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ANÁLISE E GESTÃO DE CUSTOS

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PÓS GRADUAÇÃO 
 
CONTROLADORIA E FINANÇAS 
 CORPORATIVAS 
 
 
 
 
 
 
Juína-MT 
2015 
 
 
 
ANÁLISE E GESTÃO DE CUSTOS 
Professora Ma. Terezinha Márcia de Carvalho Lino 
 
 
SUMÁRIO 
 
PROGRAMA DA DISCIPLINA ......................................................................................................... 3 
1.1 EMENTA ........................................................................................................................................................ 3 
1.2 OBJETIVOS .............................................................................................................................................. 3 
1.3 METODOLOGIA ...................................................................................................................................... 3 
1.4 CURRÍCULO RESUMIDO DA PROFESSORA ..................................................................................................... 3 
UNIDADE 1 - FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS .................................................. 4 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 4 
1.1 CONTABILIDADE FINANCEIRA ................................................................................................................ 4 
1.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS .................................................................................................................. 5 
1.3 CONTABILIDADE GERENCIAL .................................................................................................................. 5 
1.4 ANÁLISE DE CUSTOS ............................................................................................................................... 6 
1.5 TERMINOLOGIA DE CUSTOS .......................................................................................................................... 7 
1.5.1 GASTOS .................................................................................................................................................. 7 
1.5.2 INVESTIMENTOS .................................................................................................................................... 8 
1.5.3 DESEMBOLSOS ....................................................................................................................................... 8 
1.5.4 CUSTOS .................................................................................................................................................. 8 
1.5.5 DESPESAS ............................................................................................................................................... 9 
1.5.6 PERDAS .................................................................................................................................................. 9 
1.5.7 DESPERDÍCIO ........................................................................................................................................ 10 
1.5.8 CUSTO DE OPORTUNIDADE ................................................................................................................. 10 
1.5.9 DEPRECIAÇÃO ...................................................................................................................................... 10 
1.5.10 RECEITA .............................................................................................................................................. 10 
1.5.11 MERCADORIAS ................................................................................................................................... 11 
1.5.12 PRODUTOS ......................................................................................................................................... 11 
UNIDADE II - CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS .................................................................................. 13 
1. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS QUANTO A FORMA DE DISTRIBUIÇÃO E APROPRIAÇÃO ........................... 13 
1.1 CUSTOS DIRETOS ......................................................................................................................................... 13 
1.2 CUSTOS INDIRETOS ..................................................................................................................................... 13 
1.2.1 CRITÉRIOS DE RATEIOS ........................................................................................................................ 13 
2. Classificação dos CUSTOs quanto às variações nos volumes de produção e de vendas ............................... 14 
2.1 CUSTOS FIXOS ............................................................................................................................................. 14 
2.2 CUSTOS VARIÁVEIS ...................................................................................................................................... 15 
2.3 CUSTOS SEMIFIXOS ..................................................................................................................................... 15 
2.4 CUSTOS SEMIVARIÁVEIS.............................................................................................................................. 16 
3. Custos Para Determinação do Resultado .................................................................................................... 16 
3.1 EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS ........................................................................................................ 16 
3.2 EMPRESA COMERCIAL ................................................................................................................................. 17 
3.3 EMPRESA INDUSTRIAL................................................................................................................................. 18 
3.3.1 CUSTO DO MATERIAL DIRETO - MD ..................................................................................................... 19 
3.3.2 CUSTO FABRIL OU CUSTO DE PRODUÇÃO ........................................................................................... 19 
3.3.3 CUSTO DE PRODUTOS FABRICADOS (CPF) ........................................................................................... 20 
3.3.4 CUSTO DE PRODUTOS VENDIDOS - CPV .............................................................................................. 20 
3.3.5 CUSTO PRIMÁRIO - CUSTO DIRETO ..................................................................................................... 21 
 
 
3.3.6 CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO OU DE CONVERSÃO ............................................................................. 22 
UNIDADE III - MODALIDADES DE CUSTEIOS .............................................................................. 28 
1. CUSTEIO POR ABSORÇÃO ....................................................................................................................... 28 
2. SISTEMA DE CUSTEIO VARIÁVEL.................................................................................................................. 32 
3. CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES - CUSTEIO ABC ............................................................................... 39 
3.1 INTRODUÇÃO E CONCEITOS ........................................................................................................................ 39 
3.2 DESENVOLVIMENTO DO CUSTEIO POR ATIVIDADE (ABC) ........................................................................... 41 
UNIDADE IV - FORMAÇÃO DE PREÇO BASEADA EM CUSTOS ..................................................... 50 
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 50 
1.1 PREÇOS COM BASE NO CUSTO PLENO OU CUSTOS INTEGRAIS ........................................................... 51 
1.2 APLICAÇÃO DE MARK-UPS ...................................................................................................................55 
1.2.1 FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA PARA INDÚSTRIA .......................................................................... 56 
1.2.2 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA PARA O COMÉRCIO: .................................................................... 59 
1.2.3 FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS .............................................. 60 
UNIDADE V – RELAÇÕES CUSTO – VOLUME - LUCRO ................................................................. 63 
1. CUSTO, VOLUME E LUCRO ...................................................................................................................... 63 
1.1 PONTO DE EQUILÍBRIO - BREAK-EVEN POINT ...................................................................................... 63 
1.1.1 PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL ................................................................................................... 64 
1.1.2 PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO ............................................................................................... 64 
1.1.3 PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO .............................................................................................. 65 
1.2 ÍNDICE DO PONTO DE EQUILÍBRIO ....................................................................................................... 65 
UNIDADE VI - ALAVANCAGEM ................................................................................................... 72 
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 72 
1.1 ALAVANCAGEM OPERACIONAL ................................................................................................................... 72 
1.2 ALAVANCAGEM FINANCEIRA ..................................................................................................................... 75 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................. 78 
 
 
3 
PROGRAMA DA DISCIPLINA 
 
1.1 EMENTA 
Conhecimento das metodologias disponíveis de gestão estratégica de custos. 
Avaliação do desempenho do negócio sob a ótica de custos para decisões, com 
aplicações práticas para empresas industriais, comerciais e de serviços, 
especialmente cooperativas. Custo gerencial X Custo fiscal. Sistemas de Custeio. 
Análises custo, volume, lucro a partir do custeio variável. Preço de venda. Tomada 
de decisões em momentos de incertezas; Os fatores restritivos e sua influência nas 
tomadas de decisões. 
 
1.2 OBJETIVOS 
Promover o entendimento das metodologias de gestão e análise de custos sob o 
enfoque gerencial. Estudar os custos do ponto de vista gerencial e fiscal, 
classificação dos custos, sistemas de custeio, margem de contribuição, ponto de 
equilíbrio e preço de venda. 
1.3 METODOLOGIA 
Apresentação da fundamentação teórica com apoio de projeções e discussões com 
os alunos. Desenvolvimento de atividades práticas para aplicação e análise dos 
conceitos e ferramentas de estudados. 
1.4 CURRÍCULO RESUMIDO DA PROFESSORA 
Mestre em Administração de Empresas - área de pesquisa Logística - pelas 
Faculdades Integradas de Pedro Leopoldo (2008), Especialista em Tecnologias de 
Informação e Comunicação no Ensino Fundamental (2011) pela Universidade 
Federal de Juiz de Fora, Especialista em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio 
Vargas (2000) e Graduada em Administração de Empresas pelo Unicentro Newton 
Paiva (1980). Atualmente, leciona na Faculdade de Ciências Contábeis e de 
Administração do Vale do Juruena (AJES), onde também atua como Diretora de 
Expansão Institucional. Tem experiência na área de Administração, atuando 
principalmente nos seguintes temas: Logística, Administração Financeira, Análise de 
Custos e Sistema de Informação Gerencial. e-mail: marcialino@ajes.edu.br. 
mailto:marcialino@ajes.edu.br
 
 
4 
 
UNIDADE 1 - FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE DE 
CUSTOS 
1. INTRODUÇÃO 
 
 A Contabilidade “é um sistema de contas composto por normas, regras e 
princípios para a acumulação, geração e análise de dados para atender 
necessidades internas e externas de uma empresa (SANTOS, 2011). O autor 
enfatiza que, a Contabilidade é um instrumento de controle, planejamento e gestão 
de um negócio com ou sem fins lucrativos. Ter um Sistema de Contabilidade com 
informações atualizadas e confiáveis permite ao gestor ter respostas para os 
seguintes questionamentos: 
 os custos aumentaram ou diminuíram? 
 o patrimônio aumentou ou diminuiu? 
 a operação comercial de compra e venda deu lucro ou prejuízo? 
 as dívidas aumentaram ou diminuíram? 
Para evitar usar de forma inadequada os termos da Contabilidade torna-se 
necessário definir aqueles que são utilizados com maior frequência, eliminando 
assim, possíveis erros na interpretação dos conceitos. 
A Contabilidade como ciência da informação pode ser dividida nas seguintes 
áreas de estudo: Contabilidade Financeira, Contabilidade de Custos e Contabilidade 
Gerencial. 
 
1.1 CONTABILIDADE FINANCEIRA 
 
“Ciência ou conjunto de técnicas que tem o objetivo de registrar o patrimônio 
de uma entidade: conjunto de bens, direitos e obrigações”, (BRUNI, 2010). É 
obrigatória para as entidades legalmente estabelecidas. Registra o passado, seus 
atos e práticas são feitos de acordo com princípios e regras normativas. 
 
 
 
5 
 
 
1.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS1 
 
Tinha como objetivo principal a avaliação dos estoques nas empresas industriais. 
Nos dias atuais o seu papel vai muito além do simples controle de estoque. Ela é 
utilizada como importante ferramenta de controle de custos e de tomada de decisão. 
Isso porque, atualmente, a definição dos preços de vendas dos produtos é imposta 
pelo mercado consumidor. Diferente das práticas gerenciais anteriores, em que as 
empresas definiam o preço de acordo com os custos incorridos. Assim, é importante 
conhecer os custos com muita precisão, pois, se estiverem em desacordo com os do 
mercado, medidas devem ser tomadas no sentido de tentar diminuí-los. 
De acordo com Fama e Bruni (2011), as funções básicas da Contabilidade de 
Custos devem atender: 
 Determinação do lucro – utilizando os registrados convencionais da 
Contabilidade ou processando-os de forma a facilitar o seu entendimento à 
Administração; 
 Controle das operações – como por exemplo os estoques, com manutenção 
de padrões e orçamentos, comparações entre previsto e realizado; 
 Tomada de decisões – no que se refere à produção (o que, quanto, como e 
quando fabricar), formações de preço, escolha entre fabricação própria ou 
terceirizada. 
 
