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1 2 Perspectivas de interiores, expressão gráfica e desenho técnico no projeto de interioresFerramenta externa

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Perspectivas de interiores, expressão 
gráfica e desenho técnico no projeto de 
interiores
APRESENTAÇÃO
A arquitetura de interiores comerciais, assim como as demais áreas da arquitetura, demanda uma 
representação gráfica clara e de acordo com as normas técnicas para que seu entendimento seja 
global. Independente da técnica utilizada na graficação, é necessário estar sempre atento às 
normas.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verificará como é realizada a graficação de um projeto 
de interiores, definir desenho técnico e desenho à mão livre, aplicar as normas técnicas e de 
expressão gráfica manual na representação projetual, identificando as técnicas de expressão 
gráfica e de desenho técnico aplicadas ao projeto de interiores comercial, atentando em como 
realizar um desenho de apresentação ao cliente. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir desenho técnico e desenho à mão livre.•
Aplicar as normas técnicas e de expressão gráfica manual na representação projetual.•
Identificar as técnicas de expressão gráfica e de desenho técnico utilizadas no projeto de 
interiores comerciais.
•
DESAFIO
A representação gráfica, em qualquer escala, deve seguir alguns padrões técnicos para que sua 
compreensão seja adequada. Indicar cotas, usar espessuras de linhas corretas, fazer uso de 
texturas e de textos, entre outros elementos, são alguns exemplos de recursos que podem ser 
aplicados em um desenho arquitetônico, além das perspectivas.
No projeto de interiores existem algumas representações especificas que devem constar na 
graficação para que a execução ocorra de forma correta, seguindo o que foi projetado, como 
espessuras de materiais, indicações de padrões de MDF, tampos (granitos, mármores, 
silestones), revestimentos (pisos e azulejos), tipo de forro, iluminação, etc.
Considere a situação a seguir:
 
 
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
A partir da análise da planta e das imagens do ambiente, complemente a representação gráfica 
da recepção do consultório. 
INFOGRÁFICO
Para a criação de representações precisas de objetos, arquitetos e engenheiros utilizam o 
desenho técnico, cujo especialista é conhecido como desenhista técnico. Esse desenho pode ser 
criado manual ou digitalmente, mas deve sempre trazer precisão e detalhamentos.
Neste Infográfico, você pode verificar a diferença de traços e a semelhança de informações entre 
os desenhos técnicos.
CONTEÚDO DO LIVRO
As formas de apresentação de um projeto podem ser diferentes de acordo com quem irá recebê-
lo: se for o executor, deve apresentar um projeto técnico, com todas as informações pertinentes à 
execução, como dimensões e materiais aplicados. Se for para o cliente, o projeto deve ser mais 
visual; portanto, uma apresentação em 3D proporciona maior clareza projetual. 
No capítulo Perspectivas de interiores, expressão gráfica e desenho técnico no projeto de 
interiores, da obra Projeto de arquitetura de interiores comerciais, você verá como ocorre a 
comunicação por meio do desenho, o que se deve apresentar em cada projeto e como isso ocorre 
em projetos de interiores comerciais.
Boa leitura.
PROJETO DE 
ARQUITETURA DE 
INTERIORES 
COMERCIAIS
Magali Nocchi Collares Gonçalves 
Perspectivas de interiores, 
expressão gráfica 
e desenho técnico 
no projeto de interiores
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir desenho técnico e desenho à mão livre.
  Aplicar as normas técnicas e de expressão gráfica manual na repre-
sentação projetual.
  Identificar as técnicas de expressão gráfica e desenho técnico utilizadas 
no projeto de interiores comerciais.
Introdução
Os meios de comunicação são fundamentais para que haja entendimento 
entre as partes envolvidas em um processo, seja ele industrial, construtivo 
ou educacional. Em arquitetura, o desenho técnico, a perspectiva e a 
expressão gráfica são os meios de representação gráfica de uma ideia a 
ser materializada, ou seja, o meio de comunicar. Essa comunicação segue 
normas e possui formas de ser apresentada, que variam desde o desenho 
à mão livre, representado em uma folha de papel, até uma apresentação 
por meio de volumetrias em 3D, com realidade virtual, que proporciona 
a sensação de estar dentro da edificação.
