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Bioquímica Estuda a forma e a função biológica em termos químicos. Molécula Polar: desenvolve cargas parcialmente + ou -, são hidrofílicas (N e O tendem a formar ligações polares). Molécula Apolar: não apresentam regiões parcialmente carregadas, são hidrofóbicas (C e H tendem a formar ligações apolares). Biomoléculas: são compostos de C que podem ser vistos como derivados dos hidrocarbonetos. C é capaz de formar ligações covalentes (compartilham elétrons – muito forte) com H, O e N. fazem ligações simples, duplas e triplas. Simples (monômeros): aminoácidos, monossacarídeos, lipídeos e nucleotídeos. Compostos (polímeros): proteínas, oligo e polissacarídeos, ácidos graxos e ácidos nucleicos. Água Compõem 70% do organismo, permeia todas as porções da célula (LEC e LIC), transporta os nutrientes, reações metabólicas e transferência de energia química. Pontes de H fazem a união entre moléculas de água, mantendo fluído e estável, são interações fracas, mas levando em consideração que em um grama de água há milhares de pontes, a força cumulativa dessas pontes faz com que a água tenha uma propriedade incomum em relação as moléculas parecidas com ela. A força acumulativa dessas pontes faz com que a água tenha uma propriedade em comum em relação as moléculas parecidas com ela. Água e solutos Capaz de dissolver sais enfraquecendo as interações entre eles e reduzindo as tendencias de se associarem - dissolvem compostos, substituindo as pontes de H de soluto-soluto para soluto-água. Substâncias hidrofílicas: solúveis e polares: etanol, metanol, sais, glicose, alguns aminoácidos. Substâncias hidrofóbicas: solúveis em lipídeos e solventes orgânicos (insolúveis e apolares): óleo, O2, CO2 e N2. Substâncias anfipáticas: apresentam a porção polar e apolar: fosfolipídeos de membranas, fosfatidilcolina, algumas vitaminas, alguns aminoácidos. Bioenergética Estudo quantitativo a relação de energia em Sistemas Biológicos, fazendo absorção, conversão e distribuição. Campo da Bioquímica que trata das transformações e usos da energia pelas células vivas. Bioenergética e Termodinâmica Termodinâmica é baseada nas Leis da termodinâmica. Na Bioenergética, duas dessas leis são fundamentais. Leis da Termodinâmica 1ª Lei: conservação de energia. “Em qualquer mudança física ou química, a quantidade de energia permanece constante. A energia pode somente ser transformada ou transportada de uma região para outra”. 2ª Lei: desordem. “Em todos os processos naturais a entropia do universo aumenta”. Sistema muda espontaneamente para o estado que tiver maior entropia. Bioenergética: sol representa a fonte primordial de energia. Anabolismo: Moléculas precursoras gerando macromoléculas (síntese/formação) – Gênese. Catabolismo: Macromoléculas gerando produtos finais do metabolismo (degradação) – Lise. Trabalho em Sistemas Biológicos Força “Elétron Motriz” (movimentação através do fluxo de elétrons). O fluxo de elétrons é capaz de realizar trabalho. Devido a diferença entre os potenciais de oxidação (afinidade por elétrons) de dois compostos ocorre um fluxo espontâneo de elétrons entre estes. Concentrações diferentes de íons entre compartimentos (meio intra e extracelular) geram um gradiente de potencial elétrico (manter o equilíbrio) – essa DDP é capaz de realizar trabalho. Força “Próton-motriz” (fluxo de H que vira água). Transporte através de membranas para outros compartimentos de maior concentração. Efeito Tampão e Equilíbrio Ácido-base Ácido: substância que, em solução, é capaz de doar um H+. Base: substância