).
Metodologia de Estudo
Para obter um bom aproveitamento, o 
aluno deve estar consciente do porquê da sua 
dedicação de tempo e esforço no afã de ga lgar um 
degrau a mais em sua formação.
Lembre-se que você é o autor de sua 
história e que é necessário atual izar-se. Desenvolva 
sua capac idade de raciocínio e de solução de 
problemas, bem como se integre na prob lemát ica 
atual, para que possa vir a ser um elemento útil a si 
mesmo e à Igreja em que está inserido.
Consciente desta real idade, não apenas 
acumule conteúdos visando preparar-se para provas 
ou trabalhos por fazer. Tente seguir o roteiro 
sugerido abaixo e comprove os resultados:
1. Devocional:
a) Faça uma oração de agradec imento a Deus 
pela sua sa lvação e por proporc ionar- lhe a 
oportunidade de estudar a sua Palavra, para 
assim ganhar almas para o Reino de Deus;
b) Com a sua humildade e oração, Deus irá 
i luminar e d i rec ionar suas facu ldades mentais 
através do Espír ito Santo, desvendando 
mistérios contidos em sua Palavra;
c) Para melhor aprove itamento do estudo, temos 
que ser organ izados, ler com prec isão as 
l ições, medi tar com atenção os conteúdos.
2. Local de estudo:
Você precisa dispor de um lugar próprio para
estudar em casa. Ele deve ser:
a) Bem arejado e com boa i luminação (de 
preferência, que a luz venha da esquerda);
b) Isolado da c ircu lação de pessoas;
c) Longe de sons de rádio, telev isão e conversas.
Disposição:
Tudo o que fazemos por opção alcança bons 
resultados. Por isso adquira o hábito de estudar 
vo luntar iamente, sem impos ições. Consc ient ize-se 
da importânc ia dos itens abaixo:
a) Estabe lecer um horário de estudo extraclasse, 
d iv id indo-se entre as d isc ip l inas do curr ículo 
(dispense mais tempo às matér ias em que 
t iver maior dif icu ldade);
b) Reservar, d iar iamente, algum tempo para 
descanso e lazer. Ass im, quando estudar, 
estará des l igado de outras at ividades;
c) Concentrar-se no que está fazendo;
d) Adotar uma correta postura (sentar-se à 
mesa, tronco ereto), para evitar o cansaço 
físico;
e) Não passar para outra l ição antes de dominar 
bem o que est iver estudando;
f) Não abusar das capac idades f ís icas e mentais. 
Quando perceber que está cansado e o estudo 
não alcança mais um bom rendimento, faça 
uma pausa para descansar.
Aproveitamento das aulas:
Cada disc ipl ina apresenta caracter ís t icas próprias, 
envolvendo di ferentes comportamentos, a saber: 
raciocínio, analogia, interpretação, ap l icação ou
s implesmente hab i l idades motoras. Todas, no 
entanto, exigem sua part ic ipação ativa. Para 
alcançar melhor aproveitamento, procure:
a) Colaborar para a manutenção da d isc ip l ina na 
sa la-de-au la ;
b) Part ic ipar at ivamente das aulas, dando 
co laborações espontâneas e perguntando 
quando algo não lhe f icar bem claro;
c) Anotar as observações complementares do 
moni tor em caderno apropriado.
d) Anotar datas de provas ou entrega de 
trabalhos.
Estudo extradasse :
Observando as dicas dos itens 1 e 2, você deve:
a) Fazer d iar iamente as tarefas propostas;
b) Rever os conteúdos do dia;
c) Preparar as aulas da semana seguinte. Se 
constatar alguma dúvida, anote-a, e apresenta 
ao monitor na aula seguinte.Procure não 
deixar suas dúv idas se acumulem.
d) Materiais que poderão ajudá-lo:
s Mais que uma versão ou tradução da Bíblia 
Sagrada;
v' At las Bíblico;
s Dicionár io Bíbl ico;
/ Encic lopédia Bíblica;
S L ivros de Histórias Gerais e Bíbl icas;
s Um bom dicionár io de Português;
■/ Livros e apost i las que tratem do mesmo 
assunto.
e) Se o estudo for em grupo, tenha sempre em 
mente:
s A necess idade de dar a sua colaboração 
pessoal;
S O direito de todos os in tegrantes opinarem.
. Aproveitamento nas avaliações:
a) Revise toda a matéria antes da aval iação;
b) Permaneça ca lmo e seguro (você estudou!);
c) Concentre-se no que está fazendo;
d) Não tenha pressa;
e) Leia atentamente todas as questões;
f) Resolva pr imeiro as questões mais acessíveis;
g) Havendo tempo, revise tudo antes de entregar 
a prova.
Bom Desempenho!
Abreviaturas
a.C. antes de Cristo.
ARA Almeida Revista e Atual izada 
ARC Almeida Revista e Corrida 
AT Ant igo Testamento 
BV Bíblia Viva
BLH Bíblia na Linguagem de Hoje
c. Cerca de, aprox imadamente, 
cap. capítulo; caps. - capítulos, 
cf. confere, compare.
d.Co depois de Cristo.
e.g. por exemplo.
Fig. Figurado.
fig. f igurado; f iguradamente, 
gr. grego 
hb. hebraico
i.e. isto é.
IBB Imprensa Bíbl ica Brasileira 
Km Símbolo de qui lometro 
lit. l iteral, l i teralmente.
LXX Septuag inta (versão grega do AT) 
m Símbolo de metro.
MSS manuscritos 
NT Novo Testamento 
NVI Nova Versão Internaciona l 
p. página.
ref. referência; refs. - referências 
ss. e os seguintes (isto é, os versículos
consecut ivos de um capí tu lo até o seu final. 
Por exemplo: IPe 2.1ss, s ign if ica IPe 2.1-25). 
séc. século (s). 
v. versículo; 
vv. versículos, 
ver veja
índice
Lição 1 - A B í b l i a ......................................................... 13
Lição 2 - 0 Cânon da B íb l i a ........................................ 41
Lição 3 - Inspiração B íb l i c a ........................................ 69
Lição 4 - Revelação Bíblica ........................................ 95
Lição 5 - Preservação e Tradução B í b l i c a ..............125
Referências B ib l i o g rá f i ca s ........................................ 153
\
Lição 1
A Bíblia
"Cremos na insp iração div ina e p lena da Bíblia, 
bem como na sua in fa l ib i l idade e ine rrânc ia1, 
como única regra de fé normat iva para a vida e 
o caráter cristão".
O
O
o
Leia (2Tm 3.14-17)
Nos pr imórdios da c iv i l i zação o homem 
para v iver em grupo necess itou de normas que 
regulasse os seus dire itos e deveres. Surge assim, 
após diversas exper iênc ias, a const itu ição que, 
t ransgred ida, priva o cidadão dos bens maiores: a 
vida, a l iberdade, etc.
Semelhantemente no mundo espir itual, 
Deus estabeleceu a Bíbl ia Sagrada como fonte de 
vida. A Palavra de Deus l iberta da escrav idão do 
pecado os que vivem na mentira.
Horace Greeley assim def ine a importância 
da Bíblia: "É imposs íve l escrav izar menta l ou
soc ia lmente um povo que lê a B íb l i a ” .
Os princ ípios bíbl icos são os fundamentos 
da l iberdade humana: "E conhecere is a verdade, e a 
verdade vos l ibertará" (Jo 8.32).
1 Que não pode er rar ; infa l í ve l . Não er ran te; f ixo.
13
0 conhec imento da Bíbl ia Sagrada posto 
em pratica, l iberta o ser humano da escravidão do 
pecado, pois quem comete pecado é escravo do 
pecado.
Necessi tamos da Bíbl ia, pois é a l imento 
espir itual para nós: "Achando-se as tuas palavras, 
logo as comi, e a tua pa lavra foi para mim o gozo e 
alegria do meu coração; porque pelo teu nome me 
chamo, ó Senhor, Deus dos Exérc itos" (Jr 15.16).
A Escritura é a segurança para 
caminharmos no mundo de trevas: "Lâmpada para os 
meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho" 
(SI 119.105). Muitos andam em trevas por não 
conhecerem a luz glor iosa de Deus.
A Bíblia é a marav i lhosa bib l io teca de Deus 
com sessenta e seis l ivros. É ac ima de tudo a 
verdade para o fat igado peregrino; é hábi l , ef icaz e 
v igoroso cajado.
Para os sobrecarregados e opr im idos pelos 
fardos da vida, ela é suave descanso; para os que 
foram feridos pelos del i tos e pecados, é um bálsamo 
consolador. Aos afl i tos e desesperados, sussurra 
uma alegre mensagem de esperança.
Para os desamparados e arrastados pelas 
tormentas da vida é uma âncora segura; para a 
sol idão, é uma mão repousante [s ic ]1 que acalma e 
tranqüi l iza suas mentes.
O termo Bíbl ia não existe no texto das 
Sagradas Escrituras. O vocábulo "B íb l ia" s ignif ica 
coleção de l ivros pequenos e deriva da palavra 
"b ib los", nome dado pelos gregos à folha de papiro 
preparada para a escrita.
1 [Lat "a s s im" . ] . Adv . Pa lavra que se po spõe a uma c i t ação , ou 
que nesta se in te rca la , ent re pa r ên te s e s ou en t re co l ch ete s , 
para ind i ca r que o tex to or ig ina l é bem ass im, por e r r ado ou 
e s t ranho que pareça.
14
A palavra portuguesa Bíbl ia vem do grego, 
bíblia, que é o plural de "bíbl ion", l ivros. A 
expressão "B íb l ia" foi ap l icada às Sagradas 
Escrituras por João Cr isóstomo, patr iarca de 
Alexandria. Trata-se de uma coleção de l ivros 
perfeitamente harmônicos entre si.
Tais l ivros foram reunidos num só vo lume 
através de um longo processo histórico d iv inamente 
dirigido: a sua canonização; isto é, o reverente, 
cr iter ioso e formal reconhec imento pela Igreja dos 
escritos d iv inamente inspi rados do Ant igo e do Novo 
Testamento.
Esse conjunto de escr itos sagrados passou 
a denominar-se cânon ou escr ituras canônicas.
A Bíblia é uma Dádiva de Deus
Deus, que ant igamente falou "muitas vezes 
e de muitas maneiras aos pa is" (Hb 1.1), quer ia que 
a sua Palavra não somente f icasse guardada pelos 
homens por meio da sua própria exper iênc ia com 
Deus e pela trad ição falada, isto é, os pais contando 
aos seus fi lhos, etc.
Deus ordenou a Moisés: "Escreva isto para 
a memór ia em um l ivro" (Êx 17.14). Ordem esta que 
foi depois repetida durante 1.600 anos por um va lor 
aprox imado de 40 homens inspi rados por Deus, e 
assim surgiu: "O l ivro de Deus" (Is 34.16), a
"Palavra de Deus" (Ef 6.17; Mc 7.13), "As Santas 
Escr ituras" (Rm 1.2), que nós chamamos de Bíblia.
Os que escreveram os l ivros da Bíblia 
receberam as mensagens de d iferentes maneiras. Às 
vezes Deus disse: "Escreve num l ivro todas as
pa lavras que eu tenho dito" (Jr 30.2; 36.2; Hc
2.1,2). Muitas vezes os autores escreveram: "Ve io a 
mim a pa lavra de Deus" (Jr 1.4), "pa lavras da vida 
para no- las dar" (At 7.38).
