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Inferências a partir do livro Quarto de Despejo

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https://www.biologiatotal.com.br/medio/cursos/extensivo-enem-e-vestibulares 1/8
Português Lista de Exercícios Extensivo ENEM e Vestibulares SEMANA 14
Ex. 3 Inferências
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Quarto de Despejo
 
“O grito da favela que tocou a consciência do mundo inteiro”
 
2 de MAIO de 1958. Eu não sou indolente. Há tempos que eu
pretendia fazer o meu diario. Mas eu pensava que não tinha valor e
achei que era perder tempo.
...Eu �z uma reforma para mim. Quero tratar as pessoas que eu
conheço com mais atenção. Quero enviar sorriso amavel as crianças
e aos operarios.
...Recebi intimação para comparecer as 8 horas da noite na Delegacia
do 12. Passei o dia catando papel. A noite os meus pés doiam tanto
que eu não podia andar.
Começou chover. Eu ia na Delegacia, ia levar o José Carlos. A
intimação era para ele. O José Carlos tem 9 anos.
 
3 de MAIO. ...Fui na feira da Rua Carlos de Campos, catar qualquer
coisa. Ganhei bastante verdura. Mas �cou sem efeito, porque eu não
tenho gordura. Os meninos estão nervosos por não ter o que comer.
 
6 de MAIO. De manhã não fui buscar agua. Mandei o João carregar.
Eu estava contente. Recebi outra intimação. Eu estava inspirada e os
versos eram bonitos e eu esqueci de ir na Delegacia. Era 11 horas
quando eu recordei do convite do ilustre tenente da 12ª Delegacia.
...o que eu aviso aos pretendentes a política, é que o povo não tolera
a fome. É preciso conhecer a fome para saber descrevê-la.
Estão construindo um circo aqui na Rua Araguaia, Circo Theatro Nilo.
 
9 de MAIO. Eu cato papel, mas não gosto. Então eu penso: Faz de
conta que estou sonhando.
 
10 de MAIO. Fui na Delegacia e falei com o Tenente. Que homem
amavel! Se eu soubesse que ele era tão amavel, eu teria ido na
Delegacia na primeira intimação.
(...) O Tenente interessou-se pela educação dos meus �lhos. Disse-
me que a favela é um ambiente propenso, que as pessoas tem mais
possibilidades de delinquir do que tornar-se util a patria e ao país.
Pensei: se ele sabe disso, porque não faz um relatorio e envia para
os politicos? O Senhor Janio Quadros, o Kubstchek, e o Dr Adhemar
de Barros? Agora falar para mim, que sou uma pobre lixeira. Não
posso resolver nem as minhas di�culdades.(...) O Brasil precisa ser
dirigido por uma pessoa que já passou fome. A fome tambem é
professora. Quem passa fome aprende a pensar no proximo e nas
crianças.
 
11 de MAIO. Dia das mães. O céu está azul e branco. Parece que até
a natureza quer homenagear as mães que atualmente se sentem
infeliz por não realizar os desejos de seus �lhos. (...) O sol vai
galgando. Hoje não vai chover. Hoje é o nosso dia. (...) A D. Teresinha
veio visitar-me. Ela deu-me 15 cruzeiros. Disse-me que era para a
Vera ir no circo. Mas eu vou deixar o dinheiro para comprar pão
amanhã, porque eu só tenho 4 cruzeiros.(...) Ontem eu ganhei
metade da cabeça de um porco no frigori�co. Comemos a carne e
guardei os ossos para ferver. E com o caldo �z as batatas. Os meus
�lhos estão sempre com fome. Quando eles passam muita fome eles
não são exigentes no paladar. (...) Surgiu a noite. As estrelas estão
ocultas. O barraco está cheio de pernilongos. Eu vou acender uma
folha de jornal e passar pelas paredes. É assim que os favelados
matam mosquitos.
 
13 de MAIO. Hoje amanheceu chovendo. É um dia simpatico para
mim. É o dia da Abolição. Dia que comemoramos a libertação dos
escravos. Nas prisões os negros eram os bodes expiatorios. Mas os
brancos agora são mais cultos. E não nos trata com desprezo.
Que Deus ilumine os brancos para que os pretos sejam feliz. (...)
Continua chovendo. E eu tenho só feijão e sal. A chuva está forte.
Mesmo assim, mandei os meninos para a escola. Estou escrevendo
até passar a chuva para mim ir lá no Senhor Manuel vender os
ferros. Com o dinheiro dos ferros vou comprar arroz e linguiça. A
chuva passou um pouco. Vou sair. (...) Eu tenho dó dos meus �lhos.
Quando eles vê as coisas de comer eles brada: Viva a mamãe!. A
manifestação agrada-me. Mas eu já perdi o habito de sorrir. Dez
minutos depois eles querem mais comida. Eu mandei o João pedir
um pouquinho de gordura a Dona Ida. Mandei-lhe um bilhete assim:
“Dona Ida peço-te se pode me arranjar um pouquinho de gordura,
para eu fazer sopa para os meninos. Hoje choveu e não pude catar
papel. Agradeço. Carolina”
(...) Choveu, esfriou. É o inverno que chega. E no inverno a gente
come mais. A Vera começou a pedir comida. E eu não tinha. Era a
reprise do espetaculo. Eu estava com dois cruzeiros. Pretendia
comprar um pouco de farinha para fazer um virado. Fui pedir um
pouco de banha a Dona Alice. Ela deu-me a banha e arroz. Era 9
horas da noite quando comemos.
E assim no dia 13 de maio de 1958 eu lutava contra a escravatura
atual – a fome!
 