1.3 CONTABILIDADE GERENCIAL 
 
Estuda informações a serem fornecidas aos tomadores de decisão, isto é, às 
pessoas internas à organização responsáveis em dirigir e controlar suas operações. 
Enfatiza o preparo de relatórios. 
Bruni (2010) esclarece que a Contabilidade Gerencial prepara as informações 
da Contabilidade Financeira de forma a possibilitar um processo mais coerente de 
 
1 Martins (2008, p.21). 
 
 
6 
 
tomada de decisão. Fama e Bruni (2011) complementam que “enquanto a 
Contabilidade Financeira preocupa-se com os registros do patrimônio, segundo as 
normas, convenções e princípios contábeis, a Contabilidade Gerencial preocupa-se 
com o processo decisório e de tomada de decisões”. 
A FIG. 1 traz a relação entre as diferentes contabilidades 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Relação entre as Contabilidades 
Fonte: Adaptado de Bruni (2010, p. 20) 
 
1.4 ANÁLISE DE CUSTOS 
 
Em mercados altamente competitivos, é importante que as empresas tenham 
um eficiente sistema de controle de custos, que lhes permitam definir a margemde lucro que o negócio poderá alcançar. Para isso, é essencial ter informações 
atualizadas e confiáveis que possibilitem a tomada de decisão gerencial de forma 
a ter diferenciais competitivos em relação aos concorrentes que comercializam 
produtos semelhantes. Nessa perspectiva pode-se aplicar o conceito de Análise 
de Custos, que no sentindo amplo “tem por finalidade mostrar os caminhos a 
serem percorridos na prática da gestão profissional de um negócio”. 
 Como já foi dito, a informação é o que determina o sucesso da gestão 
profissional de um negócio, Santos (2011) enumera algumas delas: 
 Controle das vendas diárias e acumuladas no mês por produto e consolidado; 
 Custo e ganho por produto e consolidado; 
Contabilidade de 
Custos 
Disponibiliza 
informações sobre 
os custos 
 
Contabilidade 
Financeira 
Registra o passado de 
acordo com princípios 
e regras normativas 
 
Contabilidade 
Gerencial 
Registra o futuro 
e os custos de 
oportunidade 
incorridos 
 
 
 
7 
 
 Vendas planejadas mês a mês e do ano; 
 Ponto de equilíbrio – nível mínimo de vendas desejado; 
 Custo estrutural fixo mês a mês e do ano; 
 Formação de preços de vendas; 
 Análise de mix visando a maximização de lucro; 
 Lucro operacional planejado e real; 
 Análise de eficiência de uso de mão de obra e materiais. 
 
1.5 TERMINOLOGIA DE CUSTOS 
 
1.5.1 GASTOS 
 
O conceito de gastos na opinião de Martins (2008) é o sacrifício financeiro 
representado por entrega ou promessa de entrega de determinado ativo 
(normalmente dinheiro), para aquisição de produto ou serviço. O autor esclarece 
ainda que, embora o gasto implique desembolso, seus conceitos são distintos. 
Enquanto os gastos são reconhecidos apenas quando contabilizada a dívida 
assumida ou a redução do ativo dado em pagamento, o desembolso - caracterizado 
pelo pagamento resultante da obtenção de um bem ou serviço - pode ocorrer antes, 
durante ou após a entrada da utilidade comprada, portanto, defasada ou não do 
momento do gasto. 
Gonçalves Pinto et al (2008) enumeram alguns exemplos de gastos: 
 gasto com mão de obra - salários e encargos sociais (aquisição de serviços 
de mão de obra; 
 gasto com aquisição de mercadoria para revenda; 
 gasto com aquisição de matérias-primas para industrialização; 
 gastos com energia elétrica - aquisição de serviços de fornecimento de 
energia; 
 gasto com aluguel de edifício (aquisição de serviços). 
 
 
8 
 
 
1.5.2 INVESTIMENTOS 
 
 Gasto ativado – são os recursos utilizados para a aquisição de bens e 
serviços que irão compor o ativo de uma empresa até serem vendidos, consumidos, 
amortizados ou desvalorizados. Exemplo: ativos logísticos – equipamentos de 
movimentação, veículos, instalações, prateleiras, estoques etc. - são considerados 
investimentos realizados pela empresa. 
 
1.5.3 DESEMBOLSOS 
 
Saídas de dinheiro do caixa ou do banco. Os desembolsos ocorrem devido ao 
pagamento de uma compra efetuada à vista ou de uma obrigação assumida 
anteriormente. Exemplos: compra de matéria-prima a vista; pagamento de salário; 
pagamento de empréstimo bancário; pagamentos de despesas provisionadas no 
período anterior. 
 
1.5.4 CUSTOS 
 
Gastos para produção de bens e serviços. A classificação dos custos em uma 
empresa industrial parte do princípio da identificação dos fatores de produção -
matéria-prima, mão de obra direta e outros - utilizados para a fabricação de um 
produto. Martins (2008) alerta que tal classificação pode gerar certa confusão em 
empresas não industriais – empresas comerciais, financeiras e prestadoras de 
serviço, sendo os seus custos, em princípio, confundidos com despesas. Diante do 
exposto os autores e profissionais ligados à atividade de serviço, como por exemplo 
os da Logística, passaram a tratar o consumo dos recursos associados a tais 
atividades como custos. 
 Gonçalves Pinto et al (2008) enumeram alguns exemplos de custos: 
 salário do pessoal da produção; 
 matéria-prima utilizada no processo produtivo; 
 
 
9 
 
 combustíveis e lubrificantes usados nas máquinas da fábrica; 
 aluguéis e seguros do prédio da fábrica; 
 depreciação dos equipamentos da fábrica; 
 gastos com manutenção das máquinas da fábrica. 
 
1.5.5 DESPESAS 
 
 Gastos relativos aos bens e serviços consumidos no processo de geração de 
receitas e manutenção dos negócios da empresa – gastos com propaganda, com 
frete de distribuição, comissão de vendas, depreciação dos computadores do setor 
administrativo etc. 
 De forma a simplificar Gonçalves Pinto et al (2008) consideram custos “todos 
os gastos utilizados no processo produtivo e despesas todos os gastos utilizados no 
processo de suporte operacional, conforme FIG. 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: Custos e Despesas 
Fonte: Gonçalves e Pinto et al (2008) 
 
1.5.6 PERDAS 
 
As perdas podem ser vistas como bens e serviços consumidos de forma 
anormal e involuntária – obsolescência de estoque, falhas e desperdícios no 
 PROCESSOS 
 Produtivo 
Finanças 
Marketing 
Recursos Humanos 
Administrativo 
Outros 
Receita 
(-) Custo das Mercadorias Vendidas 
 
 = Lucro Bruto 
(-) Despesas Operacionais 
= Lucro Operacional 
 
 
10 
 
processo, gasto com mão de obra em período de greve, material deteriorado por um 
defeito anormal e raro do equipamento. Martins (2008) complementa dizendo que 
qualquer atividade que não agrega valor ao processo pode ser considerada perda. 
 
1.5.7 DESPERDÍCIO 
 
Gastos incorridos nos processos produtivos ou de geração de receitas e que 
podem ser eliminados sem prejuízo da qualidade ou quantidade dos bens, serviços 
ou receitas geradas. 
Exemplos: 
 retrabalho decorrente de defeitos de fabricação; 
 estocagem e movimentação desnecessária de materiais e produtos; 
 relatórios financeiros, administrativos e contábeis sem qualquer utilidade; 
 cargos intermediários de chefia e supervisão desnecessários. 
 
1.5.8 CUSTO DE OPORTUNIDADE 
 
 O custo de oportunidade é definido por Gonçalves Pinto et al (2008), como 
sendo “o desejo mínimo de remuneração do investidor para o capital investido. 
Vantagem ou lucro que o investidor pode obter abrindo mão de determinada 
aplicação em prol de outra”. 
 
1.5.9 DEPRECIAÇÃO 
 Pode-se entender depreciação como sendo desvalorização, ou perda de valor 
dos bens tangíveis sujeitos a desgastes, pelo uso ou obsolescência. 
 
1.5.10 RECEITA 
 
Produto da multiplicação da quantidade de bens vendidos ou serviços 
prestados pelo respectivo preço unitário. 
 
 
11 
 
1.5.11 MERCADORIAS 
 
Bens adquiridos para serem revendidos. 
Exemplo: Uma Loja de Varejo compra mercadorias pelo custo de aquisição, revende 
pelo preço de venda e apropria o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV). 
 
1.5.12 PRODUTOS 
 
Bens produzidos para serem vendidos. 
 
 
ATIVIDADE 2 
Abaixo estão relacionados alguns eventos de uma 
indústria de manufatura, que deverão ser classificados 
como: Investimento, Custos, Despesas ou Perda, 
seguindo a terminologia contábil. 
 
 
Eventos Classificação 
Aquisição de matéria –prima 
Consumo de energia elétrica 
Gastos com mão de obra 
Consumo com combustível 
Gastos com pessoal do faturamento (salário) 
Aquisição de máquinas 
Depreciação de máquinas 
Comissões proporcionais às vendas 
Remuneração do pessoal da Contabilidade Geral 
(salários) 
 
Depreciação do prédio da empresa 
Consumo de matéria-prima 
 
 
12 
 
 
 
Deterioração do estoque de matéria-prima por enchente 
Remuneração do tempo do pessoal em greve 
Geração de sucata no processo produtivo 
Estrago acidental e imprevisível de lote de material 
Gastos com seguro contra incêndio 
 Fonte: Adaptado de Martins e Rocha (2008, p.15).13 
 
UNIDADE II - CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS 
 
1. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS QUANTO A FORMA DE 
DISTRIBUIÇÃO E APROPRIAÇÃO 
Quanto à forma de distribuição e apropriação, os gastos podem ser classificados 
como Diretos e Indiretos. 
 