Neste capítulo, você conhecerá as formas de apresentação de um 
projeto de arquitetura de interiores comerciais por meio de represen-
tações bidimensionais (2D), com o uso de desenhos de plantas baixas, 
elevações e cortes, e tridimensionais (3D), com o uso de perspectivas.
O desenho como meio de comunicação
O desenho é o instrumento de comunicação mais antigo de que se tem registro, 
pois acompanha a humanidade desde o seu surgimento, estando inserido em seu 
esquema de representação. É um dos meios pelos quais o homem pode expressar 
seus sentimentos e ser capaz de comunicar-se (JUNQUEIRA FILHO, 2005).
Na Pré-História, o desenho era a forma utilizada pelo homem da época 
para se comunicar e contar histórias (Figura 1). Era por meio desses símbolos, 
geralmente desenhados em cavernas, que a raça humana passava para as 
gerações seguintes as informações de como vivia, se alimentava e se protegia 
dos riscos existentes (CATAPAN, 2016). Com o surgimento da escrita, houve 
uma substituição da forma de se comunicar, mas isso não fez o desenho perder 
a sua importância, visto que ainda é a melhor maneira de comunicar ideias 
em áreas como a engenharia e a arquitetura, por exemplo.
Figura 1. Arte rupestre demonstrando os animais existentes no período.
Fonte: MattLphotography/Shutterstock.com.
De acordo com Junqueira Filho (2005, p. 54):
Foram os seres humanos que inventaram o desenho e, ao fazê-lo, puderam dizer 
algo de si por meio de imagens, puderam se ver representados graficamente 
em aspectos de sua humanidade; deixaram-se em marcas que contribuíram 
para a produção de sua humanidade, de sua história; que contribuíram para 
a demarcação, comunicação e significação de sua passagem pela vida, pelo 
planeta Terra, pelo mundo.
Perspectivas de interiores, expressão gráfica e desenho técnico no projeto de interiores2
O desenho, por ser um modo de expressão criativa, vai além de riscos e 
traços: é o resultado de um propósito. Conforme Argan (1991, p. 25), “[...] o 
desenho é, antes de tudo, síntese entre ideia e coisa [...]”. A expressão gráfica, 
por intermédio do desenho, possibilita que a comunicação seja imediata.
O desenho técnico é uma forma universal de comunicação, sendo entendido em 
diferentes idiomas, pois pode seguir padrões nacionais (NBR, Normas Brasileiras) ou 
internacionais (ISO, International Organization for Standardization). Essas normas são 
códigos técnicos regulamentadores de relações entre os projetistas, empreiteiros e 
clientes. No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), fundada em 
1940, é responsável por aprovar e editar as normas vigentes. Em 1947, para facilitar o 
intercâmbio de produtos entre os diferentes países, foi fundada a ISO, com sede em 
Londres. Assim, quando uma norma técnica é criada por algum país e é aprovada pelos 
demais, esta pode ser internacionalizada, passando a compor a ISO. No Brasil, há uma 
série de normas — as NBRs — que estão de acordo com a ISO e regem a linguagem do 
desenho técnico em seus mais diversos parâmetros (FERREIRA; FALEIRO; SOUZA, 2008).
Para a arquitetura e a engenharia, o desenho serve como elo comunicador 
entre o criador, o projetista e aquele a quem a criação se destina. Por meio de 
uma linguagem gráfica adequada, atinge-se os objetivos de comunicar o que 
está sendo proposto. O desenho, portanto, ajuda a esclarecer, ordenar e estruturar 
as ideias; nele, encontra-se o ponto de partida para a materialização do projeto.
Para representar de forma clara e padronizada os desenhos na área da 
arquitetura, existe o desenho técnico. Segundo Ferreira, Faleiroe Souza 
(2008, documento on-line): 
O desenho técnico surgiu da necessidade de representar, com precisão, máquinas, 
peças, ferramentas e outros instrumentos de trabalho, bem como edificações 
de projetos de engenharia e arquitetura. A principal finalidade do desenho 
técnico é a representação precisa, no plano, das formas do mundo material, de 
modo a possibilitar a reconstituição espacial das mesmas. Assim, constitui-se 
no único meio conciso, exato e inequívoco para comunicar a forma dos objetos.
