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493221808-1-Projeto-de-Estagio-Faveni-Periodo-Covid-convertido

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI 
 
 
 
 
 
 
 
JEFFERSON HENRIQUE CIDREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
PROJETO PRÁTICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO BRANCO 
2020 
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI 
 
 
 
 
 
 
 
JEFFERSON HENRIQUE CIDREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO PRÁTICO 
DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
 
 
Relatório de estágio apresentado à disciplina Estágio 
Supervisionado, do Centro Universitário FAVENI, no 
Curso de Geografia, 2ª licenciatura, como pré- 
requisito para aprovação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO BRANCO 
2020 
A INTERDISCIPLINARIDADE NA GEOGRAFIA 
 
 
RESUMO: O presente projeto visa um diálogo entre a ciência geográfica e as demais disciplinas do 
currículo escolar, a fim de estabelecer uma imbricação e quebrar com paradigmas de uma rigidez entre 
as mais variadas disciplinas para, assim, possa facilitar o aprendizado dos alunos e ter uma maior 
interação entre professores e suas respectivas disciplinas na sala de aula, haja vista que essa divisão 
‘territorial’ rígida entre as matérias do currículo escolar pode causar problemas de relacionamento entre 
professores, além de acarretar um ensino-aprendizado ruim para os discentes. Além disso, 
salientamos, também, como objetivo, a aplicação da aula em sala de aula do tema sobre A formação 
dos estados nacionais, suas aplicabilidades na geografia e história, e como esse tema será 
desenvolvido em sala de aula, na sua praticidade. À guisa dessas discussões, vê-se uma pluralidade 
de saberes por meio do avanço do conhecimento sendo necessária sua articulação, o que pôde ser 
notabilizado, segundo Patrick Charaudeau (2010), na pós-modernidade, por um diálogo entre as 
disciplinas e correntes teóricas e metodológicas das ciências humanas. Dessa forma, os resultados 
pretendidos são esses dialogismos entre as ciências (neste caso, na prática em sala de aula com a 
temática sobre A formação dos estados nacionais, em História e Geografia), despertar o pensamento 
crítico e o aprendizado do aluno sem o distanciamento ou estranhamento dessa correlação entre as 
disciplinas. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Interdisciplinaridade. Aprendizado. Escola. Formação dos estados 
nacionais. 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 5 
2. DESENVOLVIMENTO…………………………………………………………………………………….5 
3. RELATO DE ESTUDO .................................................................................................................. 11 
4. CONCLUSÃO…………………………………………………………………………………….15 
REFERÊNCIAS …………………………………………………………….…………………………16
1. INTRODUÇÃO 
 
A ideia desse projeto vem sendo alicerçada nas experiências em sala de aula 
nas escolas municipais e estaduais dos municípios de Senador Guiomard e Rio 
Branco, ambos localizados no estado do Acre. 
Levando em conta as aulas ministradas em Geografia, História e Língua 
Inglesa, desde 2008 até março de 2020, percebemos ‘conflitos’ e/ou um 
distanciamento entre professores das disciplinas dos anos/séries 6º ano (5ª série) ao 
9º ano (8ª série) do Ensino Fundamental II, decorrentes da falta de interesse de 
diálogos e/ou aproximação entre as matérias, o que dificulta, sem dúvidas, o 
aprendizado dos alunos. 
Percebemos, durante esses 12 anos de prática, que um discurso sempre 
emergia quanto ao dialogismo entre as disciplinas: “vamos fazer!”, porém, quase 
sempre não é praticado. Por mais que equipe gestora e as formações dos docentes 
enfatizassem o crucial papel dessa relação, grande parte dos professores não faziam 
e não fazem, na praticidade, uma interdisciplinaridade, seja por falta de tempo, seja 
por falta de afinidade com o colega, e/ou pela falta de alteridade para com o outro. 
Vale ressaltar que nossa intenção não é discutir tais motivos que impedem essa 
efetivação dos diálogos interdisciplinares, todavia, esse projeto visa salientar sua 
importância para o aprendizado dos alunos e a relação afetiva nas escolas entre a 
equipe; e mostrar, a partir de alguns exemplos, que é possível exercer essa prática 
na escola. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
 
