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REUSO DE ÁGUA E DESTINO CONTROLADO DE EFLUENTE E LODO

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REUSO DE ÁGUA E DESTINO CONTROLADO DE EFLUENTE E LODO
1. Disponibilidade Hídrica, Usos da Água e Conceitos de Reuso
1.1. Disponibilidade Hídrica
· Disponibilidade hídrica no planeta: 43.659 Km³/ano
· Vazão retirada para os diversos usos da água: 3.829 Km³/ano (8,8%)
· Disponibilidade hídrica não uniforme nos contextos geográficos e temporal
· Estado de escassez hídrica por fatores climáticos e por pressões de demandas em áreas populosas.
· Tendência de concentração da população no meio urbano: 60% da população mundial será urbana até 2030. Para a américa latina, 80%.
· Até 2025 crescerá 10 vezes a população em estado de escassez por pressão urbana.
· Alta densidade e crescimento populacional
· Baixa disponibilidade hídrica por pressão de demanda por recursos hídricos
· Potencialidade de conflitos entre os diversos usos
· Maior geração de esgotos domésticos (com ou sem tratamento)
· Comprometimento da qualidade da água dos rios.
· Brasil:
· Detém quase 13% das reservas de água doce do planeta
· Disponibilidade hídrica específica de 29.780 m³/ano.hab
· País com abundância de recursos hídricos
· Distribuição não é uniforme em todas as regiões
· População concentrada em áreas urbanas (mais de 80%)
· Demanda excessiva supera a disponibilidade
· 44% da população está concentrada em 36 grandes regiões metropolitanas, com disponibilidade hídrica muito inferior à média brasileira.
· Poluição agrava o problema
· Mananciais de Natal
· O sistema de abastecimento de água potável de Natal está dividido em dois subsistemas distintos, separados fisicamente pelo Rio Potengi, denominados Subsistema de Abastecimento Norte (Lagoa de Extremoz (75%) e Aquífero Dunas-Barreiras (25%)) e Subsistema de Abastecimento Sul (Lagoa do Jiqui (25%) e Aquífero Dunas-Barreiras (75%)). Ambos mananciais superficiais encontam-se nos seus limites, sendo necessário prever a curto prazo a possibilidade de novos mananciais. 
· Aquífero Dunas (Livre): Renovação sazonal que alimenta as lagoas costeiras, rios e riachos, através da infiltração rápida e direta das águas pluviais. É fonte permanente de recarga do aquífero Barreiras e funciona como barreira hidráulica, impedindo o avanço da cunha salina para o continente. 
· Aquífero Barreiras (Confinado): Principal aquífero da Região Metropolitana de Natal. Tem grandes volumes de reservas que estão relacionadas com as altas taxas de recarga procedentes do aquífero Dunas.
· Degradação dos Mananciais de Natal:
· Era considerada de excelente qualidade físico-química e bacteriológica, porém, atualmente é ameaçada por contaminação por nitrato, tendo em vista a grande parcela de esgotos infiltrados no solo através de fossas e sumidouros (cerca de 60%). Tirando esse fator, é de excelente qualidade e dispensa tratamento convencional (apenas desinfecção e, em alguns casos, correção do pH). 
· É necessário evitar a continuidade da degradação, através da universalização dos serviços de coleta de esgotos, a coleta e destinação adequada aos resíduos sólidos, a preservação das áreas de recarga de aquíferos. 
· Porém, Righetto & Rocha (2005) ao realizarem o balanço hídrico do aquífero de Natal, verificaram que são de igual magnitude os volumes efetivos de recarga e explotação anuais. O mesmo estudo conclui que a recarga efetiva supre as demandas atuais e futuras de Natal, desde que sejam mantidas as condições atuais de infiltração da água de chuva e infiltração de grande parcela dos esgotos no solo. Segundo os autores, caso a desejável expansão do sistema de esgotamento sanitário de Natal se concretize, o sistema de exploração de água subterrânea entraria rapidamente em colapso, inclusive com possibilidade de intrusão salina.
1.2. Usos da Água
· A água é vital para os seres humanos e demais seres vivos e tem os seguintes usos:
· Consumo humano 
· Dessedentação animal
· Irrigação
· Aquicultura
· Agricultura: Responsável por 70% de toda a água consumida no planeta.
· Uso Industrial: Matéria prima (a água é incorporada ao produto final), produto auxiliar (participa do processo de produção, mas não é incorporada ao produto final). Os padrões de qualidade variam de acordo com a aplicação.
· Geração de energia elétrica
· Transporte
· Preservação da fauna e flora
· Transporte e assimilação de poluentes: é um dos usos menos nobres da água, porém é inevitável. 
· Alternativas de Gestão dos Recursos Hídricos
· Uso Racional da Água: Equipamentos economizadores, melhoria dos processos produtivos, redução das perdas.
· Aprimoramento dos processos de tratamento de águas e efluentes: Tecnologias de separação por membranas
· Aproveitamento da água de chuva: Reuso e reciclagem da água.
1.3. Classificação quanto à forma de aproveitamento:
· Reuso Indireto: Ocorre quando a água já usada, uma ou mais vezes para uso doméstico ou industrial, é descarregada nas águas superficiais ou subterrâneas e utilizada novamente à jusante, de forma diluída.
