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Unidade V - Planejamento dietético sustentável

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História da 
Alimentação e 
da Nutrição
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Glaucia Fernandes Candido
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Planejamento Dietético Sustentável 
• Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável;
• Alimentação e Nutrição Frente ao Desenvolvimento Sustentável;
• Consumo Alimentar Consciente e Políticas Públicas;
• Ações Sustentáveis no Planejamento Alimentar;
• Tendências Relacionadas à Sustentabilidade;
• Sustentabilidade e Sociedade: Construindo O Futuro.
 · Desenvolver conhecimento em sustentabilidade e reconhecer a impor-
tância da alimentação e da nutrição no desenvolvimento sustentável;
 · Gerar senso crítico para as ações sustentáveis na área de alimentação 
e nutrição.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Planejamento Dietético Sustentável
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Planejamento Dietético Sustentável 
Sustentabilidade e 
Desenvolvimento Sustentável
A sustentablidade é um tema muito atual; envolve pessoas e empresas conscientes 
preocupadas com o futuro do Planeta. 
O termo “sustentar” e seu derivado “sustentabilidade” designam ações que se 
sustentem e que geram menor impacto ao meio ambiente, sendo que a sustentabili-
dade é medida por meio da capacidade de conservar um capital natural, permitindo 
que se refaça e possa ser enriquecido para as futuras gerações. 
Essa definição também está ligada à produção e ao consumo consciente dos alimentos. 
Para um produto ser considerado sustentável, deve-se levar em consideração 
seu “ciclo de vida”, ou seja, o tempo decorrido desde seu nascimento: plantação, 
transporte, processamento, embalagem e venda, até seu consumo. 
Um produto é considerado sustentável por gerar menos perdas ambientais, por 
ser reciclável ou mais durável ao longo do seu ciclo de vida. 
O desenvolvimento sustentável é um modelo político, social, cultural e ambiental 
equilibrado, que satisfaz as necessidades das gerações atuais, sem comprometer 
a capacidade das gerações futuras, permitindo que satisfaçam suas próprias 
necessidades (AQUINO; PHILIPPI, 2015). 
O conceito de sustentabilidade vem da relação consciente entre o crescimento 
econômico e social e a responsabilidade com o meio ambiente e os impactos que 
esse crescimento pode gerar ao meio ambiente. 
O crescimento econômico de um país se dá para sua capacidade produtiva e 
terá influência direta no aumento da renda da população e no desevolvimento 
social e cultural. 
O desevolvimento sustentável visa a um crescimento econômico e social positivo 
para esta e para as futuras gerações, com empregos dignos, com direito à educação, 
à cultura etc. 
Já o aspecto ambiental está relacionado à redução do consumo de recursos 
naturais, bem como seus impactos estão relacionados ao meio ambiente. 
A participação da sociedade é primordial para o desenvolvimento da sustenta-
bilidade, mas ainda são as Empresas as que mais poluem o meio ambiente, sendo 
que o aumento de resíduos é inversamente proporcional aos recursos, bem como 
às tecnologias disponíves para tratá-los. 
8
9
As grandes Empresas dispõem de mais recursos econômicos, tecnológicos e hu-
manos; já as pequenas Empresas podem contribuir com seu espírito empreendedor. 
Com o desevolvimento do Mercado Global e as exportações, as empresas foram 
cobradas a assumir sua responsabilidade com a sociedade e com o meio ambiente.
Figura 1
Fonte: iStock/Getty Images
Alimentação e Nutrição Frente ao 
Desenvolvimento Sustentável
O tema Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável na área de alimen-
tação e nutrição é um tema bem vasto, indo muito além de alimentos orgânicos 
ou do controle de resíduos das Unidades de Alimentação e Nutrição (UANs) ou 
nos restaurantes. 
As práticas e as ações sustentáveis nessa área podem ser mínimas, como a 
utilização de descartáveis ecológicos ou o descarte e a separação do lixo orgânico 
do lixo recliclável etc., mas que podem gerar impacto muito grande na sociedade. 
