Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal De Sergipe Centro De Ciências Agrárias Aplicadas- CCAA Departamento De Ciências Florestais – DCF Microbiologia De Solos Florestais Ectomicorrizas e a produção de mudas Docente: Genésio Tamara Ribeiro Discente: Daiene Francielli Santos Turma: 01 São Cristóvão/ Se – 2021 Ectomicorrizas É uma forma de relação simbiótica que ocorre entre uma fúngica simbiontes , ou micobionte e as raízes de várias espécies de plantas .Os fungos ectomicorrízicos não penetram nas paredes celulares do hospedeiro . Então em vez disso, eles formam uma interface inteiramente intercelular conhecida como rede Hartig , consistindo em hifas altamente ramificadas formando uma rede entre as células da raiz epidérmica e cortical . As ectomicorrizas caracterizam-se por apresentarem uma camada de hifas, o manto, que recobre as células da epiderme radicular; a rede de Hartig, formada pelo crescimento das hifas nos espaços intercelulares da epiderme e do córtex; e uma rede de filamentos que interligam as micorrizas ao solo e aos basidiocarpos As ectomicorrizas são ainda diferenciadas de outras micorrizas pela formação de uma densa bainha de hifas, conhecida como manto, envolvendo a superfície da raiz. A rede de Hartig é constituída de ramificações das hifas entre as células da epiderme e do córtex da raiz, aumentando a interface de contato entre os simbiontes. Constituindo o sítio onde acontecem as trocas de metabólitos entre a planta hospedeira e o fungo. As hifas da rede de Hartig formam estruturas com morfologia semelhante a um leque, as quais contém citoplasma denso com grande número de mitocôndrias e com o retículo endoplasmático rugoso frequentemente distribuído na mesma direção de extenso da hifa, sugerindo que a transferência ativa de solutos entre o hospedeiro e o fungo dar-se nesta estrutura. Imagem 1 As ectomicorrizas são formadas principalmente por fungos basidiomicetos e ascomicetos, e ocorrem em cerca de 3% das fanerógamas (Meyer, 1973); e nas regiões temperadas, onde o clima é mais frio, em 90% das espécies florestais. Sua ocorrência é predominante nas regiões temperadas e frias e quase que exclusivamente em plantas lenhosas. No Brasil, as ectomicorrizas ocorrem principalmente em espécies exploradas economicamente, como Pinus, Eucalyptus e Acássia mangium. Registros fósseis indicam que as associações ectomicorrízicas surgiram há pelo menos 50 milhões de anos (COSTA et al., 2002). Vantagens Os fungos ectomicorrízicos são essenciais para o crescimento e desenvolvimento das espécies arbóreas e, consequentemente, para um aumento da produtividade de essências florestais. Além de sua participação na absorção de nutrientes os fungos ectomicorrizicos protegem as raízes das plantas contra o ataque de microrganismos patogênicos, fisicamente pela presença da vasta manta hifal que envolve as raízes e, biologicamente pela formação de uma micorrizosfera antagônica aos patógenos, através da formação de antibióticos (Harley 1969). Imagem 2 Influência das Ectomicorrizas na produção de mudas A associação ectomicorrízica beneficia as plantas ao proporcionar um aumento na área de absorção radicular e obter mais nutrientes e água, além de possibilitar o crescimento de solos hospedeiros submetidos a condições adversas. Os fungos ectomicorrízicos associados com espécies florestais, geralmente propiciam benefícios e possibilitam o seu estabelecimento em solos de baixa fertilidade. Por meio das suas hifas, os fungos aumentam a área de absorção radicular total da planta no solo potencializando a absorção de nutrientes e água (SILVA et al., 2003; ANDREAZZA et al., 2004; SMITH; READ, 2008), ciclagem de nutrientes (CAIRNEY, 2012) e aumentando a tolerância das plantas a metais pesados (GRAZZIOTTI; SIQUEIRA; MOREIRA, 2003; KABATA-PENDIAS, 2010). As raízes ectomicorrizadas apresentam manto fúngico cobrindo a superfície de seus ápices e rede de Hartig situado no córtex intercelular, circundando as células epidérmicas e corticais, que substitui a lamela média e possibilita as trocas de nutrientes (BRUNDRETT, 2008; RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2007). Uma série de eventos antecede esta modificação da morfologia radicular e para que ocorra a associação o hospedeiro deve possibilitar a infecção pelo propágulo fúngico (MOREIRA; SIQUEIRA, 2006; MARTIN; NEHLS, 2009). Figura 3. Raízes com abundante formação de ectomicorrizas, obtidas de solo infestado com o fungo (A), e raízes sem formação de ectomicorrizas, obtidas de solo não infestado artificialmente (H). O manejo das ectomicorrizas a campo, bem como a produção comercial de inoculantes, são ainda fatores limitantes a sua utilização agronômica em grande escala. Porém, estes aspectos vêm sendo estudados por inúmeros pesquisadores no mundo, inclusive no Brasil. No Brasil, a inoculação de fungos ectomicorrízicos limita-se ao uso de substratos com esporos e frutificação (ROSSI, 2006). Segundo este autor, a prática é de custo baixo, contudo, não garante a eficiência na micorrização e a sanidade no viveiro, durante o uso deste tipo de inoculante na produção de mudas. Apesar das dificuldades de se garantir a micorrização das mudas no Brasil, existe inóculo “natural” nos plantios comerciais. O que segundo Campos et al. (2011), garante a adaptação aos solos com limitada quantidade de fósforo e nitrogênio. Referências https://en.wikipedia.org/wiki/Ectomycorrhiza https://www.scielo.br/j/cflo/a/Ymc45dpKfSckGwYC7bdPWXd/?lang=pt https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/33509620/ectomicorrizas.pdf?1397976260=&response-content-disposition=inline%3B+filename%3DA_Face_Oculta_das_Florestas_Arnaldo_Chae.pdf&Expires=1635719215&Signature=PL25xKhAl14L5FVU~l6or2PQBCMA4vhIPkl072i~HRWVLW4yc6Ol6w0hM09DUfoHFWIAXpwl0gJUkg6rY5P~9etBa1TQ09pYg6GNzjGBKHyYk1I-Hn~4dL3bBMXpHTXtIsTaXPiTgHm1dKQQhN2-teYy6oPoCa90rb9gxTyJ4LQ4OI-EiCZCxKYNWs~A7CbOkv22LUAczevGEOLMM0~eyPUX8JJVUuCzTBNV6W0E5y3L3V3XMt2S3jhB9s8-I5t4mLqD4oZmULa5ezLrNRa0gs219yJvJDD4Fffw6DK7SYZ25FGKxNvOiJaGbrsRJFpNDpAHcpGBcQAjss4s3-T~0Q__&Key-Pair-Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/548460/1/bolpd08.pdf https://www.scielo.br/j/cflo/a/hT8mFGk9ftLkbjFMNsPX77c/?format=pdf&lang=pt
Compartilhar