15
Isaías menciona 120 vezes o que o Senhor 
lhe fala; Jeremias 430; e Ezequiel 329 vezes. Outros 
registram acontec imentos como se escreve história 
(Ex 17.14 etc.).
Uns examinaram minuc iosamente sobre o 
que dever iam escrever (Lc 1.3); outros receberam a 
mensagem por revelação (At 22.14-17; Gl 1.11,12, 
15,16; Ef 3.1-8; Dn 10.1), sonhos e visões (Dn 7.1; 
Ez 1.1, 2Co 12.1-3). Mas, escreveram o que 
receberam pela insp iração do Espír ito Santo e 
podiam dizer: "O que receb i do Senhor também vos 
entreguei" ( ICo 11.23; 15.3).
As Escrituras produz resultados práticos 
indiscutíveis; têm in f luenc iado c iv i l i zações, 
transformado vidas e trazido luz, inspiração, 
conforto a milhões de pessoas. Nelas podemos 
confiar a or ientação integral de nossa vida e extra ir 
os fundamentos do bem-estar e l iberdade humana. O 
Senhor as estabeleceu como: regra, bússola,
a l imento e fonte de bênçãos para a vida do crente.
Autenticidade Bíblica J
A autent ic idade da Bíbl ia é fundamentada 
na infa l ib i l idade e inerrância. Os atr ibutos da 
d iv indade são por ela revelados. Ela é autêntica em 
tudo, pois o próprio Deus é o seu autor, o Espírito 
Santo, o seu inspirador. Nela são autênt icos e 
inerrantes as revelações e os fatos narrados.
O rac iona l ismo se opõe vorazmente contra 
a autent ic idade, in fa l ib i l idade e a autor idade da 
Bíblia. O ateísmo, assim como o rac ional ismo, jamaispoderá ofuscar a autent ic idade das Escrituras. O 
problema do ateu em não querer acei tar a Bíblia 
como Palavra de Deus está na forma como ele se 
comporta ao ler as Escrituras, pelo fato de não 
querer observar o que ela rea lmente esta dizendo.
16
Uma das pr inc ipais af irmações da 
autent ic idade da Bíblia é sustentada por Jesus, 
quando diz aos judeus que as Escri turas dão 
testemunho dEle (Jo 5.39).
As Escri turas revela sua autent ic idade à 
menção de Jesus ao profeta Jonas, cujo l ivro foi 
escrito aprox imadamente 790 anos antes de Cristo. 
Jesus afirma que Jonas esteve no ventre do grande 
peixe por três dias e três noites e que o profeta 
pregou aos ninivitas.
Portanto, tentar obscurecer a inerrânc ia 
das Escrituras é no mínimo um ato grotesco! O 
Senhor Jesus Cristo confi rmou a sua veracidade: 
"Sant i f ica-os na verdade, a tua pa lavra é a verdade" 
(Jo 17.17).
Verificação \/
O Ant igo Testamento dec lara-se escr ito sob 
insp iração especial de Deus. A expressão "Deus 
d isse” ou " disse Deus" - como forte ind icador da 
chance la1 divina nos escr itos sagrados é usada mais 
de 2.600 vezes na Bíbl ia. A Lei, os Salmos, os 
Profetas, os Evangelhos, as Epístolas, o Apoca l ipse - 
Ant igo e Novo Testamento receberam de Deus sua 
inspiração.
O Novo Testamento cita as leis ant igas e 
as menciona com harmonia. Por isso há uma 
diferença insondável entre a Bíbl ia e qua lquer outro 
livro. Essa diferença deve-se à origem, à forma e à 
organização da Bíblia.
Escrita por um valor aprox imado de 
quarenta autores, num período de mais ou menos 
1.600 anos, abrangendo uma var iedade de tópicos, a
1 Marca ou s inal que m e re ce co n f i an ça e, po r tan to , faz ac e i ta r 
c om o boa uma a f i rm ação , re fe rên c i a , etc.
17
Bíblia demonstra uma unidade de tema e propósito 
que só é possível expl icar, cons iderando que há uma 
mente diretriz, uma única fonte inspiradora.
Quantos l ivros suportam sucess ivas 
leituras? A Bíbl ia pode ser lida todos os dias e todas 
as horas da vida. Tem o seu lugar reservado em 
muitas b ib l io tecas do mundo, em centenas de 
milhares de casas e no coração do homem.
A Bíbl ia está traduzida em mi lhares de 
idiomas e dialetos e é lida em todos os países do 
mundo. O tempo não à afeta. É um dos l ivros mais 
antigo do mundo e ao mesmo tempo moderno.
As defesas intelectuais da Bíbl ia têm o seu 
lugar, mas, o melhor argumento é o prático.
Como as Escrituras Chegaram Até Nós -J
A história de como a Bíbl ia chegou até nós, 
na forma em que a conhecemos, é longa e 
fascinante. Começa com os manuscr i tos orig inais ou 
"autógrafos", como são às vezes chamados. Textos 
orig inais foram escritos por homens movidos pelo 
Espír ito Santo (2Tm 3.16; 2Pe 1.20,21).
Cét icos1 declaram que Moisés não poderia 
ter escrito a primeira parte da Bíbl ia porque a escrita 
era desconhec ida na época (1500 a .C.). A ciência da 
a rqueo log ia2 provou desde então que a escrita já era 
conhecida milhares de anos antes dos dias de 
Moisés.
Os sumérios já escreviam cerca de 4000
a .C., e os eg ípcios e bab i lôn ios quase nessa mesma 
época.
1 Que duv ida de tudo; de sc rente .
2 O e s tudo c ie nt í f i co do pas sado da h um an id ade , m ed ia n te os 
t e s t em u nh o s mate r ia i s que de le subs i s t em.
18
Divisão e Classificação s/
As Escri turas formam uma unidade 
perfeita. A palavra Bíblia s ignif ica: conjunto de l ivros 
e neste aspecto, forma o Livro dos livros, por se 
tratar da revelação de Deus aos homens.
Por causa de sua perfeita unidade, a Bíbl ia 
é uma bibl ioteca e um livro ao mesmo tempo. Possui 
vários nomes em seu próprio conteúdo, a saber: 
Escritura (Mt 21.42); Sagradas Escri turas (Rm 1.2); 
Livro do Senhor (Is 34.16); A Palavra de Deus (Mc 
7.13); A Lei e os Profetas (Js 1.7,8; Ne 8.3,4,18); 
Oráculos de Deus (ARA Rm 3.2; Hb 5.12), etc.
A Bíblia é divid ida em Antigo e Novo 
Testamento, com um total de 66 livros. Uma divisão 
detalhada pode ser v isua l izada no quadro logo 
abaixo:
AT NT 1 "
N° Livros 39 27 66
N° Capítulos 929 260 1.189
N° Versículos 23.214 7.959 31.173
Livro Central Pv 2Ts Mq e Na
Capítulo Central Jó 29 Rm 13 e 14 SI 117
Livro Mínimo Ob 3Jo 3Jo
Versículo Mínimo
Êx 20.13 
Dt 5.17
Jo 11.35
Êx 20.13 
Dt 5.17
Os l ivros das Escri turas estão c lass if icados 
por assunto, sem ordem cronológica. O Ant igo e o 
Novo Testamento se div idem em 4 partes.
Antigo Testamento:
I a) Lei. Os cincos pr imeiros l ivros da Bíblia, 
chamados de O Pentateuco, traz a revelação 
da cr iação e mostram todo o cu idado de
19
Deus "em manifestar a lei, cód igo de 
d isc ip l ina espir itual, civi l e moral para seu 
povo.
2a) História. Do livro de Josué ao de Ester, é 
formado um conjunto de doze l ivros, que nos 
traz a história do Povo de Deus (Israel) em 
suas diversas fases ou períodos, após o 
estabe lec imento em Canaã.
3 a ) Poesia. De Jó a Cantares de Salomão, 
encontramos a poesia bíblica, em forma de 
revelação, adoração e conhec imento de 
Deus.
4a) Profecia: De Isaías até Malaqu ias, temos a 
revelação profética, que d iv id ida em:
a) Profetas Maiores - Isaías à Daniel;
b) Profetas Menores - Osé ias à Malaquias.
Novo Testamento:
I a) Biografia. O NT se inicia com os quatros 
Evangelhos trazendo-nos a vida marav i lhosa 
de Jesus Cristo. Três deles formam um 
paralel ismo no Min istério de Cr isto e são 
chamados S inóp t icos1.
2a) História. A história do Novo Testamento é a 
história da Igreja, revelada em Atos dos 
Apóstolos.
3a) Doutrina. As Epístolas ou Cartas, de 
Romanos a Judas, mostra de maneira 
esc larecedora todos os mandamentos do 
Senhor Jesus Cristo à sua Igreja.
1 Os E vange lh o s de S. Ma teus , S. Ma r co s e S. Lucas, ass im 
c h am ados po rque pe rm i t e uma v is ta de con jun to , dada a 
s em e lh ança de suas ver sões .
20
4 a) Profecia. No Apocal ipse, Deus revela o 
encerrar de todas as coisas sobre a ég ide1 de 
um Senhor Soberano Eterno, Glor ioso e 
revela man ifestação pessoal de Jesus Cristo 
e sua vitór ia final.
Valor Espiritual das Escrituras
"O Valor da Palavra de Deus é inest imável ! m » 
Seu valor excede a todas as coisas. O valor , 
espir itual está naqui lo que é " .
Os seres humanos têm exper imentado o 
va lor da Palavra de Deus em suas vidas. Pessoas 
dantes2 mater ia l is tas, cét icas, indi ferentes, al ienadas 
e pár ias3 da Sociedade, encontraram com a Palavra 
de Deus foram transformadas, abençoadas, 
v iv i f icadas (Ef 2.1) e valorizadas.
Seu valor como Livro:
Qual o valor de um livro, capa, volume, 
acabamento? Ou conteúdo? A Bíbl ia não é um mero 
l ivro, e sim "O Livro de Valor", seu conteúdo 
ultrapassa todos os l imites do homem, suas palavras 
vieram do céu (SI 119.89). São palavras que 
produzem vida (Jo 6.63).
Desde o princíp io Deus estabeleceu que 
suas Palavras fossem escr itas em um livro (Êx
17.14). Havia em Israel outros livros, pr inc ipa lmente 
o l ivro histórico dos Reis (2Cr 35.27). Entretanto o 
l ivro que trouxe av ivamento em Judá foi o Livro do 
Senhor (2Rs 23.2,3), no tempo do Rei Josias.
1 Escudo; de fe sa , p r o te ção . Ab r ig o , am pa ro , a r r imo.
2 Ante s , an te r io rmen te .
3 Fig. Homem exc lu íd o da so c ie dade .
21
Ao retornarem do cativeiro, os poucos
judeus que vieram a Jerusalém f izeram um grande
ajuntamento na praça (Ne 8.3), onde Esdras, o 
Sacerdote, trouxe o livro de Deus e abriu d iante do 
povo (Ne 8.5), o que trouxe um grande
despertamento para o povo de Deus (Ne 8.17).
