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V O C Ê E M M O V I M E N T O 1 3 2 A ARQUITETURA O Centro Cultural Georges Pompidou é primeiro edifício dearquitetura high- tech, uma tendência dos anos 70 e que continua a ser explorada até hoje. O se conceito mais perceptível era externalizar toda a infraestrutura do edifício, tornando-a um componente do aspecto visual do edifício. Esse exoesqueleto estrutural e infraestrutural permite, por um lado, identificar claramente a função de cada elemento do edifício, e, por outro, que o interior seja completamente livre e desobstruído. Outro destaque da arquitetura do Centro Georges Pompidou é a conexão que existe entre o interior e o exterior da obra. Além da transparência da infraestrutura, as entradas e saídas foram distribuídas com o objetivo de facilitar essa movimentação entre os ambientes. Dessa forma, os visitantes podem ter uma bela vista da cidade de Paris em qualquer lugar do Centro Georges Pompidou. É de se notar as cores variadas dos componentes do edifício que identificam as suas funções: estrutura e os maiores componentes de ventilaçãom, em branco; estruturas de escadas e elevadores, em prateado; elementos de ventilação, em azul; instalações hidráulicas e de incêndio, em verde; elementos do sistema elétrico são amarelos e laranjas; e os elementos relacionados com a circulação pelo edifício estão pintados de vermelho. O principal deles é a escada externa da fachada oeste, pintada de vermelho nos seus planos inclinados inferiores. O museu ocupa um pouco menos que a metade do seu lote, o que permitiu a criação de uma enorme praça onde os visitantes podem acompanhar apresentações de artistas. O centro está dividido em seis pavimentos de 7.500 m² cada um. Cada andar tem uma altura de 7 m entre o piso e o teto. E o quarto e o quinto andares do Centro Georges Pompidou concentram as exposições permanentes do Museu Nacional de Arte Moderna, o maior museu Europeu desse tipo. 1960 - autoridades municipais de Paris e propuseram demolir o mercado Les Halles e transferir vários institutos cult0urais e o Musée National d'Art Moderne para serem montados nesta antiga área do mercado; considerou-se também a necessidade de construir uma grande biblioteca pública, já que não havia nenhuma nesta época. 1968 - o Presidente Charles de Gaulle, anunciou o Plateau Beubourg como o novo local da biblioteca. 1969 - o novo presidente Georges Pompidou, adotou o projeto de Beauborg, e decidiu que este seria o local tanto da biblioteca quanto de um centro para artes contemporâneas e o IRCAM (Instituto de Pesquisa e Coordenação Acústica/Música) também foi incluído no complexo. 1971 - foi realizado um concurso público de arquitetura, o primeiro a nível internacional, para escolher o projeto para o complexo cultural. O projeto escolhido entre 681 propostas de diversos países foi aquele do time liderado por Renzo Piano e Richard Rogers, o único que propunha uma praça em frente ao prédio. 1977 - no dia 2 de fevereiro o Centro Cultural Georges Pompidou foi inalgurado, cerca de dois anos após o início de sua construção. 1980 - em meados da década de 80 o Centro Pompidou se tornou muito popular por suas várias atividades, e sua estrutura complexo- administrativa. Dominique Bozo retornou ao centro como diretor do Musee National d’Art Moderne em 1981, trouxe à tona a capacidade máxima, das coleções do museu, e da grande maioria das aquisições que havia feito. 1992 - O Centro de Criações Industriais também foi Incorporado ao Centre Pompidou. 