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Habeas Corpus Liberatório - Prática Simulada III - Penal - Resposta

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11
 “HABEAS CORPUS”
Previsão Legal: Artigo 5º, LXVIII, da CF e Artigos 647 e 648 do CPP.
Origem histórica: A expressão “Habeas Corpus” procede do latim e em seu sentido literal significa “tome o corpo”. Estas eram as palavras iniciais do mandado que o Tribunal competente concedia a quantos estivessem em seu poder, ou guarda: “Tome o corpo deste detido e venha ao Tribunal o homem e o caso”. A finalidade era de proteger a liberdade de locomoção, e evitar tratamentos injustos antes do julgamento. O “Habeas Corpus” teve sua origem com a Magna Carta em 1.215
Conceito: O “Habeas Corpus” é um remédio constitucional destinado a tutelar, de maneira eficaz e imediata, a liberdade de locomoção: direito de ir, vir e permanecer. É cabível sempre que alguém estiver sofrendo ou na iminência de sofrer uma coação ilegal, não havendo prazo para impetrá-lo.
Embora incluído no Código de Processo Penal como recurso, a doutrina é unânime em considerar o “Habeas Corpus” como verdadeira ação, que tem por finalidade amparar o direito a liberdade de locomoção. Tal entendimento é em decorrência do fato do “Habeas Corpus” poder ser impetrado mesmo após o trânsito em julgado e, para que seja cabível basta a simples ameaça à liberdade de ir e vir, não é necessário que haja ato jurisdicional. 
CARACTERÍSTICAS:
Pode ser impetrado por qualquer pessoa, inclusive pelo paciente (aquele que está sofrendo a coação ilegal, ou se encontra na iminência de sofrê-la);
Quando impetrado por advogado, não há necessidade do paciente outorgar-lhe procuração;
O “Habeas Corpus” é sempre dirigido à autoridade jurisdicional hierarquicamente superior àquela tida como autoridade coatora, vejamos: 
a) Se a autoridade coatora for um Delegado de Polícia, o “Habeas Corpus” será dirigido a um dos Juízes de 1ª Instância, respeitando-se a competência;
b) Se a autoridade coatora for um dos Juízes de primeira instância, o “Habeas Corpus” será dirigido ao Presidente de um dos Tribunais de Segunda instância (TJ ou TRF);
c) Se a autoridade coatora for um dos Tribunais de segunda instância, o “Habeas Corpus” será dirigido ao Presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ);
d) Se a autoridade coatora for o Superior Tribunal de Justiça (STJ), o “Habeas Corpus” será dirigido ao Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF);
e) Se a autoridade coatora for o membro do Ministério Público, segundo entendimento majoritário, deverá ser impetrado “Habeas Corpus” para o Tribunal de Justiça (TJ);
f) Se a autoridade coatora for Juiz Federal, deverá ser impetrado “Habeas Corpus” para o Tribunal Regional Federal (TRF). 
Espécies: O “Habeas Corpus” pode ser:
PREVENTIVO: Se a violência ou coação ilegal ainda não ocorreu, mas tudo indica que iria consumar-se em breve. O habeas corpus preventivo é impetrado contra uma ameaça à liberdade de locomoção, visando à obtenção do salvo-conduto;
LIBERATÓRIO ou REPRESSIVO: Existindo violência ou coação ilegal por parte do coator, só restará então impetrar-se a ordem de habeas corpus para que fique restabelecida a liberdade de locomoção do paciente. O habeas corpus liberatório é impetrado quando o paciente já estiver sofrendo coação ilegal em sua liberdade de locomoção. Visa a obtenção do alvará de soltura, contramandado de prisão ou outra providência adequada.
- O “Habeas Corpus” será concedido de ofício quando o Juiz ou Tribunal verificar a ilegalidade no curso do processo (art. 654, parágrafo 2º do CPP).