Nos dias do profeta Jeremias, Deus
ordenou que sua Palavra fosse escrita num livro (Jr
36.2), e fossem lidas diante do povo (Jr 36.6).
Daniel descobr iu o número de anos do 
cativeiro pelos l ivros (Dn 9.2), certamente o livro 
dos profetas, e começou a orar para a l ibertação do 
povo do cativeiro (Dn 9.3).
O Senhor Jesus Cristo deu importância e 
valor ao livro divino, em Nazaré, foi à s inagoga e leu 
o livro do profeta Isafasaos ouv idos do povo (Lc 
4.17), ra t i f i cando1 o valor e o cumpr imento da 
profecia (Lc 4.21).
Deus, na sua sabedoria , proporc ionou uma 
coleção de l ivros para o seu povo em todo o mundo: 
A Bíblia (Jo 21.25).
 ̂ Seu valor como Alimento:
Como o corpo f ísico precisa do al imento, 
nosso espír ito e alma necess itam do a l imento
espir itual (Dt 8.3). Este é o pr inc íp io estabelec ido 
por Deus para o seu povo va lor izar a Palavra como 
al imento.
O próprio Senhor Jesus conf irmou a
Palavra do Pai, diante de Satanás (Mt 4.4). " Nem só
de pão...".
A Palavra de Deus, como a l imento
espir itual, é comparada ao:
1 C o n f i rm a n d o a u t en t i c am en te , v a l i d ando (o que já fora 
promet ido ) .
22
s Mel - O Salmo 19.10b nos apresenta a Palavra 
"mais doce do que o mel", ele fala do sabor 
esp ir itua l da Bíblia, o mel é um al imento 
completo.
s Leite - O primeiro a l imento do recém-nascido é 
também indicado para aqueles que iniciam na fé 
cristã (Hb 5.13).
O escritor aos Hebreus fala de crentes que 
com o tempo de vida cr istã já deveriam provar 
al imentos sólidos, entretanto ainda precisam de leite 
(Hb 5.12). Toda doutr ina, e os pr imeiros rud imentos1 
da Palavra de Deus, são como leite espir itual para os 
que nasceram de novo (Jo 3.3). A l imento sól ido é 
para aqueles que superaram a infância espir itual.
Seu valor como Guia:
Segundo o dic ionár io, a palavra guia, 
dentre outras coisas sign if ica, caderno ou livro, que 
contém indicações úteis acerca de lugares, horários, 
roteiros, etc.
Ao examinarmos as Escrituras, 
encontramos o fiel e perfeito roteiro de Deus que 
a juda-nos alcançar: uma vida plena em Sua
presença e um caminho certo para chegarmos às 
mansões celest iais (Jo 14.6).
Quando Deus ret irou o povo de Israel do 
Egito, para or ientá- los acerca de sua vontade, deu- 
lhes a Lei, que consist ia em um guia espir itual, 
moral e pessoal para cada famíl ia de Israel (Dt
4.5,6).
A Bíblia é o livro por excelênc ia que nos 
leva a salvação (At 4.12), nos conduz a uma vida de 
vitór ia (Rm 8.37), nos ensina a cerca da vida,
1 E lem en to in ic ial; p r inc íp io , começo ; esboço : P r ime i ra s noções; 
p r i n c í p i o s :
23
or ienta-nos diante das c ircunstânc ias boas ou ruins 
(Lc 12.22-34).
Const itu i-se num guia perfeito para as 
famíl ias, co locando a ordem de Deus em nossas 
vidas (Ef 6.1-4); orienta empregados (Ef 6.5-8), 
patrões (Ef 6.9) e muitos outros assuntos.
A Bíblia or ienta-nos quando não sabemos 
como fazer ( ICo 10.23) e ens ina-nos acerca da 
vontade de Deus para com nossas v idas (Ef 
5.17,18).
 ̂ Seu valor Espiritual:
Os dias de hoje é marcado por uma 
verdade ira corr ida ao mundo espir itual. Cremos ser 
um dos sinais da vinda de Cristo. Cabe à Igreja do 
Senhor aproveitar este momento e d issem ina r1 a 
Palavra de Deus, só ela tem valor espir itual para 
estes dias de crise.
O Va lor espir itual da Bíblia consiste em ser 
Al imento do espír ito (Rm 7.22), pão que desceu do 
céu e que produz vida (Jo 6.58).
Nestes dias de indef in ições para muitos a 
Bíblia viva e ef icaz é como espada que penetra até a 
divisão da alma e espí r ito discern indo todas as 
coisas (Hb 4.12).
Testi f ica com nosso espír ito confi rmando 
nossa posição em Cristo (Rm 8.16). Ela produz fé 
nos corações (Rm 10.17), est imula a crer nas 
promessas de Deus, e mostra um Senhor fiel e 
cumpridor de suas palavras (Hb 10.23).
O livro dos Salmos registra algo 
importante acerca do mundo espir itua l (SI 89.48). 
Este versículo fala do poder do mundo invis ível, e 
pergunta: " Quem l ivra a sua alma?".
1 S em ea r ou e spa lh a r por mu i ta s par tes: D i f und i r , d i vu lgar , 
p r opaga r; espalhar :
24
Devemos estar sempre l igados no poder da 
oração, da fé, do nome de Jesus (Mc 16.17), que nos 
dá vitór ia sobre este mundo maligno (Ef 6.12).
Para muitos a Bíblia não va lor algum (ICo
2.14). Mas o homem espir itual, aquele cujos olhos 
estão abertos, pode discernir o va lor precioso das 
Escrituras ( ICo 2.15,16).
Apenas o Espírito Santo pode nos levar a 
compreender o valor espir itual da Palavra de Deus. 
Jesus declarou acerca disso em João 14.26, Dizendo: 
"Ele vos ensinará todas as coisas".
25
Questionário
Ass ina le com "X" as a lternat ivas corretas
1. A expressão "Bíblia" foi aplicada às Sagradas 
Escrituras por
a)[U João, o apóstolo
b ) 0 João Batista
c ) D João Calvino
d ) H J o ã o Crisóstomo
2. Profeta que Jesus fez menção para confirmar a 
autenticidade das Escrituras
a ) 0 Jonas
b)[U Daniel
c ) D Miquéias
d ) D Naum
3. Quanto às divisões do AT, é incerto dizer que:
a )IZ ] A 4a parte são os livros proféticos divididos 
em: Profetas Maiores e Menores
b ) D A 3a parte são os livros que vão de Jó até 
Cantares de Salomão denominados poéticos
c ) 0 A 2a parte são os livros históricos que trazem 
a revelação da criação
d ) D A I a parte é a Lei, que são os cincos primeiros 
livros da Bíblia, chamados de: O Pentateuco
^ Marque "C" para Certo e "E" para Errado
4.ET1 A arqueologia provou que a escrita não era 
conhecida antes dos dias de Moisés
5.1C71 A Palavra de Deus, como alimento espiritual, é 
comparada ao mel e ao leite
26
Unidade Singular
A Bíbl ia em sua perfeita unidade, só pode 
ser expl icada como um perfeito mi lagre de Deus. A 
maneira como foi escrita sob d iversas c ircunstânc ias 
e tudo com perfe ição uniforme em mensagem e 
conteúdo; só pode ser cons iderada como, um livro 
divino!
Ninguém sabe como estes 66 l ivros 
divinos se encontram num só volume, isto é obra de 
Deus. Qualquer outra obra l i terária nas 
c ircunstânc ias da Bíbl ia seria como uma verdade ira 
Babel (confusão).
Num período de quase 16 séculos, os 
escritores insp irados, v ivendo sob diversas 
c ircunstânc ias e em lugares dist intos e d istantes 
(três continentes), escrevendo em duas pr inc ipais 
l ínguas, trouxeram-nos a revelação de Deus - A 
B íb l ia .
A diversidade de escritores:
Deus usou para escrever sua Palavra, 
homens de at iv idades variadas, razão que
encontramos os mais diversos t ipos de l inguagem na 
Bíblia. Abaixo segue alguns exemplos de escr itores 
bíbl icos com suas respect ivas ocupações:
Nome Profissão/Ocupação Referências
Moisés Cientista. . . . .......................................... j At 7.22
Josué Soldado Ex 17.9
Davi Pastor de ovelhas e Rei 2Sm 7.8; 8.15
Salomão Rei e poeta Ec 1.12
Isaías Estadista e profeta Is 6.8
Daniel Ministro do rei Dn 2.49
Zacarias Profeta Zc 1.1
Jeremias Profeta Jr 1.5
27
Amós Boiadeiro e cu lt ivador Am 7.14,15
Ped ro Pescador Mt 4.18
Tiago Pescador Mt 4.21
João Pescador Lc 5.10
Paulo Doutor da lei At 22.3
Muitos outros homens foram usados por 
Deus para revelar-nos sua Palavra. Apesar da 
d ivers idade de at iv idades, ao examinarmos os 
escr itos destes homens, observamos como eles se 
completam.
Na verdade não foram escr itos muitos 
l ivros, mais sim um só livro, a marav i lhosa Palavra 
de Deus (SI 119.152).
 ̂ A diversidade de condições:
O Deus Soberano permit iu que sua Palavra 
fosse escrita em diversas condições, certamente 
para nos mostrar hoje, que Ele está no controle de 
tudo.
Por exemplo, a Bíbl ia foi escrita: 
s Na cidade;
s Nos desertos como Elias ( l R s 19.4,5); 
s Nas i lhas como João escreveu (Ap 1.9); 
s Nas prisões como Paulo escreveu (Fm 1.1).
Entretanto a mensagem é uma só: "Como a 
luz da aurora, que vai br i lhando mais e mais, até ser 
dia per fe ito" (Pv 4.18), esta perfe ição é exclusiva no 
l ivro divino - A Bíblia Sagrada.
A divers idade de circunstâncias:
Desencontradas foram às c i rcunstânc ias 
em que foram escritos os l ivros da Bíblia. Davi, 
homem segundo o coração de Deus, escreveu, por 
exemplo, o Salmo 24, quando trazia a arca de Deus
28
à Jerusalém. Sa lomão certamente escreveu na 
tranqüi l idade do palácio ( l R s 4.32-34). Josué 
escreveu após grandes conquistas (Js 24.26).
Apesar da divers idade des ituações, a
mensagem, a doutr ina e o tema central são um só.
e Autor da Bíblia:
Nenhum homem, ímpio, justo, piedoso ou 
mesmo judeu, seria o autor da Bíblia. Certamente 
estes homens não far iam um livro que fa lasse dos
seus fracassos, derrotas, pecados, idolat r ias e
rebel iões contra Deus.
Deus, verdade iramente é o autor deste
livro marav i lhoso e infalível que revela a sa lvação, 
l ibertação e transformação do homem em uma nova 
cr iatura (2Co 5.17).
As ev idências confi rmam o efeito e a
inf luência da Bíbl ia em pessoas e nações. A Palavra 
de Deus tem in f luenc iado e melhorado o mundo, pelo 
caráter que molda na vida das pessoas.
Muitos dantes incrédulos, ind iferentes,
vic iados, idólatras, superst ic iosos, que ace itaram
este livro, foram por ele transformados, salvos, 
l ibertos e santi f icados. Nenhum outro livro tem 
poder de t rans formar pessoas, lares e nações (At 
19.18-19), como a Palavra de Deus.