1.1 CUSTOS DIRETOS 
 
Os custos diretos são aqueles que podem ser alocados a determinado produto 
ou serviço de forma direta, ou seja, sua medida é de fácil identificação, exemplo: 
tonelada de matéria-prima consumida, embalagens utilizadas, mão de obra e outros. 
 
1.2 CUSTOS INDIRETOS 
 
São os custos que não são facilmente identificados a um único produto/serviço. 
A alocação na maioria das vezes é feita por meio de rateio. 
Exemplos: pessoal que trabalha nos Departamentos de Apoio à Produção: RH, 
Contabilidade; Materiais como: lubrificantes utilizados na manutenção e limpeza das 
máquinas, lixas; Depreciação das máquinas e equipamentos, valor dos materiais 
consumidos nas manutenções, seguro contra incêndio e outros acidentes na fábrica, 
transporte e refeições da mão de obra, etc. 
 
1.2.1 CRITÉRIOS DE RATEIOS 
 
Representam os critérios utilizados para distribuição dos gastos indiretos aos 
produtos, centros de custos, centros de despesas ou receitas geradas. Esses 
critérios, muitas vezes, são subjetivos e arbitrários, podendo provocar distorções nos 
resultados finais. Não há critérios de rateios que sejam válidos para todas as 
 
 
 
14 
 
empresas e sua definição depende do gasto que estiver sendo rateado, do produto 
ou centro de custos, que esteja sendo custeado e da relevância do valor envolvido. 
A principal regra para determinação do critério de rateio é o bom senso. 
 
2. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS QUANTO ÀS VARIAÇÕES NOS 
VOLUMES DE PRODUÇÃO E DE VENDAS 
 
Quanto ao comportamento em relação às variações nos volumes de produção e de 
vendas, os gastos classificam-se como: 
 Custos Fixos; 
 Custos Variáveis. 
 
2.1 CUSTOS FIXOS 
 
 Martins (2008) explica que os custos fixos são aqueles que não variam, 
proporcionalmente, ao volume de unidades produzidas. Exemplos: salários; aluguel; 
seguros etc. 
A TAB. 3 apresenta o comportamento dos custos fixos diante do volume de 
produção. 
 
Tabela 3 
Custos fixos e volume de produção 
 
Custos Fixos por Período Volume de Produção Custos Fixos por Unidade 
R$12.000,00 5.000 unidades R$2,40 
R$12.000,00 6.000 unidades R$2,00 
R$12.000,00 4.000 unidades R$3,00 
 
 
 
 
15 
] 
O decréscimo no custo fixo unitário com o aumento do volume de produção é 
conhecido como economia de escala, uma das grandes vantagens competitivas das 
multinacionais que produzem para diversos mercados internacionais. Dessa 
maneira, podem aproveitar o máximo a capacidade instalada da fábrica e reduzir os 
custos unitários de produção. 
 
2.2 CUSTOS VARIÁVEIS 
 
Os custos variáveis são aqueles que variam de acordo com o volume de 
produção. São os custos que mantêm relação com o volume de produção ou 
serviço. Isso quer dizer que, se o volume de produção cresce os custos variáveis 
também crescem. Na maioria das vezes, esse crescimento é proporcional ao 
crescimento da produção. Exemplos de custo variável: matéria-prima, manutenção, 
custos com expedição, embalagens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3 CUSTOS SEMIFIXOS 
 
 São classificados como semifixos os custos que são fixos até certa faixa de 
produção, e que se tornam variáveis quando passam dessa faixa. 
 
 
Todos os custos podem ser 
classificados em Fixos ou 
Variáveis e em Diretos ou 
Indiretos ao mesmo tempo. Por 
exemplo, a matéria-prima é um 
custo Variável e Direto; o Seguro 
é Fixo e Indireto. Os Custos 
Variáveis são sempre diretos por 
natureza”. (MARTINS, 2008, p. 51). 
 
 
 
16 
 
 
 
Exemplo: 
 
Volume de produção Quantidade necessária de 
supervisores 
Custo em R$ (salários e 
encargos) 
0 – 20.000 1 120.000 
20.0001 – 40.000 2 240.000 
40.001 – 60.000 3 360.000 
60.001 – 80.000 4 480.000 
Fonte: Gonçalves Pinto et al (2008) 
 
2.4 CUSTOS SEMIVARIÁVEIS 
 
 São custos que variam de acordo com o número de unidades produzidas, 
porém, parte deles permanece fixa e acontece mesmo não havendo produção. 
Custos que variam de acordo com a produção, mas não na mesma proporção. 
Exemplos: conta de energia elétrica, quando se cobra uma taxa mínima na conta, 
mesmo quando não há produção, gastos com combustível para aquecimento de 
caldeira, mesmo quando não há produção, a caldeira não pode esfriar (Gonçalves e 
Pinto et al, 2008) 
 
3. CUSTOS PARA DETERMINAÇÃO DO RESULTADO 
 
3.1 EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS 
 
A atividade 1 traz os dados de uma empresa prestadora de serviços. 
Preencha a Demonstração dos Resultados do Exercício com os dados abaixo. 
 
 
 
 
 
17 
CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final 
 Lucro Bruto = Receita de Vendas – CMV 
 
 
ATIVIDADE 1 
Especificações Total ($) 
Receita de Serviço 100.000 
Despesas 
- A 30.000 
- B 20.000 
- C 15.000 
Lucro Bruto do Período 
 
 
3.2 EMPRESA COMERCIAL 
 
Numa empresa comercial que compra e vende mercadorias, a determinação 
do resultado se faz por meio dos inventários (avaliação do estoque). 
O cálculo do Custo de Mercadorias Vendidas: 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE 3 
Preencha a Demonstração do Resultado do Exercício de uma Empresa Comercial 
que apresenta os seguintes dados: 
 
 
 
 
18 
 
Especificações Total ($) 
Vendas 1.000.000 
Custo da Mercadoria Vendida 
(+) Estoque Inicial 400.000 
(+) Compras 800.000 
(=) Estoque Disponível 1.200.000 
(-) Estoque Final 500.000 
Lucro Bruto 
Despesas 
- A 100.000 
- B 80.000 
- C 20.000 
Lucro Líquido antes do IR 
 
 
3.3 EMPRESA INDUSTRIAL 
 
Numa empresa industrial, que transforma a matéria-prima em produto 
acabado e vende esse produto acabado, o Lucro é determinado por meio do cálculo 
do custo de produção. 
O Custo dos Produtos Vendidos é calculado levando-se em consideração as 
diversas fases por onde passa a matéria-prima até ser entregue ao cliente, como 
produto acabado. 
 
 
 
 
 
19 
 Custo Fabril = MD + MOD + CIF 
 
 
 
 
3.3.1 CUSTO DO MATERIAL DIRETO - MD 
 
 
 
 
ATIVIDADE 4 
Calcular o Custo do Material Direto consumido em 
determinado período para os dados abaixo: 
 
 
 
 
 
 
3.3.2 CUSTO FABRIL OU CUSTO DE PRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estoque Inicial de MD 300.000 
Compra de MD 200.000 
Inventário Final de MD 300.000 
 Custo MD = Estoque Inicial + Compras de - Estoque Final de 
 Matéria-prima Matéria-Prima Matéria-Prima 
Custo Fabril = Custo do Material Direto Consumido + Custo da Mão- de-obra direta 
 + Custo Indireto de Fabricação 
 
 
 
20 
 
ATIVIDADE 5 
Calcular o Custo Fabril para os dados abaixo: 
 
 
 
 
 
3.3.3 CUSTO DE PRODUTOS FABRICADOS (CPF) 
 
 
 
 
 ATIVIDADE 6 
Calcular o Custo da Mercadoria Fabricada para os dados abaixo: 
 
 
 
 
 
3.3.4 CUSTO DE PRODUTOS VENDIDOS - CPV 
 
 
 
 
 
Custo de Material Direto 200.000 
Custo de Mão de Obra Direta 100.000 
Custo Indireto de Fabricação 200.000 
Estoque de Produtos em Processo 300.000 
Custo Fabril 500.000 
Estoque Final de Produtos em Processo 400.000 
Custo de Produtos = Estoque Inicial de + Custo Fabril - Estoque Final de 
 Fabricados Prod. em Processo Produto em Processo 
CPV = Estoque Inicial + Custo de Produtos - Estoque Final de 
 Produtos Acabados Fabricados Produtos Acabados 
CPV = VENDAS – LUCRO 
 
 
21 
Custo Primário = MD + MOD 
 
 
ATIVIDADE 7 
Calcular o CPV de acordo com os dados abaixo e 
preenchao Demonstrativo de Resultado do 
Exercício. 
 
 
Especificações Total ($) 
Vendas 1.000.000 
Desconto s/ Vendas 20.000 
Devolução de Vendas 100.000 
Vendas Líquidas 
Custo do Produto Vendido 
Lucro Bruto s/ Vendas 
Despesas Operacionais 120.000 
Lucro Líquido antes do IR 
 
3.3.5 CUSTO PRIMÁRIO - CUSTO DIRETO 
É a soma do MD com a MOD. 
 
Estoque Inicial de Produtos Acabados 500.000 
Custo de Produtos Fabricados 400.000 
Estoque Final de Produtos Acabados 300.000 
 
 
22 
Custo de Transformação = MOD + CIF 
 
 
 
3.3.6 CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO OU DE CONVERSÃO 
 
É o esforço da empresa para transformar o material adquirido do fornecedor, 
em produto acabado. É a soma da MOD mais as CIF. 
 
 
 
ATIVIDADE 8 
Os registros da Cia de Artefatos de Metal 
apresentavam as seguintes informações relativas ao 
mês de maio. 
 
 
 
 
 
Pede-se 
a) O Custo Fabril; 
b) O Custo Primário; 
c) O Custo de Transformação. 
 