- Existe liminar em pedido de “Habeas Corpus” – Visa atender casos em que a cessação da coação ilegal exige pronta intervenção do Judiciário, tratando-se, portanto, de casos graves que autorizem a concessão da liminar antes de decidir sobre o mérito. O pedido de liminar deve constar da peça. Portanto, a concessão da liminar ocorrerá quando houver “fumus boni juris” e “periculum in mora”. A liminar será admissível, se os documentos que instruírem a petição evidenciarem a ilegalidade da coação (art. 660, § 2º do CPP).
RECURSOS CONTRA DECISÕES DENEGATÓRIAS DE “HABEAS CORPUS”:
- Se o “Habeas Corpus” for concedido ou negado em 1ª instância, caberá Recurso em Sentido Estrito (RESE), (art. 581, X do CPP).
- Se o “Habeas Corpus” for negado em 2ª instância, o recurso cabível é o Recurso Ordinário-Constitucional (ROC) (art. 102, II, “a” da CF e art. 105, II, “a” da CF).
- Nos Tribunais, pode o impetrante, depois da leitura do relatório, fazer sustentação oral pelo prazo de 15 (quinze) minutos, se tiver capacidade postulatória.
No “Habeas Corpus” são usadas as seguintes expressões:
PACIENTE: É a pessoa que sofre ou está na iminência de sofrer uma coação ilegal;
 
IMPETRANTE: É a pessoa que pede a ordem de “Habeas Corpus”, podendo ser o próprio paciente;
IMPETRADA: É a autoridade a quem é dirigido o pedido;
COATOR: É a pessoa que exerce ou ameaça exercer a coação ilegal;
DETENTOR: É a pessoa que detém o paciente, por ordem do coator.
As hipóteses de cabimento do “Habeas Corpus” encontram-se no artigo 648 do Código de Processo Penal:
I – Quando não houver justa causa. A expressão “justa causa” aplica-se ao processo, bem como ao inquérito policial e à prisão. Para que seja instaurado o inquérito policial é necessário que haja “justa causa”, ou seja, um mínimo probatório que vincule o suspeito à infração a ele imputada. Assim, poderá ser impetrado “Habeas Corpus” no curso do inquérito policial quando nenhuma prova colhida justifique o indiciamento, quando o fato for atípico etc. Para que haja a prisão igualmente é necessária “justa causa”. Por exemplo, a prisão preventiva quando não circunscrita aos estreitos limites legais do “fumus boni juris” e do “periculum in mora” poderá ser coibida por meio do “Habeas Corpus”. Por fim, poderá ser impetrado “Habeas Corpus” quando não houver justa causa para o processo: réu denunciado por fato atípico, inexistência de um mínimo probatório etc. 
II – Quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei. A nova reforma processual penal, ao concentrar os atos da instrução numa única audiência, visou, em especial, concretizar o princípio constitucional da celeridade processual, impedindo, por consequência, que os réus fiquem sujeitos ao constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo. A audiência de instrução e julgamento, no procedimento ordinário, deverá ser realizada no prazo máximo de 60 dias (art. 400 do CPP), após o oferecimento da defesa inicial (arts. 396 e 396-A do CPP). 
III – Quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo. Só pode determinar a prisão a autoridade judiciária dotada de competência material e territorial, salvo caso de prisão em flagrante. A incompetência absoluta do juízo também pode ser reconhecida em sede de habeas corpus
Se a autoridade judiciária que decretar a prisão for incompetente, poderá ser impetrado “Habeas Corpus”. Por exemplo, na decretação de prisão feita por Juiz Estadual em processo de competência da Justiça Federal. 
 
IV – Quando houver cessado o motivo que autorizou a prisão. Por exemplo: o condenado já cumpriu toda a pena, desapareceram os requisitos que autorizavam a prisão preventiva, nesse caso, poderá, nos termos do art. 316 do CPP, ser requerida a revogação da prisão que, se negada, admitirá a impetração do “Habeas Corpus”.
V – Quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei autoriza. Tal dispositivo encontra respaldo na Constituição Federal, que determina em seu artigo 5o, LXVI: “ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança”. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a quatro anos. Nos demais casos, a fiança será requerida ao Juiz, que decidirá em 48 horas (art. 322, com as alterações promovidas pela lei nº 12.403/2011).
VI – Quando o processo for manifestamente nulo. A nulidade pode decorrer de qualquer causa, como falta de condição de procedibilidade (representaçãonos crimes de ação penal pública condicionada), ilegitimidade ad causam (ofendido propõe a ação penal pública ou vice-versa) ou processual (menor de 18 anos propõe ação penal privada), incompetência do juízo, ausência de citação ou de nomeação de advogado na hipótese de o réu não ter oferecido resposta à acusação, nem ter indicado defensor (arts. 396-A, § 2º, do CPP), ausência de alegações finais orais ou escritas. 
VII – Quando extinta a punibilidade. A maioria das causas de extinção da punibilidade encontram-se enumeradas exemplificativamente no artigo 107 do Código Penal, dentre elas: a prescrição, a decadência do direito de queixa e representação, a perempção, etc.
Como o “Habeas Corpus” tem a finalidade precípua de garantir a liberdade de locomoção, poderá ser impetrado antes do processo (na fase de inquérito policial, por exemplo), durante o processo ou até mesmo depois do trânsito em julgado (estando o réu preso ou na iminência de ser preso).
Sendo impetrado o “Habeas Corpus” na fase de inquérito policial ou processo penal, deverá ser requerido o trancamento do inquérito ou do processo, respectivamente. Se tiver sido expedido mandado de prisão contra o paciente, deverá ser requerido o contra-mandado de prisão. Por fim, estando o réu preso, deverá ser requerido o alvará de soltura. 
Poderá ser impetrado “Habeas Corpus” mesmo na pendência de outro recurso, como a apelação. Diz a doutrina majoritária na jurisprudência o entendimento segundo o qual o writ pode ser pedido mesmo na pendência de apelação ou outro recurso contra decisão judicial, pois inadmissível fique o réu preso ou ameaçado de prisão enquanto se processa, mais demoradamente, o remédio recursal ordinário. O “Habeas Corpus” não é instrumento apto a produzir provas.
Embora o Código de Processo Penal preveja procedimento específico para o julgamento do “Habeas Corpus” (como a apresentação do preso), na prática, depois de concedida ou negada eventual liminar, é efetuado o pedido de informações por escrito ao apontado coator. Haverá participação do Ministério Público, salvo quando a impetração se der em primeira instância. 
Observações:
a) Súmula nº 691: Não compete ao STF conhecer de “Habeas Corpus” impetrado contra decisão de relator que, em “Habeas Corpus”, requerido a Tribunal superior, indefere liminar.
b) Súmula nº 690: Compete originariamente ao STF o julgamento do “Habeas Corpus” contra decisão de Turma Recursal de Juizados Especiais Criminais.
Recurso de Ofício: Quando o Juiz de primeiro grau concede a ordem de “Habeas Corpus”, nos termos do artigo 574, inciso I, do Código de Processo Penal. Segundo os doutrinadores Antonio Magalhães, Antonio Scarance e Ada Pellegrini, “não se trata propriamente de um recurso, mas de uma condição de eficácia da sentença que somente passa em julgado depois de confirmada em segundo grau de jurisdição”. 
Intimação para depor em CPI: É possível a impetração de “Habeas Corpus”, pois a intimação traz em si a ideia da condução coercitiva.
Empate: Prevalece a decisão mais favorável ao paciente.
Pessoa Jurídica: Pode impetrar “Habeas Corpus” em favor de pessoa física.