A Mensagem das Escrituras
Deus na sua presc iência estabeleceu sua 
Palavra, de modo que ela abrange o passado, o 
presente e o futuro.
As necess idades dos homens durante todo 
o tempo, tem sido as mesmas durante sua ex istência 
na terra. Somente uma palavra atual, poderia supr ir 
as necess idades humanas.
29
Em Hebreus 4.12, diz que a Palavra de 
Deus "é viva e e f icaz " , sua mensagem, seu poder, se 
cumpre a cada dia na vida daque les que a buscam 
como verdadeiro refúgio em dia de tempestade (cf. 
Is 32.2).
1. Apresenta Deus como criador e Senhor de tudo.
As Escri turas test i f icam da ex istência de 
Deus e tudo o que Ele fez, faz e fará. Toda a cr iação 
está sujeita a Ele e depende dEle.
O Eterno converge todas as coisas para a 
sua glória e alegria do seu povo. Vár ios textos 
confi rmam estes fatos: Gênes is 1.1; Salmos 95.6; 
104.30; Isaías 40.26; Efésios 3.9; Apoca l ipse 10.6.
2. Apresenta sem reserva a verdade e a realidade 
do pecado.
Nenhum outro livro tem o poder de revelar 
o pecado e seu caráter mal igno como a Bíbl ia. Ela 
não f i losofa sobre o pecado, mas trata-o com clareza 
e o expõe sem qua lquer reserva, como uma dívida 
do homem contraída com Deus (Rm 1.18-32; 3.23; 
5.12).
3. Apresenta o plano de salvação para o homem.
As rel igiões intentam sa lvar o homem 
pelos seus próprios méritos; entretanto, a salvação 
só é possível através da solução única apresentada 
na Bíblia.
A redenção humana foi planejada no céu 
pelo Pai, consumada na terra pelo Fi lho e é oferecida 
pelo Espír ito Santo (Tt 3.5).
Só Deus através de sua poderosa Palavra, 
mediante o sangue remidor de seu Fi lho pode 
resgatar o homem da perd ição eterna (At 4.12; Lc 
19.10).
30
4. A Bíblia tem mensagem para os nossos dias.
A Bíblia def ine os dias de hoje como: dias 
maus (Ef 5.16), de af l ições, tempos trabalhosos. 
Temos visto o c lamor do povo e até mesmo da
Igreja, face aos acontec imentos mundiais.
A pr imeira grande mensagem da Bíbl ia 
para nós é sobre a fé. A Bíblia é um livro de fé e em 
suas páginas temos l ições de fé. A fé bíbl ica dissipa 
todas as coisas: incertezas, dúvidas, temores,
angúst ias, depressões, num mundo onde as pessoas 
andam tateando. A fé vê o invis ível (Hb 11.27). 
Quando muitos estão ca indo e se prostrando diante 
das situações, os que têm fé estão de pé (2Co 1.24).
Onde encontrar fé num mundo de 
incredul idade? Na Palavra de Deus!
Outra grande mensagem bíbl ica para os 
dias atuais é a mensagem de revest imento 
espir itual. Muitas pessoas têm fé, entretanto não 
estão revestidas.
O apóstolo Paulo afirma em Efésios 6.13: 
"Portanto tomai toda a armadura de Deus". Fé sem 
revestimento nos traz decepções. Todos os homens 
de fé que a Bíbl ia registra, precisaram do 
revestimento de Deus para a peleja (At 7.55).
O mundo atual é um mundo vazio. São 
corações vazios de Deus, e muitas vezes, cheios do 
diabo. Diz em Romanos 13.14, "Mas revest i -vos do 
Senhor Jesus Cristo, e não tenha is cu idado da carne 
em suas concup iscênc ias" .
A fé e o revest imento do Espír ito Santo, 
portanto, são duas grandes necessidades. Jesus 
disse aos d isc ípu los "Quando, porém vier o Fi lho do 
homem, porventura achará fé na terra?" (Lc 18.8). 
Não esqueça o revest imento que Deus tem para dar 
( l T s 5.8).
31
5. A Bíblia tem esperança para nossos dias.
Uma outra grande mensagem da Bíblia 
para nossos dias é sobre a esperança. Deus é Deus 
de esperança (Rm 15.13), e gostar ia que seus f i lhos 
fossem cheios de esperança.
Vemos, porém o contrár io, vidas 
desesperadas, sem Deus, estranhos a tudo que é 
espir itual (Ef 2.12). Esperança é uma dádiva de 
Deus, que nem todos conhecem.
Jeremias, o profeta das lágr imas disse: 
"Bom é ter esperança, e aguardar em si lêncio a 
sa lvação do Senhor" (Lm 3.26).
Esperança é motivo de alegria na vida 
daque les que a têm. A esperança produz uma série 
de bênçãos (Jr 17.7,8). O mundo necessita de 
mensagens de esperança. Sem ela o mundo tem 
vivido em constantes sofr imentos ( l T s 4.13).
Cabe, portanto à Igreja, portadora dessa 
mensagem, divulgá- la com todos os recursos 
possíveis, pois esperança é uma das virtudes que 
permanecem ( ICo 13.13); é algo que incentiva a 
viver na presença de Deus, esperança para os salvos 
é vida, é regeneração. Fomos regenerados para uma 
viva esperança ( IPe 1.3).
Esperança precisa ser expl icada àqueles 
que procuram saber sua razão de viver.
A esperança dos salvos tem uma razão 
( IPe 3.15), que leva-nos a v iver uma vida de 
santi f i cação na presença do Senhor, esperando-o a 
cada dia ( l J o 3.3), pac ientemente como o lavrador 
espera pelos frutos.
Final izando, podemos entender que a vida 
eterna em Cristo Jesus, torna-se o maior resultado 
de esperança na vida do cr istão (Tt 1.2).
32
6. A Bíblia tem salvação para os nossos dias.
O que mais precisa o mundo moderno? 
Temos uma visão que em quase todas as áreas da 
vida humana tem havido progresso tecnológ ico, 
c ientí f ico e humano. Entretanto, na área moral, 
pessoal, social, fami l iar e outras, o homem necess ita 
de salvação. E sa lvação é com a Palavra de Deus.
Não vamos encontrar outro livro que nos 
mostre de maneira tão s imples e clara tudo o que 
prec isamos para nos tornar salvos.
A Bíbl ia nos mostra que a salvação é um 
ato de fé (Ef 2.8), da parte do homem, e um ato da 
graça part ido de Deus. Em suma, o homem por meio 
da fé, Deus o encontra com a graça (At 16.31).
Precisamos test i f icar àqueles que estão 
próximo de nós que a sa lvação é necessária nos dias 
de hoje. Salvação é uma palavra abrangente, pois 
quando somos salvos, sent imo-nos seguros em Deus 
(SI 91.1) de todo o poder do pecado contra nossas 
v idas (Rm 6.14), somos resgatados acima de tudo 
das garras do diabo.
Em Atos 26.18, diz que o Senhor Jesus nos 
livrou do poder de Satanás, e nos converteu a Deus. 
Tal experiênc ia tem acontec ido hoje, em nossos dias 
com milhares de vidas, que, dantes presas, agora 
l ibertas em Cristo Jesus, foram l ivres do presente 
século mal, segundo a vontade de Deus, nosso Pai 
(Gl 1.4).
7. Salvação abrange também o futuro.
A Bíblia nos fala sobre a ira vindoura, 
quando Deus ju lgará os atos dos homens d isso lutos 
e maus que desprezam sua sa lvação em Cristo (Rm 
2.5), e sa lvando de maneira glor iosa e poderosa, 
todos aqueles que em Cristo f izeram confissão de 
sua fé em Deus (Rm 10.10).
33
Esta sa lvação final é descrita na carta aos 
Romanos, capí tulo 8 quando Paulo diz: Porque
sabemos que toda a cr iação geme e está juntamente 
com dores de parto até agora, e cont inuando afirma 
que não somente a criação, mas todos nós que 
temos as pr imíc ias do Espírito, também gememos 
esperando a redenção do nosso corpo.
Esta redenção final se dará no
arrebatamento da Igreja, quando seremos
transformados à semelhança do corpo de Jesus (Fp
3.21), e es taremos para sempre como o Senhor.
8. A Bíblia tem santificação para nossos dias.
A sant i f i cação bíbl ica é um dos aspectos de 
nossa sa lvação em Jesus Cristo. É descritana Bíblia 
não como um mandamento apenas, mas sim como a 
vontade de Deus ( l T s 4.3). Sant i f icação tem estado 
nos propósitos eternos de Deus.
Paulo af irma em Efésios 1.4, que antes da 
fundação do mundo, Deus planejou nossa
sant i f i cação. Sant i f icação é coisa tão séria, que o 
escr itor aos Hebreus escreve numa l inguagem clara e 
fácil: "Sem sant i f icação, n inguém verá o Senho r " (Hb
12.14).
Assim sendo, quando o povo de Deus se 
reúne, Deus nos vê como uma congregação de 
sant i f i cados, que desejam cada dia mais e mais de 
seu Pai Celest ial (Mt 6.9). A vida do povo de Deus é 
uma vida de sant i f i cados, pois a todo o momento 
esperam a volta do Senhor Jesus (Fp 4.5).
Infel izmente, hoje, muitos têm desprezado 
a santi f icação. Cremos ser isto uma investida do 
inimigo na vida do povo de Deus. A falta de 
sant i f icação muito tem atrapa lhado a operação de 
Deus no meio do seu povo (Js 3.5).
34
A sant i f icação começa no interior do 
crente. É obra do Espírito Santo, que deseja nos 
preparar a cada dia para o arrebatamento da Igreja 
( l T s 5.23).
A Inerrância das Escrituras
Inerrância não signif ica que os escr itores 
eram infalíveis, mas que seus escritos foram 
preservados de erros. Inerrância sign if ica que a 
verdade é transmit ida em palavras entendidas no 
sent ido que foram empregadas, não expressava erro 
algum.
O conceito de inerrânc ia das Escr ituras 
contraria alguns cr ít icos modernos que não acei tam 
a in fal ib i l idade das Escrituras. Tais cr ít icos ju lgam 
haver erros nas Escr ituras em razão de encontrarem 
nelas palavras d ivinas e humanas.
Para nós que cremos na inspiração plena 
das Escri turas estamos convictos que as d i f i cu ldades 
nela encontradas não representam erros e, 
gera lmente, são expl i cadas pelos textos paralelos 
encontrados em toda a Bíbl ia.
A verdade div ina revelada nas Escr ituras é 
apresentada de modo expl íc ito, certo e transparente.
0 ensino genuíno das Escrituras não tem 
d isc repânc ias1 doutr inár ias; é único em todo o 
mundo e adaptável a qua lquer cultura (Jo 17.17; lR s 
17.24; SI 119.142,151; Pv 22.21).
A infal ibil idade das Escrituras.
As Escri turas é a infal ível Palavra de Deus. 
A sua in fa l ib i l idade tem sido alvo de muita 
contestação, espec ia lmente entre os chamados 
" rac iona l i s tas" que idolatram a razão humana, sem
1 Desaco rdos , d i ve rgênc ia s , d i s có rd ia s .
35
perceberem que ela é falha, af i rmam que o 
rac ional ismo cientí f ico, com seus métodos de estudo 
e pesquisa, será capaz de anal isar e responder todas 
as indagações do homem. Porém, são 
completamente l imitados quando ana l isam coisas 
espir ituais, além da matéria.