(DE JESUS, Carolina Maria. Quarto de Despejo.)
 
 
(Epcar (Afa) 2016)  O título do livro “Quarto de Despejo” pode
sugerir algumas inferências. Assinale aquela que NÃO pode ser
comprovada pelo relato.
a) O ambiente onde escreve Carolina assemelha-se a um quarto de
despejo.   
 
b) Tal qual os objetos que Carolina recolhe nas ruas, ela e seus �lhos
são restos ignorados pelo poder público.   
  
c) Os relatos da vida da autora são comparados aos pertences
deixados em um quarto de despejo.   
 
d) Há uma alusão ao local onde vivem as pessoas que trabalham
com serviços domésticos em casas de luxo.
https://www.biologiatotal.com.br/medio/cursos/extensivo-enem-e-vestibulares 2/8
Ex. 8 Inferências
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
ELAS QUEREM O TOPO
 
(Marcela Buscato)
 
O sucesso de algumas mulheres pioneiras em áreas dominadas
pelos homens mostra que elas podem chegar lá - e revela como isso
anda difícil.
 
O passeio preferido da brasiliense Neiriane Marcelli da Silva Costa,
quando criança, era acompanhar seu pai, subo�cial da Força Aérea
Brasileira (FAB), nos des�les militares. Ela gostava de observar os
aviões no céu e sonhava em estar um dia no lugar dos pilotos. 1“Eu
me desiludia ao pensar que nunca poderia realizar meu sonho,
porque apenas homens pilotavam aviões militares”, diz Marcelli, hoje
com 28 anos. Até o dia em que o�ciais da FAB foram ao colégio dela
para contar uma novidade: 2a partir daquele ano, 2002, as meninas
também poderiam se inscrever no curso de o�ciais aviadores.
Marcelli se formou cinco anos depois na Academia da Força Aérea
(AFA), integrou um esquadrão em Belém, no Pará, e hoje ensina os
cadetes da AFA, em Pirassununga, interior de São Paulo. O
ambiente, dominado por homens, nunca a intimidou. 3“Não pensei se
faria alguma diferença ser mulher. 4Era o que queria fazer.”
A tenente Marcelli faz parte de uma geração de mulheres criadas
para pensar que o limite para elas é o mesmo que para os homens: o
céu. Algumas alcançaram essa fronteira literalmente, como Marcelli.
Outras, no sentido �gurado. Nunca as mulheres chegaram tão longe:
à Presidência da República ou da Petrobrás, a maior empresa do
país. As conquistas, como sempre, dão origem a novas e ainda mais
ambiciosas aspirações. As mulheres querem permanecer na
liderança e avançar em muitas áreas. Elas conquistaram um território
dominado pelos homens. Contaram com mudanças na sociedade
(que permitiu mulheres o�ciais aviadoras) e com alta dose de
determinação pessoal. 5Suas histórias contêm lições para outras
desbravadoras – e para os homens também. (...)
 
(Época, número 823, 10 de março de 2014. Editora Globo; p.60 –
adaptado)
 
 
(Epcar (Afa) 2015)  Assinale a alternativa que apresenta uma
inferência correta.
Ex. 4 Inferências
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia o texto abaixo para responder à(s) questão(ões) a seguir.
 
COMPUTADORES PROVOCAM ACIDENTES DO TRABALHO?
 
