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estagio Geografia Digitado ok (1)

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estágio Supervisionado 
 
 
Licenciatura de Geografia 
 
 
 
 Helena Aparecida Abdo da Silva 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
CARTA DE APRESENTAÇÃO 
 
Alto Alegre,16 de novembro de 2022. 
 
Ilmo. (a) Sr. (a) Diretor (a) 
 Nilva Celi Basseto Simon Teixeira. 
 
Servimo-nos desta para apresentar o (a) Sr (a).Helena aparecida Abdo da Silva, aluno 
(a) do (a) Curso de Geografia. 
 
Solicitamos a colaboração de V.Sa. no sentido de que seja autorizada a realização de 
estágio nesta Instituição, em cumprimento das exigências curriculares, facilitando-lhe 
a oportunidade de vivenciar a realidade educacional, condição imprescindível para 
futura atuação profissional. 
 
 
Sem mais para o momento, 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
FICHA DE CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA 
(01 FICHA PARA CADA INSTITUIÇÃO ESTAGIADA) 
1. Da Identificação do Estabelecimento e da Mantenedora 
Denominação: PEI EE EXPEDICIONÁRIO DIOGO GARCIA MARTINS 
1.1. Endereço:Rua Joaquim Ribeiro Nº:270 Bairro: centro CEP:16310-000 
1.2. Fone: 18-36571261 
1.3. Entidade Mantenedora: 
1.4. Unidade responsável pela supervisão da instituição escolar: Diretoria de 
Ensino de Penápolis. 
2. Dos Graus e Cursos 
2.1. A escola mantém: 
Educação Infantil ( ) 
Ensino Fundamental I ( ) 
Ensino Fundamental II ( x ) 
Ensino Médio (x ) 
E.J.A. ( ) 
2.2. Número de classes e de alunos: 
GRAU CLASSES ALUNOS 
Educação Infantil 0 0 
Ensino Fundamental I 0 0 
Ensino Fundamental II 8 85 
Ensino Médio 3 117 
TOTAL 11 202 
3. Da Estrutura Física 
3.1. Prédio: 
Próprio (x) Sim ( ) Não 
Adaptado ( ) Sim ( x ) Não 
Tipo de construção (alvenaria, madeira, outro) 
Alvenaria 
Atende a necessidade da clientela? 
( x ) Sim ( ) Não ( ) Razoavelmente 
 
5 
 
 
 
 
 
Estado de conservação do prédio: 
( x ) Bom ( ) Regular ( ) Péssimo 
Número de andares: 0 
Número de salas de aula: 12 
Sala ambiente: 0 
Dependência para apoio-pedagógico: 1 
Laboratório de Ciências: 0 
Laboratório de Informática.1 
Salas para Orientação Educacional: 0 
Salas para Coordenação Pedagógica: 1 
Biblioteca: 0 
Dependências Sanitárias: 
Masculino: 3 
Feminino: 2 
Filtros de água e bebedouros: 3 
Áreas disponíveis: 
Pátio ( x ) Quadra descoberta ( x ) Quadra coberta ( x ) 
Piscina ( ) Campo de Futebol ( x ) Tanque de areia ( ) 
Playground ( ) Outros: 
3.2. Equipamentos 
Mobiliário (avalie os aspectos qualitativos):Bom 
Outros equipamento 
Recursos audiovisuais: Muito Bom 
4. Da organização Administrativa e Apoio Pedagógico 
4.1. Diretor 
( x ) Efetivo ( ) Substituto ( ) Designado ( ) Outro: 
Principais atividades: 
4.2. Assistente de Direção: 
( x ) Efetivo ( ) Designado ( ) Substituto 
Principais atividades: 
4.3. Coordenador Pedagógico 
 
6 
 
 
 
