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AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA: Avaliação Fisioterapêutica Avaliação Física História Clínica e Anamnese Já ouviu alguém reclamar que foi a uma consulta médica ou realizar algum serviço e que foi mal atendido e que nem conseguiu explicar? Isso não deve acontecer!!! Atenção: SEJA EDUCADO! NAÕ DÊ SUGESTÕES! NÃO USE CELULAR! NÃO DEIXE O ACOMPANHANTE FALAR PELO PACIENTE! VEJA O TEMPO DA CONSULTA E DIRECIONE DE FORMA CORDIAL! “ O QUE MAIS O INCOMODA?” O QUE TE TROUXE AQUI HOJE?” OU “COMO POSSO TE AJUDAR?”SEMPRE QUE POSSÍVEL DEVE SER ESCRITA COM AS PALAVRAS DO PACIENTE! É a É a parte mais importante da anamnese e a mais difícil da propedêutica que o fisioterapeuta aprende e aperfeiçoa durante toda a sua vida profissional. A HDA deve ser descrita cronologicamente. Quando a doença iniciou? Que tratamento buscou? Realizou algum? A clássica tríade: Quando, como e onde isto é quando começou, onde começou e como começou. Em caso de dor, deve-se caracterizá-la por completo. CHEGOU A HORA DE USAR OS TERMOS TÉCNICOS QUE VOCÊ APRENDEU! Doenças não resolvidas! • Dispneia, angina (dor na região do braço e tórax superior esquerdo que é relacionada ao infarto agudo do miocárdio), presença de palpitações e fadiga. Sintomas cardíacos: • Dor, limitação de movimentos, fraqueza, dificuldade em realizar movimentos e instabilidade. Sintomas ortopédicos: • Equilíbrio, coordenação, vertigem. Sintomas neurológicos: • Dispneia, fadiga e capacidade de realizar atividades no dia a dia. Sintomas respiratórios: Doenças resolvidas, doenças da infância, cirurgias! Mãe, pai, avós, irmãos.... MUITAS doenças têm uma importante carga genética associada, ou seja, hereditariedade, por isso a importância. Sogros e cunhados NÃO SÃO PARENTES!!! DISLIPDEMIAS OBESIDADE ESTRESSE FATORES DE RISCO: EXAME FÍSICO: “Após a realização da coleta da história clínica e anamnese, você estará contextualizado com o caso para então direcionar a avaliação, a fim de descobrir quais sinais o corpo apresenta, isso o auxiliará a entender as causas de uma alteração relatada pelo paciente e/ou as alterações causadas por uma lesão ou doença”. Inspeção Palpação Testes Especiais Escalas Sinais Vitais: Temperatura: º C FC: bpm FR: irpm PA: mmHg SpO2 SINAIS VITAIS: Tº = 36,1º a 37,2º C ( hipo < 35º ou hipertermia > 37,8º C) FC = 60 a 100 bpm ( <bradi ou taquicardia>) FR = 12 a 20 rpm (<bradi ou taquipneia>) PA = ≤120 e ≤ 80 mmHg ( hipotenso ou hipertenso) SpO2 > 95% ALTERAÇÕES DA PRESSÃO ARTERIAL: Hipotensão: pode ser causada pela falta de força de contração do coração, podendo levar a casos de síncope. Hipertensão: aumento da pressão arterial pode ser causado por um aumento da resistência vascular e exigir o aumento do trabalho cardíaco. TIPO DE TÓRAX: Tonel (ou globoso) = tórax adota uma posição inspiratória constante decorrente da hiperinsuflação; Pectus carinato (em quilha ou peito de pombo) = caracteriza-se por uma protrusão acentuada do osso esterno, juntamente com as cartilagens costais (pode ser adquirido ou congênito); Pectus