1990 - no final dos anos 90 o centro cultural passou por sua primeira reforma, reabrindo após 3 anos de obras, em 2000. A HISTÓRIA DA OBRA A HISTÓRIA DA OBRA OS ARQUITETOS RENZO PIANO Nascido em 14 de setembro de 1937, em Gênova Itália, em uma família tradicional de construtores, o arquiteto Renzo Piano se graduou na Escola de Arquitetura do Instituto Politécnico de Milão, em 1964, Renzo teve vários escritórios de arquitetura, dois deles com parceiros de trabalho e um solo, onde atualmente desenvolve seus projetos. As obras de Renzo não apresentam um traço característico, cada projeto seu tem características únicas e diferentes das obras anteriores. Sua identidade é determinada nas obras através da estética particular e do uso de estruturas inovadoras, sendo o aço principal elemento. Entre suas principais obras estão o Centro Georges Pompidou na França, o Centro Cultural Jean Marie Tjibaou na Nova Caledónia, o Shard London Bridge localizado no Reino Unido e o New York Times Building nos Estados Unidos. RICHARD ROGERS Nascido em 1933 na Itália, na cidade de Florença, Richard Rogers estudou arquitetura em Londres, na Architectural Association, entre os anos 1954 e 1959. Posteriormente, também se formou na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, ao lado do renomado arquiteto Norman Foster. Richard fez parte de vários escritórios, dois deles com parceiros de trabalho e um solo onde foi escolhido para representar os arquitetos britânicos na Bienal de Paris. Em suas obras Roger rejeita o tradicionalismo clássico e abraça um futuro tecnológico na estética arquitetônica que as acompanha, nos nos espaços interiores ininteruptos emprega a tradição funcionalista . Seus trabalhos mais recentes voltaram para as imagens dos primeiros modernistas. Eentre suas principais obras estão o Centro Georges Pompidou, o Estádio Kleanthis Vikelidis, o Lloyd’s Building e o 88 Wood Street. INTERPRETAÇÕES POLÍTICA E SOCIOECONÔMICA Concebido entre os anos 1971 a 1977, em Paris, O Centro Georges Pompidou, apresenta uma linguagem contextualizada com o tempo em que foi construído, mesmo que a década de 70 tenha sido marcada por conflitos, como a violência política de esquerda e de direita, aos quais a França passou, o Pompidou trouxe uma visão otimista do capitalismo, da indústria e da política da época, fazendo referência à tecnologia e importância da máquina, assim, expressa a arquitetura industrial, nos remete para o ambiente fabril capitalista da 2ª Revolução Industrial e também nos leva para uma estética arquitetônica à frente do seu tempo. INTERPRATAÇÃO TÉCNICA No século XX, a alta tecnologia foi capaz de simplificar soluções arquitetônicas, pois, partimos do desenho em perspectiva (descoberta no Renascimento) para a computadorizarão da arquitetura, simplificando o processo projetual. Assim, o entendimento sobre a alta tecnologia, na época, permitiu que o Centro Georges Pompidou fosse desenhado nas linhas de um “diagrama envoltório espacial” com o emprego do vidro e do aço que já vinham sendo usados desde o século XVII e expandiram novas possibilidades arquitetônicas. INTERPRETAÇÃO FISIOPSICOLÓGICA A escada rolante, elemento em evidência na fachada, dá uma sensação de movimento tanto nas linhas angulares e as horizontais quanto a intenção de elevar para o topo e descer para a base, o movimento e o fato de a escadaria estar externa ao edifício e suspensa transmitem as ensações de insegurança e de leveza e de quebra da seriedade em contraposição com todo o bloco do edifício, que é horizontalizado transmitindo a sensação de seriedade e maior segurança. As fachadas, se consideradas como faces de um bloco, são superfícies cheias de elementos: os vidros revelam o interior do edifício, assim, o prédio parece estar em constante movimento, sempre habitado. INTERPRETAÇÕES DA OBRA ATRAVÉS DA METODOLOGIA DE BRUNO ZEVI INTERPRETAÇÕES FORMALISTAS Contraste: entre o material de vedação do prédio (o vidro incolor), e o material dos tubos e conexões (que são opacos) e em cores variadas; entre os elementos lineares: linhas verticais e horizontais paralelas e perpendiculares entre si em contraste com a escada rolante com suas linhas horizontais (dos patamares) e anguladas (dos lances) que compõem uma forma única em contraste com superfície plana da fachadas principal do prédio. Ênfase: a escada rolante, externa ao edifÍco é um elemento de ênfase na fachada principal, assim como