Durante muito tempo, a segurança do trabalho foi vista como um
tema que se relacionava apenas ao uso de capacetes, botas, cintos
de segurança e uma série de outros equipamentos de proteção
individual contra acidentes. No entanto, a evolução tecnológica se
fez acompanhar de novos ambientes de trabalho e de riscos
pro�ssionais a eles associados. Muitos desses novos riscos são
pouco ou nada conhecidos e demandampesquisas cujos resultados
só se apresentam após a exposição prolongada dos trabalhadores a
ambientes nocivos a sua saúde e integridade física. Hoje, o setor de
segurança e saúde no trabalho é multidisciplinar e tem como
objetivo principal a prevenção dos riscos pro�ssionais. O conceito de
acidente é compreendido por um maior número de pessoas que já
identi�cam as doenças pro�ssionais como consequências de
acidentes do trabalho.
A relação homem-máquina, que já trouxe enormes benefícios para a
humanidade, também trouxe um grande número de vítimas. Entre as
máquinas das novas relações pro�ssionais, os computadores
pessoais têm uma característica ímpar: nunca, na história da
humanidade, uma mesma máquina esteve presente na vida
pro�ssional de um número tão grande e diversi�cado de
trabalhadores.
Diante desses fatos, muitas dúvidas têm sido levantadas sobre os
riscos de acidentes no uso de computadores; entre eles, destacam-
se os chamados riscos ergonômicos. A Ergonomia é uma ciência que
estuda a adequação das condições de trabalho às características
psico�siológicas dos trabalhadores de modo a proporcionar o
máximo de conforto, segurança e desempenho e�ciente. Entre os
riscos ergonômicos, aqueles que têm maior relação com o uso de
computadores são: exigência de postura inadequada, utilização de
mobiliário impróprio, imposição de ritmos excessivos, trabalho em
turno noturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e
repetitividade.
A exposição do trabalhador ao risco gera o acidente, cuja
consequência, nesses casos, tem efeito mediato, ou seja, ela se
apresenta ao longo do tempo por ação cumulativa desses eventos
sucessivos. É como se, a cada dia de exposição ao risco, um pequeno
acidente, imperceptível, estivesse ocorrendo. As consequências dos
acidentes do trabalho desse tipo são as doenças pro�ssionais ou
ocupacionais.
Já para os pro�ssionais que têm o computador como instrumento de
um trabalho diário, a prevenção dos riscos ergonômicos relacionados
ao seu uso deverá ser motivo de atenção e interesse, observando,
entretanto, que a legislação e as normas técnicas estão inseridas no
contexto maior de uma avaliação completa do ambiente de trabalho.
O bem-estar físico e psicológico dos trabalhadores re�ete no seu
desempenho pro�ssional e é resultado de uma política global de
investimento em segurança, saúde e meio ambiente. O fundamental
para os usuários de computadores é saber que há procedimentos
básicos para se evitar acidentes no trabalho, mesmo quando esse
trabalho se concentra em uma relação homem-máquina
aparentemente amigável e isenta de riscos, desenvolvida em
escritórios ou mesmo em casa.
 
MATTOS, Ricardo Pereira de. Adaptado. Disponível em:
<http://www.ricardomattos.com/artigo.htm#saude>. Acesso em: 09
jun. 2016.
a) Na geração de Marcelli, não mais são encontradas mulheres
passivas e conformadas que se satisfazem com a coadjuvância.   
 
b) A conquista de Marcelli foi possível devido somente à sua grande
determinação pessoal e coragem de enfrentar desa�os.   
 
c) As mulheres já alcançaram o topo ao ocupar os mais altos cargos
como Presidência da República e da maior empresa brasileira.   
 
d) Não há limites para a ambição feminina que se alimenta dos
exemplos e das conquistas de desbravadoras como Marcelli.   
https://www.biologiatotal.com.br/medio/cursos/extensivo-enem-e-vestibulares 3/8
 
 
(G1 - ifpe 2016)  Em relação à pergunta feita no título do texto
“Computadores provocam acidente de trabalho?”, é possível a�rmar
que
Ex. 9 Inferências
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
GATES E JOBS
 
Quando as órbitas se cruzam
 
7Em astronomia, quando as órbitas de duas estrelas se entrecruzam
por causa da interação gravitacional, tem-se um sistema binário.
Historicamente, ocorrem situações análogas quando uma era é
moldada pela relação e rivalidade de dois grandes astros orbitando:
Albert Einstein e Niels Bohr na física no século XX, por exemplo, ou
Thomas Jefferson e Alexander Hamilton na condução inicial do
governo americano. Nos primeiros trinta anos da era do computador
pessoal, a partir do �nal dos anos 1970, o sistema estelar binário
de�nidor foi composto por dois indivíduos de grande energia, que
largaram os estudos na universidade, ambos nascidos em 1955.
Bill Gates e Steve Jobs, apesar das ambições semelhantes no ponto
de convergência da tecnologia e dos negócios, 5tinham origens
bastante diferentes e personalidades radicalmente distintas.
À diferença de Jobs, Gates entendia de programação e tinha uma
mente mais prática, mais disciplinada e com grande capacidade de
raciocínio analítico. Jobs era mais intuitivo, romântico, e dotado de
mais instinto para tornar a tecnologia usável, o design agradável e
as interfaces amigáveis. Com sua mania de perfeição, era
extremamente exigente, além de administrar com carisma e
intensidade indiscriminada. 3Gates era mais metódico; as reuniões
para exame dos produtos tinham horário rígido, e ele chegava ao
cerne das questões com uma habilidade ímpar. Jobs encarava as
pessoas com uma intensidade cáustica e ardente; Gates às vezes
não conseguia fazer contato visual, mas era essencialmente
bondoso.
4“Cada qual se achava mais inteligente do que o outro, mas Steve
em geral tratava Bill como alguém levemente inferior, sobretudo em
questões de gosto e estilo”, diz Andy Hertzfeld. “Bill menosprezava
Steve porque ele não sabia de fato programar.” Desde o começo da
relação, 6Gates �cou fascinado por Jobs e com uma ligeira inveja de
seu efeito hipnótico sobre as pessoas. Mas também o considerava
“essencialmente esquisito” e “estranhamente falho como ser
humano”, e se sentia desconcertado com a grosseria de Jobs e sua
tendência a funcionar “ora no modo de dizer que você era um merda,
ora no de tentar seduzi-lo”. Jobs, por sua vez, via em Gates uma
estreiteza enervante.
2Suas diferenças de temperamento e personalidade 1iriam levá-los
para lados opostos da linha fundamental de divisão na era digital.
Jobs era um perfeccionista que adorava estar no controle e se
comprazia com sua índole intransigente de artista; ele e a Apple se
tornaram exemplos de uma estratégia digital que integrava
solidamente o hardware, o software e o conteúdo numa unidade
indissociável. Gates era um analista inteligente, calculista e
pragmático dos negócios e da tecnologia; dispunha-se a licenciar o
software e o sistema operacional da Microsoft para um grande
número de fabricantes.
Depois de trinta anos, Gates desenvolveu um respeito relutante por
Jobs. “De fato, ele nunca entendeu muito de tecnologia, mas tinha
um instinto espantoso para saber o que funciona”, disse. Mas Jobs
nunca retribuiu valorizando devidamente os pontos fortes de Gates.
“Basicamente Bill é pouco imaginativo e nunca inventou nada, e é
por isso que acho que ele se sente mais à vontade agora na
�lantropia do que na tecnologia”, disse Jobs, com pouca justiça. “Ele
só pilhava despudoradamente as ideias dos outros.”
 
