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Desenho Digital - A1

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Ao longo da Unidade, verificamos que houve uma significativa maneira de desenvolver projetos por meio do desenho, desde as técnicas a mão, passando pelo CAD e chegando a tecnologias mais complexas, tais como o BIM.
Referente à evolução destas tecnologias, considere o texto a seguir.
Diferenças entre o CAD tradicional e o conceito BIM
A implementação dos softwares CAD, em substituição ao lápis e papel, trouxe uma melhor metodologia de trabalho e eficiência no tratamento dos projetos, seja no que diz respeito à criação do desenho ou na sua edição. Por meio dos sistemas CAD os elementos (linhas, pontos, textos etc.) são inseridos em um espaço virtual através de vetores de coordenadas com precisão matemática. Inicialmente com objetos 2D (duas dimensões) os sistemas CAD evoluíram ao oferecer elementos 3D para a construção de superfícies e sólidos em um espaço tridimensional. Apesar desta significativa evolução, a forma de projetar em sistemas CAD não pode ser considerada uma mudança de paradigma, visto que apenas as ferramentas de desenho foram transferidas para o computador, diminuindo erros, tempo de dedicação e proporcionando maior facilidade para a aplicação de alterações necessárias, ou seja a modelagem ficou mais eficiente, mas o resultado final manteve-se para fim de representação.
O conceito BIM prevê a construção em ambiente 3D virtual de objetos característicos e não da sua representação. Tais objetos, chamados de objetos inteligentes (objetos paramétricos de construção), apresentam, além das propriedades espaciais associadas à sua representação, propriedades intrínsecas aos mesmos. Se utilizarmos o objeto porta como exemplo, teremos nos softwares CAD a representação geométrica do objeto em ambiente 2D e/ou 3D. No conceito BIM a porta em questão é uma entidade única com seus elementos geométricos e demais propriedades intrínsecas ao mesmo. Além das três dimensões da modelagem geométrica espacial é possível atribuir ao objeto novas dimensões, como “tempo” (4D), “custo” (5D), entre outras dimensões possíveis. Por este conceito o projeto não mais apresenta linhas e textos para representar elementos e sim os próprios objetos que compõem a obra. Dessa forma, o BIM provê toda informação necessária aos desenhos, à expressão gráfica, à análise construtiva, à quantificação de trabalhos e tempos de execução, desde a fase inicial do projeto, até a conclusão da obra. Com isso, os dados para a validação do projeto são automaticamente associados a cada um dos elementos que o constituem.
Referência: 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492, abr. 1994. Representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.Disponível em: <https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4039>.Acesso em: 21/06/2019.
DIFERENÇAS entre o CAD e o conceito BIM. In: SAEPRO. Porto Alegre, [2019?]. Disponível em: <https://www.ufrgs.br/saepro/saepro-2/conheca-o-projeto/diferencas-entre-o-cad-tradicional-e-o-conceito-bim/>. Acesso em: 07/07/2019.
Considerando o acima exposto e partindo do seu conhecimento da Norma NBR-6492/1994 e considerando o desenvolvimento histórico dos meios para apresentação de projetos e a importância das ferramentas CAD, argumente acerca da importância da padronização decorrente das normas técnicas em projetos. Ressalte como houve a evolução/transposição do desenho manual para o CAD, citando, a título de exemplo, ao menos um elemento da norma indicada acima.
Você pode estender sua análise incluindo tecnologias mais recentes. (Métrica: até uma lauda = 1.500 palavras).
RESPOSTA:
Atualmente temos a compreensão de que os desenhos realizados em softwares próprios para essa finalidade, os CADs, possui uma vasta gama de vantagens. Como exemplo é possível mencioar a possibilidade de acessar os projetos de qualquer computador ou tablet em qualquer lugar, economia de tempo de trabalho, padrões atuais do mercado, possibilidade de salvar várias versões diferentes, facilidade em corrigir erros, dentre outros inúmeros benefícios. 
Apesar de todos esses pontos positivos do desenho digital, é indiscutível que um desenho manual é praticamente uma obra de arte e permite, em alguns aspectos, uma maior liberdade criativa. Antes do AutoCAD e outros softwares semelhantes, os desenhos técnicos eram feitos utilizando muitos materiais como nanquins, monógrafos, aranhas, régua T, régua paralela, estilete e outros e transportar todos esses equipamentos para outros locais não era muito prático. Devido à praticidade do desenho digital e à todas as suas vantagens mencionadas anteriormente, esse tipo de trabalho foi ganhando espaço em detrimento do desenho manual e hoje é uma realidade para os profissionais da área, sendo uma exigência do mercado.
Os desenhos técnicos começaram a seguir as primeiras normas e orientações gerais a partir do século XIX. Nesse período, devido à Revolução Industrial e ampliação do uso de máquinas, surgiu a necessidade haver uma padronização dos projetos de maquinários, o que posteriormente foi estendido para outros tipos de desenhos técnicos, como o arquitetônico. A representação gráfica de projetos de arquitetura segue um conjunto de normas internacionais sob a supervisão da ISO (International Organization for Standardization), porém é comum que cada país tenha sua própria versão da norma seguindo o que é praticado naquela localidade.
No Brasil, a NBR-6492/1994, editada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), estabelece as condições e parâmetros pertinentes ao desenho arquitetônico, garantindo que haja uma boa compreensão do projeto. É importante ressaltar, que a NBR-6492/1994 orienta tanto a representação gráfica feita à mão quanto em softwares CAD.
A NBR 6492 traz diversas definições basais para a elaboração de um projeto arquitetônico e de interiores, abrangendo todos os aspectos que deverão estar indicados em Fachadas, Cortes e Plantas, como: planta de situação, planta de localização, planta de edificação, corte, elevações, fachada, detalhes, escalas, lista de materiais, memorial justificativo, programa de necessidades, discriminação técnica, especificações e orçamento.
A padronização de desenhos técnicos é fundamental para que todas informações fiquem claras para os profissionais que irão executar aquele projeto. Dados confusos e/ou ambíguos podem resultar em desperdício de materiais e de tempo da mão de obra e em gastos desnecessários. Além disso, pode acarretar em um resultado diferente do esperado tanto pelo designer ou arquiteto quanto pelo cliente final. A consequência pode ser um resultado pouco funcional, defeituoso ou que não agrade esteticamente e que precise novas intervenções.
Como exemplo de como a norma em questão padroniza os projetos arquitetônicos, é possível citar a hierarquia das linhas de acordo com sua respectiva espessura. Isso significa que cada tipo de linha possui uma função e representa um determinado tipo de elemento. Enquanto linhas grossas representam alvenaria em corte, colunas/paredes estruturais, linhas médias irão representar esquadrias, mobiliários fixo/não fixo, escadas, alvenaria baixa/vista, etc. Já as linhas finas, por sua vez, são utilizadas em pisos, hachuras, cotas e linhas auxiliares e assim por diante.

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