A ciência é incapaz de estudar e lementos 
que não são pesados ou medidos, como a alma 
humana. Portanto, o poder sobrenatura l das 
Escri turas não pode ser anal isado em laboratório, 
porque se refere a algo espir itual.
A autoridade divina e humana das Escrituras.
Ind iscut ive lmente a Bíbl ia tem dupla 
autoridade. A autor idade divina é demonstrada pela 
in fal ib i l idade das Escrituras, uma vez que elas têm 
origem em Deus e é a expressão de sua mente.
A autor idade humana é reconhec ida pelo 
fato de Deus ter escolh ido pelo menos 40 homens, 
os quais receberam a sua Palavra e a transmit iram 
na forma escrita.
Teorias Evangélicas de Inerrância
Pos ição : Inerrância Limitada 
f Proponente : Daniel Ful ler, Stephen Davis e
Wil l iam Lasor.
^ Formulação do con ce i to :
A Bíbl ia é inerrante somente em seus ens inos 
doutr inár ios salví f icos. A Bíbl ia não foi cr iada 
para ens inar ciência ou história, nem Deus 
revelou questões de histórias a compreensão da 
sua cultura e, portanto, pode conter erros.
36
Pos ição : Inerrância Plena
t Proponente: Harold Lindsel l , Roger Nicole e
Mil lard Erickson.
Formulação do conce ito :
A Bíbl ia é p lenamente veraz em tudo o que ensina 
e afirma. Isso se estende tanto à área da história 
quanto da ciência. Não signif ica que a Bíblia tem 
o propósito primário de apresentar informações 
exatas acerca de história e ciência. Portanto, o 
uso de expressões populares, aprox imações e 
l inguagens fenomênicas são reconhecidos e 
entend idos no sentido de cumpr ir com o requisi to 
da verac idade. Ass im sendo, as aparentes 
d iscrepânc ias podem e devem ser harmonizadas.
P os ição : Irrelevânc ia da Inerrância 
t Proponente : David Hubbard 
Formulação do con ce i to :
A inerrância é substanc ia lmente irrelevante por 
várias razões:
x A inerrância é um conceito negativo. A nossa 
concepção da Escritura deve ser positiva; 
x A inerrância não é um conceito bíblico; 
x Na Escritura, erro é uma questão espir itual ou 
moral, e não intelectual; 
x A inerrância concentra a nossa atenção nos 
detalhes, e não nas questões essencia is da 
Escritura;
x A inerrância impede uma aval iação honesta 
das Escrituras; 
x A inerrância produz desun ião na Igreja.
37
^ Pos ição : Inerrância de Propósito 
í P roponente : Jack Rogers e James Orr 
^ Formulação do con ce i to :
A Bíblia é isenta de erros no sentido de 
concret izar o seu propósito primário de levar as 
pessoas a uma comunhão pessoal com Cristo. 
Portanto, a Escritura é verdade ira ( inerrante) 
somente na medida em que real iza o seu 
propósito fundamenta l, e não por ser factual ou 
precisa naqui lo que assevera. (Esta concepção é 
semelhante à Irre levância da Inerrância , a 
próxima abordagem).
38
Questionário
^ Ass ina le com "X" as a l ternat ivas corretas
6. Quanto aos homens de at ividades variadas que 
Deus usou-os na escrita de sua Palavra, é incerto 
dizer que
a)[H Paulo era doutor da lei
b ) 0 Ageu era boiadeiro e cult ivador
c ) D Pedro, Tiago e João eram pescadores
d ) ^ Moisés era um cientista e Josué um soldado
7. É incorreto dizer que a esperança é
a )[Z I Algo que incentiva a vivermos na presença de 
Deus
b ) D É vida para os salvos - é regeneração
c)ED Uma das virtudes que permanecem
d)[7] Uma dádiva de Deus que todos conhecem
8. Teoria de inerrância que afirma em ser a Bíblia 
inerrante somente em seus ensinos doutrinários 
salvíficos
a)CH Inerrância Plena
b)[x] Inerrância Limitada
c ) D Inerrância de Propósito
d ) 1ZZI Irrelevância da Inerrância
/<? Marque "C" para Certo e "E" para Errado
A Bíblia nos mostra que a salvação é um ato de fé 
da parte do homem e um ato da graça partido de 
Deus
1 0 . m A ciência é capaz de estudar elementos que não 
são pesados ou medidos, como a alma humana
39
Lição 2
O Cânon da Bíblia
Quais são os escritos pertencentes à 
Bíblia? Que di remos dos chamados: Livros ausentes? 
Como foi que a Bíblia veio a ser composta de 66 
l ivros?
Essa é a questão do cânon das Escrituras, 
que pode ser def in ido da seguinte maneira: Cânon 
ou Escr ituras Canônicas é a coleção completa dos 
l ivros d iv inamente inspirados, que const ituem a 
Bíblia. Esse assunto int i tula-se canonic idade. Trata- 
se do segundo grande elo da corrente que vem de 
Deus até nós.
A inspi ração é o meio pelo qual a Bíblia 
recebeu sua autor idade; a canon ização é o processo 
pelo qual a Bíbl ia recebeu sua ace i tação def init iva. 
Uma coisa é o profeta receber uma mensagem da 
parte de Deus, bem di ferente é tal mensagem ser 
reconhecida pelo povo de Deus.
Canonic idade é o estudo que trata do 
reconhec imento e da compi lação dos que nos foram 
dados por inspi ração de Deus. Não devemos 
subes t imar1 a importância dessa questão. As
1 Não da r a dev i da es t ima, ap reço , va lo r , a; não te r em g ran de 
conta; de sd enha r .
41
palavras das Escrituras são as palavras pelas quais 
nutr imos nossa vida espir itual. Portanto, re­
af i rmamos o comentár io de Moisés ao povo de Israel 
a respeito da lei de Deus: "Porque esta pa lavra não 
é para vós outros, coisa vã; antes, é a vossa vida; e, 
po r esta mesma pa lavra, pro longare is os dias na 
terra à qual, passando o Jordão, ides para possu í- la ”(Dt 32.47).
Aumentar ou d im inu ir as palavras de Deus 
impedir ia o seu povo de obedecer- lhe plenamente, 
pois as ordens ret iradas não ser iam conhecidas pelo 
povo, e as palavras acrescentadas poderiam ex igi r 
das pessoas coisas que Deus não ordenou. Por isso, 
Moisés advert iu o povo de Israel: "Nada
acrescentare is à pa lavra que vos mando, nem 
diminu ire is dela, para que guarde is os mandamentos 
do Senhor, vosso Deus, que eu vos mando" (Dt 4.2).
A determinação precisa da extensão do 
cânon das Escrituras é, portanto, de extrema 
importância. Para que possamos confiar em Deus e 
obedecer a Ele, prec isamos de uma coleção de 
palavras sobre as quais temos certeza ser as 
pa lavras do próprio Deus para nós.
Se houver qua lquer trecho das Escr ituras 
sobre os quais tenhamos dúvidas, não vamos acei tar 
que tenham autor idade div ina absoluta nem conf iar 
nelas na mesma medida em que confiamos no 
próprio Deus.
O Termo "Cânon"
O termo "cânon" é proveniente do grego, 
no qual kanon s ign if ica cana, regra, lista - um 
padrão de medida, que por sua vez, se origina do 
hebraico kaneh, palavra do Ant igo Testamento que 
signi f ica "vara ou cana de medir" (Ez 40.3).
42
Em época anterior ao cr is t ian ismo, essa
palavra era usada de modo mais amplo, com o
sent ido de padrão ou norma além de cana ou 
unidade de medida. Com relação à Bíbl ia, diz
respeito aos l ivros que estavam de acordo com o
padrão e foram dignos de inclusão.
Desde o século IV, o vocábulo kanon é 
usado pelos cr is tãos para ind icar uma lista 
autoritár ia de l ivros que pertencem ao Ant igo ou ao 
Novo Testamento.
No sent ido rel igioso, cânon não signi f ica 
aqui lo que mede, mas aqui lo que serve de norma, 
regra. Com este sentido, a palavra cânon aparece no 
original em vários lugares do Novo Testamento (GI
6.16; 2Co 10.13,15; Fp 3.16). A Bíblia, como o 
cânon sagrado, é a nossa norma ou regra de fé e 
prática.
Diz-se dos l ivros da Bíblia que são 
canônicos para di ferençá- los dos apócri fos. O 
emprego do termo cânon foi pr ime iramente apl icado 
aos l ivros da Bíbl ia por Orígenes (185-254 d.C.).
A Canonicidade é Determinada Pela 
Inspiração
Os l ivros da Bíblia são cons iderados 
val iosos porque provieram de Deus - fonte de todo 
bem. O processo mediante o qual Deus nos concede 
sua revelação chama-se inspiração.
E a inspi ração de Deus num l ivro que 
determina sua canonic idade. Deus dá autor idade 
divina a um livro, e os homens de Deus o acatam; 
revela, e seu povo reconhece o que o Ele revelou.
A canon ic idade é determinada por Deus e 
descoberta pelos homens de Deus. A Bíbl ia constitui 
o "cânon", ou "med ida" pela qual tudo mais deve ser
43
medido e aval iado pelo fato de ter autor idade 
conced ida por Deus.
Sejam quais forem as medidas (i.e., os 
cânones) usadas pela Igreja para descobri r com 
exat idão que l ivros possuem essa autor idade 
canônica ou normativa, não se deve dizer que 
"determ inam" a canonic idade dos livros.
Dizer que o povo de Deus, mediante 
qua isquer regras de reconhec imento, "determina" 
que l ivros são autor izados por inspi ração de Deus só 
confunde a questão. Só Deus pode conceder a um 
livro autor idade absoluta e, por isso mesmo, 
canon ic idade divina. Veja abaixo dois sentidos 
importantes:
■s O sentido primário da palavra cânon apl icado 
às Escrituras é apl icado na acepção at iva, i.e., a 
Bíbl ia é a norma que governa a fé.
s O sentido secundário, segundo o qual um livro 
é ju lgado por certos cânones e é reconhec ido 
como inspirado (o sent ido passivo), não deve 
ser confundido com a determinação divina da 
canonic idade. Só a inspi ração divina determina 
a autor idade de um livro, i.e., se ele é canônico, 
de natureza normativa.
O Surgimento do Cânon
A doutr ina da inspi ração bíbl ica foi
completamente desenvolv ida apenas nas páginas do 
Novo Testamento. Mas, muito antes disso, já 
encontramos na história de Israel certos escritos 
reconhec idos como autor idade divina e como regra 
escrita de fé e conduta para o povo de Deus.
Ident i f icamos isso na resposta do povo,
quando Moisés leu para eles o l ivro do concerto (Ex
34.7), ou quando o livro da Lei, achado por Hi lquias,
44
foi lido primeiro para o rei e depois para a 
congregação (2Rs 22-23; 2Cr 34), ou ainda quando 
Esdras leu o Livro da Lei para o povo (Ne 8.9,14-17; 
10.28-39; 13.1-3).