A prescrição de um planejamento dietético saudável e sustentável deve apoiar a 
agricultura sustentável, contribuindo para a saúde e para um sistema alimentar que 
não degrade os recursos naturais (AQUINO; PHILIPPI, 2015). 
A agricultura sustentável é baseada em métodos de cultivo que respeitam o meio 
ambiente e contribuem para sua preservação, sendo viável e lucrativa.
Projeto Alimentos bons, limpos e justos. Disponível em: https://goo.gl/WcUUq5.
Ex
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or
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UNIDADE Planejamento Dietético Sustentável 
A Agricultura Orgânica é baseada nos conceitos de sustentabilidade e designa 
Sistemas Sustentáveis de Produção. 
A ciência da nutrição, bem como, o profissional nutricionista assumem papel de 
responsabilidade frente à questão da sustentabilidade e da alimentação. 
São questões como acesso a alimento seguro, direito humano à alimentação, 
Políticas Públicas ligadas à alimentação e à nutrição e impactos de resíduos ao meio 
ambiente, abordadas para o profissional. 
Consumo Alimentar Consciente 
e Políticas Públicas
O ato de simplesmente se alimentar por meio da sustentabilidade assume o papel 
de uma prática consciente, reguladora e política. Nesse contexto, o profissional 
nutricionista tem o papel de educador, orientador e gerenciador. 
O processo produtivo de alimentos, em geral, principalmente, das refeições, 
gera quantidades consideráveis de resíduos. 
Para Antunes (p. 7, 2010), uma cozinha eficiente se traduz em um local cons-
ciente com o meio ambiente. 
No gerenciamento das Unidades de Alimentação e Nutrição (UANs), o desperdício 
de alimentos e a geração de resíduos é um fator de grande relevância.
Figura 2
Fonte: iStock/Getty Images
Fatores externos podem influenciar essa causa, como o número de pessoas que 
frequentam o local, suas preferências alimentares, mas também podem ser causados 
por fatores internos das UANs, tais como, pelo cálculo do número inadequado das 
refeições a serem produzidas, pelo treinamento dos funcionários da produção, pelo 
porcionamento dos pratos e pela reposição. 
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O desperdício de alimentos, muitas vezes, é visto apenas como prejuízo financeiro 
para uma UAN ou restaurante; pode gerar resíduos sólidos e interferir diretamente 
nasaúde da população e do meio ambiente. 
Estudos mostram que a etapa de higienização de alimentos de origem vegetal, 
como legumes e frutas, é a que mais gera resíduos em uma UAN. Essa perda é 
inevitável, vez que na grande maioria, é necessário retirar as cascas dos produtos. 
Algumas soluções para o máximo aproveitamento desses alimentos, como a 
utlização de talos e partes folhosas em outras preparações, vêm sendo adotadas em 
restaurantes e UANs para minimizar essa perda. 
A utilização de vegetais minimamente processados é uma das soluções. Um 
produto mininamente processado é um alimento que foi pré-preparado (cortado, 
ralado, descascado), com a finalidade de limpeza e diminuição do seu tempo no 
seu preparo.
Figura 3
Fonte: iStock/Getty Images
A tendência mundial está baseada no uso de produtos pré-processados, como 
dos vegetais minimamente processados e dos produtos pré-elaborados, como 
proteínas prontas, que necessitam apenas de finalização para o consumo. 
Segundo Monteiro (p. 183, 2013), o uso de produtos pré-processados e pré-
-elaborados gera diminuição de aproximadamente 50% da área destinada à cozinha, 
30% de mão de obra, 25% de equipamentos e 25% no consumo de energia. 
A utilização desses produtos em cozinhas proporcionam os seguintes benefícios: 
• Métodos de produção de alimentos mais racionais;
• Redução dos custos operacionais;
• Redução do investimento de equipamento e estrutura física de uma cozinha;
• Redução da geração de resíduos; 
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UNIDADE Planejamento Dietético Sustentável 
• Redução da hora/trabalhor de um funcionário e do tempo de processamento 
desses alimentos; 
• Maior segurança dos alimentos, pois não permite que partes consideradas 
“sujas”, como cascas e caixas de fornecedores de hortifrutis entrem na cozinha.
