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CURATIVOS ENF. ESP. CAMILA LEITÃO ❖ LEI 7498/86: Lei do Exercício Profissional; ❖ DECRETO 94406/87: Regulamenta a Lei 7480; - art. 11º : é incumbência da Enfermagem fazer curativo , respeitando-se os devidos graus de habilitação. ❖ RESOLUÇÃO COFEN 567/2018: regulamenta a competência de cada componente da equipe de enfermagem. Revoga a Resolução 501/2015. ASPECTOS LEGAIS FUNÇÕES DA PELE PERCEPÇÃO ESTÉTICA TERMORREGULAÇÃO EXCREÇÃO PROTEÇÃO SÍNTESE DE VITAMINAS CAMADAS DA PELE EPIDERME FUNÇÃO: PROTEÇÃO CAMADA MAIS EXTERNA DA PELE CAMADAS: Basal, Espinhosa, Granulosa, Lúcida e Córnea; CÉLULAS: Queratinócitos, Melanócitos, Cel. de Merkel e Cel. de Langerhans DERME CONSTITUIÇÃO: tecido conjuntivo, como colágeno e as fibras elásticas, tornando a pele resistente e elástica, garantindo o tônus da pele HIPODERME FUNÇÕES: Proteção mecânica; Reserva energética; Isolante térmica; Fixação de órgãos CAMADA MAIS PROFUNDA DA PELE. FERIDAS - DEFINIÇÃO Lesão do tecido em decorrência de trauma mecânico, físico ou térmico, ou que se desenvolva a partir de uma condição patológica ou fisiológica, que deve se fechar em até 2 semana MECANISMO DE LESÃO CELULAR CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS QUANTO A CAUSA CIRÚRGICA TRAUMÁTICA PATOLÓGICA IATROGÊNICA QUANTO A EVOLUÇÃO AGUDAS - FERIDAS RECENTES; - CICATRIZAÇÃO SEM COMPLICAÇÕES; CRÔNICAS > TEMPO DE CICATRIZAÇÃO CICATRIZAÇÃO POR 2ª E 3ª INTENÇÃO; QUANTO A PRESENÇA DE INFECÇÃO CONTAMINADA REAÇÃO INFLAMATÓRIA; SEM SINAIS DE INFECÇÃO CICATRIZA BEM LIMPAS PRODUZIDAS EM AMBIENTE CIRÚRGICO; NÃO APRESENTAM INFLAMAÇÃO CICATRIZAM BEM INFECTADAS SINAIS NÍTIDOS DE INFECÇÃO CICATRIZAÇÃO APÓS RETIRADA DO AGENTE AGRESSOR PRESENÇA DE EXSUDATO QUANTO AO GRAU DE CONTAMINAÇÃO CONTAMINAÇÃO: MICROORGANISMOS NÃO REPLICANTES COLONIZAÇÃO: MICROORGANISMOS REPLICANTES COLONIZAÇÃO CRÍTICA: CARGA BACTERIANA ELEVADA INFECÇÃO: SINAIS FLOGÍSTICOS NÃO IMPEDE A CICATRIZAÇÃO DIFICULTAM A CICATRIZAÇÃO QUANTO AO COMPROMETIMENTO TECIDUAL ESTÁGIO II = PERDA DA PELE OU BOLHA ESTÁGIO I = VERMELHIDÃO ESTÁGIO III = PERDA DA PELE; GRANULAÇÃO, ESFACELO ESTÁGIO IV = PERDA TISSULAR; LESÃO EM TÚNEL NÃO CLASSIFICÁVEL: A EXTENSÃO DO DANO NÃO PODE SER CONFIRMADA PORQUE ESTÁ ENCOBERTA PELO ESFACELO OU ESCARA. COMPARANDO... - ETIOLOGIA - LOCALIZAÇÃO - TECIDO - EXSUDATO - BORDA - TAMANHO - GRAU DE CONTAMINAÇÃO - DOR - TIPO DE CURATIVO AVALIANDO A FERIDA TECIDO PRESENTE NO LEITO-RYB RECONHECENDO OS TECIDOS TECIDOS VIÁVEIS TECIDOS INVIÁVEIS GRANULAÇÃO: COLORAÇÃO VERMELHO - VIVO, ÚMIDO EPITÉLIO: COLORAÇÃO ROSA/ ROSA - PEROLADO; CAMADA MAIS EXTERNA DA PELE NECROSE DE LIQUEFAÇÃO/ ESFACELO: COLORAÇÃO AMARELO / MARROM / CINZA NECROSE DE COAGULAÇÃO/ ESCARA: TECIDO MORTO, DURO, MARROM ESCURO OU PRETO NÃO SE ENGANE... UMIDADE COLONIZAÇÃO CRÍTICA TECIDO NÃO VIÁVEL NÃO SE ENGANE... TECIDO FIBRINOSO EXSUDATO BIOFILME Camada bacteriana que promove efeito protetor nas feridas infectadas. Camada fina translúcida, brilhante na ferida infectada, não respondendo a terapias antimicrobianas e não mostrando sinais de cicatrização BORDAS Indistinta: não há possibilidade de distinguir claramente o contorno da ferida. Aderida: plana e nivelada como leito da ferida. Não aderida: falta de aderência ao leito. Descolada ou enrolada. Fibrótica: coloração amarelada ou branca, consistência endurecida Hiperqueratosa: tecido