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CONTABILIDADE NO BRASIL AULA 1 🔴 Base Legal ❖ Lei Complementar 123/2006 ❖ Resolução CGSN 140/2018 🔴 Características principais do Regime do Simples Nacional ▪ Ser facultativo; ▪ Ser irretratável para todo o ano-calendário; ▪ Abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social a cargo da pessoa jurídica (CPP); ▪ Recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único de arrecadação - DAS; ▪ Disponibilização às ME/EPP de sistema eletrônico para a realização do cálculo do valor mensal devido, geração do DAS e, a partir de janeiro de 2012, para constituição do crédito tributário; ▪ Apresentação de declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais; ▪ Prazo para recolhimento do DAS até o dia 20 do mês subsequente àquele em que houver sido auferida a receita bruta; ▪ Possibilidade de os Estados adotarem sublimites para EPP em função da respectiva participação no PIB. Os estabelecimentos localizados nesses Estados cuja receita bruta total extrapolar o respectivo sublimite deverão recolher o ICMS e o ISS diretamente ao Estado ou ao Município. 🔴 Conceito Receita Bruta CONTABILIDADE NO BRASIL Receita Bruta da venda ou dos serviços, é o próprio valor dos serviços prestados e das vendas realizadas, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. Porém não compõem a receita bruta do Simples Nacional I - A venda de bens do ativo imobilizado; II - Os juros moratórios, as multas e quaisquer outros encargos auferidos em decorrência do atraso no pagamento de operações ou prestações; III - A remessa de mercadorias a título de bonificação, doação ou brinde, desde que seja incondicional e não haja contraprestação por parte do destinatário; IV - A remessa de amostra grátis; V - Os valores recebidos a título de multa ou indenização por rescisão contratual, desde que não corresponda à parte executada do contrato; VI - Para o salão-parceiro de que trata a Lei nº 12.592, de 18 de janeiro de 2012, os valores repassados ao profissional-parceiro, desde que este esteja devidamente inscrito no CNPJ; VII - Os rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável. 🔴 Regras dos Sócios no Simples Nacional ▪ Impedido Sócio Pessoa jurídica; ▪ Caso o sócio possua menos que 10% de quotas de outra Empresa não Optante pelo Simples Nacional, o faturamento desta não será somado com a empresa do Simples Nacional. ▪ Caso o sócio possua mais que 10% de quotas de outra Empresa não Optante pelo Simples Nacional, o faturamento desta será somado com a empresa do Simples Nacional. ▪ Caso Sócio possua outras Empresas Optantes pelo Simples Nacional independentemente da quantidade de quotas de cada empresa o Faturamento deverá ser somado. ▪ O Faturamento das empresas administradas pelo mesmo Administrador também são somados, e caso ultrapasse 4.8 Milhões a empresa deve ser desenquadrado do Simples Nacional ▪ Não pode haver sócio com domicílio no exterior ▪ O Sócio pode abrir quantas empresas quiser no Regime do Simples Nacional, só não poderá ultrapassar o Limite de 4.8 Milhões quando somado o faturamento de todas as empresas. CONTABILIDADE NO BRASIL 🔴 Regra Início de Atividade Quando a empresa está em início de atividade ou não possui 12 meses anteriores ao da apuração, para determinar a alíquota o PGDAS-D deverá seguir os seguintes procedimentos a) no primeiro mês de atividade: será utilizada como receita bruta total acumulada (RBT12), a receita própria do mês de apuração multiplicada por 12; b) nos 11 meses posteriores ao do início de atividade: será utilizada a média aritmética da receita bruta total dos meses anteriores ao do período de apuração, multiplicando por 12, que será aplicado até alcançar o 13° mês, quando será adotada a soma das receitas dos 12 meses anteriores à apuração, conforme previsto no artigo 18 da Lei Complementar n° 123/2006. 🔴 Diferença RBT x RBA Receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração (RBT12). Não se confunde com a Receita Bruta Acumulada (RBA) de Janeiro até o período de apuração, que serve para identificar se a empresa ultrapassou o limite máximo de receita bruta anual para ser uma EPP – e, consequentemente, permanecer no Simples Nacional. 🔴 Regra dos 20% Caso a receita bruta acumulada no ano ultrapassar o limite de R$ 4.800.000,00 ou o limite adicional para exportação de mercadorias, de igual valor, hipótese em que a exclusão deverá ser comunicada: ❖ Até o último dia útil do mês subsequente à ultrapassagem, em mais de 20%, de um dos limites referidos, produzindo efeitos a partir do mês subsequente ao do excesso; ❖ Até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário subsequente, à ultrapassagem em até 20%, de um dos limites referidos, produzindo efeitos a partir do ano-calendário subsequente ao do excesso; 🔴 Tributos Devidos O Simples Nacional deve ser recolhido de forma mensal, mediante documento único de arrecadação (DAS), contemplando os seguintes impostos e contribuições (Lei Complementar n° 123/2006, artigo 13): CONTABILIDADE NO BRASIL ❖ Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ); ❖ Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), exceto o incidente na importação; ❖ Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); ❖ Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), exceto o incidente na importação; ❖ Contribuição para o PIS, exceto o incidente na importação; ❖ Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o artigo 22 da Lei n° 8.212/91, exceto no caso da ME e da EPP que se dediquem às seguintes atividades de prestação de serviços: 1 - Construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de Subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores; 2 - Serviço de vigilância, limpeza ou conservação; e 3 - Serviço advocatício. ❖ g) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS); ❖ h) Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). 