que, em solução, é capaz de receber um H+. Metabolismo gera ácidos e bases, influenciando no pH dos fluidos corporais → alterações no pH modificam a estrutura de proteínas. Equilíbrio Ácido Base Mecanismos fisiológicos que mantêm a [H+] (concentração) dos líquidos corporais dentro de valores compatíveis com a função celular. Valor normal entre 7,34 - 7,42 (37-46 nmol/L H+) à aproximadamente 37°C - pH varia inversamente com concentração de hidrogênio: <[H+] → > pH >[H+] → < pH Para manter o pH em limites favoráveis, o organismo lança mão de uma série de mecanismos bioquímicos → sistema tampão. Uma solução tampão resiste às alterações do pH quando um ácido ou uma base é adicionada. Tampões extracelulares: bicarbonato e proteínas plasmáticas. Tampões intracelulares: hemoglobina e fosfatos. Tamponamento Químico Sistema-tampão - principais tampões químicos: Bicarbonato, Hemoglobina, Proteínas e Fosfato. Bicarbonato - principal tampão plasmático. Produção do ácido Carbônico é a maior fonte do H+ do organismo. Transporte do CO2: o 10% dissolvido no plasma o 20 % ligado à hemoglobina o 70% transformado em bicarbonato nas hemácias Relação de base – ácido = 20 : 1 20 NaHCO3 / H2CO3 Adição contínua de H+ pode levar à diminuição da relação entre ácido e base. Hemoglobina: Parte na forma de íons proteinato (Hb-). Parte na forma de ácido fraco (HHb). Proteínas: Ligam íons hidrogênio de forma semelhante à hemoglobina. Fosfato: Age de forma semelhante ao bicarbonato. Menor papel no sangue. Ajuste Respiratório da PCO2 (pressão) Adição de ácido: formação de HCO3 adicional aumentando PCO2. ↓ pH sanguíneo → estímulo à ventilação: CO2 expirado → ↓PCO2 = ↓H2CO3 Adição de base ao sangue ou perda de H+: alcalemia. Retenção de CO2 → ↑ PCO2 Relação ácido-base volta ao normal - restabelecimento → ação renal. Ajuste da PCO2 é compensatório. Excreção Renal de H+ ou H2CO3 Excreção do H+ e reabsorção do bicarbonato filtrado (secreção do H+ > filtração do NaHCO3). Excreção do Bicarbonato (secreção de H+ < filtração do NaHCO3). Manutenção do pH As respostas compensatórias principais ocorrem nos pulmões e nos rins, que têm função primordial na excreção de ácidos. Os pulmões excretam CO2 rapidamente e grandes quantidades de ácidos fixos do sangue. Os rins também removem ácidos fixos, porém, num processo relativamente lento. Nos indivíduos saudáveis os mecanismos de excreção dos dois órgãos encontram-se em equilíbrio. Nos quadros de insuficiência renal, os pulmões compensam o desequilíbrio de forma aguda ou crônica. Manutenção do pH em patologias Resposta compensatória de um sistema para suprir o outro. Os desequilíbrios ácido-básicos, estão associados ao aumento de óbitos em terapia intensiva: acidose (acidemia) e alcalose (alcalemia). Distúrbios respiratórios ocorrem se a principal mudança for na PCO2, já os distúrbios metabólicos acontecem quando as alterações primárias envolvem na [HCO3-]. Acidose Metabólica Adição de ácido ou perda de base (bicarbonato) → ↓ pH. Causas: cetose, diabetes, diarréia. ↓ bicarbonato = acidemia. ↑PCO2 por reação da base com o bicarbonato + ↓ pH: ↑ da ventilação alveolar (compensação). ↓ PCO2 - resultado da compensação respiratória. Compensação traz a relação ácido-base ao normal. Hipobasemia persistirá até que haja correção renal. Acidose Respiratória Diminuição da ventilação alveolar = ↑PCO2. Causas: depressão de centros respiratórios no SNC; impedimento aos movimentos respiratórios. Ação renal: excreção de íons H+ e reabsorção de bicarbonato. Compensação pode resultar em retorno ao pH normal ou acidemia relativa. Correção