PACOTE ANTICRIME E ADI N 6298 - BREVE ANÁLISE DOS ARTIGOS SUSPENSOS

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PACOTE ANTICRIME E ADI Nº 6298: BREVE ANÁLISE DOS ARTIGOS SUSPENSOS 
 
 
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Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos 
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua 
aprovação. 
 
Querido aluno, você está tendo acesso ao nosso material BÔNUS sobre os artigos do 
PACOTE ANTICRIME (LEI Nº. 13.964/19) que tiveram sua EFICÁCIA SUSPENSA, em 
decisão liminar, proferida na ADI nº 6298. 
 
Além de uma exposição sucinta sobre os motivos que levaram à referida suspensão, você 
irá entender por que tais dispositivos NÃO DEVEM SER DEIXADOS DE LADO NO ESTUDO 
PARA SUA PROVA! 
 
Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas 
para: atendimento@pensarconcursos.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ÍNDICE 
 
 
ESCLARECIMENTOS INICIAIS ..................................................................................... 4 
IMPLANTAÇÃO DO JUIZ DAS GARANTIAS E SEUS CONSECTÁRIOS 
(ARTIGOS 3º-A A 3ºF DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL) ........................ 6 
ART. 157, §5º, CPP (ALTERAÇÃO DO JUIZ NATURAL QUE CONHECEU 
PROVA DECLARADA INADMISSÍVEL) ..................................................................... 8 
ART. 28, CAPUT, CPP (ALTERAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE 
ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL – IP) .......................................... 9 
ART. 310, §4º, CPP (ILEGALIDADE DA PRISÃO PELA NÃO 
REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA NO PRAZO DE 24 
HORAS) ................................................................................................................................... 10 
COLOCAÇÕES FINAIS ..................................................................................................... 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ESCLARECIMENTOS INICIAIS 
 
A Pergunta que não quer calar: “OS ARTIGOS SUSPENSOS PODEM CAIR NA NOSSA 
PROVA? ” 
 
RESPOSTA (COM BASE NA NOSSA POSIÇÃO): DEPENDE DA FORMA DE COBRANÇA. 
 
Primeiramente, gostaríamos de enfatizar o comprometimento e a seriedade da Equipe 
Pensar Concursos com a elaboração de seu material, bem como quanto aos 
esclarecimentos e dúvidas advindos de seus alunos. 
 
Foi, por essa razão, que resolvemos elaborar um pequeno material BÔNUS pontuando os 
artigos do PACOTE ANTICRIME – legislação nº. 13.964/19, a qual alterou o CP e CPP - 
que tiveram sua eficácia suspensa por meio de liminar proferida pelo Ministro Luiz 
Fux no bojo da ADI nº. 6298 em 22/01/2020. 
 
Nesse contexto, o aluno deve FICAR ATENTO, pois entendemos QUE AS BANCAS DE 
CONCURSO NÃO ESTÃO PROIBIDAS DE COBRAR OS REFERIDOS ARTIGOS, o que 
depende, nesse aspecto, é como será a forma de cobrança! 
 
Exemplificando... O art. 157, §5º, do CPP dispõe: “O juiz que conhecer do conteúdo da 
prova declarada inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão. ”. Este é um dos 
artigos que foram atingidos pela decisão destacada e encontra-se suspenso. 
 
E aí? 
 
O artigo pode ser cobrado? 
 
Digamos que a banca cobre o conteúdo do artigo e a ciência do aluno de que o referido 
dispositivo encontra-se com eficácia suspensa por força de decisão proferida pelo STF. É 
possível? No nosso ponto de vista, não existe óbice algum para que essa cobrança 
seja feita pelas bancas de concurso. 
 
CONCLUSÃO 1: É possível a cobrança do conteúdo do artigo + conhecimento do 
aluno de que o dispositivo legal encontra-se SUSPENSO por força de decisão 
proferida pelo STF. 
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De outro modo, NÃO PODE CAIR um caso concreto que exija do candidato a aplicação do 
artigo suspenso. A resposta é ÓBVIA, o dispositivo legal encontra-se suspenso 
(eficácia suspensa), logo não pode ser aplicado no caso concreto! 
 
Ex.: João, juiz de direito, verificou que determinada prova produzida no bojo do processo 
era ilícita e, diante disso, a declarou inadmissível. Nesse caso, João não poderá proferir 
sentença. Está correta a assertiva? NÃO, pois o art. 157, §5º, CPP encontra-se com a 
eficácia suspensa e não pode ser aplicado em um caso concreto até decisão definitiva 
proferida pelo STF na ADI 6298. 
 
