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BIOQUÍMICABIOQUÍMICABIOQUÍMICA ADRIANO, V. S. AC. RESUMIDARESUMIDARESUMIDA Esta apostila é baseada em resumos de Bioquímica diretamente de livros publicados: sobre estes, das editoras Artmed e Guanabara Koogan, estão devidamente referenciados no final; as imagens, diretamente dos livros, seguem referenciadas e com a página da qual foram retiradas. Quaisquer erros podem e devem ser relatados. Bom uso! Oi. Muita para todxs! Contatos: Instagram: @anatoresumo E-mail: anatoresumo@gmail.com 1. ESTRUTURA E PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS......................................................................................1 2. INTERAÇÃO ENTRE AS MOLÉCULAS.............................................................................................................1 3. PROPRIEDADES COLIGATIVAS.......................................................................................................................1 4. IONIZAÇÃO DA ÁGUA.......................................................................................................................................1 5. CURVA DE TITULAÇÃO.....................................................................................................................................1 6. TAMPÕES 6.1 SISTEMA TAMPÃO-BICARBONATO E FOSFATO ÁCIDO-FOSFÓRICO....................................................2 6.2 PROTEÍNAS PLASMÁTICAS........................................................................................................................2 6.3 HEMOGLOBINA............................................................................................................................................2 7. ALTERAÇÕES DO EQUILÍBRIO ÁCIDO BÁSICO.............................................................................................2 7.1 ACIDOSE RESPIRATÓRIA...........................................................................................................................2 7.2 ACIDOSE METABÓLICA..............................................................................................................................2 7.3 ALCALOSE RESPIRATÓRIA........................................................................................................................2 7.4 ALCALOSE METABÓLICA...........................................................................................................................3 8. ANOTAÇÕES......................................................................................................................................................3 1. MONOSSACARÍDEOS.......................................................................................................................................4 2. MONOSSACARÍDEOS – AGENTES REDUTORES...........................................................................................5 3. DERIVADOS DE AÇÚCARES.............................................................................................................................5 4. DISSACARÍDEOS...............................................................................................................................................5 5. POLISSACARÍDEOS..........................................................................................................................................5 5.1 ESTRUTURAIS.............................................................................................................................................5 5.2 RESERVAS ENERGÉTICAS........................................................................................................................5 6. GLICOSAMINOGLICANOS................................................................................................................................6 7. GLICOCONJUGADOS........................................................................................................................................6 7.1 PROTEOGLICANOS.....................................................................................................................................6 7.2 GLICOPROTEÍNAS......................................................................................................................................6 7.3 GLICOESFINGOLIPÍDEOS..........................................................................................................................6 1. GLICERÍDEOS....................................................................................................................................................7 2. TRIGLICERÍDEOS..............................................................................................................................................7 3. FOSFOLIPÍDEOS................................................................................................................................................7 4. PRECURSORES E DERIVADOS........................................................................................................................7 5. NOMENCLATURA..............................................................................................................................................8 1. AMINOÁCIDOS...................................................................................................................................................9 2. AA PODEM SER CLASSIFICADOS PELA CADEIA LATERAL R......................................................................9 3. AA PODEM AGIR COMO ÁCIDOS E BASES.....................................................................................................9 4. TIPOS DE AA....................................................................................................................................................10 5. PEPTÍDEOS SÃO CADEIAS DE AA................................................................................................................10 6. CADEIAS PEPTÍDICAS SE DOBRAM EM ESTRUTURAS REGULARES.......................................................10 6.1 ALFA-HÉLICE.............................................................................................................................................10 6.2 FOLHA BETA..............................................................................................................................................10 8. PROTEÍNAS CONJUGADAS............................................................................................................................11 9. DESNATURAÇÃO E ENOVELAMENTO DAS PROTEÍNAS............................................................................11 10. FUNÇÃO PROTEICA........................................................................................................................................11 10.1 INTERAÇÃO REVERSÍVEL DE UMA PROTEÍNA COM UM LIGANTE: PROTEÍNAS DE LIGAÇÃO AO OXIGÊNIO...................................................................................................................................................11 10.2 GLOBINAS............................................................................................................................................12 10.3 A HEMOGLOBINA TRANSPORTA OXIGÊNIO NO SANGUE..............................................................12 11. PROTEÍNA ALOSTÉRICA................................................................................................................................12 12. ANOTAÇÕES....................................................................................................................................................12 1. COMO AS ENZIMAS FUNCIONAM..................................................................................................................13 2. GRUPOS CATALÍTICOS ESPECÍFICOS CONTRIBUEM PARA A CATÁLISE...............................................13 3. CONCENTRAÇÃO DO SUBSTRATO NA VELOCIDADE DAS REAÇÕESCATALISADAS POR ENZIMAS...........................................................................................................................................................13 4. INIBIÇÃO REVERSÍVEL E IRREVERSÍVEL.....................................................................................................13 4.1 REVERSÍVEL..............................................................................................................................................14 4.2 IRREVERSÍVEL..........................................................................................................................................14 5. A ATIVIDADE ENZIMÁTICA DEPENDE DO PH...............................................................................................14 6. ENZIMAS REGULATÓRIAS.............................................................................................................................14 6.1 ENZIMAS REGULATÓRIAS SOFREM MUDANÇAS CONFORMACIONAIS EM RESPOSTA À LIGAÇÃO DE MODULADORES..................................................................................................................................14 7. OS GRUPOS FOSFORIL AFETAM A ESTRUTURA E A ATIVIDADE DAS ENZIMAS....................................14 8. UMA CASCATA DE ZIMOGÊNIOS ATIVADOS PROTEOLITICAMENTE LEVA À COAGULAÇÃO DO SANGUE...........................................................................................................................................................15 