Especificações Valores 
Materiais Diretos 6.250,00 
Materiais Indiretos 1.310,00 
Mão de Obra Direta 4.820,00 
Mão de Obra Indireta 715,00 
Depreciação da Maquinaria 625,00 
Aluguel da Fábrica 850,00 
Seguro da Fábrica 410,00 
 
 
23 
 
ATIVIDADE 9 
Os seguintes dados estão nos livros da Manufatura ATLAS e são relativos ao mês 
de junho: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pede-se: 
a) Custo dos Produtos Vendidos (CPV); 
b) Custo dos Produtos Fabricados; 
c) Custo Fabril; 
d) Custo do Material Direto; 
e) Valor das Compras de Matéria-Prima; 
Vendas do Mês 90.000,00 
Lucro Bruto s/Vendas no mês de junho 24.300,00 
MOD 25.000,00 
Mão de obra Indireta 18.500,00 
Salários de Vendedores 3.000,00 
Salários Administrativos 2.000,00 
Depreciação de Máquinas 200,00 
Depreciação de Móveis e Utensílios de Adm. 100,00 
CIF Diversos 1.000,00 
Estoques 1º de junho 30 de junho 
Matérias-primas 10.000,00 8.000,00 
Produtos em Processo 6.000,00 8.000,00 
Produtos Acabados 6.000,00 5.000,00 
 
 
24 
 
 
ATIVIDADE 10 
Dados da Fábrica Volta Redonda no ano de 2014. 
 Preço Unitário de Venda do Produto X 900,00 
Custo Unitário do Produto 600,00 
Despesas Comerciais e Administrativas por unidade 100,00 
Número de Unidades Vendidas no ano 1.000 
Composição do Custo de Vendas 
- MD 40% 
- MOD 45% 
- DIF 15% 
 
A Fábrica Volta Redonda está querendo levantar um orçamento para o ano de 2015, 
baseando-se nas seguintes premissas: 
 
Premissas para o Orçamento de 2015 
Aumento do Custo de Material Direto 25% 
Aumento no Custo da Mão de Obra Direta 20% 
Aumento nas Despesas Comerciais e 
Administrativas 
R$20,00 por unidade de produto. 
Os DIF não sofrerão alteração --- 
Preço de venda R$1.200,00 
Queda nas unidades vendidas 45% 
 
 
 
25 
 
Pede-se: 
a) Calcular o valor do MD, MOD e CIF do ano de 2014; 
b) Calcular o valor d o MD, MOD e CIF para o ano de 2015; 
c) Calcular para o ano de 2015 os seguintes itens: Custo Unitário do Produto; 
Despesas Comerciais e Administrativas por unidade e Número de Unidades 
Vendidas no ano; 
d) Com base nessas informações, preparar o Demonstrativo de Resultado do 
Exercício estimado para 2015, supondo que todos os artigos sejam vendidos. 
 
ATIVIDADE 11 
Tendo como fonte os registros de custos da Cia Brasil: 
 Pede-se: 
a) O valor da MOD; 
b) O valor dos custos com MD; 
c) O Custo do Produto Fabricado; 
d) O Custo Fabril; 
e) O Custo Indireto de Fabricação (CIF); 
f) A Receita de Venda; 
g) As despesas de venda, administrativas e financeiras; 
h) Preparar o Demonstrativo de Resultado do Exercício. 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
Registros de custos da Cia Brasil 
Custo total dos produtos vendidos R$25.000,00 
MD consumido é igual a 60% do Custo dos 
Produtos Vendidos 
 
Todo o material consumido foi proveniente de uma Compra realizada durante o exercício, 
ficando em estoque R$500,00. 
Os Estoques inicial e final de produtos em processo eram nulos. 
O valor da mão de obra aplicada R$7.500,00 
Estoque Final de Produtos Acabados R$1.000,00 
Estoque Inicial de Produtos Acabados zero 
Vendas R$30.000,00 
Despesas de Vendas 5% das vendas 
Despesas Administrativas 1% das vendas 
Despesas Financeiras 0,25% das vendas 
Quantidade fabricada no exercício 260 unidades 
 
 
ATIVIDADE 12 
Os dados abaixo foram retirados dos registros da Cia Revendedora Ltda. e se 
referem ao mês de setembro de 2014. 
Vendas R$314.000,00 
Compras R$250.000,00 
Inventário em 30 de setembro/2010 R$220.000,00 
Despesas de Administração e Vendas R$ 20.000,00 
O Lucro Líquido 
 
 
R$ 24.000,00 
 
 
 
27 
 
Pede-se: 
a) O Lucro Bruto; 
b) O CMV; 
c) O valor do Estoque em 1/09/2014. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
UNIDADE III - MODALIDADES DE CUSTEIOS 
 
Estudar as modalidades de custeio significa aprender de que maneira os 
gastos serão apropriados aos produtos ou serviços produzidos pela empresa, ou 
seja, consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens fabricados. 
Neste estudo serão apresentados os seguintes métodos: 
 Método de custeio por absorção; 
 Método de custeio variável ou direto; 
 Método de custeio por atividades (ABC) 
1. CUSTEIO POR ABSORÇÃO 
 
O sistema de Custeio por Absorção é o único sistema de custos aceitável 
legalmente para apuração do valor do estoque e o custo dos produtos vendidos, 
para efeito de pagamento do Imposto de Renda e Contribuição Social. 
No Custeio por Absorção os Custos de Produção – Diretos e Indiretos; Fixos 
e Variáveis – são computados ao custo dos produtos. 
Pelo Método de Custeio por Absorção todos os custos, variáveis e fixos, são 
atribuídos aos produtos fabricados. Os custos indiretos são distribuídos aos produtos 
por meio de rateios. 
Na opinião de vários autores, a principal falha do custeio por absorção, como 
ferramenta de controle, é exatamente o emprego de rateio para a distribuição dos 
custos indiretos. 
 Pois, rateios provocam distorções e dificilmente consegue-se anular os erros 
provocados por eles, mesmo quando as formas utilizadas são escolhidas com muito 
critério. Tais distorções podem dificultar decisões gerenciais que dependem das 
informações de custos, como por exemplo, a determinação do preço de venda. 
 
 
 
 
29 
Gonçalves Pinto et al (2008) traz as seguintes informações adicionais: 
 Os estoques são mais valorizados, já que absorvem custos fixos e variáveis; 
 Somente após o rateio dos custos indiretos é que se pode apuração o custo 
de produção; 
 Variações sobre o volume de produção não afetam os custos fixos totais; 
 Todos os custos são aplicados a todos os produtos, sendo apropriado ao 
resultado quando da venda dos respectivos produtos; 
 Atende à legislação fiscal e deve ser usado quando a empresa utiliza o 
sistema de custos integrados à Contabilidade; 
 Permite a apuração do custo por centro de custos. 
 
Os autores ainda evidenciam quatro erros do Método de Custeio por 
Absorção: 
 Não há identificação se os produtos agregam valor para a empresa; 
 Não considera o comportamento dos custos quando há variação na 
quantidade produzida; 
 Os critérios de rateios são arbitrários, o que pode provocar distorções e 
prejudicar a tomada de decisão; 
 Os produtos absorvem todos os custos, impedindo identificar a ociosidade no 
processo de produção. Por exemplo se uma empresa deixa de fabricar um 
determinado produto, os custos que anteriormente eram absorvidos por ele 
passam a ser alocados em outros produtos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
Como calcular o Custo Unitário de Produção pelo Método de Custeio por 
Absorção: 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE 1 
Utilizando o método de custeio por absorção faça a atividade. 
A empresa CAP incorreu nos seguintes custos no mês de 
maio de 20XX. 
 
 
Custos operacionais de produção: 
Custos Valor (R$) 
MateriaisDiretos 1.000,00 
Mão de obra direta e encargos 500,00 
Custos indiretos de produção 1.300,00 
Total dos custos de produção 2.800,00 
 
 
 
 
 
 
Custo Unitário = Custo Variável Unitário + Custo Fixo Total 
 De Produção -------------------------------------- 
 Nº Unidades Produzidas 
 
 
 
 
31 
 
 
Custos Operacionais complementares 
Custos Valor (R$) 
Vendas 200,00 
Administrativo 120,00 
Financeiro 80,00 
Total dos custos operacionais 400,00 
 
 
Informações Adicionais 
Informações Valor 
Produção do mês 280 kg 
Estoque do início do mês zero 
Estoque no final do mês 80 kg 
Preço unitário líquido de venda R$15,00 por kg 
 
 
Pede-se: 
a) Custo de produção por Kg; 
b) Demonstração de resultados; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
 
2. SISTEMA DE CUSTEIO VARIÁVEL 
Este sistema fundamenta-se na separação dos gastos variáveis dos fixos, isto 
é, em gastos que oscilam proporcionalmente ao volume de produção e vendas e 
gastos que mantêm estáveis perante o volume de produção e vendas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Custeio Variável está sendo cada vez mais utilizado como apoio às decisões 
gerenciais, tais como: 
 fixação de preços; 
 decisão de compra ou fabricação de determinado produto; 
 determinação do mix de produtos; 
 determinação imediata do comportamento dos lucros em face das 
oscilações de vendas. 
 
 
Custeio Variável 
Serão alocados aos produtos 
somente os custos e 
despesas variáveis, que 
pertencem a ele e que variam 
de acordo com a sua 
quantidade produzida. Os 
custos que pertencem à 
capacidade estrutural da 
empresa e que independem 
da quantidade produzida 
serão retirados do resultado 
operacional da empresa. 
 
Pelo Método do Custeio Variável, 
o gestor consegue calcular quanto 
os produtos e serviços 
contribuíram para que a empresa 
possa cobrir seus gastos fixos e, 
ainda remunerar os investidores. 
De Gonçalves Pinto et al 
(2008) 
 
 
33 
 
 
No entanto, Bruni (2010) alerta que do ponto de vista dos princípios e normas 
contábeis o custeio variável não pode ser utilizado para avaliação de estoques, sua 
utilização é limitada à Contabilidade para efeitos internos da empresa, a chamada 
Contabilidade Gerencial. 
 