bem espesso, endurecido, de cor amarelada. Macerada:pele entumecida e de coloração esbranquiçada DOR 5º SINAL VITAL AGUDA CRÔNICA MULTIFATORIAL PROCESSO CICATRICIAL TIPOS DE CICATRIZAÇÃO PRIMEIRA INTENÇÃO SEGUNDA INTENÇÃO TERCEIRA INTENÇÃO FATORES QUE RETARDAM A CICATRIZAÇÃO- Edema; - Infecção local, necrose ou presença de corpo estranho; - Ressecamento; - Extensão da ferida; - Pressão e técnica de curativo inadequada; - Agentes tópicos inadequados � Idade; � Doenças (DM, Hanseníase) � Medicamentos sistêmicos; � Insuficiência vascular; � Tabagismo, alcoolismo; � Estado imunológico; ÚLCERAS ARTERIAIS X ÚLCERAS VENOSAS Doença vascular periférica Proeminências ósseas Regular Piora ao elevar o membro Fraco ou ausente Trombose venosa veias varicosas Porção distal dos membros Irregular Alivia ao elevar o membro Presente ETIOLOGIA LOCALIZAÇÃO BORDA DOR PULSO ÚLCERA VENOSA X ÚLCERA ARTERIAL TERAPIA INELÁSTICA - BOTA DE UNNA Baixo custo; Permite ser colocado diretamente sobre a ferida; Não se deforma; Impede a proliferação de germes. Não pode ser usada em feridas infectadas; Não fornece pressão adequada (40 mmHg); Paciente tem que deambular. TERAPIA ELÁSTICA Pode ser usada em paciente acamados; Fácil aplicação; Pode ser usado em úlceras infectadas Custo elevado se comparado à Bota de Unna PREPARO DO LEITO DA FERIDA LIMPEZA DAS FERIDAS Objetivo: remover tecidos desvitalizados, a carga bacteriana e exsudato, resíduos de curativos anteriores e permitir visualização da ferida para avaliação; Deve ser feita por irrigação com pressão suficiente para limpar a ferida, porém sem causar trauma em seu leito. DESBRIDAMENTO Remoção de tecidos desvitalizados ou colonizados para estimular a cicatrização; OBS: tecido desvitalizado normalmente é úmido, amarelo, verde, marrom ou cinza e pode tornar-se espesso e resistente com escara preta ou marrom. Antes de iniciar o desbridamento, deve-se realizar uma avaliação vascular completa das extremidades inferiores para determinar se o suprimento arterial é suficiente para suportar o processo de cicatrização da ferida desbridada; Caso a LP estiver presente em MMII isquemicos e apresentar necrose estável, dura e seca, o desbridamento é CONTRAINDICADO IMPORTANTE!! TIPO EXEMPLOS VANTAGENS DESVANTAGENS QUÍMICO - Papaína; - Colagenase; - Fibrinolisina - Fácil realização; - Pouco doloroso; - Papaína tem atividade bactericida - Pode causar irritação periúlcera; - Processo lento; - Não seletivo; - Inativação de acordo com o pH da ferida. AUTOLÍTICO - Hidrogéis; - Hidrocolóides - Fácil realização; - Seletivo; - Pouco doloroso. - Processo lento; - Não pode ser utilizado nas feridas infectadas. MECÂNICO - Hidroterapia; - Curativo úmido - seco; - Terapia com pressão negativa. - Fácil realização; - Mais rápido que o químico ou autolótico; - Útil para grande quantidade de tecidos desvitalizados. - Não seletivo; - Pode causar dano aos tecidos periúlcera; - Pode ser doloroso. TIPO EXEMPLO VANTAGENS DESVANTAGENS CIRÚRGICO - Desbridamento com cureta, bisturi - Resultado imediato; - Útil para grande quantidade de tecidos desvitalizados. - Não seletivo; - Necessita analgesia; - Requer treinamento; - Pode causar sangramento e dor BIOLÓGICO - Larva de mosca - Seletivo - Utilização para casos selecionados; - Não disponíveis de maneira sistemática. DESBRIDAMENTO CIRÚRGICO ESCARIFICAÇÃO DESBRIDAMENTO AUTOLÍTICO DESBRIDAMENTO BIOLÓGICO FINALIDADES