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aula03 Intraempreendedorismo

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23
Curso Livre/EAD - Leandro Rennê Camilo - UNIGRAN | 2018
Caros (as) alunos (as),
No terceiro módulo de nosso curso 
observaremos um importantíssimo aspecto da 
gestão de pessoas que traz inúmeros benefícios 
para as organizações: o intraempreendedorismo. 
Esperamos contribuir para que ampliar o 
conhecimento de vocês sobre as novas discussões 
propostas.
Boa aula!
Intraempreendedorismo
3Módulo
Empreendedorismo no Mundo dos Negócios
24
1 - Contextualização 
O cenário atual em que vivem as organizações 
é chamado de Era do Conhecimento. É a era em que 
as mudanças tecnológicas ocorrem em um ritmo 
cada vez mais acelerado. O cenário econômico é 
algo imprevisível e o aumento do nível de exigência 
do mercado está produzindo um ambiente em que os 
preços acessíveis, a qualidade do produto/serviço e a 
excelência de atendimento não são mais suficientes 
para se ter vantagem competitiva e passam a ser 
pré-requisitos básicos.
O nível tecnológico exige funcionários 
especializados, seres pensantes e atuantes, ao 
invés de apenas realizarem trabalhos repetitivos e 
monótonos. Espera-se que as pessoas, dentro das 
organizações, assumam postura ativa e crítica frente 
aos problemas da empresa, espera-se que saibam 
agir, como agir e acima de tudo agir de maneira 
eficaz, tomando frente nas tomadas de decisões, 
liderando a equipe.
Deve-se mudar a maneira de pensar, de se portar 
dentro da organização, não ser um mero empregado, 
passando a contribuir ativamente com os resultados. 
O envolvimento de todos os integrantes de uma 
organização na busca pelo melhor caminho a 
ser seguido pelas empresas torna-se uma tarefa 
essencial à sua sobrevivência.
Assim, é diante desse contexto que entra a 
figura do intraempreendedor ou empreendedor 
corporativo. Profissionais com iniciativa, 
visionários, sem medo de tentar e que aprendem 
com os erros. São determinados, criativos, ousados 
e capazes de mobilizar recursos e implantar novos 
negócios dentro do ambiente corporativo (FIALHO 
et al, 2007 apud ARMOND, 2004).
Intraempreendedorismo é a versão em 
português da expressão intrapreneur, que significa 
empreendedor interno, ou seja, empreendedorismo 
dentro dos limites de uma organização já 
estabelecida. O termo intrapreneur foi utilizado 
pela primeira vez em 1985, por Gifford Pinchot III 
(WIKIPÉDIA, 2009).
Para Fialho et al (2007), intraempreendedor ou 
empreendedor corporativo é quando o empreendedor 
está inserido dentro de uma organização, cujo foco 
é o papel exercido pelo indivíduo dentro da mesma 
e na maneira empreendedora de atuação. Trata-se 
de um tema atual dentro das organizações, mas que 
tem-se tornado cada vez mais presente e objeto de 
estudo dos estudiosos da área.
Intraempreendedorismo é uma modalidade de 
empreendedorismo praticado por funcionários dentro 
da empresa em que trabalham. São profissionais 
que possuem uma capacidade diferenciada de 
analisar cenários, criar ideias, inovar e buscar novas 
oportunidades para estas empresas. São eles que 
ajudam a movimentar a criação de ideias dentro das 
organizações, mesmo que indiretamente (SEBRAE, 
2013).
O intraempreendedorismo é definido como 
o empreendedorismo dentro de uma estrutura 
empresarial existente. Um meio de estimular e 
capitalizar os indivíduos em uma organização 
em que acham que algo pode ser feito de modo 
diferente e melhor (HISRICH E PETERS, 2004 
apud SEBRAE, 2013).
Podem ser considerados intraempreendedores 
todos os sonhadores que realizam e que saibam 
transformar uma ideia em uma realidade lucrativa. 
São aqueles que assumem a responsabilidade pela 
criação de inovações de qualquer espécie dentro de 
uma organização. É aquele que não deseja sair da 
empresa em que atua para criar um novo negócio.