completa só é possível com recuperação pulmonar. Alcalose Metabólica Adição de base ou perda de ácido → ↑pH. Causas: vômito persistente, deficiência de potássio, adição de lactato, citrato ou bicarbonato. ↑ bicarbonato = alcalemia. ↑ pH: diminuição da ventilação alveolar. ↑PCO2 = ↑ produção de H2CO3. Restabelece relação ácido-base. Hiperbasemia persistente → ação renal. Alcalose Respiratória Hiperventilação alveolar = ↓PCO2. Causas: estímulo anormal de centros respiratórios ↑pH. Açãorenal: ↓ da excreção de H+ e ↑ da excreção de H2CO3. Compensação pode trazer pH de volta ao normal Correção final da alteração da PCO2 = recuperação da causa da hiperventilação. Proteínas Funções: Catalítica; Transportadora; Reserva; Contração; Reguladora/ hormonal; Estrutural; Defesa e proteção; Genética. Enzimas Catalisadores biológicos com longas cadeias de pequenas moléculas de aminoácidos. Com função de viabilizar a atividade das células, quebrando moléculas ou juntando-as para formar novos compostos. Apresentam alto grau de especificidade; São produtos naturais biológicos; São altamente eficientes, acelerando a velocidade das reações; São econômicas, reduzindo a energia de ativação; Condições favoráveis de pH, temperatura, polaridade do solvente e força iônica. As enzimas possuem um sítio ativo que corresponde, geralmente, a uma cavidade na molécula de enzima, com um ambiente químico muito próprio. O substrato entra no sítio ativo e liga-se à enzima. Co-fatores e coenzimas são moléculas não proteicas, respectivamente, inorgânicas [íons metálicos] e orgânicas [vitaminas], que são indispensáveis para o funcionamento de várias enzimas. Grupo prostético: Parte não funcional que enzimas podem se ligar para ativar, parte não proteica ligada a enzima. Pode possuir componentes não proteicos: cofatores. Possui aminoácidos auxiliares e de contato. Coenzimas: Maioria deriva de vitaminas hidrossolúveis. Classificam-se em transportadoras de hidrogênio e transportadoras de grupos químicos. Ligação enzima-substrato: Chave-Fechadura, que considera que a enzima possui sítio ativo complementar ao substrato. Carboidratos Funções Armazenamento de energia: amido e glicogênio. Sustentação e estrutura do organismo: celulose, ácido hialurônico, quitina. Funciona como fonte de C: doam C para a biossíntese. Compõem a membrana celular: glicoproteínas e glicolipídios. Elementos estruturais de paredes celulares de bactérias e vegetais: CHO livres – oligossacarídeos. Elementos de defesa: heparina (anticoagulante), mucoproteínas (ptn+cho, localizadas na parede do intestino) e imunoglobulinas. Estrutural: ribose e desoxirribose. Classificação de acordo com o número de C o 3C (trioses): gliceraldeído, di-hidroxicetona. o 4C (tetroses): eritrose, triose. o 5C (pentoses): ribose e desoxirribose. o 6C (hexoses): glicose, frutose e galactose. o 7C (heptoses): sedoheptolose. o 9C (nonoses): ácido neuramínico. Isômeros: compostos com a mesma fórmula química, mas de estruturas espaciais diferentes. Ligações glicosídicas: junção de moléculas com perda de água. Hidrólise: quebra de ligações glicosídicas com acréscimo de água. ATP Adenosina tri-fosfato. Armazena nas suas ligações fosfatos - energia liberada na quebra da glicose. Quando a célula precisa de energia para realizar alguma reação química, as ligações entre os fosfatos são quebradas, a energia é liberada e utilizada no metabolismo celular. Aceptores intermediários de H+ NAD e FAD: São aceptores (receptores) intermediários de hidrogênio, ligando-se a prótons (H+) “produzidos” durante as etapas da respiração e cedendo-os para o oxigênio, que é aceptor final de hidrogênios. Armazenam temporariamente o H+, depois ele vira combustível para a cadeia transportadora de elétrons gerando ATP. NADH FADH não são moléculas de energia. Respiração Celular A Glicólise divide-se em duas partes principais: 1- Ativação ou Fosforilação da Glicose. 