elementos em vermelho na mesma e em outras fachadas. Escala: o Centro Cultural Geroges Pompidou foi construído em escala monumental,isso é evidenciado pela proporção volumétrica em relação à escala humana. O prédio ocupa uma área de 100.000 m² (área bruta do chão) e possui 6 pavimentos, cada pavimento possui uma área de 7.500 m² e pé- direito duplo de 7 metros. imetria: Centro Cultural Geroges Pompidou busca por se desprender da simetria, mas há simetria em cada módulo, quando se traça um eixo central neles. Simetria: Centro Cultural Geroges Pompidou busca por se desprender da simetria, mas há simetria em cada módulo, quando se traça um eixo central neles. Estilo: o Centro Cultural Geroges Pompidou é uma obra em estilo puramente High Tech muito bem representado pelo sua arquitetura industrial, na utilização de elementos tecnológicos caracterizando a estética do edifício, como as tubulações e o sistema estrutural aparentes. Unidade: o exoesqueleto estrutural forma uma unidade aparente que envolve o prédio no seu exterior. Cada módulo separado pela malha da estrutura assim como a repetição desses módulos em cada pavimento são unidades coesas que compõem todo o bloco retangular do Pompidou. A escada rolante também forma outra unidade. Todas as unidades compõem todo o prédio. Equilíbrio: há um balance entre os módulos devido à repetição dos elementos visuais de forma espelhada, porém, o equilíbrio no prédio como um todo é prejudicado provocando uma impressão visual de bagunça devido à megaestrutura aparente e aos vidro reveladores, que bagunçam a paisagem do edifício e, também, o posicionamento da escada que quebra a simetria dos módulos e dos pavimentos. Estilo: o Centro Cultural Geroges Pompidou é uma obra em estilo puramente High Tech muito bem representado pelo sua arquitetura industrial, na utilização de elementos tecnológicos caracterizando a estética do edifício, como as tubulações e o sistema estrutural aparentes. Urbanidade: o Pompidou apelar para o rompimento com a arquitetura clássica, com a simetria e o equilíbrio e tradicionalismo que costumamos ver nas construções o que provoca mestranhamento visual. Expressão: o Pompidou apresenta uma expressividade grandiosa enquanto arquitetura industrial, a intenção é mostrar as inovações da alta tecnologia, as quais são expressas em toda a infraestrutura do edifício. Verdade: o Centro Cultural Geroges Pompidou se denuncia mais como uma refinaria de petróleo ou uma fábrica de produtos químicos, mas, considerar a setorização (não industrial) onde está inserido na cidade, pode ser visto como um centro de exposição de novas tecnologias ou como uma instituição de ensino de ciências da computação ou outras tecnologias, pois, é muito forte o conceito Hight Thec que o prédio carrega. REFERÊNCIAS FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE PETROLINA, PE ARQUITETURA E URNBANISMO TEORIA CRÍTICA DA ARQUITETURA PROF: LUCAS DE OLIVEIRA SAMPAIO CENTRO CULTURAL GEORGES POMPIDOU ALUNOS: Alícia Kelle, Eudócia Rosiene Barreto de Sá Kátia Laís de Araújo, Kelly Mylena Ferreira, Kelly Rodrigues Conduru, Sara Patriota de Sousa Nobre, Túlio Pinho de Sousa e Camily Vitória de Lima Alencar Foto de Renzo Piano. Fonte: Orra, 2018. Foto de Richard Rogers. Fonte: Viva, 2017. Foto do interior do Pompidou. Fonte: Moalli, 2021. Foto 1. Fonte: Via Brasila, [s.d.]. Foto 2. Fonte: MAIRS, 2017. Foto 3. Fonte: Lorenzi, [s.d.]. Fonte: Lorenzi, [s.d.]. Para acessar as referências do trabalho é só acessar o QR Code https://pt.wikipedia.org/wiki/Paris https://pt.wikipedia.org/wiki/Les_Halles https://en.wikipedia.org/wiki/Mus%C3%A9e_National_d%27Art_Moderne https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_de_Gaulle https://en.wikipedia.org/wiki/Plateau_Beubourg https://pt.wikipedia.org/wiki/IRCAM https://en.wikipedia.org/wiki/Dominique_Bozo https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/arquitetura-industrial/
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