CONCLUSÃO2: Não vislumbramos o cabimento de uma questão na qual o aluno 
deva aplicar um artigo com a eficácia suspensa em um caso concreto. A resposta 
é óbvia, o dispositivo legal encontra-se suspenso; assim, entendemos que as 
bancas não podem formular casos concretos admitindo a aplicação de um artigo 
suspenso como gabarito. 
 
Enfim, toda essa introdução foi confeccionada com o objetivo de chamarmos a atenção 
para o fato de que artigo suspenso PODE SIM SER COBRADO e a nossa dica é no 
sentido de que esses dispositivos legais não podem ser deixados de lado pelo concurseiro. 
 
BLINDE-SE DE TODO MODO DA POSSIBILIDADE DE UMA BANCA LHE LEVAR AO 
COMETIMENTO DE UM ERRO, quando você poderia tê-lo evitado facilmente tendo 
conhecimento do conteúdo de um artigo com eficácia suspensa, bem como as razões breves 
de sua suspensão por ADI. 
 
Outrossim, é importante destacar que o assunto aqui tratado é TEMA RECENTE, o que 
sempre chama a atenção das bancas organizadoras na elaboração das questões. 
 
Existem professores – inclusive que já foram examinadores da Banca CESPE – que foram 
além, destacando que os alunos não devem deixar de estudar os artigos, pois, 
embora suspensos, AINDA NÃO TIVERAM A INCONSTITUCIONALIDADE 
DECLARADA. Ressaltaram que o mais correto seria a não cobrança, porém não se pode 
afirmar que o examinador não teria certa “maldade” na cobrança de tais artigos. 
 
CONCLUSÃO3: A MELHOR SAÍDA É, SEM DÚVIDA, SABER O CONTEÚDO DOS 
ARTIGOS SUSPENSOS. 
 
ANOTEM A DICA! O certo é: uma ÚNICA questão pode lhe levar ou não à aprovação! 
 
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IMPLANTAÇÃO DO JUIZ DAS GARANTIAS E SEUS CONSECTÁRIOS (ARTIGOS 3º-A 
A 3ºF DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL) 
 
O que é o Juiz das Garantias? É uma nova figura processual – a qual atuaria tão somente 
na fase do inquérito (investigação criminal). Referido Juiz faria o que outrora era feito por 
UM único Juiz que atuava desde a fase do inquérito até sentença final (término de 
sua jurisdição). 
- Com o pacote Anticrime dividiu-se assim: 
 
Juiz das Garantias Juiz da Instrução 
 
Atua na fase do inquérito policial 
 
Atua a partir do momento em que 
se tem a ação penal (denúncia já 
recebida) 
 
 
 
PORÉM, reitera-se que referida figura - “Juiz das Garantias” - encontra-se suspensa e, a 
introdução é apenas para FACILITAR a percepção e compreensão do aluno! 
Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase 
de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação. 
*Justificativa da suspensão: o artigo acima não faz menção ao Juiz das Garantias, 
contudo precisa ser analisado com os demais, já que VEDA A INICIATIVA PROBATÓRIA 
DO JUIZ na fase do inquérito. No CPP, há previsão dessa iniciativa do Juiz na fase do 
inquérito, exemplo: 
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Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação 
criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada 
à autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lheespecialmente: (...) 
 
Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, exceto 
as de menor potencial ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa na 
forma do art. 399 deste Código. (...) 
Art. 3º-d a F (...) 
 
ARGUMENTOS PARA SUSPENSÃO: 
 
• INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL: 
 
*INICIATIVA PRIVATIVA DA UNIÃO PARA LEGISLAR SOBRE PROCESSO (art. 22, CF) 
*INICIATIVA CONCORRENTE DA UNIÃO, ESTADOS E DF PARA LEGISLAREM SOBRE 
PROCEDIMENTO (ART. 24, CF) 
1º fundamento: Legislou-se sobre procedimento como se processo fosse; não sendo 
observada, assim, a competência concorrente. 
 
 
 
 
• INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL POR VÍCIO DE INICIATIVA: 
2º fundamento: A criação do Juiz das Garantias obriga os Tribunais a mexerem em sua 
organização judiciária. Logo, há vício de iniciativa já que segundo o art. 96, II, d da CF: 
“Compete privativamente: II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e 
aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no 
art. 169: d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; (...)”. Assim, a 
iniciativa do projeto de lei deveria partir do Poder Judiciário e não da União. 
 
 
 
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, 
porém, facultado ao juiz de ofício: 
 
I – Ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a 
produção antecipada de provas consideradas urgentes e 
relevantes, observando a necessidade, adequação e 
proporcionalidade da medida; (...) 
 
ATENÇÃO: A INICIATIVA DO PROJETO DE LEI 
(PACOTE ANTICRIME) ADVEIO DA UNIÃO! 
 