(ISAACSON, Walter. Steve Jobs: a biogra�a. São Paulo: Companhia
das Letras, 2011. p. 189-191. Adaptado)
 
(Epcar (Afa) 2013)  O texto I desenvolve-se basicamente pela
oposição entre Jobs e Gates. Leia as inferências abaixo.
 
I. Reconhecia as qualidades do adversário em meio aos inúmeros
defeitos que nele apontava.
II. A racionalidade era o elemento estruturante de sua personalidade.
III. Era genial, contudo arrogante e intransigente.
IV. Era direto, incisivo e apaixonante.
V. Primava pela praticidade dos produtos que criava.
 
A(s) inferência(s) que se relaciona(m) a Bill Gates é(são), apenas:
a) podemos inferir sua resposta a partir dos argumentos levantados
pelo autor, o qual expõe vários outros fatos causadores de acidentes
de trabalho.   
 
b) o autor a responde de maneira favorável ao uso dos
computadores, defendendo que eles são, atualmente, os únicos
causadores dos acidentes de trabalho.   
 
c) ela não é respondida ao longo do texto, o que o deixa com uma
conclusão pouco clara e incompleta quanto ao questionamento
sobre o uso dos computadores no ambiente de trabalho.  
d) não é possívelfazermos a inferência de sua resposta, uma vez que
não há, no texto, as palavras “sim” e “não”, as quais caracterizariam
respostas prováveis.   
 
e) �ca subentendido que o uso dos computadores não causa
acidentes de trabalho, embora esse uso esteja relacionado a outros
aspectos citados pelo autor.  
https://www.biologiatotal.com.br/medio/cursos/extensivo-enem-e-vestibulares 4/8
Ex. 1 Inferências
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia o texto a seguir e responda à(s) questão(ões).
 
 
ENVELHECER
 
Arnaldo Antunes/Ortinho/Marcelo Jeneci
 
A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer
A barba vai descendo e os cabelos vão caindo pra cabeça aparecer
Os �lhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que agora é pra valer
Os outros vão morrendo e a gente aprendendo a esquecer
Não quero morrer pois quero ver como será que deve ser envelhecer
Eu quero é viver para ver qual é e dizer venha pra o que vai
acontecer
(...)
Pois ser eternamente adolescente nada é mais *démodé com os
ralos �os de cabelo sobre a
[testa que não para de crescer
Não sei por que essa gente vira a cara pro presente e esquece de
aprender
Que felizmente ou infelizmente sempre o tempo vai correr.
(...)
 
 www.arnaldoantunes.com.br/new/sec_discogra�a_sel.php?id=679
 
 
*démodé: fora de moda.
 
 
1. (Epcar (Afa) 2017)  Assinale a alternativa que apresenta uma
inferência correta.
Ex. 10 Inferências
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Dois anúncios
Rondó de Efeito - para todas as combinações possíveis
 
            Olhei para ela com toda a força,
            Disse que ela era boa,
            Que ela era gostosa,
            Que ela era bonita pra burro:
            Não fez efeito.
 
            Virei pirata:
            Dei em cima de todas as maneiras,
            Utilizei o bonde, o automóvel, o passeio a pé,
            Falei de macumba, ofereci pó...
            À toa: não fez efeito.
 
            Então banquei o sentimental:
            Fiquei com olheiras,
            Ajoelhei,
            Chorei,
            Me rasguei todo,
            Fiz versinhos,
            Cantei as modinhas mais tristes do repertório do Nozinho.
            Escrevi cartinhas e pra acertar a mão, li Elvira a Morta Virgem
            (Romance primoroso e por tal forma comovente que ninguém
pode lê-lo sem derramar copiosas lágrimas...)
 
            Perdi meu tempo: não fez efeito.
            Meu Deus que mulher durinha!
            Foi um buraco na minha vida.
            Mas eu mato ela na cabeça:
            Vou lhe mandar uma caixinha de Minorativas,
            Pastilhas purgativas:
            É impossível que não faça efeito.
 