O desenho técnico (Figura 2) é a linguagem gráfica da arquitetura e, assim 
como uma linguagem verbal e escrita, exige uma alfabetização, sendo necessário 
que haja um treinamento específico para a interpretação e a execução da lin-
3Perspectivas de interiores, expressão gráfica e desenho técnico no projeto de interiores
guagem gráfica dos desenhos técnicos. De acordo com Ferreira, Faleiro e Souza 
(2008), o desenho técnico engloba um grupo de metodologias e procedimentos 
necessários ao desenvolvimento e à comunicação de projetos, conceitos e ideias. 
Para isso, faz-se necessária a utilização de um conjunto constituído por linhas, 
números, símbolos e indicações escritas normalizados internacionalmente.
Figura 2. Projeto representado por meio de desenho técnico.
Fonte: Sakarin Sawasdinaka/Shutterstock.com.
Para Catapan (2016, documento on-line), “[...] a arte de representar um objeto 
ou fazer sua leitura por meio do desenho técnico é tão importante quanto a 
execução de uma tarefa, pois é o desenho que fornece todas as informações 
precisas e necessárias para a construção de uma peça [...]”. O desenvolvimento 
do conhecimento de técnicas que contribuam para a fluência dessa linguagem 
é fundamental, principalmente para aqueles que utilizam o desenho técnico 
como forma de comunicação.
Perspectivas de interiores, expressão gráfica e desenho técnico no projeto de interiores4
As normas em representação projetual
Para a representação de projetos, há um conjunto de normas que deve ser 
seguido, tanto na representação quanto na disposição dos elementos projetuais, 
que regem desde o dimensionamento mínimo de cômodos até as instalações 
contidas na edifi cação, como elétricas, sanitárias, de condicionamento de ar, 
entre outras. No Brasil, as normas de desenho são geridas pela ABNT. A partir 
de agora, serão apresentadas as principais normativas a serem consideradas 
na representação projetual, visto que são essas normas que estabelecerão 
padrões e demonstrarão como a representação gráfica de um projeto ocorre.
Uma das principais normas de representação projetual é a ABNT NBR 
6492:1994 – Representação de projetos de arquitetura. Essa norma é um ins-
trumento básico para padronizar o desenho técnico nas áreas da engenharia 
e da arquitetura, pois: 
[...] fixa as condições exigíveis para representação gráfica de projetos de 
arquitetura, visando à sua boa compreensão [...] e não abrange critérios de 
projeto, que são objeto de outras normas ou de legislação específicas de 
municípios ou estados [...] (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 1994, p. 1).
Nessa norma, existem aspectos técnicos voltados tanto para a arquitetura 
em geral quanto para a representação da arquitetura de interiores. Na arquite-
tura de espaços internos comerciais, alguns desenhos e plantas são utilizados 
habitualmente, como as plantas baixas, denominadas na norma como planta 
da edificação e definidas como uma: 
[...] vista superior do plano secante horizontal, localizado a, aproximadamente, 
1,50 m do piso em referência. A altura desse plano pode ser variável para cada 
projeto de maneira a representar todos os elementos considerados necessários 
[...] (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994, p. 1). 
Utilizam-se também as elevações, que são a “[...] representação gráfica 
de planos internos ou de elementos da edificação [...]”, e os detalhes, também 
chamados de ampliações, que podem ser definidos como a “[...] representação 
5Perspectivas de interiores, expressão gráfica e desenho técnico no projeto de interiores
gráfica de todos os pormenores necessários, em escala adequada, para um 
perfeito entendimento do projeto e para possibilitar sua correta execução 
[...]” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994, p. 2).
A ABNT NBR 6492:1994 destaca os itens que devem constar em um dese-
nho técnico de uma planta baixa (Figura 3). Desses itens, os que se destacam 
em relação ao uso da representação em arquitetura de interiores comerciais 
são: simbologias de representação gráfica, conforme as prescritas na norma; 
indicação do norte; eixos do projeto; sistema estrutural; indicação das cotas 
entre os eixos; cotas parciais e totais; fechamentos externos e internos; cir-
culações verticais e horizontais; acessos e demais elementos significativos; 
marcação de projeção de elementos significativos acima ou abaixo do plano 
de corte; indicação dos níveis de piso acabado; denominação dos diversos 
compartimentos e suas respectivas áreas úteis; marcação de cortes e fachadas; 
escalas; notas gerais; desenhos de referência; carimbo.
