Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Formação do Estado moderno e o contratualismo Cada Estado, cada modelo, cada sociedade responde de uma forma as crises que se apresentam no Estado moderno. A relação entre Estado e Direito refletida na autonomia do Estado e na burocracia do Direito. Modelos estatais Feudalismo é o principal modelo estatal pré-moderno. No momento último de transição do feudalismo para o moderno temos a sociedade estamental. Por que sociedade estamental? É porque não temos um Estado definido, estamos reformulando a sociedade com a desmembração de feudos, um clero ascendente, uma burguesia ascendente que começa a comprar títulos e o Estado vai se formulando. No ano de 1648, os Estados passam a reconhecer os outros Estados como autônomos (soberania) – característica fundamental do Estado moderno. Através desta o Estado estabelece uma ordem jurídica, formal. Características do Estado moderno • Povo • Território • Soberania • Reconhecimento de autonomia Contratualismo e Contratualistas Thomas Hobbes em seu livro “O leviatã”, ele diz que no período primitivo temos a lógica de estado de natureza em que todos são contra todos e para escapar desse caos, as pessoas transferem parte da sua autonomia individual para um soberano – no caso o Estado. Logo, por meio desse pensamento o Estado está acima de todos os seus súditos. Portanto, saímos da lógica da dinâmica feudal em que o servo estava submetido a um poder carismático para uma dinâmica que o servo sai de um aspecto de propriedade e passa a ser súdito, por consequência adquire mais direito, essa dominação segundo Weber é considerada a dominação legal- burocrática. Ademais, é importante ressaltar que com o crescimento da burguesia, a relevância na sociedade não se dá mais por conta do nascimento, visto que a burguesia passa a compra cada vez mais títulos para se elevar socialmente. Logo, a burguesia precisava de uma segurança maior para poder negociar, portanto ela exige uma mudança da dinâmica atual. Para Thomas Hobbes nesse sentido nasce o Estado Moderno que se dá pelo medo, de fugir do Estado de guerra onde é todos contra todos, logo o Estado deve vim para garantir a segurança. Outro autor importante é o John Locke, jusnaturalista, ele diz que mesmo no estado de natureza nós tínhamos uma lógica, pois tínhamos uma relativa organização e já possuímos direitos, antes do direito ser institucionalizado, esses direitos são a vida, liberdade e a propriedade privada. Logo, o estabelecimento de um contrato social se daria para resguardar esses direitos que já eram inerentes ao homem. Thomas Hobbes acreditava que todo o poder deveria estar na mão do Executivo, já John Locke diz que deve haver uma outra instituição que deve controlar o poder do Executivo, logo para Locke o poder deve ser limitado por um parlamento. Ademais, para Jean Jacques Rousseau, para ele temos uma sociedade em que as pessoas são bons selvagens em que as pessoas tem uma tendencia a cooperar, para ele a sociedade é que corrompe o homem, logo o problema começa quando uma 1° pessoa cerca um pedaço de terra e o denomina como seu. Portanto, conclui-se que há um problema a ser resolvido e há uma ausência de regulamentação e o contrato vai regular essa sociedade, por consequência surge uma sociedade civil organizada com instituições e leis. Para Rousseau o grande povo que possui o poder, ou seja, o poder emana do povo. Cabe ressaltar que Rousseau que falou acerca da adoção dos três poderes: Executivo, legislativo e judiciário em que ambos fiscalizam um ao outro. Funções do Estado moderno • Monopólio do sistema monetário (cada território possui sua moeda) • Monopólio do sistema fiscal (o rei controla os tributos) • Monopólio da realização da Justiça (há leis e processos iguais em todo o território) • Criação de um exército nacional (os Estados acabam se constituindo como estado-nação) O rompimento de servo para súdito no Estado Moderno. O Estado Moderno surge com o absolutismo em que o monarca representa a vontade do Estado. Além disso, os reis não eram eleitos pelo povo, e sim, por Deus, sendo importante destacar a importância da Igreja naquela época, inclusive a coroação dos reis era feito pelo papa. Contudo, no decorrer do tempo as pessoas passam a se descontentar com esse modelo. Neste modelo absolutista o monarca tem soberania perpétua e hereditária. Logo, de um lado temos a construção de uma burocracia e de outro do exército nacional. A visão negativa do Estado Nesta visão, essa nova estrutura de Estado não rompe com a estrutura social, ou seja, apenas exerce uma nova dominação. Na qual de tempo em tempo a classe dominante deve criar aparatos legais para explorar e dominar uma classe, visto que antes se explorava os escravos e servos e nessa nova estrutura passa a se explorar os trabalhadores. O Estado nada mais é que a manifestação em uma superestrutura que é determinada pela infraestrutura econômica. Por isso para Marx deveria acabar o Estado, visto que este só serve para estruturar uma visão de exploração. Revisão X
Compartilhar