Para adentrarmos nessa especificidade é salutar destacar que as relações 
sociais sofrem a cada dia uma multiplicidade de sentidos, saberes, identidades. Assim 
como Bauman (2009) elucidou sobre as relações líquidas que se transformam a cada 
tempo e espaço. 
Além disso, suprindo uma lógica dualista de teoria e prática, uma vez que estas 
são indissociáveis, utilizaremos do aporte teórico de Patrick Charaudeau (2010), com 
a intenção não de objetivarmos abraçar a totalidade das variadas 
ciências humanas e sociais, ao contrário, pretendemos interagir, dialogar, manter 
interlocuções entre as diversas vertentes, suas perspectivas através de uma “co- 
construção dos saberes que atravessam as disciplinas constituídas” (CHARAUDEAU, 
2010, p. 7) tencionando-as para uma “espécie de coexistência de vários prismas 
teórico-metodológicos para a apreensão e/ou interpretação do fenômeno de estudo 
por meio de uma interação dos saberes de diferentes disciplinas” (CHARAUDEAU, 
2010, p. 6) sem perder seu rigor e verossimilidade científica. 
Num dialogismo com e entre esses autores, observamos que em Charaudeau 
há uma preocupação do arrolamento de poder de um paradigma, onde condenava a 
uma não aceitação de uma trans/pluri/ inter/disciplinaridade, por uma monodisciplina. 
Além de evidenciar uma rivalidade de pesquisadores das ciências humanas e sociais, 
relacionando com o que destaca Maturana e Varela (1995), a despeito de questões 
de violência e ódio de não aceitar o outro, assim como as disciplinas e/ou correntes 
teórico-metodológicas predominantes. 
Essas correntes, por vezes, serviram de empecilho para o diálogo entre as 
diferentes disciplinas, “num jogo de rivalidade entre os pesquisadores das ciências 
humanas e sociais [...] que parecem servir somente aos seus fins e acabam por 
impedir uma compreensão global dos fenômenos estudados” (CHARAUDEAU, 2010, 
p. 2), e em decorrência dessa postura, houve e ainda há um “’isolamento’ de algumas 
correntes teóricas em detrimento de outras” (CHARAUDEAU, 2010, p. 2). Contudo, 
apesar dessa tensão, de acordo com Claval (2001), não impediu Morin, Foucault e 
outros de transitarem entre diferentes disciplinas. 
Por consequência, Charaudeau abre aos campos de pesquisa e da produção 
do conhecimento uma interdisciplinaridade, com o desejo de estabelecer tensões, 
conexões que possibilitem novos instrumentos de análises e interpretações de várias 
disciplinas, tal qual ele mesmo define, “interdisciplinaridade é o esforço que diferentes 
disciplinas empreendem para articular conceitos entre si, instrumentos e resultados” 
(CHARAUDEAU, 2010, p. 11). Essa interdisciplinaridade tem como objetivo diálogos, 
cooperações e trocas sem deixar de lado o rigor crítico de fazê-la, haja vista que “essa 
é uma condição do espírito dela própria, o de aceitar algumas simplificações (e não 
deformações) para estabelecer essas ligações entre as disciplinas” (CHARAUDEAU, 
2010, p. 4). 
Claval (1995; 2001), sem dúvidas, nos sintetiza, amortiza as tensões entre as 
várias disciplinas, o caráter individualista e egoísta de uma disciplina frente à outra, 
não as reduzindo, mas mostrando a importância delas para a construção do 
conhecimento. As fronteiras antes rígidas se dissolvem, se tornam, neste instante, 
fronteiras vívidas e permeáveis, o transitar não é impedido, claro, com seus cuidados 
devidos, suas reflexões e críticas, sempre tensionando ao debate, às interlocuções, à 
uma transdisciplinaridade. 
Sinalizando à prática que ele chama de démarches das ciências e/ou do 
constructo do conhecimento mediante uma virada cultural da disciplina, que vai tento 
seu ápice a partir da pós-modernidade. Segundo o autor, 
 