Figura 3. Planta baixa finalizada.
Fonte: Montenegro (2012, p. 79).
Perspectivas de interiores, expressão gráfica e desenho técnico no projeto de interiores6
Segundo a ABNT NBR 6492:1994, as elevações internas devem conter 
simbologias de representação gráfica, eixos do projeto, indicação de cotas 
de nível acabado, indicação de convenção gráfica dos materiais, marcação e 
detalhes, escalas, notas gerais, desenho de referência, carimbo e marcação 
dos cortes longitudinais ou transversais (Figura 4).
Figura 4. Representação de elevação e marcações de eixos em plantas.
Fonte: Svjatoslav Andreichyn/Shutterstock.com.
Os cortes são representações gráficas que demonstram as camadas que 
constituem uma edificação, a qual é desenhada como se fosse uma fatia de bolo 
que demonstre suas camadas (Figura 5). Segundo Ching (2017), os cortes são 
elementos utilizados para a representação de um projeto arquitetônico e são 
obtidos a partir da projeção de um plano ortogonal de um plano de projeção 
vertical que se passa na edificação.
7Perspectivas de interiores, expressão gráfica e desenho técnico no projeto de interiores
Figura 5. Esquema de representação de corte. 
Fonte: Montenegro (2012, p. 55).
Nos cortes, conseguimos perceber os detalhes que estão ocultos em plantas 
(p. ex., espessuras de lajes), alturas de elementos construtivos (p. ex., paredes), 
espessuras e estruturas (p. ex., como vigas, lajes e fundações), detalhes e formas 
de coberturas, forros, entre outros elementos (OBERG, 1997).
Para melhor compreensão de um projeto, geralmente são apresentados dois 
cortes: um no sentido transversal (referente à menor dimensão da edificação) 
e outro na direção longitudinal (referente à maior dimensão da edificação). 
Contudo, esse número pode ser maior, dependendo do grau de dificuldade de 
execução ou compreensão do projeto. 
O posicionamento dos cortes também será definido em planta baixa, bem 
como a sua orientação. O recomendado é que os cortes sejam orientados para 
a face que apresente maior quantidade de detalhes (Figura 6), como escadas, 
áreas molhadas, rampas e alturas diferenciadas (CHING, 2017).
Perspectivas de interiores, expressão gráfica e desenho técnico no projeto de interiores8
Figura 6. Sentido de representação do plano de corte vertical. 
Fonte: Ching (2017, p. 70).
Além dos cortes, tem-se os detalhes de projeto, que são ampliações feitas 
em algumas áreas do corte para apresentar com mais detalhes característi-
cas construtivas importantes para a compreensão e a execução do projeto. 
É comum apresentar em projetos detalhes da estrutura, da cobertura, de 
escadas e rampas, além dos demais elementos específicos e diferenciados 
em um projeto. Nos projetos de interiores, apresentam-se detalhes quando 
se quer demonstrar alguma especificação personalizada, como um puxador 
cava, por exemplo.
9Perspectivas de interiores, expressão gráfica e desenhotécnico no projeto de interiores
As perspectivas não possuem normas técnicas de representação gráfica, apenas 
técnicas diferentes a serem seguidas, de acordo com o uso e a finalidade para a qual 
estão sendo criadas. 
As técnicas de representação para projetos 
de interiores comerciais
As formas de representação e apresentação projetuais disponíveis são bastante 
variadas, envolvendo desde o desenho à mão, com ou sem cores, até apresen-
tações tridimensionais com óculos de realidade virtual. O papel dos desenhos 
de apresentação é comunicar, da maneira mais clara e precisa possível, as 
qualidades tridimensionais de um projeto. 
Conforme Farrelly (2014, p. 92), a representação gráfica:
[...] se refere à variedade de métodos que podem ser empregados para expressar 
ideias e conceitos de arquitetura. Algumas dessas técnicas são tradicional-
mente associadas à representação da arquitetura (como plantas baixas, cortes 
e elevações), outras foram tomadas emprestadas ou adaptadas de outras áreas, 
como o cinema (storyboards), a mídia digital (produção de imagens geradas 
por computador) e as belas artes (esboços à mão livre e técnicas de desenho 
analítico geralmente associados a elas).