Os escr itos em questão são uma parte do 
Pentateuco ou ele todo - no pr imeiro caso, 
provavelmente uma parte bem pequena do Êxodo, 
capítulos 20 a 23.
O Pentateuco é tratado com a mesma
reverência em Josué 1.7,8; 8.31 e 23.6-8; IRe is 
2.3; 2Reis 14.6 e 17.37; Osé ias 8.12; Daniel 
9.11,13; Esdras 3.2,4; lC rôn ica s 16.40, 2Crôn icas 
17.9; 23.18; 30.5,18; 31.3 e 35.26.
Cânon do Antigo Testamento
Onde surgiu a idéia do cânon - a idéia de
que o povo de Deus deve preservar uma co leção de
palavras escr itas de Deus? A própria Bíbl ia dá
testemunho do desenvo lv imento histórico do cânon. 
A coleção mais antiga das palavras de Deus é os Dez 
Mandamentos. Portanto, const ituem o início do 
cânon bíblico.
O próprio Deus escreveu sobre duas tábuas 
de pedra as palavras que Ele ordenou ao seu povo 
(Êx 32.16; cf. Dt 4.13; 10.4). As tábuas foram
depos itadas na Arca da Al iança (Dt 10.5) e 
constitu íam os termos do pacto entre Deus e seu 
povo.
Nem todos os escritores dos l ivros do AT 
eram profetas, no sent ido estr ito da palavra. A lguns 
eram reis e sábios. Mas, as exper iênc ias da 
inspiração que t iveram, fez com que seus escritos 
também encontrassem um lugar no cânon.
A inspi ração dos sa lm istas é menc ionada 
em 2Samuel 23.1-3 e lC rôn ic a s 25.1, e a dos
45
sábios, em Ec iesiastes 12.11,12. Note também as 
revelações feitas por Deus no l ivro de Jó (Jó 38.1;
40.6) e a inferência exarada1 em Provérbios 8.1-9.6, 
indicando que o livro de Provérb ios é obra da 
Sabedoria divina.
Na época patr iarcal, a revelação divina era 
t ransmit ida escrita e oralmente. A escrita já era 
conhec ida na Palest ina, sécu los antes de Moisés; a 
arqueolog ia tem provado isto, inc lusive tem 
encontrado inúmeras inscrições, placas, s ine tes2 e 
documentos antedi luv ianos.
O cânon do Antigo Testamento como temos 
atualmente, ficou completo desde o tempo de 
Esdras, após 445 a.C. Entre os judeus, tem ele três 
divisões, as quais Jesus citou em Lucas 24.44: Lei, 
Profetas, Escritos.
A divisão dos l ivros no cânon hebraico é 
d iferente da nossa. Consiste em 24 l ivros em vez dos 
nossos 39, isto porque é cons iderado um só livro 
cada grupo dos seguintes:
Os dois de Samuel 1
Os dois de Reis 1
Os dois de Crônicas 1
Esdras e Neemias 1
Os doze Profetas Menores 1
Os demais l ivros do Ant igo Testamento 19
Total 24
A disposição ou ordem dos livros no cânon 
hebraico é também diferente da nossa. Damos a 
seguir essa disposição dentro da tr ípl ice divisão do 
cânon, já mencionada (Lei, Profetas, Escritos).
‘ C o n s i g na r ou r eg i s t r a r por esc r i to ; l avrar .
2 Utens í l i o g ra vado em al to ou ba ix o - r e le vo .
46
Divisão Qtdade Livros
Lei 5
s Gênesis; 
s Êxodo; 
s Levítico;
V Números; 
s Deuteronômio.
Profetas 8
Divididos em :
Primeiros Profetas: 
s Josué;
^Juizes;
^Samuel; 
s Reis.
Últimos Profetas: 
s Isaías; 
s Jeremias;
S Ezequiel;
s Os Doze Profetas Menores.
Escritos 11
Divididos em :
Livros Poét icos: 
^Salmos; 
^Provérbios; 
s Jó.
Os Cinco Rolos: 
^Cantares; 
s Rute;
s Lamentações; 
s Eclesiastes; 
s Ester.
Livros Históricos: 
s Daniel;
^Esdras e Neemias; 
^Crônicas.
47
Os Cinco Rolos eram ass im chamados por 
serem separados, l idos anua lmente em festas 
dist intas:
0 Cantares, na Páscoa, em a lusão ao êxodo.
§ Rute, no Pentecostes, na Celebração da
Colheita, em seu início.
§ Ester, na Festa do Purim, comemorando o
l ivramento de Israel da mão do mau Hamã.
ü Eclesiastes, na Festa dos Tabernácu los -
festa de gratidão pela colheita.
§ Lamentações, no mês de abibe, re lembrandoa destru ição de Jerusa lém pelos babi lónicos.
No cânon hebra ico também os l ivros não 
estão em ordem cronológica. Os judeus não se
preocupavam com um sistema cronológico. Também 
pode haver nisto um plano divino.
A nossa divisão em 39 l ivros vem da 
Septuaginta, através da Vulgata Latina. A 
Septuag inta foi a primeira tradução das Escrituras, 
feita do hebraico para o grego cerca de 285 a.C. 
Também a ordem dos l ivros por assuntos, do formato 
da Bíbl ia atual, vem dessa famosa tradução.
Jesus em Lucas 24.44, Ele chamou 
"Sa lmos" à última divisão do cânon hebraico, 
certamente porque esse l ivro era o pr imeiro dessa 
divisão.
Segundo a nossa divisão, o AT começa com 
Gênes is e termina em Malaqu ias, porém, segundo a 
divisão do cânon hebraico, o pr imeiro livro é Gênesis 
e o últ imo é I e II Crônicas. Isto é visto c laramente 
nas palavras de Jesus em Mateus 23.35 - o caso de 
Abel está em Gênes is e o do f i lho de Baraquias está 
em Crônicas.
48
* A formação canônica do Antigo Testamento.
O cânon no Ant igo Testamento foi fo rmado 
num espaço aprox imado de 1046 anos - de Moisés a 
Esdras. Moisés escreveu as pr imeiras pa lavras do 
Pentateuco por volta de 1491 a.C. Esdras entrou em 
cena em 445 a.C.
Esdras não foi o últ imo escr itor na 
formação canônica do AT; os ú lt imos foram Neemias 
e Malaquias, porém, de acordo com os escritos 
históricos, ele como escriba e sacerdote reuniu os 
rolos canônicos, f icando o cânon encerrado em seu 
tempo.
A chamada Alta Crítica tem feito uma 
devastação com seu modern ismo e suas contrad ições 
no que concerne à formação, fontes de autent ic idade 
do cânon, espec ia lmente do Ant igo Testamento, 
muti lando quase todos os seus livros. 
s Alta Crítica é a discussão das datas e da 
autoria dos livros. Ela estuda a Bíblia do lado de 
fora, externamente, baseada apenas em fontes 
do conhec imento humano.
s Por outro ângulo, a Critica Textual , também 
conhec ida por Baixa Crítica, estuda somente o 
texto bíbl ico, e, ao lado da arqueolog ia, vem 
alcançando um progresso val ioso, posto à 
disposição do estudante das Escrituras.
Por exemplo, a teoria de que a escrita era 
desconhec ida nos dias de Moisés já foi destru ída. E 
de ano em ano, aumentam os achados nas terras 
bíbl icas, ev idenc iando e comprovando as narrat ivas e 
fatos do Ant igo Testamento.
Mediante tais provas i r re fu táve is1, os 
homens estão respei tando mais às Sagradas 
Escrituras! Toda a Bíbl ia vem sendo confi rmada pela
1 Que não se pode refu tar ; e v i den te , i r r ecusáve l , inc on te s tá ve l .
49
pá do arqueólogo e pelos eruditos em ant igu idades 
bíblicas. Coisas que pareciam as mais incr íveis são 
hoje acei tas por todos, sem objeções.
t3r A formação gradual do cânon.
Houve, or ig ina lmente, a transmissão oral, 
como se vê em Jó 15.18. O livro de Jó é t ido como o 
mais antigo da Bíblia. Mostraremos a segu ir a
seqüênc ia da formação gradual do cânon do Ant igo 
Testamento.
Convém ter em mente aqui que toda 
cronologia bíblica é apenas aprox imada. Já o Novo 
Testamento há precisão de muitos casos. Essa 
cronologia vai sendo atual izada à medida que os 
estudos avançam e a arqueolog ia fornece informe 
o f ic ia l .
1. Moisés (cerca de 1491 a.C.). Começou a
escrever o Pentateuco, conc lu indo-o por volta 
de 1451 a.C. (Nm 33.2). Mais textos 
relacionados com Moisés e sua escrita do 
Pentateuco: Êxodo 17.14; 24.4,7; 34.27. As
partes do Pentateuco anter iores a Moisés, como 
o relato da Criação, todo o livro de Gênes is e 
parte de Êxodo, ele escreveu, ou lançando mão 
de fontes ex istentes (ver Gn 2.4; 5.1), ou por 
revelação divina. Gênes is 26.5 dá a entender 
que nesse tempo já havia " mandamentos ,
prece i tos e estatutos" escritos. A lgumas 
passagens do Pentateuco foram acrescentadas 
posteriormente, como: Êxodo 11.3; 16.35;
Deuteronômio 34.1-12;
2. Josué. Sucessor de Moisés (1443 a.C.), 
escreveu uma obra que colocou perante o 
Senhor (Js 24.26);
50
3. S a m u e l (1095 a .C.), o últ imo ju iz e também 
profeta do Senhor, escreveu, pondo seus 
escritos perante o Senhor (ISm 10.25). 
Certamente "perante o Senhor" s ign if ica que 
seus escritos foram depos itados na Arca do 
Concerto com os demais escr itos sagrados (Êx
25.21);
4. Isaías (770 a .C.) fala do "Livro do Senho r " (Is 
34.16), e "pa lavras do l ivro" (Is 29.18). São 
referências às Escr ituras na sua formação;
5. Em 726 a.C. os Salmos já eram cantados (2Cr 
29.30). O fato aí registrado teve lugar nesse 
tempo;
6. Jeremias, cuja chamada deu-se em 626 a .C., 
registrou a revelação divina (Jr 30.1,2). Tal 
l ivro foi que imado pelo rei Joaquim, em 607 
a .C., porém, Deus ordenou que Jeremias 
preparasse um novo rolo, o que foi feito 
mediante seu am anuense1 Baruque (Jr 
36.1,2,28,32; 45.1);
7. No tempo do rei Jos ias (621 a .C.), Hilquias 
achou o "Livro da Lei" (2Rs 22.8-10);
8. Daniel (553 a .C.) refere-se aos " l i v ros" (Dn
9.2). Eram os rolos sagrados das Escr ituras de 
então;
9. Zacarias (520 a .C.) declara que os profetas que 
o precederam falaram da parte do Espír ito 
Santo (Zc 7.12). Não há aqui referência direta a 
escritos, mas há inferência. Zacar ias foi o 
penúlt imo profeta do Antigo Testamento.
1 E sc reven te , cop i s ta . Fu n c io ná r i o púb l i c o de c on d iç ão modes ta 
que faz ia a c o r r e sp o n d ên c i a e cop i ava ou r eg i s t r ava 
do cumen tos .