Cabe ao profissional achar soluções para minimizar a geração de resíduos. As 
práticas sustentáveis em UANs visam a reduzir, a reutilizar e a reciclar resíduos 
produzidos e na produção de refeições (CFN, 2009). 
Muitos são os recursos disponíveis para a solução do resíduo orgânico gerado 
pelas UANs, como veremos mais a diante, mas não é possível falar do problema do 
desperdício sem falar de toda a cadeia produtiva, vez que o desperdício pode fazer 
parte de qualquer etapa do processo, desde a produção até o descarte das sobras. 
Produzir com consciência ambiental e inteligência é a melhor forma de obter 
benefícios econômicos e sociais para não se desperdiçar alimentos. 
Desde a década de 1990, o mundo tomou consciência das consequências 
das ações devastatoras ao meio ambiente e se volta para as ações ambientais. 
Em 1992, aconteceu no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, a ECO-92. Na 
Conferência, os países participantes assumiram o compromisso e o desafio de 
implantar, por meio de Políticas Públicas, as noções de sustentabilidade e de de-
senvolvimento sustentável.
Em 1997, foi assinado o Protocolo de Kyoto. Trata-se de um Acordo Internacional 
entre países integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU), firmado com o 
objetivo de reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa e, consequente, 
o aquecimento global. 
Em 2012, aconteceu, também no Rio de Janeiro, a Conferência das Nações 
Unidas sobre o Desenvolvimento Natural (CNUDN), também conhecida como 
Rio+20. O objetivo foi discutir a renovação do compromisso político com o 
desenvolvimento sustentável. 
Em 2015, foi aprovado o Acordo de Paris, um Tratado que rege medidas de 
redução de emissão de Dióxido de Carbono, a partir de 2020, e a meta do Tratado 
é reduzir o aquecimento global, consequência da emissão desdes gases. 
Ações Sustentáveis no 
Planejamento Alimentar
Assim como a definição de sustentabilidade, as Ações Sustentáveis no Planeja-
mento Alimentar buscam preservar os recursos naturais disponíveis e diminuir os 
danos ambientais que possam ser causados. 
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A atuação no nutricionista nesse âmbito pode auxiliar nas práticas sustentáveis 
dos estabelecimentos na Área de Alimentação. 
A seguir, vamos citar algumas dessas ações: 
• A cocção dos alimentos mais adequada, gastando menos insumos e menos 
tempo, por exemplo, a cocção a vapor; 
• Utilizar equipamentos que permitem a cocção com a mínima utilização de 
insumos, como, por exemplo, a utilização do forno combinado para fazer 
preparações do tipo fritura, diminuindo até 90% da utilização de gordura; 
• De preferência, utilizar equipamentos com baixo consumo de energia; 
• Ao ligar um equipamento, utilizar sua capacidade (em volume) ao máximo, 
para não desperdiçar energia;
• Dialogar constantemente com os fornecedores sobre o desenvolvimento 
sustentável; 
• Utilizar descatáveis ecológicos ao invés de descartáveis convencionais; 
• Priorizar embalagens recicláveis; 
• Destinar o descarte do óleo a empresas coletoras; 
• Respeitar a sazonalidade das frutas; 
• Comprar produtos da região próxima ao local com a finalidade de evitar a 
emissão de gases tóxicos; 
• Fazer o descarte responsável de resíduos, separação e coleta; 
• Utilizar, sempre que possivel, fontes alternativas de energia;
• Caso haja possibilidade, criar uma horta nas áreas comuns para consumir 
produtos frescos, livres de agrotóxicos etc.; 
• Treinamento e educação continuada para a questão do desperdício. 
Segungo o CFN (2008), os serviços de alimentação devem trabalhar a 
conscientização de seus clientes e colaboradores quanto ao consumo consciente 
de recursos, por meio de palestras, eventos, cartazes etc., adotando práticas 
sustentáveis em seu cotidiano, preservando o meio ambiente e a qualidade de vida 
da população.
É importante´, nesse contexto de sustentabilidade e nutrição, o entendimento 
sobre Sistema Alimentar, que deve satisfazer a necessidade humana comm os 
recursos disponíveis no Planeta, sem que eles se esgotem. 
