PPAP Evasão

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CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
JULIANA GONÇALVES LOPES - Matrícula: UL19203516
LEIDIANE MACHADO BORGES-Matrícula: UL19201258
MARINALVA COSTA PEREIRA- Matrícula: UL19204041
NAGILA SILVA DE SOUSA – Matrícula: UL192092272
PROJETO E PRÁTICA DE AÇÃO PEDAGÓGICA:
Evasão 
TUCURUI
2021
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
JULIANA GONCALVES LOPES - Matrícula: UL19203516
LEIDIANE MACHADO BORGES - Matrícula: 
UL19201258
MARINALVA COSTA PEREIRA- Matrícula: UL19204041
NAGILA SILVA DE SOUSA – Matrícula: UL19209272
PROJETO E PRÁTICA DE AÇÃO PEDAGÓGICA – ENSINO FUNDAMENTAL
Projeto de Prática de Ação Pedagógica – PPAP. Trabalho apresentado ao Centro Universitário do Planalto – UNIPLAN como requisito parcial para a obtenção da média semestral do Curso de Licenciatura em Pedagogia.
Professor Orientador: Fabrício 
TUCURUI
2021
SUMÁRIO
1 TEMA	5
2 SITUAÇÃO - PROBLEMA	5
3 JUSTIFICATIVA E EMBASAMENTO TEÓRICO	7
4 PÚBLICO ALVO	9
5 OBJETIVOS	9
5.1	OBJETIVO GERAL	9
5.2	OBJETIVOS ESPECÍFICOS	9
6 PERCURSO METODOLÓGICO	9
7 RECURSOS METODOLÓGICOS	11
8 CRONOGRAMA	12
9 AVALIAÇÃO E PRODUTO FINAL	13
REFERÊNCIAS	14
1 TEMA
PROJETO CONSTRUINDO O FUTURO Juntos combatendo a evasão escolar através de metodologias ativas de ensino em tempos de pandemia.
2 SITUAÇÃO - PROBLEMA
Em 2020, nos deparamos com uma realidade inesperada e traumática, a pandemia de Covid-19, em hoje, em meado de maio de 2021, o Brasil já conta mais de 400 mil mortes relacionadas à pandemia. Esta nova realidade foi brusca e todos tiveram que se adequar ao isolamento social, ao ensino remoto, às sequelas emocionais e tantas outras situações. Um verdadeiro desafio tem sido enfrentado pelos educadores nestes tempos. 
O ano escolar em 2021 começou muito diferente do esperado. Havia a expectativa de um retorno gradual às aulas presenciais, mas o avanço da covid-19 em todo o país, a escassez de vacinas e, consequentemente, a lentidão do programa de vacinação estão mantendo parte das escolas fechadas. Duas pesquisas recentes mostram que o Brasil regrediu 20 anos nas taxas de abandono e de evasão escolar. 
De repente, o ensino que era presencial e em que a interação social permitia a consolidação do aprendizado e o sentimento de pertencimento, foi substituído por apostilas e aulas remotas por meio do ambiente virtual. Distanciando o educador do educando. No ensino público, até o momento não foi possível retornar às aulas presenciais, enquanto algumas escolas particulares já iniciaram este processo.
Manter o aluno estimulado à aprender em um ambiente virtual tem se tornado o maior objetivo e desafio dos professores neste período. A falta de internet, a dificuldade em com as tecnologias, a falta de equipamento para assistir as aulas, são apenas alguns dos motivos da evasão escolar durante a pandemia. Segundo dados da Unicef (2021), no ano passado, foram cerca de 5,5 milhões de crianças e adolescentes sem acesso à educação. A quantidade de alunos, com idades entre 6 e 17 anos, que abandonaram as instituições de ensino foi de 1,38 milhão, o que representa 3,8% dos estudantes. A taxa é superior à média nacional de 2019, quando ficou em 2%, segundo dados da Pnad Contínua. Somado a isso está a situação de 4,12 milhões de alunos (11,2%) que, apesar de matriculados e sem estar em período de férias, não receberam nenhuma atividade escolar, resultado do ensino pautado pelas aulas online.
É dever dos pais incentivar os filhos a frequentar a escola, acompanhá-los, mas não podemos desconsiderar que em muitos casos essa instituição família encontra-se fragilizada, além disso, existem fatores sociais que extrapolam as relações familiares. Então, essa dinâmica da realidade requer o envolvimento de outros atores, que, através de projetos dessa natureza, possam garantir o direito à educação para crianças e adolescentes.