 
( x ) Sim ( ) Não 
Principais atividades: 
4.4. Orientador Educacional 
( ) Sim ( x ) Não 
Principais atividades: 
4.5. Outros (psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo etc.): 
4.6. On-line, Programa Psicologia Viva. 
4.7. Principais atividades: 
4.6. Bibliotecário 
( ) Sim ( x ) Não 
Principais Atividades: 
4.7. Corpo Docente: 
Professores de Educação Infantil: 0 
Professores de Ensino Fundamental I :0 
Professores de Ensino Fundamental II :21 
Professores de Ensino Médio:12 
Auxiliares: 0 
Total: 33 
4.8. Pessoal de Apoio Administrativo e Serviços Auxiliares: 
Secretária Escolar ( x ) Sim ( ) Não 
Contador ( ) Sim ( x) Não 
Tesoureiro ( ) Sim ( x ) Não 
Auxiliares Administrativos ( x ) Sim ( ) Não 
Inspetor de alunos ( x ) Sim ( ) Não 
Serventes/inspetores ( x ) Sim ( ) Não 
Zelador ( x ) Sim ( ) Não 
Porteiro ( ) Sim ( x ) Não 
Segurança ( ) Sim ( x ) Não 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA 
(01 FICHA PARA CADA INSTITUIÇÃO ESTAGIADA) 
 
Históricos da Escola 
 
2° Tenente Diogo Garcia Martins. 
Nasceu em 1921 em Alto Alegre- SP(Bairro Corguinho) filho de Marcos Garcia Martins 
e Maria Peres Garcia. Nessa época Alto Alegre era distrito de Penápolis. Ao ser 
convocado para integrar a força Expedicionária Brasileira, foi incorporado no 11° 
Regimento de infantaria (11° RJ). Na cidade de São João Del Rei-MG embarcando 
para o teatro de operações da Itália em 20 de setembro de 1944, tendo falecido em 
combate, em 12 de dezembro de 1944, na tomada de Monte Castelo. 
Conhecendo a escola 
A escola escolhida para o Estágio Supervisionado em Geografia foi materializado na Escola 
Estadual de Ensino Fundamental e Médio Rua Joaquim Ribeiro N° 270 centro, tendo como 
entidade mantenedora: Secretaria de Educação Estado de São Paulo. (Ver figura 1 e 2). 
Estrutura física da Escola 
Estrutura física da Escola A escola possui um considerável espaço para as realizações das ações 
escolares, com isso dando aos profissionais de educação e ao corpo docente, boas condições de 
estudos. Quanto a estrutura física, a escola conta com: 
13 salas de aula (ver figura 3) 
01 sala de leitura (ver figura 4) 
01 laboratório de informática (17 computadores todos com internet) (ver figura 5) 
01 sala de Direção 
01 sala de secretaria 
01 sala de arquivo morto (documentação antiga) 
 01 sala de almoxarifado 
01 sala de Professores 
01 banheiro para Professores (as) e funcionários (as) ( 1 Feminino/ 1 Masculino) 
 01 cozinha 
 
8 
 
 
 
 
 