 
Para quem deseja compreender os problemas que se apresentam aos 
geógrafos,não basta que se desenvolva na disciplina: o cenário científico 
alterou-se profundamente. As fronteiras entre história, a sociologia [...] 
linguística, de um lado, ecologia de outro lado, e as humanidades por último, 
foram, em parte, apagadas. Não é mais impossível ignorar o que acontece 
nos domínios vizinhos, porque todos são afetados pela crítica da 
modernidade, pelo questionamento da soberania da razão e pela crescente 
atenção prestada à língua e à lógica dos discursos. (CLAVAL, 1995, p. 316- 
317) 
 
 
 
Tal a firmação, já era fortemente sinalizada na década de 1970, por intermédio 
de teóricos como Michel Foucault, Armand Frémont, Roland Barthes, Jacques Derrida 
entre outros. Segundo Claval (2001), Frémont, por exemplo, faz do exame literário, 
em sua obra A região, espaço vivido (1976), como um romancista e/ou analista 
literário, fazendo uma leitura geográfica através dessa análise literária. Somando-se 
a este modelo, o autor retoma em A geografia Cultural uma “ênfase sobre a língua e 
sobre a maneira como as pessoas falam do mundo ou falam o mundo” (CLAVAL, 
2001, p. 55). 
A partir dessa elucidação, podemos então sinalizar com maior ênfase para esse 
diálogo interdisciplinar nos campos das ciências humanas, com maior destaque aqui, 
todavia, inserir, também, as ciências exatas (apesar de não ser nosso objeto aqui), 
haja vista que a Geografia permite essas interdiscursividades pela sua amplitude. 
Logo, nos tópicos a seguir, mostraremos algumas práticas que podem ser 
desenvolvidas no interior da sala de aula. 
Geografia e História 
 
 
Essas duas áreas das ciências humanas são “irmãs” e indissociáveis. Contudo, 
numa situação de sala de aula, uma professora proferiu que as análises geográficas 
são mais importantes e devemos se atentar as elas. 
Partindo dessa experiência, foi possível visualizar certo revanchismo entre as 
duas disciplinas, o que jamais pode acontecer. 
A Geografia é a ciência que estuda o espaço e para tal é necessário sempre 
empreender os contextos históricos, as temporalidades. Heidegger em seu livro Ser e 
tempo, foi um filósofo que dava maior notoriedade ao tempo, porém, no decorrer de 
suas escritas evidenciou a inseparável confluência entre tempo e espaço, e passou a 
dedicar-se ao habitar do ser e suas relações tempo-espaciais. 
Dessa forma, vemos o imprescindível diálogo que deve ser posto sempre 
dentro das escolas. 
Ora, quando analisamos o espaço, os territórios, como, na história, A formação 
dos Estados modernos, estamos analisando além das localidades, a conjuntura 
temporal, os anos, os fatos históricos, a produção do espaço pelo homem e pela 
natureza. Assim, a interdisciplinaridade entre Geografia e História se torna crucial para 
o entendimento, compreensão do currículo escolar. 
Além da relação inseparável entre tempo e espaço, a geografia e história 
analisam a produção econômica e cultural que vão estabelecendo relações sociais; a 
produção e utilização de mapas que são essenciais para o aprendizado; etc. 
Para não se alongar nesta relação e a utilização dessas disciplinas, propomos 
essas utilizações nas práticas dentro das salas e também projetos que visem mostrar 
ao aluno essa estreita ligação, como visita em museus ou espaços históricos, aqui, 
por exemplo, nos locais da “Revolução” acreana de 1903, que podemos visualizar com 
maior nitidez a Geografia (paisagem, a hidrografia do rio Acre, relevo, etc.) em relação 
ao tempo/espaço das lutas e acontecimentos marcantes nessa história acreana (como 
a corrente que os bolivianos atravessaram no rio Acre para a intrafegabilidade dos 
navios brasileiros, etc.). 
 