51
10. Neemias, (445 a .C.), achou o livro das 
genea log ias dos judeus que já haviam 
regressado do exíl io (Ne 7.5); certamente havia 
outros livros;
11. Nos dias de Ester, o Livro Sagrado estava 
sendo escrito (Et 9.32);
12. Esdras. Contemporâneo de Neemias e foi hábil 
escriba da lei de Moisés, e leu o livro do Senhor 
para os judeus já estabe lec idos na Palest ina, de 
regresso do cativeiro bab i lón ico (Ne 8.1-5). 
Conforme 2Macabeus e outros escr itos judaicos, 
Esdras presidiu a chamada "Grande S inagoga " , 
que selecionou e preservou os rolos sagrados, 
determinando, dessa maneira, o cânon das 
Escr ituras do AT (cf. Ed 7.10-14).
y Uma Grande Sinagoga era um conselho 
composto de 120 membros que se diz ter 
sido organizado por Neemias, cerca de 410
a .C., sob a presidência de Esdras. Essa 
entidade reorganizou a vida rel igiosa 
nacional dos repatr iados e, mais tarde, deu 
origem ao S inédr io1, cerca de 275 a .C.
A Esdras é atr ibuída a tr ípl ice div isão do cânon, 
já estudada. Foi nesse tempo, que os 
samar itanos foram expulsos da comunidade 
juda ica (Ne 13) levando consigo o Pentateuco, 
que é até hoje a Bíbl ia dos samaritanos. Isto 
prova que o Pentateuco era escrito canônico;
13. Encontramos profeta c itando outro profeta, do 
que se infere haver mensagem escrita (Cf. 
Miquéias 4.1-3 com Isaías 2.2-4.);
1 O su p r em o t r ibuna l dos judeus .
52
14. Filo, escritor de Alexandr ia (30 a.C. - 50 d.C.) 
possuía todo o cânon do Ant igo Testamento. Em 
seus escr itos ele cita quase todo o Ant igo 
Testamento;
15. Josefo, o historiador judeu (37-100 d.C.),
contemporâneo de Paulo, diz, escrevendo aos 
judeus, no livro " Contra Appion"\
"Nós temos apenas 22 livros, contando 
a história de todo o tempo; l ivros em 
que nós cremos, ou segundo se d izem , 
l ivros ace i tos como divinos".
Desde os dias de Artaxerxes ninguém se 
aventurou a acrescentar, t irar ou a lterar uma 
única sílaba. Faz "parte de cada judeu, desde 
que nasce cons iderar estas Escri turas como 
ens inos de Deus".
Josefo era um homem culto, judeu or todoxo de 
l inhagem sacerdota l, governou a Gal i lé ia e foi 
comandante mil i tar nas guerras contra Roma. 
Presenciou a queda de Jerusalém. Foi levado a 
Roma, onde se dedicou a escritos l i terários.
Ora, o Artaxerxes que ele menciona é o
chamado Longímano, que reinou de 465-424
a.C. Isso co inc ide com o tempo de Esdras e 
confirma as dec larações de outras peças da
l iteratura juda ica que ensinam ter Esdras 
presid ido a Grande Sinagoga que se lec ionou e 
preservouos rolos sagrados para a
posterior idade.
Josefo conta os l ivros do AT como 22 porque 
considera Ju izes e Rute como 1 (um) livro; 
Jeremias e Lamentações também. Isto, para
co inc id ir com o número de letras do a lfabeto 
hebraico: "22";
53
16. Nos dias do Senhor, esse livro chamava-se
Escr ituras (Mt 26.54; Lc 24.27,45; Jo 5.39), 
com as suas três conhec idas divisões: Lei,
Profetas, Salmos (Lc 24.44). Era também 
chamada "A Palavra de Deus" (Mc 7.13; Jo 
10.34,35). Note bem este t í tulo apl icado pelo 
próprio Senhor Jesus! Outro fato notável é a 
c itação feita por Jesus em Mateus 23.35 que 
autentica todo o Antigo Testamento!
17. Os escritores do Novo Testamento reconhecem 
como canônicos os l ivros do Ant igo Testamento, 
pois este é am iúde1 citado naquele, havendo 
cerca de 300 referências d iretas e indiretas. Os 
escr itores do NT referem-se ao cânon do AT 
como sendo oráculos divinos (cf. Rm 3.2; 2Tm 
3.16 e Hb 5.12). Cremos que, começando por 
Moisés, à proporção que os l ivros iam sendo 
escritos, eram postos no tabernáculo , junto ao 
grupo de livros sagrados. Esdras como já disse, 
após a volta do cativeiro, reuniu os diversos 
l ivros e os colocou em ordem, como coleção 
completa. Destes or ig inais eram feitas cópias 
para as s inagogas largamente d isseminadas.
Data do reconhecimento e f ixação do cânon 
do Antigo Testamento.
Em 90 d.C. em Jâmnia, perto da moderna 
Jope, em Israel, os rabinos, num concí l io sob a 
presidência de Johanan Ben Zakai, reconheceram e 
f ixaram o cânon do Ant igo Testamento.
Houve muitos debates acerca da aprovação 
de certos livros, espec ia lmente dos "Escritos". Note- 
se, porém que o traba lho desse concí l io foi apenas
1 R epe t id a s vezes; r epe t i d am en te ; f r e q üen tem en te ; a miúdo.
54
ra t i f i car1 aqui lo que já era aceito por todos os judeus 
através de séculos. Jâmnia, após a destru ição de 
Jerusalém (70 d.C.) tornou-se a sede do Sinédrio.
Livros desaparecidos, citados no texto do 
Antigo Testamento.
Notemos que a Bíblia faz referência a 
l ivros até agora desaparec idos (cf. Nm 21.14; Js 
10.13 com 2Sm 1.18; IRe 11.41; l C r 27.24; 29.29; 
2Cr 9.29; 12.15; 13.22; 33.19). São casos cujo
segredo só Deus conhece. Ta lvez um dia eles 
venham à luz como o MSS de Qumran, Mar Morto, em 
1947.
Questionário
^ Ass inale com "X" as a l ternat ivas corretas
1. Cânon ou Escrituras canônicas é a
a ) S Coleção completa dos livros divinamente
inspirados, que constituem a Bíblia
b ) D Coleção completa dos livros divinamente
inspirados, que constituem a Lei, os Profetas e os 
Escritos
c ) D Parte da Bíblia composta pelos livros do NT
d)[Zl Parte da Bíblia composta pelos livros do AT
2. Os Cinco Rolos eram compostos de:
a ) D La mentações, Neemias, Esdras, Salmos e
Eclesiastes
b ) D Salmos, Neemias, Esdras, Provérbios e Jó
c)|E] Cantares de Salomão, Rute, Ester, Eclesiastes 
e Lamentações
d ) D Eclesiastes, Jó, Rute, Provérbios e Ester
1 C on f i r m a r ou r e a f i rm a r o que foi di to.
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3. Discute as datas e a autoria dos livros, baseando-se 
apenas em fontes do conhecimento humano
a ) 0 Alta Crítica
b ) 0 Baixa Crítica
c ) D Critica Textual
d)[H Critica Execrável
S? Marque "C " para Cer to e "E" para Er rado
4. \£\ No sentido religioso, cânon significa aquilo que 
mede, não aquilo que serve de norma, regra
5. 0 Em 90 d.C. em Jâmnia que reconheceram e 
fixaram o cânon do Antigo Testamento
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Cânon do Novo Testamento
Semelhante ao AT, homens inspirados por 
Deus escreveram aos poucos os l ivros que compõem 
o cânon do Novo Testamento.
Sua fo rmação levou apenas duas gerações: 
quase 100 anos. Em 100 d .C. todos os l ivros do NT 
estavam escritos. O que demorou foi o 
reconhecimento canônico, isto motivado pelo cu idado 
e esc rúpu lo1 das igrejas de então, que exigia provas 
conc ludentes2 da inspi ração divina de cada um 
desses livros.
Outra coisa que motivou a demora na 
canonização foi o surg imento de escritos heréticos e 
espúr ios3 com pretensão de autor idade apostól ica. 
Trata-se dos l ivros apócr i fos do Novo Testamento, 
fato idêntico ao acontec ido nos tempos derradei ros 
do cânon do Ant igo Testamento. Há também l ivros 
mencionados no NT até agora desaparec idos ( ICo 
5.9; Cl 4.16).
A ordem dos 27 l ivros do NT, como é 
atualmente em nossas Bíbl ias, vem da Vulgata, e 
não leva em conta a seqüênc ia cronológica.
'v' As Epístolas Paulinas.
Foram os pr imeiros escritos no Novo 
Testamento. São 13: de Romanos a Fi lemom. Foram 
escritas entre 52 e 67 d .C.
Pela ordem cronológ ica, o primeiro livro do 
Novo Testamento é ITessa lon icenses , escrito em 52 
d .C. 2T imóteo foi escrita em 67 d.C pouco antes do 
martír io do apóstolo Paulo em Roma.
1 Hes i t aç ão ou dúv ida de con sc iên c ia ; in qu ie ta ção de 
1'onsciência; remorso .
•'Que conc lu i , ou m e re ce fé; t e rm ina n te , ca t egó r i c o .
'Nã o genu íno; supos to , h ip o t é t i c o .
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Esses l ivros foram também os pr imeiros 
acei tos como canônicos. Pedro chama os escr itos de 
Paulo de "Escr ituras" - t í tulo apl icado somente à 
palavra inspirada de Deus! (2Pe 3.15,16).
Os Atos dos Apóstolos. Escrito em 63 d .C., no
fim dos dois anos da primeira prisão de Paulo em
Roma (At 28.30).
Os Evangelhos.
Estes, a pr inc ípio, foram propagados 
oralmente. Não havia perigos de enganos e 
esquec imento porque era o Espír ito Santo quem 
lembrava tudo e Ele é infal ível (Jo 14.26).
Os Sinópt icos foram escr itos entre 60 a 65 
d .C. João foi escrito em 85 d .C. Entre Lucas e João 
foram escr itas quase todas as epístolas. Note-se que 
Paulo chama Mateus e Lucas de "Escr ituras" ao citá- 
los em IT imóteo 5.18.
As Epístolas, de Hebreus a Judas, forajln escr itas
entre 68 e 90 d .C.
O Apocal ipse.
Foi escrito em 96 d .C., durante o governo 
do imperador Domiciano. Muitos l ivros antes de 
serem f ina lmente reconhec idos como canôn icos 
foram duramente debatidos. Houve muita relutância 
quanto às epístolas de Pedro, João e Judas bem 
como quanto ao Apocal ipse. Tudo isto tão-somente 
revela o cuidado da Igreja e também a 
responsabi l idade que envolv ia a canonização.
Antes do ano 400 d .C., todos os l ivros 
estavam aceitos. Em 367, Atanásio , patr iarca de 
Alexandr ia, publ icou uma lista dos 27 l ivros 
canônicos, os mesmos que hoje possuímos; essa 
l ista foi aceita pelo Concí l io de Hipona (Áfr ica) em 
393.
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'-‘r Dsta do reconhecimento e f ixação do cânon 
do Novo Testamento.
Isso ocorreu no III Conc í l io de Cartago, em 
397 d.C. Nessa ocasião, foi def in it ivamente 
reconhecido e f ixado o cânon do Novo Testamento. 
Como se vê, houve um amadurec imento de 400 
anos.