9. ANOTAÇÕES....................................................................................................................................................15 1. NUCLEOTÍDEOS E ÁCIDOS NUCLEICOS TÊM PENTOSES E BASES CARACTERÍSTICAS......................16 2. LIGAÇÕES FOSFODIÉSTER LIGAM NUCLEOTÍDEOS CONSECUTIVOS DOS Á. NUCLEICOS.................16 3. ESTRUTURA DOS ÁCIDOS NUCLEICOS.......................................................................................................16 4. RNAS MENSAGEIROS CODIFICAM PARA CADEIAS POLIPEPTÍDICAS.....................................................16 5. MUITOS RNAS TÊM ESTRUTURAS TRIDIMENSIONAIS MAIS COMPLEXAS..............................................17 6. DNA E RNA PODEM SER DESNATURADOS..................................................................................................17 7. NUCLEOTÍDEOS E Á. NUCLEICOS SOFREM TRANSFORMAÇÕES NÃO ENZIMÁTICAS..........................18 8. OUTRAS FUNÇÕES DOS NUCLEOTÍDEOS...................................................................................................18 1. GLICÓLISE.......................................................................................................................................................19 1.1 A FASE PREPARATÓRIA DA GLICÓLISE REQUER ATP:.......................................................................19 1.2 A FASE DE PAGAMENTO DA GLICÓLISE PRODUZ ATP E NADH.........................................................20 2. VIAS ALIMENTADORAS DA GLICÓLISE........................................................................................................20 3. DESTINOS DO PIRUVATO EM CONDIÇÕES ANAERÓBICAS: FERMENTAÇÃO.........................................21 3.1 O PIRUVATO É O ACEPTOR FINAL DE ELÉTRONS NA FERMENTAÇÃO LÁCTICA...............................21 3.2 O ETANOL É O PRODUTO REDUZIDO NA FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA...............................................21 1. A CONVERSÃO DE PIRUVATO A FOSFOENOL PIRUVATO REQUER DUAS REAÇÕES EXERGÔNICAS................................................................................................................................................22 2. ANOTAÇÕES....................................................................................................................................................22 3. A OXIDAÇÃO DA GLICOSE PELA VIA DAS PENTOSES-FOSFATO.............................................................23 4. A FASE OXIDATIVA PRODUZ PENTOSES FOSFATO E NADPH...................................................................23 5. METABOLISMO DO GLICOGÊNIO NOS ANIMAIS..........................................................................................23 5.1 A DEGRADAÇÃO DO GLICOGÊNIO É CATALISADA PELA GLICOGÊNIO-FOSFORILASE....................23 5.2 A D-GLICOSE-1-FOSFATO PODE ENTRAR NA VIA GLICOLÍTICA OU, NO FÍGADO, REPOR A GLICOSE SANGUÍNEA...............................................................................................................................................24 5.3 A GLICOGÊNIO FOSFORILASE TEM REGULAÇÃO ALOSTÉRICA E HORMONAL.................................24 6. SINAIS ALOSTÉRICOS E HORMONAIS COORDENAM INTEGRALMENTE O METABOLISMO DE CARBOIDRATOS.............................................................................................................................................24 7. CARACTERÍSTICAS DO MÚSCULO ESQUELÉTICO.....................................................................................24 1. REGULAÇÃO DAS VIAS METABÓLICAS.......................................................................................................25 2. AS CÉLULAS E OS ORGANISMOS MANTÊM UM ESTADO ESTÁVEL DINÂMICO......................................25 3. A QUANTIDADE DE UMA ENZIMA E SUA ATIVIDADE CATALÍTICA PODEM SER REGULADAS...............25 4. O METABOLISMO DE CARBOIDRATOS E A ANÁLISE DO CONTROLE METABÓLICO.............................25 4.1 AS ISOENZIMAS HEXOCINASE E GLICOCINASE DO MÚSCULO E DO FÍGADO SÃO DIFERENTEMENTE AFETADAS POR SEU PRODUTO, A GLICOSE-6- FOSFATO.................................................................................................................................................26 1. CICLO DE KREBS/ ÁCIDO CÍTRICO/ ÁCIDO TRICARBOXÍLICO...................................................................27 1.1 PRODUÇÃO DE ACETIL-COA....................................................................................................................27 1.2 O PIRUVATO É OXIDADO A ACETIL-COA E CO2.....................................................................................27 1.3 ETAPAS DO CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO..................................................................................................27 1.4 REAÇÕES DO CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO...............................................................................................28 1.5 ANOTAÇÕES..............................................................................................................................................29 2. FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA..........................................................................................................................29 2.1 REAÇÕES DE TRANSFERÊNCIA DE ELÉTRONS EM MITOCÔNDRIAS.................................................29 2.2 ELÉTRONS SÃO CANALIZADOS POR ACEPTORES UNIVERSAIS........................................................29 2.3 OS ELÉTRONS PASSAM POR UMA SÉRIE DE CARREGADORES LIGADOS À MEMBRANA................30 2.4 SÍNTESE DE ATP........................................................................................................................................30 1. DIGESTÃO, MOBILIZAÇÃO E TRANSPORTE................................................................................................31 1.2 AS GORDUAS DA DIETA SÃO ABSORVIDAS NO INSTESTINO...............................................................31 1.3 HORMÔNIOS ATIVAM A MOBILIZAÇÃO DE TRIACILGLICERÓIS ARMAZENADOS...............................32 2. OS Á. GRAXOS SÃO ATIVADOS E TRANSPORTADOS PARA DENTRO DAS MITOCÔNDRIAS................32 3. OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS...................................................................................................................32 1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................332. DESTINOS METABÓLICOS DOS GRUPOS AMINO........................................................................................33 3. AS PROTEÍNAS DA DIETA SÃO ENZIMATICAMENTE DEGRADADAS ATÉ AMINOÁCIDOS.....................33 4. EXCREÇÃO DE NITROGÊNIO E CICLO DA UREIA........................................................................................35 1. FÁRMACOS: FASE FARMACODINÂMICA – INTERAÇÃO ENTRE MICRO E BIOMOLÉCULAS..................36 1.1 FÁRMACOS ESTRUTURALMENTE INESPECÍFICOS..............................................................................36 1.2 FÁRMACOS ESTRUTURALMENTE ESPECÍFICOS..................................................................................36 2. INTERAÇÕES ENVOLVIDAS NO RECONHECIMENTO MOLECULAR LIGANTE-SÍTIO RECEPTOR..........37 2.1 FORÇAS ELETROSTÁTICAS.....................................................................................................................37 2.2 FORÇAS DE DISPERSÃO..........................................................................................................................37 2.3 INTERAÇÕES HIDROFÓBICAS.................................................................................................................37 2.4 LIGAÇÃO DE HIDROGÊNIO.......................................................................................................................38 2.5 LIGAÇÃO COVALENTE..............................................................................................................................38 3. FATORES ESTERIOQUÍMICOS E CONFORMACIONAIS ENVOLVIDOS NO RECONHECIMENTO MOLECULAR LIGANTE-SÍTIO RECEPTOR....................................................................................................38 3.1 FLEXIBILIDADE CONFORMACIONAL DE PROTEÍNAS E LIGANTES – TEORIA DO ENCAIXE INDUZIDO...................................................................................................................................................38 3.2 CONFIGURAÇÃO ABSOLUTA E ATIVIDADE BIOLÓGICA........................................................................39 3.3 CONFIGURAÇÃO RELATIVA E ATIVIDADE BIOLÓGICA.........................................................................39 3.4 CONFORMAÇÃO E ATIVIDADE BIOLÓGICA............................................................................................39 4. PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS E ATIVIDADE BIOLÓGICA..................................................................39 4.1 LIPOFILICIDADE (LOGP)...........................................................................................................................40 4.2 PKA.............................................................................................................................................................40 ÁGUA AC. 1 Figura 1.1. Estrutura da molécula de água e representação dos polos. Fonte: Fundamentos de Biologia Celular; Alberts, 4°ed, p. 68. Figura 1.2. Conformação representando a ligação entre moléculas de água. Fonte: Fundamentos de Biologia Celular; Alberts, 4°ed, p. 68. Figura 1.3. Curva de titulação do Ácido Acético. Fonte: Princípios de Bioquímica de Lehninger; Nelson e Cox, 6°ed, p.62. 