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SAÚDE, MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO UNEC NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA- NEAD Prof. M. Sc. Sanderson Dutra Rocha Gouvêa: sanderson.unec@gmail.com Página 1 CAPÍTULO 2: A RELAÇÃO SAÚDE E MEIO AMBIENTE 2.1 SAÚDE E MEIO AMBIENTE E SITUAÇÕES DE RISCO A compreensão do tema “saúde ambiental” só é possível quando se tem clara as relações entre saúde e meio ambiente, além disto, a atuação do profissional de saúde passa pela apropriação destes conceitos. É ne- cessário também que se conheçam algumas situações de risco ambiental, principalmente aquelas vividas no cotidiano da realidade brasileira como condição essenci- al para a inserção das equipes de Saúde da Família na problemática ambiental. 2.1.1 Saúde e meio ambiente Mais recentemente, o setor saúde tem sido pressionado a se envolver de maneira mais ativa no debate sobre meio ambiente e saúde, seja por que já de maneira tradicional tem atuado no cuidado de pessoas e popula- ções que são vítimas de situações de riscos ambientais (por exemplo, nas intoxicações por produtos químicos, em doenças transmitidas por vetores e até mesmo nas vítimas acidentes naturais) assim como na implantação de ações de prevenção e promoção de saúde. Aulas 22 23 e 24 Figura 84 - Fonte: http://amorordemeprogresso.blogs pot.com.br/2014/03/mais-medicos- do-programa-saude-da.html Figura 85 - Fonte: http://www.cbips.com.br/mestrado- em-tecnologias-limpas-propoe-debate-no- cbips/#.VsD5zOavyDo mailto:sanderson.unec@gmail.com SAÚDE, MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO UNEC NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA- NEAD Prof. M. Sc. Sanderson Dutra Rocha Gouvêa: sanderson.unec@gmail.com Página 2 2.1.2 Saúde e ambiente Desta maneira, torna-se fundamental a superação do modelo de vigilância à saúde baseado em agravos e a incorporação da temática ambiental nas práticas de saúde pública. Considerando a importância da vigilância em saúde ambiental e sua integração ao SUS discutiremos de forma geral as principais relações entre saúde e meio ambiente, além de refletir na evolução da percepção do que envolve o meio ambiente e a saúde pública. 2.1.2.1 Histórico da percepção saúde e meio ambiente Considerando a história do saneamento sanitário, os primeiros sistemas de esgotamento construí- dos tinham como função proteger as populações das vazões pluviais, pois não se via a construção de re- des regulares de distribuição de água potável encanada e de peças sanitárias com descargas hídricas, dando a impressão de não existir vazões de esgotos tipicamente do- mésticos. Sítios escavados em Mohen- jo-Daro, no vale da Índia, e em Harappa, no Punjab, que datam mais de 3000 a. C, mostram ruas alinhadas, pavimentadas e drenadas com a construção de esgotos Figura 86 - Fonte: http://www.ipe.rs.gov.br/?model=conteudo&menu=81&id=385 Figura 87 - Mohenjo Daro, com sua piscina coberta de 12 m, sem templos e palácio de governo, características de toda cidade antiga, mas com ruas de 10 m de largura e palácios de até três andares construídos com tijolos iguais aos nossos, servidos com sistemas de fornecimento de água corrente, serviços de higiene, tubulações, fossas para os detritos e para escoamento das chuvas. Fonte: http://www.cultureindevelopment.nl/News/Heritage%20Asia/468/Pak istan_flood_threatens_historic_Mohenjodaro_site_ mailto:sanderson.unec@gmail.com SAÚDE, MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO UNEC NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA- NEAD Prof. M. Sc. Sanderson Dutra Rocha Gouvêa: sanderson.unec@gmail.com Página 3 canalizados através de galerias subterrâneas construídas com tijolos argamassados a, pelo menos 50 centímetros abaixo do nível da rua. Nas residências observou-se a existência de banheiros com esgotos canalizados com manilhas cerâmicas rejunta- das com gesso. No Egito, no médio Império (2100-1700 a. C.), construíram-se galerias nas partes centrais de Kahum, utilizando pedras de mármore, a fim de drenar as águas superficiais, assim como também em Tel-el-Amarma, foi possível constatar que moradias mais modestas dispu- nham de