A partir de suas ideias, visão holística e 
espírito empreendedor, transformam um produto ou 
serviço em uma nova forma de negócio dentro da 
organização na qual trabalha, recebendo da mesma, 
liberdade, incentivos e recursos (FIALHO et al, 
2007).
25
Curso Livre/EAD - Leandro Rennê Camilo - UNIGRAN | 2018
Em síntese, pode-se dizer que intraempreen-
dedorismo é a possibilidade que o funcionário tem 
de empreender dentro da organização que trabalha, 
sem haver a necessidade de abandonar o emprego 
para colocar em prática suas ideias ou dar asas ao 
seu espírito empreendedor.
SABER MAIS
“O que é o intraempreendedorismo?
É uma modalidade de empreendedorismo 
praticado por funcionários dentro da empresa em 
que trabalham. São profissionais que possuem uma 
capacidade diferenciada de analisar cenários, criar 
ideias, inovar e buscar novas oportunidades para 
estas empresas. São eles que ajudam a movimentar 
a criação de ideias dentro das organizações, mesmo 
que indiretamente. Este tipo de colaborador tem sido 
muito valorizado pelas empresas, principalmente 
por agregarem valor ao trabalho final executado 
pela organização. Eles são procurados pelas 
empresas de recrutamento com uma frequência 
cada vez maior, ocupando espaços importantes nas 
grandes corporações em todo o mundo” (SOBRE 
ADMINISTRAÇÃO, 2013).
Para que o intraempreendedorismo possa se 
estabelecer dentro de uma organização, torna-se 
necessário que as empresas criem um ambiente 
favorável, com um sistema de apoio a novas ideias 
e que estimule as pessoas a empreender.
2 - Características do intraempre-
endedor
Avançando em nossos estudos, vamos conhecer 
as características básicas do intraempreendedor. 
Este conhecimento é muito importante, uma vez 
que a partir dele podemos compreender melhor as 
bases usadas para a prática profissional na área do 
empreededorismo.
Bons estudos!
De acordo com Fialho et al (2007, p.45), “são 
pessoas com visão que sabem transformar ideia 
em um produto ou serviço de sucesso, e tem a 
capacidade de materializar seus sonhos de mudar o 
seu status de onde quer que esteja”.
O intraempreendedor é aquele que tem um papel 
de liderança na criação e desenvolvimento de novas 
atividades que geram valor para as organizações 
em que trabalham. São pessoas que acreditam 
fortemente no seu talento e que desejam assumir 
responsabilidades e ter maior liberdade de atuação 
dentro da cultura organizacional (SEBRAE, 2013, 
p. 77).
Ainda segundo Fialho et al (2007), não existe 
uma fórmula para a determinação ou previsão de 
quem possa vir a se tornar um intraempreendedor.
Essa característica se concretiza a partir da 
vontade, da decisão de transformar um conceito 
em realidade dentro da empresa na qual é um mero 
funcionário, sem levar em conta os obstáculos e 
riscos, por meio de seus conhecimentos prévios, 
atitudes e perspectivas.
Os intraempreendedores possuem uma 
necessidade incessante de agir, são naturalmente 
orientados para a ação. Ao invés de planejar 
indefinidamente, eles começam, quase de imediato, 
a fazer algo para realizar seus planos. Eles buscam 
prazer nas pequenas tarefas e não se importam 
em executar trabalhos que estejam abaixo de sua 
posição.
Eles executam tarefas triviais que são parte de 
todo novo projeto. Ao invés de fazer desenhos 
elaborados e esperar um longo tempo até que 
sejam produzidos, os intraempreendedores fazem 
rascunhos e produzem eles mesmos (FIALHO et 
al, 2007, p.46).
Visão e ação são características que fazem com 
que o intraempreendedor seja pensador, executor, 
Empreendedorismo no Mundo dos Negócios
26
planejador e trabalhador ao mesmo tempo. Ele 
precisa ser assim, uma vez que ninguém irá fazer 
as coisas da maneira deles, de acordo com seus 
sonhos, nem eles mesmos aceitariam ver suas ideias 
sendo executadas por terceiros, pois confiam em 
seus talentos e nas perspectivas de seus negócios.