· Reuso Direto: É o uso planejado e deliberado de esgotos tratados para certas finalidades como irrigação, uso industrial, uso urbano de recarga de aquífero e água potável.
· Reciclagem Interna: É o reuso da água internamente a instalações industriais, tendo como objetivo a economia de água e o controle da poluição.
2. Legislação Aplicada ao Reuso
· A maior parte da água doce disponível no mundo é subterrânea
· O consumo exagerado das reservas naturais de água por causa do alto crescimento populacional está sendo maior do que a natureza pode oferecer e a poluição produzida pelo homem está contaminando e diminuindo cada vez mais essas reservas.
· A irrigação corresponde a 73% do consumo de água, 21% vai para a indústria e apenas 6% destina-se ao consumo doméstico.
· A escassez de água no mundo é agravada em virtude da desigualdade social e da fala de manejo e usos sustentáveis dos recursos naturais.
· O reuso reduz a demanda sobre os mananciais de água devido à substituição da água potável por uma água de qualidade inferior.
· Essa prática, atualmente muito discutida, posta em evidência e já utilizada em alguns países é baseada no conceito de substituição de mananciais. Tal substituição é possível em função da qualidade requerida para um uso específico. 
2.1. OMS
· As diretrizes da OMS foram formalizadas com base em um consenso científico e melhor evidência disponível, os alvos foram baseados na saúde, boas práticas e uma abordagem de múltiplas barreiras, para ser adaptado aos fatores sociais, econômicos e ambientais locais, considerando diferentes grupos expostos: consumidores, agricultores e comunidades vizinhas.
· Padrões de reuso baseados em reuso para irrigação agrícola
· Coliformes fecais e ovos de helmintos são indicadores de patógenos
· A OMS recomenda lagoas de estabilização ou uma tecnologia equivalente para tratar as águas residuais. As diretrizes baseiam-se na conclusão de que os principais riscos para a saúde associados à reutilização nos países em desenvolvimento estão associados à verminoses e, portanto, um alto grau de remoção de helmintos é necessário para o uso seguro de águas residuais na agricultura e aquicultura. 
2.2. USEPA
· Reuso urbano irrestrito: Utilização de água recuperada para aplicações não potáveis em ambientes urbanos, o acesso ao público não é restrito.
· Reuso urbano restrito: Utilização de água recuperada para aplicações não potáveis em ambientes urbanos, onde o acesso ao público é controlado ou restrito, por barreiras físicas ou institucionais, como cercas, placas de aviso ou acesso por tempo de restrição.
· Reuso agrícola para culturas alimentares: O uso de água recuperada para irrigar culturas cuja intenção é para o consumo humano.
· Reuso agrícola para culturas de alimentos industrializados e não alimentares: O uso de água recuperada para irrigar culturas que serão industrializadas ou processadas antes do consumo humano ou não.
· Represamento
· Reuso ambiental: O uso de água recuperada parar criar, manter, sustentar e repor corpos d’água incluindo alagados (wetlands), habitats aquáticos ou aumentar vazões de rios.
· Reuso industrial
· Reusopotável direto e indireto
2.3. EPA Tasmania
· Não é abordada reutilização potável ou contato corporal com água de reuso nas diretrizes da Tasmânia por causa do alto nível e custo do tratamento necessário para produzir a qualidade da água recuperada necessária.
2.4. Hierarquia das normas nacionais
· União (Normas federais)
· Estabelece diretrizes básicas a serem cumpridas em todos os Estados do território nacional
· Estados (Normas estaduais)
· Estabelecem normas específicas que procuram levar em consideração condições específicas
· Municípios (Normas municipais)
· São mais específicas que as normas estaduais e procuram atender aos interesses locais
2.5. Panorama Nacional
· Não há normalização específica para os sistemas de reuso da água. O que se é praticado é a adoção dos padrões internacionais ou mesmo a adoção de orientações técnicas produzidas por instituições privadas. 
· Em todo o mundo, o reuso de água tem sido praticado com base nas determinações da OMS e da EPA. No caso de países nos quais as infecções parasitárias são comuns, as orientações recomendadas pela OMS para o reuso de água são menos restritivas, quando comparadas com os da EPA, sendo dirigidas, principalmente, para a remoção de helmintos.
· PNRH: Institui o Conselho Nacional de Recursos Hídricos que cria políticas para a gestão integrada dos recursos hídricos em conformidade com a lei, promovendo os usos múltiplos, a conservação, o uso racional e a diminuição da poluição das águas visando a importância da outorga. A gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar usos múltiplos para agua. 
· A outorga concede ao interessado a possibilidade de explorar os recursos hídricos. 
· CONAMA 357/2005
· NBR 15.227/2007: Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis
· NBR 13.969/1997: Norma de tanques sépticos
· Resolução 54: Única resolução que trata do reuso. Estabelece critérios para a prática de reuso direto não potável de água na modalidade agrícola e florestal, deixando para os órgãos competentes as diretrizes, critérios e parâmetros específicos para as modalidades de reuso definidas nessa resolução.
· Reuso para fins urbanos
· Reuso para fins agrícolas e florestais
· Reuso para fins ambientais
· Reuso para fins industriais
· Reuso na agricultura
· 
2.6.

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