 
01 dispensa para merenda 
01 área coberta 
01 quadra de esportes 
02 baterias com 05 banheiros masculinos e 05 femininos 
01 depósito 
01 sala de recurso (funciona o Programa + Educação) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
Estagiário (a): Helena aparecida Abdo da Silva 
Local do Estágio: PEI Expedicionário Diogo Garcia Martins 
Nome do (a) Professor (a): Marcia Rolli 
Modalidade: Presencial Data/Período: 23/11/2022 
Total de Horas: 100 
DIVISÃO DO ESTÁGIO: ( x ) PARTICIPAÇÃO 
 ( x ) REGÊNCIA/ATUAÇÃO 
Conteúdos desenvolvidos: 
As Aulas foram na sua essência expositivas e dialogadas. As aulas ministradas na escola 
atingiram os seus objetivos pré-estabelecidos. Entrar numa sala de aula, sabendo que é o 
Professor, é bem diferente de entrar como aluno. E isso de certa forma pesa, pois sabemos a 
nossa responsabilidade como formadores de cidadãos críticos e atuantes. É nessa hora que 
lembramos, de tudo que vimos na Universidade, e sua importância de colocar em prática ali e 
agora. Com o embasamento das discussões na universidade, com as bibliografias lidas, e o 
planejamento pré-aula, como o plano de aula, se torna mais simples exercer uma boa aula, 
sabendo que não existe “receita” pronta de como ministrar uma excelente e perfeita aula. Uma 
das aulas ministradas na Escola Estadual PEI Expedicionário Diogo Garcia Martins utilizou-se 
a temáticas Evoluções das Questões Ambientais, com o objetivo de conscientizar a turma sobre 
o assunto. Houve uma boa participação dos alunos, usando sempre exemplos práticos para que 
fosse mais simples a assimilação. No dia 23/11/2022 foi, aproveitado a oportunidade da data 
comemorativa da Consciência Negra, e debatemos O Negro na Sociedade Brasileira. Levantado 
ricos debates na turma, alcançando uma excelente participação dos alunos. 
Desenvolver ações coletivas e individuais que contribuem para uma melhor funcionalidade da 
escola rumo a uma educação dequalidade, de forma sistematizada e conforme os princípios 
norteadores. 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
Estratégias de Ensino: 
A Estratégia de Ensino usada no estágio foi a mais objetiva, coerente e exequível possível, 
visando o cumprimento dos objetivos, contidos nos planos de aula. Trabalhando a cima de tudo 
a otimização do processo ensino-aprendizagem. A metodologia usada foi a mais didática 
possível, agindo assim como um facilitador, e não um transmissor de informações, o foco não 
foi passar só informações e sim criticar, refletir, pois é assim que se dar o conhecimento. 
Recursos Materiais: 
Os recursos materiais usadas para a ministração das aulas foi bem variável com o objetivo de 
não deixar as aulas monótonas e enfadonhas. Foi usado em primeira instância o “objeto” voz, 
sempre buscando uma boa dicção e entonação, utilizou-se também Projetor multimídias (data 
show), onde foi mostrado imagens, textos, vídeos, e slides, deixando assim as aulas mais 
dinâmicas e prazerosa.Usou-se também a internet, imprimindo uma reportagem do G1 (site de 
notícias da Rede Globo de Televisão), não deixando de lado a lousa e o giz. 
Avaliação: 
O processo de avaliação utilizado foi de ordem Contínua e cumulativa com prevalência dos 
aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Avaliar é constantemente uma ação que 
realizamos, segundo (SOUSA,p.367). 
A avaliação é parte integrante da vida cotidiana, uma vez que, constantemente, estamos 
avaliando, emitimos, espontaneamente, julgamentos em relação aos acontecimentos, pessoas, 
ideias que apresentam em nosso dia-a-dia. Expressamos nossa aprovação ou não, por meio de 
verbalizações, expressões faciais ou corporais, baseando-nos em padrões de julgamentos muitas 
vezes intuitivos ou subjetivos. Ainda (SOUSA, p.379) “A avaliação do processo ensino-
aprendizagem em Geografia carece de uma perspectiva mais ampla, no que versa a uma 
contextualização sistêmica e integrada dos conteúdos, habilidades e competências que 
perpassam os ensinos fundamental e médio”. 
Observações: 
As observações em sala de aulas foram realizadas nas séries, 1º, 2º e 3º ano do ensino médio 
modalidade (PEI, Ensino integral), no turno da manhã. Observando assim as aulas da excelente 
professora Marcia Rolli. As observações são de extrema importância,pois o 
 
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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFAVENI 
 
 
 
 
Helena Aparecida Abdo da Silva 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
 
 
 
Alto Alegre 
2022 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFAVENI 
 
Helena Aparecida Abdo da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
 
 Relatório final do Estágio Supervisionado apresentado ao curso de Geografia. 
 