1. ESTRUTURA E PROPRIEDADES FÍSICO- QUÍMICAS: • Encontra-se presente em todas as porções da célula → participação no transporte de nutrientes e reações metabólicas. • O funcionamento celular depende da água. • Propriedades incomuns: PF a 0°C, PE a 100°C, calor de evaporação e de vaporização > que os líquidos comuns, produto de ionização, solvente “universal”. 2. INTERAÇÃO ENTRE AS MOLÉCULAS: • Força de atração entre moléculas adjacentes = maior coesão. • Par de elétrons do oxigênio gera uma carga parcial negativa (-). • Caráter dipolar/ eletricamente neutro. • Ligações de Hidrogênio: entre as moléculas de água → quantidade de interações depende do estado físico. Com outras moléculas polares, que não fazem ligação de hidrogênio, há a interação dipolo permanente/ dipolo-dipolo. • De acordo com o estado físico, a molécula de água pode interagir com outras 3 ou 4 moléculas. • Há interação com solutos, pois é polar. 3. PROPRIEDADES COLIGATIVAS: • PF, PE, pressão de vapor, pressão osmótica. • Peixes que habitam regiões com temperatura inferior a 0°C têm maior concentração de sais no sangue → efeito da crioscopia no corpo. 4. IONIZAÇÃO DA ÁGUA: • À temperatura ambiente, 25°C, certa porção da água está ionizada. • Há menor ionização em ácidos fracos, como os ácidos orgânicos, e maior ionização em ácidos fortes, tal como o HCL e o ácido sulfúrico. • PK é ponto de ionização, que é interferido pelo pH na absorção de medicamentos. • Ka é a constante de ionização ácida → maior Ka = maior a força do ácido. • PK: pH no qual aproximadamente 50% do ácido se encontra ionizado. • Homeostase → tendência do organismo → busca pelo equilíbrio. • A ionização de ácidos e bases depende do pH. • Há eliminação da carga ácida pela respiração → perda de CO2 → menor [] de H2CO3 no sangue = menor a acidez. Há a eliminação da acidez por meio dos rins → retém acidez ou a elimina, de forma a promover basicidade. 5. CURVA DE TITULAÇÃO: • Usada para medir a concentração ácida em determinada solução. • O volume do ácido é titulado com uma base forte até a neutralização desse ácido → momento de virada → cálculo estequiométrico. • As curvas de titulação revelam o pKa de ácidos fracos. • O pH e o pKa são iguais no ponto central da titulação: doadores de prótons = aceptores. ÁGUA AC. 2 6. TAMPÕES: • Substâncias que, em soluções aquosas, dão a estas a resistência à mudança de pH. • Quase todos os processos fisiológicos dependem do pH. Exemplo: do plasma é 7,35- 7,48; o pH intracelular depende da função celular que esta desempenha → pH do eritrócito é 7,2. • Fosfato e proteínas → principais tampões do fluido intracelular → presença de grupos dissociáveis contidos em resíduos de aa ácidos (glutamato e aspartato) e básicos (lisina e histidina). 6.1 Sistema Tampão-Bicarbonato e Fosfato-Ácido Fosfórico: ambos são responsáveis por regular o H+ e sódio. • Em acidose, mobilizam H+ para os rins para eliminá-lo juntamente com o aumento da excreção de amônia. Paralelamente, os rins ativam um sistema compensatório que aumenta a reabsorção de sódio, que é alcalinizante. Nesse processo, há a troca de H+ pôr Na+. • Na alcalose, os rins aumentam a excreção de Na+ e aumenta a liberação de H+ pelas células tubulares. É um processo lento, pois liberar Na+ não é um fator agradável para os rins. 6.2 Proteínas Plasmáticas: atuam por meio de seus aminoácidos (aa) principalmente no meio intracelular. Os aa agem por meio da associação ou dissociação de H+. 6.3 Hemoglobina: assim como as proteínas do meio intracelular, age pela associação ou dissociação do H+. • Em acidose há associação com o H+, que diminui sua afinidade com o CO2, logo há menor formação de H2CO3 para ser liberado no sangue e, consequentemente, mais CO2 disponível para ser exalado. Com menor afinidade, o animal hiperventila e libera CO2 (diminuição de carga ácida). Na alcalose, há o aumento da afinidade com o CO2 pois dissociou H+ → CO2 na Hb + anidrase- carbônica = formação de ácido carbônico liberado no sangue → aumento da acidez para compensar a alcalose. A Hb age junto com o pulmão. • Atua na regulação de CO2 residual (que expiramos). • Os pulmões atuam na manutenção da pCO2, enquanto os rins promovem trocas metabólicas (atuam de maneira definitiva na compensação ácido-base. • As causas de distúrbios ácidos-básicos podem ser metabólicas ou respiratórias. • O CO2 não é transportado pela Hb, e simno plasma sanguíneo na forma de HCO3 (Hb + CO2 + água + anidrase-carbônica = ácido carbônico = H2O + HCO3). • O HCO3 na Gasometria é um parâmetro metabólico, e não respiratório (pCO2). 7. ALTERAÇÕES DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO: 7.1 Acidose Respiratória: apneia → obstrução do fluxo de ar para os pulmões ou a capacidade respiratória prejudicada → acúmulo de CO2. • Os aa se associam ao H+, a Hb diminui a afinidade com o CO2 para que seja expirado, os rins aumentam a excreção de H+ e de amônia e aumentam a reabsorção de sódio. • Não se utiliza bicarbonato no tratamento de acidose respiratória, apenas hiperventilação. 7.2 Acidose Metabólica: produção de cetoácidos pelo diabetes descompensado; inibidores da anidrase-carbônica; disfunção renal com perda da capacidade de reabsorver o sódio; acidose láctica – choque; rabdomiólise; toxinas exógenas (etilenoglicol); diarreia e acidificantes urinários. • Os tampões agem da mesma forma que na acidose respiratória; somente os rins compensam definitivamente essas mudanças de pH: se a causa for insuficiência renal, não há compensação. • Tratamento: reposição hídrica, de cloreto e de K. 7.3 Alcalose Respiratória: hiperventilação (lesões neurológicas, calor, estresse, medo, ansiedade etc.) → menor concentração de CO2 no sangue. • Os aa dissociam H+, assim como a Hb que aumenta sua afinidade com o CO2 e aumenta a liberação de H2CO3 (maior acidez no sangue); os rins diminuem a excreção de amônia e de H+ e aumentam a de sódio (processo lento). ÁGUA AC. 3 7.4 Alcalose Metabólica: ingestão de bases (sobredose de bicarbonato de sódio, por exemplo); vômitos prolongados → perda do componente ácido estomacal; desidratação extrema; cirrose hepática (aumento da [] de N, pois há deficiência na formação de ureia pela amônia); menos K (regulação da Bomba de Na e K); diminuição do líquido extracelular. 8. ANOTAÇÕES • Quase tudo se encontra na forma ionizada → exemplos: aa e carboidratos na circulação sanguínea. • A polaridade dos compostos é fator chave para sua solubilidade. • O aminoácido glutamato é um aa transportador de grupo amino. • Os rins podem fazer gliconeogênese do glutamato e da glutamina → produção de glicose para consumo próprio. • O tampão bicarbonato deve ser usado apenas na acidose metabólica, e não na respiratória (aumentaria a formação de ácido carbônico após a reação entre H+ e HCO3 = aumento de acidez). CARBOIDRATOS AC. 4 • São as moléculas mais abundantes na Terra; • Moléculas simples ou complexas. • O processo de obtenção de energia → catabolismo de carboidratos → oxirredução. • O glicogênio é produzido pelo fígado → provém energia para todo o corpo; músculo → usa sua reserva para benefício próprio → fermentação lática após seu consumo. • Exemplos de alimentos ricos em carboidratos: fubá de milho e farelo de soja. • Variação estrutural inata: fundamental para a atividade biológica. 1. MONOSSACARÍDEOS: • Sintetizados pela fotossíntese: CO2, luz e água. • Classificação pelo número de carbonos → fórmula estrutural básica: (CH2O) n; ou pelo grupo carbonila: aldose ou cetose. • Os monossacarídeos classificados enquanto número de carbonos: trioses, tetroses, pentoses (ribose e desoxirribose), hexoses (frutose → cetose, glicose → aldose), heptose; • Aldoses: gliceraldeído, ribose, galactose, manose, glicose. • Cetoses: frutose, ribulose e di-hidroxicetona; • São solúveis em água. • Possuem centros quirais → somente a forma dextrogira é biologicamente ativa no organismo, enquanto os levogiros são sem atividade → monossacarídeos levogiros são biologicamente funcionais em bactérias. • EPÍMEROS: açúcares que se diferem pela configuração em torno de um átomo de carbono → são epímeros um do outro. Em monossacarídeos, tal diferença é vista pela mudança de posição espacial do grupo hidroxila. • O organismo pode fazer a epimerização para certo carboidrato ir à rota de outro. • Deve-se indicar em qual carbono o monossacarídeo é epímero de outro. • CICLIZAÇÃO/ CONFORMAÇÃO: é a forma na qual os monossacarídeos se encontram no organismo → formato de ciclo. • Um açúcar com anel de 6 membros é uma piranose; um açúcar com anel de 5 membros é uma furanose. • Na ciclização, o carbono da carbonila forma um centro quiral → carbono anomérico, que possibilita duas novas conformações, denominadas anômeros → os anômeros podem ser alfa ou beta → exemplo: a glicose, que forma uma piranose, possui a forma alfa- glicose → hidroxila voltada para baixo; e a forma de beta-glicose → hidroxila voltada para cima. • Os dois anômeros da D-glicose possuem ligeiras diferenças em suas atividades físicas e químicas. • Anéis de 6 membros são mais estáveis que a sua forma linear. • Unidades de monossacarídeos que têm um OH substituídos por um H → desoxiaçúcares → desoxirribose. Figura 2.1. Enantiômeros do gliceraldeído representando dois epímeros. Fonte: Princípios de Bioquímica de Lehninger; Nelson e Cox 6°ed, p. 245 Figura 2.2. Anômeros da D-glicose após Ciclização, que provoca a formação de ciclo de 6 membros, isto é, um pirano. Fonte: Princípios de Bioquímica de Lehninger; Nelson e Cox, 6°ed, p. 247. • MUTARROTAÇÃO: anômeros alfa e beta se Inter convertem em solução aquosa → a forma cíclica é passada para linear e refeita. CARBOIDRATOS AC. 5 Figura 2.3. Formas conformacionais de um pirano, a alfa e a beta glicose. Fonte: Princípios de Bioquímica de Lehninger; Nelson e Cox, 6°ed, p. 249. 