(Bandeira, Manuel. Estrela da vida inteira. São Paulo: Nova Fronteira,
2007)
 
 
(Insper 2011)  Sobre a última estrofe, considere as seguintes
inferências:
I. Os versos evidenciam a última atitude tomada pelo poeta
objetivando conquistar a moça.
II. A forma “mato ela”, embora condenada pela norma culta, não
deve ser considerada errada, pois é legitimada pelo registro
coloquial predominante no texto.
III. O humor reside no emprego do termo “efeito”, que agora não se
refere apenas à indiferença da jovem.
 
É(são) correta(s)
Ex. 7 Inferências
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
MULHER BOAZINHA
(Martha Medeiros)
a) I.   
 
b) I e II.   
c) IV e V.   
 
d) II, III e IV.   
a) A expressão “vira a cara para o presente”, no verso 8, foi utilizada
no sentido de encarar �xamente o presente.   
 
b) O eu lírico destaca, nos versos de 2 a 4, apenas as perdas físicas
que caracterizam a chegada da velhice.   
 
c) Conservar os cabelos longos, quando já estão ralos devido à
calvície, é uma atitude fora de moda.   
 
d) No verso 1, é possível perceber uma alusão ao aumento da
expectativa de vida na modernidade, já que envelhecer tornou-se
comum.   
a) apenas I.   
 
b) apenas I e II.   
 
c) apenas II e III.   
 
d) I, II e III.   
 
e) apenas III.  
https://www.biologiatotal.com.br/medio/cursos/extensivo-enem-e-vestibulares 5/8
 
Qual o elogio que uma mulher adora receber 1?
2Bom, se você está com tempo, pode-se listar aqui uns setecentos:
mulher adora que verbalizem seus atributos, sejam eles físicos ou
morais.
Diga que ela é uma mulher inteligente3, 4e ela irá com a sua cara.
Diga que ela tem um ótimo caráter e um corpo que é uma
provocação, e ela decorará o seu número.
Fale do seu olhar, da sua pele, do seu sorriso, da sua presença de
espírito, da sua aura de mistério, de como ela tem classe: ela achará
você muito observador e lhe dará uma cópia da chave de casa.
5Mas não pense que o jogo está ganho6: manter o cargo vai
depender da sua perspicácia para encontrar novas qualidades nessa
mulher poderosa, absoluta.
7Diga que ela cozinha melhor que a sua mãe, que ela tem uma voz
que faz você pensar obscenidades, que 8ela é um avião no mundo
dos negócios.
Fale sobre sua competência, seu senso de oportunidade, seu bom
gosto musical.
Agora 9quer ver o mundo cair 10?
Diga que ela é muito boazinha.
Descreva aí uma mulher boazinha.
Voz �na, roupas pastel, calçados rente ao chão.
Aceita encomendas de doces, contribui para a igreja, cuida dos
sobrinhos nos �nais de semana.
Disponível, serena, previsível, nunca foi vista negando um favor.
11Nunca teve um chilique.
12Nunca colocou os pés num show de rock.
É queridinha.
Pequeninha.
Educadinha.
13En�m, uma mulher boazinha.
Fomos boazinhas por séculos.
Engolíamos tudo e �ngíamos não ver nada, ceguinhas.
Vivíamos no nosso mundinho, 14rodeadas de panelinhas e
nenezinhos.
A vida feminina era esse frege: bordados, paredes brancas, cruci�xo
em cima da cama, tudo certinho.
Passamos um tempão assim, comportadinhas, enquanto íamos
alimentando um desejo incontrolável de virar a mesa.
15Quietinhas, mas inquietas.
16Até que chegou o dia em que deixamos de ser as coitadinhas.
Ninguém mais fala em namoradinhas do Brasil: somos atrizes,
estrelas, pro�ssionais.
Adolescentes não são mais brotinhos: são garotas da geração teen.
Ser chamada de patricinha é ofensa mortal.
Pitchulinha é coisa de retardada.
Quem gosta de diminutivos, de�nha.
Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa.
17Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo.
As boazinhas não têm defeitos.
Não têm atitude.
Conformam-se com a coadjuvância.
PH neutro.
Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções, é o
pior dos desaforos.
Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes,
ciumentas, apressadas, é 18isso que somos hoje.
Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos.
As “inhas” não moram mais aqui.
Foram para o espaço, sozinhas.
 
(Disponível em: http://pensador.uol.com.br/frase/NTc1ODIy/ acesso
em 28/03/14)
 
(Epcar (Afa) 2015)  Observe as inferências feitas a partir da leitura
global do texto e assinale a alternativa que contém uma a�rmação
INCORRETA.
Ex. 2 Inferências
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia o texto e responda à(s) questão(ões).
 
 
LEITE DERRAMADO
 
“Um homem muito velho está num leito de hospital. E des�a a quem
quiser ouvir suas memórias. Uma saga familiar caracterizada pela
decadência social e econômica, tendo como pano de fundo a história
do Brasil dos últimos dois séculos.”
 