SABER MAIS
Para aumentar seus conhecimentos sobre 
intraempreendedorismo você poderá ler o artigo 
Intraempreendedorismo: faça do seu emprego 
um negócio próprio, escrito por Diná Sanchotene 
e publicado no Blog Deonde. Disponível em: 
<ht tp : / /deonde .b logspot .com.br /2008/12/ 
intraempreendedorismo-faa-do-seu.html>. Aceso 
em: 20 jan. 2013.
Uma pesquisarealizada pela Revista Exame 
(2006) destaca que os fatores que mais estimulam 
os empregados a empreenderem, em 34% dos 
casos, são a satisfação pessoal, e em apenas 7,5%%, 
a promoção e o aumento de salário.
São extremamente dedicados, centrados no 
que fazem e vivem praticamente em função de seu 
negócio, não tendo muito tempo disponível para os 
outros aspectos de sua vida.
Lidar com erros e fracassos é algo desafiador 
para eles, pois sabem que coisas novas estão 
sujeitas a erros e fracassos. E quando algo sai 
errado, procuram extrair o maior proveito possível 
da situação, aprendem com os próprios erros.
O intraempreendedor também possui uma 
inquietação de quem sempre está inconformado 
com a situação atual, por isso, ele busca se capacitar 
cada vez mais para superar os desafios que lhe são 
apresentados, acima de tudo, ele é ousado e criativo.
Nesse interim, as principais características do 
intraempreendedor são:
• paixão pelo que faz;
• sempre atento às novas ideias;
• simulam erros e riscos;
• descobrem oportunidades ocultas;
• multidisciplinaridade;
• persistente, dedicado;
• autoconfiante, decide por conta própria;
• proativo, inovador (SEBRAE, 2010).
É uma característica comum em algumas 
empresas pedirem aos intraempreendedores que 
assumam riscos.
O objetivo principal dessa postura é fazer com 
que seu comprometimento com a empresa se torne 
maior, de forma a minimizar as possibilidades de 
descomprometimento ou de abandono, em troca de 
uma oferta melhor, ou, o que é pior, que desperte 
nele o espírito empreendedor e ele passe a ser seu 
concorrente.
Fialho et al (2007) apud Hashimoto (2005) 
destaca também outros motivos para o incentivo do 
intraempreendedorismo dentro das organizações:
• atração e retenção de talentos;
• democratização da capacidade inovadora 
– todos colaboradores possuem potencial 
para inovar, desde que dadas as devidas 
condições;
• forte instrumento de motivação intrínseca;
• agilidade e flexibilidade nos processos 
internos;
• gestão participativa;
• comportamento de “dono” – liberdade para 
criar, realizar, solucionar e mudar;
• desenvolvimento de habilidades específicas.
Uma vez selecionada a ideia, parte-se para 
o planejamento. Nessa fase converte-se a visão 
intuitiva em um plano de ação. O posicionamento 
estratégico deve ter a capacidade de antecipar o 
futuro, reconhecer as oportunidades ainda não 
exploradas, além de manusear corretamente 
os recursos corporativos para aproveitar as 
oportunidades.
Assim sendo, os intraempreendedores fazem 
uso da criatividade e da inovação como principal 
estratégia para o desenvolvimento de suas ideias, 
agregando valor aos recursos disponíveis na 
organização, onde o principal desafio é transformar 
suas ideias em uma realidade rentável.
SABER MAIS
Conforme dados da pesquisa GEM 2011, o Brasil 
aparece na 39ª posição entre os países pesquisados, 
com taxa de 0,84% de atividade empreendedora de 
seus empregados, e na 17ª posição entre 24 países 
integrantes do grupo-eficiência. A média desse 
grupo é de 1,78% e tem o Uruguai como o país com 
maior taxa de EEA (Atividade Empreendedora de 
27
Curso Livre/EAD - Leandro Rennê Camilo - UNIGRAN | 2018
Empregados), com 4,39%.