DOS CURATIVOS PROTEGER DE CONTAMINAÇÕES E TRAUMAS PROPORCIONAR AMBIENTE ÚMIDO PROMOVER HEMOSTASIA REMOVER EXSUDATO ALIVIAR A DOR PROTEGER O LEITO DA FERIDA FAVORECER A CICATRIZAÇÃO MANTER MEDICAMENTO NO LOCAL TIPOS DE CURATIVOS Oclui totalmente o leito da ferida e não permite a passagem de ar ou fluidos. OCLUSIVO COMPRESSIVO Reduz o fluxo sanguíneo, ou promove estase e ajuda na aproximação de bordas em cicatrização por 2ª intenção ABERTO Não tem necessidade de cobertura. SEMI OCLUSIVO Absorver o exsudato, isolando - o da pele adjacente saudável. ABERTO COMPRESSIVO OCLUSIVO SEMI OCLUSIVO SOLUÇÕES PARA LIMPEZA DE FERIDAS ➔ SF 0,9%: mantém a ferida úmida, facilitando a formação de tecido de granulação; ➔ Rifocina: tem ação bactericida. Utilizada para tratamento tópico de infecções de superfície em que os microorganismos são sensíveis a rifamicina. Ex: furúnculos, piodermites, dermatoses infectadas, úlceras varicosas. SOLUÇÕES PARA LIMPEZA DE FERIDAS Clorexidina alcóolica:antissepsia da pele e mucosas. Inserção de catéteres vasculares. Não deve ser usada em feridas abertas. PVPI - I: indicado para antissepsia de pele íntegra. FORA DE USO PARA CURATIVOS ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS - AGE Indicação: lesões abertas, com ou sem infecção; Prevenção de LPP; Feridas com tecido de granulação; Troca: 24h OBS: o uso prolongado pode causar hipergranulação da ferida e hersensibilidade da pele. SULFADIAZINA DE PRATA Indicação: feridas com grande potencial de infecção e risco de evolução para infecção generalizada; queimaduras; úlceras de perna; feridas cirúrgicas. Troca: 12h COLAGENASE Indicação: feridas com tecido desvitalizado (desbridamento enzimático) Troca: 24h Tempo de uso: 14 dias. HIDROCOLÓIDE Indicação: prevenção e tratamento de feridas abertas, não infectadas. Tipo de feridas: - Feridas abertas não infectadas, com leve à moderada exsudação. - Prevenção ou tratamento de úlceras de pressão não infectadas. Troca: 7 dias VANTAGENS Meio ideal para cicatrização; Alivia a dor; Protege contra traumas mecânicos; Diminuição na quantidade de trocas; Pode ser cortada. DESVANTAGENS Não permite visualização da ferida; Tem odor desagradável quando removido; Não deve ser usado em feridas infectadas, nem exsudativas; Custo inicial elevado. CURATIVO ALIVIADOR DE PRESSÃO ALGINATO DE CÁLCIO ❖ Indicação: Feridas exudativas moderadas a altas; Feridas com ou sem sangramentos; Áreas doadoras de enxerto; Feridas cavitárias em geral; Desbridamento de pequenas áreas de necrose de liquefação. ❖ Troca: 48h; ❖ Requer cobertura secundária; ❖ OBS: DIMINUIU EXSUDATO, TROCOU COBERTURA HIDROGELIndicação: - feridas secas ou pouco exsudativas; - tecidos desvitalizados em feridas abertas; - áreas doadoras de pele; - queimaduras de 1º e 2º graus; - desbridamento leve de necrose de liquefação (esfacelo) e de necrose de coagulação OBS: as trocas devem acontecer quando o curativo secundário apresentar sinais de saturação, não devendo exceder 72h. Para feridas infectadas, realizar a troca em, no máximo, 24h. HIDROFIBRA Composto por fibras de carboximetilcelulose sódica; Gel macio que interage com o exsudato da ferida, mantendo o meio úmido; Indicação: abrasões, lacerações, queimaduras de II grau, úlceras vasculogênicas, feridas cirúrgicas e traumáticas. CARVÃO ATIVADO E PRATA Indicação: feridas infectadas com ou sem odor; Feridas profundas com exsudação