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1 Estágio Supervisionado Licenciatura de Geografia Helena Aparecida Abdo da Silva 2 CARTA DE APRESENTAÇÃO Alto Alegre,16 de novembro de 2022. Ilmo. (a) Sr. (a) Diretor (a) Nilva Celi Basseto Simon Teixeira. Servimo-nos desta para apresentar o (a) Sr (a).Helena aparecida Abdo da Silva, aluno (a) do (a) Curso de Geografia. Solicitamos a colaboração de V.Sa. no sentido de que seja autorizada a realização de estágio nesta Instituição, em cumprimento das exigências curriculares, facilitando-lhe a oportunidade de vivenciar a realidade educacional, condição imprescindível para futura atuação profissional. Sem mais para o momento, 3 4 FICHA DE CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA (01 FICHA PARA CADA INSTITUIÇÃO ESTAGIADA) 1. Da Identificação do Estabelecimento e da Mantenedora Denominação: PEI EE EXPEDICIONÁRIO DIOGO GARCIA MARTINS 1.1. Endereço:Rua Joaquim Ribeiro Nº:270 Bairro: centro CEP:16310-000 1.2. Fone: 18-36571261 1.3. Entidade Mantenedora: 1.4. Unidade responsável pela supervisão da instituição escolar: Diretoria de Ensino de Penápolis. 2. Dos Graus e Cursos 2.1. A escola mantém: Educação Infantil ( ) Ensino Fundamental I ( ) Ensino Fundamental II ( x ) Ensino Médio (x ) E.J.A. ( ) 2.2. Número de classes e de alunos: GRAU CLASSES ALUNOS Educação Infantil 0 0 Ensino Fundamental I 0 0 Ensino Fundamental II 8 85 Ensino Médio 3 117 TOTAL 11 202 3. Da Estrutura Física 3.1. Prédio: Próprio (x) Sim ( ) Não Adaptado ( ) Sim ( x ) Não Tipo de construção (alvenaria, madeira, outro) Alvenaria Atende a necessidade da clientela? ( x ) Sim ( ) Não ( ) Razoavelmente 5 Estado de conservação do prédio: ( x ) Bom ( ) Regular ( ) Péssimo Número de andares: 0 Número de salas de aula: 12 Sala ambiente: 0 Dependência para apoio-pedagógico: 1 Laboratório de Ciências: 0 Laboratório de Informática.1 Salas para Orientação Educacional: 0 Salas para Coordenação Pedagógica: 1 Biblioteca: 0 Dependências Sanitárias: Masculino: 3 Feminino: 2 Filtros de água e bebedouros: 3 Áreas disponíveis: Pátio ( x ) Quadra descoberta ( x ) Quadra coberta ( x ) Piscina ( ) Campo de Futebol ( x ) Tanque de areia ( ) Playground ( ) Outros: 3.2. Equipamentos Mobiliário (avalie os aspectos qualitativos):Bom Outros equipamento Recursos audiovisuais: Muito Bom 4. Da organização Administrativa e Apoio Pedagógico 4.1. Diretor ( x ) Efetivo ( ) Substituto ( ) Designado ( ) Outro: Principais atividades: 4.2. Assistente de Direção: ( x ) Efetivo ( ) Designado ( ) Substituto Principais atividades: 4.3. Coordenador Pedagógico 6 ( x ) Sim ( ) Não Principais atividades: 4.4. Orientador Educacional ( ) Sim ( x ) Não Principais atividades: 4.5. Outros (psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo etc.): 4.6. On-line, Programa Psicologia Viva. 4.7. Principais atividades: 4.6. Bibliotecário ( ) Sim ( x ) Não Principais Atividades: 4.7. Corpo Docente: Professores de Educação Infantil: 0 Professores de Ensino Fundamental I :0 Professores de Ensino Fundamental II :21 Professores de Ensino Médio:12 Auxiliares: 0 Total: 33 4.8. Pessoal de Apoio Administrativo e Serviços Auxiliares: Secretária Escolar ( x ) Sim ( ) Não Contador ( ) Sim ( x) Não Tesoureiro ( ) Sim ( x ) Não Auxiliares Administrativos ( x ) Sim ( ) Não Inspetor de alunos ( x ) Sim ( ) Não Serventes/inspetores ( x ) Sim ( ) Não Zelador ( x ) Sim ( ) Não Porteiro ( ) Sim ( x ) Não Segurança ( ) Sim ( x ) Não 7 RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA (01 FICHA PARA CADA INSTITUIÇÃO ESTAGIADA) Históricos da Escola 2° Tenente Diogo Garcia Martins. Nasceu em 1921 em Alto Alegre- SP(Bairro Corguinho) filho de Marcos Garcia Martins e Maria Peres Garcia. Nessa época Alto Alegre era distrito de Penápolis. Ao ser convocado para integrar a força Expedicionária Brasileira, foi incorporado no 11° Regimento de infantaria (11° RJ). Na cidade de São João Del Rei-MG embarcando para o teatro de operações da Itália em 20 de setembro de 1944, tendo falecido em combate, em 12 de dezembro