Ijr A necessidade da mensagem escrita do Novo 
Testamento.
A mensagem da Nova A l iança precisava ter 
forma escrita como a da Antiga. Após a ascensão do 
Senhor Jesus, os apóstolos pregaram por toda parte 
sem haver nada escrito. Suas Bíb l ias era o Ant igo 
Testamento.
Ao decorrer do tempo, o grupo de 
apóstolos d iminuiu. O Evangelho espa lhou-se. Surge 
então a necess idade de reduzir a forma escrita, para 
ser t ransmit ido às gerações futuras. Era o plano de 
Deus em marcha.
Muitas igrejas e ind iv íduos pediam 
expl icações acerca de casos dif íceis surg idos por 
perturbações, falsas doutr inas, problemas internos, 
etc. (cf. ICo 1.11; 5.1; 7.1).
Os judeus cumpriram sua missão de 
transmit i r ao mundo os oráculos divinos (Rm 3.2). A 
Igreja também cumpr iu sua parte, t ransmit indo as 
palavras e ens inos do Senhor Jesus, bem como as 
que Ele, pelo Espír ito Santo inspirou aos escritores 
sacros.
Jesus disse: " Tenho muito que vos dizer... 
mas o Espír ito de verdade... dirá tudo o que t iver 
ouvido e vos anunc iará o que há de vir" (Jo 
16.12,13).
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«■ Testemunhas importantes.
Dão testemunho da ex istênc ia de l ivros do 
Novo Testamento, em seu tempo, os seguintes 
cr istãos primit ivos, cujas v idas co inc id iram com asdos apóstolos ou com os d isc ípu los destes:
t Clemente de Roma, na sua carta aos Corínt ios, 
em 95 d.C. cita vários l ivros do NT;
t Policarpo, na sua carta aos Fi l ipenses, cerca de 
110 d.C., cita diversas ep ís to las de Paulo;
t Inácio, por volta de 110 d.C. cita grande 
número de l ivros em seus escritos;
♦ Justino Mártir, nascido no ano da morte de 
João, escrevendo em 140 d.C. cita diversos l ivros 
do Novo Testamento;
t Irineu (130-200 d.C.), cita a maioria dos l ivros 
do Novo Testamento, chamando-os de 
"Escr ituras";
t Origines (185-200 d.C.), homem erudito, 
piedoso e viajado, dedicou sua vida ao estudo 
das Escrituras, em seu tempo, os 27 l ivros já 
estavam completos; ele os acei tou, embora com 
dúvida sobre alguns: Hebreus, Tiago, 2Pedro, 2 e 
3João.
Datas e Períodos Sobre o Cânon em Geral
O AT foi escrito no espaço de mais ou 
menos 1046 anos, de 1491 a 445 a.C. isto é de 
Moisés a Esdras. A data de 445 a.C. é apenas um 
ponto geral de referência cronológ ica quanto ao 
encerramento do cânon do Ant igo Testamento.
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Se entrarmos em detalhes sobre o últ imo 
livro do Antigo Testamento em ordem cronológica - 
Malaquias, teremos uma var iação de espaço de 
tempo como veremos a seguir.
O Pentateuco, como já vimos, foi inic iado 
cerca de 1.491 a.C.. Malaquias, o últ imo livro do 
Ant igo Testamento por ordem cronológica, foi escrito 
entre 430 e 420 a.C., no final do governo de 
Neemias e do sacerdócio de Esdras. Ora, isto foi 
quando Neemias regressou a Jerusalém, procedendo 
da Pérsia, para onde t inha ido (430 - 425 a.C.) a fim 
de renovar sua l icença (Ne 13.6).
É a part ir desse ano que Malaquias 
escreveu e talvez Neemias, não est ivesse mais na 
Palest ina, porque não o menciona em seu livro, como 
fazem Ageu e Zacarias, seus antecessores, os quais 
mencionam Zorobabel e Josué, respect ivamente, 
governador e sacerdote dos reparos (cf. Zc 3; 4; Ag 
1 .1 ).
Malaquias não menciona nomina lmente 
Neemias, apenas menciona o "Governador" (Ml 1.8). 
O próprio livro de Malaquias apresenta outras 
ev idências internas que o colocam de 432 a.C. em 
diante, como passamos a mostrar:
Em Malaqu ias 2.10-16, vê-se que os casamentos 
i l íc itos que Esdras corr igira antes de Neemias, 
516 a.C. (Ed 9-10), estavam ocorrendo de novo.
Isto coincide com o estado descr ito em Neemias
13, acontec ido em 432 a C.
-*■ Em Malaqu ias 3.6-12, havia pobreza no tesouro 
do templo. Si tuação idêntica à de Neemias 13, 
reinante em 432 a.C.
-*■ As referências de Malaquias 1.13; 2.17; 3.14, 
indicam que o culto Levít ico já havia sido 
restaurado há bastante tempo. Temos essa 
restauração ampl iada em Neemias 12.44 ss.
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Portanto, Malaqu ias (O livro) deve ter sido 
escrito cerca de 432 a .C. Repetimos: a data 445 a .C. 
é apenas um ponto de referência quanto ao 
encerramento do cânon do Ant igo Testamento. Foi 
nesse ano que Esdras iniciou seu grande Min istério 
entre os repatr iados de Israel.
Se descermos a detalhes quanto ao livro 
de Malaqu ias, part iremos de 432 a .C. Malaqu ias é o 
últ imo livro do Ant igo Testamento, quanto à ordem 
cronológica. Quanto à disposição dos l ivros no corpo 
do cânon hebraico, o últ imo livro é 2Crônicas, como 
já mostramos.
O Novo Testamento foi completado em 
menos de 100 anos, pois seu últ imo livro, o 
Apocal ipse, foi escrito cerca de 96 d .C. Isto dá um 
total de 1.142 anos para a fo rmação de ambos os 
Testamentos (1.046 + 96).
Leva-se em conta que a cronologia bíblica 
é sempre aprox imada, pois os povos or ienta is não 
t inham um sistema fixo de anotar ou contar datas. 
Quando se fala do espaço de tempo, que vai da 
escrita do Pentateuco ao Apocal ipse, é preciso 
intercalar os 400 anos do Período Interb íb l ico 
ocorr ido entre os Testamentos, o que dará um total 
de 1.542 anos (1.046 + 96 + 400).
Por isso se diz que a Bíbl ia foi escrita no 
espaço de dezesseis séculos. Este é o período no 
qual o cânon foi completado. Noutras palavras: o 
cânon abrange na história um total de 1.142 anos, 
aprox imadamente.
Os Livros Apócrifos
Nas Bíbl ias de edição cató l i ca-romana, o 
total de l ivros é 73, porque essa igreja, desde o 
Concí l io de Trento, em 1.546, incluiu no cânon do
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Antigo Testamento 7 l ivros apócri fos, além de 4 
acrésc imos ou apêndices canônicos, acrescentando 
ao todo, 11 escr itos apócrifos.
A palavra "apócr i fo" signi f ica, l i teralmente, 
"escondido" , "oculto", isto em referência a l ivros que 
tratavam de coisas secretas, misteriosas, ocultas. No 
sentido rel igioso, o termo sign if ica "não genu íno" ou 
"espúrio", desde sua ap l icação por Jerônimo.
Os apócri fos foram escritos entre 
Malaqu ias e Mateus, ou seja, entre o Antigo e o Novo 
Testamento, numa época em que cessara por 
completo a revelação divina; isto basta para tirar- 
lhes qualquer pretensão a canonic idade.
Josefo reje itou-os tota lmente, nunca foram 
reconhecidos pelos judeus como parte do cânon 
hebraico. Jamais foram citados por Jesus nem foram 
reconhecidos pela Igreja Primit iva. Jerôn imo, 
Agostinho, Atanásio , Júlio Afr icano e outros homens 
de va lor para os cr istãos pr imit ivos, opuseram-se a 
eles na qual idade de l ivros inspirados.
Apareceu pela primeira vez na 
Septuag inta, a t radução do Ant igo Testamento feita 
do hebraico para o grego. Quando a Bíbl ia foi 
traduzida para o latim, em 170 d .C. seu Ant igo 
Testamento foi t raduzido do grego da Septuag inta e 
não do hebraico. Quando Jerôn imo traduziu a 
Vulgata, no início do século V (405 d .C.), incluiu os 
apócri fos oriundos da Septuag inta, at ravés da Antiga 
Versão Latina, de 170 d .C. porque isso lhe foi 
ordenado, mas recomendou que esses l ivros não 
poderiam servir como base doutr inár ia .
São 14 os escr itos apócri fos: 10 l ivros e 4 
acréscimos a livros. Antes do Concí l io de Trento, a 
Igreja Romana acei tava todos, mas depois passou a 
aceitar apenas 11: 7 l ivros e 4 acréscimos. A igreja 
Ortodoxa grega mantém os 14 até hoje.
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Os l ivros apócri fos constantes das Bíbl ias 
de edição cató l i co-romana são:
1. Tobias (Após o l ivro canônico de Esdras);
2. Judite (Após o livro de Tobias);
3. Sabedoria de Salomão (Após o l ivro canônico
de Canta res);
4. Eclesiástico (após o livro de Sabedoria);
5. Baruque (Após o livro canônico de Jeremias);
6. IMacabeu (após o l ivro canônico de Malaquias);
7. 2Macabeu (após o l ivro IMacabeu).
Os quatro acrésc imos ou apêndices são:
1. Ester (Et 10.4-16.24);
2. Cântico dos três Santos Filhos (Dn 3.24-90);
3. A história de Suzana (Dn 13);
4. Bei e o Dragão (Dn 14).
Como já foi dito dos 14 apócri fos, a Igreja 
Romana aceita 11, rejeita 3, isto, após 1.546 d C.
Os l ivros reje itados são: 3 e 4Esdras e "A 
Oração de Manassés". Os l ivros apócr i fos de 3 e 
4Esdras são assim chamados porque nas Bíb l ias de 
edição cató l i co-romana o livro de Esdras, é chamado 
de lE sd ras e o de IMeemias, de 2Esdras.
A Igreja Romana aprovou os apócr i fos em 
18 de abril de 1.546, para combater o movimento da 
Reforma Protestante, então recente. Nessa época, os 
protestantes combat iam v io lentamente as novas 
doutr inas romanistas: Purgatório, oração pelos
mortos, sa lvação mediante obras, etc.
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A Igreja Romana via nos apócr i fos bases 
para essas doutr inas, e, apelou para eles, 
aprovando-os como canônicos.
Houve prós e contras dentro da própria 
Igreja de Roma. Nesse tempo os jesu í tas exerciam 
muita inf luência no clero. Os debates sobre apócri fos 
motivaram os domin icanos contra os franciscanos.
O Cardeal Pal lavac ini , em sua "História 
Ec les iást ica " , declara que em pleno concíl io, 40 
bispos, dos 49 presentes, travaram luta corporal, 
agarrados às barbas e batinas uns dos outros. Foi 
neste ambiente espir itual que os apócr i fos foram 
aprovados!
A primeira edição da Bíbl ia romana com os 
apócri fos deu-se em 1.592, com a autor ização do 
Papa Clemente VIII.
Os Reformadores protestantes publ icaram 
a Bíbl ia com os apócr i fos

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