2- Transformação do Gliceraldeído em Piruvato. Importância da Glicólise: principal meio de degradação da glicose. Obtenção de energia mesmo em condições anaeróbias. Permite a degradação da frutose e galactose. Outras Razões: os tecidos têm necessidade de transformar a energia contida na glicose em ATP. A Glicólise é fundamental para a produção de Acetil- CoA. A Glicólise foi um dos primeiros sistemas enzimáticos a ser esclarecido, contribuindo o seu estudo para a melhor compreensão dos processos enzimáticos e de metabolismo intermediário. Controle Da Glicólise: O Controle a Longo Prazo da glicólise, particularmente no fígado, é efetuado a partir de alterações na quantidade de enzimas glicolíticas. Isto terá reflexos nas taxas de síntese e degradação. O Controle a Curto Prazo é feito por alteração alostérica (concentração de Produtos) reversível das enzimas e pela sua fosforilação. As enzimas de controle são as que catalisam as reações irreversíveis: Hexoquinase, Fosfofrutoquinase e Piruvato quinase. O Piruvato pode seguir dois caminhos diferentes após a sua Formação, dependendo das conduções do meio: Em condições Anaeróbicas: Formam-se produtos de Fermentação (Etanol e CO2 no caso da fermentação Alcoólica; Ácido Láctico na Fermentação Láctica). Em condições Aeróbias: Forma-se o Acetil-CoA que vai entrar no ciclo de Krebs. Ciclo de Krebs Também chamado de ciclo do ácido cítrico ou ciclo do ácido tricarboxílico, consiste no início do processamento aeróbico da glicose sendo, no entanto, a via final comum para a oxidação de moléculas dos alimentos – aminoácidos, ácidos graxos e carboidratos. A maioria dessas moléculas entra no ciclo da forma de acetil-CoA. Ainda na matriz mitocondrial, ocorre a 2ª etapa do processo. O Ciclo de Krebs é um conjunto de 9 etapas, formando o ciclo. Ao final gera um grupo acetil: o 2 CO2 (4 por glicose) o 3 NADH (6 por glicose) o 1 GTP (pode ser convertido a ATP- 2 por glicose) o 1 FADH2 (originado a partir de um FAD, que como o NAD+, é um aceptor de elétrons – 2 por glicose) o Gera ainda, várias substâncias capazes de servir às necessidades da célula em vários processos metabólicos. A cada molécula de glicose deve-se multiplicar por dois na reação. Cadeia Respiratória É uma sequência de reações através das quais os átomos de hidrogênio originados do ciclo de Krebs são transportados e doados ao oxigênio. Como esse processo é realizado de forma gradativa, a energia liberada pode ser utilizada para que a célula produza ATP. Os elétrons são passados de molécula para molécula presentes nas cristas mitocondriais chamados citocromos. Quando o elétron “pula” de um citocromo para o outro, até chegar no aceptor final (oxigênio), ocorre a liberação de energia, que é convertida em ATP. Glicogênese As moléculas de glicogênio crescem por transferência de resíduos de glicose. A transferência é catalisada pela glicogênio-sintase. O doador da glicose é o UDP-glicose que se forma a partir da glicose 1-fosfato. (UDP uridina difosfato glicose). A gli1-P é obtida pela transformação da gli6-P. Glic 6-P – fosfosglicomutase - Glic 1-P Glicogenólise Processo de degradação do glicogênio, ou seja, no desligamento das ligações glicosídicas entre moléculas de glicose. Isto acontece em momentos em que o