banheiros. Outras cidades co- mo Tróia contava com um desenvolvido sistema de esgoto. E em Knossos, na cidade grega de Creta, a mais de 1000 a. C., observou-se nos sítios de escava- ção a existência de excelentes instala- ções hidrosanitárias, principalmente nos palácios e edifícios reais. Na América do Sul, ruínas dos povos incas e outras tribos quíchuas, se des- tacaram pelos seus conhecimentos em engenharia sanitária com a construção de sistemas de esgoto e drenagem de áreas encharcadas, em suas cidades. Historicamente sabe-se que as preocupações com medidas de higiene pessoal nas civilizações primi- tivas eram estimuladas mais por razões religiosas, por acreditarem que deveriam se apresentar limpos e pu- ros aos seus deuses e desta forma não serem castiga- dos por doenças. Mudanças neste pensamento surgi- ram na Grécia, por volta dos anos 500 a. C., particu- larmente a partir do trabalho de Empédocles de Agri- genco, que adotou medidas de saneamento ao cons- truir obras de drenagem das águas paradas de dois rios, em Selenute, na Sicília, como medida importante para o combate de uma epi- demia de malária. Figura 88 - Megaron da Rainha no Palácio de Knossos (Creta, Grécia) – Em cima da porta se vê uma das obras- primas minoicas – os afrescos dos golfinhos. Ao lado desta sala está o banheiro da rainha, com uma banheira de terra- cota e uma latrina com o mesmo funcionamento de agora, apenas a água era colocada de forma manual. Fonte: http://turomaquia.com/cnossos-o-reino-do-minotauro/ Figura 89 - Filósofo e pensador pré- socrático. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Emp%C3%A 9docles mailto:sanderson.unec@gmail.com SAÚDE, MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO UNEC NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA- NEAD Prof. M. Sc. Sanderson Dutra Rocha Gouvêa: sanderson.unec@gmail.com Página 4 No livro Ares, Águas e Lugares, escrito por Hipócrates, considerado o pai da Medicina e que viveu na Grécia Antiga (400 a.C), é possível observar os primeiros registros asso- ciando saúde e meio ambiente, Nessa obra, Hi- pócrates considerava insalubres planícies en- charcadas e regiões pantanosas, e já sugeria que para garantir ambientes mais saudáveis, as casas deveriam ser construídas em áreas eleva- das, ensolaradas e com ventilação. Os cuidados com o saneamento sobre a responsabilidade de um administrador público foram registrados nas cidades gregas, que contavam com o serviço de abastecimento de água, de esgotamento além da manutenção e limpeza dos condutos. Nas cida- des romanas, tanto no período republicano quan- to no imperial, estes serviços também existiam e eram pagos pela população, e assim como na Grécia, eram prioridade dos nobres. A partir de 476 d.C. com a queda do Império romano e o iniciou do período medieval, marcado pelas guerras santas e a caça às Bruxas, a Europa enfrentou invasões de povos bárbaros e houve fusão de culturas clássicas, bárbaras e ensi- namentos cristãos. Neste período conhe- cido com a Idade das Trevas (500-1000 DC), o conhecimento científico foi substitu- ído pela cultura da superstição e do misti- cismo exagerado, onde as doenças eram vistas como castigos divinos e seus trata- mentos eram resolvidos com procedimen- tos místicos ou orações e penitências. Tal visão promoveu um grande retrocesso nas práticas sanitárias urbanas. Figura 90 - A planta do monastério beneditino de Saint Gall (720) fundado por San Othmar – observe a existências de vários espações dedicados a jardins, cultivos de plantas, claus- tro, horta, herbário e farmácia, casa do médico, banheiros, refeitórios e outras áreas. Fonte: http://origemdaigreja.blogspot.com.br/2013/07/ mosteiro-suico-do-sec-ix-saint-gall.html Figura 91 - Idade das Trevas. Fonte: http://escolakids.uol.com.br/a-idade-media-era-a-idade- das-trevas.htm mailto:sanderson.unec@gmail.comSAÚDE, MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO UNEC NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA- NEAD Prof. M. Sc. Sanderson Dutra Rocha Gouvêa: sanderson.unec@gmail.com Página 5 Neste mesmo período, o conhecimento científico se desenvolvia somente no interior dos mosteiros, onde, por iniciativa