Geografia e Letras Português 
A Geografia é o espaço da língua portuguesa, de suas relações de hibridismo, 
evolução, sotaques das regiões do Brasil. Ela fez navegar o português pelos mares e 
territórios, logo, a geografia permitiu o seu tráfego. Mostrar o porquê falamos o 
português é uma tarefa geográfica, as diferenças entre cada região, assim, nota-se 
um diálogo entre essas matérias. 
Além disso, podemos propor uma atividade de produção cultural de cada região 
do Brasil, de como eles falam, de como se vestem, suas particularidades e 
semelhanças a partir desse diálogo geografia e português; uma produção poética 
destacando as instâncias geográficas em poesias e poemas. 
Exemplo disso é a produção de poemas destacando o lugar, as vivências 
geográficas, suas territorialidades e/ou lugaridades. Como podemos observar no 
poema a seguir: 
 
A natureza e o ser 
 
 
Que imagem é esta que tão gigantesca é e se apresenta ao meu olhar? 
A imensidão do espaço, a natureza que nele há, 
Que faz sentir-se em minha alma, tocando-a, fazendo a priori eu 
o projetar, 
Criação, recriação, sob o prisma do meu olhar. 
 
 
Nas tardes, mesmo vazias, observando às cores diante dos meus 
olhos saltar, 
Ao por do sol que laranja o céu, que insurge tonalidades, paisagem, 
Que me faz transcender, 
Pensar. 
 
 
Meu corpo inerte, meu espírito se perde na imensidão do azul antes 
celeste, Pintura quase rupestre, ruma ao encontro do meu ser sereno 
agir, estar, 
Contemplando a criação, significantes, significados que a natureza impetra 
em mim e a ela ei de interpretar, 
Pintar. 
Ali fico, não quero sair, perante a beleza envolta dos tons do céu, da 
vegetação, dos lindos cantos que a natureza ecoa então 
Toca, suave como uma bela canção, 
Embala meus sonhos, 
Desperta e sossega o meu coração. 
 
 
Jefferson Henrique Cidreira em “Geo(grafias) poéticas”, 2019. 
 
 
Nesta poesia podemos ver elementos da geografia cultural, humanista que 
permeiam vivências e utiliza-se da língua escrita, da literatura para poetizar espaços, 
regiões. Logo, esse exemplo mostra a importância entre essas interdisciplinaridades 
dentro das aulas e como podemos fazer rodas de poesias, de escrita sobre as 
geografias das regiões onde os sujeitos (alunos) estão inseridos, juntamente com os 
professores de geografia e português, por exemplo. 
 
Geografia e Biologia 
 
 
Disciplinas que estão ligadas, pois se desenvolvem no espaço: seja o aquático, 
o terrestre, o atmosférico, etc. 
Mostrar a variedade de espécies vegetais e animais de cada lugar do mundo a 
partir de feiras, exposições, maquetes; as condições climáticas e seus efeitos no meio 
ambiente, nos ecossistemas, etc. 
 
Geografia e matemática 
 
 
No âmbito matemático, temos as leituras de mapas em suas escalas, paralelos, 
etc. A utilização da estatística para medição do clima, pressão atmosférica, para 
cálculos na geografia física; leitura dos séculos em algarismos romanos, etc. 
Todos são exemplos que os professores podem relacionar dentro da sala de 
aula, mostrar aos alunos a importância das relações entre as disciplinas, como elas 
podem dialogar e ajudá-los nas resoluções de atividades, apreensões dos assuntos e 
aplicações na vida prática cotidiana, onde o ensino e aprendizado será mais efetivo. 
3. RELATO DE ESTUDO 
 
 
Neste tópico, apresentaremos uma aula prevista para uma carga-horária de 
3h. É necessário levantar alguns pontos essenciais para esta prática: 
• Os conhecimentos prévios dos alunos; 
• Um planejamento adequado para atender a heterogeneidade da sala e 
atingir os objetivos previstos; 
• Uma aplicação contextualizando o espaço e tempo do aluno. 
 
