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lousa ROC - STF e STJ

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Agnaldo, que reside com sua esposa, Ângela, e seus dois filhos na cidade de Porto Alegre – RS, pretendendo fazer uma reforma na casa onde mora com a família, dirigiu-se a uma loja de material de construção para verificar as opções de crédito existentes. Entre as opções que o vendedor da loja apresentou, a mais adequada ao seu orçamento familiar era a emissão de cheques pré-datados como garantia da dívida. Como não possui conta-corrente em agência bancária, Agnaldo pediu a seu cunhado e vizinho, Firmino, que lhe emprestasse seis cheques para a aquisição do referido material, pedido prontamente atendido. Com o empréstimo, retornou ao estabelecimento comercial e realizou a compra, deixando como garantia da dívida os seis cheques assinados pelo cunhado. Dias depois, Firmino, que tivera seu talonário de cheques furtado, sustou todos os cheques que havia emitido, entre eles, os emprestados a Agnaldo. Diante da sustação, o empresário, na delegacia de polícia mais próxima, alegou que havia sido fraudado em uma transação comercial, uma vez que Firmino frustrara o pagamento dos cheques pré-datados. Diante das alegações, o delegado de polícia instaurou inquérito policial para apurar o caso, indiciando Firmino, por entender que havia indícios de ele ter cometido o crime previsto no inciso VI do § 2.º do art. 171 do Código Penal. Inconformado, Firmino impetrou habeas corpus perante a 1.ª Vara Criminal da Comarca de Porto Alegre, tendo o juiz denegado a ordem.
Considerando essa situação hipotética, na condição de advogado(a) contratado(a) por Firmino, interponha a peça judicial cabível, privativa de advogado, em favor de seu cliente
- RESE – 581, X do CPP
- Tese: inexistência de dolo para a prática do 171, §2, VI do CP. 
- súmula 246 STF - COMPROVADO NÃO TER HAVIDO FRAUDE, NÃO SE CONFIGURA O CRIME DE EMISSÃO DE CHEQUE SEM FUNDOS.
Pedido: conhecido e provido o RESE para reformar a decisão.... 
ROC – RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL 
Previsão do ROC – (não está no CPP)
102, II, “a” e “b” – da CF – julgado pelo STF
105, II, “a” e “b”, da CF – julgado pelo STJ
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
II - julgar, em recurso ordinário:
a) o habeas corpus , o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
b) o crime político;
 Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
II - julgar, em recurso ordinário:
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
Quando cabe? (102, II, a e b da CF) – julgado pelo STF
HC ou MS __________NEGADO EM ÚNICA INSTÂNCIA_____TRIBUNAIS SUPERIORES (STJ, STM, TSE)______ROC PARA O STF 
Ex: impetro HC ao STJ. Lá mesmo no STJ denegam o meu HC. Vou interpor o ROC ao STF. 
Prazo: 
ROC STF de HC ou MS – 5 dias (súmula 319 STF). 
Argumentação? 
Mesma argumentação do HC + argumentos para combater a decisão do STJ que denegou o HC
Exigência de procuração no ROC pelos Tribunais Superiores: Súmula 115 do STJ. 
Obs. Crime político (Lei de Segurança Nacional, 7170/83):
109, IV da CF: Aos juízes federais compete julgar crimes políticos....
102, II, da CF - cabe ao STF julgar em ROC. 
- Em virtude de sentença prolatada por crime político cabe ROC direto ao STF e não apelação. 
ROC para o STJ: 
 Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
II - julgar, em recurso ordinário:
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
Decisão denegatória de HC: 
Proferida pela 2 instância ou por Tribunal Superior. 
E se o HC for denegado em 1ª instância? 
RESE (581, X do CPP)
O que cabe para a acusação? REXT ou RESP. 
Obs. RESE com fundamento no 581, X – parcela da doutrina entende possível ROC ao STJ, após improvimento do RESE. 
Confusão de cabimento do ROC e RESE. Cuidado!!
- ROC – cabe para decisões proferidas por Tribunal (CF)
- RESE- somente cabe de decisões proferidas por juiz de primeiro grau (581, X CPP).
Decisão denegatória de mandado de segurança:
 - Da decisão de 2 instância que concede o MS não cabe ROC. 
Em 1 instância? Apelação com fundamento no art. 14, Lei 12016/2009. 
Art. 14.  Da sentença, denegando ou concedendo o mandado, cabe apelação. 
MODELO - INTERPOSIÇÃO DO ROC PARA O STJ
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE .....
Habeas Corpus nº. ..........
Ou
MS nº ........	
			