Não sei por que você não me alivia a dor. Todo dia a senhora levanta
a persiana com bruteza e joga sol no meu rosto. Não sei que graça
pode achar dos meus esgares, é uma pontada cada vez que respiro.
Às vezes aspiro fundo e encho os pulmões de um ar insuportável,
para ter alguns segundos de conforto, expelindo a dor. Mas bem
antes da doença e da velhice, talvez minha vida já fosse um pouco
assim, uma dorzinha chata a me espetar o tempo todo, e de repente
uma lambada atroz. Quando perdi minha mulher, foi atroz. E
qualquer coisa que eu recorde agora, vai doer, a memória é uma
vasta ferida. Mas nem assim você me dá os remédios, você é meio
desumana. Acho que nem é da enfermagem, nunca vi essa cara sua
por aqui. Claro, você é a minha �lha que estava na contraluz, me dê
um beijo. Eu ia mesmo lhe telefonar para me fazer companhia, me ler
jornais, romances russos. Fica essa televisão ligada o dia inteiro, as
pessoas aquinão são sociáveis. Não estou me queixando de nada,
seria uma ingratidão com você e com o seu �lho. Mas se o garotão
está tão rico, não sei por que diabos não me interna em uma casa de
saúde tradicional, de religiosas. Eu próprio poderia arcar com viagem
a) “Diga que ela cozinha melhor que a sua mãe” (ref. 7) é um
argumento forte de valorização de uma mulher, já que há uma
crença de que os homens consideram suas mães sempre as
melhores cozinheiras de suas vidas.   
b) Depois que o homem ganha uma mulher através dos elogios
certos, nas horas certas e que se referem aos atributos mais
valorizados por ela, a conquista está garantida e o relacionamento
está destinado ao sucesso.   
c) As mulheres hoje querem receber os elogios que as tratem como
bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas,
apressadas, velozes, produtivas e enigmáticas.   
 
d) Ao dizer que “as ‘inhas’ não moram mais aqui” e que “foram para
o espaço, sozinhas”, o locutor a�rma que as mulheres boazinhas
perderam seu lugar social e ainda por cima �caram sozinhas.   
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e tratamento no estrangeiro, se o seu marido não me tivesse
arruinado.
 
BUARQUE, Chico. Leite derramado. São Paulo: Companhia das
Letras, 2009, p. 10-11.
 
 
(Epcar (Afa) 2017)  Assinale a alternativa que apresenta uma
inferência INCORRETA
Ex. 11 Inferências
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
(...)
As angústias dos brasileiros em relação ao português são de duas
ordens. Para uma parte da população, a que não teve acesso a uma
boa escola e, mesmo assim, conseguiu galgar posições, o problema
é sobretudo com a gramática. É esse o público que consome
avidamente os fascículos e livros do professor Pasquale, em que as
regras básicas do idioma são apresentadas de forma clara e bem-
humorada. Para o segmento que teve oportunidade de estudar em
bons colégios, a 1principal di�culdade é com clareza. É para
satisfazer a essa demanda que um novo tipo de pro�ssional surgiu: o
professor de português especializado em adestrar funcionários de
empresas. Antigamente, os cursos dados no escritório eram de
gramática básica e se destinavam principalmente a secretárias. De
uns tempos para cá, eles passaram a atender primordialmente gente
de nível superior. Em geral, os professores que atuam em �rmas são
acadêmicos que fazem esse tipo de trabalho esporadicamente para
ganhar um dinheiro extra. "É fascinante, porque deixamos de viver a
teoria para enfrentar a língua do mundo real", diz Antônio Suárez
Abreu, livre-docente pela Universidade de São Paulo (...)
(JOÃO GABRIEL DE LIMA. "Falar e escrever, eis a questão". VEJA,
7/11/2001, nº 1725)
 
 
 
(Ita 2003)  Aponte a alternativa que contém uma inferência que
NÃO pode ser feita com base nas ideias explicitadas no texto.
Ex. 6 Inferências
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
MULHER BOAZINHA
(Martha Medeiros)
 
Qual o elogio que uma mulher adora receber 1?
2Bom, se você está com tempo, pode-se listar aqui uns setecentos:
mulher adora que verbalizem seus atributos, sejam eles físicos ou
morais.
Diga que ela é uma mulher inteligente3, 4e ela irá com a sua cara.
Diga que ela tem um ótimo caráter e um corpo que é uma
provocação, e ela decorará o seu número.
Fale do seu olhar, da sua pele, do seu sorriso, da sua presença de
espírito, da sua aura de mistério, de como ela tem classe: ela achará
você muito observador e lhe dará uma cópia da chave de casa.
5Mas não pense que o jogo está ganho6: manter o cargo vai
depender da sua perspicácia para encontrar novas qualidades nessa
mulher poderosa, absoluta.
7Diga que ela cozinha melhor que a sua mãe, que ela tem uma voz
que faz você pensar obscenidades, que 8ela é um avião no mundo
dos negócios.
Fale sobre sua competência, seu senso de oportunidade, seu bom
gosto musical.
Agora 9quer ver o mundo cair 10?
Diga que ela é muito boazinha.
Descreva aí uma mulher boazinha.
Voz �na, roupas pastel, calçados rente ao chão.
Aceita encomendas de doces, contribui para a igreja, cuida dos
sobrinhos nos �nais de semana.
Disponível, serena, previsível, nunca foi vista negando um favor.
11Nunca teve um chilique.
12Nunca colocou os pés num show de rock.
É queridinha.
Pequeninha.
Educadinha.
13En�m, uma mulher boazinha.
Fomos boazinhas por séculos.
Engolíamos tudo e �ngíamos não ver nada, ceguinhas.
Vivíamos no nosso mundinho, 14rodeadas de panelinhas e
nenezinhos.
A vida feminina era esse frege: bordados, paredes brancas, cruci�xo
em cima da cama, tudo certinho.
Passamos um tempão assim, comportadinhas, enquanto íamos
alimentando um desejo incontrolável de virar a mesa.
15Quietinhas, mas inquietas.
16Até que chegou o dia em que deixamos de ser as coitadinhas.
Ninguém mais fala em namoradinhas do Brasil: somos atrizes,
estrelas, pro�ssionais.
Adolescentes não são mais brotinhos: são garotas da geração teen.
Ser chamada de patricinha é ofensa mortal.
Pitchulinha é coisa de retardada.
Quem gosta de diminutivos, de�nha.
a) O personagem acredita que a televisão ligada evita a
comunicação entre as pessoas que dividem o ambiente.   
 