A maneira mais comum e rápida de se expressar uma ideia projetual é por 
meio de croquis. Conforme Belardi (2004, p. 52–53),
[...] o desenho por croqui é um sistema notacional rápido, disponível, denso, 
auto generativo, e sobretudo extraordinariamente comunicativo. [...] a prática 
do desenho por croqui é irrenunciável para a arquitetura, na medida em que 
envolve dois âmbitos de ação ao mesmo tempo distintos e complementares: 
um na trajetória do conhecimento, que diz respeito à aproximação de alguma 
coisa que já existe, e o outro na trajetória da idealização, que diz respeito ao 
quanto se tem em mente por realizar.
Perspectivas de interiores, expressão gráfica e desenho técnico no projeto de interiores10
Os croquis passaram, então, a receber incrementos de cores e sombras, 
repassando as sensações de profundidade e luz (Figura 7).
Figura 7. Lobby no escritório. 
Fonte: gkatz/Shutterstock.com.
Uma das formas mais tradicionais de representar graficamente um pro-
jeto, seja ele comercial ou residencial, é com o uso de softwares do tipo 
CAD (projeto assistido por computador), uma vez que permitem a expressão 
rápida de ideias, sendo ajustável o seu desenvolvimento em plantas baixas 
(Figura 8), cortes e elevações. Esses desenhos, quando agrupados, formam 
um conjunto de informações capaz de comunicar o conceito e instruir uma 
construção. Além disso, os softwares CAD possibilitam a criação de modelos 
em tridimensionalidade (3Ds), seja em um mesmo software ou em softwares 
complementares, como SketchUp ou 3dMax, por exemplo.
11Perspectivas de interiores, expressão gráfica e desenho técnico no projeto de interiores
Figura 8. Representação de plantas baixas em CAD. 
Fonte: Evita Van Zoeren/Shutterstock.com.
Além disso, existem formas de complementar a representação gráfica em CAD 
convencional, por meio de fotomontagens, tratamentos em softwares de edição de 
imagens, como o Photoshop, ou mesmo o Corel. Por meio desses recursos, faz-se 
a humanização dos projetos, com a inserção de materiais mais realistas. Farrelly 
(2014) refere-se às fotomontagens como um mecanismo que produz imagens 
atraentes, geralmente empregadas para vender uma ideia ou demonstrar que a 
arquitetura pode se adaptar a qualquer exigência do cliente ou mesmo ao terreno.
Todavia, vale ressaltar que a maneira mais comunicativa de apresentação 
projetual e comunicação entre projetista e cliente é por meio das representações 
tridimensionais, sejam elas em perspectivas, realidade virtual ou maquetes 
físicas, uma vez que o leigo em arquitetura percebe a espacialidade e o uso 
do ambiente que está sendo proposto.
Conforme Farrelly (2014), as maquetes eletrônicas unem características 
de imagens em duas e três dimensões. Devido à sua sofisticação, os progra-
mas de CAD podem ser utilizados em diferentes etapas do projeto, desde o 
desenvolvimento das ideias iniciais até o detalhamento e a sua implantação 
durante a obra. Muitos programas exigem dados de planta baixa e elevação 
para produzir um conjunto adequado de imagens. Em geral, tais dados incluem 
uma série de coordenadas ou as medidas de comprimento e altura das paredes 
com parâmetros específicos.
Perspectivas de interiores, expressão gráfica e desenho técnico no projeto de interiores12
Como visto, a representação de projetos de arquitetura de interiores comer-
ciais deve proporcionar o entendimento projetual pelo cliente e pelo executor, 
e, por isso, a variação de formas de representação e apresentação torna-se 
importante, pois cada público tem sensibilidade visual para compreender 
a ideia que está sendo desenvolvida. Desse modo, um projeto com uma boa 
representação gráfica permite uma execução adequada e fidedigna.
ARGAN, G. C. Arte moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6492:1994. Representação 
de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994. 
BELARDI, P. Brouillons d’Architects: uma lesione sul disegno inventivo. Melfi: Casa Editrice 
Librìa, 2004.
CATAPAN, M. F. Apostila de desenho técnico. 2016. Disponível em: https://docente.ifrn.
edu.br/gildamenezes/disciplinas/desenho-tecnico/2015/apostilas/apostila-catapan. 
Acesso em: 11 dez. 2019.
CHING, F. D. K. Representação gráfica em arquitetura. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2017.