MODELO DE “HABEAS CORPUS”
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA___VARA CRIMINAL DA COMARCA DE____– SP. (quando a autoridade coatora for o delegado de polícia)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA___VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE____ – SP. (quando for crime doloso contra a vida, tentado ou consumado e a autoridade coatora for o delegado de polícia)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA___VARA CRIMINAL DA SECÇÃO JUDICIÁRIA DE_____. (quando a autoridade coatora for o delegado de polícia federal)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO – SP. (quando a autoridade coatora for Juiz de Direito Estadual)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO – SP. (quando a autoridade coatora for Juiz Federal)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. (quando a autoridade coatora for Tribunal Estadual ou Tribunal Regional Federal)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. (nos casos previstos no artigo 102, I, “d” e “i”, da Constituição Federal)
(10 linhas)
 
________, advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Secção de São Paulo, com escritório na Rua......, nº..., no bairro de..., CEP..., na Comarca..., vem, com fundamento no artigo 5º, inciso LXVIII da Constituição Federal e artigos 647 e 648, inciso..., do Código de Processo Penal, impetrar ordem de “HABEAS CORPUS” COM PEDIDO DE LIMINAR, contra ato do Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Criminal da Comarca de... em favor de “A”, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da Cédula de identidade RG sob o nº... e do CPF/MF sob o nº...residente e domiciliado na Rua..., nº..., no bairro de..., CEP:..., nesta Capital de São Paulo, atualmente recolhido na carceragem da...Delegacia de Polícia, pelas razões de fato e de direito abaixo elencadas:
(2 linhas)
 
I – DOS FATOS: O paciente (copiar o problema apresentado).
(2 linhas)
II – DO DIREITO: O chavão inicial irá variar conforme a tese utilizada na defesa. 
 TESE NULIDADE E JÁ TEM SENTENÇA:
 
Referida condenação constitui uma coação ilegal contra o paciente, por ter sido proferida num processo manifestamente nulo. Com efeito,...
 (ou)
 TESE NULIDADE E AINDA NÃO TEM SENTENÇA:
Referido processo (referida prisão) constitui uma coação ilegal contra o paciente, por ser manifestamente nulo. Com efeito...
 (ou)
 TESE FALTA DE JUSTA CAUSA E JÁ TEM SENTENÇA:
Referida condenação constitui uma coação ilegal contra o paciente, por falta de justa causa. Com efeito,...
 (ou)
 TESE FALTA DE JUSTA CAUSA E NÃO TEM SENTENÇA:
Referida ação penal constitui uma coação ilegal contra o paciente, por falta de justa causa. Com efeito,...
 (ou)
 TESE EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE COM SENTENÇA:
Referida condenação constitui uma coação ilegal contra o paciente, por ter sido proferida quando já estava extinta a punibilidade. Com efeito, quando foi proferida a respeitável sentença condenatória, já tinha ocorrido a prescrição (ou decadência ou perempção), conforme o disposto no artigo 107, inciso IV do Código Penal. Nessa esteira,...
 (ou)
 TESE EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE SEM SENTENÇA:
Referida ação penal constitui uma coação ilegal contra o paciente, por ter sido instaurada quando já estava extinta a punibilidade. Com efeito, quando foi instaurada a ação penal, já tinha ocorrido a prescrição (ou decadência ou perempção), conforme o disposto no artigo 107, inciso IV do Código Penal. Nessa esteira,...
 (ou)
 TESE ABUSO DE AUTORIDADE:
Referida prisão constitui uma coação ilegal contra o paciente, por abuso de autoridade. Com efeito,...
(2 linhas)
 III – JURISPRUDÊNCIA:
 Conforme entendimento Jurisprudencial: (Copiar a Jurisprudência ou o Acórdão).
 (2 linhas)
IV – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer a concessão da presente ordem de “Habeas Corpus” liminarmente, visto que a probabilidade de dano irreparável e a fumaça do bom direito estão presentes, a fim de que seja concedido o competente alvará de soltura (ou qualquer outro pedido).