moderadas à abundante. Troca: 3 - 7 dias; OBS: DIMINUIU EXSUDATO, TROCOU COBERTURA; JÁ EXISTEM CURATIVOS RECORTÁVEIS. FILME TRANSPARENTE Indicação: prevenção de LPP; Proteção de pele íntegra e escoriações. Curativo de acessos vasculares; Troca: 7 dias TERAPIA A VÁCUO - TERAPIA POR PRESSÃO NEGATIVA (TPN) DEFINIÇÃO: - Tecnologia não invasiva, indicada ao tratamento de feridas, que favorece a cicatrização; - Utiliza uma espuma de poliuretano, ajustada ao tamanho e profundidade de lesão, coberta com um filme transparente permeável ao vapor e com aderência sobre a esponja, gerando uma vedação. TPN - INDICAÇÕES ENXERTOS DE PELE DEISCÊNCIA DE SUTURA LESÃO POR PRESSÃO SÍNDROME DE FOURNIER QUEIMADURAS ATROFIA MUSCULAR FASCEÍTE NECROTIZANTE INFECÇÕES FERIDAS DIABÉTICAS FERIDAS TRAUMÁTICAS TPN - CONTRA INDICAÇÕES OSTEOMIELITE SEM TRATAMENTO FÍSTULAS NÃO EXPLORADAS FERIDAS MALIGNAS ÓRGÃOS EXPOSTOS, VASOS SANGUÍNEOS TECIDO NECRÓTICO PATOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA SEVERA TPN - MECANISMOS DE AÇÃO . ESTIMULAR FISICAMENTE A MITOSE PROMOVER A FORMAÇÃO DO TECIDO DE GRANULAÇÃO MELHORAR O APORTE SANGUÍNEO ELIMINAR A SECREÇÃO E O TECIDO NÃO - VIÁVEL CONTRAÇÃO DA FERIDA LASERTERAPIA - Acelera a cicatrização; - Controla a inflamação; - Alivia a dor; - Melhora a microcirculação. - Reduz edema. EFEITOS INDICAÇÕES ÚLCERAS POR PRESSÃO; ÚLCERAS VENOSAS ÚLCERAS ARTERIAIS; PÉ DIABÉTICO; TROMBOSE; DEISCÊNCIA CIRÚRGICA; QUEIMADURAS; FERIDAS TRAUMÁTICAS; PÓS OPERATÓRIOS CIRÚRGICOS; FISSURAS DA AMAMENTAÇÃO PODEROSA AÇÃO ANTIINFLAMATÓRIA; AÇÃO ANALGÉSICA; SEM EFEITOS COLATERAIS; RÁPIDO EFEITO CLÍNICO VANTAGENS CREME DE BARREIRA ● Indicação: prevenção de assaduras;Prevenção de dermatites; Prevenção de lesões; Uso em pele seca ou irritada. ● Durabilidade: resiste de 3 a 4 procedimentos de higiene ★ Limpar a ferida e a área em torno em cada troca de curativo, minimizando o trauma da ferida; ★ Escolha um curativo que mantenha a pele em torno da ferida seca e intacta, mantendo úmido somente o leito da ferida; ★ A ferida deve ser monitorada a cada troca de curativo e a escolha do curativo deve ser feita de acordo com a evolução da ferida; ★ O melhor curativo é o que leva em consideração o tempo do cuidador, a facilidade de uso, a disponibilidade e o custo. CONSIDERAÇÕES... CASOS CLÍNICOS CASO I PACIENTE J.F.S, 30 ANOS, OBESA, APRESENTOU ALTA HOSPITALAR APÓS 45 DIAS DE INTERNAMENTO NO SETOR DE UTI - COVID. NO MOMENTO DA ALTA PACIENTE APRESENTAVA ÚLCERA SACRAL, TIPO ESCARA, DE APROXIMADAMENTE 12CM DE DIÂMETRO, COM PRESENÇA AINDA DE NECROSE DE LIQUEFAÇÃO E DISCRETO TECIDO DE GRANULAÇÃO EM BORDAS. PACIENTE SEM HISTÓRIA PRÉVIA DE DIABETES, PORÉM COM QUADRO DE HIPERGLICEMIA DE DIFÍCIL CONTROLE E AUMENTO DOS NÍVEIS PRESSÓRICOS. AINDA ENCONTRA-SE BASTANTE DEBILITADO, PASSANDO A MAIOR PARTE DO TEMPO RESTRITO AO LEITO, NO DOMICÍLIO. CASO 2 R.O.S, 68 anos, sexo feminino, com sobrepeso, diabética. Relata que há aproximadamente 2 anos iniciou dor em perna D, com piora do quadro quando deambula e melhora quando eleva os membros. Há aproximadamente um ano apresentou úlcera em região maleolar. Ao exame físico: cooperativa, consciente, orientada. MMII com presença de varizes calibrosas, pulsos pedioso e tibial posterior diminuídos. PA = 120 x 80mmHg; Tax = 36,5ºC; FR = 17rpm; FC = 85bpm; Glicemia de jejum = 203mg/dl;
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