 
Alto Alegre/SP 
2022 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 .INTRODUÇÃO 
 
 
Levando em conta as aulas ministradas em Geografia, História, percebemos ‘conflitos’ e/ou 
um distanciamento entre alunos e professores principalmente pós o covid nas disciplinas do 
Ensino Fundamental II e ensino médio, decorrentes da falta de interesse de diálogos e/ou 
aproximação entre as matérias, o que dificulta, sem dúvidas, o aprendizado dos alunos. 
Percebemos, durante esses 2 anos de pandemia, que um discurso sempre emergia quanto ao 
dialogismo entre as disciplinas:“vamos fazer!”, porém, quase sempre não é praticado. Por 
mais que equipe gestora e as formações dos docentes enfatizassem o crucial papel dessa 
relação, grande parte dos alunos não faziam e não fazem, na praticidade, uma 
interdisciplinaridade, seja por falta de tempo, seja por falta de afinidade com o colega, e/ou 
pela falta de alteridade para com o outro. 
Vale ressaltar que nossa intenção não é discutir tais motivos que impedem essa efetivação dos 
diálogos interdisciplinares, todavia, esse projeto visa salientar sua importância para o 
aprendizado dos alunos e a relação afetiva nas escolas entre a equipe; e mostrar, a partir de 
alguns exemplos, que é possível exercer essa prática na escola. 
 
 
 
2.DESENVOLVIMENTO 
 
Para adentrarmos nessa especificidade é salutar destacar que as relações sociais sofrem a cada 
dia uma multiplicidade de sentidos, saberes, identidades. Assim como Bauman (2009) 
elucidou sobre as relações líquidas que se transformam a cada tempo e espaço. Além disso, 
suprindo uma lógica dualista de teoria e prática, uma vez que estas são indissociáveis, 
utilizaremos do aporte teórico de Patrick Charaudeau (2010), com a intenção não de 
objetivarmos abraçar a totalidade das variadas ciências humanas e sociais, ao contrário, 
pretendemos interagir, dialogar, manter interlocuções entre as diversas vertentes, suas 
perspectivas através de uma “coconstrução dos saberes que atravessam as disciplinas 
constituídas” (CHARAUDEAU, 2010, p. 7) tencionando-as para uma “espécie de 
coexistência de vários prismas teórico-metodológicos para a apreensão e/ou interpretação do 
26 
 
 
 
 
 
 
 
fenômeno de estudo por meio de uma interação dos saberes de diferentes disciplinas” 
(CHARAUDEAU, 2010, p. 6) sem perder seu rigor e verossimilidade científica. Num 
dialogismo com e entre esses autores, observamos que em Charaudeau há uma preocupação 
do arrolamento de poder de um paradigma, onde condenava a uma não aceitação de uma 
trans/pluri/ inter/disciplinaridade, por uma monodisciplina. Além de evidenciar uma 
rivalidade de pesquisadores das ciências humanas e sociais, relacionando com o que destaca 
Maturana e Varela (1995), a despeito de questões de violência e ódio de não aceitar o outro, 
assim como as disciplinas e/ou correntes teórico-metodológicas predominantes. Essas 
correntes, por vezes, serviram de empecilho para o diálogo entre as diferentes disciplinas, 
“num jogo de rivalidade entre os pesquisadores das ciências humanas e sociais [...] que 
parecem servir somente aos seus fins e acabam por impedir uma compreensão global dos 
fenômenos estudados” (CHARAUDEAU, 2010, p. 2), e em decorrência dessa postura, houve 
e ainda há um “isolamento’ de algumas correntes teóricas em detrimento de outras” 
(CHARAUDEAU, 2010). 
Contudo, apesar dessa tensão, de acordo com Claval (2001), não impediu Morin, Foucault e 
outros de transitarem entre diferentes disciplinas. 
Por consequência, Charaudeau abre aos campos de pesquisa e da produção do conhecimento 
uma interdisciplinaridade, com o desejo de estabelecer tensões, conexões que possibilitem 
novos instrumentos de análises e interpretações de várias disciplinas, tal qual ele mesmo 
define, “interdisciplinaridade é o esforço que diferentes disciplinas empreendem para articular 
conceitos entre si, instrumentos e resultados” (CHARAUDEAU, 2010). 
Essa interdisciplinaridade tem como objetivo diálogos, cooperações e trocas sem deixar de 
lado o rigor crítico de fazê-la, haja vista que “essa é uma condição do espírito dela própria, o 
de aceitar algumas simplificações (e não deformações) para estabelecer essas ligações entre as 
disciplinas” (CHARAUDEAU, 2010). Claval (1995; 2001), sem dúvidas, nos sintetiza, 
amortiza as tensões entre as várias disciplinas, o caráter individualista e egoísta de uma 
disciplina frente à outra, não as reduzindo, mas mostrando a importância delas para a 
construção do conhecimento. As fronteiras antes rígidas se dissolvem, se tornam, neste 
instante, fronteiras vívidas e permeáveis, o transitar não é impedido, claro, com seus cuidados 
devidos, suas reflexões e críticas, sempre tensionando ao debate, às interlocuções, à uma 
27 
 