A aula levará um aspecto dialógico entre: professor e aluno, e aluno e aluno. 
Nessa vigência, estabeleceremos uma aula expositiva sobre o tema. Segue então, a 
aula sobre “A formação dos Estados Nacionais”, para os 7º anos do Ensino 
Fundamental II, mantendo um dialogismo interdisciplinar com a História. 
Dessa maneira, iremos trabalhar textos do livro, capítulo que se debruça sobre 
essas questões. Vamos abordar, numa aula expositiva, como se deu a formação dos 
Estados modernos, quais mudanças e/ou desenvolvimento foram suscitados desse 
acontecimento; fazer um diálogo entre o tempo (quando aconteceu), o contexto social,econômico e espacial que ocorreram essas formações, os acontecimentos históricos 
e quais mudanças ocorreram nas geografias (territórios, em sua economia, na 
paisagem, na política, etc) mundiais. 
 
Distribuição do tempo e/ou práticas dentro da sala 
 
 
Após breve apresentação do assunto, os alunos deverão fazer uma leitura de 
20min. do texto, e mais 20 min. serão destinados a fazer uma síntese sobre o tema, 
onde iremos auxiliar cada aluno, “cadeira por cadeira” e/ou quando eles solicitarem. 
Em seguida, após feitura da síntese, iremos fazer uma aula expositiva, entre 
30 min. a 40min. sobre a temática, destacando as partes principais do texto, 
correlacionando Geografia e História, além da influência no nosso país. Sempre 
abrindo espaço para as intervenções dos alunos; 
Na continuidade, abriremos então, após tirar as dúvidas dos alunos através de 
suas intervenções, espaço para diálogos sobre o tema, cerca de 40 min. para 
essa realização, um debate entre alunos e professor e, mais uma vez, um momento 
para tirar dúvidas que venham ainda permear esse espaço de interação e diálogo. 
Feito este passo, iremos para a resolução da atividade, os alunos terão cerca 
de 30 min. para a resolução da atividade proposta. 
E mais 30 min. serão destinados à correção das atividades. 
 
 
TEMA: A FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS 
 
OBJETIVO: Compreender o processo de formação dos Estados Nacionais, seu 
desenho da configuração do Território e suas relações econômicas, políticas na 
produção e/ou transformação do espaço geográfico. 
 
RECURSOS: Livro didático, mapas, pincel e quadro branco. 
 
ATIVIDADE: 
 
1. O que é o Estado-Nação? E como surgiram? 
2. Quando aconteceu? Onde? 
3. Quais mudanças ocorreram que facilitou a formação dos Estados Nacionais? 
Como estabeleceram suas divisas territoriais e anexação de outros espaços? 
4. Qual a relação da formação dos Estados Nacionais com a ascensão da 
burguesia e do Absolutismo? 
5. Pensando no tema abordado, como podemos analisar nosso país neste 
contexto dos Estados modernos? Quais as influências podemos observar? 
6. Faça um mapa mental sobre o assunto estudado (à mão e à caneta, pincel e 
lápis de cor, ou seja, não é digitado). 
 