 
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES 
 
CUSTEIO VARIÁVEL CUSTEIO ABSORÇÃO 
 Somente os custos variáveis serão 
contabilizados no custo dos 
produtos; 
 As despesas variáveis de 
administração e de vendas serão 
debitados diretamente aos custos 
dos produtos acabados e vendidos; 
 Os custos fixos serão totalmente 
lançados contra os resultados 
obtidos no período. 
 Como desvantagem deste método 
pode citar que, o gestor pode ter na 
prática dificuldades em separar os 
custos fixos dos variáveis, pois 
existem os custos semifixos e 
semivariáveis. Podendo assim 
incorrer em erros. 
 
 
 Os custos relacionados com a 
fabricação, independente do seu 
comportamento diante do volume de 
atividades, são debitados 
diretamente aos processos de 
fabricação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
ATIVIDADE 2 
O objetivo da atividade é comparar a Demonstração de Lucro de uma empresa, 
utilizando o custeamento por absorção e o custeamento variável ou direto. 
Faça isso, utilizando os dados da tabela abaixo e compare os resultados. 
Custos do período 
Matérias-primas consumidas R$100,00 
Mão de obra produtiva fixa R$100,00 
Custos indiretos de produção: 
Fixos 
Variáveis 
 
R$30,00 
R$20,00 
Total R$250,00 
 
Informações Adicionais 
Produção mensal em unidades 10 un 
Vendas mensais 5 un 
Preço de Venda R$35,00 
Despesas operacionais do período 
- Fixos 
- Variáveis 
 
R$20,00 
R$ 10,00 
Fonte: Adaptado de Santos (2011, p. 82) 
Demonstração do Lucro pelo Custeio por Absorção 
Vendas 
(-) Custo dos Produtos Vendidos 
(=) Lucro Bruto 
(-) Despesas Operacionais 
(=) Lucro Operacional 
 
 
 
35 
 
 
Estoque final do período 
 
Demonstração do Lucro pelo Custeio Variável 
 
Vendas 
(-) Custo do Produto Vendido 
(-) Outros Custos Variáveis 
(=) Margem de Contribuição 
(-) Custos Fixos do Período 
(-) Despesas Operacionais Fixos 
(-) Mão de Obra Produtiva -fixa 
(=) Lucro Operacional 
 
Estoque final do período 
 
 
ATIVIDADE 3 
Uma empresa fabrica dois produtos, Alfa e Beta com as seguintes características 
Especificações Alfa Beta Total 
Quantidade (unidades) 15 20 
Material Direto (kg/un.) 4,00 2,00 
Mão de obra 
(horas/um.) 
1,50 1,00 
Custos Indiretos de 
Fabricação (fixo) 
 R$2.500,00 
Fonte: Gonçalves Pinto et al (2008, p.44) 
 
 
 
 
 
36 
 
 
Outros dados 
Custo do kg do Material Direto R$15,00 
Custo da Hora (MOD) R$12,00 
Base de rateio Total de kg utilizado de material direto 
 
 
 
 
 
Utilizando dos Métodos de Custeio por Absorção e Variável faça o que se pede: 
a) Calcular o custo unitário de cada produto; 
b) Faça a demonstração do resultado; 
c) Diante dos resultados, quais as possíveis decisões que poderiam ser 
tomadas? 
 
Custeio Absorção 
Determinação do Custo Direto 
Produto Material Direto Mão de obra direta Custo 
Direto por 
unidade 
Kg/un. Custo 
p/kg 
Custo por 
unidade 
Horas/un. Custo 
p/hora 
Custo por 
unidade 
Alfa 
Beta 
 
 
 
 
Produtos Preço de Venda 
Alfa R$175,00 
Beta R$ 90,00 
 
 
37 
 
 
Determinação do Custo Indireto 
Produto Total de KG Rateio do 
Custo Indireto 
Quantidade 
Produzida 
Custo Indireto 
por Unidade 
Alfa 
Beta 
Total 
 
Apuração do Custo Unitário Total por Produto 
Produto Custo Direto 
Unitário 
Custo Indireto 
Unitário 
Custo Unitário 
Total 
Alfa 
Beta 
 
Demonstração do Resultado 
Discriminação Alfa Beta Total 
p/15 unidade Unitário p/20 unidades Unitário 
Receita 
(-) Custos 
Lucro 
 
Repita o exercício usando o Método do Custeio Variável 
 
Determinação do Custo Direto 
Produto Material Direto Mão de obra direta Custo 
Direto por 
unidade 
Kg/un. Custo 
p/kg 
Custo da 
unidade 
Horas/un. Custo 
p/hora 
Custo da 
unidade 
Alfa 
Beta 
 
 
38 
 
 
Apuração do Custo Unitário Total por Produto 
 
Produto Custo Direto 
Unitário 
Custo Indireto 
Unitário 
Custo Unitário 
Total 
Alfa 
Beta 
 
 
Demonstração do Resultado 
 
Discriminação Alfa Beta Total 
p/15 unidade Unitário p/20 unidades Unitário 
Receita 
(-) Custos 
Margem de 
Contribuição 
 
(-) Custos 
Fixos 
 
(=) Lucro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
3. CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES - CUSTEIO ABC 
 
3.1 INTRODUÇÃO E CONCEITOS 
 
O foco principal do Custeio ABC são os custos indiretos e a forma de como eles 
são alocados aos custos dos produtos. Sabe-se que a alocação dos custos indiretos 
de fabricação aos produtos por meio de rateios pode provocar distorções na 
apuração dos custos totais. Tais distorções são resultados da escolha aleatória das 
formas de rateio, que nem sempre retratam o que realmente aconteceu, 
prejudicando assim a acurácia dos custos finais dos produtos. 
Diferente da metodologia de Custeio por Absorção, que utiliza os rateios como 
forma de distribuir os custos indiretos, o Custeio ABC utiliza o rastreamento das 
atividades que consomem os recursos, para assim alocar os seus respectivos custos 
indiretos. Pois, segundo Nakagawa (2007, p.38), os recursos gastos pela 
organização são consumidos por suas atividades e não por seus produtos. O autor 
esclarece que a utilização deste método, para a alocação dos custos indiretos, traz 
mais confiabilidade na apuração do custo final do produto, pois o que é observadoé 
a sequência de atividades que consomem recursos na fabricação do produto. 
Martins (2003) complementa dizendo que o custeio ABC é um conceito que 
considera o custo das atividades e sua relação com o consumo de recursos. O 
importante é identificar as atividades que provocam os custos nos produtos ou 
serviços. Diante do contexto pode-se dizer que, o método ABC busca demonstrar o 
que foi gasto - levando em consideração os recursos disponíveis -, em quais 
atividades ou processos foram destinados os gastos e para qual finalidade foi gasto. 
Identificar as atividades que consomem recursos é a parte crucial desse método 
de custeio. Para Nakagawa (2007, p.42) “a atividade pode ser definida como um 
processo que combina, de forma adequada, pessoas, tecnologias, materiais, 
métodos e seu ambiente, tendo como objetivo, a produção de produtos”. O autor 
enfatiza que o objetivo principal da atividade é “converter recursos (materiais, mão 
de obra, tecnologia, informação) em produtos ou serviços”. 
 
 
40 
 
 Para facilitar a identificação das atividades em uma empresa, Perez Jr. (1999) 
descreve de forma sumário alguns conceitos envolvidos em um processo de 
negócio: 
 Processo – sequência de atividades relacionadas e dependentes unidas 
pelos produtos que estas trocam (intercambiam). Exemplos: processo de 
compras, processo de vendas; 
 Função – conjunto de atividades que estão orientadas por um objetivo 
comum. Exemplo: função de montagem, função de acabamento. As funções 
podem ser produtivas, auxiliares, administrativas, comerciais ou financeiras; 
 Tarefa – conjunto de operações que definem como uma atividade deve ser 
realizada. Detalhamento da atividade. Exemplo: a atividade Montagem de 
Pneus deve conter as seguintes tarefas: montagem de pneus, montagem de 
catracas e montagem de freios; 
 Atividades: conjunto de tarefas necessárias para o atendimento das metas e 
funções. Evento do processo que consome recursos. Exemplo: selecionar e 
treinar pessoal; 
 Operações – são as menores unidades de medidas de uma rotina 
operacional. Exemplo: introduzir o eixo no orifício do quadro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividades no processo de 
suprimento: 
- selecionar e treinar 
compradores; 
Selecionar e contratar 
fornecedores; 
Efetuar coletas e cotações de 
preço; 
Digitar e enviar os pedidos de 
compra; 
Acompanhar o atendimento 
dos pedidos; 
 
Atividades no processo de 
cobrança de mensalidades: 
- emitir carnês; 
- remeter para cobrança 
bancária; 
- controle das contas 
recebidas e emissão de 
relatórios de recebimentos; 
- controle da inadimplência. 
 
 
41 
 
Outros conceitos importantes para a aplicação do Custeio ABC, segundo Perez 
Jr (1999): 
 Direcionador de Custos – informa como as atividades consomem os 
recursos. Demonstra a relação entre o recurso consumido e as atividades. 
Exemplo: como a atividade “motagem de quadros” consome os recursos 
 Direcionador de Atividades – informa como os produtos ou serviços 
consomem atividades. Demonstra a relação entre as atividades e os produtos 
ou serviços. 
Exemplo: 
 
 
 
 
 
3.2 DESENVOLVIMENTO DO CUSTEIO POR ATIVIDADE (ABC) 
 
De acordo com Perez Jr (1999) a utilização do Custeio ABC pode ser aplicada 
em qualquer tipo de negócio – indústria, comércio e prestadora de serviço. O autor 
fornece um esquema básico de como utilizar o custeio por atividade: 
 Efetuar o mapeamento dos principais processos existentes na empresa – 
produção, suprimento, administração de RH e outros; 
 Identificar as principais atividades existentes em cada processo; 
 Levantar os custos e os recursos associados a cada atividade – custo por 
atividade; 
 Identificar as atividades que não agregam valor ao produto. Podem ser 
atividades de suporte (finaças, treinamento) e atividades secundárias – 
aquleas que podem ser eliminadas ou reduzidas sem afetar o produto/serviço 
final; 
 
 
Departamentos 
 
Atividades 
 
Direcionadores 
 
Compras 
Comprar Materiais 
Desenvolver Fornecedores 
Nº de Pedidos 
Nº de Fornecedores 
 
 
42 
 
 
 Avaliar a influência das atividades secundárias no produto final, ou seja, 
determinar se podem ser eliminadas ou pelo menos reduzidas; 
 Identificar os direcionadores de custos, que são os parâmetros de medida 
para a adequada apropriação. 
 