 
 
 
 
 
 
transdisciplinaridade. Sinalizando à prática que ele chama de démarches das ciências e/ou do 
constructodo conhecimento mediante uma virada cultural da disciplina, que vai tento seu 
ápice a partir da pós-modernidade. Segundo o autor, Para quem deseja compreender os 
problemas que se apresentam aos geógrafos, não basta que se desenvolva na disciplina: o 
cenário científico alterou-se profundamente. As fronteiras entre história, a sociologia [...] 
linguística, de um lado, ecologia de outro lado, e as humanidades por último, foram, em parte, 
apagadas. Não é mais impossível ignorar o que acontece nos domínios vizinhos, porque todos 
são afetados pela crítica da modernidade, pelo questionamento da soberania da razão e pela 
crescente atenção prestada à língua e à lógica dos discursos. (CLAVAL, 1995) Tal a firmação, 
já era fortemente sinalizada na década de 1970, por intermédio de teóricos como Michel 
Foucault, Armand Frémont, Roland Barthes, Jacques Derrida entre outros. Segundo Claval 
(2001), Frémont, por exemplo, faz do exame literário, em sua obra A região, espaço vivido 
(1976), como um romancista e/ou analista literário, fazendo uma leitura geográfica através 
dessa análise literária. Somando-se a este modelo, o autor retoma em A geografia Cultural 
uma “ênfase sobre a língua e sobre a maneira como as pessoas falam do mundo ou falam o 
mundo” (CLAVAL, 2001). A partir dessa elucidação, podemos então sinalizar com maior 
ênfase para esse diálogo interdisciplinar nos campos das ciências humanas, com maior 
destaque aqui, todavia, inserir, também, as ciências exatas (apesar de não ser nosso objeto 
aqui), haja vista que a Geografia permite essas interdiscursividades pela sua amplitude. Logo, 
nos tópicos a seguir, mostraremos algumas práticas que podem ser desenvolvidas no interior 
da sala de aula. Geografia e História Essas duas áreas das ciências humanas são “irmãs” e 
indissociáveis. Contudo, numa situação de sala de aula, uma professora proferiu que as 
análises geográficas são mais importantes e devemos se atentar as elas. Partindo dessa 
experiência, foi possível visualizar certo revanchismo entre as duas disciplinas, o que jamais 
pode acontecer. 
A Geografia é a ciência que estuda o espaço e para tal é necessário sempre empreender os 
contextos históricos, as temporalidades. Heidegger em seu livro Ser e tempo, foi um filósofo 
que dava maior notoriedade ao tempo, porém, no decorrer de suas escritas evidenciou a 
inseparável confluência entre tempo e espaço, e passou a dedicar-se ao habitar do ser e suas 
relações tempo-espaciais. Dessa forma, vemos o imprescindível diálogo que deve ser posto 
28 
 