de 1944, na tomada de Monte Castelo. Conhecendo a escola A escola escolhida para o Estágio Supervisionado em Geografia foi materializado na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Rua Joaquim Ribeiro N° 270 centro, tendo como entidade mantenedora: Secretaria de Educação Estado de São Paulo. (Ver figura 1 e 2). Estrutura física da Escola Estrutura física da Escola A escola possui um considerável espaço para as realizações das ações escolares, com isso dando aos profissionais de educação e ao corpo docente, boas condições de estudos. Quanto a estrutura física, a escola conta com: 13 salas de aula (ver figura 3) 01 sala de leitura (ver figura 4) 01 laboratório de informática (17 computadores todos com internet) (ver figura 5) 01 sala de Direção 01 sala de secretaria 01 sala de arquivo morto (documentação antiga) 01 sala de almoxarifado 01 sala de Professores 01 banheiro para Professores (as) e funcionários (as) ( 1 Feminino/ 1 Masculino) 01 cozinha 8 01 dispensa para merenda 01 área coberta 01 quadra de esportes 02 baterias com 05 banheiros masculinos e 05 femininos 01 depósito 01 sala de recurso (funciona o Programa + Educação) 9 Estagiário (a): Helena aparecida Abdo da Silva Local do Estágio: PEI Expedicionário Diogo Garcia Martins Nome do (a) Professor (a): Marcia Rolli Modalidade: Presencial Data/Período: 23/11/2022 Total de Horas: 100 DIVISÃO DO ESTÁGIO: ( x ) PARTICIPAÇÃO ( x ) REGÊNCIA/ATUAÇÃO Conteúdos desenvolvidos: As Aulas foram na sua essência expositivas e dialogadas. As aulas ministradas na escola atingiram os seus objetivos pré-estabelecidos. Entrar numa sala de aula, sabendo que é o Professor, é bem diferente de entrar como aluno. E isso de certa forma pesa, pois sabemos a nossa responsabilidade como formadores de cidadãos críticos e atuantes. É nessa hora que lembramos, de tudo que vimos na Universidade, e sua importância de colocar em prática ali e agora. Com o embasamento das discussões na universidade, com as bibliografias lidas, e o planejamento pré-aula, como o plano de aula, se torna mais simples exercer uma boa aula, sabendo que não existe “receita” pronta de como ministrar uma excelente e perfeita aula. Uma das aulas ministradas na Escola Estadual PEI Expedicionário Diogo Garcia Martins utilizou-se a temáticas Evoluções das Questões Ambientais, com o objetivo de conscientizar a turma sobre o assunto. Houve uma boa participação dos alunos, usando sempre exemplos práticos para que fosse mais simples a assimilação. No dia 23/11/2022 foi, aproveitado a oportunidade da data comemorativa da Consciência Negra, e debatemos O Negro na Sociedade Brasileira. Levantado ricos debates na turma, alcançando uma excelente participação dos alunos. Desenvolver ações coletivas e individuais que contribuem para uma melhor funcionalidade da escola rumo a uma educação dequalidade, de forma sistematizada e conforme os princípios norteadores. 10 Estratégias de Ensino: A Estratégia de Ensino usada no estágio foi a mais objetiva, coerente e exequível possível, visando o cumprimento dos objetivos, contidos nos planos de aula. Trabalhando a cima de tudo a otimização do processo ensino-aprendizagem. A metodologia usada foi a mais didática possível, agindo assim como um facilitador, e não um transmissor de informações, o foco não foi passar só informações e sim criticar, refletir, pois é assim que se dar o conhecimento. Recursos Materiais: Os recursos materiais usadas para a ministração das aulas foi bem variável com o objetivo de não deixar as aulas monótonas e enfadonhas. Foi usado em primeira instância o “objeto” voz, sempre buscando uma boa dicção e entonação, utilizou-se também Projetor multimídias (data show), onde foi mostrado imagens, textos, vídeos, e slides, deixando assim as aulas mais dinâmicas e prazerosa.Usou-se também a internet, imprimindo uma reportagem do G1 (site de notícias da Rede Globo de Televisão), não deixando de lado a lousa e o giz. Avaliação: O processo de avaliação utilizado foi de ordem Contínua e cumulativa