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CARRAPATOS Componentes: . MIGUEL BRENO . ELIANA VITORIA DE IMPORTÂNCIA PARA AVES . HINGRID SANTOS . RODRIGO PINHEIRO . THIAGO NEGREIROS Universidade federal do Piauí | ufpi Bacharelado em zootecnia PARASITOLOGIA ZOOTÉCNICA Professora IVETE LOPES DE MENDONça 1 INTRODUÇÃO Os carrapatos formam um grupo de grande importância veterinária e zootécnica, por seu comportamento hematófago e por serem importantes veiculadores de uma variedade de agentes patogênicos; São artrópodes pertencentes à subclasse Acari da classe Arachnida, ordem Ixodida, que se subdivide em três famílias: Ixodidae, Argasidade e Nuttalliellidae; Os representantes da família Ixodidae são popularmente conhecidos como “carrapatos-duros”; Os argasídeos são chamados “carrapatos-moles”; Argas miniatus é a única espécie do gênero que ocorre no Brasil, e tem como hospedeiro as aves domésticas. É encontrado em criações de galinhas (Gallus gallus) acarretando prejuízos, tais como, perdas na produtividade, anemia, espoliação, transmissão de patógenos. Argas miniatus: Filo: Arthropoda Classe: Arachnida Ordem: Acari (Carrapatos e Sarnas) Subordem: Ixodides Família: Argasidae ou Argasídeos (Carrapatos Moles) Gênero: Argas Espécie: Argas miniatus ARGAS MINIATUS CARRAPATO DA GALINHA MORFOLOGIA Gnatossoma (parte bocal) ventral nos adultos e ninfas, e gnatossoma anterior nas larvas; Corpo alongado, peritrema (via respiratória) ovalados e grandes; Revestido por tegumento coriáceo e rugoso (semelhante a couro); Contorno oval: achatado dorso-ventralmente com face dorsal separada da ventral por um bordo lateral nítido; Fonte: Kohls et a, (1970) Argas miniatus MORFOLOGIA Sem dimorfismo sexual (não tem escudo); Os machos têm tamanho semelhante aos das fêmeas; O macho tem orifício genital com forma circular mediana, e a fêmea forma de fissura que vai de coxa a coxa; Resistentes a seca e capaz de viver por vários anos; Olhos ausentes; Ninfas e adultos são semelhantes; Argas miniatus CICLO BIOLÓGIO ADULTOS PERMANECEM ESCONDIDOS EM FRESTAS DURANTE O DIA CóPULA OCORRE FORA DO HOSPEDEIRO FÊMEA FAZ A OVOPOSTURA NO AMBIENTE LARVAS ECLODEM APóS 21 DIAS SE TORNAM ADULTOS APóS 14 DIAS EVOLUEM PARA NINFAS LARVAS SE DESPRENDEM E VOLTAM PARA OS ESCONDERIJOS PROCURAM UM HOSPEDEIRO E PERMANECEM DE 5 A 10 DIAS FAZENDO HEMATOFAGISMO Argas miniatus MECANISMO DE AÇÃO As aves sofrem perda de sangue a ponto de levar a anemia. Pode ocorrer emagrecimento, retardo no crescimento, e diminuição na postura. Os sinais observados em consequência do ataque noturno dos carrapatos são as penas arrepiadas, falta de apetite, manchas vermelhas na pele e diarreias. Os carrapatos podem transmitir ainda alguns agentes causadores de doenças como a borrelia anserina, uma espiroquetose altamente patogênica. Argas miniatus CONTROLE Controle de pássaros e animais silvestres e domésticos, com uso de telas nos galpões e cerca nas propriedades; Desinfecção do galpão quando não houver aves (vazio), com cloro e soda; Deve-se aplicar o inseticida com bomba de compressão forçando a penetração do produto nas frestas e rachaduras do chão paredes e teto. Ao redor das instalações, nas árvores, nas pilhas de madeira em outros abrigos o produto deve ser aplicado com o mesmo cuidado; Fazer um correto manejo dos resíduos em toda a granja e aviário, evitando a proliferação dos ectoparasitas; Uso de vassoura de fogo em todo o galpão, tendo cuidado nas frestas, para poder eliminar os carrapatos. Argas miniatus AMBLYOMMA Amblyomma cajennense, A. sculptum: carrapato-estrela; Transmissor da Rickettsia rickettsii: Febre maculosa; Cachorros, gatos, cavalos, bois, capivaras e aves; Trioxeno: três hospedeiros; As formas (larvas e ninfas) são frequentemente