escavado = é oposto ao tórax em peito de pombo, apresenta uma depressão, na qual os arcos costais anteriores se projetam mais anteriormente que o próprio esterno. Cifoescoliótico = em consequência a uma alteração postural. TIPO DE TÓRAX: Observar a movimentação torácica: Diafragmático ou abdominal; Costal ou apical; Misto; Paradoxal PADRÃO MUSCULAR RESPIRATÓRIO OU VENTILATÓRIO OU TIPO RESPIRATÓRIO: Observar diretamente a mobilidade do tórax ou fita métrica: Simétrica ou assimétrica; Amplitude (superficial, profunda ou normal); Presença da utilização (ou não) da musculatura respiratória acessória. EXPANSIBILIDADE TORÁCICA: RITMO RESPIRATÓRIO IRREGULAR TOSSE: Fases inspiratória, compressiva, expiratória e relaxamento. Quanto maior a fase inspiratória, maior será a eficácia da tosse. Inspiração profunda permite um maior volume torácico e dilatação dos brônquios, o que torna mais eficiente a segunda fase. Técnicas Desobstrutivas ( aumenta VI e acelera FE) TOSSE: Improdutiva ? Eficaz? Viscosidade? Odor? Quantidade? Coloração? Frêmito Brônquico: Ausente = sem secreção respiratória = fisiológico Presente = hipersecretivo= patológico Percussão: Som Claro pulmonar Som Maciço Som HiperTimpânico Som normal: som pulmonar claro; Som maciço: é curto e seco e evidencia a presença de algo que não seja ar na região em que aparece. Hipertimpânico (semelhante ao som claro pulmonar porém em maior intensidade) evidência clínica de aprisionamento de ar na caixa torácica. PERCUSSÃO TORÁCICA: Ausculta Cardíaca: 1ª Bulha: fechamento das válvulas mitral e tricúspide, corresponde ao som TUM; 2ª Bulha: fechamento das válvulas aórtica e pulmonar, corresponde ao som TÁ; 3ª Bulha: disfunção de ventrículo ou sobrecarga de miocárdio; 4ª Bulha: hipertrofia ventricular, estenose aórtica e doença isquêmica. FOCOS AUSCULTATÓRIOS: Focos auscultatórios: - Aórtico (2º EICD) - Pulmonar (2º EICE) - Tricúspide (Base do apêndice xifoide, à E) - Mitral (5º EICE) Sons: Normal (normofonético) Reduzida (hipofonético). Ex: ICC e estenose aórtica Aumentada (hiperfonético) Ex: Est. Mitral Presença ou não de alteração no ritmo cardíaco. Na AC: bulhas ???? 2BNFs, sem ou com arritmia. COMO INTERPRETAR? AUSCULTA PULMONAR: MURMÚRIO VESICULAR AUSCULTA PULMONAR: Na AP: MV (+) ou Diminuído em AHTx, sem ruídos adventícios ou com ruídos adventícios. CIANOSE: Central Periférica EDEMA: NÃO? SIM? CACIFO? (SINAL DE GODET) AO PRESSIONAR A REGIÃO DOS MEMBROS INFERIORES POR, PELO MENOS, CINCO SEGUNDOS. Cacifo Presente ou Ausente? Classificação: Grau 1(2mm), 2(4mm), 3(6mm) a 4(8mm). Local: Uni ou Bilateral? Ambulatório ou Hospital. CIRTOMETRIA: TESTE DO DEGRAU DE 4’ E 6’ TESTE DO DEGRAU: 4’ E 6’ 1 degrau, 20 cm de altura, Registo do número de degraus em 4’ e 6’, Ex.: sobe com a MID e depois MIE, desce com o MID e depois MIE; Verificar os SSVV antes e após o teste: FC, FR, PA, SPO2, Dispneia (escala de Borg); TESTE DE SENTAR E LEVANTAR: Cadeira sem apoio; Fixa; 90º de flexão de quadril, joelho e tornozelo. DPOC Fibrose Cística RCV Fases II e III PEAK FLOW: PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO PREVISTO: PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO PREVISTO: GRAU DE OBSTRUÇÃO ATRAVÉS DO PFE: Grave: 40% ou menor que o valor da tabela (preditivo); Moderada: 41 – 60% do valor da tabela (preditivo); Leve: 61% ou maior que o valor da tabela (preditivo); Ausência de obstrução: iguais ou superiores a 80% do valor da tabela (preditivo). INTERPRETAÇÃO: Quando a Pimáx ou Pemáx do paciente está abaixo de 80% do valor da Pimáx e Pemáx Previstas (considerado fraqueza muscular); Pimáx < 60 cmH20. Treinamento Muscular Inspiratório: 30% a 60% da Pimáx (intensidade leve a moderada). PIMÁX E PEMÁX PREVISTAS: 4 a 20 cmH2O -7 a -41 cmH2O IMC = Peso Altura x Altura RELAÇÃO CINTURA E QUADRIL: TESTE DE 1 REPETIÇÃO MÁXIMA: Para um paciente que teve um resultado de 15 kg de força máxima para flexores de cotovelo, uma maneira de se iniciar o treinamento de força muscular é utilizar 60% valor obtido no teste, 9kg nesse caso, e orientar a realização de 3 séries de 12 repetições 3 vezes por semana. Os incrementos devem ser feitos a cada semana e podem variar de 5 a 10%, desde que o paciente consiga realizar os movimentos sem compensações. TESTE DE CAMINHADA DESEIS MINUTOS: INDICAÇÕES DO TC6M : Comparações pré e pós-tratamento. Medida da capacidade funcional. Para diagnosticar hospitalização e morte. Objetivo: CAMINHAR!!!!! TESTE DE CAMINHADA DE 6’: Procedimentos: Corredor de 30 m ou esteira ergométrica, Marcar a cada 1 m, Colocar os cones no local de retorno, A repetição do teste deve ser feita no mesmo horário do dia, Não realizar aquecimento antes, Velocidade é determinada pelo paciente. Avaliar: FC, FR, SpO2, PA ( ANTES, DURANTE e APÓS). TESTE DE CAMINHADA DE 6’: A equação abaixo determina o nível de distância da caminhada prevista para o TC6’ a ser realizado pelo paciente: H e M : distância TC6M (m) 13 a 84 anos= 622,461 – (1,846 x idade) + (61,503 x Gênero) ; H = 1 e M = 0 TESTE DE CAMINHADA DE 6’: Soares e Pereira (2011), descreveram a equação para ambos os gêneros: DPTC6 = 511 + (altura2 × 0,0066) – (idade2 × 0,030) – (IMC2 × 0,068). Deve-se considerar a altura em centímetros, a idade em anos e o IMC (índice de massa corporal, representada pelo peso dividido pela altura ao quadrado) em kg/m2. TESTE DE CAMINHADA DE 6’: INTERPRETAÇÃO > 80% Capacidade Funcional Preservada. < 80% Capacidade Funcional Comprometida VAMOS PRATICAR? Ex: Joice, uma senhora de 52 anos, 1,62 m, 67 kg, com diagnóstico de DPOC moderada há três anos. TC6= 558m Joao Francisco, um senhor de 89 anos, 1,86 m, 75 kg, DPOC há 15 aos. TC6= 470m TESTE DE CAMINHADA DE 6’: IMC= PESO/ALTURA2 DPTC6 = 511 + (altura2 × 0,0066) – (idade2 × 0,030) – (IMC2 × 0,068) 511 + (26244x0,0066) – ( 2704 x 0,030) – (653 x 0,068) 511 + 173,21 – 81,12 – 44,4 558 ~559m No teste a paciente alcançou 400m. Apresenta limitação funcional? Sim 559 ---------------- 100% 400 ---------------- X% X= 71% Joice, uma senhora de 52 anos, 1,62 m, 67 kg, com diagnóstico de DPOC moderada há três anos. TC6= 559m TESTE DE CAMINHADA DE 6’: IMC= PESO/ALTURA2 Joao Francisco, um senhor de 89 anos, 1,86 