Os sistemas inteligentes de cocção de alimentos, tais como, Sistema Cook 
& Chill e Cocção Sous Vide , baseados na utlização de equipamentos de altas 
tecnologias, são considerados sistemas sustentáveis. 
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UNIDADE Planejamento Dietético Sustentável 
O Sistema Cook & Chill consiste na cocção e no resfriamento dos alimentos, 
com o objetivo de prolongar a vida útil do produto e garantir maior segurança 
alimentar na distribuição. 
Figura 4
Fonte: Acervo do conteudista
As principais vantagens do Sistema Cook & Chill, em relação à sustentabilidade, 
são o maior controle de produção, com redução de desperdícios, a utilização racional 
dos equipamentos e a racionalização do espaço, dos equipamentos e da energia.
A Cocção Sous Vide vem de encontro a todas essas tendências mundiais de 
sustentabilidade. Apesar de ser uma técnica comum na Europa, criada por um Chef 
de Cozinha há mais de 40 anos, está crescendo rapidamente no Brasil.
E o motivo para esse crescimento é muito simples: uma tendência mundial em 
“fazer mais com menos”.
Apesar de ter como desvantagem o uso de embalagem de material plástico, a 
técnica oferece inúmeras vantagens, e até a embalagem se torna um benefício, vez 
que é possivel a utilização de todo o processo em uma única embalagem (cocção, 
resfriamento, armazenamento, transporte, estocagem, venda e finalização).
Outras vantagens que tornam a técnica sustentável é o aumento do tempo de 
duração do produto, redução no consumo de água em todo o processo, rendimento 
maior do produto, o que permite o uso de menor quantidade de matérias-primas 
no preparo, além da redução de perdas, por meio de porções individuais.
Os produtos, tanto no Sistema Cook & Chill, como na técnica de Cocção Sous 
Vide, são resfriados e não congelados. Dessa maneira, a energia para manter a 
cadeia do frio é reduzida, bem como, a que seria utilizada para o descongelamento 
do produto.
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No Brasil, existe tendência por produtos resfriados, ao invés de congelados. 
Além disso, a gama de produtos resfriados, os chamados produtos “frescos” e sau-
dáveis, estão em crescimento, incluindo saladas e frutas. 
Quanto ao aspecto econômico, o setor ligado à sustentabilidadesó tende a 
crescer. No aspecto social, já há um respeito maior dos estabelecimentos que se 
preocupam com a Gestão Ambiental em relação aos colaboradores e aos clientes, 
bem como com a alimentação adequada. 
Em todo o mundo, há restaurantes com o conceito sustentável. Nos Estados 
Unidos, existe uma organização chamada Green Restaurant Association (GRA), sem 
fins , que tem como objetivo capacitar desde os consumidores até os fornecedores 
a se tornarem mais conscientes em relação à sustentabilidade. 
Programa Green Kitchen. Disponível em: www.greenkitchen.com.br.
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A ISO 14001 é uma ferramenta criada para auxiliar empresas a identificar, 
priorizar e gerenciar riscos ambientais como parte de suas práticas usuais. Ela 
regulamenta as questões ambientais, fundamenta sistemas e processos, certificando 
a “cozinha verde”.
Segundo Monteiro (p. 193, 2013), a busca de um serviço de alimentação autos-
sustentável será o grande desafio das próximas gerações em prol da preservação 
da natureza.
Em alguns locais de grande circulação de pessoas e grande concentração de 
restaurantes, como as praças de alimentação, há a geração de muitos resíduos e 
alguns Shoppings já fazem compostagem dos resíduos orgânicos gerados em suas 
Praças de Alimentação e criaram hortas em seus telhados. 
Projeto de compostagem – Telhado Verde. Disponível em: https://goo.gl/V8DfBy.
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A procura das Empresas por novas tecnologias para a preservação do meio 
ambiente fez as indústrias de equipamentos se inovarem e produzirem equipamentos 
voltados para esse Setor. 
O compactador de lixo é um exemplo desse tipo de equipamento. É um equipa-
mento destinado a reduzir volumes, capaz de processar 350 kg por hora de mate-
riais sólidos descartados por comensais e restos gerados no processo de preparo 
de alimentos, como cascas e caixas de papelão, latas garrafas plásticas, sacos etc.