A alocação dos custos às atividades deve ser feita de forma mais criteriosa 
possível, de acordo com a seguinte ordem: 
 Alocação direta; 
 Rastreamento: é a alocação com base na identificação da relação de causa e 
efeito, entre a ocorrência da atividade e geração dos custos. É feito utilizando 
direcionadores de custos; 
 Rateio: é realizado apenas quando não há a possibilidade de utilizar nenhum 
dos critérios anteriores, porém deve-se ter em mente que, para fins gerenciais 
rateios arbitrários não devem ser feitos. 
 
Fórmulas que podem auxiliar no cálculo do custo unitário dos Produtos 
 
 
1º Passo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2º Passo: 
 
 
 
 
 
 
 
Custo unitário do Direcionador = custo da atividade 
 --------------------------------------- 
 Nº total de direcionadores 
Custo da atividade = Custo unitário do x Nº de direcionadores 
atribuída ao produto Direcionador do período 
 
 
43 
 
 
 
3º Passo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE 1 2 
Uma empresa de confecção produz três tipos de produtos: 
camisetas, vestidos e calças, e possui dois departamentos 
de produção: “corte e costura” e “acabamento”. Seguem 
informações sobre os produtos: 
 
 
 
Produtos Volume de Produção 
Mensal 
Camisetas 18.000 un. 
Vestidos 4.200 un, 
 
Calças 
 
13.000 un. 
 
 
 Custos diretos por unidade 
 
 
Especificações 
Custos Diretos de Produção 
Camiseta 
 
Vestidos 
 
Calças 
 
Tecido 
 
3,00 4,00 3,00 
Aviamentos 0,25 0,75 0,50 
Mão-de-obra 0,50 1,00 0,75 
 
Total 
3,75 5,75 4,25 
 
2 MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 2008. 
Produtos Preço de Venda Unitário 
Camiseta 10,00 
Vestido 22,00 
Calça 16,00 
Custo da atividade = Custo da atividade atribuído ao produto 
por unidade de produto --------------------------------------------------------------- 
 Quantidade produzida 
 
 
44 
 
 
 
 
Despesas Administrativas e de Vendas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Toda a quantidade produzida foi vendida. 
 
 
 Custos Indiretos por Atividade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Despesas Valores (R$) 
Administrativas 50.000,00 
Com vendas 43.000,00 
Comissões – 5% das vendas 24.020,00 * 
Total 117.020,00 
 Levantamento das Atividades Relevantes dos Departamentos 
 Departamentos Atividades Custos Indiretos* 
 
Compras 
Comprar Materiais 16.000,00 
Desenvolver Fornecedores 12.000,00 
Total 28.000,00 
 
Almoxarifado 
Receber Materiais 12.350,00 
Movimentar Materiais 16.000,00 
Total 28.350,00 
 
Adm. da Produção 
 
Programar Produção 16.000,00 
Controlar Produção 13.850,00 
Total 29.850,00 
 
Corte e Costura 
 
 
Cortar 29.000,00 
Costurar 28.600,00 
Total 57.600,00 
 
Acabamento 
Acabar 14.000,00 
Despachar Produtos 32.200,00 
Total 46.200,00 
 
 
45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direcionadores de Atividades 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Departamentos 
 
Atividades 
 
Direcionadores 
 
Compras 
Comprar Materiais 
Desenvolver Fornecedores 
Nº de Pedidos 
Nº de Fornecedores 
 
Almoxarifado 
Receber Materiais 
Movimentar Materiais 
Nº de Recebimentos 
Nº de Requisições 
 
Adm. Da Produção 
ProgramarProdução 
Controlar Produção 
 
Nº de Produtos 
Nº de Lotes 
 
Corte e Costura Cortar 
Costurar 
 
Tempo de Corte 
Tempo de Costura 
 
 
Acabamento Acabar 
Despachar Produtos 
 
Tempo de Acabamento 
Tempo de Despacho 
 
 
 
 
Os Custos Indiretos que foram rateados aos departamentos se referem a: Aluguel, 
Energia Elétrica, Salários Pessoal Supervisão, Mão-de-obra Indireta, Depreciação, Material 
de Consumo, Seguros. Correspondendo a um total de R$190.000,00. Existem várias 
formas de rateio, como: mão-de-obra direta; horas-máquina; Matéria-Prima Aplicada, Custo 
Direto Total. 
Para alocar os custos indiretos aos Departamentos e posteriormente às atividades 
devem ser utilizados direcionadores de custos. Exemplo: 
 Aluguel: área utilizada pelo pessoal e equipamentos necessários à execução 
das tarefas. Trata-se de rastreamento, pois a alocação direta não é possível; 
 Energia Elétrica: Supondo que cada departamento tenha um medidor de 
energia elétrica, o valor alocado a eles é do consumo efetivo; 
 Salários do Pessoal da Supervisão e Mão-de-Obra Indireta: Alocação direta a 
cada departamento de acordo com a folha de pagamento; 
 Depreciação: Alocação direta aos departamentos de acordo com a análise do 
imobilizado; 
 Material de Consumo: Permite a alocação direta por meio das requisições; 
 Seguro: Deve fazer o rastreamento do seguro dos bens de cada 
departamento 
 
 
46 
 
 
 
 
 
Direcionadores de Custos das Atividades 
 
Direcionadores Camiseta Vestido Calça Total 
Nº de Pedidos 
 
150 400 200 
Nº de Fornecedores 
 
2 6 3 
Nº de Recebimentos 
 
150 400 200 
Nº de Requisições 
 
400 1.500 800 
Nº de Produtos 
 
1 1 1 
Nº de Lotes 
 
10 40 20 
Horas utilizadas para cortar 2.160 882 2.600 
Horas utilizadas para costurar 3.240 2.058 7.800 
Horas utilizadas para acabar 2.700 2.520 3.900 
Horas utilizadas para despachar 25 50 25 
 
Custo Unitário dos Produtos 
 
 
Atividades 
 
Camisetas 
 
Vestidos 
 
Calças 
 
Comprar materiais 
Desenvolver fornecedores 
Receber materiais 
Movimentar materiais 
Programar produção 
Controlar produção 
Cortar 
Costurar 
Acabar 
Despachar 
Total 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
 
 
 Demonstrativo dos Resultados por Unidade 
 
Especificações Camisetas Vestidos Calças 
Custo Direto Unitário 
Custo Indireto Unitário 
Custo Total Unitário 
Preço Unitário de Venda 
Lucro Bruto Unitário 
Margem (%) 
Ordem de Lucratividade 
 
 
 
 
Demonstração dos Resultados 
 
 Camisetas Vestidos Calças Total 
Vendas 
Custo dos Produtos Vendidos 
Tecido 
Aviamento 
Mão-de-Obra Direta 
Subtotal Diretos 
Comprar Materiais 
Desenvolver Fornecedores 
Receber Materiais 
Movimentar Materiais 
Programar Produção 
Controlar Produção 
Cortar 
Costurar 
Acabar 
Despachar 
Subtotal Atividades (CIP) 
Lucro Bruto 
Despesas Administrativas 
Despesas com Vendas 
Lucro antes do Imposto Renda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE 2 
A empresa de telecomunicações Telefonic dedica-se à prestação de dois serviços 
principais: 
 
 Receita Líquida no Período 
Chamada Locais 790.715 
Consertos em Domicílios 994.620 
 
Custos Diretos 
 
 Chamadas Locais Consertos em Domicílios 
Depreciação de veículos 0 80.000 
Salários e encargos sociais 200.000 120.000 
Depreciação da planta 
básica 
100.000 - 
Material para reparos – fio 
de cobre, ferramentas. 
0 45.000 
Energia elétrica 155.000 0 
 
Os custos indiretos comuns aos dois serviços foram de R$500.000 para o mesmo 
período. 
Por meio de entrevistas, análise de dados na Contabilidade verificou-se que os 
custos indiretos referiam-se às seguintes atividades: 
 
Atividade Valor 
Realizar manutenção preventiva de equipamentos 150.000 
Realizar manutenção corretiva de equipamentos 180.000 
Supervisionar serviços 70.000 
Controlar a qualidade dos serviços 100.000 
Total 500.000 
 
 
Direcionadores de custos (selecionar apenas os mais adequados às 
atividades) 
 
 Chamadas 
Locais 
Consertos em 
Domicílios 
Nº de horas de manutenção preventiva 1.000 5.000 
Nº de pedidos de manutenção corretiva 5 20 
Tempo dedicado pelos supervisores 25% 75% 
Nº de defeitos detectados e corrigidos 10 40 
Nº de pontos de inspeção de controle de 
qualidade 
20 80 
Quantidade de consertos realizados em 
domicílios 
0 300 
 
 
 
 
49 
 
 
Pede-se: 
a) O valor dos custos indiretos, por tipo de serviço, segundo o Custeio Baseado em 
Atividades; 
b) A margem bruta de lucro, em percentagem da receita, por tipo de serviço. 
 
 
ATIVIDADE 3 
Determinado hotel possui apartamentos das categorias standard simples e duplo e 
de categoria luxo simples e duplo. Considerando as taxas médias de ocupação, o 
volume estimado de diárias é de cerca de 3.650 standard simples, 14.600 standard 
duplo, 4.380 luxo simples e 6.570 luxo duplo, por ano. 
 
Custos Diretos e os Preços 
 
 Standard Luxo 
 Simples Duplo Simples Duplo 
Custos diretos (em R$ por apto.) 15 30 20 35 
Preço da diária (em R$ por apto.) 75 100 150 200 
Nº de diárias por ano 3.650 14.600 4.380 6.570 
 
Custos Indiretos por Atividades 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os custos e despesas fixos estruturais totalizam R$1.852.500 por ano que não 
devem ser rateados. 
 