com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Avaliar é constantemente uma ação que realizamos, segundo (SOUSA,p.367). A avaliação é parte integrante da vida cotidiana, uma vez que, constantemente, estamos avaliando, emitimos, espontaneamente, julgamentos em relação aos acontecimentos, pessoas, ideias que apresentam em nosso dia-a-dia. Expressamos nossa aprovação ou não, por meio de verbalizações, expressões faciais ou corporais, baseando-nos em padrões de julgamentos muitas vezes intuitivos ou subjetivos. Ainda (SOUSA, p.379) “A avaliação do processo ensino- aprendizagem em Geografia carece de uma perspectiva mais ampla, no que versa a uma contextualização sistêmica e integrada dos conteúdos, habilidades e competências que perpassam os ensinos fundamental e médio”. Observações: As observações em sala de aulas foram realizadas nas séries, 1º, 2º e 3º ano do ensino médio modalidade (PEI, Ensino integral), no turno da manhã. Observando assim as aulas da excelente professora Marcia Rolli. As observações são de extrema importância,pois o 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFAVENI Helena Aparecida Abdo da Silva RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO Alto Alegre 2022 CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFAVENI Helena Aparecida Abdo da Silva RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO Relatório final do Estágio Supervisionado apresentado ao curso de Geografia. Alto Alegre/SP 2022 25 1 .INTRODUÇÃO Levando em conta as aulas ministradas em Geografia, História, percebemos ‘conflitos’ e/ou um distanciamento entre alunos e professores principalmente pós o covid nas disciplinas do Ensino Fundamental II e ensino médio, decorrentes da falta de interesse de diálogos e/ou aproximação entre as matérias, o que dificulta, sem dúvidas, o aprendizado dos alunos. Percebemos, durante esses 2 anos de pandemia, que um discurso sempre emergia quanto ao dialogismo entre as disciplinas:“vamos fazer!”, porém, quase sempre não é praticado. Por mais que equipe gestora e as formações dos docentes enfatizassem o crucial papel dessa relação, grande parte dos alunos não faziam e não fazem, na praticidade, uma interdisciplinaridade, seja por falta de tempo, seja por falta de afinidade com o colega, e/ou pela falta de alteridade para com o outro. Vale ressaltar que nossa intenção não é discutir tais motivos que impedem essa efetivação dos diálogos interdisciplinares, todavia, esse projeto visa salientar sua importância para o aprendizado dos alunos e a relação afetiva nas escolas entre a equipe; e mostrar, a partir de alguns exemplos, que é possível exercer essa prática na escola. 2.DESENVOLVIMENTO Para adentrarmos nessa especificidade é salutar destacar que as relações sociais sofrem a cada dia uma multiplicidade de sentidos, saberes, identidades. Assim como Bauman (2009) elucidou sobre as relações líquidas que se transformam a cada tempo e espaço. Além disso, suprindo uma lógica dualista de teoria e prática, uma vez que estas são indissociáveis, utilizaremos do aporte teórico de Patrick Charaudeau (2010), com a intenção não de objetivarmos abraçar a totalidade das variadas ciências humanas e sociais, ao contrário, pretendemos interagir, dialogar, manter interlocuções entre as diversas vertentes, suas perspectivas através de uma “coconstrução dos saberes que atravessam as disciplinas constituídas” (CHARAUDEAU, 2010, p. 7) tencionando-as para uma “espécie de coexistência de vários prismas teórico-metodológicos para a apreensão e/ou interpretação do 26 fenômeno de estudo por meio de uma interação dos saberes de diferentes disciplinas” (CHARAUDEAU, 2010, p. 6) sem perder seu rigor e verossimilidade científica. Num dialogismo com e entre esses autores, observamos que em Charaudeau há uma preocupação do arrolamento de poder de um paradigma, onde condenava a uma não aceitação de uma trans/pluri/ inter/disciplinaridade, por uma monodisciplina. Além de evidenciar uma rivalidade de pesquisadores das ciências humanas e sociais, relacionando com