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• INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL: 
3º fundamento: a matéria em questão (Juiz das Garantias) deve ser objeto de LEI 
COMPLEMENTAR e não lei ordinária de acordo com o art. 93 da CF. 
 
 
A Lei nº. 13.964/19 é uma lei ordinária! 
 
 
• INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL: 
4º fundamento: a ausência de prévia dotação orçamentária. Aqui, abre-se um espaço 
para realçarmos, inclusive, que o País se encontra, notadamente, enfrentando grande crise 
orçamentária. 
APROFUNDANDO... Ademais das exposições acima, o Ministro Luiz Fux foi além, na sua 
decisão expôs que não houve estudo no sentido de que a criação do Juiz das Garantias irá 
impactar no combate à criminalidade. 
Finalizando esse tópico  TODOS OS ARTIGOS REFERENTES AO JUIZ DAS GARANTIAS 
(Artigos 3º-A a 3º-F do CPP) ESTÃO SUSPENSOS SINE DIE (SEM PRAZO) ATÉ O 
JULGAMENTO DEFINITIVO DO STF. 
ART. 157, §5º, CPP (ALTERAÇÃO DO JUIZ NATURAL QUE CONHECEU PROVA 
DECLARADA INADMISSÍVEL) 
 
 
 
 
 
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, 
assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou 
legais. (Princípio da inadmissibilidade das provas ilícitas) 
 
 
PROVA VIOLA NORMA DE DIREITO MATERIAL  PROVA ILÍCITA 
PROVA VIOLA NORMA DE DIREITO PROCESSUAL  PROVA ILEGÍTIMA 
 
 
ATENÇÃO APENAS O § 5º “O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada 
inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão” ESTÁ SUSPENSO!!! 
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*Referido parágrafo traria uma nova hipótese de impedimento do JUIZ. Lembrando 
que as hipóteses de impedimento estão TAXATIVAMENTE elencadas no art. 252 do CPP. 
*Dentre demais argumentos para a suspensão, pode-se frisar que o contato do Juiz 
com a prova ilícita NÃO É, POR SI SÓ, MOTIVO SUFICIENTE A TORNÁ-LO PARCIAL 
ART. 28, CAPUT, CPP (ALTERAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE ARQUIVAMENTO DO 
INQUÉRITO POLICIAL – IP) 
 
 
*Em suma, com o pacote Anticrime o arquivamento do inquérito passou por uma alteração 
no sentido de qual autoridade procede ao arquivamento. 
VAMOS LEMBRAR DE UM PONTO MEGA IMPORTANTE PARA A SUA PROVA?! 
DELEGADO DE POLÍCIA NÃO PODE ARQUIVAR IP! 
Pois bem. 
Art. 28. Ordenado (POR QUEM? Surgiram várias interpretações) o arquivamento 
do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, 
o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade 
policial e encaminhará os autos para a INSTÂNCIA DE REVISÃO MINISTERIAL para 
fins de homologação, na forma da lei. 
 
ARQUIVAMENTO INQUÉRITO 
 
 
SISTEMÁTICA ANTES DO 
PACOTEANTICRIME 
 
 
 
SISTEMÁTICA DEPOIS DO 
PACOTEANTICRIME 
 
 
 
MANIFESTAÇÃO DO TITULAR DA 
AÇÃO PENAL (REGRA: MP) + 
DECISÃO JUDICIAL. QUEM ORDENA 
O ARQUIVAMENTO É O JUIZ. 
 
CASO O JUIZ DISCORDE QUANTO AO 
ARQUIVAMENTO  REMETE O IP 
PARA O PROCURADOR GERAL DE 
JUSTIÇA (PGJ)  O PGJ PODE: 
 
1- INSISTIR NO ARQUIVAMENTO 
- DECISÃO QUE OBRIGA O 
JUIZ A ARQUIVAR O IP; 
 
 
 
NESSE PONTO, ABRIU MARGEM PARA 
VÁRIAS INTERPRETAÇÕES. Contudo, há 
indicativos no sentido de que 
prevalecerá a posição que o MP 
ordenará o arquivamento. 
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2- CONCORDAR COM O JUIZ. 
NESSE CASO, O PGJ PODE 
OFERECER A DENÚNCIA OU 
DESIGNA UM PROMOTOR PARA 
FAZÊ-LO. 
 
OBS.: NADA DO EXPOSTO 
ACIMA FOI MANTIDO NO 
PACOTE ANTICRIME. 
 