SURGIMENTO DOS ESTADOS NACIONAIS 
Um Estado nacional contemporâneo tem como princípio realizar a soberania 
política e militar dentro de um determinado território delimitado por fronteiras que 
definem quando termina um território e inicia outro. 
O Estado nacional é também chamado de Estado-Nação, leva em 
consideração as pessoas que vivem no território e que possuem características 
singulares segundo a sua identidade (língua, religião, moeda, hino do país etc.) 
cultural, histórica, étnica, colocadas em prática dentro do estado. 
Os Estados-Nações, ou propriamente dito países, surgiram principalmente no 
fim do século XVIII início do século XIX. Foram constituídos a partir do processo de 
industrialização original e/ou clássica com mecanismo de divisão do espaço 
geográfico internacional, estabelecendo uma nova configuração política e espacial, 
tudo isso é fruto da burguesia e revolução industrial que contribuiu para proteger o 
mercado de um determinado território. 
Nesse contexto, quem não realizasse medidas de proteção de mercado seria 
incapaz de competir com produtos ingleses, então era preciso fechar o mercado. A 
proteção de mercado não devia se limitar apenas a fiscalizar as fronteiras, ou taxar 
produtos, mais do que isso, era preciso constituir sentimentos de amor à pátria 
(nacionalismo) em seu povo. 
O nacionalismo e/ou patriotismo passou a ser desenvolvido através de vários 
meios, como a escola era pública e obrigatória ela conseguia atingir uma grande 
quantidade de crianças, as forças armadas antes constituídas por mercenários passou 
a aceitar somente pessoas de mesma língua e com afinidade com o país, outras 
maneiras de consolidação do sentimento nacionalista eram retratadas nas obras 
literárias, folclores, tradições, culinária, datas comemorativas, modos de vestir e etc. 
A concepção do Estado nacional ocasionou divergências entre reis e 
imperadores, no século XVI e XVII, no XIX entre igreja e nação, e entre senhores 
feudais e o estado. 
Posteriormente aos conflitos, o estado foi consolidado superando as ideologias 
e interesses da igreja e dos senhores feudais, assim promoveu a centralização do 
poder, e essa dava direito de representação da nação. 
Mesmo com a vitória política do Estado-Nação ainda existem países que não 
detêm uma hegemonia de nacionalidade e de língua, como, por exemplo, Canadá, 
Suíça, Rússia entre outras. 
ESTADOS NACIONAIS 
O termo "Estados Nacionais" costuma ser utilizado para designar o resultado 
da dinâmica política e econômica que levaria a uma nova formulação de Estado nos 
reinos europeus, possibilitando o fortalecimento e subsequente centralização do poder 
real. 
Durante a Idade Média, a Europa em geral seria caracterizada pela forte 
presença política dos senhores feudais. Junto com a influência da Igreja, isso acabaria 
por assegurar a fragmentação do poder durante o período. No século XIV, porém, este 
sistema afundou em uma forte crise depois da desagregação social 
https://www.infoescola.com/historia/alta-idade-media/
causada pela epidemia de peste bubônica, que em muito agravaria a crescente 
paralisação do mercado agrícola. Neste contexto, ocorreu a ascensão da burguesia. 
Anteriormente mais predominante nas atividades comerciais das cidades feudais, o 
grupo se tornaria cada vez mais influente ao adquirir as terras dos arruinados 
senhores feudais, o que lentamente alteraria o eixo da economia para as atividades 
comerciais no meio urbano. Isso desenvolveria substancialmente o comércio. 
A diminuição do poder dos senhores feudais também levaria ao fortalecimento 
político dos reis. Aliados com a ascendente burguesia, os monarcas tiveram maior 
possibilidade de arrecadar os impostos necessários para desenvolver e manter as 
instituições necessárias para a administração e segurança pública. Os recursos para 
isso eram garantidos por meio da promoção da economia mercantil. Ao mesmo tempo 
em que beneficiava a burguesia, entretanto, o rei ainda cultivava o apoio da 
nobreza, reforçando os laços de fidelidade entre eles ao atraí-los para a corte e 
promovendo seus membros mais destacados para importantes cargos no Estado. 
Desta forma, a nobreza perdia sua autonomia e se tornava subserviente ao rei. Ao 
mesmo tempo, as fronteiras tornavam-se melhor definidas, gerando paulatinamente o 
sentimento de uma identidade nacional pelo reino. 
A maioria dos reinos europeus passou mais cedo ou mais tarde por este 
processo. Um caso precoce foi Portugal, consolidado já no século XIII, apesar de ter 
sua independência frequentemente ameaçada pela vizinha Castela – que, por sua 
vez, apenas se uniria com Aragão e formaria a Espanha moderna no século XV. As 
monarquias em França e Inglaterra também mostrariam cedo sinais de fortalecimento 
do poder real, mas apenas depois da Guerra dos Cem Anos travada entre ambos 
desde o século XIV – e, especificamente no caso inglês, a Guerra das Duas Rosas, 
que opôs a Casa Lancaster e a Casa York no século XV – foi que o poder real se 
consolidou respectivamente com a dinastia Valois e a dinastia Tudor. Esse processo 
de centralização política acabaria por resultar, mais tarde, na formação de um sistema 
característico da Era Moderna: o absolutismo, que encontraria sua expressão mais 
famosa em França com Luís XIV, o Rei Sol. 
Entretanto, em algumas regiões o processo que levaria ao Estado Nacional não 
seria completado neste período. Embora tanto no Sacro Império Romano Germânico 
quanto na Península Itálica ocorresse à crise do feudalismo e o início da centralização 
política, as forças regionais foram fortes demais para que fosse possível a 
consolidação de um poder central. Assim, ambas as regiões seriam 
https://www.infoescola.com/doencas/peste-negra-bubonica/https://www.infoescola.com/sociologia/burguesia/
https://www.infoescola.com/sociedade/nobreza/
https://www.infoescola.com/historia/guerra-dos-cem-anos/
https://www.infoescola.com/historia/guerra-das-rosas/
https://www.infoescola.com/historia/guerra-das-rosas/
https://www.infoescola.com/historia/absolutismo/
https://www.infoescola.com/historia/sacro-imperio-romano-germanico/
https://www.infoescola.com/historia/sacro-imperio-romano-germanico/
https://www.infoescola.com/historia/sacro-imperio-romano-germanico/
https://www.infoescola.com/historia/feudalismo/
politicamente fragmentadas durante a Era Moderna. Enquanto o Império possuía 
vários ducados, reinos e cidades independentes, na Península Itálica muitas terras 
foram dominadas por potências estrangeiras ou eram subordinadas à Igreja. As 
modernas nações conhecidas como Alemanha e Itália apenas surgiriam no século 
XIX. 
Uma grande influência a ser debatida é a questão das colonizações, a 
configuração espacial que se configura, no mundo, a partir dela e das formações dos 
estado modernos ao longo da história. 
REFERÊNCIAS 
 