2. MONOSSACARÍDEOS - AGENTES REDUTORES: • Podem ser oxidados por agentes oxidantes. • Glicose e outros açúcares podem reduzir o íon cúprico → açúcares redutores. O íon cúprico oxida a glicose a uma mistura de ácidos carboxílicos → base da Reação de Fehling → teste semiquantitativo de açúcar redutor. 3. DERIVADOS DOS AÇÚCARES: • A oxidação química branda ou a oxidação enzimática de uma aldose converte seu grupo aldeído a um grupo ácido carboxílico → produção de ácido aldônico → exemplo: ácido D-glicônico. • A oxidação de uma hidroxila primária de uma aldose produz ácidos urônicos, como o ácido D-glicurônico (participa das vias de detoxicação). • Glicerol → derivado de um açúcar → em alguns casos, o glicerol pode ser convertido a glicose. 4. DISSACARÍDEOS: • Os dissacarídeos são formados pela ligação glicosídica de dois monossacarídeos; exemplo: galactose com glicose = lactose, glicose com glicose = maltose, glicose com frutose = sacarose → todos são exemplos de ligação O- glicosídicas. 5. POLISSACARÍDEOS: • Glicanos → ligação glicosídica → covalente → pode sofrer lise e formação das unidades monoméricas/ monossacarídeos. • Homopolissacarídeos → formados por apenas um tipo de monossacarídeo; heteropolissacarídeos → formados por mais de um tipo de monossacarídeo. 5.1 ESTRUTURAIS: 1. Celulose: é um polímero linear não ramificado de conformação beta (1→4) com até 15.000 resíduos de D-glicose ligadas por ligação O- glicosídica. A estrutura é mantida por ligação de H → confere às fibras de celulose uma força excepcional → a torna insolúvel em água. 2. Quitina: é um polímero linear de conformação beta (1→4), que atual como componente principal do exoesqueleto de invertebrados. A quitina é formada por resíduos de N- acetilglicosamina. 5.2 RESERVAS ENERGÉTICAS: 1. Amido: polissacarídeo de reserva energética de plantas e algas, é formado por dois tipos de polímero de glicose: a amilose e a amilopectina. Tanto a amilose quanto a amilopectina possuem configuração alfa da D- glicose, porém a amilose não é ramificada, ao contrárioda amilopectina. Amilose → as ligações alfa-glicosídicas da amilose fazem com que ela adquira uma forma de hélice irregularmente agregada → o centro da hélice pode acomodar um íon de iodo → complexo azul intenso → teste qualitativo para a presença de amilose. 2. Glicogênio: polissacarídeo de reserva dos animais → estrutura ramificada com maior superfície de contato = mais fácil de ser digerido. O glicogênio é armazenado intracelularmente na forma de grânulos nos hepatócitos e possui conformação alfa (1→4) na estrutura principal e (1→6) nas ramificações. • O glicogênio pode compor até 7% do peso líquido do fígado, estando presente também no músculo esquelético. • O glicogênio é mais ramificado que a amilopectina e mais compacto que o amido. • O iodo é um método de identificar a presença de amido. CARBOIDRATOS AC. 6 • O peptidoglicano é o heteropolissacarídeo presente na parede celular de bactérias. 6. GLICOSAMINOGLICANOS: • Heteropolissacarídeos que compõem a matriz extracelular/ substância fundamental → matriz orgânica óssea, por exemplo. • Exclusivos de animais e bactérias, não sendo encontrados em plantas. 6.1 Ácido Hialurônico: funciona como lubrificante do líquido sinovial das articulações e gera a consistência gelatinosa do humor vítreo nos olhos dos vertebrados. Encontra-se na forma de hialuronato nas soluções. 6.2 Heparina: inibe a coagulação do sangue → sua liberação por causa de lesões previne a formação de coágulos. Não constitui o tecido conjuntivo, mas está presente nos grânulos intracelulares de mastócitos da parede das artérias. 7. GLICOCONJUGADOS: • São compostos parte por carboidrato, parte de outro composto orgânico. • São transportadores de informação. • Molécula biologicamente ativa. 7.1 Proteoglicanos: na matriz extracelular ou na superfície celular → glicosaminoglicano ligado covalentemente a uma proteína de membrana ou proteína secretada. Os proteoglicanos são os principais componentes das matrizes extracelulares; proteína ligada covalentemente a um ou mais polissacarídeos. 7.2 Glicoproteínas: oligossacarídeos ligados a proteínas → encontrados na superfície externa da membrana plasmática, pois compõem o glicocálice; na matriz extracelular e no sangue. 7.3 Glicoesfingolipídeos: são componentes da membrana plasmática → grupo hidrofílico da cabeça é um oligossacarídeo. O cérebro e os neurônios são ricos em glicoesfingolipídeos → auxiliam na condução nervosa e na formação da mielina. LIPÍDEOS AC. 7 Figura 3.1. Colesterol. Fonte: Princípios de Bioquímica de Lehninger; Nelson e Cox, 6°ed, p.368. • Resultam da associação de ácidos graxos → ácidos carboxílicos grandes → com álcoois, sendo sua síntese, portanto, uma reação de esterificação. • Ácidos graxos são formados de 4-36 carbonos → não são ramificados → podem ser saturados, insaturados e poli-insaturados; grupos laterais formados por longas cadeias de hidrocarbonetos. • Ácidos graxos livres no sangue são carregados/ ligados à proteína denominada Albumina Sérica. • São insolúveis em água; contudo, são solúveis em éter, benzeno, álcoois → álcoois são compostos anfifílicos. • Estão presentes em todos os tecidos. • Importantes na absorção de vitaminas lipossolúveis, precursão de hormônios e proteção de órgãos. • Lipases → enzimas que catalisam a digestão de lipídeos. • Os sais biliares são formados no fígado → colesterol participa na sua formação, ajudam na dispersão de gorduras em partículas coloidais → detergentes → “facilita” a ação de enzimas. 1. GLICERÍDEOS: • O álcool é o glicerol. • Podem ser sólidos – gorduras- ou líquidos – óleos- à temperatura ambiente. • Funções: reserva energética e isolante térmico. • Gorduras são sólidas à temperatura ambiente → glicerol com ácido graxo saturado. 2. TRIGLICERÍDEOS: • Triacilgliceróis. • Formado por glicerol / glicerina e 3 ácidos graxos. • Em animais, faz a reserva energética metabólica → armazenado nos adipócitos: células especializadas na síntese e no armazenamento de triacilgliceróis. • As lipases também estão presentes nos adipócitos e nas sementes em germinação. • Tecido Adiposo → abundante na camada subcutânea da pele – abaixo da derme → na cavidade abdominal e nas glândulas mamárias. Em animais aquáticos e de sangue quente, desempenham papel importante como isolante térmico. 3. FOSFOLIPÍDEOS: • Forma a bicamada fosfolipídica → cauda hidrofóbica voltada extracelularmente → barreira à entrada de íons e moléculas polares. • O grupo cabeça polar está ligado à porção hidrofóbica por uma ligação fosfodiéster → cabeça polar. 1. Fosfoglicerídeos: o álcool é o glicerol → principal componente lipídico da membrana plasmática → grupo fosfato promove polaridade. 2. Fosfoesfingosídeos: o álcool é a esfingosina → a esfingosina é um álcool aminado/ ceramida. 4. PRECURSORES E DERIVADOS: • Os precursores são compostos formados/ produzidos quando lipídeos são hidrolisados. • Os derivados são formados pela transformação metabólica de ácidos graxos; exemplos: • Corpos cetônicos, esteroides, aldeídos graxos, prostaglandinas e vitaminas lipossolúveis. 1. Esteroides: formados por ácidos graxos e álcoois policíclicos. O esteroide mais comum é o colesterol → encontrado em todos os tecidos animais, principalmente na corrente sanguínea e na constituição da bile. Há também os esteroides anabólicos → hormônios que auxiliam na síntese de grandes moléculas. • A principal característica dos esteroides é o núcleo esteroide, que é formado pela fusão de quatro ciclos. LIPÍDEOS AC. 8 Figura 3.2. (a) nomenclatura a partir do carbono carboxílico na fórmula Cx:y; (b) nomenclatura de ácidos graxos do grupo Ômega. Fonte: Princípios de Bioquímica de Lehninger; Nelson e Cox, 6°ed, p.359. 