b) Percebe-se um tom sarcástico nos três últimos períodos do
excerto.   
 
c) O grau aumentativo foi utilizado no substantivo “garotão” de
forma pejorativa, rati�cando a crítica ao neto.   
 
d) A fala compulsiva do personagem tem como objetivo provocar
piedade naqueles que estão ao seu redor.   
a) Frequentemente, uma boa escola é uma espécie de passaporte
para a ascensão.   
 
b) O conjunto que abrange "gente de nível superior" não contém o
subconjunto "secretárias".   
 
c) No âmbito da Universidade, os estudos da língua estão
prioritariamente voltados para a prática linguística.   
  
d) A escola de qualidade inferior não favorece o aprendizado da
gramática.   
 
e) O conhecimento gramatical não garante que as pessoas se
expressem com clareza.
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Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa.
17Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo.
As boazinhas não têm defeitos.
Não têm atitude.
Conformam-se com a coadjuvância.
PH neutro.
Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções, é o
pior dos desaforos.
Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes,
ciumentas, apressadas, é 18isso que somos hoje.
Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos.
As “inhas” não moram mais aqui.
Foram para o espaço, sozinhas.
 
(Disponível em: http://pensador.uol.com.br/frase/NTc1ODIy/ acesso
em 28/03/14)
 
 
(Epcar (Afa) 2015)  Analise as assertivas feitas em relação ao que se
discute no texto e as inferências possíveis acerca dessa discussão.
Julgue-as como adequadas ou inadequadas. Em seguida, assinale a
alternativa que contém apenas assertivas adequadas.
 
I. As mulheres gostam de receber elogios e, quando os recebem,
aceitam-nos e �cam mais receptivas não se preocupando muito com
a veracidade deles.
II. A expressão “bom” (ref.2) é própria da linguagem oral e se
encontra nesse texto escrito com o objetivo de chamar o leitor para
estar mais próximo do locutor.
III. As expressões “e ela irá com a sua cara” (ref.4), “ela é um avião no
mundo dos negócios” (ref.8) e “quer ver o mundo cair” (ref.9) foram
empregadas para tornar o texto acessível a todo tipo de leitor,
inclusive aos menos escolarizados.
IV. No trecho que vai do parágrafo 3 ao �nal do parágrafo 8, o texto
se apresenta com características injuntivas, ou seja, instruem o leitor
a agir de uma forma que, segundo o locutor, irá causar boa
impressão nas mulheres.
V. “Namoradinha do Brasil” era um título concedido a celebridades
que se encaixavam no per�l de mulher “boazinha”, ou seja, aquela
que “nunca teve um chilique” (ref.11) que “nunca colocou os pés
num show de rock” (ref.12), que vivia “rodeada de panelinhas e
nenezinhos” (ref.14) e, principalmente, conservava-se solteira para
manutenção do título.
VI. As mulheres hoje em dia, para serem valorizadas, não podem e
não devem aceitar elogios que as associem às tarefas domésticas e
aos seus atributos quenão sejam aqueles relacionados à sua
competência e ao seu novo papel na sociedade moderna.
Ex. 5 Inferências
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
A Internet e a neutralidade da rede
 