3 JUSTIFICATIVA E EMBASAMENTO TEÓRICO
O presente trabalho refere-se à apresentação de um projeto de prática de ação pedagógica, proposta se constituem na formação mediante a relação educação e trabalho, estabelecendo o vínculo entre a teoria das disciplinas de Práticas e sua articulação com os conteúdos e os métodos trabalhados nos períodos e integrando os componentes curriculares acadêmico, laboral e investigativo a partir da observação e da vivência da prática profissional desde o início da vida universitária.
O Projeto Construindo o futuro de mãos dadas, aborda ações para redução do índice de evasão escolar em tempos de pandemia. Por considerar que grande parcela dos jovens enfrenta muitos desafios limitantes para ter uma educação escolar que os permitam além do acesso, a permanência com qualidade (NASCIMENTO, 2020). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) regem normas e princípios para que o acesso a educação e sua permanência sejam garantidos. 
Almeida & Oliveira (2010) afirmam que é possível elencar diversos fatores que provocam o absenteísmo escolar de crianças e adolescentes da educação básica e que diferentemente do abandono escolar, a evasão escolar é um fenômeno que acentua ou até mesmo consolida a condição de exclusão do sistema de ensino. 
Inúmeros são os fatores intra e extraescolares que influenciam para que ocorra a evasão escolar. Dentre os fatores externos estão apontados as péssimas condições econômicas das famílias, falta de moradias adequadas e saneamento básico, a desnutrição, desvantagem cultural e todo o conjunto de privações que as classes sociais menos favorecidas convivem. E dentre os fatores internos, refere-se a relações entre professor-aluno, o currículo, a precariedade das escolas e os métodos pedagógicos. Conquanto, os fatores internos e externos se entrelaçam formando um conjunto de fatores interligados que colaboram para evasão escolar. (FERNANDES, 2013, p.19).	
Cunha, et al. (2020), cita em seu estudo que a internet é um dos principais fatores que influenciam a evasão escolar no Ensino Remoto e descreve que no Brasil 29% dos domicílios não possuem internet. Destaca-se, ainda, que 41% dos entrevistados alegaram não possuir computador para tal e 49% que não sabiam usar a internet. Outro dado importante é apenas que 37% dos domicílios possuem internet e computador. Esse retrato só nos abre mais os olhos, porque além de pensarmos em metodologias ativas para o ensino remoto, temos também que contemplar aqueles alunos que estão fora do ensino remoto, muitas das vezes estudado apenas através das apostilas. Dentro deste grupo está o maior índice de evasão.
Dentro desta problemática, a evasão escolar deve ser enfrentada e a escola precisa exercer seu papel neste processo. Oliveira (2000) destaca que a escola deve exercer o papel de inclusão, especialmente daqueles alunos que têm dificuldades, por muitas vezes advindos de baixas camadas populares. 
Os desafios se dão a partir da dificuldade de acesso à plataformas digitais, pois o ensino remoto emergencial (ERE) não é de acesso à todos. O ensino é considerado remoto porque os professores e alunos estão impedidos por decreto de frequentarem instituições educacionais para evitar a disseminação do vírus. É emergencial por que do dia para noite o planejamento pedagógico para o ano letivo de 2020 teve que ser engavetado (BEHAR, 2020, s.p).
As metodologias ativas são ferramentas que atuam na diversificação da forma de ensinar. O aprendizado constitui o principal objetivo dos educadores. De acordo com Bezerra, et al. (2021), compreende-se que a educação varia mediante tempo e lugar, abrangendo fatores históricos, socioculturais e político-econômicos, nesse sentido, tais aspectos se ligam ao papel do professor depositando-lhe, exigências que se esperam do aluno e da escola, requisitando-lhe profundas mudanças. Contudo, é necessário pensar a formação continuada de professores compreendendo que ele carrega experiências construídas anteriormente e o novo é incorporado a estruturas já existentes. Nisto:
A inserção das TICs na educação pode ser uma importanteferramenta para a melhoria do 7sejam utilizadas. Entretanto, toda a técnica nova só é utilizada com desenvoltura e naturalidade no fim de um longo processo de apropriação. (LEITE E RIBEIRO, 2012, p.175)
Conforme Morais et al., (2020) o atendimento educacional remoto para ter sucesso precisa primeiramente de um planejamento de aula, por parte dos professores. No entanto, não podemos deixar de ressaltar que existem dificuldades inerentes a interação online, visto que uma parte da população ainda não tem acesso à internet e a ferramentas de tecnologia como o computador, o que dificulta que os encontros virtuais entre alunos e professores em tempo real. 