5. NOMENCLATURA: • A representação Cx:y indica, respectivamente, em x= quantidade de carbonos; y= quantidade de insaturações. A representação delta indica o número (s) do carbono, contado a partir do carbono 1 – o do grupo carboxila -, em que a insaturação está. Exemplos: a. C15:3 → 15 carbonos e 3 insaturações. b. C18:1, delta 9 → Ácido Oleico. c. C18:2, delta 9, 12 → Ácido Linoleico. d. C18:3, delta 9, 12, 15 → Ácido Linolênico. • A nomenclatura que leva em consideração o carbono mais distante do carbono carboxílico é determinada para ácidos graxos do grupo Ômega. Após a nomenclatura padrão Cx:y, o Ômega indica a posição da insaturação no carbono a partir do Carbono W1 (b). • O carbono mais distante do grupo carboxila é o número 1 → Ômega. • Ômega 3 → insaturação entre o W3 e o W4; já o Ômega 6 tem insaturação entre o W6 e o W7. • Em quase todos os ácidos graxos que ocorrem naturalmente (insaturados), há a configuração cis, enquanto os trans são obtidos na fermentação no rúmen de animais leiteiros → formam os ácidos graxos voláteis. • Ácidos graxos insaturados são mais bem oxidados → mais espaço para o O2 agir. PROTEÍNAS AC. 9 Figura 4.1. Estrutura básica dos aa. Fonte: Princípios de Bioquímica de Lehninger; Nelson e Cox, 6°ed, p.76. • São as moléculas mais abundantes. • Forma como a genética se expressa. • São formadas por aminoácidos → aa. 1. AMINOÁCIDOS: • Resíduos de aa são unidos por ligação peptídica → proteínas. Resíduos → pois perderam água no processo → síntese por desidratação → grupo carboxila de um aa reage com o grupo amino do outro aa. • Aminoácidos compartilham características estruturais comuns. • Todos os 20 tipos de aa são alfa aa → grupo carboxila e grupo amino se ligam ao mesmo C → carbono alfa. • Os aa sediferenciam em suas cadeias laterais → R → variam em estrutura, tamanho, carga elétrica, que os influencia na solubilidade em água. • A Glicina é o aa mais simples, pois o R é um H. • O carbono alfa, exceto da glicina, forma um centro quiral em todos os aa. • No organismo, somente os aa levogiros – estereoisômeros L -, são biologicamente funcionais → aa dextrogiros são funcionais em bactérias. • Síntese de aa → a partir de outro aminoácido ou pela transferência de N para o esqueleto de carbono de um ácido carboxílico: mostrado no capítulo “Metabolismo de Compostos Nitrogenados”. • Aa não proteicos → não se associam para formar proteínas; exemplo: ornitina, que participa do Ciclo da Ureia. Nota: os monossacarídeos dextrogiros são funcionais, assim como os aa levogiros. • D-aa →em alguns peptídeos de paredes celulares de bactérias e certos antibióticos peptídicos. • As células são capazes de sintetizar especificamente estereoisômeros L → sítios ativos de enzimas são estereoespecíficos. 2. AA PODEM SER CLASSIFICADOS PELA CADEIA LATERAL R: • O grupo R/ cadeia lateral influencia na polaridade/ tendência em reagir/ interagir com a água em pH biológico (pH 7,0). • Grupo R varia → de apolar e hidrofóbico a polar e hidrofílico. • A glicina é o aa mais simples → R é um H → não tem grupo quiral. • Cistina, metionina e cisteína são os aa sulfurados, sendo a metionina o primeiro aa da síntese proteica → start códon. 3. AA PODEM AGIR COMO ÁCIDOS E BASES: • Os grupos COOH e NH2 e grupos ionizáveis da R de alguns aa funcionam como ácidos e bases fracas. • AA sem R ionizável dissolvido a pH neutro → íon dipolar → pode agir como ácido ou base fraca → substâncias anfotéricas → carga final zero. • Ponto Isoelétrico → representado graficamente, dá-se o ponto em que as cargas são equivalentes (meio neutro/ isoelétrico) → mesma quantidade de cargas → aa com NH3+ e COO-. Atenção: • Em pH neutro, os aa são dipolares, isto é, ambos os grupos estão ionizados e sua carga final será zero. • pH ácido →grupo amino se ioniza e carboxila, não. • pH básico → grupo carboxila se ioniza e o amino, não. • O estado de ionização varia com o pH. • Leva-se em consideração que R não é ionizável. PROTEÍNAS AC. 10 Figura 4.2. Conformação alfa: formato de hélice; (a) esquema, (b) vista superior. Fonte: Princípios de Bioquímica de Lehninger; Nelson e Cox, 6°ed, p.120. Figura 4.3. Conformação beta: folhas paralelas e antiparalelas. Fonte: Princípios de Bioquímica de Lehninger; Nelson e Cox, 6°ed, p.123. 4. TIPOS DE AA: • 20 tipos de cadeias laterais = 20 tipos de aa (proteicos0 → a diferença está no tamanho, forma, carga, capacidade de formar pH e reatividade química. • Podem ser naturais → produzidos pelo organismo, ou essenciais → não são sintetizados pelo organismo → adquiridos pela ingestão de alimentos. • Aa ácidos: aspartato e glutamato. • Aa básicos: lisina, histidina e arginina → arginina está envolvida no metabolismo de N e o Ciclo da Ureia → a arginina produzida no Ciclo é convertida em ureia e ornitina, um aminoácido não proteico. 5. PEPTÍDEOS SÃO CADEIAS DE AA: • 2 aa são ligados covalentemente por ligação peptídica → síntese por desidratação. • Peptídeo é uma sequência pequena de aminoácidos (aa). • Ligação do grupo alfa-amino e do grupo alfa- carboxila. • Uma unidade de aa em um peptídeo → resíduo, pois já perdeu água. • Cadeia peptídica é analisada da esquerda para a direita e possuem extremidades diferentes → extremidade amino, a aminoterminal ou N- terminal; extremidade carboxílica, carboxiterminal ou C-terminal. • Por convenção, inicia-se a análise a partir da extremidade N-terminal. • Pontes dissulfeto entre duas cisteínas = cistina; • A sequência de aa de uma proteína é importante → entender o mecanismo de ação. • CONFORMAÇÃO: é o arranjo tridimensional → a rigidez das ligações promove uma forma bem definida com liberdade de rotação = proteínas podem se enovelar de formas diferentes. 6. CADEIAS PEPTÍDICAS SE DOBRAM EM ESTRUTURAS REGULARES: 6.1 ALFA-HÉLICE: estrutura secundária de bastão firmemente enrolada → cadeia principal é a parte interna do bastão e laterais para fora → maximiza as ligações de hidrogênio internas. Conformação alfa = formato de hélice. 6.2 FOLHA BETA: estrutura secundária com cadeia quase toda distendida → conformação beta = formato de folha. PROTEÍNAS AC. 11 8. PROTEÍNAS CONJUGADAS: • A parte não aa de uma proteína conjugada é denominada grupo prostético → classifica a proteína conjugada: lipoproteína, glicoproteína e metaloproteína → possuem metais específicos; • O grupo prostético desempenha papel importante na função dessa proteína. 9. DESNATURAÇÃO E ENOVELAMENTO DAS PROTEÍNAS: • Mesmo após sua produção/ síntese, a proteína passa por estados de dobramento e de desdobramento. • Perda da estrutura tridimensional → causa a perda da função → chamada de desnaturação. • Na maioria das condições, as proteínas desnaturadas existem como um conjunto de estados parcialmente dobrados. • Formas de desnaturação: calor, álcool, detergente e pH extremo → altera a carga líquida da proteína → causa repulsão eletrostática graças a ionização das cadeias laterais e o rompimento de algumas ligações de H. 10. FUNÇÃO PROTEICA: • Ex de Funções: suporte, arquitetura e apoio; enzimas catalisadoras de reações metabólicas; sinalização entre células na forma de hormônios e citocinas; proteínas produzidas e secretadas pelo fígado: viscosidade e osmolaridade sanguínea → ex: albumina. • Proteínas são moléculas dinâmicas → funcionamento depende, quase invariavelmente, das ligações e interações com outras moléculas. • Ligante → molécula que interage de modo reversível com a proteína → qualquer tipo de molécula, inclusive outra proteína. • Sítio de ligação → região que o ligante interage na proteína → é complementar ao ligante no tamanho, forma, carga e caráter hidrofóbico ou hidrofílico → interação específica. • ENCAIXE INDUZIDO → é a mudança que ocorre na conformação da proteína para que ocorra o encaixe perfeito entre o ligante e o sítio de ligação. 10.1 INTERAÇÃO REVERSÍVEL DE UMA PROTEÍNA COM UM LIGANTE: PROTEÍNAS DE LIGAÇÃO AO OXIGÊNIO: • A mioglobina e a hemoglobina → ligam-se de modo reversível ao O2. • O O2 se liga ao grupo prostético heme. • O O2 é pouco solúvel em soluções aquosas → não é levado em grande quantidade no plasma sanguíneo para os tecidos. • A cadeia lateral dos aa não se liga ao O2 de modo reversível → depende de metais de transição como o cobre e o ferro. • O Fe para o transporte do oxigênio → encontra- se no grupo prostético heme. • O Fe não pode ser livre, pois promove a formação de espécies de O2 muito reativas → OH, por exemplo, que danificam o DNA. • Heme → estrutura orgânica em forma de anel → protoporfirina → um átomo de ferro é ligado a ele no estado ferroso. Os nitrogênios do anel de porfirina têm função de doar elétrons para o ferro, para que este não se oxide para a forma férrica. Somente o Fe no estado ferroso se liga ao O2 reversivelmente. Figura 4.4. Grupo heme: presente na mioglobina e na hemoglobina. Fonte: Princípios de Bioquímica de Lehninger; Nelson e Cox, 6°ed, p.158. • O grupo heme também é encontrado na cadeia de citocromos. • Quando o O2 se liga, as propriedades eletrônicas do ferro são alteradas → mudança da coloração do sangue venoso, que é pobre em O2 e roxo-escuro; e do sangue arterial, que é rico em O2 e vermelho-brilhante. • O monóxido de carbono é altamentetóxico → mais afinidade com o grupo heme que o O2, que é excluído. PROTEÍNAS AC. 12 10.2 GLOBINAS • Ampla família de proteínas → estruturas primárias e terciárias semelhantes. • A maioria atua no transporte e armazenamento de O2; entretanto, algumas tem papel de sensor de O2, NO e CO. • Mioglobina Monomérica: facilita a difusão de O2 no tecido muscular. • Mioglobina: particularmente abundante nos músculos de mamíferos marinhos → também exerce função de armazenamento de O2 em mergulhos prolongados. • Hemoglobina Tetramérica: transporta oxigênio na corrente sanguínea. • Neuroglobina Monomérica: expressa-se em neurônios e ajuda a proteger o cérebro da hipóxia → baixo nível de oxigênio; e da isquemia → restrição do suprimento de sangue. 10.3 A HEMOGLOBINA TRANSPORTA OXIGÊNIO NO SANGUE: • Quase todo o O2 do sangue está ligado à hemoglobina → nos eritrócitos; • Eritrócitos → células bicôncavas formadas a partir das células-tronco precursoras, os hemocitoblastos. • Maturação das células-tronco → células-filhas → perda do núcleo, mitocôndrias e retículo endoplasmático → eritrócitos, nos seres humanos, são programados para viver 120 dias. • A hemoglobina se encontra dissolvida no citosol. Atenção: • A mioglobina funciona bem como proteína de armazenamento de O2 → é relativamente insensível à mudança na [] de O2 dissolvido. • A hemoglobina é uma proteína tetramérica → 4 grupos prostéticos heme, cada um ligado a uma cadeia polipeptídica. 