corpo carece por energia (jejum, exercício). Ação de três enzimas: G-fosforilase, transferase e enzima desramificadora. Gliconeogênese Síntese da molécula de glicose à partir de outros precursores não glicídicos. Inversão da via glicolítica. Lactato: convertido à piruvato. Glicerol: participa do metabolismo dos lipídeos. Alanina: convertida à piruvato. Glicólise e Gliconeogênese Metabolismo anaeróbico: Glicólise no músculo e hemácias produz lactato. Lactato no Fígado: Gliconeogênese produz glicose. Alanina no Fígado: Gliconeogênese produz glicose. Ciclo de Cori: Mantêm a reciclagem de glicose a partir de Lactato. Via das pentoses de fosfato: desvio da hexose monofosfato Acionada quando existir excedente de glicose. Via anaeróbica alternativa na utilização de glicose. Fonte de produção de NADPH para biossíntese de AG, colesterol e derivados de colesterol. Fonte de produção das pentoses para síntese de nucleotídeos.Lipídeos Lipólise e B-Oxidação Lipólise é um processo pelo qual há a degradação de lipídios em ácidos graxos e glicerol. Ocorre nas mitocôndrias, principalmente na matriz mitocondrial. Etapas: o degradação de TG em glicerol e ácidos graxos; o utilização do glicerol; o oxidação dos ácidos graxos livres. Hormônio (glucagon e adrenalina) devido ao baixo nível de glicose no sangue, a Adenilatociclase (membrana plasmática do adipócito) aumenta o AMPc gerando a proteinaquinase que ativa a lipase de triacilgliceróis hormônio sensível. Os ácidos graxos passam do interior do adipócito para o sangue onde se ligam a albumina/soroalbumina, que serão transportados para os tecidos, músculos esqueléticos, o coração e o córtex renal. Após dissociação da albumina difundem para o citosol onde servirão como combustíveis. 95% da energia que provém dos ácidos graxos vem do glicerol, o qual é fosforilado pelo glicerol quinase. Metabolismo de lipídeos O ácido graxo dentro da célula precisa ser ativado (incorporação do acil-CoA) e transportado para dentro da matriz mitocondrial, onde será fracionado em moléculas de dois carbonos (acetilCoA) pelo processo de b-oxidação. Dentro da mitocôndria, as moléculas de acetil-CoA são processadas no ciclo de Krebs e produzem NADH FADH2. Esses últimos são transferidos para a cadeia transportadora de elétrons onde o ATP é finalmente gerado. Degradação do glicerol O glicerol não pode ser reaproveitado pelos adipócitos, porque essas células não possuem a enzima glicerol quinase, sendo então liberado na circulação. No fígado e outros tecidos, por ação desta quinase, é convertido a glicerol 3-fosfato, que pode ser transformado em diidroxiacetona fosfato, um intermediário da glicólise. Oxidação de ácidos graxos Após ter sido capturado pela célula, o ácido graxo é convertido no derivado CoA pela acil-CoA graxo sintetase (tioquinase) no citosol, formando a acil- CoA graxo. Há a necessidade de 2 ATP. A membrana interna da mitocôndria é impermeável a acil-CoA, mas os grupos acila podem ser introduzidos na matriz mitocondrial, quando ligados à carnitina. Deste modo o grupo acila dos ácidos graxos atinge o interior da mitocôndria onde ocorre a sua oxidação. β-Oxidação: entrada dos ácidos graxos com mais de 12C na mitocôndria pelo transportados de carnitina A carnitina elimina a coenzima A da molécula de acil-CoA graxo, formando a acil-carnitina ou acil graxo carnitina. A proteína transportadora carnitina aciltranferase – I localizada na membrana mitocondrial externa conduz a molécula a matriz mitocondrial. Ligada a membrana mitocondrial interna a carnitina aciltransferase –II converte a acil- carnitina em acil-CoA