O objetivo deste projeto é reduzir o índice de evasão escolar durante a pandemia, através de metodologias ativas tanto no ensino remoto como no atendimento aos alunos que não dispõe de recursos tecnológicos e realizam suas atividades fora do ambiente virtual. Incluindo o suporte ao educador neste processo.
4 X	PÚBLICO ALVO
O público alvo deste projeto são educandos do 1º ano ao 9º ano do Ensino Fundamental.
5 OBJETIVOS
5.1 OBJETIVO GERAL
Reduzir o índice de evasão escolar durante a pandemia, através de metodologias ativas e do monitoramento regular.
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Realizar um mapeamento das turmas e alunos, considerando todos os aspectos como: moradia, acessibilidade, renda, família, a fim de identificar a realidade de cada aluno.
· Garantir formação para os professores desenvolverem suas aulas pautadas no domínio das ferramentas, na interação virtual e gameficação. 
· Estabelecer medidas de acompanhamento para alunos em condições de vulnerabilidade social.
· Propor estratégias metodológicas para o ensino remoto.
· Reduzir o índice de abandono escolar.
6 PERCURSO METODOLÓGICO
· Levantar conhecimentos prévios sobre a temática do projeto;
· Desenvolver cursos de formação para utilização das ferramentas digitais;
· Realizar o levantamento do perfil de cada aluno matriculado para fins de monitoramento.
· Buscar materiais para a realização de projetos e atividades;
· Monitorar o desempenho das turmas em relação a cada disciplina;
· Desenvolver uma planilha de monitoramento para utilização do professor;
· Preparar uma cartilha informativa de possíveis programas sociais para compartilhar com pais e alunos que estão em condição de vulnerabilidade, assim como encaminhá-los aos órgãos competentes, quando necessário.
· Envolver toda a comunidade escolar no desenvolvimento de ações, garantindo a sensação de pertencimento.
Ao iniciar o projeto, a equipe técnica da escola e professores devem pensar: Como? Onde? Porque? Para que? Com a intenção de levantar os conhecimentos prévios e definir quais ações aplicar e como aplica-la. O projeto deve ser trabalhado na escola toda, com todas as turmas e alunos. É necessário um comprometimento de todos os atores, principalmente a família.
Nas escolas municipais de ensino fundamental de Tucuruí, os alunos recebem mensalmente uma cesta básica, como suplementação. Neste momento da entrega das cestas, é preciso realizar um levantamento por meio de questionário, para identificar quais alunos estão em condições de vulnerabilidade social, quais possuem recurso como computador, celular, internet, a composição familiar, se o aluno trabalha. Informações essas que serão de grande importância para o desempenho das ações visando manter ele na escola, conhecer este aluno é um dos pontos mais importantes deste projeto. Ressaltando que essas entrevistas devem ser feitas com todas as precauções para evitar contaminação por covid-19. Quando a escola tiver o contato (telefone. Email) deste aluno ou de seu responsável, a entrevista pode se dar por meio de preenchimento de formulário google.
Após realizado levantamento, realizar-se-á o mapeamento e o planejamento das atividades pedagógicas, contemplando tanto os alunos que possuem acesso ao ensino remoto, como os alunos que não tem acesso. Neste caso, com elaboração de material específico, simplificado, objetivo e dinâmico para este aluno. A escola deve realizar o agendamento de alunos para utilizar a internet e os computadores do laboratório de informática, sempre obedecendo as recomendações de saúde, permitindo assim que alguns alunos possam participar das aulas remotas e suas atividades. 
A elaboração dos materiais será definida de acordo com o conteúdo programático de cada disciplina e série, buscando sempre incluir metodologias ativas em cada conteúdo. É recomendável que a gameficação esteja presente nessas aulas, pois desperta o interesse dos alunos e torna a aula mais interessante, o aplicativo mais recomendado seria o Kahoot. A escola também deve fornecer uma sala de aula disponível e devidamente equipada para gravação de videoaula, para que possa ser utilizada quando solicitada pelos professores.
A escola deve fornecer, por meio de formulário google, uma planilha de preenchimento quinzenal sobre a participação e assiduidade desses alunos, permitindo assim que a equipe técnica da escola possa ter uma visão realista e constante da participação destes alunos e assim, intervir quando necessário, inclusive com a realização de busca ativa.