11. PROTEÍNA ALOSTÉRICA: • A interação de um ligante com seu sítio de ligação afeta as propriedades de ligação de outro sítio na mesma proteína → são proteínas que possuem mais de uma conformação. • As diferentes conformações são induzidas pela ligação com ligantes moduladores. • A hemoglobina é uma proteína que possui dois estados de conformação → estado R e estado T: 1. R: estado que o O2 tem maior afinidade de ligação; 2. T: estado que o O2 tem menor afinidade de ligação. • A hemoglobina se liga ao oxigênio de forma cooperativa: há transição entre os estados R e T para se tornar mais eficiente. • Proteínas que tem grande afinidade com o oxigênio, captam-no com maior facilidade nos pulmões → têm dificuldade de liberá-lo para os tecidos. • Proteínas que possuem maior facilidade para liberar o O2 para os tecidos → dificuldade de ligação na troca gasosa. • A ligação cooperativa da Hb ao O2 a permite ser funcional para se ligar ao O2 → estado R de maior afinidade → o aumento da [] de O2 faz mudar a conformação para o estado T, que possui menor afinidade e facilita a liberação para os tecidos. • Interação Homotrópica → quando o ligante e o modulador são os mesmos → caso do O2 na Hb. • Interação Heterotrópica → ligante e modulador são diferentes. 12. ANOTAÇÕES: • A actina e a miosina são as principais proteínas do músculo: a força contrátil muscular é gerada pela interação das duas proteínas, que são organizadas em filamentos que deslizam uns sobre os outros para realizar a contração → os filamentos grossos de miosina deslizam sobre os filamentos finos de actina. • Proteínas fibrosas são adaptadas a funções estruturais: alfa-queratina, colágeno e fibroína. São apolares e caracterizadas por filamentos intercruzados com aa de cadeias laterais → insolubilidade em água. • As estruturas terciárias são formadas por interações entre a própria proteína: interações hidrofóbicas, de hidrogênio, iônicas e pontes dissulfeto. ENZIMAS AC. 13 • Enzimas são catalisadores biológicos → proteínas altamente específicas. • Exceção para todas as enzimas serem proteínas → há um pequeno grupo de moléculas de RNA catalíticas. • A atividade catalítica depende da conformação nativa → enzima não pode ser dissociada ou desnaturada. • A enzima pode funcionar com a composição normal de suas subunidades ou depender de outros componentes da estrutura: 1. Cofator: como íons. 2. Coenzima: o componente é uma molécula → geralmente a molécula orgânica é uma vitamina. • Grupo prostético → coenzima ou cofator unido firmemente de forma covalente à enzima. • O cofator pode ser ligar à enzima ou formar um complexo cofator-substrato. • Lisozima → capaz de degradar a parede celular de bactérias. 1. COMO AS ENZIMAS FUNCIONAM: • Reações não catalisadas tendem a ser lentas; • Há catálise → digestão de alimentos, envio de impulsos nervosos e na contração muscular → sem catálise, não ocorreria a tempo. • Sítio Ativo → “bolsão” presente na enzima, onde ocorre a catálise → reação é confinada nesse bolsão. • Substrato → molécula que se liga ao sítio ativo, sobre a qual a enzima irá atuar; • Frequentemente, o sítio ativo engloba o substrato, removendo-o da solução. Importante: • O contorno do sítio ativo é delimitado por resíduos de aminoácidos com cadeias laterais que se ligam ao substrato → ligam-se/ interagem. • A função do catalisador é aumentar a velocidade das reações → diminui a energia de ativação → contorna a barreira energética de forma mais rápida. • Quanto maior a Ea, mais lenta é a reação; • A velocidade da reação pode ser aumentada com temperatura e pressão. • Enzima → acelera a Inter conversão de S a P. • A enzima não é gasta no processo e o equilíbrio não é afetado. • As enzimas diminuem a Ea/ energia de ativação utilizando a E de ligação → E de ligação fornece energia para a catálise → E de ligação promove a especificidade enzimática: capacidade de distinguir substrato de competidores. • Interação substrato-enzima → é a interação dos componentes orgânicos do sítio com os do substrato → a especificidade deriva da formação de muitas interações entre o substrato e a enzima. 2. GRUPOS CATALÍTICOS ESPECÍFICOS CONTRIBUEM PARA A CATÁLISE: • Catálise Geral Acidobásica: catalisadores acidobásicos utilizam apenas o H+ e o OH- da água → estabilizam o produto intermediário e há a formação do produto mais rapidamente → prótons são levados para o produto ou para seu intermediário. Água não é suficiente → catálise geral acidobásica: caso a água esteja pouco disponível no sítio ativo, pode haver a ionização das cadeias laterais de aa para uso dos prótons. • Catálise Covalente: há a formação de ligação covalente transitória entre a enzima e o substrato. • Catálise por Íons Metálicos: íons ligados fortemente à enzima (cofatores) ou tirados da solução → podem ajudar na catálise. 3. CONCENTRAÇÃO DO SUBSTRATO NA VELOCIDADE DAS REAÇÕES CATALISADAS POR ENZIMAS: • A [S] muda no decorrer da reação → há formação de produto; • A formação do complexo ES é rápida e reversível. • Quando maior a [S], mais rápido é o processo. 4. INIBIÇÃO REVERSÍVEL E IRREVERSÍVEL: • Inibidores são moléculas que interferem na catálise → diminui ou interrompe a ação das reações enzimáticas → estão entre os medicamentos mais importantes. • Exemplo: o acetilsalicilato é a base da aspirina → inibe a enzima que catalisa a primeira etapa de produção de prostaglandinas, que são envolvidas nos processos de dor etc. ENZIMAS AC. 14 4.1 REVERSÍVEL: 1. Competitivo: compete com o substrato pelo sítio ativo. À medida que o competidor ocupa o sítio, o substrato é impedido. O substrato e o competidor têm estrutura similar → o complexo EI não faz catálise. 2. Incompetitivo: liga-se a um sítio diferente do substrato → liga-se ao complexo ES. 3. Misto: liga-se no sítio ativo do substrato (competitivo) ou no complexo ES (incompetitivo). 4.2 IRREVERSÍVEL: • Ligam-se covalentemente com ou destroem um grupo funcional essencial à atividade enzimática, ou formam uma ligação não covalente estável. 1. Suicida: mantém-se inativo até se ligar ao sítio ativo da enzima: passapelas primeiras etapas de catálise e é transformado em um produto reativo → combina-se irreversivelmente à enzima. • O inibidor irreversível não pode fazer ligação covalente com um grupo funcional da enzima, e sim com um grupo funcional essencial à catálise. 5. A ATIVIDADE ENZIMÁTICA DEPENDE DO pH: • Enzimas possuem pH, ou faixa de pH, ótimo → atividade catalítica é máxima → atividade decresce em pH maior ou menor. • As cadeias laterais dos aa dos sítios ativos podem funcionar como ácidos ou bases fracos em funções críticas → fora do pH ótimo → que dependem da manutenção de certo estado de ionização. • O pH inadequado faz com que haja a ionização das cadeias laterais de aa para manter o estado de ionização do meio, que proporciona a mudança nas cargas e, consequentemente, a diferença na forma primitiva/ nativa da enzima → mudança estrutura/ tridimensional e no reconhecimento do substrato pelos grupos funcionais das cadeias laterais = problema na catálise. 6. ENZIMAS REGULATÓRIAS: • Influenciam a velocidade da sequência de reações de vias metabólicas → essas enzimas têm a atividade catalítica aumentada ou diminuída em resposta a certos sinais. • Os sinais geram ajustes na velocidade das reações catalisadas por enzimas regulatórias → afeta a velocidade de toda a sequência metabólica → permite que as células atendam às necessidades de energia e de biomoléculas necessárias. • Enzimas regulatórias têm Sítios Regulatórios/ Alostéricos → modulam a enzima de forma a reger seu funcionamento → sítios regulatórios são diferentes dos sítios ativos. 6.1 ENZIMAS REGULATÓRIAS SOFREM MUDANÇAS CONFORMACIONAIS EM RESPOSTA À LIGAÇÃO DE MODULADORES: • Proteínas alostéricas são aquelas que possuem mais de uma conformação, pois há mudança nas propriedades de ligação dos seus sítios de ligação devido à presença de moduladores. • O conceito de modulação das enzimas regulatórias pelos moduladores/sinais nos sítios regulatórios é o mesmo das proteínas alostéricas. • Os moduladores interagem com os sítios de regulação das enzimas de maneira a mudar sua conformação para estados mais ou menos ativos → alteram sua velocidade de catálise → alteram a velocidade da cadeia de reações da via metabólica. 7. OS GRUPOS FOSFORIL AFETAM A ESTRUTURA E A ATIVIDADE CATALÍTICA DAS ENZIMAS: • A adição do grupo fosforil à cadeia lateral de aa é feita pelas proteínas-cinases. • A adição do grupo fosforil agrega um grupo carregado volumoso a uma região da proteína que é apenas moderadamente polar → pode ter efeitos drásticos na conformação da enzima. • O grupo fosforil adicionado a uma cadeia lateral essencial à catálise → pode acarretar mudanças na estrutura tridimensional/ conformação enzimática→ prejudica a catálise. ENZIMAS AC. 15 • Adição de grupos polares → influência nas cargas → repulsão das cargas negativas nas cadeias laterais → mudança na conformação → afeta a ligação do substrato à enzima. • A fosforilação também pode afetar a catálise pela possibilidade de diminuir a afinidade da enzima ao substrato. 