 Direcionadores de Custos das Atividades 
 
 Standard Luxo 
 Simples Duplo Simples Duplo 
Tempo gasto com inspeção 300 h 1.500 h 500 h 1.100 h 
Nº de hóspedes 3.600 29.000 4.300 13.100 
Nº de Requisições 700 4.230 670 1.500 
Quilograma de lavagem 5.000 37.000 4.000 13.000 
 
Pede-se calcular: 
a) O custo de cada categoria pelo Custeio Baseado em Atividade; 
b) A Margem de Lucro, em percentagem, por categoria; 
c) O lucro operacional do Hotel, antes do Imposto de Renda, por ano. 
Atividades R$ 
Inspecionar apartamentos 148.000 
Recepcionar Hóspedes 153.000 
Requisitar Materiais 135.000 
Lavar Roupa 169.000 
Total 605.000 
 
 
50 
 
UNIDADE IV - FORMAÇÃO DE PREÇO BASEADA EM 
CUSTOS 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O preço de venda de um produto está mais relacionado com fatores externos à 
empresa do que propriamente aos seus custos. Entretanto, o preço obtido a partir do 
custo é uma referência valiosa para comparar com o preço de mercado e determinar 
a conveniência ou não de vender o produto pelo preço que o mercado esteja 
disposto a pagar. 
 De acordo com Bruni (2010), o preço do produto deve ser definido levando 
em consideração os custos e o valor percebido pelo mercado consumidor, pois os 
clientes somente estarão dispostos a pagar o preço de um produto quando o valor 
percebido for superior. “A diferença entre o preço e os custos é o lucro que a 
empresa irá obter, já a diferença entre o valor percebido e o preço são os benefícios 
extras desejados pelo mercado, o gráfico ilustra essa afirmativa. 
 Lucro Benefícios Extras 
0
50
100
150
200
250
300
Custo Preço Valor
Valores
 
 
 
 
 
51 
 
Bruni e Famá (2011) explicam que ao utilizar o método de formação de preço 
baseado em custos o gestor deve ficar atento às seguintes variáveis: maximização 
do lucro para a empresa, manutenção da qualidade dentro das especificações 
prometidas ao cliente e competitividade. 
 Vários são os métodos utilizados para formação de preço. Neste estudo será 
estudado o método do custo pleno propostos por Bruni e Famá (2011). 
 
1.1 PREÇOS COM BASE NO CUSTO PLENO OU CUSTOS INTEGRAIS 
 
Neste método todos os custos e despesas serão considerados para o cálculo do 
preço de venda. São eles: 
 Custos totais de produção; 
 Despesas de vendas; 
 Despesas administrativas; 
Além dos custos e despesas, o preço deverá cobrir a margem de lucro desejada. 
 O Modelo RKW,que em português significa Conselho Administrativo do 
império para a Eficiência Econômica é uma variação do emprego do cálculo de 
preço com base nos custos plenos. Método alemão que foi empregado no Brasil nas 
décadas de 1960 e 1970 pelo Conselho Interministerial de Preços (CIP), órgão que 
controlou os preços de diversas empresas (BRUNI e FAMÁ, 2011) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
Juros = FV – PV 
PV = FV/(1+i)n 
 
Juros = PVx(1+i)n – PV 
 
 
Juros = PV x [(1+i)n- 1] 
 
n = Ln (FV/PV) 
 --------------- 
 Ln (1+i) 
 n 
i = FV/PV - 1 
 
 
 
 
 
EFEITO DO CUSTO DE OPORTUNIDADE NO 
CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA 
 
Quando o cálculo dos custos e preços envolve 
comparações entre desembolsos e recebimentos em 
datas diferentes, deve-se considerar o custo de 
oportunidade dos recursos no tempo. Os valores 
devem ser comparados sempre no Valor Presente. 
O cálculo do custo de oportunidade do dinheiro no tempo deverá ser feito pela 
capitalização composta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FV = PV (1 + i) n 
 
 
53 
 
 
 
ATIVIDADE 1 
Determinada empresa produz e comercializa arranjos 
de flores. Os custos com materiais diretos são de 
R$3,40 por unidade comercializada. Os custos com 
mão-de-obra direta são de R$2,20 por arranjo. Os 
custos indiretos de fabricação são apropriados com 
base em 300% da MOD. Despesas administrativas, com vendas e fretes somam 
R$1,80 por unidade. 
Calcule o preço de venda para um lucro bruto unitário de R$1,20. (Bruni e Famá, 
2011) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE 2 
De acordo com os dados apresentados na tabela, calcule o preço de venda. 
Considere que a empresa seja isenta de impostos, sabendo que a empresa fabrica e 
vende 15.000 unidades/ano e deseja obter um lucro de R$3.600,00 por ano. (Brni e 
Famá, 2011). 
 
 
 
 
 
Componente Valor 
MD 
MOD 
CIF 
Custo Total 
Despesas 
Gasto Total 
Lucro Desejado 
Preço a Praticar 
 
 
54 
 
 
 
Especificação Valor (R$) 
Mão-de-obra direta 15.000,00 
Despesas administrativas 6.800,00 
Seguro das lojas 3.600,00 
Salários e encargos de vendedores 5.800,00 
Aquisição de nova loja no fim do ano 35.000,00 
Depreciação de imóveis fabris 2.800,00 
Matéria-prima 19.800,00 
Seguro da fábrica 1.500,00 
Salários e encargos de supervisão fabris 1.100,00 
Embalagem 2.400,00 
Energia elétrica da fábrica 3.300,00 
 
ATIVIDADE 3 
A Comercial Juina compra ventiladores por R$48,00 com prazo de 30 dias para 
pagamento. Os aparelhos costumam ficar, em média, 40 dias na empresa até serem 
vendidos. A empresa sempre concede um prazo de 60 dias aos clientes. Para 
facilitar, despreze outros gastos relacionados às operações de vendas dos 
ventiladores. Sabendo que o mark up multiplicador desejado pela empresa é de 
1,80, qual deveria ser o preço cobrado? O custo de oportunidade dos recursos da 
empresa é estimado em 2% a. m. (Adaptado de Bruni e Famá, 2011) 
 
ATIVIDADE 4 
Uma empresa possui um preço de venda a vista igual a R$430,00 para determinado 
produto. O custo de oportunidade dos recursos da empresa é igual a 3% ao mês. 
Calcule qual deveria ser o preço cobrado pela empresa, caso o prazo concedido 
para pagamento fosse igual a: 30 dias; 60 dias; 90 dias; 15 dias e 10 dias. (Bruni e 
Famá, 2011). 
 
ATIVIDADE 5 
A Fábrica de Sapatos Passos possui os dados financeiros apresentados na tabela 
seguinte. Sabendo-se que o fornecedor concede um prazo de 30 dias para o 
 
 
55 
 
pagamento das compras, o prazo médio de estocagem da empresa é de 60 dias e o 
prazo concedido, em média, aos clientes para o pagamento das vendas é de 45 
dias. Calcule qual deveria ser o preço praticado pela empresa. Todos os gastos com 
MOD e CIF são considerados como pagos, também, com prazo de 30 dias. O Mark-
up multiplicador desejado é igual a 3,5 e o custo do dinheiro no tempo para a 
empresa é estimado em 2% ao mês (Bruni e Famá, 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.2 APLICAÇÃO DE MARK-UPS 
 
O preço de venda pode ser obtido com a aplicação do mark-up (marca acima). 
Bruni e Famá (2011) explicam que o mark-up é um “índice que aplicado sobre os 
gastos de determinado bem ou serviço permite a obtenção do preço de venda”. Os 
autores complementam dizendo que o “mark-up pode ser empregado sobre os 
custos variáveis e sobre os gastos integrais”. 
No cálculo do Mark-up o gestor deve considerar todos os fatores que pretende 
recuperar na ocasião das vendas. O mark-up é calculado em forma de percentual. 
O Mark-up pode contemplar os seguintes fatores: 
 Comissões de vendas; 
 Taxa das administradoras de cartão de crédito; 
 Impostos sobre vendas; 
 Margem de lucro desejada 
 
Componente unitário Valor $ 
Matéria-prima 18,00 
Mão-de-obra direta 2,40 
CIFs diversos 3,10 
 
 
56 
 
O mark-up pode ser calculado de duas maneiras: mark-up multiplicador e o mark-
up divisor. O mais usual é o mark-up multiplicador, mas o emprego de um ou de 
outro não interfere no resultado do cálculo do preço de venda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.2.1 FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA PARA INDÚSTRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Calcular o Custo de Fabricação ou de Produção 
 
Mão-de-Obra Direta + Material Direto (Matéria-Prima) + Custo Indireto de Fabricação. 
(MOD + MD + CIF) 
 
Cálculo do Material Direto 
 Custo da Nota Fiscal - Descontos Concedidos - Impostos Recuperáveis, incluso no custo 
de aquisição (ICMS) + Fretes pagos pelo comprador + Seguro de responsabilidade do 
comprador + Impostos não recuperáveis não inclusos no preço de venda do produto (IPI) 
+ Custos de recebimento e inspeção + Custos de armazenamento. 
Cálculo da MOD 
 
 Salário Base + Horas Extras +13º Salário proporcional + Férias Proporcionais + 
Adicional de Férias (1/3 sobre férias) + INSS Patronal + FGTS + Outros 
 
MARK-UP MULTIPLICADOR 
Percentual multiplicado pelos custos 
para se obter o preço de venda. 
 