🔴 Alíquota Simples Nacional Com a publicação da Lei Complementar n° 155/2016, a partir de 2018, o valor devido mensalmente pela empresa do Simples Nacional será determinado mediante aplicação das alíquotas efetivas, calculadas a partir das alíquotas nominais constantes das tabelas dos Anexos I a V (Lei Complementar n° 123/2006, artigo 18, § 1°-A). A alíquota efetiva é o resultado da seguinte fórmula: RBT12 x Alíquota Nominal – Parcela a Deduzir RBT12 A receita bruta acumulada dos 12 meses anteriores ao da apuração é aquela que definirá a alíquota para efeitos de tributação, lembrando que serve somente para acumular a receita dos últimos 12 meses anteriores ao período de apuração. 🔴 Percentual de repartição dos tributos Para encontrar os percentuais efetivos de cada tributo, deverá multiplicar o percentual de repartição constante dos Anexos I a V CONTABILIDADE NO BRASIL a) o percentual efetivo máximo destinado ao ISS será de 5%, transferindo-se eventual diferença, de forma proporcional, aos tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual; b) eventual diferença centesimal entre o total dos percentuais e a alíquota efetiva será transferida para o tributo com maior percentual de repartição na respectiva faixa de receita bruta. 🔴 Anexo Simples Nacional 🔴 Anexo I - Comércio Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$) 1ª Faixa Até 180.000,00 4,00% - 2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% 5.940,00 3ª Faixa De 360.000,01a 720.000,00 9,50% 13.860,00 4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% 22.500,00 5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% 87.300,00 6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% 378.000,00 Faixas Percentual de Repartição dos Tributos IRPJ CSLL COFINS PIS/Pasep CPP ICMS 1ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00% 2ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00% 3ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 4ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 5ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 6ª Faixa 13,50% 10,00% 28,27% 6,13% 42,10% - 🔴 Anexo II - Indústria Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$) 1ª Faixa Até 180.000,00 4,50% - 2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,80% 5.940,00 3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,00% 13.860,00 4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 11,20% 22.500,00 5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,70% 85.500,00 6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,00% 720.000,00 CONTABILIDADE NO BRASIL Faixas Percentual de Repartição dos Tributos IRPJ CSLL COFINS PIS/Pasep CPP IPI ICMS 1ª Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 2ª Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 3ª Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 4ª Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 5ª Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 6ª Faixa 8,50% 7,50% 20,96% 4,54% 23,50% 35,00% - 🔴 Fiscalização das Empresa Simples Nacional (Art. 55 Lei Complementar 123) A fiscalização das empresas optantes pelo Simples Nacional, no que se refere aos aspectos trabalhista, metrológico, sanitário, ambiental, de segurança e de uso e ocupação do solo das microempresas e empresas de pequeno porte deverá ter natureza orientativa, claro que sempre que não houver risco a saúde ou segurança. 🔴 Benefício Fiscal no Simples Nacional Empresa optante pelo Simples Nacional não pode aproveitar isenções/reduções e outros Benefícios Tributários, como alíquota zero, concedidos a não optantes pelo Simples Nacional As isenções/reduções de ICMS concedidas genericamente (sem que esteja a frase, “inclusive empresas optantes do Simples Nacional) não se aplicam às empresas optantes pelo Simples Nacional. Empresa optante pelo Simples Nacional que revende mercadorias sujeitas à tributação monofásica de PIS e COFINS, estando no PGDAS-D, não deve marcar "tributação monofásica de PIS e COFINS” pois não se trata de benefício. Da mesma forma, se revende mercadorias sujeitas à Substituição Tributária deve marcar “Substituição Tributária” 🔴 Ganho de Capital no Simples Nacional No Simples Nacional o ganho de capital consiste na diferença positiva entre o valor de alienação desses bens e os respectivos custos de aquisição, diminuídos da depreciação, amortização ou exaustão acumuladas, ainda que a empresa não mantenha escrituração contábil (Solução de Consulta Cosit n° 67/2016). CONTABILIDADE NO BRASIL Lei nº 8.981/1995 Art. 21. O ganho de capital percebido por pessoa física em decorrência da alienação de bens e direitos de qualquer natureza sujeita-se à incidência do imposto sobre a renda, com as seguintes alíquotas: I - 15% (quinze por cento) sobre a parcela dos ganhos que não ultrapassar R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais); II - 17,5% (dezessete inteiros e cinco décimos por cento) sobre a parcela dos ganhos que exceder R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) e não ultrapassar R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); III - 20% (vinte por cento) sobre a parcela dos ganhos que exceder R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) e não ultrapassar R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais); e IV - 22,5% (vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento) sobre a parcela dos ganhos que ultrapassar R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais).
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