O resultado da análise dos dados do GEM 
2011 sobre Atividade Empreendedora de 
Empregados segundo o gênero no Brasil, evidencia 
um desequilíbrio entre a atividade masculina e 
feminina. Em 2011, os homens representam 64,70% 
dos empregados empreendedores, contra 35,30% de 
mulheres. Esse dado contrasta com os dados sobre 
os empreendedores iniciais no Brasil, que sempre 
apresentaram um equilíbrio entre os gêneros entre 
2002 e 2011. Esses índices se justificam no sentido 
de que as mulheres no Brasil empreendem por 
necessidade ao buscarem alternativas de negócios 
para complementar a renda familiar, corrobora com 
o contraste identificado e explica em parte a grande 
presença de mulheres como empreendedoras 
iniciais.
A pesquisa revela ainda, que há uma concentração 
de 82,30% da EEA a faixa dos 25-34 anos (52,90%) 
e dos 35-44 anos (29,40%), pois é nessa faixa 
etária que os candidatos a intraempreendedores 
conseguem reunir as características inerentes aos 
empreendedores de sucesso com o conhecimento e 
experiência necessários para obterem o apoio dos 
stakeholders (equipe envolvida) para a empreitada. 
Constatou-se ausência de EEA entre os brasileiros 
com idade entre 55-64 anos, fato que pode ser 
explicado pelo fato das pessoas nessa faixa estarem 
mais próximos de seus projetos de aposentadoria 
(SEBRAE, 2013, p. 77-80).
PARA REFLETIR
Não devemos ter medo das novas ideias! Elas 
podem significar a diferença entre o triunfo e o 
fracasso (Napoleon Hill).
E então, como está se saindo com os novos 
conhecimentos? Interessantes os dados apontados 
pela pesquisa GEM, não é mesmo? Reflita sobre 
eles, e em seguida, iniciamos a seção 3 que visa 
diferenciar o intraempreendedor do empreendedor.
3 - Intraempreendedor x empreen-
dedor
De uma forma geral se pode diferenciá-los como 
sendo o empreendedor aquele que empreende em 
um negócio próprio, seja ele o único dono, ou em 
uma sociedade; por outro lado, o intraempreendedor 
é aquele que atua dentro da empresa onde trabalha 
subordinado aos superiores, porém se torna a 
principal cabeça pensante e atuante.
Para Greco et al (2009) apud Pinchot 
(1989), os principais fatores que diferenciam o 
intraempreendedor do empreendedor são o grau 
de risco assumido e o grau de autonomia durante o 
processo de empreender. O quando a seguir mostra 
outras características que os diferencia.
Para complementar os estudos sobre 
intraempreendedor, vejamos Os 10 Mandamentos 
do intraempreendedor publicado pelo SEBRAE 
(2010).
1. Forme sua equipe. Intraempreendedorismo 
não é uma atividade solitária;
2. Compartilhe o mais amplamente possível as 
recompensas;
3. Solicite aconselhamento antes de pedir 
recursos;
4. É melhor prometer pouco e realizar em 
excesso;
5. Faça o trabalho necessário para atingir o seu 
sonho, independentemente de sua descrição 
de cargo;
6. Lembre-se de que é mais fácil pedir perdão 
do que pedir permissão;
7. Tenha sempre em mente os interesses de 
sua empresa e dos clientes, especialmente 
Empreendedorismo quando você tiver que 
quebrar alguma regra ou evitar a burocracia;
8. Vá para o trabalho a cada dia disposto a ser 
demitido;
9. Seja leal à suas metas, mas realista quanto 
ás maneiras de atingi-las;
10. Honre e eduque seus patrocinadores.
Empreendedorismo no Mundo dos Negócios
28
E para encerrarmos este módulo, devemos 
refletir que: 
“O futuro da sua empresa pode estar ali, 
apenas esperando que você dedique seu tempo a 
ele” (SEBRAE, 2013).
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