FREITAS, Eduardo de. "Surgimento dos Estados Nacionais" in: Brasil Escola. 
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/como-surgira-os-estados- 
nacionais.htm. Acesso em 01 de julho de 2020. 
LIMA, Lizânias de Souza; PEDRO, Antonio. “Das monarquias nacionais ao 
absolutismo”. In: História da civilização ocidental. São Paulo: FTD, 2005. pp. 141- 145. 
 
4. CONCLUSÃO 
 
 
É notório que a interdisciplinaridade permeia o espaço da educação, num 
modelo interacional, rompendo com as fronteiras rígidas empreendidas pelos modelos 
clássicos de aprendizagem. Essas relações visam superar dicotomias e diferenças 
entre disciplinas e o aprendizado, pois o objetivo é fazer o aluno pensar, ser crítico e 
dialogar como as disciplinas conversam entre sim, com o objetivo de colocar na prática 
esses saberes adquiridos a partir da interdisciplinaridade prática. 
Os professores que visam e criam esses meios de interesse e diálogos entre 
disciplinas, entre os colegas e entre si e os alunos permitem com que eles sejam mais 
críticos, relacionem os assuntos e aprendam, absorvam mais a partir das experiências 
no mundo circundante: sala de aula, na casa, família, amigos e no ambiente educativo. 
Dessa forma, o aprendizado será desenvolvido na própria ‘evolução’ humana 
de apreensão e entendimento do currículo escolar e de análises críticas em sociedade 
e no processo de aprendizado. 
REFERÊNCIAS 
 
 
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. 6. ed. São Paulo: Hucitec, 
1995. 
 
BAUMAN, Zygmunt. Ensaios sobre o conceito de cultura. Rio de Janeiro: Editora 
Zahar, 2012. 
 
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2001. 
BHABHA, H. K. O local da cultura. Belo Horizonte: UFMG, 1998. 
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	CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
	RIO BRANCO 2020
	SUMÁRIO
	1. INTRODUÇÃO
	2. DESENVOLVIMENTO
	Geografia e História
	Geografia e Letras Português
	Geografia e Biologia
	Geografia e matemática
	3. RELATO DE ESTUDO
	Distribuição do tempo e/ou práticas dentro da sala
	ATIVIDADE:
	SURGIMENTO DOS ESTADOS NACIONAIS
	ESTADOS NACIONAIS
	REFERÊNCIAS
	4. CONCLUSÃO
	REFERÊNCIAS

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