 
 
 
 
Fundamento para a suspensão: Nos dizeres do Ministro Luiz Fux: “ (...) a cláusula aberta 
trazida no caput do artigo 28, ao determinar que o arquivamento do inquérito policial será 
homologado pela “instância de revisão ministerial”. A nova legislação sequer definiu 
qual o órgão competente para funcionar como instância de revisão. (...) ” 
- Sobre isso, explique-se que quem entrou com a ADI foi a própria Associação Nacional dos 
Membros do Ministério Público (ANMP) alertando que não houve um estudo de viabilidade 
dentro da estrutura do MP para que todas as hipóteses de arquivamento passem por essa 
instância de revisão, são muitos IPs em estudo para o arquivamento. O MPSP, inclusive, 
trouxe dados mostrando as estatísticas, explicando que a nova regra demanda 
reestruturação do órgão e não mera reorganização. 
Citou Luiz Fux: “(...). Na esteira dos dados empíricos apresentados pela parte autora, 
verifica-se que o Congresso Nacional desconsiderou a dimensão superlativa dos 
impactos sistêmicos e financeiros que a nova regra de arquivamento do inquérito 
policial ensejará ao funcionamento dos órgãos ministeriais. Nesse sentido, a 
inovação legislativa viola as cláusulas que exigem prévia dotação orçamentária 
para a realização de despesas, além da autonomia financeira dos Ministérios 
Públicos. Na esteira do que já argumentado no tópico anterior, vislumbro, em sede de 
análise de medida cautelar, violação aos artigos 169 e 127 da Constituição. (...) 
ART. 310, §4º, CPP (ILEGALIDADE DA PRISÃO PELA NÃO REALIZAÇÃO DA 
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA NO PRAZO DE 24 HORAS) 
 
 
 
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte 
e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia 
com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e 
o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente: 
(...) 
ATENÇÃO APENAS O § 4º “Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso 
do prazo estabelecido no caput deste artigo, a não realização de audiência de 
custódia sem motivação idônea ensejará também a ilegalidade da prisão, a ser 
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relaxada pela autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade de imediata 
decretação de prisão preventiva. ” ESTÁ SUSPENSO!!! 
- O referido parágrafo trouxe quase que uma hipótese “AUTOMÁTICA” de relaxamento de 
prisão, caso não fosse realizada a audiência de custódia no prazo de 24h, após o decurso 
do prazomáximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão. 
 
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA = CABÍVEL EM PRISÕES EM FLAGRANTE; 
JUIZ ANALISARÁ A LEGALIDADE DA PRISÃO. 
 
 
ASSIM, JUIZ PODE: 
 
 
RELAXAR A PRISÃO, CASO ESTA SEJA ILEGAL; 
 
CONCEDER LIBERDADE PROVISÓRIA, COM OU SEM FIANÇA; 
 
CONVERTER PRISÃO EM FLAGRANTE EM PRISÃO PREVENTIVA; 
 
CONCEDER MEDIDA CAUTELAR DIVERSA DA PRISÃO. 
 
 
Fundamento para a suspensão: Nas palavras do Ministro Luiz Fux: “(...) não se 
desconsidera a importância do instituto da audiência de custódia para o sistema acusatório 
penal. No entanto, o dispositivo impugnado fixa consequência jurídica desarrazoada para a 
não realização da audiência de custódia, consistente na ilegalidade da prisão. Esse ponto 
desconsidera dificuldades práticas locais de várias regiões do país, especialmente 
na região Norte, bem como dificuldades logísticas decorrentes de operações 
policiais de considerável porte, que muitas vezes incluem grande número de 
cidadãos residente sem diferentes estados do país. A categoria aberta “motivação 
idônea”, que excepciona a ilegalidade da prisão, é demasiadamente abstrata e não fornece 
baliza interpretativa segura aos magistrados para a aplicação do dispositivo. Nesse ponto, 
entendo que, uma vez oportunamente instruído o processo quanto à realidade das 
audiências de custódia em todo o país, o Plenário poderá decidir o mérito, inclusive, 
sendo o caso, fornecendo balizas interpretativas mais objetivas para as categorias 
normativas nele incluídas. Por ora, a eficácia do dispositivo deve ser suspensa para se 
evitarem prejuízos irreversíveis à operação do sistema de justiça criminal, inclusive de 
direitos das defesas. (...)”. 
COLOCAÇÕES FINAIS 
 
Então é isso... 
Encerramos, com muito carinho e cuidado, esse material e ESPERAMOS QUE ELE OS 
AUXILIE NOS ESTUDOS, BEM COMO NA APROVAÇÃO! 
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BORA ESTUDAR?! 
 
E, contem sempre, com o nosso apoio! 
 
O sucesso de vocês, É O NOSSO SUCESSO!!! 
 
EQUIPE PENSAR CONCURSOS. 
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