 
 
 
 
 
sempre dentro das escolas. Ora, quando analisamos o espaço, os territórios, como, na história, 
A formação dos Estados modernos, estamos analisando além das localidades, a conjuntura 
temporal, os anos, os fatos históricos, a produção do espaço pelo homem e pela natureza. 
Assim, a interdisciplinaridade entre Geografia e História se torna crucial para o entendimento, 
compreensão do currículo escolar. 
Além da relação inseparável entre tempo e espaço, a geografia e história analisam a produção 
econômica e cultural que vão estabelecendo relações sociais; a produção e utilização de 
mapas que são essenciais para o aprendizado; etc. 
 Para não se alongar nesta relação e a utilização dessas disciplinas, propomos essas utilizações 
nas práticas dentro das salas e também projetos que visem mostrar ao aluno essa estreita 
ligação, como visita em museus ou espaços históricos, Geografia e Letras Português A 
Geografia é o espaço da língua portuguesa, de suas relações de hibridismo, evolução, sotaques 
das regiões do Brasil. Ela fez navegar o português pelos mares e territórios, logo, a geografia 
permitiu o seu tráfego. Mostrar o porquê falamos o português é uma tarefa geográfica, as 
diferenças entre cada região, assim, nota-se um diálogo entre essas matérias. Além disso, 
podemos propor uma atividade de produção cultural de cada região do Brasil, de como eles 
falam, de como se vestem, suas particularidades e semelhanças a partir desse diálogo 
geografia e português; uma produção poética destacando as instâncias geográficas em poesias 
e poemas. Exemplo disso é a produção de poemas destacando o lugar, as vivências 
geográficas, suas territorialidades e/ou lugaridades. Como podemos observar no poema a 
seguir: A natureza e o ser Que imagem é esta que tão gigantesca é e se apresenta ao meu 
olhar? A imensidão do espaço, a natureza que nele há, que faz sentir-se em minha alma, 
tocando-a, fazendo a priori eu o projetar, Criação, recriação, sob o prisma do meu olhar. Nas 
tardes, mesmo vazias, observando às cores diante dos meus olhos saltar, Ao por do sol que 
laranja o céu, que insurge tonalidades, paisagem, Que me faz transcender, Pensar. Meu corpo 
inerte, meu espírito se perde na imensidão do azul antes celeste, Pintura quase rupestre, ruma 
ao encontro do meu ser sereno agir, estar, Contemplando a criação, significantes, significados 
que a natureza impetra em mim e a ela ei de interpretar, Pintar. Ali fico, não quero sair, 
perante a beleza envolta dos tons do céu, da vegetação, dos lindos cantos que a natureza ecoa 
então Toca, suave como uma bela canção, Embala meus sonhos, Desperta e sossega o meu 
coração. Jefferson Henrique Cidreira em “Geo. (grafias) poéticas”, 2019. Nesta poesia 
29 
 
 
 
 
 
 
 
podemos ver elementos da geografia cultural, humanista que permeiam vivências e utiliza-se 
da língua escrita, da literatura para poetizar espaços, regiões. Logo, esse exemplo mostra a 
importância entre essas interdisciplinaridades dentro das aulas e como podemos fazer rodas de 
poesias, de escrita sobre as geografias das regiões onde os sujeitos (alunos) estão inseridos, 
juntamente com os professores de geografia e português, por exemplo. Geografia e Biologia 
Disciplinas que estão ligadas, pois se desenvolvem no espaço: seja o aquático, o terrestre, o 
atmosférico, etc. Mostrar a variedade de espécies vegetais e animais de cada lugar do mundo a 
partir de feiras, exposições, maquetes; as condições climáticas e seus efeitos no meio 
ambiente, nos ecossistemas, etc. Geografia e matemática No âmbito matemático, temos as 
leituras de mapas em suas escalas, paralelos, etc. A utilização da estatística para medição do 
clima, pressão atmosférica, para cálculos na geografia física; leitura dos séculos em 
algarismos romanos, etc. Todos são exemplos que os professores podem relacionar dentro da 
sala de aula, mostrar aos alunos a importância das relações entre as disciplinas, como elas 
podem dialogar e ajudá-los nas resoluções de atividades, apreensões dos assuntos e aplicações 
na vida prática cotidiana, onde o ensino e aprendizado será mais efetivo. 
 