O lixo deve ser separado por tipo de reciclagem para ser compactado. A redução 
volumétrica é de 6:1, podendo chegar a 70:1, reduzindo o custo de armazenamento 
e de transporte.
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UNIDADE Planejamento Dietético Sustentável 
Figura 5
Fonte: Acervo do conteudista
Outro movimento sustentável, já citado diversas vezes no decorrer desta 
Disciplina, é o movimento slow food.
O slow-food, por meio dos seus conhecimentos em Culinária Regional, Políticas 
Públicas, Agricultura e Meio Ambiente possuem diversos projetos voltados para a 
população relacionados a esses temas. 
A utilização de Plantas Alimentícias não Convencionais, também conhecidas 
pela sigla PANCs, na alimentação também é uma ação sustentável. 
As PANCs são plantas que podem ser utilizadas como alimento; porém, não são 
encontradas em Supermercados.
Os consumidores não consomem PANCs como alimento por falta de 
conhecimento ou hábito; porém, as PANCs possuem alto valor nutritivo, podendo 
agregar nutrientes às dietas.
Até o início do século XX, o consumo de PANCs era natural; porém, com a 
urbanização e a falta de contato com a natureza, esses alimentos acabaram caindo 
no esquecimento.
https://goo.gl/XJkW3v
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Tendências Relacionadas
à Sustentabilidade 
O Brasil Food Trends (2020) mostrou que, no Brasil, as ações voltadas para a 
Sustentabilidade, patrocinadas pelos Estabelecimentos de Serviço de Alimentação 
têm se concentrado em projetos para:
• Consumo energético mais eficiente: melhor utilização da luz natural, moni-
toramento do equipamento de ar-condicionado, substituição de terminais de 
maior potência;
• Consumo hidráulico eficiente: eliminação e reciclagem da água de refugo, 
maior controle do consumo (registros e torneiras inteligentes), melhor aprovei-
tamento da água de chuva;
• Valorização das pessoas: diversidade e inclusão social, respeitando religião, 
sexo e etnia, incorporação de pessoas idosas e com necessidades especiais 
no trabalho, participação do estabelecimento em projetos que favoreçam a 
comunidade e o meio ambiente, programas de valorização e reconhecimento 
dos funcionários.
A Indústria de Alimentos mudou muito desde a década de 1940, com o aumento 
no poder de compra, a introdução das embalagens, a mecanização, o desenvolvi-
mento do processo fabril e a introdução da mulher no Mercado de Trabalho. 
Já para o Brasil Food Trends (2020), a manifestação de várias tendências na 
alimentação fora de casa deverá aumentar a complexidade do negócio, pressionado 
os operadores para uma maior especialização e incorporação de Novas Tecnologias 
e modernas Técnicas de Gestão. 
Nesse processo evolutivo, as indústrias de alimentos deverão atuar como 
importantes parceiras do Setor de Food Service, explorando, conjuntamente, as 
oportunidades futuras e adequando o Setor Alimentício às exigências de Mercado 
e da Socidade brasileira. 
A tendência de saudabilidade e bem-estar tem gerado necessidade de adaptações 
nas Empresas do Setor, de forma a atender à crescente demanda por alimentação 
mais saudável, contemplando o valor nutricional e calórico das refeições. O serviço 
17
UNIDADE Planejamento Dietético Sustentável 
e o ambiente também deverão sofrer modificações, vez que a noção de bem- 
-estar está relacionada a outros aspectos da experiência do consumidor, além da 
composição dos alimentos. 
O Mercado produzirá com menos recursos e atenderá à demanda com produtos 
frescos e saudáveis. Já o consumidor, por sua vez, receberá produtos com praticidade 
e conveniência, de qualidade, com valores nutricionais e sabores preservados.
Sustentabilidade e Sociedade: 
Construindo O Futuro
A Sustentablidade Social é um dos mais importantes setores para a mudança 
do panorama da Socidade. A desigualdade social, o uso excessivo dos Recursos 
Naturais por Empresas ou por uma parte da população, enquanto outra cresce 
desmedidadamente, são fatores combatidos pela sustentabilidade social. 