o que destaca Maturana e Varela (1995), a despeito de questões de violência e ódio de não aceitar o outro, assim como as disciplinas e/ou correntes teórico-metodológicas predominantes. Essas correntes, por vezes, serviram de empecilho para o diálogo entre as diferentes disciplinas, “num jogo de rivalidade entre os pesquisadores das ciências humanas e sociais [...] que parecem servir somente aos seus fins e acabam por impedir uma compreensão global dos fenômenos estudados” (CHARAUDEAU, 2010, p. 2), e em decorrência dessa postura, houve e ainda há um “isolamento’ de algumas correntes teóricas em detrimento de outras” (CHARAUDEAU, 2010). Contudo, apesar dessa tensão, de acordo com Claval (2001), não impediu Morin, Foucault e outros de transitarem entre diferentes disciplinas. Por consequência, Charaudeau abre aos campos de pesquisa e da produção do conhecimento uma interdisciplinaridade, com o desejo de estabelecer tensões, conexões que possibilitem novos instrumentos de análises e interpretações de várias disciplinas, tal qual ele mesmo define, “interdisciplinaridade é o esforço que diferentes disciplinas empreendem para articular conceitos entre si, instrumentos e resultados” (CHARAUDEAU, 2010). Essa interdisciplinaridade tem como objetivo diálogos, cooperações e trocas sem deixar de lado o rigor crítico de fazê-la, haja vista que “essa é uma condição do espírito dela própria, o de aceitar algumas simplificações (e não deformações) para estabelecer essas ligações entre as disciplinas” (CHARAUDEAU, 2010). Claval (1995; 2001), sem dúvidas, nos sintetiza, amortiza as tensões entre as várias disciplinas, o caráter individualista e egoísta de uma disciplina frente à outra, não as reduzindo, mas mostrando a importância delas para a construção do conhecimento. As fronteiras antes rígidas se dissolvem, se tornam, neste instante, fronteiras vívidas e permeáveis, o transitar não é impedido, claro, com seus cuidados devidos, suas reflexões e críticas, sempre tensionando ao debate, às interlocuções, à uma 27 transdisciplinaridade. Sinalizando à prática que ele chama de démarches das ciências e/ou do constructodo conhecimento mediante uma virada cultural da disciplina, que vai tento seu ápice a partir da pós-modernidade. Segundo o autor, Para quem deseja compreender os problemas que se apresentam aos geógrafos, não basta que se desenvolva na disciplina: o cenário científico alterou-se profundamente. As fronteiras entre história, a sociologia [...] linguística, de um lado, ecologia de outro lado, e as humanidades por último, foram, em parte, apagadas. Não é mais impossível ignorar o que acontece nos domínios vizinhos, porque todos são afetados pela crítica da modernidade, pelo questionamento da soberania da razão e pela crescente atenção prestada à língua e à lógica dos discursos. (CLAVAL, 1995) Tal a firmação, já era fortemente sinalizada na década de 1970, por intermédio de teóricos como Michel Foucault, Armand Frémont, Roland Barthes, Jacques Derrida entre outros. Segundo Claval (2001), Frémont, por exemplo, faz do exame literário, em sua obra A região, espaço vivido (1976), como um romancista e/ou analista literário, fazendo uma leitura geográfica através dessa análise literária. Somando-se a este modelo, o autor retoma em A geografia Cultural uma “ênfase sobre a língua e sobre a maneira como as pessoas falam do mundo ou falam o mundo” (CLAVAL, 2001). A partir dessa elucidação, podemos então sinalizar com maior ênfase para esse diálogo interdisciplinar nos campos das ciências humanas, com maior destaque aqui, todavia, inserir, também, as ciências exatas (apesar de não ser nosso objeto aqui), haja vista que a Geografia permite essas interdiscursividades pela sua amplitude. Logo, nos tópicos a seguir, mostraremos algumas práticas que podem ser desenvolvidas no interior da sala de aula. Geografia e História Essas duas áreas das ciências humanas são “irmãs” e indissociáveis. Contudo, numa situação de sala de aula, uma professora proferiu que as análises geográficas são mais