Nesta esteira, postula-se ainda o regular processamento do feito, com a confirmação de liminar concedida e a concessão definitiva da ordem de “Habeas Corpus”, como medida da mais legítima Justiça.
ou
 Diante do exposto, pleiteia-se sejam requisitadas informações, com a máxima urgência, para o presentecaso, perante a autoridade ora apontada como coatora, para que ao final conceda-se a ordem impetrada, com fulcro nos artigos 647 e 648, inciso ... do Código de Processo Penal (aqui vão 6 opções, que irão variar conforme a tese a ser utilizada)
1) ...decretando-se a anulação “ab initio” (ou a partir de algum ato específico) da ação penal (SE A TESE FOR NULIDADE),...
2) ...decretando-se a extinção de punibilidade do fato imputado ao paciente na ação penal (SE A TESE FOR EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE),...
3) ...decretando-se o trancamento do inquérito policial ou da ação penal (SE AINDA NÃO TEM SENTENÇA e a tese for FALTA DE JUSTA CAUSA),...
4) ...com a cassação da sentença proferida contra o paciente, revogando-se os efeitos oriundos da mesma (SE JÁ TEM SENTENÇA e a tese for FALTA DE JUSTA CAUSA),...
5) ...com a revogação da prisão preventiva decretada contra o paciente,...(juntar esse pedido com o nº 7 ou 8, dependendo do caso)
(ou)
6) ..., com o relaxamento da prisão em flagrante imposta contra o paciente,...(juntar esse pedido com o nº 7) 
(mais)
7) ...e a expedição de alvará de soltura em seu favor...
(ou)
8) ...e a expedição do contramandado de prisão em seu favor, como medida da mais legítima Justiça !
(2 linhas)
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data
_______________________________
 OAB – Secção de São Paulo sob o nº ...
PROBLEMA PRÁTICO
Michael da Silva foi preso em flagrante no dia 10 de julho de 2016 pela prática do crime previsto no art. 16, § único, IV da Lei 10.826/03 (estatuto do desarmamento) e art. 28 da lei 11.343/06. (Uso de drogas). No auto de prisão em flagrante constavam os depoimentos dos policiais que efetuaram a prisão.
Michael fora preso em razão de uma notitia criminis realizada por sua mulher Angelina da Silva afirmando que o mesmo possuía armas dentro de casa com numeração raspada e isso a assustava.
Diante da informação e com o consentimento de Angelina, os policiais se dirigiram a casa onde o casal residia e após uma intensa busca no imóvel, encontraram três revólveres calibre 38 com a numeração raspada, em um armário dentro do quarto. Em outro armário, os policiais encontraram 50 munições. Em seguida, encontraram um papelote contendo 0,9 decigramas de cocaína.
Perguntado sobre a posse do material encontrado, Michael afirmou que adquirira as armas em Angra dos Reis de um amigo, e quanto à droga, disse que era para seu uso pessoal.
O auto de prisão em flagrante foi devidamente lavrado e distribuído ao juízo da 22ª Vara Criminal da Capital, onde foi requerida a sua liberdade provisória, que foi negada pelo juiz ao argumento de que se tratava de crime grave, haja vista o preso possuir 03 revólveres com numeração raspada em sua residência e em razão do depoimento da sua esposa que afirmou ser ele um homem agressivo.
Não há anotações na folha de antecedentes de Michael da Silva.
O advogado abaixo é contratado pela família de Michael para patrocinar seus interesses, redija a peça cabível objetivando a sua liberdade.
PEÇA: “Habeas corpus”, com fulcro nos artigos 5º, inciso LXVIII da Constituição Federal e artigos 647 a 667 do Código de Processo Penal.
COMPETÊNCIA: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
TESE: Da ausência dos requisitos da prisão preventiva, conforme artigo 312 do Código de Processo Penal.
Artigo 312 do CPP. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.
SÚMULA 718 STF: A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada.
PEDIDO: Isto posto, o impetrante requer a concessão da ordem de Habeas Corpus, com a revogação da prisão preventiva e a consequente expedição de alvará de soltura em seu favor, como medida da mais legítima Justiça.

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