eclesiástica, era possível observar a cons- trução de instalações sanitárias como encanamentos de água e esgotamentos cana- lizados. Países do Oriente, como o Egito no século IX, já apresentava em algumas cidades como no Cairo serviço público de adução de água encanada, apresentando assim maior desenvolvimento nesta área do que os países do ocidente. A partir do final do século XII, observou- se novamente o desenvolvimento de iniciativas relativas ao saneamento nas cidades europei- as, marcadas principalmente pelas obras de pavimentação das ruas a fim de mantê-las lim- pas e alinhadas. Em diferentes cidades como Paris (1185), Praga (1331), Nuremberg (1368) e Basiléia (1387), iniciaram-se a retomada da construção de sistemas de drenagem pública das águas de escoamento superficial e o encanamento subterrâneo de águas servi- das, com a construção de fossas domésticas e de canais pluviais. As primeiras leis públicas relacionadas à instalação, controle e uso destes serviços foram registradas já a partir do século XIV. No século XVI, no período do Renascimento, se vive as consequências do destino inadequado dos esgotos e lixo urbanos afetando, sobretu- do a qualidades dos mananciais de água. O século XVII foi marcado por grande desenvolvimento no setor de abastecimento de água urbano, que passou a contar com o bombeamento através de máquinas movidas a vapor e tubos de ferro fundido para recalques de água, a partir de um modelo desenvolvido na Alemanha. No sécu- Figura 92 - Privada interna em Hame Castle Finlândia: somente pessoas privilegiadas como o capelão deste castelo tinha acesso a esta privada com tampa de madeira. Fonte: http://pt.slideshare.net/eloambiental/a-histria- do-saneamento-bsico Figura 93 - Antiga máquina de vapor situada na Escola Técnica Superior de engenheiros Industriais de Madrid, Espanha. Fonte: http://novahistorianet.blogspot.com.br/2009/01/revolu o-industrial.html mailto:sanderson.unec@gmail.com SAÚDE, MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO UNEC NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA- NEAD Prof. M. Sc. Sanderson Dutra Rocha Gouvêa: sanderson.unec@gmail.com Página 6 lo XVIII, este procedimento torna-se generalizado além da formação de empresas responsáveis pelo fornecimento de água. O período do início do século XVI até meados do século XVIII foi considerado um período de transição. Com a observação e a classificação das doenças houve melhor conhecimento das mesmas, o que levou a aplicação destes conhecimentos científicos as questões da saúde pública fomentando também uma ação no campo das ideologias. Surgem assim grupos políticos que lutam e reivindicam por melhores condi- ções de saúde, principalmente para a classe menos favorecida. A ideia de que exis- tiam microrganismos e que estes poderiam causar doenças transmissíveis começou a ser estabelecida. No entanto, progressos entre as relações saúde e meio ambiente, até o sécu- lo XVIII, eram ainda restritos, embora tenha ocorrido um grande crescimento cumula- tivo do conhecimento, graças a quatro fatores de desenvolvimento: a exploração ma- rítima e continental europeia, o renascimento humanístico da literatura clássica, a experimentação científica; a dissemina- ção do conhecimento através da revolu- ção no processo de impressão. Assim, no final do século XVIII, os estudos de John Snow, o movimento ilu- minista, a revolução industrial e as mu- danças agrárias contribuíram para mu- danças profundas na vida das cidades. Ruas estreitas e sinuosas foram substitu- ídas por avenidas alargadas e alinhadas, pavimentadas, iluminadas e drenadas, tan- to na Inglaterra como em todo o continente europeu. Os trabalhos desenvolvidos por John Snow (1854) permitiram, através do uso do método científico, a associação entre a cólera e a contaminação da água de abastecimento por esgotos sanitários na cidade de Londres. Esta associação foi fundamental para o avanço da saúde pública. Figura 94 - John Snow estabeleceu a ligação entre água contaminada e doenças como a cólera e a leptospirose. Ao lado o mapa original feito por ele observando os focos de cólera em Londres. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Snow mailto:sanderson.unec@gmail.com SAÚDE, MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO UNEC NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA- NEAD Prof. M. Sc. Sanderson Dutra Rocha Gouvêa: sanderson.unec@gmail.com Página 7 Desta maneira, ao final do século XVIII, a Medi- cina estabelecia laços já bem definidos com a Geogra- fia, uma vez que se reafirmava o conhecimento de que a variabilidade espacial interagia com as condições de saúde. No caso da Medicina, reforçaram-se seus laços com as condições de saúde, tendo quatro princípios norteadores: I. Era possível estabelecer diferenças na classificação de doenças como endêmicas ou epidêmi- cas. Mas, apenas no século XIX, com os trabalhos do patologista Rudolf Virchow (1849), que elaborou a teo- ria da doença epidêmica, foi possível estabelecer sua relação com um desajuste social e cultural; II – Estabe- leceu-se o conceito de doenças do trabalho para al- guns tipos especiais de trabalho; III. Houve melhor compreensão das doenças a par- tir do desenvolvimento das chamadas monografias regionais ou topografias médi- cas; com o novo conhecimento geográfico do mundo foi possível observar novos padrões de doença assim como novas formas tera- pêuticas e variações nas dietas que afetam no estado de saúde das populações. Em termos concretos, a incorporação de ações sobre o meio ambiente, dentro das políticas de saú- de, só ocorreu a partir do século XIX, na Inglaterra, com a instalação da Reforma Sanitária. Tal revolução resultou, sobretudo no relatório escrito por Edwin Chadwick, The Sanitary Conditions of the Labouring Population of Great Britain, de 1842, no qual se de- fendia a ideia de que a doença era causada pela po- breza e que isso tinha grande impacto para a socie- dade como um todo, não só pelo medo de revoltas populares mas também pela necessidade econômica, particularmente das indústrias, de contarem com tra- Figura 95 - Rudolph Virchow (1821- 1902) Médico alemão, conhecido como o pai da patologia. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rudolf_Vir chow Figura 96 - Edwin Chadwick, reformador social Inglês, conhecido por seu trabalho de reformar as leis dos pobres e melhorar as condições sanitárias e de saúde pública. Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Edwin_Chadwi ck mailto:sanderson.unec@gmail.com SAÚDE, MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO UNEC NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA- NEAD Prof. M. Sc. Sanderson Dutra Rocha Gouvêa: sanderson.unec@gmail.com Página 8 balhadores sadios e fortes, o que levou a promulgação em 1883 e em 1838 do Fac- tory Act e o Public Health Act. Com a Reforma Sanitária tornou-se obrigatórias várias intervenções, relacio- nadas, sobretudo ao fornecimento de água pura e a disposição adequada de lixo e de esgotos. No entanto, ainda era aceita a teo- ria dos miasmas que afirmava que as doenças se originavam dos odores e vapores infeccio- sos que eram liberados da sujeira das cidades e que defendia também que o melhor método para a se garantir a saúde era limpar as ruas de lixo, esgotos, carcaças de animais. Com o desenvolvimento industrial, inici- ado na Inglaterra, e que alcançou também França, Alemanha e Estados Unidos, os efeitos negativos do processo de industrialização foi sentido por todos eles, e o movimento pela re- forma sanitária do século XIX acabou alcan- çando todos estes países. Assim, Villermé em seu relatório escrito em 1840 descreve em um trabalho epidemiológico, as taxas de mortali- dade e morbidade em diferentessetores de Paris, e estabelece também a relação entre pobreza e doença, mas o mérito de ter provado a relação entre doenças transmissí- veis e as condições de saneamento básico coube a Chadwick. Assim surge o saneamento sanitário dentro da engenharia como peça funda- mental para a saúde pública, além de contribuir para o nascimento de um despertar social, que assume que a sociedade tem obrigação de proteger e garantir a saúde de todos. Outro fato histórico de grande relevância na área da medicina e saúde pública foi a descoberta dos microrganismos causadores das doenças infecciosas no final do século XIX, por Henle em 1840, o que