Com ajuda dos professores, a escola deve desenvolver um folder e um vídeo explicando como funciona as aulas remota na unidade escolar, como e quando o aluno deve acessar. Garantindo assim que o aluno possa ter acesso pleno a tudo que for desenvolvido, gerando assim o sentimento de pertencimento. Observa-se que em todos os passos deste projeto, as metodologias ativas estão presentes. 
O envolvimento com a comunidade se dá de forma constante, utilizando os meios de comunicação da região para realizar informativos, a escola também deve ser exemplo em medidas de prevenção ao covid-19 e deve manter o contato com as lideranças comunitárias para que ambas possam garantir que neste momento tão delicado, os alunos tenham acesso à uma educação de qualidade e que possam permanecer na escola.
6 RECURSOS METODOLÓGICOS
· Impressora
· Tonner de tinta
· Álcool em gel
· Papel A4
· Internet
· Smartphone
· Notebook
· Laboratório de informática
7 CRONOGRAMA
	Mês
	Ação
	Maio e Junho
	Elaboração e pesquisa do Projeto
	Junho
	Apresentação do projeto para direção e organização logística.
	Agosto – 1ª semana
	Reunião para socialização do projeto
Preparação de aulas com metodologias ativas.
	Agosto – 2ª semana
	Início dos cursos de aperfeiçoamento para professores
Preparação de aulas com metodologias ativas.
	Agosto – 3ª semana
	Preparação da Sala Estúdio
Preparação de aulas com metodologias ativas.
	Agosto – 4ª semana
	Elaboração dos formulários de monitoramento para professores e de formulário de entrevista dos alunos.
Preparação de aulas com metodologias ativas.
Distribuição dos folders e socialização do vídeo orientador.
	Setembro
	Início dos monitoramentos no ambiente virtual
Realização do levantamento de informações dos alunos
Preparação de aulas com metodologias ativas.
	Outubro
	Reunião para socialização dos resultados e definição de 
Preparação de aulas com metodologias ativas.
	Novembro
	Reunião para planejamento das ações de fim de ano
Início de campanha para rematrícula.
Preparação de aulas com metodologias ativas.
	Dezembro
	Live de encerramento do ano letivo
Reunião de avaliação dos primeiros meses do projeto e determinação de metas para o próximo ano letivo.
Levantamento das rematrículas
9 AVALIAÇÃO E PRODUTO FINAL
A avaliação será contínua durante a realização de cada etapa, qualitativa analisando a socialização, interação participação e conhecimento que o aluno terá com as atividades, com seus colegas e professores durante as atividades. Será realizado o monitoramento para que este aluno não desista da escola.
Será produzido um acervo com registro fotográfico das metodologias aplicadas e da participação dos alunos neste processo e apresentado para a comunidade escolar, através de vídeo. Ao final de cada ano, será elaborado um e-book relatando as vivências do projeto. Ao final do período pandêmico, será realizado o momentode socialização do momento histórico vivido pela escola, alunos e professores, por meio do acervo desenvolvido no decorrer da pandemia. Neste momento, agora utópico, a comunidade escolar será convidada à escola e será realizada a exposição destes materiais.
REFERÊNCIAS: 
BEZERRA, N. P. X.; VELOZO, A. P.; RIBEIRO, E. Ressignificando a prática docente: experiências em tempos de pandemia. Rev. Pemo, Fortaleza, v. 3, n. 2,e323917, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.47149/pemo.v3i2.
CUNHA, L. F. F.; SILVA, A. S.; SILVA, A. P. O ensino remoto no Brasil em tempos de pandemia: diálogos acerca da qualidade e do direito e acesso à educação. Revista Com Censo: Estudos Educacionais do Distrito Federal, Brasília, v. 7, n. 3, p. 27-37, ago. 2020. Disponível em: http://www.periodicos.se.df.gov.br/index.php/comcenso/article/view/924. Acesso em: 03 fev. 2021.
FERNANDES, R. F. Causas da evasão escolar da educação básica na percepção de alunos da educação de jovens e adultos. Distrito Federal: Universidade de Brasília, dezembro, 2013. 
MORAIS, I. R. D et al. Ensino remoto emergencial: orientações básicas para elaboração do plano de aula. Caderno de ensino mediador do TIC, 2020. 
OLIVEIRA, M. K. Vygotysk. Aprendizagem e desenvolvimento, um processo histórico. 2ª ed. São Paulo: Scipione LTDA, 1995.
NASCIMENTO, K. S. do. Evasão escolar: possibilidades de intervenção do Conselho Escolar no contexto da pandemia. Rev. C&Trópico, v. 44, n. 2, p280-303, 2020. 
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