importantes e devemos se atentar as elas. Partindo dessa experiência, foi possível visualizar certo revanchismo entre as duas disciplinas, o que jamais pode acontecer. A Geografia é a ciência que estuda o espaço e para tal é necessário sempre empreender os contextos históricos, as temporalidades. Heidegger em seu livro Ser e tempo, foi um filósofo que dava maior notoriedade ao tempo, porém, no decorrer de suas escritas evidenciou a inseparável confluência entre tempo e espaço, e passou a dedicar-se ao habitar do ser e suas relações tempo-espaciais. Dessa forma, vemos o imprescindível diálogo que deve ser posto 28 sempre dentro das escolas. Ora, quando analisamos o espaço, os territórios, como, na história, A formação dos Estados modernos, estamos analisando além das localidades, a conjuntura temporal, os anos, os fatos históricos, a produção do espaço pelo homem e pela natureza. Assim, a interdisciplinaridade entre Geografia e História se torna crucial para o entendimento, compreensão do currículo escolar. Além da relação inseparável entre tempo e espaço, a geografia e história analisam a produção econômica e cultural que vão estabelecendo relações sociais; a produção e utilização de mapas que são essenciais para o aprendizado; etc. Para não se alongar nesta relação e a utilização dessas disciplinas, propomos essas utilizações nas práticas dentro das salas e também projetos que visem mostrar ao aluno essa estreita ligação, como visita em museus ou espaços históricos, Geografia e Letras Português A Geografia é o espaço da língua portuguesa, de suas relações de hibridismo, evolução, sotaques das regiões do Brasil. Ela fez navegar o português pelos mares e territórios, logo, a geografia permitiu o seu tráfego. Mostrar o porquê falamos o português é uma tarefa geográfica, as diferenças entre cada região, assim, nota-se um diálogo entre essas matérias. Além disso, podemos propor uma atividade de produção cultural de cada região do Brasil, de como eles falam, de como se vestem, suas particularidades e semelhanças a partir desse diálogo geografia e português; uma produção poética destacando as instâncias geográficas em poesias e poemas. Exemplo disso é a produção de poemas destacando o lugar, as vivências geográficas, suas territorialidades e/ou lugaridades. Como podemos observar no poema a seguir: A natureza e o ser Que imagem é esta que tão gigantesca é e se apresenta ao meu olhar? A imensidão do espaço, a natureza que nele há, que faz sentir-se em minha alma, tocando-a, fazendo a priori eu o projetar, Criação, recriação, sob o prisma do meu olhar. Nas tardes, mesmo vazias, observando às cores diante dos meus olhos saltar, Ao por do sol que laranja o céu, que insurge tonalidades, paisagem, Que me faz transcender, Pensar. Meu corpo inerte, meu espírito se perde na imensidão do azul antes celeste, Pintura quase rupestre, ruma ao encontro do meu ser sereno agir, estar, Contemplando a criação, significantes, significados que a natureza impetra em mim e a ela ei de interpretar, Pintar. Ali fico, não quero sair, perante a beleza envolta dos tons do céu, da vegetação, dos lindos cantos que a natureza ecoa então Toca, suave como uma bela canção, Embala meus sonhos, Desperta e sossega o meu coração. Jefferson Henrique Cidreira em “Geo. (grafias) poéticas”, 2019. Nesta poesia 29 podemos ver elementos da geografia cultural, humanista que permeiam vivências e utiliza-se da língua escrita, da literatura para poetizar espaços, regiões. Logo, esse exemplo mostra a importância entre essas interdisciplinaridades dentro das aulas e como podemos fazer rodas de poesias, de escrita sobre as geografias das regiões onde os sujeitos (alunos) estão inseridos, juntamente com os professores de geografia e português, por exemplo. Geografia e Biologia Disciplinas que estão ligadas, pois se desenvolvem no espaço: seja o aquático, o terrestre, o atmosférico, etc. Mostrar a variedade de espécies vegetais e animais de cada lugar do mundo a partir de feiras, exposições, maquetes; as condições