graxo. A carnitina acil-transferase é inibida por malonil- CoA, o 1º intermediário da biossíntese de lipídeos. Isto impede que os ácidos graxos sejam sintetizados e degradados ao mesmo tempo. Ácidos graxos com 12C ou menos podem penetrar a membrana mitocondrial sem o auxílio de transportadores. β-oxidação ou ciclo de Lynen A β-oxidação compreende o catabolismo de ácidos graxos saturados, na qual fragmentos de dois carbonos são sucessivamente removidos da extremidade carboxila da acil-CoA graxa, produzindo acetil-CoA. Portanto, a β-oxidação consiste em um ciclo de 4 reações que resultam no encurtamento da cadeia de ácidos graxos em cada 2 carbonos. As etapas incluem: o uma oxidação que produz FADH2, o uma hidratação, o uma segunda oxidação que produz NADH e, o uma clivagem tiolítica que libera uma molécula de acetil-CoA. Oxidação de ácidos graxos insaturados A oxidação dos ácidos graxos insaturados requer duas reações adicionais. A dupla ligação está na configuração cis, não podendo sofrer a ação da enoil-CoA hidratase (catalisa a adição de H2O na dupla ligação trans). A ação de duas outras enzimas (uma isomerase e outra uma redutase auxilia o processo). Oxidação completa de ácidos graxos de número ímpar requer 3 reações extras Ácidos graxos de cadeia longa e ímpar mesma maneira são oxidados da que os de número de carbono pares, mas no final sobra acetil-Coa e propionil-CoA. Acetil-CoA é oxidado pelo TCA mas propionil-CoA toma incomum, três enzimas. Metabolismo do Propionil-CoA O propionil-CoA é metabolizado por uma rota de duas etapas: O propionil-CoA é carboxilado, formando metilmalonil-CoA. A enzima responsável – a propionil-CoA carboxilase. Os carbonos da metilmalonil-CoA são rearranjados, formando succinil-CoA, a qual entra no ciclo de Krebs. A enzima metilmalonil responsável é a CoA mutase, que requer a vitamina B12. Tecidos que não utilizam b-oxidação: eritrócitos, cérebro e adipócitos. Lipogênese Sintetizados a partir de carboidratos e do excedente de proteína da dieta. Ocorre quando a relação ATP/ADP é alta. Substrato -------- Acetil-Coa Produto ----------- Ácido Palmítico Local de síntese: Citosol. Acetil-CoA deve ser transportado da mitocôndria a partir de piruvato. Membrana interna impermeável ao Acetil-CoA. Transporte do esqueleto carbônico como citrato. O destino do citrato Oxidar ou acumular. Depende da carga energética celular. Relação alta ATP/ADP acúmulo de Citrato: o Inibição da isocitrato desidrogenase o Transporte do Citrato para o citossol pela tricarboxilato translocase o Citrato + ATP + CoA= oxaloacetato + acetil-CoA Relação baixa ATP/ADP oxidação de citrato. Os ácidos graxos são sintetizados por uma sequência repetitiva de reações. Todas as reações são catalisadas por um complexo enzimático, a ácido graxo sintase. -O complexo da ácido graxo sintase consiste em sete polipeptídeos. Essas proteínas agem em conjunto para catalisar a formação de ácidos graxos a partir de Acetil-CoAe Malonil-CoA. Síntese de ácidos graxos Carregamento-transferência de grupos acetil- e malonil- da CoA para ACP (proteína carreadora de acila). Condensação–transferência de 2 unidades de carbonos do malonil-ACP para acetil-ACP para formar 2 carbonos ceto-acil-ACP. Redução– conversão de ceto-acil-ACP a hidroxiacil-ACP (uso de NADPH). Desidratação–Eliminação de H2O para formar Enoil-ACP. Redução–Reduz dupla ligação para formar 4 carbonos completamente saturado acil-ACP. Biossíntese de triacilgliceróis e fosfolipídios Regulação da síntese dos AG: tanto a regulação alostérica como a modificação covalente dependente de hormônios