FARRELLY, L. Fundamentos da arquitetura. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014.
FERREIRA, R. C.; FALEIRO, H. T.; SOUZA, R. S. Desenho técnico: apostila de circulação 
interna da escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos. 2008. Disponível em: 
https://www.slideshare.net/Evertonsantos155/apostila-desenho-universidade-de-
-goiais. Acesso em: 11 dez. 2019.
JUNQUEIRA FILHO, G. A. Linguagens geradoras: seleção e articulação de conteúdos em 
educação infantil. Porto Alegre: Mediação, 2005.
MONTENEGRO, G. A. Desenho arquitetônico. São Paulo: Edgar Blucher, 2012.
OBERG, L. Desenho arquitetônico. 31. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1997.
13Perspectivas de interiores, expressão gráfica e desenho técnico no projeto de interiores
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Perspectivas de interiores, expressão gráfica e desenho técnico no projeto de interiores14
DICA DO PROFESSOR
As representações bidimensional (2D) e trimensional (3D) devem buscar sempre a clareza na 
demonstração do que está sendo proposto em um projeto. As perspectivas podem ocorrer de 
diferentes formas, cada uma delas adequada ao que se deseja demonstrar.
Nesta Dica do Professor, você verá quais os tipos de perspectivas mais adequados para a 
representação de projetos de interiores comerciais.
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EXERCÍCIOS
1) O desenho é o instrumento de comunicação mais antigo que se tem registro, pois 
acompanha a humanidade desde o seu surgimento e está inserido em um esquema de 
representação. É um meio em que o homem expressa seus sentimentos e é capaz de 
comunicar-se (JUNQUEIRA FILHO, 2005).
Das representações apresentadas a seguir, qual alternativa apresenta a forma de 
representação gráfica descrita corretamente?
A) O uso de softwares do tipo CAD (projeto assistido por computador) permite a expressão de 
ideias, sendo ajustável o seu desenvolvimento em plantas baixas, cortes e elevações; 
porém é considerado lento.
B) O desenho representado por meio de croqui é um sistema notacional considerado rápido, 
disponível, denso, autogenerativo e, sobretudo, extraordinariamente comunicativo.C) O uso de softwares do tipo CAD (projeto assistido por computador) não permite a 
expressão de ideias, pois como é necessária a realização de ajustes em plantas baixas, 
cortes e elevações, é considerado inapropriado.
D) Devido a sua sofisticação, os programas de CAD (projeto assistido por computador) não 
podem ser utilizados em diferentes etapas do projeto. Além de ser um sistema mais lento.
E) O desenho representado por meio de croqui é um sistema notacional mais lento, 
disponível, denso, autogenerativo e, sobretudo, extraordinariamente comunicativo.
2) No projeto de interiores, para entendimento dos executores, como marceneiros, 
gesseiros e instaladores em geral, um recurso muito comum é a representação 
gráfica de projetos com o uso de perspectivas isométricas. Sobre esse tipo de 
perspectiva, é possível afirmar que:
A) a perspectiva isométrica é a representação tridimensional que reproduz a visão do olho 
humano, sem que haja distorção de medidas.
B) a perspectiva isométrica é a representação tridimensional que reproduz a visão do olho 
humano, porém apresenta distorção de medidas.
C) a perspectiva isométrica é a representação tridimensional que reproduz determinado objeto 
ou ambiente utilizando pontos de fuga.
D) a perspectiva isométrica é a representação tridimensional que reproduz determinado objeto 
ou ambiente, porém apresenta distorção das medidas reais.
E) a perspectiva isométrica é a representação tridimensional que reproduz determinado objeto 
ou ambiente sem que haja distorção das medidas reais.
3) A representação gráfica de um projeto de interiores ocorre por meio de um conjunto 
de desenhos e de documentos. Entre esses desenhos, podemos encontrar plantas, 
cortes, elevações, detalhamentos, esquemas de instalações elétricas, sanitárias, 
hidráulicas, etc. Sobre os detalhamentos, assinale a alternativa correta.
A) São secções transversais ou longitudinais dos ambientes onde se verificam as espessuras 
de vigas, encaixes de peças ou mesmo alturas das estruturas.
B) São elevações internas onde é possível identificar a materialidade, as alturas e a disposição 
de mobiliários no ambiente.