8. UMA CASCATA DE ZIMOGÊNIOS ATIVADOS PROTEOLITICAMENTE LEVA À COAGULAÇÃO DO SANGUE: • Zimogênio → precursor inativo que, quando hidrolisado, forma a enzima ativa. • Cascata → série de reações químicas em que as substâncias de uma reação são consumidas na reação seguinte. • Plaquetas → fragmentos celulares sem núcleo. • A quimiotripsina e tripsina são sintetizadas como quimiotripsinogênio e tripsinogênio, respectivamente → sofrem clivagem → há o aparecimento do sítio ativo. • A fibrina é derivada do fibrinogênio → terceiro tipo de proteína mais abundante no plasma sanguíneo. • O Coágulo Sanguíneo é um agregado de fragmentos celulares/ plaquetas em ligações cruzadas e estabilizadas por fibras proteicas → a fibrina é a principal. • Após a ligação cruzada entre plaquetas, há a formação de um coágulo frouxo, ou seja, sem a fibrina e outras fibras proteicas para estabilizá-lo. Processo: • A coagulação sanguínea se inicia com a ativação das plaquetas presentes no local da lesão → graças ao dano tecidual, o colágeno abaixo da camada epitelial do vaso sanguíneo fica à mostra → a ativação da plaqueta é desencadeada pela interação com esse colágeno. • As plaquetas ativadas liberam sinais que ativam as outras plaquetas. • As plaquetas ativadas se agregam ao local da lesão → formação do coágulo frouxo → estabilização necessita da fibrina gerada pela cascata de coagulação. • A trombina é a protease responsável pela ativação da fibrina → cascata de coagulação é para a formação da fibrina. • A cascata de coagulação é uma regulação enzimática por clivagem proteolítica → mecanismo de ativação ou inativação de enzimas → ativação da trombina para formação da fibrina. 9. ANOTAÇÕES: • Km: constante de Michaelis → medida experimentalmente; representa a afinidade da enzima pelo substrato no complexo ES; • Comparação do Km das enzimas hexocinase e glicocinase: 1. Hexocinase: enzima responsável pela catálise da glicose a glicose-6-fosfato → fosforila a glicose para a via glicolítica/ produção de energia. Sua função para essa via é propícia devido à sua afinidade com o substrato; 2. Glicocinase: enzima responsável pela fosforilação da glicose a glicose-6-fosfato – mesmo produto da hexocinase -, porém para a via de produção de glicogênio. Possui maior Km que a hexocinase e, portanto, menor afinidade com o substrato → produção de reserva energética. NUCLEOTÍDEOS E ÁCIDOS NUCLEICOS AC. 16 • O DNA armazena informações para síntese de proteínas por meio da codificação de RNA’s e, por consequência, a produção de enzimas. • Metabolismo do DNA: replicação semiconservativa, reparo e recombinação. • A tolerância biológica a alterações na sequência de DNA é muito baixa. • Alterações no DNA → consequências hereditárias. • Muitas das descobertas do DNA foram obtidas pela análise do material genético da Escherichia coli → enzimas bem conhecidas. 1. NUCLEOTÍDEOS E ÁCIDOS NUCLEICOS TÊM PENTOSES E BASES CARACTERÍSTICAS: • Todo nucleotídeo é formado por: uma base nitrogenada, um açúcar/pentose e um ou mais grupos fosfato. • Nucleosídeo → quando o nucleotídeo não tem grupo fosfato. • As pentoses e bases nitrogenadas dos nucleotídeos comuns são heterocíclicos. • A base é ligada covalentemente ao carbono 1’ da pentose por ligação N-beta-glicosídica; a pentose é esterificada no carbono 5’. • Bases Púricas: adenina e guanina. • Bases Pirimídicas: citosina, timina e uracila; • No RNA, a uracila substitui a timina. • Nos nucleotídeos, ambas as bases – D- desoxirribose no DNA e D-ribose no RNA – estão na forma de beta-furanose (ou seja, sofreram ciclização e estão na forma de anômero beta). • É a pentose que define o nucleotídeo. Figura 6.1. Estrutura das bases nitrogenadas. Fonte: Princípios de Bioquímica de Lehninger; Nelson e Cox, 6° ed., p. 282. • É possível encontrar formas secundárias dos nucleotídeos tanto no DNA quanto no RNA → em alguns DNA’s virais: algumas formas podem ser hidroximetiladas ou glicosiladas → essas formas raras no DNA podem ter função regulatória e de proteção de informação genética. 2. LIGAÇÕES FOSFODIÉSTER LIGAM NUCLEOTÍDEOS CONSECUTIVOS DOS Á. NUCLEICOS: • Ligação fosfodiéster: pontos de grupos fosfato → o grupo 5’-fosfato de um nucleotídeo se liga ao grupo 3’-hidroxila de outro nucleotídeo → no RNA e no DNA. • O esqueleto do DNA e do RNA são hidrofílicos → hidroxilas das pentoses interagem com a H2O. • Em pH 7, os grupos fosfatos estão completamente ionizados → carga negativa → neutralizados por cargas positivas de resíduos de aa, grupos metálicos e poliaminas. • Esqueleto doDNA e do RNA → sujeitos à hidrólise lenta e não enzimática das ligações fosfodiéster. 3. ESTRUTURA DOS ÁCIDOS NUCLEICOS: • Duas fitas → formato de dupla-hélice; • As cadeias de DNA são antiparalelas → as ligações fosfodiéster 3’,5’ seguem em sentidos opostos. • As fitas de DNA são complementares entre si → o nucleotídeo de uma fita se liga ao nucleotídeo complementar da outra fita por meio de ligações de hidrogênio. • Adenina faz duas l. de H com a timina, enquanto a citosina faz três l.de H com a guanina. • Replicação do DNA → rompimento da dupla- hélice e síntese de uma fita complementar para cada uma das anteriores → replicação semiconservativa. • Cada cadeia preexistente funciona como molde para a síntese da cadeia complementar. 4. RNA’S MENSAGEIROS CODIFICAM PARA CADEIAS POLIPEPTÍDICAS: • Na expressão gênica, o RNA atua como intermediário → codificado a partir do DNA → NUCLEOTÍDEOS E ÁCIDOS NUCLEICOS AC. 17 Figura 6.2. Representação da complementaridade entre nucleotídeos que compõem a dupla-hélice do DNA. Fonte: Princípios de Bioquímica de Lehninger; Nelson e Cox, 6°ed, p.287. Figura 6.3. Desnaturação reversível e renaturação do DNA. Fonte: Princípios de Bioquímica de Lehninger; Nelson e Cox, 6°ed, p.297. utiliza essa informação para especificar a sequência de aa da proteína funcional. • Síntese proteica ocorre nos ribossomos do citoplasma ou nos ribossomos do RER → RNAm é responsável por levar informação → intermediário entre o DNA (núcleo) e o ribossomo. • Transcrição → processo de formação do RNAm a partir de um molde do DNA. • Cada aa é codificado por três nucleotídeos → trinca de nucleotídeos → códons no RNAm. 5. MUITOS RNA’S TÊM ESTRUTURAS TRIDIMENSIONAIS MAIS COMPLEXAS: • RNAt → adaptados à síntese proteica. Ligam- se covalentemente a um aa em uma extremidade → pareia-se com um RNAm na posição correta para que o aa seja inserido na cadeia polipeptídica enquanto sintetizada pelo ribossomo. O RNAt é codificado por anticódons. • RNAr → presente no nucléolo – no interior do núcleo -, é responsável pela produção de ribossomos. • O RNA é codificado em uma única fita, sendo que não possui a pirimidina timina, que é substituída pela uracila. • Ribozimas → moléculas de RNA com função enzimática/ atividade catalítica. • Há possibilidade de pareamento entre duas fitas únicas de RNA → complementares, assim como o DNA → adenina se une com uracila, enquanto citosina se liga à guanina → esse pareamento é antiparalelo, assim como o DNA. 6. DNA E RNA DUPLA-HÉLICES PODEM SER DESNATURADOS: • Temperaturas acima de 80°C ou em pH extremos → diminuição da viscosidade do DNA →indicativo de mudança física. • Calor e pH desnaturam proteínas globulares, podem causar a desnaturação ou a fusão da dupla-hélice do DNA. • Há o rompimento das ligações de hidrogênio entre as bases nitrogenadas complementares leva à formação de duas fitas simples e desenroladas → as ligações covalentes do DNA não são rompidas (ligações fosfodiéster/ 3’5’). • Quando há a desnaturação parcial (o não rompimento de todas as l. de H), há a possibilidade do DNA se restaurar em um processo rápido e único → as fitas parcialmente desnaturadas se pareiam e, assim, formam o duplex intacto. • Caso ocorra a desnaturação completa, o processo de restauração é de duas etapas: a primeira, que consiste no encontro das duas fitas por colisões aleatórias e união de parte complementar; e a segunda, que é o pareamento e restauração do duplex intacto, etapa mais rápida que a primeira. • Cada espécie de DNA apresenta uma temperatura de desnaturação característica; • Quanto maior a quantidade de pareamento de bases A=T, menor será a T de desnaturação → adenina tem duas ligações de hidrogênio com a timina, enquanto a guanina faz três com a citosina. NUCLEOTÍDEOS E ÁCIDOS NUCLEICOS AC. 18 7. NUCLEOTÍDEOS E Á. NUCLEICOS SOFREM TRANSFORMAÇÕES NÃO ENZIMÁTICAS: • Purinas e pirimidinas, juntamente com os nucleotídeos que os compõem, sofrem alterações espontâneas na sua estrutura covalente. • Mutações →são alterações na estrutura do DNA, que geram mudanças permanentes na informação genética codificada. • Análise: processo de envelhecimento e carcinogênese – processo de formação do câncer – estão ligados ao acúmulo de mutações individuais. • Exemplo: perda do grupo amino exocíclico (desaminação) das bases nitrogenadas. • A desaminação da citosina produz uracila (reconhecido como estranho pelo DNA) → removido pelo sistema de reparo. • A produção de uracila pela citosina, que resulta em sua remoção pelo sistema de reparo, explica o porquê da presença de timina, ao invés de uracila como no RNA → caso tivesse uracila, a identificação da mutação de citosina a uracila se tornaria mais difícil e lenta, portanto, promoveria maior eficiência nos processos de mutação. • Com menor eficiência na remoção da uracila, na replicação haveria maior taxa de pareamento de adenina com a uracila, que antes era citosina → diminuição do pareamento citosina/ guanina = perda do código genético através da escala evolutiva. • Outra reação é a hidrólise da ligação 2’-N- glicosídica, que promove lesão no DNA. • Alterações produzidas pela radiação UV, por exemplo → luz UV induz a condensação de etilenos para formar o anel ciclobutano → formação de dímeros de pirimidina. • Ácido nitroso (HNO2) → formado a partir de precursores orgânicos, como nitrosaminas, e sais de nitrito e nitrato, que são usados como conservantes de alimentos para retardar o crescimento de bactérias que produzem toxinas → é um agente que acelera o processo de desaminação. • A fonte de maior alteração mutagênica no DNA é o dano oxidativo, causado por agentes reativos do oxigênio → radicais hidroxila, peróxido de hidrogênio, e radicais peróxido. 