3- CONCLUSÃO 
 
É notório que a interdisciplinaridade permeia o espaço da educação, num modelo interacional, 
rompendo com as fronteiras rígidas empreendidas pelos modelos clássicos de aprendizagem. Essas 
relações visam superar dicotomias e diferenças entre disciplinas e o aprendizado, pois o objetivo é 
fazer o aluno pensar, ser crítico e dialogar como as disciplinas, com o objetivo de colocar na prática 
esses saberes adquiridos a partir da interdisciplinaridade prática. 
Os professores que visam e criam esses meios de interesse e diálogos entre disciplinas, entre os 
colegas e entre si e os alunos permitem com que eles sejam mais críticos, relacionem os assuntos 
e aprendam, absorvam mais a partir das experiências no mundo circundante: sala de aula, na casa, 
família, amigos e no ambiente educativo. Dessa forma, o aprendizado será desenvolvido na própria 
‘evolução’ humana de apreensão e entendimento do currículo escolar e de análises críticas em 
sociedade e no processo de aprendizado. 
 
30 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
BAUMAN, Zygmunt. Ensaios sobre o conceito de cultura. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2012. 
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. 
Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2001. 
BHABHA, H. K. O localda cultura. Belo Horizonte: UFMG, 1998. 
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. 
CHARAUDEAU, Patrick. Por uma interdisciplinaridade “focalizada” nas ciências humanas e 
sociais. Trad. Renato de Mello e Renata Aiala de Mello, 2010. CLAVAL Paul. 
A Geografia Cultural. Florianópolis: Editora da UFSC; 
Epistemologia da Geografia. Florianopolis: Editora UFSC, 2001. DARDEL, Eric. 
O homem e a terra: natureza da realidade geográfica. 
São Paulo: Perspectiva, 2011. FIGUEIREDO, Luís Claudio. Foucault e Heidegger. A ética e as 
formas históricas do habitar (e do não habitar). Tempo soc. [online]. 1995, vol.7, n.1-2, pp.136-
149. 
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. 2. ed. São Paulo: Edições Loyola, 1996. 
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem, São Paulo: Moraes, 1991. HEIDEGGER, 
Martin. 
HEIDEGGER, Martin. Construir, habitar, pensar. In Ensaios e conferências. Trad. Márcia Sá 
Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes, 2002. 
HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. Parte I, 15 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005. HEIDEGGER, 
Martin. Ser e tempo. Trad. Marcia Sá Cavalcante Schuback. 
Petrópolis, RJ: Vozes, 2015. MATURANA, Humberto R.; VARELA G., Francisco, NAU Editora, 
2003. FOUCAULT. 
http://aquitemfilosofiasim.blogspot.com/2008/07/sobre-ser-e-tempo-de-heidegger-i.html 
https://www.docsity.com/pt/claval-paul-a-geografia-cultural/4842499/ 
https://almaacreana.blogspot.com/2020/05/jefferson-henrique-cidreira-alguns.html 
https://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/centrocultural/foucault_vigiar_punir.pdf 
 
 
 
http://aquitemfilosofiasim.blogspot.com/2008/07/sobre-ser-e-tempo-de-heidegger-i.html
https://www.docsity.com/pt/claval-paul-a-geografia-cultural/4842499/
https://almaacreana.blogspot.com/2020/05/jefferson-henrique-cidreira-alguns.html
https://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/centrocultural/foucault_vigiar_punir.pdf
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