climáticas e seus efeitos no meio ambiente, nos ecossistemas, etc. Geografia e matemática No âmbito matemático, temos as leituras de mapas em suas escalas, paralelos, etc. A utilização da estatística para medição do clima, pressão atmosférica, para cálculos na geografia física; leitura dos séculos em algarismos romanos, etc. Todos são exemplos que os professores podem relacionar dentro da sala de aula, mostrar aos alunos a importância das relações entre as disciplinas, como elas podem dialogar e ajudá-los nas resoluções de atividades, apreensões dos assuntos e aplicações na vida prática cotidiana, onde o ensino e aprendizado será mais efetivo. 3- CONCLUSÃO É notório que a interdisciplinaridade permeia o espaço da educação, num modelo interacional, rompendo com as fronteiras rígidas empreendidas pelos modelos clássicos de aprendizagem. Essas relações visam superar dicotomias e diferenças entre disciplinas e o aprendizado, pois o objetivo é fazer o aluno pensar, ser crítico e dialogar como as disciplinas, com o objetivo de colocar na prática esses saberes adquiridos a partir da interdisciplinaridade prática. Os professores que visam e criam esses meios de interesse e diálogos entre disciplinas, entre os colegas e entre si e os alunos permitem com que eles sejam mais críticos, relacionem os assuntos e aprendam, absorvam mais a partir das experiências no mundo circundante: sala de aula, na casa, família, amigos e no ambiente educativo. Dessa forma, o aprendizado será desenvolvido na própria ‘evolução’ humana de apreensão e entendimento do currículo escolar e de análises críticas em sociedade e no processo de aprendizado. 30 REFERÊNCIAS BAUMAN, Zygmunt. Ensaios sobre o conceito de cultura. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2012. BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2001. BHABHA, H. K. O localda cultura. Belo Horizonte: UFMG, 1998. CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. CHARAUDEAU, Patrick. Por uma interdisciplinaridade “focalizada” nas ciências humanas e sociais. Trad. Renato de Mello e Renata Aiala de Mello, 2010. CLAVAL Paul. A Geografia Cultural. Florianópolis: Editora da UFSC; Epistemologia da Geografia. Florianopolis: Editora UFSC, 2001. DARDEL, Eric. O homem e a terra: natureza da realidade geográfica. São Paulo: Perspectiva, 2011. FIGUEIREDO, Luís Claudio. Foucault e Heidegger. A ética e as formas históricas do habitar (e do não habitar). Tempo soc. [online]. 1995, vol.7, n.1-2, pp.136- 149. FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. 2. ed. São Paulo: Edições Loyola, 1996. BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem, São Paulo: Moraes, 1991. HEIDEGGER, Martin. HEIDEGGER, Martin. Construir, habitar, pensar. In Ensaios e conferências. Trad. Márcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes, 2002. HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. Parte I, 15 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005. HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. Trad. Marcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015. MATURANA, Humberto R.; VARELA G., Francisco, NAU Editora, 2003. FOUCAULT. http://aquitemfilosofiasim.blogspot.com/2008/07/sobre-ser-e-tempo-de-heidegger-i.html https://www.docsity.com/pt/claval-paul-a-geografia-cultural/4842499/ https://almaacreana.blogspot.com/2020/05/jefferson-henrique-cidreira-alguns.html https://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/centrocultural/foucault_vigiar_punir.pdf http://aquitemfilosofiasim.blogspot.com/2008/07/sobre-ser-e-tempo-de-heidegger-i.html https://www.docsity.com/pt/claval-paul-a-geografia-cultural/4842499/ https://almaacreana.blogspot.com/2020/05/jefferson-henrique-cidreira-alguns.html https://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/centrocultural/foucault_vigiar_punir.pdf 31 Próprio (x) Sim ( ) Não Mobiliário (avalie os aspectos qualitativos):Bom Principais atividades: Principais atividades: Principais atividades:
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