C) São vistas superiores dos ambientes onde é possível verificar as espessuras de paredes, 
dimensões de ambientes, esquadrias ou projeções, por exemplo.
D) São ampliações das secções transversais ou longitudinais onde se verifica as espessuras de 
materiais, de encaixes de peças ou alturas de um projeto.
E) São documentos em que estão registradas as práticas e os materiais que devem ser 
utilizados na montagem e na manutenção dos elementos projetados.
4) “A representação gráfica serve como um elo entre o projetista e o destinatário do 
projeto, ou seja, aquela pessoa que receberá e interpretará o documento para 
aprovação ou execução do objeto projetado. Neste sentido, os desenhos técnicos 
devem obedecer a uma 
série de convenções que facilitam a compreensão ampla da representação. Qual 
alternativa dentre as expostas abaixo contempla todos os elementos necessários em 
uma elevação interna, segundo a NBR 9492:1994? 
A) Simbologias de representação gráfica, eixos das paredes, indicação de cotas de nível, 
indicação de convenção gráfica dos revestimentos, marcação e detalhes, escalas, desenho 
de referência, carimbo e marcação dos cortes longitudinais ou transversais.
B) Simbologias de representação gráfica, eixos dasparedes, indicação de cotas de nível 
acabado, indicação de convenção gráfica dos revestimentos, marcação e detalhes, escalas, 
desenho de referência, carimbo e marcação dos cortes transversais.
Simbologias de representação gráfica, eixos do projeto, indicação de cotas de nível C) 
acabado, indicação de convenção gráfica dos materiais, marcação e detalhes, escalas, notas 
gerais, desenho de referência, carimbo e marcação dos cortes longitudinais ou transversais.
D) Eixos das paredes, indicação de cotas de nível, indicação de convenção gráfica dos 
revestimentos, marcação e detalhes, escalas, simbologia de representação gráfica, carimbo 
e marcação dos cortes longitudinais ou transversais.
E) Eixos das paredes, indicação de cotas de nível, indicação dos revestimentos, marcação e 
detalhes, escalas, simbologia de representação gráfica, eixos do projeto, carimbo e 
marcação dos cortes longitudinais ou transversais.
5) O desenho técnico é um instrumento que define de forma universal a representação 
dos projetos de arquitetura e de engenharia, regulamentado pelas Normas Brasileiras 
(NBRs) e pela International Organizacion for Standartization (ISO), códigos técnicos 
que fixam padrões para o desenho e para a apresentação desses projetos. Analise as 
afirmações a respeito do assunto e marque V (verdadeiro) ou F (falso):
( ) Quando uma norma técnica é criada por algum país, pode ser adotada pela 
International Organizacion for Standartization (ISO), incorporando-se ao conjunto 
de normas em nível internacional.
( ) A ISO e a ABNT definem os padrões de representação em nível nacional e 
internacional, respectivamente, sendo independentes entre si, devendo ser seguidas à 
risca por projetistas, arquitetos e engenheiros.
( ) O conjunto de desenhos definidos para projetos de arquitetura em geral não se 
diferenciam dos desenhos necessários para a representação de projetos de 
arquitetura de interiores como obrigatórias, bem como não estão regidas da mesma 
forma que os projetos de arquitetura em geral, sendo definidas por cada profissional, 
de acordo com o tipo de projeto. 
Assinale a alternativa que apresenta a ordem correta se as afirmações são 
verdadeiras ou falsas.
A) V, F, V.
B) F, V, V.
C) V, V, V.
D) V, V, F.
E) F, V, F.
NA PRÁTICA
Para cada público de um projeto comercial, é necessário um tipo diferente de apresentação. Essa 
sensibilidade de comunicação específica para cada público é importante para o sucesso do 
projeto.
Neste Na Prática, veja como ocorre frequentemente essa comunicação.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Do croqui à maquete eletrônica: reflexões sobre a utilização de softwares gráficos no 
processo de concepção e de representação de projetos de arquitetura e design de interiores
Leia neste interessante artigo, de autoria de Leandro Canabrava Damas, sobre o uso de 
softwares gráficos no processo de concepção e de representação de projetos de arquitetura e 
design de interiores.
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Projeto design de interiores: aplicação dos conhecimentos em representação gráfica
Leia este artigo para perceber a importância de graficar corretamente um projeto.
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