m, 75 kg, DPOC há 15 aos. TC6= 470m DPTC6 = 511 + (altura2 × 0,0066) – (idade2 × 0,030) – (IMC2 × 0,068) 511 + (34596 X 0,0066) – ( 7921 X 0,030) – ( 472,95X0,068) 511 + 228,33 – 237,63- 32,1 = ~ 470M No teste O paciente alcançou 420m. Apresenta limitação funcional?Não 470 ---------------- 100% 420 ---------------- X% X= 89% TESTE DE CAMINHADA DE 6’: INTERPRETAÇÃO A partir do cálculo da distância caminhada através dessas equações obtém-se então os níveis de caminhada: Nível 1 < 300m; Nível 2, entre 300 e 375m; Nível 3, entre 376 e 450m; Nível 4 > 450m. (Oliveira Júnior; Guimarães e Barreto, 2005) TESTE DE DESLOCAMENTO BIDIRECIONAL PROGRESSIVO (SHUTTLE WALK TEST): O SWT apresenta 12 estágios com um minuto de duração cada, velocidade inicial de 0,5 metros/segundo (m/s), sendo a cada minuto acrescentado 0,17 m/s (equivalente a 10 metros/minuto). Pista de 10m. TESTE DE DESLOCAMENTO BIDIRECIONAL PROGRESSIVO (SHUTTLE WALK TEST): TESTE DE DESLOCAMENTO BIDIRECIONAL PROGRESSIVO (SHUTTLE WALK TEST): O TC6’ avalia também o consumo máximo de oxigênio VO2 Pico VO2 = 0,03x distância (m) + 3,98. Duplo Produto: PAS x FC 100 A medida da cintura é realizada dois dedos acima da prega umbilical ou na região umbilical. JARDIM et al. 2007. CÁLCULOS DA FCT OU ALVO: FCrepouso= medida após 5’ de repouso deitado. Fcmáx= 220-Idade. FCT= FCrep + 60 a 80% x( FCM- FCrep) condicionados; FCT= FCrep + 50 a 70% x( FCM- FCrep) sedentários. Margem de abrangência (desvio padrão)+ ou -: 10 até 25 anos . A partir de 25 permite-se uma abrangência maior de + ou - 12. Exemplo: FCM =200, abrangência de 210 limite superior e 190 limite inferior . Conclusão= FCM pode oscilar de 190 a 210 Dosagem de Betabloqueador mg Redução Percentual da FC 10 11 25 12 40 14 50 15 80 18 100 20 120 22 150 25 160 26 ATENÇÃO ESPECIAL PARA OS PACIENTES QUE FAZEM USO DE BETABLOQUEADOR: TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO: 50MIN IMPORTANTÍSSIMO!!! Aquecimento (5 a 10min) Condicionamento (30 a 40 min) Desaquecimento (5 a 10min) O QUE FAZER? EXERCÍCIOS AERÓBICOS: FCT, ESCALA DE BORG MODIFICADA OU ORIGINAL, TC6’, SWT, VO2 pico. EXERCÍCIOS RESISTIDOS: TESTE DE 1 REPETIÇÃO MÁXIMA EXERCÍCIOS COMBINADOS EXERCÍCIOS DE FLEXIBILIDADE E MOBILIDADE TORÁCICA EXECÍCIOS FUNCIONAIS TMI – CARGA ESTABELECIDA A PARTIR DA AVALIAÇÃO DA MANOVACUOMETRIA. PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO RESISTIDO DE ACORDO COM ACSM: Tipo de exercício: 40 a 60% de 1 RM; Frequência: 2 a 3 sessões por semana; Séries: 1 a 3 séries de 8 a 15 repetições por grupo muscular; 1 a 2 min de descanso entre uma série e outra. Quando a pontuação for menor do que 4 a 6 pontos na escala de Borg CR-10 modificada ou menor do que 12 a 14 pontos na escala de percepção de esforço original, é sinal de que a intensidade do exercício deve ser incrementada. Realizar avaliação associada ao acompanhamento da FC, PA e SpO2, que devem estar estáveis e abaixo dos limites para que possa haver a progressão. A progressão deve ser considerada individualmente, de acordo com a capacidade de cada paciente. COMO PROGREDIR O EXERCÍCIO?