Mark-up = 1 
 ----------------------------------- 
 (1 – soma taxas percentuais ) 
MARK-UP DIVISOR 
Representa percentualmente o 
custo em relação ao preço de venda 
 
Mark-up = 1 – soma taxas percentuais 
 
 
 
 
57 
 
 
PIS sobre Faturamento (Programa de Integração Social – Imposto Federal) – 0,65% sobre 
a receita bruta de vendas; 
COFINS – Contribuição Social sobre Faturamento (Imposto Federal) = 2% sobre 
faturamento; 
ICMS – Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre 
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação. 
Imposto de competência estadual; 
Comissões e Encargos Sociais: percentual em relação ao preço de venda; 
 Fretes: percentual em relação ao preço de venda 
 % Despesas Administrativas + % Despesas Fixas de Vendas + % Despesas Financeiras 
+ % Custos Fixos de Fabricação + % de Lucro Líquido Operacional 
 
 
Exemplo do Cálculo do Mark-Up 
 
Percentual dos fatores que participam da formação do preço 
Descrição Percentual 
PIS/COFINS 3,65% 
ICMS 12,00% 
Comissões 5,35% 
Despesas Administrativas/financeiras 5,00% 
Despesas Fixas de vendas 10,00% 
Custos Indiretos (fixos) de Fabricação 19,00% 
Margem de Lucro 5,00% 
Soma percentuais 60,00% 
Fonte: adaptado de Bruni e Famá (2011) 
 
 
 
 
 
58 
PV = Custo de Fabricação x Mark-up multiplicador 
 
 
 
PV = Custo de Fabricação 
 ------------------------------ 
 Mark-up divisor 
 
 
 
 
Cálculo do Mark-up Multiplicador 
Mark-up = 1 
 ----------------- = 2,5 
 1 – 0,60 
 
Cálculo do Mark-up Divisor 
 
Mark-up = 1– soma das taxas percentuais 
Mark-up = 1 – 0,60 = 0,40 
 
Calcular o Preço de Venda 
 
 
 
 
 
 
 Supondo que a empresa tenha um custo de fabricação de R$95,00, o preço de 
venda será: 
PV = 95 x 2,5 = 237,50 
 ou 
PV = 95 = 237,50 
 -------- 
 0,40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
59 
PV = Custo da Mercadoria x Mark-up multiplicador 
 
 
 
PV = Custo da Mercadoria 
 ------------------------------ 
 Mark-up divisor 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE 1 
A Indústria ABC Ltda. possui os seguintes dados, referentes ao 
seu custo de produção: 
Custo Unitário de Produção = R$500,00; PIS = 0,65%; 
COFINS = 2,0%; ICMS = 18,0%; Comissão sobre vendas = 
5,0%; Lucro = 15,0%. 
 
Pede-se: 
Calcular o Preço de Venda para este produto utilizando o mark-up divisor e 
multiplicador. 
 
 
1.2.2 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA PARA O COMÉRCIO: 
 
Cálculo do Mark-Up: 
 (+) % de Lucro Líquido Operacional; 
 (+) % Comissão sobre Vendas; 
 (+) % Impostos; 
 (+) % de Custos Fixos 
 
Calcular o Preço de Venda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo do Valor da Mercadoria: 
(+) Valor da Mercadoria constante na Nota Fiscal; 
(-) Valor do ICMS 
(+) Valor do Frete de responsabilidade do comprador 
 
 
60 
PV = Custo Unitário do Serviço Prestado x Mark-up multiplicador 
 
 
 
PV = Custo Unitário do Serviço Prestado 
 -------------------------------------------------- 
 Mark-up divisor 
 
 
 
ATIVIDADE 2 
O Armarinho Agulha Ltda., quer calcular, com a seguinte estrutura de custos, o 
preço de venda de um determinado produto. 
- Valor unitário do produto constante na Nota Fiscal = R$13,00; 
- Frete pago = R$1,30; 
- ICMS destacado na Nota Fiscal = R$1,56; 
- ICMS = 18%; 
- PIS = 0,65%; 
- COFINS = 2,0%; 
- Venda Média Mensal da Empresa = R$3.000,00; 
- Custo Fixo Mensal = R$R$450,00; 
- Comissão sobre vendas = 8,0%; 
- Lucro Desejado = 10,0%. 
 
Pede-se: 
Calcular o Preço de Venda do Produto citado. 
 
 
1.2.3 FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPRESAS PRESTADORAS DE 
SERVIÇOS 
 
Cálculo do Custo Total Unitário dos Serviços Prestados 
(+) Salário de Pessoal; 
(+) Encargos Sociais; 
(+) Custos Fixos Unitário. 
 
Cálculo do Mark-Up 
% de Impostos; 
% de Comissão sobre vendas; 
% de Lucro Líquido Operacional 
 
Calcular o Preço de Venda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61 
 
 
ATIVIDADE 3 
A empresa Assistec especializada em consertos de eletrodomésticos, apresenta os 
seguintes dados na composição do seu custo: 
- Oito técnicos com disponibilidade de 176 hora/mês cada um; 
- Custos Fixos Mensais = R$1.200,00; 
- Salário do pessoal técnico sem encargos = R$1.765,00; 
- Encargos sobre a folha de pagamento de 71% do valor dos salários; 
- ISS sobre a prestação dos serviços = 3,0%; 
- PIS = 0,65%. 
O proprietário da empresa deseja um Lucro de 15% sobre o preço de venda de seus 
serviços e deseja saber quanto deve cobrar por uma hora técnica, referente aos 
serviços prestados. 
 
ATIVIDADE 4 
A Mercantil Ltda. projetou os seguintes valores associados às suas operações. Com 
base nos números fornecidos, pede-se calcular o mark-up da empresa. 
Descrição Valor Descrição Valor 
Faturamento R$ 500.000,00 por mês Outros gastos R$70.000,00 por mês 
Comissões 2% do valor da venda ICMS 18% do valor da venda 
Aluguel da Loja R$20.000,00 por mês Lucro R$10.000,00 por mês 
Pede-se: 
a) Calcular o mark-up da empresa. 
 
ATIVIDADE 5 
A Indústria Unida Ltda. pretende vender os seus produtos com uma margem igual a 
10%. Sabe-se que o custo variável da empresa é igual a R$540,00 por unidade. As 
demais taxas associadas ao preço são iguais a 40%, incluindo custos fixos, demais 
despesas e impostos. Pede-se: 
a) Qual deveria ser a taxa de marcação correspondente? 
b) Qual deveria ser o preço praticado? 
 
 
 
 
 
 
62 
 
 
 
 
ATIVIDADE 6 
A empresa Radical Ltda. apresentou os dados que constam na tabela abaixo. 
Valor pago pela matéria-prima R$2.100,00, com 12% de ICMS incluso. 
Despesas variáveis de vendas 4% 
Despesas fixas comerciais e administrativas 12% 
PIS e COFINS 3,65% 
ICMS sobre vendas 17% 
Pede-se: 
a) Qual o mark-up multiplicador para um lucro de 10% sobre o preço de vendas? 
b) Qual o valor do preço de vendas para um lucro de 20%? 
c) Qual a margem de contribuição para um preço de venda de R$3.500,00? 
d) Qual será o ICMS a recolher sobre um preço de venda de R$3.500,00? 
 
ATIVIDADE 7 
Uma loja de perfumes deseja aplicar um mark-up considerando ICMS igual a 18%, 
comissão de venda igual a 2%, despesas iguais a 25% e margem de lucro igual a 
15%. Qual o valor da taxa de marcação que ela deve usar? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
63 
 
 
UNIDADE V – RELAÇÕES CUSTO – VOLUME - LUCRO 
 
1. CUSTO, VOLUME E LUCRO 
 
Uma das principais funções da Análise de Custos é fornecer subsídios para a 
tomada de decisão, afirma Bruni e Famá (2011). Os autores complementam dizendo 
que “a relação entre custos fixos e variáveis consiste em importante etapa na análise 
de formação de preços e projeção de lucros obtidos a diversos níveis possíveis de 
produção e venda”. 
Analisando os gastos de forma simplificada podem ser identificados os 
custos/despesas variáveis e os custos e despesas fixas. Os custos variáveis são 
aqueles que variam de acordo com o volume de produção e/ou venda. Enquanto os 
custos e despesas fixas se mantêm inalterados, dentro de certos limites, mesmo 
diante de mudanças nas atividades de produção e/ou venda. 
 Porém, quando analisados na sua forma unitária, o comportamento dos 
gastos sofre alteração. Bruni (2010) explica que “os gastos fixos unitários se tornam 
inversamente proporcionais aos volumes de produção e vendas, enquanto gastos 
variáveis unitários tornam-se fixos no curto prazo”. 
 
1.1 PONTO DE EQUILÍBRIO - BREAK-EVEN POINT 
 
Refere-se ao volume de venda em que não há lucro nem prejuízo, ou seja, 
ponto em que os gastos totais (custos totais + despesas totais) são iguais às receitas 
totais. Pode-se entender que o ponto de equilíbrio representa o volume mínimo de 
operação capaz de cobrir os gastos. 
Alguns autores diferenciam o conceito de ponto de equilíbrio em: ponto de 
equilíbrio contábil, ponto de equilíbrio financeiro e ponto de equilíbrio econômico. Os 
seus conceitos serão apresentados a seguir, de acordo com Bruni (2010). 
 
 
64 
 PECQ = CF 
 ------------------ 
 (PV – CVUnit.) 
 
PEC$ = Qpe x PV 
 
 
 
1.1.1 PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL 
 
O ponto de equilíbrio contábil se atinge quando o volume de vendas ou 
faturamento for suficiente para cobrir todos os gastos. No ponto de equilíbrio contábil 
o lucro é nulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para determinar a quantidade produzida que corresponde a certo valor 
prefixado de lucro (L), utiliza-se a fórmula: 
 
 
 
 
 
 
1.1.2 PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO 
 
O ponto de equilíbrio financeiro também chamado de ponto de equilíbrio de 
caixa “apresenta o volume de vendas em quantidade ou em unidades monetárias, 
para uma geração de caixa igual a zero”. Para efetuar o seu cálculo deve-se excluir 
dos gastos fixos os gastos não desembolsáveis (como depreciação). 
 
PEC$ = CF 
 --------------------------------- 
 Margem de Contribuição ($) 
 
q = L + CF 
 -------------- 
 PV - CVu 
QPE = Quantidade no Ponto de Equilíbrio ou 
Produção no Ponto de Equilíbrio; 
CF = Custo Fixo; 
PV = Preço de Venda; 
CV = Custo Variável; 
L = Lucro 
 
 
 
65 
Receita no PEE = Qpe x PV 
 
 
 
 
 
 
 
1.1.3 PONTO DE EQUILÍBRIO

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