			Nome do cliente, já qualificado nos autos do pedido de “habeas corpus” ou do MS em epígrafe, por seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, inconformado com o v. acórdão denegatório da ordem, interpor o RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL em Habeas Corpus ou MS, com fulcro no artigo 105, II, “a” (se for HC) ou “b” (se for MS) da Constituição Federal, dentro do prazo legal de _____ ( HC – 5 dias e MS - 15 dias ) c.c Lei nº. 8.038/90.
				Requer seja ordenado o processamento do recurso com suas razões e encaminhado ao Colendo Superior Tribunal de Justiça.
			
				Nestes termos,
				Pede deferimento.
				Local e data
				Advogado (a)
 	 OAB nº
MODELO - INTERPOSIÇÃO DO ROC PARA O STF – HC foi negado no STJ. Endereçamento para quem?
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Habeas Corpus nº 
Ou
MS nº				
				“nome do cliente”, já qualificado nos autos do pedido de “habeas corpus” ou do MS em epígrafe, por seu (ua) advogado (a), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, inconformado com o v. acórdão denegatório da ordem, interpor o RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL, com fulcro no artigo 102, II, “a” da Constituição Federal, dentro do prazo legal de 5 dias.
				Requer seja ordenado o processamento do recurso com suas razões e encaminhado ao Colendo Supremo Tribunal Federal.
				Nestes termos,
				Pede deferimento.
				Local e data
				Advogado (a)
 OAB nº
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
RECORRENTE:
RECORRIDO:
VARA DE ORIGEM
PROCESSO Nº
					EGRÉGIO STF OU STJ
FATOS
DIREITO
PEDIDO
			Pelo exposto requer, seja conhecido e provido o presente recurso ordinário constitucional para reformar o acórdão a fim de conceder a ordem de HC ou MS para........
João, investigador de polícia, está preso preventivamente no Presídio Especial da Polícia Civil de São Paulo, e denunciado por violação do artigo 316, do Código Penal, sendo certo que teve concedida a fase do artigo 514, do Código de Processo Penal, e os prazos legais estão sendo observados. É primário, tem residência fixa e exerce atividade lícita. O Meritíssimo Juiz de primeira instância negou a liberdade provisória com fiança, alegando apenas e tão-somente “ser o crime muito grave”, enquanto a Egrégia 1a Câmara do Tribunal de Justiça de São Paulo, por maioria de votos, denegou a ordem de habeas corpus que fora impetrada, usando do mesmo argumento, conforme consta do Venerando Acórdão hoje publicado.
QUESTÃO: Como advogado de João, adotar a medida judicial cabível.
Crime: concussão (316 do CP)
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
        Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.    
Rito: especial, procedimento funcionário público. 
Momento Processual: 1
Nome da peça?ROC em HC (Recurso Ordinário Constitucional em Habeas Corpus)
Endereçamento? Interposição? EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. 
Razões: STJ
Argumentação?
 Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada. 
§ 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer outra cautelar, o juiz deverá indicar concretamente a existência de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada.
CF art. 93, IX – fundamentação.
A decisão do TJ é nula por falta de fundamentação. Prisão ilegal por falta de fundamentação. 
CF - LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;

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