O primeiro passo para combater esses fatores são a responsabilidade social 
e ambiental. 
Para as Indústrias, a melhor forma de se tornar sustentável é, sem dúvida, a 
criação de projetos sustentáveis com o objetivo de gerar energia limpa e renovável, 
além de incentivos de ordens sociais e ambientais. 
O Brasil é o 4° maior produtor mundial de alimentos, mas desperdiça 39 mil 
toneladas de alimentos por dia.
Figura 6
Fonte: iStock/Getty Images
Uma ação muito interessante é a do Prato Consciente. Em 2012, foi criado um 
vídeo para o Dia Mundial da Alimentação, com o objetivo de incentivar as pessoas 
a mudarem de atitude em relação ao desperdício de alimentos. Foi fabricado um 
prato com 20% menos capacidade, representando os 20% do total da produção de 
alimentos que são desperdiçados diariamente. 
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Vídeo Prato Consciente. Disponível em: https://youtu.be/zqU5MSxARsw.
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No Filme Perdido em Marte, Mark Watney criou uma plantação sustentável de batatas no 
planeta Vermelho, usando seu habitat pressurizado para criar condições ideais e solo marciano 
para o cultivo. Teria dado certo? Por incrível que pareça, sim! Estudos mineralógicos feitos 
pelos jipes Spirit e Opportunity, que estiveram mesmo em Marte (um deles, o Opportunity, 
chegou lá em 2004 e está funcionando até hoje!), mostram que o solo é sufi cientemente 
rico em minerais para sustentar um cultivo menos exigente, como o de batatas. Mas claro, 
para isso acontecer, é preciso ocorrer a fi xação do nitrogênio nesse solo, trabalho que na 
terra é feito pelas bactérias. Watney tinha nitrogênio em sua atmosfera artifi cial, mas, para 
fi xá-lo, no solo, ele ia precisar das bactérias apropriadas. Sorte, nós humanos, carregamos 
bactérias em nosso corpo. Assim, não foi difícil Watney – botânico de formação – encontrar 
uma fonte prolífi ca de microrganismos úteis para fertilizar seu solo e plantar suas batatas. 
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UNIDADE Planejamento Dietético Sustentável 
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Sustentabilidade na Cozinha
https://goo.gl/UeECVD
Atitudes Sustentáveis
https://goo.gl/zZN3lLivros
Guia Prático sobre PANCs: plantas alimentícias não convencionais
KAIRÓS, I. et al. Guia Prático sobre PANCs: plantas alimentícias não convencionais. 
São Paulo: Instituto Kairós, 2017;
Sustentabilidade em alimentação fora do lar: desafios e vantagens
WICKERT, M. L. S.; MACEDO, C. C. Sustentabilidade em alimentação fora do 
lar: desafios e vantagens. Brasília: SENAC, 2015. 
 Filmes
Ilha das Flores
Ilha das Flores (1988): os seres humanos permitiram o desevolvimento e uma série de 
conquistas socioeconômicas, mas de forma desigual. Uma parte da população mundial, 
por falta de recursos, utiliza-se do que foi descartado por outra parte da população.
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Referências
ANTUNES, B. Sistemas de Alimentação: Nucleora. São Paulo: C4, 2010.
AQUINO, R. C.; PHILIPPI, S. T. Dietética: princípios para o planejamento de 
uma alimentação saudável. São Paulo: Manole, 2015. 
BRASIL. Food Trends 2020. São Paulo: FIESP/ITAL, 2010. 173p. 
CARNEIRO, H. Comida e Sociedade: uma história da alimentação. 6.ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2003.
CONSELHO Federal de Nutricionistas. Meio ambiente também é campo de ação 
do nutricionista, Revista CFN, Brasília, n. 26, p. 22-23, 2008. 
________. Atitude para mudar o mundo, Revista CFN, Brasília, n. 28, p. 10-
11, 2009.
FLANDRIN, J. L.; MONTANARI, M. História da alimentação. 2.ed. São Paulo: 
Estação Liberdade, 1996. 
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