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Aterros_de_residuos_20-10-10_-_Parte_1

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Aterros de Disposição de Resíduos: 
Barreiras e Sistemas de Coleta de 
Efluentes 
 
 
 
 
Disciplina: Poluição dos Solos 
Professor Márcio de Souza S. Almeida 
UFRJ – Escola Politécnica 
Eng. Ambiental 
Tópicos da aula 
 Aterros de disposição 
–Propriedades dos solos 
–Projeto de aterros 
 Componentes de um 
aterro 
–Revestimento de Fundo 
–Sistema de Coleta de 
efluentes 
–Revestimento de Cobertura 
 Exemplos de Casos reais 
Barreiras naturais e 
artificiais 
Possíveis esquemas de 
aterros de disposição 
Barreiras em aterro de disposição 
Tópicos da aula 
 Aterros de disposição 
– Algumas propriedades dos solos 
– Projeto de aterros 
 Componentes de um 
aterro 
–Revestimento de Fundo 
– Sistema de Coleta de efluentes 
– Revestimento de Cobertura 
 Exemplos de Casos reais 
 
Barreiras de Fundo - Aterros 
Municipais: requisitos mínimos 
Barreiras: princípios 
fundamentais 
 Solo compactado (componente básico da 
barreira): baixo valor de k; compatibilidade 
química com o efluente; alta capacidade de 
sorção; baixo coeficiente de difusão. 
 Solo compactado+geomembrana: menor 
k global; melhoria do fluxo para o sistema de 
coleta; compatibilidade química com o 
efluente; evita contato direto do efluente com 
o solo compactado. 
 Controle de qualidade durante a 
construção: muito importante para 
assegurar o baixo valor de k. 
 
Barreira p/ resíduo perigoso 
Sistema de Barreiras de fundo 
Vazão (calculada) - diferentes tipos de 
barreiras de fundo 
(1) bem instalada; quantidade típica de defeitos 
Tipo de Barreira 
 
k (m/s) Vazão através da barreira 
 litros/dia/hectare 
solo compactado 
 
 
10-7 
 
105 
 
solo compactado 
 
 
10-8 
 
104 
 
solo compactado 
 
 
10-9 
 
103 
 
geomembrana (1) 
 
- 
 
102 
 solo + geomembrana 
 
10-8 a 10-7 
 
10 
 solo + geomembrana 
 
k = 10-9 
 
1 
 solo + geomembrana + 
solo + geomembrana 
 
k = 10-9 
 
0 
 
Barreira de solo compactado: 
requisitos 
 k  10-9 m/s (não é trivial se obter em campo) 
 Recomendações para “liner” com k  10-9 
m/s 
– Percentagem de finos (#200):  20% 
– Índice de plasticidade IP:  7% 
– Quantidade de predegulhos  30% 
 Adição de bentonita (até 4%) auxilia redução 
de k. 
 Cuidadoso controle de compactação em 
campo: 
– Camadas de até 25 cm de espessura 
– Compactação na umidade ótima 
– Grau de compactação  95%. 
Componentes 
de um aterro 
 Revestimento de Fundo 
 Sistema de Coleta de efluentes 
 Revestimento de Cobertura 
Sistema de coleta de 
efluentes 
 Função: diminuir a altura de efluente (e a 
advecção) através da barreira. 
 Principal dificuldade: bloqueio do sistema de 
drenagem 
 Causas da colmatação: partículas de solo; 
precipitação química; filmes de micro-organismos 
 Formas de evitar bloqueio: maximização da 
velocidade de fluxo (volume de vazios disponível 
para o fluxo); 
 Recomendação para camada de drenagem: 
pedregulho de 50mm e tubos de 250mm; 
 Atividade microbiana é mais intensa em aterros de 
residuos sólidos: mais nutrientes 
Sistema de coleta de efluentes e 
controle de vazamentos (ou Sistemas 
primário e secundário de coleta) 
Sistema de coleta de efluentes 
Possibilidades de 
sistemas de coleta 
de efluentes 
 
Dreno de chorume 
Dreno de chorume 
Sistema de remoção de 
efluentes 
Componentes 
de um aterro 
 Revestimento de Fundo 
 Sistema de Coleta de efluentes 
 Revestimento de Cobertura 
Objetivos do Revestimento 
de Cobertura 
 Elevar nível do terreno de forma a permitir 
drenagem adequada 
 Separação do resíduo enterrado de: 
vegetação, animais e homem 
 Controlar a liberação/acesso de gás/ar no 
aterro 
 Aspectos envolvidos: locação, clima, fase do 
aterro, estratégia de gerenciamento; tipo de 
resíduo. 
Sistema de cobertura de 
Aterros: Exemplos 
Dreno de gás 
Componentes de um sistema de 
cobertura 
Perfil Camada 
 
Funções principais 
 
Materiais 
usuais 
 
Considerações 
gerais 
 
 
superficial crescimento de plantas; 
evapotranspiração; 
dificultar erosão 
solo vegetal 
 
sempre 
necessária 
 
 
proteção 
 
proteger camadas 
inferiores contra intrusão 
de plantas e animais 
solos mistos 
 
pode se juntar com 
a camada 
superficial 
 
 
drenagem 
 
drenagem da água 
infiltrada; minimiza 
contato desta com 
barreira 
areias; 
pedregulhos; 
geotexteis 
opcional; 
necessária quando 
quantidade de água 
é excessiva 
 
 
barreira 
 
minimizar infiltração da 
água no resíduo e escape 
de gás do resíduo 
solo 
compactado e 
geossintéticos 
desnecessária 
apenas em locais 
muito áridos 
 
 
coleta de 
gás 
 
transmissão de gás para 
pontos de coleta 
areias; 
geotexteis; 
geogrelhas 
necessidade 
depende da 
quantidade de gás 
Dimensionamento de barreiras: 
balanço hídrico 
•Perfil completo 
de um aterro: 
Cobertura 
Resíduo 
Sistema de coleta 
Revestimento de 
fundo 
Uso de geossintéticos 
em Aterros 
Principais tipos de 
geossintéticos 
 Geomembranas: impermeabilização 
 Geotexteis: separação, filtração, proteção 
 Geogrelhas (“geogrids”) 
 Geomalhas (“geonets”): permitem taludes 
mais íngremes 
 Geocompostos: combinação de 2 
geossintéticos 
 GCL (geossintético + bentonita) 
 Geodrenos 
Exemplos de geossintéticos 
1) geomembrana PEAD 2) geotextil não tecido 
Geotexteis 
 Materiais: fibras poliméricas de 
polipropileno (75%), poliester(20%), 
outros (5%). 
 Tipos: tecido; não tecido (agulhado; “heat 
bonded”) 
 Funções: filtração, separação, proteção, 
drenagem, reforço. 
 União de geossintéticos: costura 
mecânica; junção térmica; superposição. 
Geomembranas 
 Usadas para barrar passagem de líquidos, 
gases, etc 
 Espessura: 0,75 - 2,5 mm. 
 Principais tipos/materiais: 
– PVC: mais barato; problemas de 
compatibilidade com diversos materiais; mais 
sensível à altas temperaturas. 
– PAD/HDPE (polietileno de alta densidade); 
mais caro. 
 Controle de qualidade essencial: cuidados para 
evitar furos (materiais pontiagudos). 
 Junção de painéis contíguos: colagem química 
ou por temperatura. 
Solda de manta de PEAD 
GCL (geosynthetic clay liner) 
Geossintético + bentonita

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