marcou o advento da epidemiologia como Edwin Chadwick (1800-1890) é lembrado como um reformador social britânico cujo legado mais importante é a melhoria das condições sanitárias e de saúde pública. Em sua pesquisa, Chadwick foi um dos primeiros a correlacionar classe / renda e densidade populacional com a incidência da doença. De 1848 a 1849, ele foi membro da Comissão Metropolitana de Esgotos em Londres e, de 1848 a 1854, o comissário do Conselho Geral da Saúde. Fonte: http://libweb5.princeton.edu/visual_material s/maps/websites/thematicmaps/quantitative/ medicine/medicine.html mailto:sanderson.unec@gmail.com SAÚDE, MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO UNEC NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA- NEAD Prof. M. Sc. Sanderson Dutra Rocha Gouvêa: sanderson.unec@gmail.com Página 9 ciência e como instrumento fundamental para a compreensão do processo saú- de/doença. Em 1861, a partir dos trabalhos desenvol- vidos pelo pesquisador francês Pasteur, surgiu a teoria dos Germes, que desenvolveu o processo de pasteurização (submetendo amostras de vi- nho ao aquecimento evitava sua decomposição). As descobertas dos patógenos responsá- veis pela tuberculose em 1882 e do vibrião do cólera em 1883, estimularam o estabelecimento da teoria dos germes e as bases científicas para o desenvolvimento da microbiologia. Esta área do conhecimento desenvolveu- se ainda mais com a descoberta de outros agen- tes causadores de doenças e como consequên- cia, estabeleceram-se os conceitos de etiologia específica – cada doença é causada por uma única causa que pode ser identifica – e o conceito da chamada “bala mágica” criado por Paul Ehrlich (1854-1915), referia- se as substâncias, ligadas a tóxicos, ou sendo elas mesmas tóxicas que, ao serem administradas, matariam apenas os germes aos quais se ligavam, deixando intactas as células do organismo hospedeiro.. Esta ideia da “bala mágica” impulsionou Pas- teur a trabalhar no desenvolvimento de vacinas. Figura 97 - O cientista Louis Pasteur e a teoria dos germes. Permitiu melhor compreensão da transmissão de doenças vinculadas pela água. Fonte: http://www.slideshare.net/eloambiental/a- histria-do-saneamento-bsico Figura 98 - Fonte: http://www.atitudessustentaveis.com.br/sustentabilidade/sustentab ilidade/ mailto:sanderson.unec@gmail.com SAÚDE, MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO UNEC NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA- NEAD Prof. M. Sc. Sanderson Dutra Rocha Gouvêa: sanderson.unec@gmail.com Página 10 1) Pode ser possível a compreensão do tema “saúde ambiental”, quando se conhece as relações entre: a) Saúde e população. b) Saúde e meio ambiente. c) Saúde e social. d) Saúde e etnia. 2) Quando foram encontrados os primeiros indícios de construção de redes de esgo- tos: a) Menos de 3000 a.C. b) Mais de 4000 a.C. c) Mais de 3000 a.C. d) Menos de 4000 a.C. 3) A preocupação com medidas de higiene pessoal nas civilizações primitivas eram estimuladas por razões religiosas, por acreditarem que deveriam apresentar-se limpos e puros diante de seus deuses para que não fossem castigados por doen- ças. Mudanças começaram a ocorrer por volta dos anos 500 a.c., quem adotou medidas necessárias para tal mudança? a) Mohenjo-Daro. b) Empédocles da Grécia. c) Empédocles de Agrigenco. d) Tel-el-Amarma. mailto:sanderson.unec@gmail.com SAÚDE, MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO UNEC NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA- NEAD Prof. M. Sc. Sanderson Dutra Rocha Gouvêa: sanderson.unec@gmail.com Página 11 4) Começamos a observar novamente o desenvolvimento de iniciativas relativas ao saneamento nas cidades europeias a partir do final do século: a) Século X. b) Século IX. c) Século XI. d) Século XII. 5) Através do uso do método científico, a associação entre a cólera e a contamina- ção da água de abastecimento por esgotos sanitários na cidade de Londres, foi fundamental para o avanço da saúde pública. Isso aconteceu devido aos traba- lhos desenvolvidos por: a) Adam Smith. b) Hipócrates. c) Rudolph virchow. d) John Snow. mailto:sanderson.unec@gmail.com
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