            A Internet vista, unanimemente, como o território livre, a
tecnologia libertadora que, em muitos países, permitiu o
�orescimento da cidadania, a ampliação das oportunidades de
educação, o ambiente para novas empresas e novos
empreendedores, para o trabalho colaborativo em rede.
            Graças a seu ambiente libertário, internacionalmente ajudou a
derrubar ditaduras e monopólios de mídia, o controle da informação,
tanto por governos como por cartéis.
            1No entanto, não se considere um modelo consolidado. Em
outros momentos da história surgiram novas tecnologias,
promovendo rupturas, abrindo espaço para a democratização e, no
momento seguinte, quedaram dominadas por novos cartéis e
monopólios que se formaram.
            2Foi assim com o início da telefonia. Enquanto a Bell Co se
consolidava, como grande companhia nacional, surgiram inúmeras
experiências locais, como a Mesa Telephone, para localidades rurais
norte-americanas, de tecnologia rudimentar porém útil para ligar
comunidades agrícolas.
            3Nasceram centenas de outras companhias por todo o país.
Esse mesmo modelo disseminou-se pelo Brasil dos anos 40 em
diante, com companhias municipais levando o telefone a cidades
menores, em um surto de pioneirismo extraordinário.
            Nos Estados Unidos, o movimento dos "independentes"
permitiu às comunidades rurais estreitar laços, criar amizades,
sistemas de informação, da mesma maneira que as redes sociais de
agora. Através do telefone desenvolveram noticiários sobre o clima,
sobre a região, relatórios de mercado etc.
            Os "independentes" chegaram a ter 3 milhões de aparelhos,
contra 2,5 milhões da Bell.
Com a ajuda do J.P.Morgan, o mais in�uente banco da época, a Bell
reestruturou-se em torno da AT&T.
            Em vez de declarar guerra aos "independentes", a nova
direção propôs um trabalho conjunto, facilitando para eles as
ligações de longa distância, desde que trocassem seus sistemas
rústicos pelos padrões Bell. Quem não aderisse, não teria ligações
de longa distância.
            Como resultado, a AT&T matou a concorrência dos
"independentes" e construiu o mais longevo e poderoso monopólio
da história, só desmembrado na década de 1980.
            O mesmo processo de concentração se repetiu no rádio.
            No início, o rádio tornou-se uma ferramenta tão democrática e
disseminada quanto a Internet. Não havia controle e qualquer
pessoa, adquirindo um kit de rádio, montava sua estação sem �o.
            Em 1921 havia 525 estatais transmissoras nos Estados
Unidos. Até o �nal de 1924, mais de 2 milhões de aparelhos de
rádio. Segundo Tim Wu, autor do importante "Impérios da
Comunicação", antes da Internet os rádios foram a maior mídia
aberta do século.
            4Repetiu-se o mesmo processo do telefone. À medida que
aumentava o público e criava escala, o mercado libertário era
enquadrado pelo poder público e a ocupação do espaço entregue a
grupos particulares.
            Hoje em dia, as concessões de rádio se tornaram ativos de
empresas privadas, as rádios comunitárias são criminalizadas e o
exercício pessoal se restringe aos rádios amadores.
            Esse é o desa�o atual da Internet. Se não for garantida a
neutralidade da rede - isto é, o direito de qualquer site ou pessoa de
a) I, IV e VI   
 
b) I, II, IV e V   
 
c) I, II e IV   
 
d) II, III e VI   
https://www.biologiatotal.com.br/medio/cursos/extensivo-enem-e-vestibulares 8/8
GABARITO
ter acesso à rede, sem privilégios - em breve o grande sonho
libertário da Internet terá o mesmo destino do telefone e do rádio.
 
Luís Nassif. Coluna Econômica. 07/09/2013.
 
 
(Uece 2015)  Atente ao que se diz sobre o seguinte enunciado: “No
entanto, não se considere um modelo consolidado” (ref. 1).
 
I. Para ser entendido, o enunciador exige a cooperação do leitor, que
deverá, por inferência, saber de qual modelo ele fala.
II. Ao enunciado falta uma expressão que desempenhe o papel de
sujeito da voz passiva do verbo considerar.
III. Dependendo do contexto, a não explicitação do sujeito do verbo
considerar torna o enunciado passível de duas leituras: 1. No
entanto, não considere a si mesmo um modelo consolidado. 2. No
entanto, não seja considerado (o modelo da Internet) como um
modelo consolidado.
 
Está correto o que se diz em
Ex. 3 Inferências
Ex. 8 Inferências
Ex. 4 Inferências
Ex. 9 Inferências
Ex. 1 Inferências
Ex. 10 Inferências
Ex. 7 Inferências
Ex. 2 Inferências
Ex. 11 Inferências
Ex. 6 Inferências
Ex. 5 Inferências
a) I, II e III.   
 
b) II e III apenas.   
 
c) I e II apenas.   
 
d) I e III apenas.   
d) Há uma alusão ao local onde vivem as pessoas que
trabalham com serviços domésticos em casas de luxo.
d) Não há limites para a ambição feminina que se alimenta dos
exemplos e das conquistas de desbravadoras como Marcelli.   
a) podemos inferir sua resposta a partir dos argumentos
levantados pelo autor, o qual expõe vários outros fatos
causadores de acidentes de trabalho.   
 
b) I e II.   
d) No verso 1, é possível perceber uma alusão ao aumento da
expectativa de vida na modernidade, já que envelhecer
tornou-se comum.   
c) apenas II e III.   
 
b) Depois que o homem ganha uma mulher através dos
elogios certos, nas horas certas e que se referem aos atributos
mais valorizados por ela, a conquista está garantida e o
relacionamento está destinado ao sucesso.   
d) A fala compulsiva do personagem tem como objetivo
provocar piedade naqueles que estão ao seu redor.   
c) No âmbito da Universidade, os estudos da língua estão
prioritariamente voltados para a prática linguística.   
  
c) I, II e IV   
 
a) I, II e III.

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