influenciam o fluxo de precursores para a formação do malonil-CoA. Regulação da síntese dos TAGs pela insulina: a insulina estimula a conversão dos CH e das proteínas da dieta em gordura. Nos diabéticos não tratados ocorre a falta a insulina e com isso a diminuição da síntese de AG, aumentando a produção de corpos cetônicos. Corpos cetônicos Durante a oxidação de AG no fígado o acetil-CoA pode seguir 2 caminhos: entrar no ciclo do ácido cítrico ou ser convertido em corpos cetônicos, isto é, acetona, acetoacetato e D-B-hidroxibutirato que são transportados para outros tecidos. São produzidos em resposta a níveis elevados de Ácidos Graxos no fígado. Quando Acetil CoA excede capacidade oxidativa do fígado - Mitocôndrias hepáticas – corpos cetônicos. A produção de corpos cetônicos é um mecanismo sobrevivência. A córtex adrenal e o músculo cardíaco utilizam corpos cetônicos (acetoacetato) preferencialmente como combustíveis celulares. No jejum prolongado e no diabetes, o cérebro se adapta à utilização de corpos cetônicos como combustível celular. Acetona não é utilizada pelo organismo e é expelida pelos pulmões. Uma indicação que uma pessoa está produzindo corpos cetônicos é a presença de acetona em sua respiração. Funções: Importantes fontes de energia para tecidos periféricos; São solúveis em solução aquosa (Não precisam de transportadores no sangue); Usados nos tecidos extra-hepáticos(inclusive cérebro); Em jejum muito prolongado 75% das necessidades energéticas do cérebro são atendidas pelo acetoacetato. Síntese de corpos cetônicos pelo Fígado Formação de Acetoacetil CoA (4 carbonos) por: Degradação incompleta dos Ácidos Graxos e reversão da reação da tiolase da oxidação dos Ácidos Graxos. Outra molécula de Acetil CoA combina-se com Acetoacetil CoA - HMG CoA (β- hidroxi β-metilglutaril-CoA). HMG CoA é clivado - Acetoacetato + Acetil CoA. Acetoacetato pode ser reduzido a B-hidroxibutirato ou descarboxilado acetona. Utilização pelos Tecidos Periféricos: Fígado produz baixos níveis de corpos cetônicos (Normal); Jejum aumenta a produção gerando Obtenção de Energia pelos Tecidos; Acetoacetato – 33moléculas de ATP; 3 Hidroxibutirato – 21 moléculas de ATP; Tecidos Extra-Hepáticos oxidam o Acetoacetato e o 3- Hidroxibutirato. OBS: O Fígado não pode utilizar Corpos Cetônicos, pois não possui a enzima necessária para converter o Acetoacetato em Acetil CoA; Oxidação completa dos corpos cetônicos é conhecida como cetólise. Cetose: aumento da concentração de Corpos Cetônicos nos Tecidos Líquidos e Corporais. Cetonemia (aumento de níveis no Sangue). Cetonúria (urina). Condições Típicas que se Observa a Cetose: jejum, Diabetes mellitus, Dietas ricas em Gorduras e pobres em carboidratos. Secreções contínuas em maior quantidade acarretam a perda de cátion tampão (H+) à medida que circula no sangue - diminuição do pH corporal - cetoacidose. O ácido acetoacético e hidroxi-butírico são ácidos moderadamente fortes e precisam ser neutralizados. A excreção urinária desses ácidos provoca acidez da urina. Os rins produzem amônia para neutralizar esta acidez, resultando em diminuição da reserva alcalina em um quadro denominado cetoacidose. Cetogênese A cetogênese é regulada em três etapas cruciais: o controle da mobilização de AGL a partir do tecido adiposo; a atividade da carnitina-palmitoil- transferase-I no fígado, que determina a proporção do fluxo de ácidos graxos que é oxidada, em vez de esterificada; a distribuição de acetil-CoA entre a via da cetogênese e o ciclo do ácido cítrico.
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