8. OUTRAS FUNÇÕES DOS NUCLEOTÍDEOS: • Carreadores de Energia → o grupo fosfato de um ribonucleotídeo pode ter um ou dois fosfatos adicionais ligados. Há formação de moléculas conhecidas como nucleosídeos mono, di ou tri fosfatos. • O rompimento da estrutura trifosfato é responsável pela liberação de energia química utilizada pelos organismos. • O ATP, adenosina-5’-trifosfato é o mais comum, mas há outros como UTP, GTP, CTP. • Observação: são oriundos de ribonucleotídeo → formador do RNA → ausência de timina → não houve citação de alguma molécula com timina para ser carreador de energia. Figura 6.4. Nucleosídeos fosfato. Fonte: Princípios de Bioquímica de Lehninger; Nelson e Cox, 6°ed, p.306. • Nucleotídeos de adenina são componentes de muitos cofatores enzimáticos → em nenhum dos cofatores a adenosina participa diretamente da função principal, porém sua remoção resulta na redução drástica na atividade do cofator. • Moléculas Reguladoras → a interação dos primeiros mensageiros com a superfície das células (hormônios e agentes externos) levam à produção de segundos mensageiros → produzidos no interior da célula → geralmente são nucleotídeos → responsável por sinalizar e conduzir a adaptação solicitada no interior da célula → regulação dos processos biológicos. GLICÓLISE AC. 19 • Osmolaridade citosólica é relativamente baixa no armazenamento de hexose → forma de amido (plantas) e glicogênio (animais). • A glicose tem 4 destinos principais em animais vasculares: síntese de polissacarídeos complexos direcionados ao espaço extracelular; armazenamento nas células; ser oxidada a compostos de 3 átomos de carbono (piruvato) por meio da glicólise, para fornecer ATP e intermediários metabólicos; ser oxidada pela via das pentoses-fosfato e formação deribose-5-fosfato. • Gliconeogênese → reverte a glicólise em uma via com enzimas glicolíticas. 1. GLICÓLISE: • Uma molécula de glicose é catalisada por enzimas e forma 2 compostos de 3 carbonos, o piruvato. • Durante as reações sequenciais, a energia livre da glicose é armazenada na forma de ATP e NADH. NAD é uma coenzima. • A quebra glicolítica da glicose é a única fonte de energia para algumas células e tecidos, como: os eritrócitos, o esperma, a medula renal e o cérebro. • Fermentação: termo geral dado à degradação anaeróbica da glicose → energia conservada na forma de ATP. Tanto a glicólise quanto a fermentação representam processos de degradação parcial da glicose. • A glicólise é dividida em 2 fases: a fase preparatória e a fase de pagamento. • A Fase Preparatória (1) consiste em: fosforilação da glicose (com presença da hexocinase) a glicose-6-fosfato, em que o doador de grupo fosforil é o ATP; a glicose-6- fosfato é convertida a frutose-6-fosfato. Ao todo, são duas reações de fosforilação, em que ambas têm o ATP como doador de grupo fosforil. O produto é duas moléculas de gliceraldeído-3-fosfato. • A Fase de Pagamento (2) consiste em: há a oxidação e fosforilação do produto da fase 1 em dois piruvatos; logo após, há a primeira reação formadora de ATP (2) e, por fim, a segunda reação formadora de ATP (2). • Na fase preparatória, são consumidos 2 ATPs (doadores de grupo fosforil); são produzidos 4 ATPs na fase de pagamento, que promove o rendimento de 2 ATPs por molécula de glicose passada pela glicólise. • A fosforilação da fase de pagamento é feita por fosfato inorgânico, e não por ATP. • Há conservação de energia pela formação de duas moléculas de transportadores de elétrons NADH por molécula de glicose. • Destinos do Piruvato: 1. A glicólise e formação dos dois piruvatos podem ser a primeira etapa da degradação completa da glicose (células e tecidos em condições aeróbicas); o piruvato é oxidado (perde o grupo carboxil -CO2) e gera o grupo acetil da acetil-coenzima A. O grupo acetil é completamente oxidado a CO2 no ciclo do ácido cítrico. Os elétrons produzidos nessa etapa são transferidos ao O2 e formam H2O, sendo que a energia liberada nas reações de transferência de elétrons impulsiona a síntese de ATP na mitocôndria; A presença de oxigênio é necessária para a oxidação do piruvato, pois, assim, o NADH pode ser reoxidado a NAD+. 2. Pode ser reduzido a lactato. Quando o músculo esquelético contrai em baixa pressão de oxigênio (hipóxia), o NADH não consegue ser reoxidado a NAD+, portanto o piruvato não consegue ser oxidado a acetil (atrapalha o ciclo de produção de ATP). Dessa forma, o piruvato é reduzido a lactato pelo H+ do NADH, então o NADH é restaurado a NAD+ e a glicólise pode continuar. Os eritrócitos convertem o piruvato a lactato mesmo em condições aeróbicas (glicólise é a única forma de aquisição de ATP). 3. Produção de etanol pela fermentação alcoólica em certos tecidos vegetais, invertebrados, protistas e fungos (leveduras) em condições anaeróbicas ou de hipóxia. 1.1 A FASE PREPARATÓRIA DA GLICÓLISE REQUER ATP: • Há o uso de 2 moléculas de ATP para fosforilação, hexocinase I, e a clivagem da glicose a duas trioses-fosfato (gliceraldeído-3- fosfato). • A primeira fosforilação forma glicose-6-fosfato; etapa irreversível e catalisada pela hexocinase. • As cinases são enzimas responsáveis por catalisar a transferência de grupos fosforil terminais de ATP a aceptores nucleofílicos. GLICÓLISE AC. 20 • A hexocinase, em alguns tecidos, pode catalisar a D-frutose e a D-manose. • Durante a etapa glicolítica, a hexocinase sofre grande mudança conformacional → Ajuste Induzido. • Durante a etapa glicolítica, a hexocinase sofre mudança conformacional → Ajuste Induzido. • Sobre a Hexocinase: requer cátion magnésio para seu funcionamento; o genoma humano codifica 4 tipos de hexocinase (I a IV). Duas enzimas com mesma função catalítica provenientes de genes diferentes são chamadas de isoenzimas → uma das isoenzimas é a hexocinase IV, também chamada de glicocinase, que está presente nos hepatócitos, e difere das outras em relação à sua cinética e propriedades regulatórias. A glicocinase catalisa a glicose a glicose-6- fosfato para a via de síntese de glicogênio, tendo em vista sua diferença de Km. • O grupo Pi, na fosforilação da glicose, aumenta sua reatividade → ativação para as próximas etapas. • A Fosfo-hexose-isomerase catalisa reversivelmente a glicose-6-fosfato a frutose-6- fosfato. • A PFK-1 (fosfofrutocinase-1) converte IRREVERSIVELMENTE a frutose-6-fosfato a frutose-1,6-bifosfato. Essa é uma etapa comprometida da glicólise: a glicose-6-fosfato e a frutose-6-fosfato poderiam ser utilizadas em outras vias, porém a frutose-1,6-bifosfato é utilizada somente na glicólise. • Há a clivagem da frutose-1,6-bifosfato pela enzima aldolase → forma uma aldose (gliceraldeído-3-fosfato) e uma cetose (di- hidroxicetona-fosfato). • A di-hidroxicetona é convertida a gliceraldeído- 3-fosfato pela triose-fosfato isomerase. 1.2 A FASE DE PAGAMENTO DA GLICÓLISE PRODUZ ATP E NADH: • Há fosforilação conservativa de energia → o grupo fosfato que fosforizará provém de fosfato inorgânico, e não do ATP. A energia será conservada em ATP e NADH. • A conversão de dois gliceraldeído-3-fosfato a piruvato forma 4 ATPs. • O gliceraldeído-3-fosfato é oxidado e fosforizado por fosfato inorgânico e catalisado pela enzima gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase; há a liberação de 2 NADH e 2 ATPs. • O gliceraldeído-3-fosfato é convertido a 3- fosfoglicerato que, em seguintes reações, será convertido a piruvato e a formação de mais 2 ATPs. • Cada piruvato provém de um fosfoenolpiruvato, que é catalisado pela enzima piruvato-cinase. • Em condições aeróbicas, o NADH é reoxidado na cadeia de transportadores de elétrons da mitocôndria a NAD+, enquanto corrobora para a formação de H2O na mitocôndria. • O NAD+ está em pequena quantidade nas células; é uma coenzima derivada da vitamina niacina. 2. VIAS ALIMENTADORAS DA GLICÓLISE: • Polissacarídeos e dissacarídeos são hidrolisados a monossacarídeos. • O amido é a principal fonte de energia da dieta → digestão começa na boca pela alfa-amilase salivar, que quebra o amido em oligossacarídeos. A alfa-amilase salivar é inativada no estômago pelo baixo pH. No intestino delgado, a quebra continua por uma nova alfa-amilase, que é secretada pelo pâncreas. • A glicose entra na célula pelo seguinte mecanismo: a insulina liberada pelo pâncreas ativa os receptores de insula da membrana plasmática das células → ativam o GLUT4, que se funde à membrana plasmática → glicose transportada para o meio intracelular → hexocinase I e a via glicolítica. • Os GLUT (1 a 4) são transportadores de glicose. Os GLUT 1 e 2 estão presentes nos hepatócitos; o 3 está nos neurônios cerebrais, e o 4 no tecido muscular esquelético, no tecido adiposo e no tecido cardíaco. • Após a ação da alfa-amilase pancreática, enzimas do epitélio intestinal em forma de escova (microvilosidades das células epiteliais do intestino, que aumentam muito a superfície de contato intestinal) continuam a catálise a quebra dos compostos até a formação de glicose. GLICÓLISE AC. 21 3. DESTINOS DO PIRUVATO EM CONDIÇÕES ANAERÓBICAS: FERMENTAÇÃO • Em condições aeróbicas, os piruvatos provenientes da glicólise são oxidados pela perda de CO2 e convertidos a acetato (acetil- Co A) que, no ciclo do ácido cítrico, será convertido a CO2 e H2O, além da produção de elétrons na cadeia respiratória. Os NADH produzidos pela desidrogenase do gliceraldeído-3-fosfato a 3-fosfoglicerato serão
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