encontradas em aves. Fonte: Nava et al. 2014; ARAGÃO, 1936; LABRUNA et al., 2001) MORFOLOGIA Ausência de divisões corporais: abdômen fundido ao prossomo; Conjunto de peças bucais quitinizadas; Escudo esclerotizado e flexível que aumenta de volume quando o animal se alimenta; Na região ventral: abertura genital, abertura anal, placas ou escudos quitinosos e placas espiraculares; Órgão de Haller – detecção do hospedeiro. Fonte: Adaptado de Fortes (1997, p, 588) Amblyomma CICLO BIOLÓGIO Fonte: Embrapa Meio Ambiente Amblyomma CICLO BIOLÓGICO Larvas, ninfas e adultos sobem nas folhas do capim e plantas e ficar na espera de algum hospedeiro – hábito de espreita ou tocaia; Ao se fixarem para realizar sua alimentação podem causar lesões na pele do hospedeiro, transmitir agentes patogênicos e facilitar a entrada de microrganismos contribuindo assim para uma infecção secundária; Ciclo de vida de aproximadamente um ano em condições de laboratório (20ºC, 90% de umidade e fotoperíodo de 12 horas). Fonte: Laboratório de Biologia do Carrapato, Embrapa Gado de Corte. Fonte: Laboratório de Biologia do Carrapato, Embrapa Gado de Corte. Amblyomma CONTROLE Considerando o caráter sazonalidade, os carrapatos adultos podem ocorrer durante todo o ano, porém como citado anteriormente, apresentam pico de infestação nos meses referentes à primavera/verão. As fases imaturas dos carrapatos predominam nas estações do outono/inverno. Com isso, é viável o controle estratégico realizando banhos carrapaticidas a cada sete a dez dias durante o período correspondente à presença de larvas e ninfas; Roçar toda a pastagem uma vez ao ano para evitar a presença e altas infestações de A. cajennense. Esse tipo de manejo é feito principalmente no verão, durante a estação chuvosa, expondo o solo por várias semanas, até uma nova cobertura de capim se estabelecer. A ausência de vegetação mais densa pode desempenhar um papel de ruptura nas condições microclimáticas ideais; Controle de animais em pastos “sujos” tomados por plantas invasoras a fim de diminuir a contaminação ambiental. Amblyomma REFERÊNCIAS ARZUA, Márcia; VALIM, Michel P. Bases para o estudo qualitativo e quantitativo de ectoparasitos em aves. Matter SV, Piacentini VQ, Straube FC, Cândido JF Jr, Accordi IA. Ornitologia e conservação: ciência aplicada, técnicas de pesquisa e levantamento. Rio de Janeiro: Technical Books, p. 347-366, 2010. Ciclo biológico de Argas miniatus em laboratório: estágio adulto. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/cr/a/t4QDd8D5TD6MRz5T5bHxP5w/?lang=pt>. Acesso em 30/09/21. Como limpar um galinheiro. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=8vpkNfZuLNg>. Acesso em 30/09/21. ECTOPARASITAS na produção de galinhas de postura: entenda esse perigo e saiba como combatê-lo. Fornari industria, 2017. Disponível em: <http://www.fornariindustria.com.br/avicultura/ectoparasitas-na-producao-de-galinhas/>. Acesso em: 14/09/21. REFERÊNCIAS PEDROSO-DE-PAIVA, D. Principais parasitos externos de aves. Embrapa Suínos e Aves-Circular Técnica (INFOTECA-E), 1996. PRINCIPAIS parasitos dos animais domésticos. Parasitologia veterinária, 2012. Disponível em: https:<//sites.google.com/site/parasitologiaonline/home>. Acesso em 13/09/21. RODRIGUES, V. et al. Carrapato-estrela (Amblyomma sculptum): ecologia, biologia, controle e importância. Embrapa Gado de Corte-Comunicado Técnico (INFOTECA-E), 2015. SANCHES, Gustavo Seron. Caracterização da morfologia externa e do sistema reprodutor de fêmeas de Amblyomma brasiliense Aragão, 1908 (Acari: Ixodidae) 2009. 70 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro, 2009. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/87743>. NOSSOS AGRADECIMENTOS!
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